ELABORADO PELO EVANGELISTA: NATALINO ALVES DOS ANJOS. MEMBRO DA IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS DE GUIRATINGA - MATO GROSSO. COM PESQUISAS EM COMENTÁRIOS E MANUAIS BÍBLICOS.
DEUTERONOMIO CAPITULOS 4
Dt 4:1 Agora, pois, ó Israel, ouve os estatutos e
os juízos que eu vos ensino, para os cumprirdes; para que vivais, e entreis, e
possuais a terra que o SENHOR Deus de vossos pais vos dá.
4.1 — O conselho a Israel para ouvir os estatutos do
Senhor incluía um encorajamento à obediência (Dt 5.1;6.3,4;9.1;20.3;27.9). A
finalidade de o povo ouvir e cumprir os mandamentos divinos, para que vivais,
contrasta com o fato de que Moisés morreria, ou seja, não entraria na terra (v.
22). Todavia, os israelitas conseguiram compreender que o presente de Deus, Sua
Lei, fora moldado para o bem deles. Obedecendo à Lei, certamente experimentariam
uma vida vitoriosa.Para que vivais.
A palavra de Deus, é o "pão da vida" e Suas palavras apontam o caminho
da vida eterna, cf. 8.3; Mt 19.17; Jo 6.63.
Dt 4:2 Não acrescentareis à palavra que vos mando,
nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do SENHOR vosso Deus,
que eu vos mando.
4.2. De acordo com o padrão dos tratados de suserania do
Oriente Próximo e dos antigos códigos legais, a aliança não deveria ser
alterada de modo algum (Cf. Mt 23:16-26; Mc 7:9-13.). Nada acrescentareis. . . nem diminuireis. As leis de Deus não
deviam sofrer emendas ou reduções através de legislação humana (cons. 12: 32;
Ap. 22:18 e segs.). Toda a obrigação do homem era obedecer, e os israelitas
obedientes receberam a promessa de vida e rica herança.
Dt 4:3 Os vossos olhos têm visto o que o SENHOR fez
por causa de Baal-Peor; pois a todo o homem que seguiu a Baal-Peor o SENHOR teu
Deus consumiu do meio de ti.
Dt 4:4 Porém vós, que vos achegastes ao SENHOR
vosso Deus, hoje todos estais vivos.
4.3,4. Uma ilustração vivida do fato de que a desobediência à lei de Deus traz destruição e morte é agora oferecida.
Em Baal-Peor (Bete-Peor, 3: 29) Israel se envolvera com a idolatria do deus
Baal de Peor (Nm 25: 1-9). Quando certos homens israelitas se ajuntaram
sexualmente a mulheres moabitas, praticaram ritos idólatras e adoraram o deus
Baal. O castigo que se seguiu foi entendido como conseqüência de tal culto
idólatra. Aqueles que permaneceram fiéis em face da tentação escaparam à praga e
estavam vivos ao tempo do discurso de Moisés.
Dt 4:5 Vedes aqui vos tenho ensinado estatutos e
juízos, como me mandou o SENHOR meu Deus; para que assim façais no meio da
terra a qual ides a herdar.
4.5 No meio da terra. A lei visava primariamente a Israel. Seu cerimonial e regulamentos judiciais eram para ser usados
por uma nação na terra, até que fosse feita a revelação posterior, quando
Cristo viesse.
Dt 4:6 Guardai-os pois, e cumpri-os, porque isso
será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos povos, que
ouvirão todos estes estatutos, e dirão: Este grande povo é nação sábia e
entendida.
vivos ao tempo do discurso de Moisés.
4.6. A significância deste evento é que por meio dele
Israel foi advertido de que o único meio de sobrevivência na nova terra era a
absoluta fidelidade à aliança de Javé e obediência aos estatutos e ordenanças de
Javé que Moisés lhes dera. Na verdade, a sobrevivência nacional estava em jogo,
pois Javé, que trouxera terra em que habitar, poderia destruí- la se ela
rejeitasse seu senhorio total.
Dt 4:7 Pois, que nação há tão grande, que tenha
deuses tão chegados como o SENHOR nosso Deus, todas as vezes que o invocamos?
Dt 4:8 E que nação há tão grande, que tenha
estatutos e juízos tão justos como toda esta lei que hoje ponho perante vós?
4.8 Toda esta lei. A relevância da lei mosaica para o crente pode ser resumida como segue: "Primeiramente",
essa lei contém certos elementos transitórios a que não se obrigam os cristãos
(4.5n). Em segundo lugar, encerra princípios eternos de santidade, justiça e
verdade, incluídos no Decálogo e implícitos em toda a lei, que se impõe a todas
as gerações de judeus e cristãos. A estes se refere a frase "está
escrito" (Mt 4.10; 5.17; Rm 13.9; 1 Pe 1.16). Em terceiro lugar, como parte da Bíblia inspirada, todo o livro foi escrito para nos
instruir (Rm 15.4) e é muito "proveitoso" (2 Tm 3.16). Finalmente , é
sabido que Moisés escreveu acerca de Cristo (Jo 5.46; Dt 1815). Cristo,
portanto, deve ser procurado nessas páginas, já que toda Lei tem o fim de nos
conduzir a Ele (Gl 3.24).
Dt 4:9 Tão-somente guarda-te a ti mesmo, e guarda
bem a tua alma, que não te esqueças daquelas coisas que os teus olhos têm
visto, e não se apartem do teu coração todos os dias da tua vida; e as farás
saber a teus filhos, e aos filhos de teus filhos.
4.9. As duas ordens guarda-te a ti mesmo e guarda diligentemente a tua
alma são introduzidas por uma partícula enfática (raq), tão
somente, que normalmente tem um significado restritivo. A frase guarda-te a ti mesmo
ocorre em muitos contextos em Deuteronômio. A forma verbal é basicamente
reflexiva em seu significado, de modo que a ordem é dirigida a Israel em
sentido pessoal. Em várias passagens, como acontece aqui, Israel recebe a ordem de cuidar para não esquecer o que
Deus fizera por ele (cf. 6: 12; 8: 11). Em outros lugares a nação é exortada a
cuidar em não seguir práticas pagãs (13: 20), não oferecer holocaustos em
lugares não-autorizados (12: 13), não negar ao levita ou ao próximo o que lhes é
devido (12: 19; 15: 9), etc. Tais quebras da aliança eram uma ofensa ao Senhor
e seriam merecedoras de Seu juízo. Os grandes eventos de Horebe deviam ser
guardados cuidadosamente para não serem esquecidos. Além do mais, a transmissão
fiel da história aos filhos era obrigatória para Israel (cf 6: 20; Êx 13: 8,
14). O apelo a Israel para que se lembre e não se esqueça dos atos salvadores
de Deus é repetido diversas vezes em Deuteronòmio, pois eles eram a base da
alegação israelita de ser o povo de Deus e a base sobre a qual Deus desafiara
Israel a entrar em aliança com Ele. O mesmo princípio se aplica no Novo Testamento,
onde os atos de Deus em Cristo são fundamentais para a igreja e formam a base
do apelo divino para que os homens adotem um novo relacionamento com Ele. Estes
também devem ser ensinados aos filhos dos cristãos.
