SUBSIDIO COMPLEMENTAR ELABORADO PELO EVANGELISTA NATALINO ALVES DOS ANSJOS - MEMBRO DA IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS(MISSÃO) DE COTEGIPE - BAHIA.
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD
- ADULTOS
1º Trimestre de 2019
Título: Batalha Espiritual — O povo de Deus e a guerra
contra as potestades do mal
Comentarista: Esequias Soares
Lição 4: Possessão demoníaca e a autoridade do nome de
Jesus
Data: 27 de Janeiro de 2019
TEXTO ÁUREO
“E voltaram os
setenta com alegria, dizendo: Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos
sujeitam” (Lc 10.17).
VERDADE PRÁTICA
O relato do
endemoninhado gadareno mostra a soberania absoluta de Jesus Cristo sobre o
Diabo e seus demônios.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Lc 11.14
Jesus expulsa o demônio da mudez
Terça — Lc 4.41
Ao serem expulsos, os demônios saíam gritando
Quarta — Mt 25.41
Satanás e seus anjos serão lançados no lago de fogo
Quinta — Lc 9.1
Jesus nos deu poder sobre os demônios
Sexta — Jo 16.11; Cl 2.15
O chefe dos demônios já foi vencido por Jesus, na cruz do
Calvário
Sábado — Rm 16.20
Em breve, Deus esmagará Satanás debaixo de nossos pés
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Marcos 5.2-13.
2 — E, saindo ele do barco, lhe saiu logo ao seu
encontro, dos sepulcros, um homem com espírito imundo;
3 — O qual tinha a sua morada nos sepulcros, e nem ainda
com cadeias o podia alguém prender;
4 — Porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e
cadeias, as cadeias foram por ele feitas em pedaços, e os grilhões em migalhas,
e ninguém o podia amansar.
5 — E andava sempre, de dia e de noite, clamando pelos
montes, e pelos sepulcros, e ferindo-se com pedras.
6 — E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o.
7 — E, clamando com grande voz, disse: Que tenho eu
contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me
atormentes.
8 — (Porque lhe dizia: Sai deste homem, espírito imundo).
9 — E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? E lhe respondeu,
dizendo: Legião é o meu nome, porque somos muitos.
10 — E rogava-lhe muito que os não enviasse para fora
daquela província.
11 — E andava ali pastando no monte uma grande manada de
porcos.
12 — E todos aqueles demônios lhe rogaram, dizendo:
Manda-nos para aqueles porcos, para que entremos neles.
13 — E Jesus logo lho permitiu. E, saindo aqueles
espíritos imundos, entraram nos porcos; e a manada se precipitou por um
despenhadeiro no mar (eram quase dois mil), e afogaram-se no mar.
HINOS SUGERIDOS
91, 112 e 569 da Harpa Cristã.
Conscientizar a
respeito da autoridade de Jesus Cristo sobre os demônios.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o
professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao
tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Destacar a possessão de e sua harmonização na
narrativa bíblica;
II. Conceituar legião demoníaca;
III. Expor o poder de Jesus sobre os demônios;
IV. Analisar o comportamento dos porqueiros e do povo.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
A lição desta semana é um desdobramento da anterior. Na
lição passada estudamos sobre a natureza dos demônios, na atual veremos acerca
da possessão demoníaca e a autoridade de Jesus para vencê-la. É importante
ressaltar que os demônios continuam a assaltar e a prejudicar vidas e famílias
inteiras. Eles continuam a odiar o ser humano, a mais bela criação de Deus. Por
isso, precisamos estar na presença do Altíssimo, cheios do Espírito Santo, e
com a autoridade do nome de Jesus atuar na libertação de vidas que se encontram
amarradas pelas correntes do Maligno. A Igreja tem o Espírito Santo. Ela é
poderosa em Deus para destruir fortalezas. Busquemos ao Senhor! Que Deus
abençoe sua classe!
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O relato do endemoninhado gadareno encontra-se também em
Mateus e Lucas, com algumas variações. O fato revela informações sobre a
possessão demoníaca e o poder absoluto de Jesus sobre todo o reino das trevas.
