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segunda-feira, 31 de março de 2014

E DEU DONS AOS HOMENS - LIÇÃO 01 COM SUBSIDIOS

Lições Bíblicas CPAD   -  Jovens e Adultos
 2º Trimestre de 2014

Título: Dons Espirituais e Ministeriais — Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima

Lição 1: E deu dons aos homens
Data: 6 de Abril de 2014

TEXTO ÁUREO
 “Pelo que diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens” (Ef 4.8).

VERDADE PRÁTICA
 Os dons são dádivas divinas para a Igreja cumprir sua missão até que o Noivo venha buscá-la.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1Co 12.4 Há diversidade de dons
 Terça - 1Co 12.20 Os dons e a unidade da Igreja
 Quarta - 1Co 12.11 A concessão dos dons
Quinta - 1Co 12.27 Membros do Corpo de Cristo
Sexta - 1Co 12.31 “Procurai com zelo os melhores dons”
 Sábado - Ef 4.12 Os dons são para aperfeiçoar os santos

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Romanos 12.3-8; 1 Coríntios 12.4-7.

Romanos 12
3 - Porque, pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não saiba mais do que convém saber, mas que saiba com temperança, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um.
4 - Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação,
5 - assim nós que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros.
6 - De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: se é profecia, seja ela segundo a medida da fé;
7 - se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar; haja dedicação ao ensino;
8 - ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.

1 Coríntios 12
4 - Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.
5 - E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.
6 - E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.
7 - Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil.

INTERAÇÃO

Prezado professor, neste trimestre estudaremos um tema extremamente relevante para os nossos dias: os dons espirituais, ministeriais e de serviço. Todas estas dádivas são concedidas pelo Espírito Santo com o propósito de edificar a Igreja do Senhor. Esse tema é tão relevante para a igreja que Paulo dedica dois capítulos inteiros na Epístola aos Coríntios para tratar do assunto. Ele não queria que os irmãos fossem ignorantes a respeito dos dons (1Co 12.1). Então, estude com afinco cada lição e busque, com zelo, os melhores dons. O comentarista das lições é o pastor Elinaldo Renovato, autor de diversos livros publicados pela CPAD, líder da Assembleia de Deus em Parnamirim, RN, e professor universitário.

OBJETIVOS
 Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conscientizar-se de que os dons espirituais são atuais e bíblicos.
Analisar os dons de serviço, espirituais e ministeriais.
Saber que a igreja de Corinto era problemática na administração dos dons.

terça-feira, 25 de março de 2014

LIÇÃO 13 COM SUBSIDIOS - O LEGADO DE MOISÉS


Lições Bíblicas CPAD  -  Jovens e Adultos
 1º Trimestre de 2014

Título: Uma jornada de fé — A formação do povo de Israel e sua herança espiritual
Comentarista: Antonio Gilberto

Lição 13: O Legado de Moisés
Data: 30 de Março de 2014

TEXTO ÁUREO
“Era Moisés da idade de cento e vinte anos quando morreu; os seus olhos nunca se escureceram, nem perdeu ele o seu vigor” (Dt 34.7).

VERDADE PRÁTICA
 Moisés foi usado por Deus para tirar Israel do Egito e entregar os Dez Mandamentos para a humanidade.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Êx 6.20 A família de Moisés
Terça - Dt 33.1-29 A última bênção de um líder
 Quarta - Lc 24.27,44,45 Moisés, profeta messiânico
 Quinta - At 3.22,23 Moisés, tipo de Cristo
 Sexta - Dt 32.1-47 O último cântico de Moisés
 Sábado - Dt 34.1-5 Moisés vê a Terra Prometida e morre

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Deuteronômio 34.10-12; Hebreus 11.23-29.

Deuteronômio 34
10 - E nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, a quem o Senhor conhecera face a face;
11 - nem semelhante em todos os sinais e maravilhas, que o Senhor o enviou para fazer na terra do Egito, a Faraó, e a todos os seus servos, e a toda a sua terra;
12 - e em toda a mão forte e em todo o espanto grande que operou Moisés aos olhos de todo o Israel.

Hebreus 11
23 - Pela fé, Moisés, já nascido, foi escondido três meses por seus pais, porque viram que era um menino formoso; e não temeram o mandamento do rei.
24 - Pela fé, Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó,
25 - escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de Deus do que por, um pouco de tempo, ter o gozo do pecado;
26 - tendo, por maiores riquezas, o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa.
27 - Pela fé, deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível.
28 - Pela fé, celebrou a Páscoa e a aspersão do sangue, para que o destruidor dos primogênitos lhes não tocasse.
29 - Pela fé, passaram o mar Vermelho, como por terra seca; o que intentando os egípcios, se afogaram.

INTERAÇÃO
 Se há alguma coisa de valor transcendente que os líderes podem deixar aos sucessores é o seu legado. Queremos dizer com legado toda a disposição, tradição, exemplos e valores morais e espirituais, deixados pelo líder para o bem da igreja local.
Conta-nos a Bíblia a história de um rei chamado Jeorão (2Cr 21.4-20). Este era um opressor, sem qualquer sensibilidade humana e que andava nos caminhos dos reis de Israel. Esse rei não deixou qualquer legado edificante para os seus sucessores, ao ponto de o texto bíblico descrever o sentimento do povo quando da sua morte, desse modo: “e foi-se sem deixar de si saudades” (v.20). Que este não seja o legado dos líderes cristãos!

OBJETIVOS
 Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer a respeito dos últimos dias da vida de Moisés.
Explicar as características de Moisés como homem de Deus e pastor de Israel.
Aprender à luz do legado de Moisés sobre a comunhão, a piedade e a prudência.

sexta-feira, 21 de março de 2014

ESBOÇO BIBLICO PARA O DOMINGO

TEXTO BÍBLICO;  JOÃO 18.37,38
Jesus é preso e levado a Pilatos para ser julgado.
A pergunta de Pilatos “O QUE É A VERDADE?”

TEMA: CINCO VERDADES QUE O MUNDO PRECISA SABER.

1 VERDADE – O PECADO SEPARA O HOMEM DE DEUS.
      Isaias 59.1,2; Rm 3.23; Rm 8.1;

terça-feira, 18 de março de 2014

A CONSAGRAÇÃO DOS SACERDOTES - LIÇÃO 12 COM SUBSIDIOS

Lições Bíblicas CPAD   Jovens e Adultos

1º Trimestre de 2014

Título: Uma jornada de fé — A formação do povo de Israel e sua herança espiritual
Comentarista: Antonio Gilberto

Lição 12: A consagração dos sacerdotes
Data: 23 de Março de 2014

TEXTO ÁUREO
 “E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão” (Hb 9.22).

VERDADE PRÁTICA
 O sacrifício expiador de Cristo no Calvário foi perfeito, único e capaz de nos purificar de todo pecado.

LEITURA DIÁRIA
 Segunda - Êx 28.1 A instituição do sacerdócio
 Terça - Êx 29.1-9 A cerimônia de consagração
 Quarta - Lv 16.11-14 A oferta do sacerdote pelo seu pecado
 Quinta - Hb 6.20 Jesus, nosso Sumo Sacerdote eterno
 Sexta - Hb 4.15,16 Jesus, Sumo Sacerdote compassivo
 Sábado - Hb 9.11 Jesus, Sumo Sacerdote dos bens futuros

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Êxodo 29.1-12.
 1 - Isto é o que lhes hás de fazer, para os santificar, para que me administrem o sacerdócio: Toma um novilho, e dois carneiros sem mácula,
2 - e pão asmo, e bolos asmos amassados com azeite, e coscorões asmos untados com azeite; com flor de farinha de trigo os farás.
3 - E os porás num cesto e os trarás no cesto, com o novilho e os dois carneiros.
4 - Então, farás chegar Arão e seus filhos à porta da tenda da congregação e os lavarás com água;
5 - depois, tomarás as vestes e vestirás a Arão da túnica, e do manto do éfode, e do éfode mesmo, e do peitoral; e o cingirás com o cinto de obra de artífice do éfode.
6 - E a mitra porás sobre a sua cabeça; a coroa da santidade porás sobre a mitra;
7 - e tomarás o azeite da unção e o derramarás sobre a sua cabeça; assim, o ungirás.
8 - Depois, farás chegar seus filhos, e lhes farás vestir túnicas,
9 - e os cingirás com o cinto, a Arão e a seus filhos, e lhes atarás as tiaras, para que tenham o sacerdócio por estatuto perpétuo, e sagrarás a Arão e a seus filhos.
10 - E farás chegar o novilho diante da tenda da congregação, e Arão e seus filhos porão as mãos sobre a cabeça do novilho;
11 - e degolarás o novilho perante o Senhor, à porta da tenda da congregação.
12 - Depois, tomarás do sangue do novilho, e o porás com o teu dedo sobre as pontas do altar, e todo o sangue restante derramarás á base do altar.

