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segunda-feira, 10 de março de 2014

DEUS ESCOLHE ARÃO E SEUS FILHOS PARA O SACERDÓCIO - LIÇÃO 11 COM SUBSIDIOS

Lições Bíblicas CPAD  - Jovens e Adultos
 1º Trimestre de 2014

 Título: Uma jornada de fé — A formação do povo de Israel e sua herança espiritual
Comentarista: Antonio Gilberto

 Lição 11: Deus escolhe Arão e seus filhos para o Sacerdócio
Data: 16 de Março de 2014

TEXTO ÁUREO
 “E para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra” (Ap 5.10).

VERDADE PRÁTICA

Cristo nos fez reis e sacerdotes, para anunciarmos as virtudes do seu Reino.

LEITURA DIÁRIA
 Segunda - Hb 6.20 Jesus, Sacerdote Eterno
 Terça - Hb 5.1-9 A superioridade do sacerdócio de Jesus
 Quarta - Hb 5.10 Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque
 Quinta - Hb 7.1-4 Figura do sacerdócio eterno de Cristo
 Sexta - Hb 7.26 Jesus, Sacerdote Santo
 Sábado - Ap 1.6 Cristo nos fez reis e sacerdotes do Altíssimo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Êxodo 28.1-11.

1 - Depois, tu farás chegar a ti teu irmão Arão e seus filhos com ele, do meio dos filhos de Israel, para me administrarem o ofício sacerdotal, a saber: Arão e seus filhos Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar.
2 - E farás vestes santas a Arão, teu irmão, para glória e ornamento.
3 - Falarás também a todos os que são sábios de coração, a quem eu tenha enchido do espírito de sabedoria, que façam vestes a Arão para santificá-lo, para que me administre o ofício sacerdotal.
4 - Estas, pois, são as vestes que farão: um peitoral, e um éfode, e um manto, e uma túnica bordada, e uma mitra, e um cinto; farão, pois, vestes santas a Arão, teu irmão, e a seus filhos, para me administrarem o ofício sacerdotal.
5 - E tomarão o ouro, e o pano azul, e a púrpura, e o carmesim, e o linho fino
6 - e farão o éfode de ouro, e de pano azul, e de púrpura, e de carmesim, e de linho fino torcido, de obra esmerada.
7 - Terá duas ombreiras que se unam às suas duas pontas, e assim se unirá.
8 - E o cinto de obra esmerada do éfode, que estará sobre ele, será da sua mesma obra, da mesma obra de ouro, e de pano azul, e de púrpura, e de carmesim, e de linho fino torcido.
9 - E tomarás duas pedras sardônicas e lavrarás nelas os nomes dos filhos de Israel,
10 - seis dos seus nomes numa pedra e os outros seis nomes na outra pedra, segundo as suas gerações.
11 - Conforme a obra do lapidário, como o lavor dos selos, lavrarás essas duas pedras, com os nomes dos filhos de Israel; engastadas ao redor em ouro as farás.

INTERAÇÃO
 No Antigo Testamento o sumo sacerdote exercia o ofício sagrado de ir ao Templo e entrar para oferecer sacrifício por ele e por toda a nação. Logo, seu sacrifício não era único ou perfeito. O ministério sacerdotal araônico apontava para Cristo, nosso Sumo Sacerdote eterno, Jesus Cristo é o único Sumo Sacerdote perfeito e suficiente. Ele é o único representante entre Deus e o homem. Assim como Jesus é o Sumo Pastor; nós os crentes, também fomos feitos sacertodes. A nossa função é a de servir a Igreja e a Cristo com amor.

OBJETIVOS
 Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Explicar o sacerdócio em Israel.
Elencar os elementos da indumentária sacerdotal.
Compreender o papel atual dos ministros da Igreja de Cristo.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
 Para concluir o terceiro tópico da lição, leia com a sua classe, a primeira epístola do apóstolo Paulo a Timóteo 3.1-7. Use a lousa para elencar as qualidades necessárias para quem deseja exercer o Santo Ministério: (1) Ser irrepreensível; (2) marido de uma só mulher; (3) vigilante; (4) sóbrio; (5) hospitaleiro; (6) apto para ensinar; (7) não dado ao vinho; (8) não espancador; (9) não cobiçoso de torpe ganância; (10) moderado, não contencioso, não avarento; (11) governe bem a própria casa tendo os filhos em sujeição, com toda modéstia; (12) que não seja novo na fé; (13) não soberbo; (14) tenha bom testemunho dos que estão fora da igreja. Conclua dizendo que tais características resultam do caráter regenerado pela mensagem do Evangelho.

COMENTÁRIO
 INTRODUÇÃO
 Palavra Chave
Sacerdócio: Ofício, o ministério e a função do sacerdote.
 O capítulo 28 de Êxodo trata da chamada divina para o sacerdócio em Israel. O povo precisava aprender a adorar a Deus. Era necessário que homens chamados por Deus cuidassem da prática do culto ao Senhor no Tabernáculo e também através da congregação de Israel. Logo, o Senhor separou a tribo de Levi para o serviço no Tabernáculo e para o santo ministério sacerdotal. Os levitas serviam a Deus e auxiliavam os sacerdotes. Assim, todo sacerdote em Israel era levita, mas nem todo levita era sacerdote como veremos na lição.

I. O SACERDÓCIO (ÊX 28.1-5)
 1. O sacerdote. Deus ordena que Moisés separe Arão e seus filhos para o ministério sacerdotal. O sacerdote deveria não somente pertencer à tribo de Levi, mas era preciso que fosse um descendente de Arão, que teve o privilégio de ser o primeiro sacerdote de Israel. Pertenciam à classe sacerdotal em Israel o sumo sacerdote, os sacerdotes e também os levitas.
O sacerdócio de Arão apontava para Cristo, nosso Sumo Sacerdote eterno (Hb 6.20). Arão era um ser humano e, portanto, um pecador que carecia de se apresentar diante de Deus com sacrifícios pelos seus próprios pecados. Mas Cristo é perfeito e seu sacrifício por nós foi único, completo e aceito pelo Pai.