É o prenúncio da vitória final de Cristo sobre Satanás e seus anjos. E não
somente isso, mas também uma prova viva de que podemos confiar em Jesus.
Jesus Cristo tem soberania absoluta sobre o Diabo e seus
demônios.
I. A POSSESSÃO MALIGNA
1. Harmonização nas narrativas. Mateus afirma que foram
dois endemoninhados (Mt 8.28). Mas Marcos e Lucas registram apenas um (Mc 5.2;
Lc 8.27). Os pormenores descritos em Marcos são de um só, razão pela qual a
narrativa está concentrada nele. Marcos e Lucas registraram apenas o mais violento
e o mais feroz deles. O outro detalhe é que Mateus apresentou apenas um resumo
do episódio, pois a sua ênfase é a autoridade de Jesus sobre os espíritos
malignos. Mateus omite o fato de o porta-voz dos demônios se identificar como
“legião” e também o desejo de o gadareno, após sua libertação, seguir a Jesus.
2. A opressão. Os demônios aparecem como agentes de
Satanás causadores de males, dando às suas vítimas características típicas,
como força sobre-humana (Mt 8.28; 17.15; At 19.16), poder de adivinhar (At
16.16) e conhecimento sobrenatural (v.7). Eles atacam suas vítimas e, ao
possuí-las, dominam suas faculdades mentais, levando-as à demência (Mt 4.24;
17.15) e às vezes incapacitando-as de falar e de ver (Mt 9.32; 12.22).
3. Um quadro estarrecedor. O endemoninhado gadareno vivia
nos sepulcros, desnudo, e era tão violento que nem mesmo os grilhões e as
cadeias podiam detê-lo. Corria pelos montes e desertos e se feria com pedras. O
fato de procurar viver nos sepulcros já era uma demonstração de sua total
anomalia. O comportamento violento e sobrenatural do gadareno, para sua própria
destruição, e para a perturbação de seus vizinhos, revela a natureza
destruidora de Satanás.
A possessão maligna é um quadro estarrecedor narrado e
harmonizado nas narrativas dos Evangelhos.
O comentarista da
lição menciona que “os pormenores descritos em Marcos são de um só, razão pela
qual a narrativa está concentrada nele”. O destaque aqui são os textos de
Mateus 8.28, Marcos 5.2 e Lucas 8.27. À luz do primeiro tópico, faça um
exercício comparativo desses três textos e aponte, juntamente com a turma, “os
pormenores” de ambos. Esse exercício é muito importante, pois abre o
entendimento dos alunos para a abrangência dos Evangelhos em suas diversas
facetas. É possível, assim, compreender que os pontos distintos entre os
Evangelhos não se excluem, mas complementam-se, ratificando a fidedignidade do
texto bíblico.
1. Uma legião. Jesus perguntou como o espírito imundo se
chamava, ao que ele respondeu: “Legião é o meu nome, porque somos muitos”
(v.9). Uma legião romana era constituída por 6.000 soldados. Ainda que o número
de demônios não seja exato, ou que Legião seja uma identidade, eles eram
muitos. Eles são numerosos e poderosos, organizados e batalham sob uma mesma
bandeira, a de Satanás.
2. Expulsar e não dialogar. Alguns procuram estabelecer
diálogo com os demônios porque Jesus perguntou ao espírito imundo qual era o
seu nome. Isso é visto com frequência nos movimentos neopentecostais pela mídia
televisiva. “Expulsai os demônios” (Mt 10.8). Esta é a ordem que recebemos do
Senhor, e não de manter diálogo com eles. O Diabo é o pai da mentira (Jo 8.44).
Ninguém deve acreditar nem ficar impressionado com as declarações dos demônios,
porque eles são mentirosos. Isso ocorreu porque o demônio era obrigado a
confessar publicamente quem era o responsável pela miséria do gadareno.
3. A presença de Jesus. O poder e a presença de Jesus
incomodam o reino das trevas. O espírito imundo perguntou: “Vieste aqui
atormentar-nos antes do tempo?” (Mt 8.29). Isto mostra que a presença de Jesus
é um tormento para o reino das trevas e também que esse encontro serviu como
prenúncio da condenação final do Diabo e seus anjos (Mt 25.41).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
A presença de Jesus expulsa qualquer legião demoníaca.
SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO
Ao final desse
tópico, seria importante levar o aluno um relato consistente de um caso de
possessão demoníaca em que algumas características reais podem ser
demonstradas. Sugerimos um dos casos mencionados em uma das obras do teólogo
pentecostal Myer Pearlman, Conhecendo as Doutrinas da Bíblia, onde o estudioso
cita o Dr. Nevius, missionário na China, em que ali se descreve que os casos de
pessoas possuídas na China são os mesmos apresentados nas Escrituras. Neles, as
pessoas manifestam uma espécie de dupla consciência. O Dr. Nevius exemplifica
isso com o caso de uma senhora chinesa que, apesar de estar sob a influência de
um demônio, cujo impulso era fugir da presença de Cristo, sentiu-se movida por
uma influência oposta, a deixar seu lar e buscar ajuda de Jesus. Ainda sobre
esse aspecto, o Dr. Nevius chega a seguinte conclusão: “A característica mais
surpreendente desses casos é que o processo dá evidências de outra
personalidade, e a personalidade normal nessa hora está parcial ou totalmente
dormente. A nova personalidade apresenta feições de caráter diferentes por
inteiro, daqueles que realmente pertencem à vítima em seu estado normal, e esta
troca de caráter tende, com raras exceções, para a perversidade moral e
impureza… Muitas pessoas, quando possuídas de demônios, dão evidências de um
conhecimento do qual não podem dar conta em seu estado normal. Muitas vezes
parece que conhecem ao Senhor Jesus Cristo como uma pessoa divina, e mostram
aversão e temor a Ele”.
III. O PODER DE JESUS
1. Os demônios sabem quem é Jesus. O relato da possessão
do gadareno e de sua libertação é uma amostra do poder absoluto de Jesus até
sobre todo o reino das trevas. Os próprios demônios sabem quem é Jesus (At
19.15) e conhecem a sua procedência: “Que temos contigo, Jesus Nazareno? Vieste
destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus” (Mc 1.24). Eles têm medo de
Jesus e estremecem diante dEle (Tg 2.19). Jesus veio para desfazer as obras do
Diabo (1Jo 3.8). Os demônios sabem que há um tempo determinado para o juízo
divino sobre as hostes infernais e temem por isso.
2. A soberania de Jesus. Nessa passagem, vemos que
aqueles demônios, ou pelo menos o porta-voz deles, suplicando, pediram três
coisas: que Jesus não os mandasse para outra região (v.10), que não os mandasse
para o abismo antes do tempo (Mt 8.29), e que lhes permitisse entrar na manada
de porcos que passava pelo local na ocasião (vv.11,12). Os demônios não são
nada diante do Senhor Jesus. Marcos parece mostrar Satanás e seus demônios como
inconvenientes, e não como seres todo-poderosos diante de Jesus (Mc 1.23-26,34;
3.11). O inimigo de nossa alma não pode fazer o que quer (Jó 1.12; 2.4-5). Os
demônios fizeram esses pedidos porque não podiam resistir ao poder de Jesus.
3. A libertação do oprimido. A extraordinária libertação
do gadareno logo chamou a atenção do povo. Muita gente se reuniu para ver o que
havia acontecido, pois a cura repentina do endemoninhado era algo espantoso.
Encontraram o homem em perfeito juízo, vestido e junto com Jesus (Lc 8.34-36).
Glorificamos a Deus quando vemos pessoas oprimidas pelo maligno sendo
libertadas pelo poder de Jesus. Ele nos delegou essa tarefa (Mt 10.8; Lc
10.19,20).
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
O poder de Jesus liberta o oprimido e atesta que o Filho
é soberano.
IV. OS PORQUEIROS
1. O local do acontecimento. Segundo Mateus, o fato
aconteceu na “província dos gadarenos” (Mt 8.28); no entanto. Marcos e Lucas
falam da província ou terra “dos gerasenos” (Mc 5.1; Lc 8.26, Nova Almeida
Atualizada). Gadara situava-se a oito quilômetros do lago de Genesaré, nome
alternativo do mar da Galileia; e Gerasa, a atual Jeras, na Jordânia, ficava a
cerca de 50 quilômetros. Ambos os territórios faziam parte da região de
Decápolis, a leste da Galileia (Mc 5.20). Segundo o historiador Josefo, o território
de Gadara se estendia até o lago da Galileia. Moedas daquele tempo trazem o
nome de Gadara com o desenho de um barco impresso.