INTERAÇÃO

Chegamos ao capítulo que detalha o cerimonial de consagração sacerdotal para o serviço no Tabernáculo: Êxodo 29. Este capítulo descreve o rito consagratório dos sacerdotes. Ele consistia na apresentação de um bezerro e dois carneiros sem mácula; pão asmo (sem fermento) e bolos asmos amassados com azeite; bolinhos asmos untados com azeite e feito com flor de farinha de trigo. Todos estes itens eram elementos que compunham todo o ritual para consagrar, isto é, separar, para o ministério sacerdotal, Arão e os seus filhos. Esta linhagem representaria o sacerdócio oficial da Casa de Israel.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Explicar como se dava a cerimônia de consagração sacerdotal.
Citar os elementos do sacrifício de posse.
Compreender que Cristo é o perpétuo e o mais perfeito Sumo Sacerdote.

sábado, 15 de março de 2014

ESBOÇO BIBLICO PARA O DOMINGO

TEXTO; ISAIAS 64.4
Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti que trabalha para aquele que nele espera.

TEMA; DEUS TRABALHA POR NÓS

1 – COMO DEUS TRABALHA?
Deus trabalha enviando anjos
- Daniel na cova dos leões
-Ezequias e Senaqueribe(rei da Assíria)
-Pedro na prisão

2- QUANDO DEUS TRABALHA?

segunda-feira, 10 de março de 2014

DEUS ESCOLHE ARÃO E SEUS FILHOS PARA O SACERDÓCIO - LIÇÃO 11 COM SUBSIDIOS

Lições Bíblicas CPAD  - Jovens e Adultos
 1º Trimestre de 2014

 Título: Uma jornada de fé — A formação do povo de Israel e sua herança espiritual
Comentarista: Antonio Gilberto

 Lição 11: Deus escolhe Arão e seus filhos para o Sacerdócio
Data: 16 de Março de 2014

TEXTO ÁUREO
 “E para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra” (Ap 5.10).

VERDADE PRÁTICA

Cristo nos fez reis e sacerdotes, para anunciarmos as virtudes do seu Reino.

LEITURA DIÁRIA
 Segunda - Hb 6.20 Jesus, Sacerdote Eterno
 Terça - Hb 5.1-9 A superioridade do sacerdócio de Jesus
 Quarta - Hb 5.10 Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque
 Quinta - Hb 7.1-4 Figura do sacerdócio eterno de Cristo
 Sexta - Hb 7.26 Jesus, Sacerdote Santo
 Sábado - Ap 1.6 Cristo nos fez reis e sacerdotes do Altíssimo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Êxodo 28.1-11.

1 - Depois, tu farás chegar a ti teu irmão Arão e seus filhos com ele, do meio dos filhos de Israel, para me administrarem o ofício sacerdotal, a saber: Arão e seus filhos Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar.
2 - E farás vestes santas a Arão, teu irmão, para glória e ornamento.
3 - Falarás também a todos os que são sábios de coração, a quem eu tenha enchido do espírito de sabedoria, que façam vestes a Arão para santificá-lo, para que me administre o ofício sacerdotal.
4 - Estas, pois, são as vestes que farão: um peitoral, e um éfode, e um manto, e uma túnica bordada, e uma mitra, e um cinto; farão, pois, vestes santas a Arão, teu irmão, e a seus filhos, para me administrarem o ofício sacerdotal.
5 - E tomarão o ouro, e o pano azul, e a púrpura, e o carmesim, e o linho fino
6 - e farão o éfode de ouro, e de pano azul, e de púrpura, e de carmesim, e de linho fino torcido, de obra esmerada.
7 - Terá duas ombreiras que se unam às suas duas pontas, e assim se unirá.
8 - E o cinto de obra esmerada do éfode, que estará sobre ele, será da sua mesma obra, da mesma obra de ouro, e de pano azul, e de púrpura, e de carmesim, e de linho fino torcido.
9 - E tomarás duas pedras sardônicas e lavrarás nelas os nomes dos filhos de Israel,
10 - seis dos seus nomes numa pedra e os outros seis nomes na outra pedra, segundo as suas gerações.
11 - Conforme a obra do lapidário, como o lavor dos selos, lavrarás essas duas pedras, com os nomes dos filhos de Israel; engastadas ao redor em ouro as farás.

INTERAÇÃO
 No Antigo Testamento o sumo sacerdote exercia o ofício sagrado de ir ao Templo e entrar para oferecer sacrifício por ele e por toda a nação. Logo, seu sacrifício não era único ou perfeito. O ministério sacerdotal araônico apontava para Cristo, nosso Sumo Sacerdote eterno, Jesus Cristo é o único Sumo Sacerdote perfeito e suficiente. Ele é o único representante entre Deus e o homem. Assim como Jesus é o Sumo Pastor; nós os crentes, também fomos feitos sacertodes. A nossa função é a de servir a Igreja e a Cristo com amor.

OBJETIVOS
 Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Explicar o sacerdócio em Israel.
Elencar os elementos da indumentária sacerdotal.
Compreender o papel atual dos ministros da Igreja de Cristo.

quinta-feira, 6 de março de 2014

ESBOÇOS BIBLICOS

O SURGIMENTO DA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE
TEXTO BIBLICO -   Lucas 12.13-21
Texto de Memorização
"Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim?"  (Rm 9.20).

1. OS FUNDADORES DA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE
    Fase embrionária – Essek W. Kenyon (1867–1948)
    Fase de crescimento – Kenneth E. Hagin ( 1917-2003)
    Fase pragmática – Kenneth Kopeland (1936-presente)

 2. AS MOTIVAÇÕES DA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE
    Ambição pelas riquezas – Mt 12.13-15
   Ganância pelo poder – At 8.17-23
    Cobiça pela glória – At 12.21-23; 1 Pe 1.24; Jo 12.43
 
3. A MERCANTILIZAÇÃO TEOLOGIA DA PROSPERIDADE               
    Na vida da Igreja – At 2.41-47; 4.32; 5.1-4
    Na vida do ministério – Gl 2.11-13; Tt 1.5-9
    Na vida dos crentes – At 8.18-22; Sl 1.3; Jó 1.20-21


A PROSPERIDADE NO ANTIGO TESTAMENTO
TEXTO BIBLICO - 
 Deuteronômio 8.11-18
Texto de Memorização
"Vendo, pois, o seu senhor que o SENHOR estava com ele, e tudo o que fazia o SENHOR prosperava em sua mão,"  (Gn 39.3).

 1. RIQUEZA E POBREZA NA ANTIGA ALIANÇA 
    A Solidariedade da Prosperidade: Rt 2.1-2; 1 Sm 2.7-8
    A Espiritualidade da Prosperidade: Pv 10.22; Sl 15.2
    O Bem-estar da Prosperidade: Jó 42.10; Ex 15.26
 
2. PROSPERIDADE NA ANTIGA ALIANÇA             
    O ânimo como elemento da prosperidade: Js 1.8; 2 Co 5.6
    A saúde como veículo da prosperidade: Pv 14.30; 3 Jo1.2
    O trabalho como fonte da prosperidade: Gn 2.15; Pv 21.25

 3. PRINCÍPIOS BÍBLICOS DA PROSPERIDADE     
    A retribuição, o reconhecimento da prosperidade: 2 Sm 9.6-8; Gn 25.11
    A contribuição, o agradecimento pela prosperidade: Ml 3.11; 2 Co 9.7
    A mordomia, a preservação da prosperidade:   Lc 16.2; 1 Ts 4.4


OS FRUTOS DA OBEDIÊNCIA NA VIDA DE ISRAEL
TEXTO BIBLICO –
Deuteronômio 11.26-32
Texto de Memorização
"E será que, quando o SENHOR teu Deus te introduzir na terra, a que vais para possuí-la, então pronunciarás a bênção sobre o monte Gerizim, e a maldição sobre o monte Ebal."  (Dt 11.29).

segunda-feira, 3 de março de 2014

AS LEIS CIVIS ENTREGUES POR MOISÉS AOS ISRAELITAS - LIÇÃO 10 COM SUBSIDIOS

Lições Bíblicas CPAD  - Jovens e Adultos
 1º Trimestre de 2014

Título: Uma jornada de fé — A formação do povo de Israel e sua herança espiritual
Comentarista: Antonio Gilberto

Lição 10: As Leis Civis entregues por Moisés aos Israelitas
Data: 9 de Março de 2014

TEXTO ÁUREO
 “Mas o juízo voltará a ser justiça, e hão de segui-lo todos os retos de coração” (Sl 94.15).

VERDADE PRÁTICA
 Deus é justo e deseja que o seu povo aja com justiça.