2. O ministério dos sacerdotes. Quais eram as funções de um sacerdote? Sua principal missão era apresentar o homem pecador diante do Deus santo. Eram, especificamente, três as obrigações básicas do sacerdote: “santificar o povo, oferecer dons e sacrifícios pelo povo e interceder pelos transgressores”. Eles também atuavam como mestres da lei (Lv 10.10,11). O sacerdócio de Arão apontava para Cristo, nosso único mediador diante de Deus. Como Sumo Sacerdote, Cristo intercede diante do Pai por nós (1Tm 2.5).

3. O sumo sacerdote. As nações que estavam ao redor dos hebreus já conheciam o serviço sacerdotal. Os sacerdotes não receberam nenhuma herança de terras quando as tribos entraram na Terra Prometida, pois a sua recompensa era servir ao Todo-Poderoso. Eles eram sustentados pelas ofertas e os sacrifícios levados ao Tabernáculo. Viviam de modo simples e dependiam única e exclusivamente da obediência e fidelidade do povo ao trazer seus dízimos (Nm 18.3-32).

SINOPSE DO TÓPICO (I)
 Deus ordena o ministério sacerdotal por intermédio de Moisés, separando Arão e seus filhos para o santo ofício.

II. A INDUMENTÁRIA DO SACERDOTE
 1. A túnica de linho e o éfode (Êx 28.4-28). As vestes do sacerdote deveriam ser santas (Êx 28.3). Eles não poderiam se apresentar diante do Senhor de qualquer maneira. O linho fino apontava para a pureza, perfeição e justiça de Cristo, nosso sacerdote. Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, “o éfode era um tipo esmerado de avental bordado, unido nos ombros e ligados por uma faixa na cintura”. No éfode havia duas pedras de ônix com os nomes das doze tribos. Arão deveria levar e apresentar diante de Deus as doze tribos de Israel. Cristo carregou sobre si os nossos pecados e os apresentou diante do Pai (1Co 15.3).
Sobre o éfode estava o peitoral contendo doze pedras preciosas com os nomes dos doze filhos de Israel. Esta peça ficava sobre o coração de Arão — o sumo sacerdote (Êx 28.15,17,21,29).

2. O Urim e Tumim (Êx 28.30). Eram pedras que os sacerdotes utilizavam na hora de tomar decisões. Eles deveriam carregar estas peças junto ao coração, mostrando a importância delas. Isso nos mostra que nossas decisões devem ser tomadas de acordo com a Palavra de Deus.

SINOPSE DO TÓPICO (II)
 A túnica de linho, o éfode, o Urim e o Tumim eram elementos sagrados que compunham a indumentária sacerdotal.

 III. MINISTROS DE CRISTO PARA A IGREJA
 1. Chamados por Deus. Os verdadeiros ministros da igreja são chamados e vocacionados pelo Senhor. O ministério pastoral não é simplesmente um cargo ou uma forma de se alcançar status seja ele qual for. Muitos querem viver da obra e não para ela. Quem exerce o santo ministério sem a direta chamada do Senhor — o Dono da obra — é um intruso e está profanando a obra de Deus.

2. Qualificações. O sacerdote não podia se apresentar diante de Deus e da congregação de qualquer maneira. Um pastor deve sempre agir de modo a dar um bom testemunho (1Tm 3.7). O bom testemunho deve vir não somente dos que estão fora da igreja, mas especialmente pelos irmãos em Cristo. É preciso viver uma vida digna diante dos homens e também diante de Deus (1Tm 6.11,12). O pastor deve em tudo ser o exemplo (Tt 2.7).

3. Comprometidos com a Palavra. Os sacerdotes também tinham a função de ensinar a Palavra de Deus. Da mesma forma, Paulo recomenda que o ministro seja apto para ensinar (1Tm 3.2). É preciso que seja alguém capacitado na Palavra. A missão dos ministros de Cristo consiste no serviço, na mordomia, isto é, na administração dos negócios de Deus e, sobretudo, em sua fidelidade e santidade.

SINOPSE DO TÓPICO (III)
 Os ministros de Cristo são dados por Deus à Igreja. Eles devem manifestar um caráter que honre ao Pai e que, igualmente, demonstre o compromisso com o ministério da Palavra.

CONCLUSÃO
 Os sacerdotes levavam os israelitas até a presença de Deus. O sacerdócio de Arão apontava para o sacerdócio perfeito de Cristo. Atualmente, todos os que creem em Jesus e no seu sacrifício na cruz foram feitos, pela fé, reis e sacerdotes do Deus Altíssimo (1Pe 2.5,9). Você é um representante de Deus aqui na terra, e nessa posição, você tem levado outros até Cristo?