2. Sobre a manada de porcos. A população de Decápolis era
mista, composta por judeus e gentios. A criação de porcos não era permitida aos
judeus; por isso, é provável que o porqueiro fosse gentio. O prejuízo foi
grande, já que eram dois mil porcos (v.13). Os porcos não resistiram à opressão
e se precipitaram por um despenhadeiro, afogando-se no lago (Lc 8.33). A
tradição judaica dizia que demônios e porcos são uma boa combinação. Os judeus
consideravam os demônios e os porcos como pertencentes à mesma ordem, e os
porcos eram considerados o lar dos espíritos imundos. Essa tradição parece ser
expressa quando os demônios pediram para entrar na manada de porcos.
3. O estranho pedido do povo. Jesus foi convidado a se
retirar da terra dos gadarenos por causa do prejuízo dos porqueiros (Mc
5.16,17). Os porcos valiam mais que a vida humana, na concepção daquela gente.
Essa estranha recepção causa-nos tristeza e espanto: como o herói é convidado a
se retirar? Hoje não é diferente. Há os que substituem Jesus por qualquer
coisa. É muito comum “coisificar” as pessoas e personificar as coisas. Para
alguns hoje em dia, os animais valem muito mais do que o ser humano. Os
noticiários mostram diariamente como muitos governantes tratam os imigrantes de
modo inferior aos animais. Esse espírito já existia nos tempos do Novo
Testamento (Lc 13.15,16). Na passagem que estudamos, aquela população rejeitou
Jesus.
SÍNTESE DO TÓPICO (IV)
Mesmo vendo o gadareno em perfeito juízo, o povo se
colocou contra Jesus.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
É muito
interessante reconstruir, o máximo possível, o contexto que ocorre a possessão
demoníaca de Gadara. Veja o que este comentário diz a respeito: “Há várias
linhas de tensão nesta história — tensão entre Jesus e a legião de demônios,
tensão entre Jesus e o povo da cidade, tensão entre Jesus o endemoninhado e o
povo da cidade. Cada linha esforça-se contra as outras, de forma que do momento
em diante em que Jesus aparece na cena a atmosfera fica progressivamente
carregada. Não é de admirar que o povo da cidade entre em pânico!” (STRONSTAD,
Roger; ARRINGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo
Testamento. RJ: CPAD, 2003, p.215).
CONHEÇA MAIS
Legião
“[…] A legião era dividida em dez coortes, cada uma
formada por três tropas que, por sua vez, eram formadas por duas companhias de
cem soldados (centuárias). No NT, esse termo só é usado como uma referência aos
demônios (Mc 5.9,15; Lc 8.30) ou aos anjos (Mt 26.53)”. Leia mais em Dicionário
Bíblico Wycliff, CPAD, p.1137.
CONCLUSÃO
A possessão demoníaca é um fenômeno estarrecedor que só
pode ser contido pelo poder de Jesus. O Senhor Jesus manifestou seu poder sobre
toda a natureza, sobre o vento, sobre o mar, sobre a morte, sobre as
enfermidades, sobre o poder das trevas. Os demônios estremecem diante dEle. O
poder de Satanás é muito limitado diante do poder de Jesus. Todos nós
precisamos de Jesus, da comunhão com Ele, para dEle receber poder e assim
expulsar aos demônios, pois Ele nos deu essa autoridade (Lc 10.19,20).
PARA REFLETIR
A respeito de “Possessão demoníaca e a autoridade do nome
de Jesus”, responda:
Qual a ênfase dada por Mateus no relato do endemoninhado
gadareno?
A ênfase de Mateus é a autoridade de Jesus sobre os
espíritos malignos.
Qual a ordem que recebemos de Jesus sobre os demônios?
“Expulsai os demônios” (Mt 10.8).
O que Marcos parece mostrar sobre Satanás e os demônios
diante do Senhor Jesus?