LEITURA DIÁRIA
 Segunda - Êx 21.1-16 Leis acerca dos servos e dos homicidas
 Terça - Êx 21.17 Lei acerca de quem amaldiçoar os pais
 Quarta - Êx 21.18,19 Lei acerca de quem fere uma pessoa
 Quinta - Êx 22.1-15 Leis acerca da propriedade
 Sexta - Êx 23.1,2 Leis acerca do falso testemunho
 Sábado - Êx 23.3-9 Leis acerca da injustiça social

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Êxodo 21.1-12.

1 - ESTES são os estatutos que lhes proporás:
2 - Se comprares um servo hebreu, seis anos servirá; mas ao sétimo sairá forro, de graça.
3 - Se entrou só com o seu corpo, só com o seu corpo sairá: se ele era homem casado, sairá sua mulher com ele.
4 - Se seu senhor lhe houver dado uma mulher, e ela lhe houver dado filhos ou filhas, a mulher e seus filhos serão de seu senhor, e ele sairá só com seu corpo.
5 - Mas se aquele servo expressamente disser: Eu amo a meu senhor, e a minha mulher, e a meus filhos; não quero sair forro,
6 - então seu senhor o levará aos juízes, e o fará chegar à porta, ou ao postigo, e seu senhor lhe furará a orelha com uma sovela; e o servirá para sempre.
7 - E, se algum vender sua filha por serva, não sairá como saem os servos.
8 - Se desagradar aos olhos de seu senhor, e não se desposar com ela, fará que se resgate: não poderá vendê-la a um povo estranho, usando deslealmente com ela.
9 - Mas se a desposar com seu filho, fará com ela conforme ao direito das filhas.
10 - Se lhe tomar outra, não diminuirá o mantimento desta, nem o seu vestido, nem a sua obrigação marital.
11 - E, se lhe não fizer estas três cousas, sairá de graça, sem dar dinheiro.
12 - Quem ferir alguém, que morra, ele também certamente morrerá;

INTERAÇÃO

Os capítulos 20.22 — 23.33 do livro do Êxodo versam sobre leis que regeram as esferas civis e litúrgicas na história judaica, isto é, elas legislavam tanto a vida da sociedade israelita quanto o sistema de culto ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, “essas leis, que eram principalmente civis em sua natureza, tinha a ver somente com Israel, sua religião e as condições e circunstâncias prevalecentes naquele período”. Entretanto, “os princípios existentes nessas leis — tais como o respeito à vida, apego à justiça e à equidade — são eternamente válidos” (p.150). Precisamos interpretar a Palavra de Deus de maneira equilibrada, não confundido e aplicando a literalidade da Lei de uma nação à Igreja.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Estudar o processo de promulgação das leis de caráter civil e religioso.
Analisar as leis acerca dos crimes das propriedades em Israel.
Compreender o caráter social das leis promulgada por Moisés.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
 Caro professor, reproduza o esquema elaborado abaixo tirando cópias ou usando a lousa. Use este recurso para concluir a lição desta semana, de modo que os seus alunos recapitulem as leis apresentadas no texto bíblico. Não se esqueça de explicar-lhes sobre o cuidado de compreenderem a particularidade dessas leis civis e religiosas para a nação de Israel e os princípios eternos que podem e devem influenciar a Igreja de Cristo.


 COMENTÁRIO
 INTRODUÇÃO
 Palavra Chave
Lei: Prescrição religiosa, conjunto de regras que emanam da providência divina e dada ao homem pela revelação.

Deus entregou a Israel o Decálogo e algumas leis civis que regeriam aquela nação. O Decálogo pode ser considerado, em nossos dias, à nossa legislação constitucional, civil e penal. Tanto no seu caminhar no deserto, como depois já em Canaã, o povo de Israel viveu rodeado de povos ímpios, incrédulos, idólatras, perversos, enfim, grandes pecadores contra o Senhor e contra o próximo. Como nação, o povo precisava de leis que os orientasse e os levasse a uma convivência ideal.
Na lição de hoje, estudaremos algumas destas leis e a sua aplicação, tendo como referencial no Novo Testamento passagens como Mateus 5 a 7 e Romanos 12 e 13.

I. MOISÉS, O MEDIADOR DAS LEIS DIVINAS
 1. O mediador (Êx 20.19-22). Deus falou diretamente com o seu povo. Todavia, eles temeram e não quiseram ouvir a voz do Todo-Poderoso diretamente. Então, os israelitas disseram a Moisés: “Fala tu conosco, e ouviremos; e não fale Deus conosco, para que não morramos”. Diante do Senhor o povo reconhecia as suas iniquidades e fragilidades.
Moisés foi o mediador entre o povo e Deus. Hoje, Jesus é o nosso mediador. Sem Cristo não podemos nos aproximar de Deus nem ouvir a sua voz (1Tm 2.5).

2. Leis concernentes à escravidão (Êx 21.1-7). As leis civis foram dadas a Israel tendo em vista o meio e a condição social em que viviam. O Senhor nunca acolheu a escravidão, mas, já que ela fazia parte do contexto social em que Israel vivia, era preciso regulamentar esta triste condição social. Deus ordenou que o tempo em que a pessoa estaria na condição de escravo seria de seis anos (Êx 21.2). Segundo o Comentário Bíblico Beacon, “a lei não exigia que houvesse escravidão, mas visto que existia, estas leis regulamentares regiam a manutenção das relações certas”. O Senhor sabia da existência da escravidão, porém, Ele nunca aprovou esta condição.

3. Ricos e pobres (Dt 15.4-11; Jo 12.8). Deus sustentou o seu povo durante sua caminhada no deserto. Agora, quando entrassem na terra, deveriam trabalhar, e haveria entre os israelitas ricos e pobres. O contexto era outro. Em geral, a pobreza era resultado de catástrofes naturais, problemas com as colheitas, guerras e rebeldia do povo em obedecer aos mandamentos divinos. Deus sempre quer o melhor para o ser humano, que Ele criou e abençoou (Gn 1.27,28). Isso abrange os pobres: “Aprendei a fazer o bem; praticai o que é reto; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas” (Is 1.17).
Uma parte do ministério de vários profetas que Deus levantou no Antigo Testamento era denunciar e advertir os israelitas contra a injustiça social e trabalho mal renumerado e opressão dos ricos e poderosos.

SINOPSE DO TÓPICO (I)
 Assim como Moisés fez a mediação entre Deus e Israel, Cristo é o único mediador entre Deus e os homens.

II. LEIS ACERCA DE CRIMES
 1. Brigas, conflitos, lutas pessoais (Êx 21.18,19). Deus criou o homem, logo, Ele conhece bem a sua natureza. Para orientar o povo em casos de agressões e brigas, o Senhor determinou leis específicas. Na Nova Aliança, aqueles que já experimentaram o novo nascimento, pelo Espírito Santo (Jo 3.3), não devem se envolver em brigas, disputas e contendas, pois a Palavra de Deus nos adverte: “E ao servo do Senhor não convém contender” (2Tm 2.24). Na igreja de Corinto faltava comunhão fraterna e em seu lugar havia disputas e contendas. Paulo denunciou e criticou duramente os coríntios por esta falta (1Co 6.1-11).

2. Crimes capitais. Deus já havia ordenado no Decálogo: “Não matarás” (Êx 20.13). Na expressão “não matarás”, o verbo hebraico exprime a ideia de matar dolosamente, perfidamente, por traição.
Na Antiga Aliança, o sistema jurídico era bem intolerante com os transgressores: “olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé”. Todavia, havia casos onde a morte era, na verdade, uma fatalidade. Pouco depois, Deus, em sua misericórdia e bondade, estabeleceu as “cidades de refúgio”, para socorrer aqueles que cometessem homicídio involuntário, ou seja, morte acidental (Nm 35.9-11). As cidades de refúgio apontavam para Jesus Cristo, nosso abrigo e socorro. Elas também serviam para evitar que as pessoas fizessem vingança com as próprias mãos.

3. Uma terra pura. Deus libertou seu povo da escravidão e os estava conduzindo para uma nova terra. As leis serviriam para ensinar, advertir e impedir que o povo Israel profanasse Canaã (Nm 35.33,34).

SINOPSE DO TÓPICO (II)
 As leis acerca de crimes versavam sobre as brigas, conflitos, lutas pessoais e crimes capitais.

III. LEIS CONCERNENTES À PROPRIEDADE
 1. O roubo (Êx 22.1-15). A ovelha e o boi são citados porque os israelitas eram um povo pastoril, rural. Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, “tais leis visavam proteger a nação e organizá-la e voltar sua atenção para Deus”. O Senhor havia retirado os israelitas do Egito, porém, o “Egito” não saiu da vida de muitos deles. Por isso eram necessárias leis rígidas quanto ao direito do próximo e a propriedade privada, sabendo-se que toda a terra é do Senhor; nós somos apenas inquilinos nela (Dt 10.14).