VOCABULÁRIO
 Indumentária: Arte relacionada com vestuário; conjunto de vestimentas usadas em determinada época ou por determinado povo, classe social, profissão, etc.
Esmerado: Caprichoso, empenhado.
Clímax: Parte do enredo (de livro, filme, peça, etc.) em que os acontecimentos centrais ganham o máximo de tensão, prenunciando o desfecho; ápice.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
 GOWER, R. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2 ed., RJ: CPAD, 2012.
CARLSON, R.; TRASK, T. E. et al. Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3 ed., RJ: CPAD, 2005.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
 Subsídio Geográfico
 “O Dia da Expiação
O dia 10 do mês de Tisri marcava o Dia da Expiação (Lv 16). Esse dia era de muitas formas um clímax do ano religioso judeu. Os sacerdotes ofereciam durante o ano inteiro sacrifícios a Deus, a fim de tornar o povo aceitável a Ele; mas os sacerdotes e seu equipamento foram cerimonialmente afetados pelo pecado e o Dia da Expiação foi instituído para promover uma ‘limpeza espiritual de primavera’, de modo que o caminho para chegar a Deus, mediante sacrifício, ficasse aberto por mais um ano. O sumo sacerdote era a única pessoa que podia fazer isso e nos dias do Novo Testamento, a fim de não haver erro, ele era cuidadosamente vestido pelos anciãos e praticava o ritual diariamente durante a semana anterior.
No Dia da Expiação, o sumo sacerdote era mantido acordado durante a madrugada, e quando chegava a manhã, era vestido com roupas brancas simples para dar início às cerimônias. Ele primeiro confessava os pecados das pessoas com a mão sobre o pescoço de um touro sacrificial, que havia sido morto e colhido o seu sangue. Dois bodes eram colocados à sua frente e sortes lançadas para ver qual deles devia ser de Deus e qual do povo. O bode de Deus era morto e seu sangue misturado com o do touro. Depois, sozinho, o sumo sacerdote entrava com incenso e brasas no Santo dos Santos. O incenso era queimado e quando ele enchia o lugar, acreditava-se que o sumo sacerdote era aceitável a Deus” (GOWER, R. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2 ed., RJ: CPAD, 2012, pp.321-22).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
 Subsídio Teologia Pastoral
 “O Caráter do Servo do Senhor
Uma geração inteira levantou-se em oposição a todas as formas de organização instituídas, quer os credos e práticas estabelecidas fossem certos, quer não. A precipitação maléfica disso ainda é vista na oposição pública a qualquer autoridade: civil, religiosa ou organizacional. Pode ser que haja ocasiões em que se deva fazer oposição às instituições, mas o verdadeiro caráter não condena a autoridade só porque é autoridade. Deve haver padrões de caráter: para indivíduos e para organizações. Oposição arbitrária à autoridade, sem qualquer base ética ou moral, só conduz à anarquia e ao caos. A sociedade moderna não parece estar muito distante desse estado. De todas as pessoas, o ministro do Evangelho tem de ter uma definição clara do que seja o caráter para que seja modelado com nitidez.

O Caráter e Ação
O caráter nunca é comprovado por uma declaração escrita ou oral de convicções. É demonstrado pelo modo como vivemos, pelo comportamento, pelas escolhas e decisões. Caráter é a virtude vivida.
O caráter ruim ou o comportamento pouco ético tem sido comparado ao odor do corpo: ficamos ofendidos quando o detectamos nos outros, mas raramente o detectamos em nós mesmos. Os líderes espirituais sempre devem ser sensíveis ao fato de que suas ações falam muito mais alto do que as palavras ditas do púlpito. Visto que as ações que praticamos raramente são percebidas como provas de caráter defeituoso, fazem-se essenciais à introspecção e à auto-avaliação, não porque desejamos agradar ou evitar ofender os outros, mas porque a reputação e o caráter do ministro devem estar acima de toda repreensão (1Tm 3.2,7). Nossas palavras e pensamentos devem ser agradáveis perante a face de Deus (Sl 19.14), mas nossas ações revelam nosso caráter aos outros. As características do caráter exigido por Deus daqueles que querem habitar em sua presença são ações, e não um estado passivo de ser [...] (Sl 15)” (CARLSON, R.; TRASK, T. E. et al. Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3 ed., RJ: CPAD, 2005, pp.114-15).

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
 A escolha de Arão e seus filhos para o Sacerdócio
 Segundo a ordenação de Deus a Moisés, Arão e seus filhos, Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar deveriam ser separados e consagrados para o sacerdócio (Êx 28.1). Todavia, sabemos que Nadabe e Abiú morreram perante o Senhor ao oferecer fogo estranho. Então o sacerdócio ficou restrito aos descendentes de Eleazar e Itamar (Lv 10.1,2). Para ser um sacerdote não bastava ter nascido na família de Arão, pois havia várias restrições que impediam uma pessoa de exercer o sacerdócio. Para desempenhar tal nobre função eram necessárias certas exigências; o homem não poderia ter nenhum defeito físico (Lv 21.1-24). A lei exigia perfeição e tal perfeição apontava para Cristo, o homem perfeito.
O sacerdote tinha a função principal de conduzir o homem até Deus, todavia também exercia funções no tabernáculo e no ensino da Lei (Lv 10.10,11; Dt 33.10; 2Rs 17.27,28). O sacerdote não era um neófito. Ele precisava conhecer as leis civis e religiosas para exercer suas funções. Qualquer erro era pago com a própria vida. Isto nos mostra como é grande a responsabilidade daqueles que ministram na Casa de Deus. É necessário que os pastores sejam separados, tenham uma vida santa, conheçam a Palavra de Deus e estejam aptos para ensiná-la.
Segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe “o sacerdócio hebreu incluía três classes básicas: o sumo sacerdote, os sacerdotes, e os levitas”.
O sacerdote deveria se apresentar diante de Deus com roupas santas, separadas para a ministração. Infelizmente, muitos pensam que porque estamos no tempo da graça podemos nos achegar a Deus de qualquer maneira. Puro engano! A Palavra de Deus nos ensina que sem santidade (separação do mundo) ninguém verá ao Senhor (Hb 12.14). Precisamos ser santos na nossa maneira de ser, vestir, falar e proceder.
Deus ordenou que se fizessem túnicas brancas e vestes íntimas (Êx 28.6-12) de linho puro para os sacerdotes. O linho puro e branco simbolizava a pureza, perfeição e justiça de Cristo, nosso Sumo Sacerdote. Todas as partes do corpo do sacerdote deveriam ficar cobertas. Somente os pés poderiam aparecer. Não podemos nos esquecer que Deus ordenou que Moisés tirasse as sandálias dos pés, pois no oriente esta era uma atitude de respeito. Os sacerdotes tinham ao todo umas oito peças de roupa para os rituais no tabernáculo. Segundo Victor Hamilton “quatro vestes só podiam ser usadas pelo sumo sacerdote: o éfode (Êx 28.6-12); o peitoral do juízo (Êx 28.15-30); o manto do éfode (Êx 28.31-35); uma mitra (Êx 28.36-38)”. Tanto as roupas como os rituais apontava para Cristo.