Dt 4:10 O dia em que estiveste perante o SENHOR teu
Deus em Horebe, quando o SENHOR me disse: Ajunta-me este povo, e os farei ouvir
as minhas palavras, e aprendê-las-ão, para me temerem todos os dias que na
terra viverem, e as ensinarão a seus filhos;
4.10. As palavras aqui mencionadas eram as dez palavras, isto é, os dez madamentos (4: 13; 5: 22). Algo mais que o simples
escutar de palavras havia acontecido em Horebe. Os atos salvadores de Deus
revelados no êxodo e a declaração subseqüente das estipulações de Sua aliança,
tinham como objetivo provocar uma reação de obediência em Israel. A única resposta
adequada da parte de Israel era temer a Deus, isto é, reverenciá-lo, reconhecendo
Sua soberania. Havia uma conexão íntima entre adoração e vida pois a reverência
se expressaria através de adoração e obediência. Por outro lado, o caminho da
irreverência diante de Deus era o caminho da morte (30: 15—20). O verbo temer e
o substantivo correspondente têm uma conotação rica em Deuteronômio e em todo o
Velho Testamento. Tanto o verbo quanto o substantivo podem indicar o medo típico
dos escravos e são às vezes usados para descrever aqueles que pecaram (Gn 3:
10; Pv 10: 24; cf. At 24: 25; Hb 10:27,31; Ap 21:8). Com maior freqüência, porém, a referência é a um
medo santo, ou reverência, resultante da percepção que o crente tem do caráter
de Deus. O “temor do Senhor” é um dos temas dominantes do Velho Testamento.
Deve ser reconhecido como a resposta apropriada do homem a Deus. É concedido por
Deus e permite ao homem reverenciar a pessoa de Deus, obedecer os Seus
mandamentos e detestar o mal (Jr 32: 40; Hb 5: 7). É o princípio da sabedoria
(SI 111: 10), o segredo da retidão (Pv 8: 13), o dever básico do homem (Ec 12:
13). É apresentado como uma das características do Messias (Is 11: 2, 3). Em
todas as épocas o povo de Deus foi exortado a cultivar o temor do Senhor e a
andar nele (SI 34: 11; Jr 2: 19; At 9: 31; 10: 2; Ef 5: 21; Fp 2: 12). Gentios
que aderiam à sinagoga eram chamados “tementes a Deus” (At 10: 2; 13: 16, 26).
Em Deuteronômio, particularmente, o verbo ocorre em 4: 10; 5: 29; 6: 2, 13; 8:
6; 10:12,20; 14:23; 17:19; 28:58; 31:12,13, etc.
Dt 4:11 E vós vos chegastes, e vos pusestes ao pé
do monte; e o monte ardia em fogo até ao meio dos céus, e havia trevas, e
nuvens e escuridão;
4.11. Palavras humanas são inadequadas para descrevera glória e a terrível majestade de Deus. O máximo que podemos fazer é
lançar mão de expressões simbólicas. Este versículo poderia ser traduzido A
montanha ardia em chamas até o próprio céu, escuro com as mais densas nuvens. A
manifestação da presença de Deus geralmente é descrita acompanhada de fogo e escuridão (Ex
19.18). O fogo alude à santidade, à majestade e à transcendência divina, mas
também ao julgamento de Deus sobre a perversidade (v. 24) . A escuridão faz
referência ao impedimento imposto a nós de aproximarmo-nos da natureza santa do
Senhor, a qual não permite que Ele conviva com o pecado, às nossas transgressões e à possibilidade do
julgamento iminente.
Dt 4:12 Então o SENHOR vos falou do meio do fogo; a
voz das palavras ouvistes; porém, além da voz, não vistes figura alguma.
4.12. Quando Javé Se revelou o povo ouviu a voz das
palavras mas não viu aparência alguma. Assim, a idolatria foi rejeitada para sempre.
Esta era uma característica fundamental da fé israelita em todas as épocas. Israel
devia abster-se da idolatria e não devia adorar a obra de mãos humanas – imagem
esculpida (vs. 16-18,23; com 5:8) – mas também não devia adorar a obra das mãos
de Deus, o exército dos céus (v. 19). A adoração do que era visível e criado
era característica das nações gentias as quais Deus abandonara à sua própria e
louca perversidade (v. 19b; cons. 29:26 ; Rm. 1:21 e segs.).
Foi, é claro, na Palavra encarnada que Deus falou Sua última
palavra (Jo 1:1,14; Hb 1:1,2). Este versículo nos lembra que Deus é espírito
(Jo 4.24).
Dt 4:13 Então vos anunciou ele a sua aliança que
vos ordenou cumprir, os dez mandamentos, e os escreveu em duas tábuas de pedra.
4.13 Sua aliança. Essa é a primeira das vinte e sete ocorrências desse tema em Deuteronômio. A palavra é aqui usada
para indicar o estabelecimento de uma relação, de um vínculo permanente entre
os dois lados. Pelo pacto de Horebe, Deus tomou a Israel como Seu povo
particular e Israel o tomou como seu Senhor (Êx 19.5, 8), cf. Is 42.6n.
Dt 4:14 Também o SENHOR me ordenou ao mesmo tempo
que vos ensinasse estatutos e juízos, para que os cumprísseis na terra a qual
passais a possuir.
4.14 — O Senhor me ordenou que vos ensinasse. Moisés entregou a revelação de Deus ao povo. Na condição de “instrutor”
dos israelitas, ele aplicou a Lei (Êx 20.19).Em Horebe também Deus ofereceu ao
povo a Sua aliança. Há uma identificação parcial, nesta passagem, entre a
aliança e o decálogo. A aliança, todavia, é mais ampla que suas estipulações.
Por outro lado, entretanto, a aceitação da aliança comprometia Israel a
obedecer as suas estipulações. Parte da evidência de que Israel aceitara a
aliança era o fato de viver segundo os mandamentos de Javé. Em época bem mais
recente, Tiago viria a dizer: “Mostra-me a tua fé sem as obras, e eu, pelas
minhas obras, te mostrarei a minha fé” (Tg 2:18).
Dt 4:15 Guardai, pois, com diligência as vossas
almas, pois nenhuma figura vistes no dia em que o SENHOR, em Horebe, falou
convosco do meio do fogo;
4.15 Aparência nenhuma vistes. Ninguém jamais viu a
Deus Pai (Jo 1.18). Deus é espírito (Jo 4.24), e é errado o homem tentar
representá-lo materialmente para um auxilio à adoração. Quando o Antigo
Testamento se refere a manifestações visíveis de Deus, pode referir-se a um
aparecimento do Cristo pré-encarnado. Um estudo cuidadoso de todas as
referências do Antigo Testamento ao "anjo do Senhor" parece indicar
que assim sucede.
Dt 4:16 Para que não vos corrompais, e vos façais
alguma imagem esculpida na forma de qualquer figura, semelhança de homem ou
mulher;
Dt 4:17 Figura de algum animal que haja na terra;
figura de alguma ave alada que voa pelos céus;
4.16,17 — A fé no Senhor excluía qualquer tipo de idolatria a outros
deuses (compare com Dt 12.1-4), conforme a revelação no monte Horebe. Visto que
Deus não se manifestou por imagens ou outra forma de representação material de
si mesmo, Ele rejeitou todo tipo de adoração que fizesse uso de objetos para
reproduzir o que é divino. O Senhor em si deveria ser adorado, e não Suas obras
ou coisas criadas pelo homem.
Não havia nenhuma maneira de descrever ou esculpir
a presença de Deus no Sinai (Ex 20.18), pois Israel não viu a forma “física” do
Senhor. Assim, o povo não poderia elaborar qualquer representação material
dela. Embora o ser humano tenha sido criado à imagem e semelhança de Deus, não há
figura de macho ou de fêmea, isto é, objeto confeccionado pelo homem que consiga
reproduzir Deus (Gn 1.26,27).
Dt 4:18 Figura de algum animal que se arrasta sobre
a terra; figura de algum peixe que esteja nas águas debaixo da terra;
Dt 4:19 Que não levantes os teus olhos aos céus e
vejas o sol, e a lua, e as estrelas, todo o exército dos céus; e sejas impelido
a que te inclines perante eles, e sirvas àqueles que o SENHOR teu Deus repartiu
a todos os povos debaixo de todos os céus.