2. Profanação do solo e o fogo (Êx 21.33,34; 22.6). Naquelas terras e naqueles tempos era comum os habitantes perfurarem ou escavarem o solo em busca de água para o povo e os animais e as lavouras. Quem fizesse tal abertura no solo era também responsável pela sua proteção para a prevenção de acidentes. Segundo o Comentário Bíblico Beacon, “estas normas ensinavam o cuidado e promoviam o respeito pelos direitos de propriedade dos outros”. Atualmente muitas reservas ecológicas são queimadas e espécies em extinção eliminadas pela ação inconsequente, criminosa e irresponsável daqueles que se utilizam dos recursos naturais de forma indevida.

SINOPSE DO TÓPICO (III)
 As leis concernentes ao direito de propriedade garantiam o direito do próximo à terra. Todavia, a terra é do Senhor e os seres humanos são apenas os seus mordomos.

CONCLUSÃO
 As leis abordadas nesta lição foram entregues a Israel, porém, aprendemos com os conceitos destas leis a respeitar a vida e os direitos do próximo. Quando os direitos do próximo não são respeitados, a convivência em sociedade se torna um verdadeiro caos.

VOCABULÁRIO

Dolosamente: Que atua com dolo e engano, intencionalmente.
Prótese: Acréscimo de um elemento fonético (sílaba ou som) no início de um vocábulo, sem alteração do significado (p.ex. abagunçar, de bagunçar).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
 HARRISON, R. K. Tempos do Antigo Testamento: Um Contexto Social, Político e Cultural. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
SOARES, E. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de Deus na Terra. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
ZUCK, R. B. (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD. 2009.


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
 Subsídio Exegético
 “Uma das formas mais frequentes de servidão na Mesopotâmia daqueles dias era a escravidão por dívidas. O art. 117 do Código de Hamurabi, na primeira fase da prótese, afirma que se um awilum [o homem livre o seu proprietário] foi acometido de dívidas e tornou-se inadimplente e vendeu ou entregou em serviço pela dívida a sua esposa, seu filho ou a sua filha, o prazo máximo de trabalho seria de três anos [...].
Entre os judeus o escravo era considerado uma mercadoria de altíssimo valor. Caso um deles fosse ferido por um boi, receberia como indenização o valor de trinta ciclos de prata (Êx 21.32). O legislador hebreu procura, se não impedir, atenuar a violência contra os escravos, determinando que se um proprietário de escravo maltratasse o seu servo e este viesse a sofrer algum dano físico, o amo do agredido deveria alforriá-lo. Eventualmente, se o escravo morresse em decorrência da agressão sofrida, o senhor intolerante deveria ser castigado (Êx 21.20,26,27)” (BENTHO, E. C. A Família no Antigo Testamento: História e Sociologia. 1 ed., RJ: CPAD, 2006, p.174-75).

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
 As leis Civis entregue por Moisés aos Israelitas

Ao sair do Egito os hebreus eram um grupo de pessoas murmuradoras e rebeldes. Deus almejava organizá-los como nação. O Senhor não queria uma “massa de gente”. Ele desejava estabelecer uma nação santa e justa. Deus iria fazer dos hebreus uma nação modelo, para isso o povo precisava de leis, de uma constituição que os ensinassem a respeitar a Deus e ao próximo.
Deus falava com Moisés face a face e ele transmitia aos hebreus as instruções divinas. Moisés era a “ponte” que ligava Deus ao povo. Moisés tipificava Jesus, o único mediador entre Deus e os homens: “Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem” (1Tm 2.5). Todavia, Deus desejava falar diretamente com o seu povo e não somente por intermédio de Moisés. Mas os israelitas não suportaram ouvir a voz do Todo-Poderoso diretamente. Enquanto povo, reconheceram que suas iniquidades os impossibilitariam de estar diante de Deus face a face. O pecado nos separa do Pai. O Senhor falava com Adão pessoalmente, todavia depois do pecado, ao ouvir Deus chamar, Adão se esconde da presença do Criador (Gn 3.8). O pecado nos impede de vermos a face do Altíssimo e ouvir a sua voz: “Mas as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus [...]” (Is 59.2).
A escravidão é uma forma cruel de degradação humana. Somente o homem sem Deus pode aceitar tal condição. O Altíssimo nunca compactuou com a escravidão, todavia esta prática desumana já fazia parte do contexto social dos israelitas e precisava ser ordenada por uma legislação que amparasse o indivíduo. Depois de serem 400 anos afligidos pela escravidão egípcia, os israelitas deveriam abominar tal prática, todavia ela existia entre os hebreus. As leis civis entregues por Moisés tinham como propósito regulamentar esta triste condição social. Em Israel uma pessoa só poderia ficar na condição de escravo durante seis anos (Êx 21.2). No sétimo ano ela deveria ser alforriada. Segundo o Comentário Bíblico Beacon “a lei não exigia que houvesse escravidão, mas visto que existia, estas leis regulamentares regiam a manutenção das relações certas”.
A escravidão geralmente se dava pela pobreza. Sim, em Israel, como em todas as sociedades sempre existiu pobres e ricos (Dt 15.11; Jo 12.8). Caso uma pessoa não conseguisse pagar suas dívidas ela e seus filhos poderiam ser levados como escravos (2Rs 4.1). Todavia, Deus estabeleceu leis para que as pessoas pudessem pagar suas dívidas e tornarem-se livres.



SUBSIDIOS 001

I - INTRODUÇÃO

EXODO  21.1 ESTES SÃO OS ESTATUTOS. A seção que se segue (20.22 23.33) contém o livro do concerto (24.7), i.e., as leis para a nação de Israel, para reger sua sociedade e o seu culto a Deus.
Essas leis, que eram principalmente civis em sua natureza, tinham a ver somente com Israel, sua religião e as condições e circunstâncias prevalecentes naquele período. Todavia, os princípios existentes nessas leis tais como o respeito à vida, apego à justiça e à eqüidade são eternamente válidos.

EXODO  21.2 UM SERVO HEBREU. Embora Deus não abolisse imediatamente males tais como a escravidão ou a poligamia em Israel, Ele regulamentou-os, tornando-os mais humanitários (Lv 25.39,40;Dt 15.12-18). Por um lado, tais práticas nada tinham com o padrão de Deus. Ele as permitiu por algum tempo por causa da dureza do coração humano(Mt 19.8; ver Gn 29.28) .Essas leis de Deus sobre a escravidão, e outras muitas, como veremos, eram muito mais humanitárias do que os costumes das nações de então, em derredor de Israel. No NT, porém, Deus apresenta um padrão muito mais elevado (ver Jo 13.14; Cl 3.22).

II - CONJUNTO DE LEIS PARA O POVO HEBREU.

I - As Leis Regulamentares Concernentes à Escravidão (21.1-11).
Não devemos nos esquecer de que estes estatutos ( leis detalhadas) foram dados
a Israel para a situação social em que viviam. Deus aplicou seus princípios morais às necessidades vigentes em Israel. A lei não exigia que houvesse escravidão, mas, visto que existia, estas leis regulamentares regeriam a manutenção das relações certas. Os princípios éticos se aplicariam em qualquer tipo de estrutura social que prevalecesse. Os israelitas tinham de julgar quais eram as ações corretas sob o sistema que estivessem, daí a necessidade destas normas.

a) Leis Regulamentares Concernentes aos Escravos (21.2-6).
A pobreza era o motivo de o homem se vender a quem o pudesse comprar. O tempo de serviço seria limitado a seis anos; “mas no sétimo ano será liberto, sem precisar pagar nada” (2, NVI). Estas regras só se aplicavam aos escravos hebreus (Lv 25.44-46). O propósito dos regulamentos era proteger os direitos individuais. No ano sabático, o escravo sairia livre com sua mulher (3) se ela tivesse entrado na escravidão com ele.
Mas, se o escravo se casou com uma das escravas do seu senhor, ele não poderia levá-la consigo quando saísse em liberdade, nem levar os filhos (4). Ele poderia ficar, se o amor que tivesse pela família ou senhor (5) fosse tamanho que ele desejasse permanecer escravo. Quando manifestasse o desejo definitivo de permanecer, seu senhor o levaria aos juizes (6) para obter a ratificação do caso. A prova pública e permanente da livre intenção do escravo era dada quando o senhor furava a orelha do escravo com um furador. Por este sinal, ele se tornaria escravo para sempre. Como a orelha é parte integrante do órgão da audição, simboliza a boa vontade em obedecer. Desta forma, até na escravidão havia a garantia de liberdade de escolha.

b) Leis Regulamentares Concernentes às Escravas (21.7-11).
A filha vendida em escravidão tinha mais direitos que o homem. Se permanecesse solteira, poderia sair livre
como qualquer escravo ao término de seis anos (Dt 15.12,17), embora esta cláusula seja adendo posterior. Pelo visto, a situação aqui é a do pai que vende a filha (7) para se casar com o senhor (8) dela ou o filho (9) do senhor dela. Se o senhor não ficasse satisfeito com a moça, ela seria resgatada, ou seja, comprada de volta, mas não poderia ser vendida a um estrangeiro (8). Se ela se tornasse esposa do filho do senhor dela, este tinha de tratá-la como filha (9). Mesmo que o marido tomasse outra esposa, a ex-escrava tinha direito a mantimento, vestes e obrigação marital (10). Se estas três condições não fossem atendidas, ela sairia de graça (11), sem ter de pagar nada.
O propósito desta prática era o pai melhorar a situação econômica da filha. Ela se tornaria parte da casa de uma família mais abastada. Estas normas impediram que o senhor se aproveitasse da família pobre, maltratando a moça. Estes regulamentos não apoiavam a instituição da escravidão, mas protegia os direitos de indivíduos que já estavam no sistema.