SUBSIDIOS 001
28.1 ARÃO... O OFÍCIO SACERDOTAL. O Senhor deu instruções a respeito do ministério de Arão, o sumo sacerdote, e dos deveres do sacerdócio em geral (caps. 28-29). O sacerdote era uma pessoa com a missão de representar o povo diante de Deus.

(1) Os sacerdotes deviam queimar incenso, cuidar do castiçal e da mesa dos pães da proposição, oferecer sacrifícios no altar e abençoar o povo. Além disso, também julgavam causas civis (cf. Nm 5.5-31) e ensinavam a lei (Ne 8.7,8).

(2) Os sacerdotes ministravam como mediadores entre o povo e Deus (vv. 12,29,30) e também comunicavam ao povo a vontade e o concerto de Deus (Jr 33.20-22; Ml 2.4) e intercediam, perante Deus, devido à pecaminosidade do povo. Exercendo o seu ministério, eles faziam expiação pelo pecado do povo e pelos seus próprios pecados (29.33; Hb 9.7,8), e testificavam da santidade de Deus (v. 38; Nm 18.1).

(3) Para os crentes do NT, Jesus é o sacerdote do povo de Deus. Pois:
a) Ele inaugurou o novo concerto mediante a sua morte (Hb 9.15-22) e ofereceu-se como o sacrifício perfeito (Hb 9.23-28).
b) Ele se compadece das nossas fraquezas (Hb 4.15),
c) comparece diante de Deus em nosso favor (Hb 9.24),
d) aperfeiçoa os salvos (Hb 10.14)e,
e) aproxima-nos de Deus Pai (Hb 7.25; 9.24; 10.19-22; 1Jo 2.1).

28.4 UM PEITORAL. Tratava-se de uma peça quadrada de tecido espesso, na qual foram colocadas doze pequenas pedras preciosas, em quatro fileiras horizontais, com três pedras em cada; nessas pedras foram gravados os nomes dos doze filhos de Israel (vv. 15-21,29,30).
28.6 O ÉFODE. O éfode era outra peça do vestuário do sumo sacerdote. Era uma espécie de avental, folgado, sem mangas, usado sobre o manto do éfode, e que descia até os joelhos do sumo sacerdote (vv. 6-20; 39.1-21).

28.29 ARÃO LEVARÁ OS NOMES DOS FILHOS DE ISRAEL. Como sumo sacerdote, Arão representava o povo diante do Senhor, ao entrar no santuário (vv. 12,29). Ao fazer assim, prefigurava Jesus, nosso Sumo Sacerdote, que entrou no céu para comparecer diante de seu Pai, como nosso representante (Hb 9.24).

28.30 URIM E TUMIM. As Escrituras não explicam o significado de Urim e Tumim. O sentido literal pode ser luzes e perfeições , ou maldições e perfeições . Possivelmente eram usados para lançar sortes, na busca de uma resposta sim ou não , na definição da vontade de Deus em casos específicos (Lv 8.8; Nm 27.21; Dt 33.8; 1 Sm 28.6)


SUBSIDIOS 002
 EXODO 28
Esse capítulo foca a vestimenta dos sacerdotes, enquanto o capítulo trata principalmente da consagração dos sacerdotes. Lembre-se, quando estudar esses dois capítulos, que todo o povo de Deus era sacerdote (1 Pe 2 :5 ,9 ). Além disso, o sacerdócio aarônico ensina-nos a respeito dos privilégios e das obrigações que temos como sacerdotes de Deus. (O sacerdócio de nosso Senhor vem da ordem de Melquisedeque, não da de Arão. Veja Hebreus 7—8.) Observe que os sacerdotes, acima de tudo, ministram ao Senhor, embora também ministrem ao povo do Senhor.
Os sacerdotes representavam as pessoas diante de Deus e ministravam no altar, contudo a primeira obrigação deles era servir ao Senhor (vv. 1 ,3 ,4 ,4 1 ). Da mesma forma que servimos às pessoas de forma correta, também devemos servir ao Senhor de forma satisfatória. A vestimenta mais interna dos sacerdotes eram calções de linho (v. 4 2 ), cobertos por uma túnica de linho fino (vv. 39 -41 ). O sumo sacerdote vestia por cima disso a estola sacerdotal de estofo azul da sobrepeliz (vv. 3 1 -3 5 ) e vestia por cima do estofo a própria sobrepeliz e a estola sacerdotal (vv. 6-30). O sumo sacerdote também usava um turbante de linho (mitra) com uma lâmina de ouro com a seguinte frase gravada: "Santidade ao Senhor" (vv. 3 6 -3 8 ).

I. O estofo (28:6-14) "Estola sacerdotal" é uma transliteração da palavra hebraica que descreve uma peça de vestuário específica — um casaco sem manga feito do mesmo material e com as mesmas cores dos reposteiros do tabernáculo.
Ele era preso ao ombro por engastes especiais, e cada ombreira tinha uma pedra de ônix gravada com os nomes de seis tribos de Israel. O sumo sacerdote carregava seu povo nos ombros quando servia ao Senhor. O sumo sacerdote usava um bonito cinto em volta da estola sacerdotal como um lembrete de que era um servo.