Marcos parece mostrar Satanás e seus demônios como
inconvenientes, e não como seres todo-poderosos diante de Jesus (Mc 1.23-26,34;
3.11).
Como os judeus consideravam os porcos e os demônios?
Os judeus consideravam os demônios e os porcos como
pertencentes à mesma ordem, e os porcos eram considerados o lar dos espíritos
imundos.
O que a população de Gadara fez depois que Jesus libertou
o gadareno?
Jesus foi convidado a se retirar da terra dos gadarenos
por causa do prejuízo dos porqueiros (Mc 5.16,17).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Possessão demoníaca e a autoridade do nome de Jesus
A possessão
demoníaca só pode ser vencida com a autoridade do nome de Jesus. Ela é uma
realidade espiritual que escraviza pessoas e faz com que elas não tenham
domínio sobre suas faculdades psíquicas, transformando-as em pessoas
destituídas de qualquer lucidez para a vida. Só a autoridade do nome de Jesus
pode libertar tais pessoas dessa escravidão espiritual.
Sobre o texto temático
O texto sobre o qual recai a nossa atenção para a lição
desta semana é o de Marcos 5.2-13. A narrativa fala a respeito do endemoninhado
gadareno. Este primeiro tópico refere-se sobre a questão da harmonia da
narrativa, a opressão dos demônios sobre a pessoa e o quadro estarrecedor que
os demônios fazem a pessoa viver. Aqui, é preciso dar importância ao estudo da
harmonia das narrativas. O texto dos Evangelhos mostra duas versões que variam
o número de endemoninhados. Aqui, sugiro a leitura do Comentário Bíblico
Pentecostal Novo Testamento, nas seções que abordam as narrativas de Marcos
5.1-20, Mateus 8.28-34 e Lucas 8.26-39. Mais importante que os pormenores de
questões de harmonização das narrativas, são que as seções dos Evangelhos mostram
o quadro aterrador de uma possessão maligna.
Sobre a Legião
A possessão sobre o gadareno era um fenômeno constituído
de uma variedade singular de demônios. Era uma legião. Eram muitos demônios
incorporados numa pessoa. O quadro mostra que para expulsar esses demônios era
necessário o uso da autoridade do nome de Jesus (neste caso, acrescido de jejum
e oração). Isto é o que o presente relato quer mostrar: os demônios só deixam a
pessoa em nome de Jesus.
Sobre o poder de Jesus
O terceiro tópico mostra que os demônios sabem quem é
Jesus e a soberania dEle sobre eles mesmos. A autoridade de Jesus trouxe o
gadareno de volta ao seu perfeito juízo. Esta é a obra que o Senhor ordenou
para que o seu povo fizesse: libertar os cativos. Só o nosso Senhor pode fazer
isso pelo pecador. Não há como enfrentar o Maligno por meio de uma força
própria. Ele só pode ser vencido pela autoridade do nome de Jesus. Ou seja, não
há força ou sabedoria humana que possa livrar uma pessoa das “mãos” dos
demônios. Mas só o nome soberano de Jesus pode livrar a humanidade desse mal!
Revistamo-nos, pois, de toda a armadura de Deus!
SUBSIDIO COMPLEMENTAR
LUCAS 13.11 UM
ESPÍRITO DE ENFERMIDADE. Jesus mostra, aqui, que certas enfermidades são efeito
direto da ação ou opressão de demônios. O sofrimento desta mulher aleijada
procedia de um espírito , i.e., um emissário de Satanás (vv.11,16; cf. Mt
9.32,33; 12.22; Mc 5.1-5; 9.17,18; At 10.38).
LUCAS 13.16 SOLTAR DA
PRISÃO. Um pecado terrível aos olhos de Cristo é o crente deixar de ouvir o
clamor da humanidade sofredora (vv. 11-14). Jesus ensina, aqui, que o gênero
humano está aprisionado pelo pecado, pela enfermidade e pela morte, vivendo em
aflição e grande necessidade (vv. 11,16; Mt 4.23; At 26.18). Hoje, é grande o
perigo de nos tornarmos insensíveis ante a miséria e o sofrimento do mundo, por
causa dos divertimentos proporcionados pelos meios de comunicação, que cada vez
mais primam em apresentar a imoralidade e a violência como formas de prazer. O
verdadeiro discípulo será como seu Mestre. Estará atento às aflições do próximo
e ouvirá os gemidos da criação (10.33-37; Rm 8.22).