II. Leis Regulamentares Concernentes a Crimes sujeitos a Pena Capital (21.12-17) O sexto mandamento não deixou dúvidas ao condenar o homicídio. Estas normas elucidam a lei e declaram a pena, que era a pena de morte por apedrejamento. Os oponentes à pena de morte que se fundamentam apenas no sexto mandamento não interpretam a escritura com correção. O mesmo Legislador que ordenou não matar instruiu que o assassino certamente morrerá (12).
Deus distinguia entre homicídio culposo, ou seja, o assassino quis e premeditou, e homicídio doloso, ou seja, resultante de ato não intencional por parte do assassino. Se o indivíduo não armou cilada (13) para a vítima, mas na providência de Deus o matou (não há acidentes com Deus), então o assassino poderia fugir para um lugar de refúgio(Nm 35.22-28). Ali, o assassino estaria seguro até que a questão fosse julgada e a verdade determinada por tribunal apropriado. Se o indivíduo fosse culpado de homicídio culposo (ou premeditado), seria tirado do altar e executado (14). E possível que os altares fossem considerados lugar de refúgio. Muitos no mundo antigo tinham escrúpulos em retirar o criminoso de um altar para aplicar a sentença, mas a lei mosaica considerava que este escrúpulo injustificado era superstição e se recusava a sancioná-lo.

Ferir (15) um dos pais era reputado crime passível de pena de morte. Estimava-se o ataque aos pais crime tão sério como se resultasse em morte. Certamente o ato era
propositado. Os filhos tinham de honrar os pais que os representavam diante de Deus. Os dois pais desfrutavam posição e importância iguais, e a pena era a mesma por ferir qualquer um. Pelo visto, o filho considerado responsabilizado pelo delito seria adulto o bastante para prestar contas pelo ato. Reputava-se crime passível de pena capital roubar ou seqüestrar um homem (16) e mantê-lo como escravo ou vendê-lo para a escravidão. Esta ação era tão grave quanto o assassinato, visto que tomava a liberdade que era estimada como a vida. Nesta norma, temos a condenação da lei mosaica da prática comum de escravizar pessoas à força. Amaldiçoar a seu pai ou a sua mãe (17) significava recorrer sob juramento a Deus para que este se unisse contra seu representante na terra. Tratava-se de crime punível com a morte.


III - Leis Regulamentares Concernentes a Crimes não sujeitos a Pena Capital (21.18-32).
a) A briga entre homens (21.18,19). A lei mosaica reconhecia a perversidade dos homens — eles brigam e se ferem (18). Quando alguém feria com pedra ou com punho (talvez sem a intenção de matar) e a vítima não morresse, mas conseguia levantar-se e andar (19) com o auxílio de uma bengala, a pena era o pagamento pelo tempo que se perdera e pelos cuidados médicos. A responsabilidade do agressor só acabava quando a vítima ficasse totalmente curada.

b) A morte de um escravo (21.20,21). Na sociedade pagã, os escravos tinham poucos direitos, quando os tinham. Mas Deus reconhecia o valor dessas pessoas; Ele pôs o escravo e a escrava no mesmo nível elevado, quando exigiu a punição do senhor que matasse um escravo (20). O texto não diz com clareza se a pena era a morte.31 Se o escravo sobrevivesse por um ou dois dias (21), não havia pena. O motivo é que a sobrevivência comprovava que o senhor não desejara matar o escravo, mas o castigava para corrigi-lo. Se o escravo morresse depois, a perda econômica do escravo seria a pena do senhor.

c) A mulher grávida (21.22,23). Não é incomum que numa disputa entre homens uma esposa fique ferida ao tentar intervir. Se a mulher estivesse grávida e perdesse a criança, o homem que a feriu teria de pagar uma multa ao marido conforme a estipulação dos juizes. Levando em conta que a morte da criança fosse acidental, não se impunha a pena de morte. Se ocorressem mais danos (23), como a morte da mulher, aplicava-se a pena capital, a menos que o assassino pudesse provar que o ato não fora intencional
Cf.13,14).

d )Alei da vingança (21.24,25). Rawlinson acredita que a “lei da vingança era muito mais antiga que Moisés, que a aceitou como dispositivo tolerável e não como método probo”. Leis similares eram proeminentes nas sociedades de antigamente, sendo encontradas no Código de Hamurábi.33 Por ser difícil administrar a exigência de o ofensor sofrer dano equivalente ao causado, mais tarde a lei foi comutada por multa em dinheiro, exceto para assassinato.34 Jesus não disse que esta lei era injusta, mas pediu que o amor e o perdão prevalecessem (Mt 5.38-48). Na prática, a “pena de talião”, como se chama, resultou em um código de justiça mais misericordioso do que o prevalecente em muitos códigos pagãos. Estas coleções de leis aplicavam a punição mais extrema por ofensas comparativamente minoritárias. Aqui, a punição estava limitada ao tamanho do crime.

e) O dano a escravos (21.26,27). Temos aqui modificação imediata da lei da vingança. Se o senhor ferisse um olho ou um dente do escravo, ele tinha de libertá-lo, quer
fosse homem ou mulher. Os olhos eram considerados o bem mais precioso do homem, ao passo que os dentes eram o menos. Esta cláusula serviria de restrição aos senhores na punição dos escravos, visto que mesmo a extração acidental de um dente poderia privá-los de ter o escravo. Esta lei reflete o reconhecimento do valor humano, ato não encontrado em lugar algum entre as nações daquele período.

f) O dano por animal (21.28-32). Se algum boi chifrasse uma pessoa até a morte, o animal deveria ser apedrejado e a sua carne (28) não podia ser comida. Será absolvido
significa “estará sem culpa”. O dono do boi seria responsabilizado pela tragédia se soubesse que o animal era perigoso e nada fizera para evitar a morte — seria negligência criminal. Neste caso, era culpado de crime equivalente a assassinato e deveria ser morto junto com o animal (29). Em tais casos, havia uma cláusula para resgate. A família da pessoa morta poderia pedir uma soma em dinheiro (30), a qual o dono do boi pagaria e, assim, salvaria a vida.
Este resgate também era permitido se a pessoa morta fosse um filho ou uma filha (31). Se a família pedisse um resgate muito alto, os juizes seriam convocados para resolver a questão (cf. 22). No caso de escravos mortos por boi, pagava-se ao senhor a quantia fixada por lei como preço de escravo: trinta siclos de prata (32). O boi seria apedrejado, como ocorria na morte de um homem livre, desta forma constatando a dignidade humana do escravo.