II. O peitoral (28:15-30)
Era uma bonita "algibeira" de tecido que tinha doze pedras preciosas no lado externo e o Urim e oTumim no bolso. Ele ficava sobre o coração do sumo sacerdote e era fechado com argolas de ouro e com fita azul. O sumo sacerdote carregava as doze tribos de Israel não apenas sobre os ombros, mas também sobre o coração. Jesus Cristo, nosso sumo sacerdote no céu, tem seu povo no coração e sobre seus ombros quando intercede por nós e capacita-nos para ministrar neste mundo.
Os nomes das tribos nas pedras sobre os dois ombros estavam posicionados de acordo com a ordem de nascimento delas (v. 10), enquanto, no peitoral, as tribos estavam na ordem estabelecida pelo Senhor (Nm 10). Deus vê seu povo como jóias preciosas — cada uma é diferente da outra, mas todas são bonitas. Em hebraico, Urim e Tumim significam "luzes e perfeição".
Em geral, pensa-se que eram pedras usadas para determinar a vontade de Deus para seu
povo (Nm 27:21; 1 Sm 30:7-8). No Oriente, é comum usar pedras
brancas e pretas na tomada de decisões. A pedra branca significa "sim", e a pedra preta, "não". É insensato ser dogmático a respeito dessa interpretação porque não temos informação suficiente em que nos fundamentarmos. É suficiente dizer que Deus forneceu ao povo da Antiga Aliança uma forma de determinar a vontade dele, e hoje ele nos deu sua Palavra e seu Espírito Santo para nos orientar.

III. A túnica da estola sacerdotal (28:31-35)
Era uma peça azul sem costuras com uma abertura para passar a cabeça, com campainhas de ouro, e a orla decorada com romãs de estofo azul.
As romãs de estofo azul impediam que as campainhas encostassem umas nas outras. Quando o sumo sacerdote ministrava no Santo Lugar, as campainhas tocavam permitindo que os de fora soubessem que ele ainda estava servindo a eles e ao Senhor. As campainhas indicam júbilo ao servir ao Senhor, e as romãs, fecundidade.
Note que o sumo sacerdote deixa de lado essa vestimenta gloriosa quando ministra no Dia da Expiação anual (Lv 16:4). Nesse dia, ele usa a vestimenta simples de linho dos sacerdotes, ou levitas, um retrato da humilhação de Cristo (Fp 2:1-11).

IV. A coroa sagrada (28:36-39)
O turbante (mitra) era um simples capelo de linho branco, talvez um capelo semelhante ao usado pelos chefes de cozinha modernos, apenas não tão alto. Havia uma lâmina de ouro sobre o turbante, presa com fita azul, em que estava escrito: "Santidade ao Senhor ".
Essa peça era chamada de "coroa sagrada" (29:6; 39:30; Lv 8:9) e enfatizava o fato de que Deus queria que seu povo fosse santo (Lv 11:44; 19:2; 20:7). A nação era aceita diante de Deus por causa do sumo sacerdote (v. 38), da mesma forma que o povo de Deus é aceito em Jesus Cristo (Ef 1:6). Hoje, o povo de Deus é um sacerdócio santo (1 Pe 2:5, NVI) e um sacerdócio real (1 Pe 2:9, NVI).

V. A vestimenta dos sacerdotes (28:40-43)
Os filhos de Arão servem como sacerdotes e têm de usar as vestimentas estabelecidas. O fino linho de todas as vestimentas lembra-nos a retidão que deve caracterizar nosso caminhar e nosso serviço. Os sacerdotes corriam o risco de morrer se não usassem as vestimentas apropriadas.
Às vezes, os sacerdotes de cultos pagãos conduzem seus rituais de forma impudica, mas os sacerdotes do Senhor tinham de cobrir sua nudez e praticar a modéstia.


SUBSIDIOS 003
EXODO 28   
A Indumentária dos Sacerdotes (28.1-43; cf. 39.1-31)
a) Introdução (28.1-5).
Deus escolheu Arão, o irmão de Moisés, e seus descendentes, para servir de sacerdotes. Até este momento, Moisés era o único mediador, mas foi a família de Arão, e não a de Moisés, que foi escolhida para administrar perante Deus a favor de Israel (1).
As vestes destes sacerdotes eram especiais e consideradas santas (2). Típico da pureza interior do povo de Deus, os objetos externos eram separados para propósitos santos. Estas roupas também eram para glória e ornamento. Seria incompatível e desprovido de glória o sacerdote ministrar com roupas simples e sem brilho no Tabernáculo graciosamente colorido. Deus, o Autor de tudo que é bom e bonito, deseja que seu povo seja formoso e que haja beleza nos procedimentos de adoração.
Deus concedeu espírito de sabedoria (3) a homens sábios para capacitá-los a fazer estas vestes. Deus, que criou a beleza, dá ao homem a apreciação divina pela beleza e a aptidão divina para criá-la. Certas produções que o mundo chama arte não passam de imoralidade, mas a verdadeira arte é de Deus.
No versículo 4, há uma lista dividida em grupos dos artigos para o sumo sacerdote, os quais são detalhados separadamente nos versículos seguintes. Os materiais eram os mesmos para as cortinas do Tabernáculo (5), exceto que havia ouro.

b) O éfode (28.6-14).
Esta peça de roupa era um colete com a frente e as costas unidas por tiras em cima de cada ombro e por um cinto à cintura (6-8).22 Cinto de obra esmerada (8) é melhor “faixa habilmente tecida” (RSV).
Era rico em cores (6). Nas tiras dos ombros havia incrustações de pedras sardónicas nas quais estavam gravadas os nomes dos filhos de Israel (9), seis tribos em cada pedra (10). Segundo as suas gerações diz respeito à ordem de nascimento.
Logicamente alguns israelitas aprenderam a arte da lapidação quando eram escravos no Egito. Os nomes eram fixos nas pedras engastadas ao redor em ouro (11), ou seja, com engastes de filigranas de ouro.
Estes nomes eram levados aos ombros do sacerdote enquanto ele ministrava diante do SENHOR (12), símbolo da responsabilidade dos ministros em levar o povo a Deus.
Os nomes ficavam perante Deus quando o sacerdote estava na presença santa. Esta era a garantia de que Deus cuida dos seus filhos e se lembra deles.
Pelo visto, os engastes de ouro (13) também eram fechos ou prendedores para as cadeiazinhas, ou correntes (ARA), de ouro puro (14) que as prendiam ao éfode. Talvez fossem usados para firmar o peitoral ao éfode (ver 22-26).