MARCOS 5.2 COM
ESPÍRITO IMUNDO. Endemoninhado é a pessoa que sofre opressão satânica (At
10.38), ou influência da mesma origem (Mt 12.45; At 16.16-18), devido a um
espírito maligno habitar nela (ver Lc 13.11). As Escrituras registram muitas
ocasiões em que Jesus expulsou demônios.
PODER SOBRE SATANÁS E OS DEMÔNIOS
Mc 3.27 “Ninguém pode roubar os bens do valente,
entrando-lhe em sua casa, se primeiro não manietar o valente; e, então, roubará
a sua casa”.
Um dos destaques principais do Evangelho segundo Marcos é o
propósito firme de Jesus: derrotar Satanás e suas hostes demoníacas. Em 3.27,
isto é descrito como “manietar o valente” (i.e., Satanás) e, “roubará a sua
casa” (i.e., libertar os escravos de Satanás). O poder de Jesus sobre Satanás
fica claramente demonstrado na expulsão de demônios (gr. daimonion) ou
espíritos malignos.
OS DEMÔNIOS.
(1) O NT menciona muitas vezes pessoas sofrendo de opressão
ou influência maligna de Satanás, devido a um espírito maligno que neles
habita; menciona também o conflito de Jesus com os demônios. O Evangelho
segundo Marcos, e.g., descreve muitos desses casos: 1.23-27, 32, 34, 39;
3.10-12, 15; 5.1-20; 6.7, 13; 7.25-30; 9.17-29; 16.17.
(2) Os demônios são seres espirituais com personalidade e
inteligência. Como súditos de Satanás, inimigos de Deus e dos seres humanos (Mt
12.43-45), são malignos, destrutivos e estão sob a autoridade de Satanás (ver
Mt 4.10).
(3) Os demônios são a força motriz que está por trás da
idolatria, de modo que adorar falsos deuses é praticamente o mesmo que adorar
demônios (ver 1Co 10.20).
(4) O NT mostra que o mundo está alienado de Deus e
controlado por Satanás (ver Jo 12.31 nota; 2Co 4.4; Ef 6.10-12). Os demônios
são parte das potestades malignas; o cristão tem de lutar continuamente contra
eles (ver Ef 6.12 nota).
(5) Os demônios podem habitar no corpo dos incrédulos, e,
constantemente, o fazem (ver Mc 5.15; Lc 4.41; 8.27,28; At 16.18) e falam
através das vozes dessas pessoas. Escravizam tais indivíduos e os induzem à
iniqüidade, à imoralidade e à destruição.
(6) Os demônios podem causar doenças físicas (Mt 9.32,33;
12.22; 17.14-18; Mc 9.17-27; Lc 13.11,16), embora nem todas as doenças e
enfermidades procedam de espíritos maus (Mt 4.24; Lc 5.12,13).
(7) Aqueles que se envolvem com espiritismo e magia (i.e.,
feitiçaria) estão lidando com espíritos malignos, o que facilmente leva à
possessão demoníaca (cf. At 13.8-10; 19.19; Gl 5.20; Ap 9.20,21).
(8) Os espíritos malignos estarão grandemente ativos nos
últimos dias desta era, na difusão do ocultismo, imoralidade, violência e
crueldade; atacarão a Palavra de Deus e a sã doutrina (Mt 24.24; 2Co 11.14,15;
1Tm 4.1). O maior surto de atividade demoníaca ocorrerá através do Anticristo e
seus seguidores (2Ts 2.9; Ap 13.2-8; 16.13,14).
JESUS E OS DEMÔNIOS.
(1) Nos seus milagres, Jesus freqüentemente ataca o poder de
Satanás e o demonismo (e.g., Mc 1.25,26, 34, 39; 3.10,11; 5.1-20; 9.17-29; cf.
Lc 13.11,12,16). Um dos seus propósitos ao vir à terra foi subjugar Satanás e
libertar seus escravos (Mt 12.29; Mc 1.27; Lc 4.18).