IV - Leis Regulamentares Concernentes a Direitos de Propriedade (21.33—22.17)
As leis anteriores sobre crimes sujeitos ou não a pena capital eram adendos ao sexto mandamento: “Não matarás”. Por outro lado, a legislação apresentada a seguir pertinente a propriedades está relacionada com o oitavo mandamento: “Não furtarás”. Estas leis reconheciam o direito de propriedade particular. Quando estes direitos eram infringidos, havia a exigência da devida compensação.

a) Uma cova aberta (21.33-34). Covas no chão eram comuns no Oriente, pois eram usadas para armazenamento de água e de cereais. Quando não eram tampadas constituíam perigo para as pessoas. O responsável por ter cavado a cova tinha de pagar pelo ferimento causado a um animal que nela caísse (33). Após o pagamento ao dono do valor do animal, o infrator poderia exigir a carcaça do animal morto. Pelo visto, havia o direito de o gado pastar livremente pelos campos.

b) O boi contra boi (21.35,36). Considerando que os animais pastavam juntos pelos campos sem cerca, um boi poderia matar outro. Quando isso acontecesse, os donos dos bois dividiriam o valor do boi vivo e repartiriam o animal morto (35) em partes iguais. Se fosse sabido que o boi que feriu e matou era perigoso, seu dono teria de pagar o preço total ao dono do boi morto e poderia ficar com o animal morto (36). Em casos controversos, haveria testemunhas diante de um júri. Pelo visto, a prova de negligência séria era considerada muito importante nestas decisões.

c) O roubo (22.1-4). Bois e ovelhas são usados como exemplos de roubo, porque eram animais muito comuns. O texto não indica a razão de pagar cinco bois por um boi e quatro ovelhas por uma ovelha (1). Talvez a perda de bois fosse mais grave, porque eram animais utilizados no trabalho, ao passo que as ovelhas eram criadas para o fornecimento de lã e carne.
Minar (2) era a ação de cavar uma parede de barro em propriedade alheia. Se o intruso fosse pego no ato e morto, não haveria culpa a quem o matasse. Tratava-se de homicídio justificável. Se houvesse decorrido tempo, como dão a entender as palavras se o sol houver saído sobre ele (3), então matar o ladrão não seria justificável e tal assassinato estaria sujeito à pena.35 E possível que o significado desta cláusula seja que não havia culpa matar o ladrão à noite, mas que constituía delito fazê-lo durante o dia.
Em todo caso, se o ladrão vivesse, teria de fazer restituição total ou, se não pudesse pagar, seria vendido como escravo (3).Se o ladrão não tinha matado ou vendido o animal que roubara, ele poderia fazer restituição pagando em dobro (4) em vez de quatro ou cinco vezes mais (1). Neste caso,ele devolveria o animal roubado e acrescentaria mais um.

d) A violação dos direitos de propriedade (22.5). Embora pareça que em certas áreas os animais tinham liberdade de andar a esmo (21.33-36), também havia campos ou vinhedos particulares onde era proibido entrar. Os hebreus reconheciam terras particulares e propriedades privadas . Se alguém propositalmente deixasse o gado pastar na vinha ou campo de outra pessoa, ele teria de reembolsar com o melhor produto do seu campo e vinha.

e) O fogo (22.6). Em certos períodos do ano, as pessoas juntavam mato seco nos campos para queimar. Se por descuido, o fogo se espalhasse e queimasse os grãos estocados ou empilhados nos campos, o indivíduo que acendeu o fogo tinha de pagar por completo o que fora queimado. Estas normas ensinavam o cuidado e promoviam o respeito pelos direitos de propriedade dos outros.

f) Os bens sob custódia (22.7-13). Nas sociedades primitivas, onde não se conheciam transações bancárias, era costume deixar bens nas mãos de outras pessoas. Em tais casos, havia necessidade de leis protetoras. Se dinheiro ou bens entregue aos cuidados de outrem fossem roubados por um ladrão, o culpado, depois de capturado, teria de pagar o dobro (7). Se o ladrão não fosse encontrado, o depositário dos valores ou objetos teria de comparecer perante os juizes para que o caso fosse resolvido(8). A palavra traduzida por juizes poderia ter sido vertida por “Deus”, embora o contexto indique o sentido de juizes que agem como representantes ou agentes de Deus (cf. ATA).

O versículo 9 explica o que acontecia quando duas partes afirmavam ter direito ao mesmo objeto. A questão, que também poderia surgir nas circunstâncias descritas no versículo 8, quando o dono acusava o depositário de desonestidade, seria resolvida perante Deus pelos juizes. Qualquer que fosse a decisão tomada, a pessoa condenada teria de pagar o dobro à outra.
Além de bens e dinheiro, também se entregava gado aos cuidados de outra pessoa (10). Se durante o período da guarda o animal morresse ou fosse ferido ou desaparecesse, era necessário haver “um juramento diante do SENHOR” (11, NVI) entre as partes para provar a inocência do depositário. Quando o dono aceitava esse juramento, não havia restituição.
Se durante a guarda o animal fosse furtado, teria de haver restituição (12). Esta regra era diferente da lei relativa à questão do dinheiro ou bens descrita no versículo 7.
Havia o pressuposto de que os pastores, quando responsáveis, poderiam evitar o roubo de animais, ao passo que dinheiro era tomado com mais facilidade. Se o animal fosse morto por outro, a pessoa incumbida de guardar o animal estaria livre da culpa se pudesse mostrar o animal morto como evidência (13). O pastor alerta talvez não evitasse o ataque de um animal selvagem, mas poderia recuperar parte da carcaça como prova. Neste caso, não haveria necessidade de restituição.

g) O empréstimo (22.14,15). A pessoa era responsável pelo que pedira emprestado. Se o animal emprestado fosse ferido ou morresse e o dono não estivesse presente, o tomador do empréstimo teria de fazer plena restituição (14). Se o dono estivesse presente quando o animal fosse ferido ou morresse, não haveria restituição (15). Estar presente o tornava responsável mesmo quando outra pessoa estivesse usando o animal.
A questão era diferente quando se tratava de algo alugado. “O contratante não deveria compensar pelo dano da coisa alugada, visto que o risco de dano poderia ter sido levado em conta no cálculo da quantia do aluguel.”As palavras será pelo seu aluguel podem ser traduzidas por: “O dano está incluso no aluguel” (ATA).

h) A sedução de uma virgem (22.16,17). A sedução de uma virgem era uma forma de roubo. O pai esperava que o casamento da filha lhe trouxesse um dote. Se um homem a seduzisse (com o consentimento dela) e tivesse relações sexuais, ele teria de pagar o dote e a tomar por esposa (16). Se o pai lhe recusasse a permissão de ser esposa do sedutor, como pena o culpado teria de dar dinheiro conforme ao dote das virgens (17). O registro bíblico não diz qual era a quantia. Supomos que era maior que o dote de esposa.Este ato não era considerado transgressão do mandamento de não cometer adultério, mas do mandamento de não roubar.


V - Outros Crimes Puníveis com a Morte (22.18-20)
Feiticeira (18) era a mulher que praticava feitiçaria, ação de confiar em espíritos malignos. Esta norma não validava a realidade de comunicação genuína com espíritos malignos, mas condenava a provocação que a feitiçaria representava à fé no verdadeiro Deus. Esta prática causava ferimentos físicos e perdas na vida das pessoas. A feiticeira preparava medicamentos com mistura de ervas e, assim, tomava-se preparadora de compostos venenosos.Se tal pessoa persistisse nestas práticas profanas e perigosas deveria ser morta.

Relações sexuais com animais (19) eram prática freqüente nas religiões pagãs. Israel não poderia tolerar semelhante perversidade, por isso o ofensor teria de ser morto. O código mosaico (Dt 13.1-16) condenava cabalmente o reconhecimento de falsos deuses (20). Deus não teria rivais; os israelitas tinham de abandonar toda semelhança de falsa adoração. Em Israel, quem incentivasse ou perpetuasse objetos da religião pagã teria de ser totalmente destruído.


VI - Deveres Vários (22.21-31)
a) Contra a opressão (22.21-24). O povo de Deus não deveria oprimir ou atormentar o estrangeiro (21). Os israelitas não podiam esquecer que foram estrangeiros na terra do Egito. O Pai Celestial sempre considera odioso maltratar os estrangeiros.
Deus tinha compaixão especial pela viúva e pelo órfão (22). Os ouvidos divinos estavam perfeitamente afinados ao clamor aflito dessas pessoas (23). Quem afligisse esses desafortunados sofreria sob a ira de Deus (24). Este homem malvado seria morto e sua esposa e filhos, abandonados. A história da punição de Israel às mãos dos babilônios reflete o cumprimento deste malefício. E interessante reparar que estas transgressões de Israel foram castigadas mais diretamente por Deus mediante nações inimigas do que pelas pessoas em Israel investidas de poder. Não há que duvidar que transgressões como
estas eram cometidas com mais freqüência pelas próprias pessoas em Israel que detinham o poder de administrar justiça.

b) O empréstimo (22.25-27). Deus tinha consideração pelos pobres e proibia os ricos de tirar vantagem deles. Quando o pobre tivesse de obter um empréstimo (um adiantamento salarial para comprar comida), não deveria ser cobrado usura (25, juros). Aqui não é tratada a idéia de juros nos empréstimos comerciais, pois esta prática foi uma evolução posterior. Se o credor levasse uma peça de roupa como penhor, teria de devolvê-la ao anoitecer (26). Esta roupa era uma capa exterior, larga e esvoaçante, desnecessária durante o dia, mas usada especialmente pelos nômades para dormir nas noites frias
(27). Reter tal penhor e causar sofrimento ao pobre que não podia pagar traria o desfavor de Deus. Ele é misericordioso (compassivo) e espera que seu povo tenha espírito semelhante.