4.18, 19 O sol, a lua. Já no tempo de Abraão se erguiam grandiosos templos à lua, em Ur. No Egito, em Om (Heliópolis),
prestava-se culto ao sol.Figura de algum animal[...] o sol, e a lua, e as
estrelas. Os animais e os corpos celestes foram criados por Deus (Gn 1.20-25).
Por serem criações, e não o Criador, não poderiam de forma alguma ser adorados
nem servir de representação de Deus (Gn 1.14-19; SI 19.1).
Dt 4:20 Mas o SENHOR vos tomou, e vos tirou da
fornalha de ferro do Egito, para que lhe sejais por povo hereditário, como
neste dia se vê.
4.20 Povo de herança. Os crentes de hoje também são
povo de uma herança (1 Pe 1.4), neste caso eterna.Este versículo revela uma
espécie de “slogan da redenção”: o Senhor vos tomou e vos tirou do forno de
ferro do Egito. Deus escolheu Israel para ser o Seu povo e estabeleceu uma
aliança com ele. Por isso, libertou-o da escravidão egípcia, período aludido nesta passagem pela expressão forno
de ferro (Is 48.10; Jr 11.4). O resultado do êxodo e do cumprimento da Lei
seria um povo hereditário, visto que a nação de Israel pertencia a Deus e, por
isso, teria um glorioso futuro ao Seu lado.
Dt 4:21 Também o SENHOR se indignou contra mim por
causa das vossas palavras, e jurou que eu não passaria o Jordão, e que não
entraria na boa terra que o SENHOR teu Deus te dará por herança.
Dt 4:22 Porque eu nesta terra morrerei, não
passarei o Jordão; porém vós o passareis, e possuireis aquela boa terra.
4.21,22 — Eu morrerei. Quão difíceis devemter sido essas palavras para Moisés! O profeta teve de encorajar o povo a
entrar na terra, enquanto a ele mesmo isso não foi permitido.O juízo que caiu
sobre Moisés era uma advertência a Israel quanto às conseqüências de qualquer
comprometimento de sua lealdadeabsoluta a Javé. Cf. 1:37; 3:26.
Dt 4:23 Guardai-vos e não vos esqueçais da aliança
do SENHOR vosso Deus, que tem feito convosco, e não façais para vós escultura
alguma, imagem de alguma coisa que o SENHOR vosso Deus vos proibiu.
4.23. Guardai-vos. Profeticamente Moisés advertiu que o gozo prolongado das bênçãos de Canaã, bênçãos que nem ele receberia (vs.
21,22a), poderia provocar o esquecimento do passado (v. 25; cons. v. 9). Que os
israelitas, portanto, se lembrassem que o Deus ao qual tinham jurado fidelidade
no Sinai, apareceu ali como fogo consumidor (v. 24). Se provocado ao ciúme pela
idolatria, Ele desencadearia as maldições da aliança sobre tal loucura. E que
maldição poderia ser maior que abandonar aqueles que repudiam a eleição divina
à futilidade da idolatria que escolheram e à comunidade dos homens de mentes e
destinos igualmente depravados? (vs. 27,28; 28: 64 e segs.)
Dt 4:24 Porque o SENHOR teu Deus é um fogo que
consome, um Deus zeloso.
4.24 Deus zeloso. A palavra hebraica qãnã, tanto
pode significar "zeloso", como "ciumento" aliás duas idéias
que andam intimamente ligadas. O amor de Deus é muitas vezes comparado ao do
marido que se dá sem reservas e que espera em troca um amor incondicional.Devido
a tal zelo Javé não podia sequer contemplar o compromisso de Israel com
qualquer outro deus. Assim, todas as formas de idolatria eram proibidas.
Dt 4:25 Quando, pois, gerardes filhos, e filhos de
filhos, e vos envelhecerdes na terra, e vos corromperdes, e fizerdes alguma
escultura, semelhança de alguma coisa, e fizerdes o que é mau aos olhos do
SENHOR teu Deus, para o provocar à ira;
Dt 4:26 Hoje tomo por testemunhas contra vós o céu
e a terra, que certamente logo perecereis da terra, a qual passais o Jordão
para a possuir; não prolongareis os vossos dias nela, antes sereis de todo
destruídos.
Dt 4:27 E o SENHOR vos espalhará entre os povos, e
ficareis poucos em número entre as nações às quais o SENHOR vos conduzirá.
Dt 4:28 E ali servireis a deuses que são obra de
mãos de homens, madeira e pedra, que não vêem, nem ouvem, nem comem, nem
cheiram.
4.25,28 Vos espalhará entre os povos. Israel é avisado
que seriam exilados de sua herança como pena pela idolatria. Por isso, havia o
perigo de que o desfrute prolongado das bênçãosresultado, depois de muitos
anos, Israel se voltasse à idolatria, provocando Javé à ira. Se isso acontecesse, entrariam em operação as
maldições da aliança, aqui definidas como morte da nação (26), afastamento da terra
(26) e dispersão dos israelitas entre as nações (27). As maldições deste
capítulo são semelhantes às do capítulo 28, embora seja a quebra do segundo
mandamento a questão tratada, não a violação de toda a lei. Isso, entretanto,
seria sintomático da rejeição interior da soberania de Javé. O céu e a terra
são invocados como testemunhas da declaração de tais juízos por parte de Javé
(30: 19; 31: 28; cf. Mq 6: 1, 2). Se tais juízos viessem de fato a cair sobre
Israel e a nação fosse exilada, os israelitas viriam a servir outros deuses em
terras estranhas, trocando o Deus vivo, que podia agir em seu benefício, pelas criações
sem vida e insensíveis do próprio homem. Na verdade, mais de uma vez na
história de Israel partes de seu povo foram levadas para o exílio, notadamente depois
da queda de Samaria (2 Rs 17:6) e da queda de Jerusalém (2 Rs 24:14s;
25:10ss.). A advertçncia divina encontrou assim sua realização.
Dt 4:29 Então dali buscarás ao SENHOR teu Deus, e o
acharás, quando o buscares de todo o teu coração e de toda a tua alma.
Dt 4:30 Quando estiverdes em angústia, e todas
estas coisas te alcançarem, então nos últimos dias voltarás para o SENHOR teu
Deus, e ouvirás a sua voz.
4.29,30 De lá. Não importando onde
estiver, nem suas circunstâncias, qualquer um pode encontrar a Deus
se realmente O busca de todo o coração (Jo 4.23, 24).Mesmo no sofrimento do exílio
Deus poderia ser buscado e encontrado. Uma característica que distinguia a
aliança de Javé dos tratados seculares era o fato de um rebelde poder voltar
(“arrepender-se”) para Javé e ser perdoado, tendo assim a perspectiva de começar
uma nova vida de obediência. No campo secular a rebelião raramente era tratada com
misericórdia, mesmo se houvesse demonstração de arrependimento. A natureza de
Javé, entretánto, era muito diferente da dos reis deste mundo. Ele era um Deus
misericordioso, sempre consciente de Sua aliança. Depois da loucura de Israel e
de seu castigo Deus concederia o arrependimento, de modo que além do
cumprimento das maldições jazia a possibilidade de restauração. A expressão nos
últimos dias não precisa ser entendida escatologicamente, mas simplesmente com
o sentido de “no futuro”. Assim, Javé é um Deus consumidor para o rebelde (24)
mas um Deus misericordioso para o penitente.
Dt 4:31 Porquanto o SENHOR teu Deus é Deus
misericordioso, e não te desamparará, nem te destruirá, nem se esquecerá da
aliança que jurou a teus pais.