c) O peitoral (28.15-30).
O peitoral do juízo era firmado com segurança ao éfode e feito do mesmo material que este (15). Aqui, juízo significa “oráculo” ou “judicial”; era meio “pelo qual a vontade de Deus era buscada e normalmente encontrada” .
Obra esmerada seria “trabalho de perito” (RSV). O material era dobrado para formar uma algibeira com cerca de um palmo (22 centímetros) quadrado 16). Havia nele quatro ordens (“fileiras”, NVI; “carreiras”, NTLH) de três pedras preciosas cada (17).
Desconhecemos a verdadeira natureza das pedras, embora haja esforços para identificá-las. Os engastes (20) seriam as filigranas das pedras. Os nomes das doze tribos de Israel eram gravados nestas pedras (21). Em cima, o peitoral era preso às tiras dos ombros do éfode com as cadeiazinhas, ou correntes (ARA), de ouro puro unidas aos anéis de ouro (22-26; ver tb. 13,14). Na parte de baixo do peitoral, havia dois outros anéis que eram fixados ao cinto do éfode (27) com um cordão de pano azul (28).
Assim, o sumo sacerdote levava os nomes dos filhos de Israel sobre os ombros, lugar de força, e sobre o coração (29), para com sabedoria e compaixão ser o mediador do povo perante Deus.26 O Urim e o Tumim (30) eram provavelmente pedras colocadas no peitoral que representavam juízo concernente à vontade de Deus. O sumo sacerdote era o juiz do povo e fazia suas resoluções servindo-se destas pedras.27 Simbolizavam poder e sabedoria na tomada de decisões.
No capítulo 28, vemos que “O Representante de Deus perante os Homens” é:
1) Intercessor pelo povo de Deus, 12;
2) Compassivo em prol do povo de Deus, 29;
3) Juiz sábio do povo de Deus.

d) O manto do éfode (28.31-35).
Esta roupa era tecida em uma peça única, sem emendas, com uma abertura para a cabeça (32). A palavra hebraica traduzida por colar de cota de malha é de significado incerto. Pelo visto, o conceito é de uma extremidade reforçada com bainha para evitar rasgos. O manto provavelmente não tinha mangas.
Era de cor azul (31) e usado debaixo do éfode e do peitoral.28 O contraste entre o manto e o peitoral daria destaque a este. Ao longo da borda, ou barra (NTLH), desta peça de roupa que ia até os joelhos, havia alternadamente romãs feitas de material colorido e campainhas de ouro (33,34).
Há discordância sobre o significado das decorações na bainha do manto. As romãs simbolizam fertilidade ou possivelmente nutrição para a alma. As campainhas, ou sininhos (NTLH), tocam louvores a Deus e representam a alegria no serviço. O sonido dos sininhos era ouvido pelos israelitas no pátio, enquanto o sacerdote ministrava diante de Deus no santuário. Assim, os adoradores participavam com o sumo sacerdote na oração e louvor enquanto o ouviam, embora não pudessem ver.
A ameaça para que não morra (35) foi feita para avisar o sacerdote a não deixar de fazer com que os sininhos continuassem emitindo sons para o povo ouvir. Hoje, o ministério dos servos de Deus deve ser de modo que as pessoas participem na adoração a Ele e não sejam meras espectadoras. A adoração vira formalidade quando a congregação fica apenas observando.

e) O turbante e o camisão (28.36-39).
O sumo sacerdote usava à cabeça uma mitra (37), artigo que melhor entendemos por turbante, algo semelhante a uma coroa. Era feito de linho fino (39). Na frente do turbante havia uma lâmina de ouro puro (36), na qual estavam gravadas as palavras Santidade ao SENHOR. Quando o sumo sacerdote se colocava diante do povo, os primeiros objetos do traje sacerdotal que chamavam a atenção eram o peitoral enfeitado com jóias e trazendo os nomes de Israel e a placa de ouro em sua testa proclamando santidade a Deus.
Sempre devemos anunciar que o Deus de Israel é santo e justo. As religiões pagãs criavam deuses como os homens, profanos e impuros. Mas Deus se relevou a Israel como Ser absolutamente puro e santo. O propósito desta revelação não era deixar os israelitas continuamente envergonhados de si mesmos, mas inspirá-los a se tornar como Deus.
“Para que sejais santos; porque eu sou santo” (Lv 11.45), era mandamento que o povo de Deus sempre tinha de obedecer. A falta de santidade em seu povo se destacava todas as vezes que viam esta placa de ouro.
O sacerdote entrava na presença de Deus levando a iniqüidade das coisas santas (38), quer dizer, fazendo expiação pela culpa criada pelo pecado do homem. Constatamos, então, ousadia diante do “trono de graça” neste ministério desenvolvido por um sacerdote pecador em prol de pessoas pecadoras quando se punha com confiança diante de um Deus santo esperando receber aceitação (Hb 4.16).
Quando o sacerdote ficava diante do propiciatório fazendo expiação pelos integrantes dopovo, ele e os integrantes do povo por meio dele recebiam o perdão de Deus; mas quandoviam a santidade divina, eram “transformados de glória em glória, na mesma imagem,como pelo Espírito do Senhor” (2 Co 3.18).E hipocrisia ministrarmos diante de Deus com os dizeres Santidade ao SENHORestampados na testa, ao mesmo tempo em que abrigamos iniqüidade no coração. Proclamara necessidade de pecaminosidade contínua por parte do adorador dedicado ao Santodegrada o poder de Deus em purificar. Com certeza, um Deus santo que deseja um povosanto pode “purificar para si” as pessoas a fim de serem como ele mesmo (Tt 2.14). Otrabalho do ministro é levar o povo de Deus à “santificação, sem a qual ninguém verá oSenhor” (Hb 12.14).30 A roupa de baixo dos sacerdotes era uma túnica de linho fino (39), mais corretamente um camisão ou túnica31 e um cinto. O camisão tinha mangas e ia até aos tornozelos. Ficavam de fora as mangas e o pedaço do camisão que aparecia abaixo do    manto. “Era preso ao corpo por uma faixa ou cinto ricamente colorido e bordado como as tapeçarias decorativas do santuário.”32 Este cinto e a maior parte do camisão não ficava à mostra. Mas mesmo assim, as roupas íntimas também tinham de ser perfeitas, já que Deus as vê, da mesma forma que os motivos do crente têm de ser puros, visto que Deus conhece até nossos pensamentos mais secretos.