c) As obrigações para com Deus (22.28-31). A palavra juizes (28) neste contexto também pode ser traduzida por “Deus” (cf. ARA).40 Os israelitas deviam desprezar os deuses estrangeiros (Is 41.29; 44.9-20). Ninguém deveria insultar Deus ou os juizes devidamente escolhidos, nem deveria maldizer o príncipe dentre o povo. O príncipe era a pessoa mais importante de cada tribo, sendo considerada representante de Deus.
Era falta comum demorar dar a Deus a parte que lhe cabia das primícias ou primeiros frutos (29). Esta ordem exigia levar imediatamente a Deus em sacrifício o que Ele afirmara lhe pertencer. Licores é mais bem traduzido por “o que sai pelo escoadouro das vossas prensas” (RSV; cf. ARA).
Em 13.12, registra-se que os primogênitos pertencem ao Senhor. Tinham de ser resgatados pelo pagamento de uma soma estipulada. Os primogênitos dos bois e das ovelhas deviam ser dados em sacrifício. O prazo de espera permitido para sacrificar esses animais era os primeiros sete dias para ficarem com a mãe (30). Tratava-se de ato misericordioso à mãe do animal, que durante este período de tempo precisava do recém nascido para ser reconfortada e recuperar a saúde. O animalzinho tinha de ser entregue ao oitavo dia.
Deus ordenou ao povo: Ser-me-eis homens santos (31). Significava essencialmente tornar-se santo de coração e espírito. Mas esta santidade interior era prognosticada pelos sinais externos da pureza de Deus. Estes homens santos não deviam comer animais despedaçados por animais selvagens no campo. Estes animais se tornavam cerimonialmente impuros pelos animais impuros que os dilaceravam e também pelo sangue que ficava na carne. Homens santos de coração querem agir como Deus. Por essa razão, acham fácil seguir as leis claramente definidas por Deus.
Os versículos 18 a 31 mostram “A Natureza de Deus”.
1) Severa na punição do mal, 18-20;
2) Compassiva com os necessitados, 21-27;
3) Digna de respeito e obediência, 28-30;
4) Expectante da santidade no seu povo.


VIII - Instruções Éticas (23.1-9)
a) Prestar falso testemunho (23.1-3). Não devemos admitir falso rumor (1) nem espalhá-lo (AEA). O homem de Deus nunca deve ser testemunha falsa em tribunal ou em qualquer outro lugar. Ele se une com o ímpio quando quebra o nono mandamento.
Mesmo quando a multidão (2) estiver no lado errado, o homem de Deus tem de tomar posição solitária pelo que é certo. Podemos contar que a multidão erre, porque muitos tomam o caminho largo (Mt 7.13,14). O significado do versículo 2b é: “Vós não deveis [...] prestar testemunho no tribunal de modo a apoiar uma maioria injusta” (Moffatt).
Nem devemos ser parciais com os pobres em suas questões judiciais (3). Mesmo que a lei proteja os pobres, o entusiasmo pela causa dos pobres não deve perverter a justiça. O juiz ou júri tem de julgar de acordo com a retidão e não segundo o apelo popular. Nestes dias em que há o movimento popular pelos direitos civis, direitos penais e mitigação
da pobreza, os direitos dos outros cidadãos também devem ser protegidos.

b) Ajudar o inimigo (23.4,5). “Na antigüidade, não se reconhecia que os inimigos tivessem algum direito.”41 Mas o foco que o Novo Testamento dá ao amor é antecipado nesta exortação em ajudar o inimigo (4). Se o animal do inimigo se perder, sem falta lho reconduzirás. Se encontrasse o animal do inimigo caído sob uma carga, deveria ajudálo a erguer a carga (5). Esta é tradução mais clara da última parte do versículo: “Não deixes o homem lutando sozinho, ajuda-o a libertar o animal” (ATA). Trabalhar junto com o inimigo para ajudá-lo a pôr o jumento de pé poderia enfraquecer os sentimentos
ruins entre os homens.

c)Não perverter a justiça (23.6-8). Estas instruções são dirigidas aos juizes. Os pobres deveriam receber julgamento justo (6), embora fosse comum ocorrer o contrário. Sempre que houvesse falsa acusação, o juiz não deveria dar sentença que matasse o inocente e o justo (7). Deus não justifica o juiz perverso de forma alguma. O juiz jamais deveria aceitar
presente (8, suborno). A necessidade desta regra é sempre atual. Mais tarde, Israel foi muito longe no mal pernicioso de aceitar subornos (1 Sm 8.3; Is 1.23; 5.23).

d) Lembrar-se do estrangeiro (23.9). Esta é repetição da advertência encontrada em 22.21, embora aqui a idéia tenha relação especial com a ação em questões legais. Os israelitas sabiam como os estrangeiros se sentiam, por isso tinham ótimas razões para serem amáveis e justos com eles.


VIV - A Observância do Sábado (23.10-13)
a) O ano sabático (23.10,11). As outras nações não guardavam um ano de descanso para a terra a cada sete anos, por não terem legislação a respeito. Para um povo agrícola, esta medida talvez fosse muito drástica. De acordo com a interpretação de 2 Crônicas 36.21, Israel negligenciou esta prática 70 vezes, ou mais ou menos a metade, entre o Êxodo e o Cativeiro. A lei foi dada para testar a obediência dos israelitas, favorecer os pobres, visto que no sétimo ano podiam participar dos frutos (11) e proporcionar tempo de comunhão especial com Deus.

b) O dia sabático (23.12,13). Neste trecho, nada é acrescentado à declaração do quarto mandamento. O texto repete o propósito de animais, escravos e estrangeiros descansarem e tomarem alento. Este sétimo dia era o dia de Deus, quando nem se devia mencionar o nome de outros deuses (13). Estes sábados eram lembrança constante para os judeus de suas obrigações ao Deus de Israel.



SUBSIDIOS 002
EXODO 21 - 23

Moisés, depois de dar a Israel a Lei de Deus, que está nos Dez Mandamentos, explicou e aplicou a Lei aos vários aspectos da vida do homem. Onde quer que haja lei, deve haver interpretação e aplicação; de outra forma, a lei não é praticada e não pode ser útil de forma alguma.
No início, eram os sacerdotes que ensinavam e praticavam a Lei em Israel, mas, em anos posteriores, os rabinos e os escribas tornaram-se os professores oficiais da Lei. Infelizmente, a interpretação deles era tão autoritária quanto a Lei original, e foi esse erro que Jesus expôs por meio de seus ensinamentos, em especial no Sermão da Montanha (Mt 5—7). Para obter mais percepções a esse respeito, veja também Marcos 7:1 -23.

I. Cuidados com os servos (21:1-11)
Os judeus podiam comprar e vender escravos, mas eram proibidos de tratá-los como escravos. Às vezes, as pessoas tinham de vender a si mesmas em troca de serviço por causa da pobreza (Lv 25:39; Dt 15:12), mas o serviço delas ficava limitado a apenas seis anos. Depois desse período, elas tinham de ser libertadas.
Se um servo quisesse permanecer com o seu senhor, marcava-se sua orelha, e ele permanecia para sempre na casa. Veja Deuteronômio 15:17 e Salmos 40:6. A Lei dava proteção especial às mulheres a fim de garantir que os amos não abusassem delas e não as privassem de seus direitos.

II. Compensação de injúrias pessoais (21:12-36)
Essas regulamentações tinham por objetivo garantir a equidade na indenização de injúrias pessoais. O "olho por olho, dente por dente" não é uma "lei da selva", mas a manifestação de que haja um pagamento justo pelas injúrias recebidas. Assim, os juizes não exigiriam nem mais nem menos do que fosse certo. Esse é o fundamento da lei hoje, embora nem sempre essa lei seja aplicada de forma justa. Em Mateus 5:38-42, as palavras de nosso Senhor têm que ver com vingança pessoal mais que com desobediência pública à Lei. Havia muitos crimes capitais em Israel: assassinar (vv. 12- 15), raptar (v. 16), amaldiçoar os pais de alguém (v. 17), causar a morte de mulher grávida e/ou do feto (w. 22- 23), praticar feitiçaria (22:18) e praticar coito com animal (22:19). O fundamento para a punição capital é a aliança de Deus com Noé (Gn 9:1-6) e o fato de o homem ter sido criado à imagem de o Deus. Deus deu a vida e apenas ele tem o direito de tirá-la ou de autorizar que seja tirada (Rm 13).
Deus faz distinção entre assassinato deliberado e morte acidental ou homicídio culposo (vv. 12-13).
As cidades de refúgio existiam para proteger pessoas que mataram por acidente (Nm 2>5'.6ss). Naquela época, não havia polícia, e a família da pessoa morta via-se obrigada a vingar a morte do ente querido. Por isso, era necessário proteger o inocente até que o caso fosse investigado pelos anciãos.
Observe que Deus considera o proprietário de um animal responsável pelo que o animal faz a outros (vv. 28-36) quando já se sabe que o animal é perigoso. A lei certificase de que ninguém tire vantagem de uma situação como essa e lucre com ela.
Os versículos 22-23 são fundamentais em relação à posição pró-vida em relação ao aborto, pois indicam que o aborto de um feto equivale ao assassinato da criança.
Punia-se a parte culpada com a morte ("vida por vida") se a mãe ou a criança não-nascida, ou ambas, morresse. Veja também Salmos 139:13-16.