4.31 Aliança... teus pais. Embora Israel viesse a sofrer
a pena máxima (27) por violar o pacto mosaico, Deus seria gracioso para com
Israel, à base do pacto abraâmico anterior. Cf. 30.20; Lv 26.33, 42; Gn 15.O
emprego de objetos materiais para adorar a Deus: 1) É incompatível com a
natureza espiritual de Deus (15); 2) Conduz à adoração aos próprios objetos
(19); 3) Pode levara uma vida corrupta (16); 4) Incorre na ira de Deus
(25b-26).
Dt 4:32 Agora, pois, pergunta aos tempos passados,
que te precederam desde o dia em que Deus criou o homem sobre a terra, desde
uma extremidade do céu até à outra, se sucedeu jamais coisa tão grande como
esta, ou se jamais se ouviu coisa como esta?
Dt 4:33 Ou se algum povo ouviu a voz de Deus
falando do meio do fogo, como tu a ouviste, e ficou vivo?
4.32, 33. Moisés perguntou ao povo se qualquer
outra nação além de Israel, desde a criação do mundo, jamais tivera provas tão
claras e diretas da existência de seu Deus e sobrevivera. O contato direto com
a divindade estava eivado de graves perigos. No entanto, maravilha das maravilhas,
o abismo entre a santidade de Deus e a rebeldia e o pecado de Israel foi
vencido. Isto seria causa de eterna reverência e admiração em Israel (Gn 32:
30; Êx 3: 6; 19: 21; 20: 19; 33: 20; Jz 6: 22, 23; 13: 22). O fato do povo de
Israel ter permanecido como um grupo identificável, apesar de ter vivido
espalhado entre as nações por mais de dois mil anos é um dos fenômenos mais
notáveis da história.
Dt 4:34 Ou se Deus intentou ir tomar para si um
povo do meio de outro povo com provas, com sinais, e com milagres, e com
peleja, e com mão forte, e com braço estendido, e com grandes espantos,
conforme a tudo quanto o SENHOR vosso Deus vos fez no Egito aos vossos olhos?
4.34. Mais uma vez Javé fez o que nenhum outro deus poderia
fazer. Ele libertou Seu povo das mãos de um poderoso soberano terrestre,
confrontando- o com vários testes e exibindo diante dele sinais e maravilhas, realizando
poderosos atos de salvamento perante seus próprios olhos. Para Israel, a prova
da existência e da graça de Deus vinha do que Ele fizera por Seu povo tanto
quanto de qualquer declaração do fato feita por um profeta. Os atos redentores
e salvadores de Javé eram fundamentais à fé israelita.
Dt 4:35 A ti te foi mostrado para que soubesses que
o SENHOR é Deus; nenhum outro há senão ele.
4.35. As frases o Senhor(Javé) é Deus e nenhumoutro há senão Ele dão expressão ao simples fato de que em Israel somente Javé devia ser
Soberano(cf versículo 39). Não havia outro poder no universo que pudesse
determinar os destinos dos homens sobre a terra. Se tal ponto de vista não é um
monoteísmo plenamente desenvolvido, certamente é monoteísmo prático. Não há
razão, entretanto, para se duvidar que tal ponto de vista simples e pragmático fosse bem antigo na história de Israel.
Dt 4:36 Desde os céus te fez ouvir a sua voz, para
te ensinar, e sobre a terra te mostrou o seu grande fogo, e ouviste as suas
palavras do meio do fogo.
Dt 4:37 E, porquanto amou teus pais, e escolheu a
sua descendência depois deles, te tirou do Egito diante de si, com a sua grande
força,
Dt 4:38 Para lançar fora de diante de ti nações
maiores e mais poderosas do que tu, para te introduzir e te dar a sua terra por
herança, como neste dia se vê.
Dt 4:39 Por isso hoje saberás, e refletirás no teu
coração, que só o SENHOR é Deus, em cima no céu e em baixo na terra; nenhum
outro há.
4.36-39. As duas características do amor de Javé por
Israel e a eleição dos israelitas são aqui enfatizadas. Elas são reiteradas
muitas vezes em Deuteronômio. A capacidade que Javé demonstrou de instruir
ou disciplinar o povo (36), de amar a seus antepassados, de escolher seus
descendentes
e libertá-los do Egito (37), e de expulsar os habitantes de
Canaã para dar sua terra a Israel (38) leva à conclusão de que Ele
é Deusdo céu e da terra. Nenhum outro tem tais poderes.
Dt 4:40 E guardarás os seus estatutos e os seus
mandamentos, que te ordeno hoje para que te vá bem a ti, e a teus filhos depois
de ti, e para que prolongues os dias na terra que o SENHOR teu Deus te dá para
todo o sempre.
4.40. Com base nisso, Israel deveria reconhecer a soberania de Javé e obedecer as estipulações de Sua aliança. O resultado de tal
reação seriao desfrute da bênção de Deus sobre aquela geração de
Israelitas e todos os seus descendentes. As milagrosas demonstrações de
misericórdia no passado e a perspectiva de bênçãos futuras poderiam ser
apresentadas enfaticamente como a base de uma avaliação séria da alegação
feita por Javé de ser o único soberano sobre toda a terra.
Dt 4:41 Então Moisés separou três cidades além do
Jordão, do lado do nascimento do sol;
Dt 4:42 Para que ali se acolhesse o homicida que
involuntariamente matasse o seu próximo a quem dantes não tivesse ódio algum; e
se acolhesse a uma destas cidades, e vivesse;
Dt 4:43 A Bezer, no deserto, no planalto, para os
rubenitas; e a Ramote, em Gileade, para os gaditas; e a Golã, em Basã, para os
manassitas.
4.41-43 Pelo fato de Moisés não aparecer falando nesta passagem, mas ser mencionado na terceira pessoa, estes versículos são às
vezes considerados como um apêndice. Uma comparação com Números 35: 1-14 sugere
que Moisés aparece aqui executando uma ordem divina. Três cidades foram
indicadas na Transjordânia, uma em cada um dos setores, sul, centro e norte,
para providenciar asilo para o homem que cometesse homicídio involuntário (cf.
19: 1-13). Em sociedades nômades a possibilidade da vingança do sangue agia
como um freio sobre os homens. Em sociedades estabelecidas, entretanto havia
trâmites legais para o julgamento de tais indivíduos. Até que tais processos
fossem estabelecidos, alguma provisão deveria ser feita, semelhante àquela descrita
nesta passagem. Parece não haver razão de duvidar que tal prática seja antiga e
que seria o tipo de provisão feita por Moisés.
Dt 4:44 Esta é, pois, a lei que Moisés propôs aos
filhos de Israel.
Dt 4:45 Estes são os testemunhos, e os estatutos, e
os juízos, que Moisés falou aos filhos de Israel, havendo saído do Egito;
4.44, 45. Cada um dos termos lei (tôrâ), testemunhos
(‘èdüt), estatutos (hôq), e ordenanças ou decisões judiciais (mispat) tem sua
própria conotação, embora um definição detalhada não faça parte do propósito do
autor aqui. Lei indica “ensino” num sentido muito geral. Testemunhos denota as
estipulações da aliança. Estatutos eram leis escritas ou inscritas em material
apropriado. Ordenanças eram as decisões de um juiz.
Dt 4:46 Além do Jordão, no vale defronte de
Bete-Peor, na terra de Siom, rei dos amorreus, que habitava em Hesbom, a quem
feriu Moisés e os filhos de Israel, havendo eles saído do Egito.
Dt 4:47 E tomaram a sua terra em possessão, como
também a terra de Ogue, rei de Basã, dois reis dos amorreus, que estavam além
do Jordão, do lado do nascimento do sol.
Dt 4:48 Desde Aroer, que está à margem do ribeiro
de Arnom, até ao monte Sião, que é Hermom,
Dt 4:49 E toda a campina além do Jordão, do lado do
oriente, até ao mar da campina, abaixo de Asdote-Pisga.