f) As roupas para os filhos (28.40-43).
O vestuário dos sacerdotes comuns era simples, comparado com as roupas do sumo sacerdote, mesmo que consideremos que o linho fino era um tecido suntuoso e altamente valorizado naqueles dias. Estes sacerdotes menos importantes usavam uma túnica (40), que era um casaco ou camisa presa na cintura com cinto ou faixa. As tiaras ou “gorros” (NVI) eram prováveis faixas de linho ou solidéus. Esta roupa, embora simples, era branca, símbolo da pureza dos santos. Quanto ao verbo santificarás (41), ver comentários em 13.2. A outra peça de roupa, calções de linho (42), era calças compridas ou ceroulas usadas pelos sacerdotes comuns e pelo sumo sacerdote. O versículo 41 antecipa a investidura descrita no próximo capítulo (ver comentários em 39.7-9). Moisés tinha de mandar confeccionar as roupas e depois consagrar a família do irmão ao sacerdócio.
Os sacerdotes tinham de usar esta indumentária sempre que ministrassem no santuário. O termo santuário no versículo 43 também indica o pátio, onde estava o altar de bronze. Os sacerdotes eram considerados culpados se negligenciassem o traje adequado nas ministrações, estando sujeitos à pena de morte. Este estatuto era perpétuo.


SUBSIDIOS 004
EXODO 28 

28.1 — Arão e seus filhos. A primeira menção a Arão se dá quando ele reencontra o irmão Moisés, após o exílio de 40 anos do profeta em Midiã (Êx 4.14,27-31). A descendência de sua família e uma grande experiência são mencionadas em Êxodo 6.14—7.7.
No versículo em questão, a natureza do verdadeiro sacerdócio é comentada pela expressão do meio dos filhos de Israel. Como o sacerdote tinha de ser um autêntico representante do povo, ele também deveria pertencer ao povo (Hb 5.1). Para que o Senhor Jesus se tomasse nosso Sumo Sacerdote, foi necessário primeiro que Ele se tornasse membro da nação que representaria. Assim, a encarnação era uma necessidade não apenas para Sua vida humana, Sua morte e Sua ressurreição, mas também para o ministério sacerdotal para aqueles que herdarem a vida eterna (livro de Hebreus).
Os sacerdotes prestavam serviços para o bem do povo, mas seu principal foco era servir ao S e nhor, como se verifica na sentença para me administrarem o ofício sacerdotal. Assim como os anjos são espíritos que se dedicam a Deus, os sacerdotes são os israelitas escolhidos pelo Senhor para se consagrar a Ele.

28.2 — As vestes santas se tornavam santas por sua consagração no culto a Deus, da mesma forma que acontecia com a mobília e os utensílios do tabernáculo. É provável que as magníficas vestes dos sacerdotes representassem o conceito da justiça imputada perante o Senhor (Zc 3.1-5), para glória e ornamento.

28.3 — Sábios de coração. Esta é a primeira descrição da destreza humana que moldaria os itens para a adoração no tabernáculo (em Êx 35.25, a mesma expressão é usada para definir as mulheres habilidosas que fizeram a tecelagem).
Essas pessoas possuíam uma habilidade que lhes fora concedida pelo Senhor. Além disso, Deus adicionou a essa capacidade um dom especial do Espírito para auxiliar em Sua obra, por isso a especificação a quem eu tenha enchido do espírito de sabedoria. O estudo dos dons do Espírito (Rm 12.3-8; 1 Co 12.1-11) pode começar com esseregistro dos artesãos guiados espiritualmente.

28.4 — As vestimentas sacerdotais foram especificadas: um éfode (v. 5-14), um peitoral (v. 15- 30), um manto (v. 31-35), uma túnica (v. 39), uma mitra (v. 36-38) e um cinto (v. 39). Outras vestes foram feitas para os filhos de Arão (v. 40-43).

28.5-14 — O éfode (uma transliteração do hebraico da palavra 'ephod) tem sido descrito de forma variada. Algumas vezes se encontra a referência a um manto sem mangas; outras vezes, a um  colete feito de linho fino de cores vibrantes. Suas duas partes cobriam o peito e as costas, com costuras nos ombros e uma faixa na cintura. Os ombros eram ornados com belas pedras memoriais.

28.5,6 — Há muitas ideias a respeito do possível significado para o uso das diversas cores. É difícil, entretanto, descobrir no texto das Escrituras os valores simbólicos. Aparentemente, a melhor aproximação que se faz desse significado é, simplesmente, que o uso'de cores vibrantes foi resultado de uma bela e extraordinária ornamentação. Como o texto diz, foi uma obra esmerada.