(2) Jesus derrotou Satanás, em parte pela expulsão de demônios
e, de modo pleno, através da sua morte e ressurreição (Jo 12.31; 16.17; Cl
2.15; Hb 2.14). Deste modo, Ele aniquilou o domínio de Satanás e restaurou o
poder do reino de Deus.
(3) O inferno (gr. Gehenna), o lugar de tormento, está
preparado para o diabo e seus demônios (Mt 8.29; 25.41). Exemplos do termo
Gehenna no grego: Mc 9.43,45,47; Mt 10.28; 18.9.
O CRENTE E OS DEMÔNIOS.
(1) As Escrituras ensinam que nenhum verdadeiro crente, em
quem habita o Espírito Santo, pode ficar endemoninhado; i.e.: o Espírito e os
demônios nunca poderão habitar no mesmo corpo (ver 2Co 6.15,16 nota). Os
demônios podem, no entanto, influenciar os pensamentos, emoções e atos dos
crentes que não obedecem aos ditames do Espírito Santo (Mt 16.23; 2Co 11.3,14).
(2) Jesus prometeu aos genuínos crentes autoridade sobre o
poder de Satanás e das suas hostes. Ao nos depararmos com eles, devemos
aniquilar o poder que querem exercer sobre nós e sobre outras pessoas,
confrontando-os sem trégua pelo poder do Espírito Santo (ver Lc 4.14-19). Desta
maneira, podemos nos livrar dos poderes das trevas.
(3) Segundo a parábola em Mc 3.27, o conflito espiritual
contra Satanás envolve três aspectos: (a) declarar guerra contra Satanás
segundo o propósito de Deus (ver Lc 4.14-19);
(b) ir onde Satanás está (qualquer lugar onde ele tem uma
fortaleza), atacá-lo e vencê-lo pela oração e pela proclamação da Palavra, e
destruir suas armas de engano e tentação demoníacos (cf. Lc 11.20-22);
(c) apoderar-se de bens ou posses, i.e., libertando os
cativos do inimigo e entregando-os a Deus para que recebam perdão e
santificação mediante a fé em Cristo (Lc 11.22; At 26.18).
(4) Seguem-se os passos que cada um deve observar nesta luta
contra o mal:
(a) Reconhecer que não estamos num conflito contra a carne e
o sangue, mas contra forças espirituais do mal (Ef 6.12).
(b) Viver diante de Deus uma vida fervorosamente dedicada à
sua verdade e justiça (Rm 12.1,2; Ef 6.14).
(c) Crer que o poder de Satanás pode ser aniquilado seja
onde for o seu domínio (At 26.18; Ef 6.16; 1Ts 5.8) e reconhecer que o crente
tem armas espirituais poderosas dadas por Deus para a destruição das fortalezas
de Satanás (2Co 10.3-5).
(d) Proclamar o evangelho do reino, na plenitude do Espírito
Santo (Mt 4.23; Lc 1.15-17; At 1.8; 2.4; 8.12; Rm 1.16; Ef 6.15).
(e) Confrontar Satanás e o seu poder de modo direto, pela fé
no nome de Jesus (At 16.16-18), ao usar a Palavra de Deus (Ef 6.17), ao orar no
Espírito (At 6.4; Ef 6.18), ao jejuar (ver Mt 6.16 nota; Mc 9.29) e ao expulsar
demônios (ver Mt 10.1 nota; 12.28; 17.17-21; Mc 16.17; Lc 10.17; At 5.16; 8.7;
16.18; 19.12).
(f) Orar, principalmente, para que o Espírito Santo convença
os perdidos, no tocante ao pecado, à justiça e ao juízo vindouro (Jo 16.7-11).
(g) Orar, com desejo sincero, pelas manifestações do
Espírito, mediante os dons de curar, de línguas, de milagres e de maravilhas
(At 4.29-33; 10.38; 1Co 12.7-11).
FONTES;
MANUAIS BIBLICOS
ENCICLOPÉDIAS BIBLICAS
COMENTÁRIOS BIBLICOS
BIBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL
Nenhum comentário:
Postar um comentário