4.46-49 — Na terra de Seom[...] como tambéma terra de Ogue. Israel recentemente conquistara as terras do lado leste
do Jordão e agora estava preparando-se para atravessar o rio e entrar em Canaã.
DEUTERONOMIO CAPITULO 5
Dt 5:1 E CHAMOU Moisés a todo o Israel, e
disse-lhes: Ouve, ó Israel, os estatutos e juízos que hoje vos falo aos
ouvidos; e aprendê-los-eis, e guardá-los-eis, para os cumprir.
5.1. Ouvi . . . aprendais e cuideis em os cumprirdes. Este capítulo começa e termina (vs. 32,33) com um encargo de seguir
cuidadosamente as estipulações divinas da aliança que estavam no processo da
solenização Ó Israel, ouve (1).
Começa Moisés por chamar a atenção do povo, preparando-o para lhes expor a Lei
de Jeová. Cf. 5.1; 1.1. A insistência para "ouvir" e obedecer a
Palavra do Senhor é freqüente em todo o livro. Cf. 4.30; 8.20; 9.23; 13.4,8;
15.5; 26.14,17; 27.10; 28.1-2,15,45,62; 30.2,8,10,20.
Dt 5:2 O SENHOR nosso Deus fez conosco aliança em
Horebe.
5.2 — O Senhor, nosso Deus, fez conosco concerto, em Horebe. Pelo concerto
estabelecido entre Deus e o povo por intermédio de Moisés, a graça e as
promessas do Senhor foram ministradas aos israelitas. Assim, Deus consagrou a
nação de Israel a Ele, revelando as maldições e as bênçãos resultantes do
cumprimento ou não da aliança. Como a Lei provinha do Senhor, não é apropriado referir-se
a ela como lei mosaica.A lembrança desta localidade tem por fim recordar as
responsabilidades e os privilégios inerentes aos acontecimentos nela sucedidos.
Dt 5:3 Não com nossos pais fez o SENHOR esta
aliança, mas conosco, todos os que hoje aqui estamos vivos.
5.3 Não foi com nossos pais. Isto é: não só com os nossos antepassados, mas também conosco.Os "pais"
patriarcais (cons. 4: 31, 37 ; 7 : 8, 12 ; 8 : 18) morreram sem receber as
promessas. Mas a geração atual, com a qual foi estabelecida a Aliança do Sinai,
além da geração anterior que pereceu no deserto (cons. 11:2), teve o privilégio
de ver o reino prometido realizado.
Dt 5:4 Face a face o SENHOR falou conosco no monte,
do meio do fogo
5.4. A expressão Face a face falou o Senhor convosco (TM;
SBB conosco)não significa que Israel tenha visto a Deus (cf. 4: 12; 34:
10), sugerindo antes que a aliança foi feita na área de relacionamento
pessoal, e não em termos meramente legalistas. (Cf Êx 33: 11; Nm 14: 14,
onde
face a face parece indicar “pessoalmente”, isto e', em
contato pessoal e imediato.)
Dt 5:5 (Naquele tempo eu estava em pé entre o
SENHOR e vós, para vos notificar a palavra do SENHOR; porque temestes o fogo e
não subistes ao monte), dizendo:
5.5. Tanto em Sinai como em várias situações subseqüentes Moisés serviu de mediador entre Deus e Israel. A função de
mediador era ainda mais necessária devido ao terror que Israel sentia da
flamejante manifestação de Deus (cf 4: 12; Êx 19: 16-25). Algumas passagens
sugerem que Israel ouviu a voz de Javé no Sinai, mas talvez isso se referisse à
voz de Moisés, o mediador (4:12;Êx 19:9).
Dt 5:6 Eu sou o SENHOR teu Deus, que te tirei da
terra do Egito, da casa da servidão;
5.6 Eu sou. É a natureza revelada de Deus que determina aquilo que Seus servos devem ser: "Sede vós perfeitos
como perfeito é o vosso Pai celeste", Mt 5.48.A frase Eu soa o Senhor( Javé); teuDeus anuncia o originador da aliança e
corresponde ao preâmbulo dos tratados de suserania. O restante do versículo
corresponde ao prólogo histórico de tais tratados. Deus não é definido em
termos abstratos, e sim em termos dos atos salvadores que realizou em favor de
Israel.
Dt 5:7 Não terás outros deuses diante de mim;
5.7 Outros deuses. Na derrota do Faraó e de todos os
mágicos do Egito, Deus já revelara plenamente que, embora haja ídolos e
crendices numerosos no mundo, esses "deuses" não têm existência real,
que se possa revelar pela atuação. Esta demonstração (4.32-35) é a maior
autoridade para se exigir obediência aos Mandamentos. Mt 11.28-30; Jo 14.15.O primeiro mandamento é uma declaração
límpida de um princípio geral bem amplo. Tal como a maioria dos outros
mandamentos é apresentado em forma negativa. Este mandamento dá expressão clara
ao princípio de absoluta lealdade a Javé. Quer o povo de Israel, ou mesmo parte
dele, admitisse ou não a existência de outros deuses, era-lhes exigido que
reconhecessem apenas Javé como seu soberano Senhor. Nesta confissão se
encontram as raízes do monoteísmo. Javé não podia tolerar rivais. A frase
diante de mim (‘alpãmy), que poderia ser traduzida de diversas maneiras, como
“junto a mim”, “ao meu lado”, “contra mim”, “em desafio a mim”, “em meu
detrimento”, dá expressão a esse fato. Para Israel, Javé era absolutamente
único. O mesmo princípio de soberania divina sobre todas as coisas se encontra
aplicado nas leis sobre alimentos (14: 3-21), nas sanções contra a idolatria
(capítulo 13), na ordem de destruir os santuários pagãos (7: 5; 12: 3) e nas
leis de separação (7:3,4), etc.
Dt 5:8 Não farás para ti imagem de escultura, nem
semelhança alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas
águas debaixo da terra;
5.8. O segundo mandamento do decálogo é quase idêntico
em forma à versão de Êxodo 20: 4-6. Pode ter sido dirigido, originariamente, não
tanto aos deuses pagãos como contra a falsa noção de adoração a Javé que
pudesse levar Israel a representá-10 por uma imagem, conforme o costume dos
pagãos (4: 15-19). Era proibido a Israel fazer imagens de toda e qualquer
espécie de criaturas, quer dos céus, da terra ou das águas.O segundo mandamento
tende a impedir toda a falsa ou baixa idéia do verdadeiro Deus, porque o
Criador não pode ser adorado na forma duma criatura, como o "bezerro de
ouro", nem comparado com a forma humana (Sl 50.21). Como poderia o homem
alcançar os caminhos de Deus ou atingir a perfeição do Todo-poderoso? (Jó
11.7). É por isso que só O poderemos conhecer pela revelação que fez de Si
próprio na Sua Palavra e no Seu Filho Jesus Cristo (Jo 17.3,14). Todos os que
guardam este mandamento devem sentir-se envergonhados ao saberem que tantos seres
humanos prestam culto às imagens e isso por falta do testemunho da Igreja!
Dt 5:9 Não te encurvarás a elas, nem as servirás;
porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais
nos filhos, até à terceira e quarta geração daqueles que me odeiam.
5.9 Deus é zeloso (9), não porque receie perder a reputação, mas é o zelo do Seu amor que exige que Lhe dediquemos
totalmente todo o nosso amor em resposta. Cf. Êx 20.5. Que a maldade dos pais (9) se ressente nos filhos (as conseqüências
mas não a culpa) é um fato que todos podem constatar, verificando-se assim a
promessa de misericórdia aos que O amam e guardam os Seus mandamentos (10).
Dt 5:10 E faço misericórdia a milhares dos que me
amam e guardam os meus mandamentos.
Dt 5:11 Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em
vão; porque o SENHOR não terá por inocente ao que tomar o seu nome em vão.