28.7-12 — A s duas pedras sardónicas, talhadas com os nomes das tribos de Israel, eram presas em engastes de ouro. Elas simbolizavam o trabalho intercessor de um sacerdote. Ele deveria representar o povo perante Deus. Os nomes das tribos estavam literalmente escritos em seus ombros, de forma que o sacerdote pudesse levar seus nomes como um memorial diante de Deus.

28.13,14 — O uso do ouro acentuava a beleza e o valor do ornamento. Todo tipo de enfeite nas vestes de um sacerdote falava da maravilha de sua aproximação com o Deus vivo. Imagine como nossas vestimentas serão no céu, quando veremos o Senhor!

28.15 — O peitoral era uma pequena bolsa que ficava pendurada abaixo do pescoço do sacerdote. Era decorado com 12 pedras, uma para cada tribo de Israel. Nele ficavam o Urim e o Tumim (v. 30).
Esse assessório era usado pelo sacerdote em julgamentos solicitados, isto é, quando ele necessitava de uma decisão vinda do Senhor acerca de uma questão que fora apresentada para sua apreciação. O peitoral era feito dos mesmos tecidos que o éfode, no qual deveria ser devidamente amarrado.
28 .16 — Quadrado. O peitoral media um palmo de comprimento e um palmo de largura. O palmo é verificado com a mão estendida, fazendo - se a medição do polegar até o dedo mínimo.

28.17-28 — Quatro ordens de pedras preciosas e semipreciosas seriam fixadas ao peitoral. Essas 12 pedras levariam os nomes das 12 tribos de Israel, outro símbolo da representação sacerdotal do povo perante Deus. Nem todas as pedras podem ser precisamente identificadas hoje.
28.29 — Sobre o seu coração é uma tocante expressão que lembrava o sacerdote de sua solene responsabilidade. Ele representava a nação perante o Deus vivo. Qualquer dedicação menor merecia o divino julgamento (veja o triste destino de Nadabe e Abiú, filhos de Arão, em Lv 10.1,2).

28.30 — O peitoral continha as misteriosas pedras chamadas de Urim e Tumim. Estas palavras, transliteradas do hebraico, significam luzes e perfeições (ambas no sentido superlativo e plural). Juntos, seus nomes significam perfeito conhecimento, ou uma ideia similar. Não se sabe como Arão e seus sucessores fizeram uso dessas pedras (e se, de fato, eram pedras). Só sabemos que Deus instruiu seus sacerdotes de muitas maneiras.
É possível que esses elementos minerais garantissem ao sacerdote que Deus revelaria Sua verdadeira ordem para ele. Entretanto, a expressão to consult with the Urim and the Thummim (consultar com o Urim e o Tumim), na versão em inglês New King James, pode indicar a apresentação de uma questão perante o Senhor com o Urim e o Tumim no peitoral, o que seria um sinal de que o sacerdote esperava confiantemente que o S e nhor
resolvesse o caso (compare com Lv 8.8; Nm 27.21; Dt 33.8; 1 Sm 28.6; Ed 2.63; Ne 7.65).

28 .31 ,32 — O manto era uma vestimenta longa e esvoaçante feita de fios de tecido azul. Foi, provavelmente, uma peça de roupa sem costura. Uma abertura para a cabeça é mencionada, mas nenhuma para os braços. Talvez houvesse cortes para estes.

28.33-35 — As romãs em volta da borda eram decorativas. Os sinos tiniam à medida que o sacerdote se movia nos lugares santos. Esse som provavelmente assegurava às pessoas do lado de fora que um sacerdote estava intercedendo em favor delas.

28.36-38 — A mitra do sumo sacerdote era feita de linho branco, na qual havia fixada uma lâmina de ouro onde estavam gravadas as palavras:
Santidade ao Senhor. A lâmina ficava na altura da testa do sacerdote. O significado da expressão leve a iniquidade das coisas santas parece indicar que as sagradas ofertas do povo seriam aceitas somente quando apresentadas pelas mediações do sacerdote consagrado. Essas palavras antecipavam a obra do Salvador, que carregou nossospecados em Seu próprio corpo (1 Pe 2.24).

28.39 — O registro da completude destes itens está em Êxodo 39.27-29.

28.40,41 — E vestirás [...] e os ungirás, e os consagrarás. Os ritos de consagração dos sacerdotes para executarem seu ofício são detalhados de forma completa em Êxodo 29 e 40.13-15, e em Levítico de 8 a 10.

28.42 — A instrução para usar calções de linho visava proteger a nudez dos sacerdotes. Visto que a sexualidade fazia parte da adoração praticada pelos vizinhos de Israel, esse procedimento era uma manifestação da contracultura do povo de Deus.

28.43 — Para que não levem iniquidade e morram. É difícil compreender o nível de responsabilidade que os sacerdotes tinham, na medida em que ministravam em nome do Deus vivo. Eles tinham de servir ao Senhor com o coração puro, representar o povo sem enganá-lo, e adorar sem desviar-se dos Dez Mandamentos. Falhar era sinónimo de julgamento e morte. Infelizmente, sacerdotes morreram porque fracassaram em mostrar o devido respeito pela santidade de Deus (Lv 10.1,2; 1 Sm 4.17; 2 Sm 6.7).

Elaborado pelo Evangelista: Natalino dos Anjos
Professor da E.B.D. e Pesquisador
Dirigente da Congregação da A. D. no Bairro Novo Horizonte
Cidade de Guiratinga - Mt.
Pastor Presidente: Pr Edseu Vieira.


FONTE DE PESQUISA:
Comentario Biblico  Earl Radmacher – Ronald B. Allen - Velho Testamento
Comentario Biblico Beacon - Velho Testamento
Comentario Biblico Wesb - Velho Testamento
Biblia de Estudos Pentecostal.















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