III. Proteção à propriedade privada (22:1-15)
Aqui, Moisés lida com diversos tipos de furto e, mais uma vez, ele afirma que o ladrão deve compensar a pessoa prejudicada. Contudo, observe que Deus considera sagrada até mesmo a vida do ladrão que arromba uma casa! Se ele arromba a casa à noite e é morto, o matador não é acusado. Contudo, se o crime acontece à luz do dia, quando o proprietário pode pedir ajuda ou mesmo reconhecer o invasor e acusá-lo depois, então o matador é culpado de homicídio.
Moisés também lida com danos a propriedades causados por animais que se alimentam em outros campos que não os de seu dono (v. 5) ou por fogo incontrolado (v. 6) e a perda de propriedade entregue aos cuidados de outros (vv. 7-15). Os juizes, nessas circunstâncias específicas, podem investigar os princípios a fim de que estes os ajudem a decidir os casos, porém Moisés não explica isso em detalhes.

IV. Respeito à humanidade (22:16-31)
Essa série de leis variadas revela a preocupação de Deus com a humanidade, e seu desejo de que não se explore as pessoas. Isso inclui as virgens (vv. 16-17; veja Dt 22:23-24), os forasteiros (v. 21), as viúvas (vv. 22-24) e os pobres (vv. 25-27). Deus promete ouvir o clamor dos que foram prejudicados e defender os pobres e os oprimidos.
Não se permite que feiticeiras e feiticeiros vivam, porque eles têm ligação com os poderes demoníacos que atuam nas religiões ímpias das nações que rodeiam Israel. Veja Levítico 19:31; 20:27 e Deuteronômio 18:9-12. As práticas ocultas modernas são um convite para que Satanás trabalhe e destrua vidas.
Deus também proíbe o coito com animais (veja Lv 20:15-16; Dt 27:21). Essa prática fazia parte da adoração pagã de ídolos e avilta a sexualidade humana, um dom precioso
de Deus.
O povo devia respeitar seus governantes e não amaldiçoá-los, como também respeitar Deus. De acordo com Romanos 13, as autoridades foram estabelecidas por
Deus. Se amaldiçoarmos um líder, corremos o risco de amaldiçoar Deus, que estabeleceu a autoridade do governo.
Os versículos 29-31 vão ao cerne da obediência à Lei: pôr Deus em primeiro lugar em sua vida, e obedecer ao que ele diz com alegria. Essa é a versão do Antigo Testamento de Mateus 6:33.

V. A atribuição de justiça (23:1-9)
Em Israel, o sistema judicial, como nosso sistema de tribunais de hoje, dependia de leis justas, juizes honestos e testemunhas fidedignas. As leis de Deus eram justas, mas podiam ser mal interpretadas, de forma deliberada, por um juiz injusto, ou uma testemunha mentirosa podia dar falso testemunho. O julgamento não deve ser influenciado pela maioria (v. 2), pelo dinheiro (vv. 3,6,8), por sentimentos pessoais (vv. 4-5) ou por posição social (v. 9).
Deus, no que se refere à aplicação da lei, não quer que se justifique o ímpio (v. 7; 2 Cr 6:23). No entanto, no que se refere a salvar o pecador perdido, Deus, em sua graça, justifica o ímpio (Rm 4:5). Ele pode fazer isso porque o Filho de Deus propiciou a punição por nossos pecados na cruz.

VI. A celebração de momentos santos (23:10-19)
Há ligação entre a adoração de Deus e o trabalho da terra (que pertence a Deus). Em Israel, as festividades religiosas ligavam-se ao ano agrícola em uma série de "setes". Veja Levítico 23. O sétimo dia era sábado, ou shabbath, e o sétimo ano era o ano sabático. Depois da Páscoa, celebrava-se a Festa dos Pães Asmos durante sete dias. O sétimo mês iniciava-se com a Festa das Trombetas e incluía também o Dia da Expiação e a Festa dos Tabernáculos (Cabanas).
O sábado, ou shabbath, semanal não apenas lembra os judeus que pertencem a Deus, mas também mostra o cuidado de Deus com a saúde do homem, do animal e a "saúde" da terra. O ano sabático propicia uma oportunidade ainda maior de descanso e de restauração.
Deus preocupa-se com a forma como usamos os recursos naturais que nos deu graciosamente. Se hoje as pessoas tivessem isso em mente, haveria menos exploração dos recursos humanos e naturais.
A Páscoa fala da morte de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus (Êx 12; Jo 1:29); a Festa das Primícias é um símbolo da ressurreição dele (1 Co 15:23); e a Festa dos Tabernáculos lembra-nos de sua nova vinda e do futuro reino de alegria e plenitude (Zc 14:16-21).
A enigmática afirmação a respeito de crianças e leite materno refere-se à prática pagã que fazia parte de um rito idólatra de fertilidade (veja 34:26 e Dt 14:21). Moisés
conectou essa lei aos festivais de colheita porque era nessas ocasiões que se praticavam os rituais pagãos de fertilidade.

VII. A conquista da terra prometida (23:20-33)
Deus prometeu vitória ao seu povo porque seu anjo iria à frente dele e o ajudaria a vencer seus inimigos, se a nação obedecesse fielmente a seus mandamentos. O povo tinha a posse da terra apenas pela graça de Deus, mas o usufruto da terra dependia da fé e da fidelidade dele.
Uma vez em sua terra, o povo devia ter cuidado em não imitar as práticas idólatras das outras nações.
Deus prometeu saúde, prosperidade e segurança a seu povo se este lhe obedecesse, pois essas bênçãos faziam parte de sua aliança. Ele não garantiu essas mesmas bênçãos ao seu povo da Nova Aliança de hoje, mas prometeu suprir todas as nossas necessidades e capacitar-nos a fim de vencermos nossos inimigos espirituais. Muito da "pregação de prosperidade" de hoje fundamentase em uma interpretação errónea da Antiga Aliança que Deus fez com os judeus.

Israel conquistou a terra prometida e destruiu as cidades e os ídolos de seus habitantes ímpios. Mas o povo de Deus, de forma gradual, começou a promover a paz com os vizinhos e a aprender a adorar os falsos deuses e deusas deles. Isso levou disciplina à terra (livro de Juizes) e, por fim, levou à escravidão, quando foram levados para longe da terra. Entretanto, antes de julgarmos Israel de forma muito severa por isso, precisamos nos perguntar sobre a quantidade de concessões que, hoje, o povo de Deus faz aos deuses deste mundo, como o dinheiro, o prazer e o sucesso.

ELABORADA PELO EVANGELISTA; NATALINO DOS ANJOS
PROFESSOR DA E.B.D e PESQUISADOR
DIRIGENTE DA CONGREGAÇÃO DA ASSEMBLEIA DE DEUS(MISSÃO)
NO BAIRRO NOVO HORIZONTE - NA CIDADE DE GUIRATINGA
PASTOR PRESIDENTE DO CAMPO; Pr EDSEU VIEIRA

FONTE DE PESQUISA;
BIBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL
COMENTARIO BIBLICO WESB - VELHO TESTAMENTO
COMENTARIO BIBLICO BEACON - VELHO TESTAMENTO
































domingo, 2 de março de 2014

ESBOÇOS DE SERMÃO

 SOLDADOS DE JESUS CRISTO.
1. O recrutamento: renunciar o seu próprio eu. Lc. 9:23.
2. A preparação para a firmeza. Fp. 4:1.
3. Disposição para o sofrimento. 2 Tm. 2:3.
4. Seguir o líder para onde Ele for. Jo.21:22.
5. Combater o bom combate. 1 Tm.6:12.
6. Nossas instruções de serviço encontramos na Bíblia. 2 Tm. 3:16-17.
7. Nossa recompensa: a coroa da vida. 2 Tm. 4:8.

 UM BOM TRABALHADOR DE CRISTO SE PARECE COM:
1. Um aprendiz. Lc. 10:39; Dt. 33:3.
2. Um bem armado guerreiro. Ef. 6:10-18.
3. Um corredor, que se livra do seu peso. Heb. 12:1.
4. Um semeador, que semeia boa semente. Mt. 13:24.
5. Um embaixador, que prega a reconciliação. 2 Co. 5:20.
6. Um pescador, que lança sua rede. Jo. 21:6.
7. Um servo dedicado ao seu trabalho. Rm. 15:16.

DISCÍPULOS VERDADEIROS.
1. Levam sua cruz e seguem o Senhor. Lc. 14:27