5.11A exposição do significado completo do terceiro mandamento (11) implicaria um estudo profundo do nome de Deus em toda a Bíblia. No
pensamento hebraico o "nome" liga-se intimamente à pessoa; umas vezes
indica o seu caráter (cf. Êx 3.13 nota; Mt 1.21), outras a posição que ocupa
(Êx 23.21 nota). O nome do Senhor é, pois, um nome maravilhoso e cheio de
mistério (Is 9.6), santo e reverendo (Sl 111.9; Lc 1.49), glorioso e terrível
(Dt 28.58), cuja glória foi revelada por Moisés(Dt 32.3), pelos profetas (Sl
99.3; Is 63.12,14), e finalmente em Cristo e pelos Seus discípulos (Jo
17.6,26). Maravilhas foram operadas pela fé em Seu nome (At 3.16). Os pagãos
servem-se em vão desse Nome, explorando o poder divino em beneficio próprio com
bruxarias e adivinhações (18.9-14); os estadistas e potentados usam-no para
apoiarem e justificarem as suas nem sempre justas pretensões e até os cristãos
por vezes o utilizam em vão, como fazem os pagãos (Mt 6.7). A guarda deste
mandamento exige também a graça divina, que nos leva a dizer: "Santificado
seja o Teu nome". Oramos ainda para ver já neste mundo em pleno exercício
a soberania do Senhor: "O Teu reino venha a nós".
Dt 5:12 Guarda o dia de sábado, para o santificar,
como te ordenou o SENHOR teu Deus.
Dt 5:13 Seis dias trabalharás, e farás todo o teu
trabalho.
Dt 5:14 Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu
Deus; não farás nenhum trabalho nele, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem
o teu servo, nem a tua serva, nem o teu boi, nem o teu jumento, nem animal
algum teu, nem o estrangeiro que está dentro de tuas portas; para que o teu
servo e a tua serva descansem como tu;
Dt 5:15 Porque te lembrarás que foste servo na
terra do Egito, e que o SENHOR teu Deus te tirou dali com mão forte e braço
estendido; por isso o SENHOR teu Deus te ordenou que guardasses o dia de
sábado.
5.12-15. 0 quarto mandamento é expresso de forma positiva, ao contrário dos anteriores. Há diferenças entre a lei aqui
formulada e a de Êxodo 20: 8-11. No versículo 12a há a adição das palavras como te ordenou o Senhor teu Deus. No
versículo 14, a palavra portas significa
“cidades”. Toda a passagem reflete a sociedade israelita típica com suas três
camadas, os israelitas nativos, o peregrino ou estrangeiro residente e o
escravo (cf. 14:21).A razão apresentada no versículo 15 para a observância do
sábado é diferente daquela apresentada em Êxodo 20: 11. Aqui o propósito é a recordação
da libertação do Egito. Se Israel recordasse seus próprios dias de servidão,
seria estimulado a tratar com misericórdia qualquer homem, mulher ou animal
envolvido em serviço diário (cf. 15: 15; 16: 12; 24: 18, 22). Em Êxodo a razão
oferecida é que o sábado fora um dia santo desde a criação (Êx 20: 11; cf. Gn
2: 2, 3). Havia assim duas boas razões para a guarda do sábado. Este mandamento
tem apresentado muitos problemas para os cristãos. As declarações de Jesus (Mc
2: 27, 28) de que o sábado fora feito por causa do homem e não o homem por
causa do sábado, e que Ele, o Filho do Homem, era Senhor do sábado, removeram para
sempre a lei das restrições doentias impostas pelos rabis. A observância do
domingo pelo cristão é, obviamente, não a guarda do sétimo mas do primeiro dia,
tendo, portanto, a natureza de um novo mandamento baseado numa nova aliança. É,
contudo, o “cumprimento” do antigo mandamento. O primeiro dia da semana nos
oferece oportunidade de comemorar a ressurreição de Cristo, que nos
possibilitou a libertação da servidão ao pecado (cf. versículo 12), e a
renovação da vida por meio de
uma nova criação (cf. Êx 20:10,11).
Dt 5:16 Honra a teu pai e a tua mãe, como o SENHOR
teu Deus te ordenou, para que se prolonguem os teus dias, e para que te vá bem
na terra que te dá o SENHOR teu Deus.
5.16 Honra a teu pai e a tua mãe (16). Cf. Êx 20.12 . Este
quinto mandamento trata do mais sagrado dever das relações humanas: o amor aos
pais. O nome de Pai aplica-se primeiramente a Deus e só depois aqueles a quem
dá a graça da paternidade humana. Enquanto os homens podem escolher os seus
amigos, os pais são um dom de Deus, chamados a exercer uma espécie de
ministério. Merecerão ou não as honras de seus filhos? A promessa da
longevidade na Terra da Promissão é igualmente um dom de Deus e um estímulo à
obediência. Cf. 4.26 ; Ef 6.2. A honra que se deve ter aos pais é, no entanto,
limitada pela que a Deus é devida, como supremo Senhor e Legislador. Ao
analisarmos a vida de Cristo, fácil é verificar como estes dois conceitos se
harmonizam perfeitamente (Mt 10.37; 19.29; Lc 2.49,51; Jo 19.26-27). As leis de
Dt 21.15-21 vêm ilustrar este mandamento.
Dt 5:17 Não matarás.
5.17 Não matarás (17). Cf. Êx 20.13. O sexto mandamento tem por fim defender a santidade da vida humana. Como toda a vida tem
princípio em Deus, por que não considerá-la como um dom divino, digno,
portanto, de todo o respeito? Assim foi desde o princípio (Gn 9.4-6). Mas nem
todo o atentado contra a vida do próximo é pura e simplesmente pecado. Para
livrar Israel, Deus submergiu os egípcios no Mar Vermelho, e ordenou a
destruição dos cananeus para que a nova geração fosse pura e santa. Pôs ainda a
espada da justiça nas mãos dos juizes e dos magistrados. Cf. 17.2-7; 19.12; Rm
13.4. Só por maus instintos se peca, quando se atenta contra a vida do próximo,
vida essa que não podemos restituir e que o Criador concedeu para Sua
glória apenas. Por isso o sangue do irmão defunto poderá vir "a clamar da
terra" (Gn 4.10). Cf. Dt 21.1-9.O assassinato premeditado era a
preocupação deste mandamento.
Dt 5:18 Não adulterarás.
5.18 E não adulterarás (18). Cf. Êx 20.14. Defende o sétimo mandamento a santidade do matrimônio, protegendo a pureza de costumes (Dt
21.10-17; Dt 22; Dt 23.1-18; Dt 24.1-5; Dt 25.11-12). Remonta aos princípios da
humanidade a instituição do casamento (Gn 1.28; 2.24; Mt 19.4-6), que simboliza
o amor de Deus ao Seu povo (Os 2.14-20) e a união entre Cristo e a Sua Igreja
(Mt 9.15; Ef 5.32). O adultério é símbolo também da infidelidade de Israel
(31.16) e da apostasia cristã (Tg 4.4).
Dt 5:19 Não furtarás.
5.19 E não furtarás (19). Cf. Êx 20.15. Tal como os três precedentes, o oitavo
mandamento, considerando sagrados os bens do próximo, era também um dom do
Senhor. Cf. Dt 8.17-18; 1Co 4.7. O homem é por isso responsável perante o
Criador pelo uso que faz das suas riquezas. Devem respeitar-se as propriedades
(19.14), pagar-se os justos salários (24.15), ter pesos e medidas justas
(25.13), manifestar a máxima generosidade para com os pobres (15.7-8). O Padrão
cristão não é mais baixo. Sejamos fiéis depositários dos bens que nos foram
confiados. Cf. Mt 5.42; Rm 1.14.
Dt 5:20 Não dirás falso testemunho contra o teu
próximo.
5.20 E não dirás falso testemunho (20). Cf. Êx 20.16. Embora negativo na forma, pode o nono mandamento apresentar um conteúdo
positivo, levando-nos a não falsear a verdade em todas as afirmações (13.14;
17.4-6) e a sermos justos nos nossos juízos (17.8-13; 19.15-21). Cf. Mt 18.16.
Na esteira do Mestre, deve todo o Cristão dar testemunho da verdade (Jo 18.37).
E como será isto possível, senão dando testemunho daquele que é a própria
Verdade?
Dt 5:21 Não cobiçarás a mulher do teu próximo; e
não desejarás a casa do teu próximo, nem o seu campo, nem o seu servo, nem a
sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.
5.21 — Não cobiçarás. Este é o único mandamento com uma proibição expressa referente às emoções e motivações interiores
que resultam em atitudes. Desejar o que pertence a outrem representa a busca pela
satisfação de um interesse pessoal que pode causar danos a terceiros. Tal comportamento
é o oposto da preocupação com o bem-estar do próximo. A Lei pode ser resumida pelo
primeiro e pelo último mandamento: amar Deus e as pessoas genuinamente (Mc
12.28-31).Diferente de todos os outros, o décimo mandamento não diz respeito à
conduta externa, mas antes a uma qualidade do espírito. Por isso só Deus é
testemunha de quando o mandamento porventura é violado. Na sua forma negativa
proíbe-nos desejar ilicitamente aquilo que aos outros pertence.Positivamente
ensina-nos a contentarmo-nos com o que temos e a não perder a fé (Hb 13.5-6).As
pequenas variantes entre a forma que o mandamento apresenta aqui e a que lemos
em Êx 20.17 vem lembrar que só após a entrada na Terra de Promissão os campos e
até os animais e os criados se tornaram objeto de justificadas invejas.O décimo
mandamento não vem mencionado na primeira resposta que Jesus deu ao jovem do
Evangelho (Mc 10.19), mas as palavras seguintes (21) podem interpretar-se como
aludindo àquele mandamento.
Dt 5:22 Estas palavras falou o SENHOR a toda a
vossa congregação no monte, do meio do fogo, da nuvem e da escuridão, com
grande voz, e nada acrescentou; e as escreveu em duas tábuas de pedra, e a mim
mas deu.
5.22 — E as escreveu em duas tábuas de pedra. Nas duas
tábuas de pedra estavam duas cópias completas da Lei. Geralmente, eram feitas
duas reproduções dos acordos realizados no antigo Oriente Próximo. Dos dois
contratantes, cada um ficava com uma das duas cópias, pois estas serviam como
uma espécie de testemunho do pacto. Entretanto, no caso dos Dez Mandamentos, ambas
as cópias foram colocadas perante Deus. O Senhor não apenas fez um concerto com
os israelitas atuando como uma das partes, mas também foi testemunha da
aliança.
Dt 5:23 E sucedeu que, ouvindo a voz do meio das
trevas, e vendo o monte ardendo em fogo, vos achegastes a mim, todos os cabeças
das vossas tribos, e vossos anciãos;
5.23-31 — Por causa de sua natureza rebelde e pecadora, os israelitas temiam a santa presença de Deus e estavam
despreparados para encará-lo. Por isso, pediram a Moisés que servisse de
porta voz perante o Senhor, e Deus aprovou o pedido. O profeta se tornou o
mediador da aliança entre Deus e o povo. Ele não apenas comunicou aos israelitas
a conduta santa que deveriam adotar, mas também suplicou ao Senhor que lhes
mostrasse Sua misericórdia.
Dt 5:24 E dissestes: Eis aqui o SENHOR nosso Deus
nos fez ver a sua glória e a sua grandeza, e ouvimos a sua voz do meio do fogo;
hoje vimos que Deus fala com o homem, e que este permanece vivo.
5.24 — O Senhor, nosso Deus, nos fez ver a sua glória e
a sua grandeza. Esta passagem demonstra admiração e respeito notáveis pela
presença de Deus. Isso era uma grande glória!
Dt 5:25 Agora, pois, por que morreríamos? Pois este
grande fogo nos consumiria; se ainda mais ouvíssemos a voz do SENHOR nosso Deus
morreríamos.
Dt 5:26 Porque, quem há de toda a carne, que ouviu
a voz do Deus vivente falando do meio do fogo, como nós, e ficou vivo?
5.25,26 — Por que morreríamos? [...] quem há, de toda a carne, que ouviu a voz do Deus vivente? Os israelitas
precisavam temer. O povo deveria compreender que o Deus vivo era poderoso,
grandioso, e demandava perfeição. Assim, na condição natural de pecadores, os
israelitas reconheceriam que necessitavam da misericórdia divina.
Dt 5:27 Chega-te tu, e ouve tudo o que disser o
SENHOR nosso Deus; e tu nos dirás tudo o que te disser o SENHOR nosso Deus, e o
ouviremos, e o cumpriremos.
Dt 5:28 Ouvindo, pois, o SENHOR as vossas palavras,
quando me faláveis, o SENHOR me disse: Eu ouvi as palavras deste povo, que eles
te disseram; em tudo falaram bem.
5.27 ,28 — Tudo o que te disser o Senhor, nosso Deus, e o ouviremos e o faremos. A revelação que provocava no povo
admiração e respeito a Deus incitou os israelitas a expressar sua obediência voluntária
aos comandos divinos. Entretanto, a perseverança deles em cumprir sua promessa
seria testada.Continuando a narração do estabelecimento da aliança no Sinai,
Moisés fez o povo de Israel se lembrar do seu voto anterior de obedecer à voz
de Deus (cons. Êx. 20:18-21). Realmente, tal fora seu temor de Deus na presença
de Sua glória, que preferiram, que Moisés recebesse revelações posteriores da
voz divina para eles. O povo ouviu o trovão, e só Moisés as palavras. Cf. Jo
12.29; At 9.7. Moisés é, por isso, um mediador entre Deus e o povo; (Gl 3.19)
e, nessas condições, um tipo de Cristo.
Dt 5:29 Quem dera que eles tivessem tal coração que
me temessem, e guardassem todos os meus mandamentos todos os dias, para que bem
lhes fosse a eles e a seus filhos para sempre.
5.29 Temessem (29). Cf. 4.10 . Todos os dias... para sempre (29). É eterna a obrigatoriedade dos mandamentos do Senhor. Cf. 4.8
Dt 5:30 Vai, dize-lhes: Tornai-vos às vossas
tendas.
5.30 Javé aceita um Mediador . O Senhor aprovou a promessa de
Israel de ouvir e obedecer e expressou a esperança de que a reverente devoção
inspirada pela teofania do Sinai continuasse sempre como uma característica da
atitude de Israel para com Ele. Em guardar os Seus mandamentos estava o bem
estar de Israel.
Dt 5:31 Tu, porém, fica-te aqui comigo, para que eu
a ti te diga todos os mandamentos, e estatutos, e juízos, que tu lhes hás de
ensinar, para que cumpram na terra que eu lhes darei para possuí-la.
5.31. Depois de enviar o povo de volta às suas tendas Moisés permaneceu junto a Deus na montanha e recebeu os mandamentos, os
estatutos e os juízos que deveria ensinar ao povo. Tais leis seriam o guia de
vida para Israel na terra prometida.Os benefícios de guardar a lei de Deus (5:
32 - 6: 3). A divisão final desta narrativa é uma exortação ao povo para que
obedeça à lei de Deus sem desvios. Estes versículos representam comentários
horatórios e homiléticos maduros. Todo o Israel formava uma unidade com os
antepassados que haviam participado dos eventos no Sinai e tinha a obrigação de
cumprir a lei de Javé seu soberano Senhor. Era absolutamente impossível
questionar tal obrigação se Israel quisesse continuar desfrutando de um
relacionamento apropriado com Javé. Havia, entretanto, benefícios adicionais.
Enquanto Javé fosse obedecido, Israel desfrutaria da bênção da própria vida, e
além disso sua existência seria feliz, longa e perpetuada em prole generosa
(5:33; 6:3).
Dt 5:32 Olhai, pois, que façais como vos mandou o
SENHOR vosso Deus; não vos desviareis, nem para a direita nem para a esquerda.
Dt 5:33 Andareis em todo o caminho que vos manda o
SENHOR vosso Deus, para que vivais e bem vos suceda, e prolongueis os dias na
terra que haveis de possuir.
32, 33. A ênfase homilética e horatória é
particularmente clara nestes versículos. O elo entre a obediência à aliança de
Javé e a bênção nacional e individual é demonstrado claramente pelo uso da
expressão“para que”, “com o propósito de”. — Andareis em todo o caminho que vos manda o Senhor. Dentre todas as
nações, Deus escolheu Israel para ser instruída por Sua Lei.Mas, a prova da
distinção desse povo seria a resposta dele à revelação de Deus. Se os
israelitas fizessem exatamente o que o Senhor ordenara,desfrutariam as bênçãos
divinas, conforme expressao texto para que vivais, e bem vos suceda, e prolongueis
os dias na terra que haveis de possuir.Essas promessas, aliadas ao quinto
mandamento,honra a teu pai e a tua mãe, como o Senhor,
teu Deus,
te ordenou, aplicavam-se a todas as ordenanças.
DEUTERONOMIO CAPITULO 6
Dt 6:1 Estes, pois, são os mandamentos, os
estatutos e os juízos que mandou o SENHOR vosso Deus para ensinar-vos, para que
os cumprísseis na terra a que passais a possuir;
6.1 — Os mandamentos fazem referência à instrução de
amar a Deus (v. 5), e Moisés era o instrumento usado pelo Senhor para
transmitir Suas ordenanças a Israel (Dt 5.22,23), como afirma a passagem estes,
pois, são os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o Senhor, vosso Deus,
para se vos ensinar. Portanto, não era a lei
de Moisés, mas sim a Lei de Deus.
Dt 6:2 Para que temas ao SENHOR teu Deus, e guardes
todos os seus estatutos e mandamentos, que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o
filho de teu filho, todos os dias da tua vida, e que teus dias sejam prolongados.
6.2 — O temor a Deus inclui a
apreensão por causa de Sua santidade e magnificência, o amor a Ele e a
submissão à Sua vontade. Inicialmente, pode envolver o medo. Todavia, esse
sentimento leva à sensação de admiração, ao comprometimento com a adoração e ao
deleite em conhecer Deus. O Todo-poderoso esperava que Seu povo seguisse Seus
caminhos por sucessivas gerações, visto que prometera abençoar geração após
geração(Gn 17.7,8) todos os dias da sua
vida. O Senhor presenteou Israel com bênçãos sobre a terra como um
benefício da aliança (Dt4-40;5.29;6.24; 14-23; 18.5;30.15), porém elas estavam
condicionadas à lealdade. O propósito de Sua Lei foi levar a plenitude de vida
às pessoas mediante Sua graça (Dt 4.1). A desobediência acarretaria a perda do direito
à terra e aos privilégios do concerto (Dt 4.26;30.15-19; SI 1.6; 112.10). Desta
forma, Deus ensinou aos hebreus que Ele é a vida e que rejeitá- lo é escolher a
morte (Dt 30.20; Jo 3.16-20).
Dt 6:3 Ouve, pois, ó Israel, e atenta em os
guardares, para que bem te suceda, e muito te multipliques, como te disse o
SENHOR Deus de teus pais, na terra que mana leite e mel.
6.3 Para que bem te suceda. O usufruto contínuo de Canaã da parte de Israel, bem como o usufruto do jardim do Éden por Adão,
dependia da contínua fidelidade ao Senhor. Deus instruiu Seu povo para que ele
tivesse uma vida longa e plena, cheia de sentido e paz, na gloriosa presença divina.
Isso ocorreria na terra que mana leite e
mel, ou seja, numa terra abastada e abençoada (Dt
11.9;26.9,15;27.3;31.20), infinitamente melhor do que o Egito, para onde os
hebreus queriam retornar (Nm 16.12-14).
Dt 6:4 Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único
SENHOR.
6.4. O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Israel é convidado a responder a Javé com a mesma plenitude de amor
demonstrada por Javé em favor de seu povo.
Esta confissão (da qual
diversas traduções são gramaticalmente possíveis) parece ficar mais
compreensível quando equivalente às declarações de monoteísmo de 4:35 e 32: 39
(cons. I Cr. 29:1). "Porque, ainda que haja também alguns que se chamam
deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores),
todavia para nós há um só Deus, o Pai . . . e um só Senhor, Jesus Cristo"
(I Co. 8:5,6). Deus é único; a divindadeconfina-se a Ele exclusivamente. Só a
Ele o povo de Israel devia se submeter em aliança religiosa, e a Ele deviam
servir na totalidade do seu ser, com a intensidade do amor (Dt. 6:5). A
exigência divina desta devoção exclusiva e intensa, Jesus chamou de "o
primeiro e grande mandamento" (Mt. 22:37, 38; Mc. 12:29, 30; cons. Lc.
10:25-28). É o princípio central de todas as estipulações da aliança.
Dt 6:5 Amarás, pois, o SENHOR teu Deus de todo o
teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças.
6.5 Amarás a Javé teu Deus. A obediência de Israel não deveria surgir de um legalismo estéril baseado
na necessidade e no dever. Deveria surgir de um relacionamento baseado em
amor.O termo bíblico “amar”, entretanto, tem uma conotação muito mais profundi]
Osélãs usa o verbo para expressar a afeição de Javé por Israel, fazendo uso de
poderosas metáforas, extraídas da vida dotnéstica, do relacionamento entre
marido e esposa (Os 3: 1) e do relacionamento entre pai é filho (Os 11:1). A
extensão do amor do homem a Deus deveria ser total. Israel deveria amar a Deus
com todo o seu ser.Este é o primeiro e o
grande mandamento da lei de Deus: que o amemos e que cumpramos cada parte
de nosso dever para com Ele, a partir de um princípio de amor. "Dá-me,
filho meu, o teu coração". Devemos amar a Deus com todo o nosso coração,
com toda a nossa alma, e com todas as nossas forças. Isto é:
1. Com um amor sincero, que não seja somente de palavra, nem
de língua, mas interiormente, em verdade.
2. Com um forte amor. AquEle que é tudo para nós deve ser o
dono de todo o nosso ser, e ninguém mais além dEle.
3. Com um amor superlativo. Devemos amar a Deus acima de toda
a criatura, e não amar algo, a não ser o que amemos por meio dEle.
4. Com um amor inteligente. Amá-lo com todo o nosso coração,
e com toda a nossa inteligência requer que vejamos uma boa causa para amá-lo.
5. Com um amor inteiro. Ele é Único, e o nosso coração deve
estar unido neste amor. Ó, que este amor de Deus possa ser derramado nos nossos
corações!
Dt 6:6 E estas palavras, que hoje te ordeno,
estarão no teu coração;
6.6. A necessidade de ter a lei de Deus no teu coração ao invés deem simples tábuas de pedra é aqui apresentada (cf. 11: 18; Jr
31: 33). A comparação com o Novo Testamento é interessante. O teste do amor de um
indivíduo ao Senhor Jesus Cristo é a observância de Seus mandamentos; “aquele
que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama” (Jo 14: 21; cf. 1
Jo 5: 2). Tais passagens mostram que a obediência ao mandamento é um sub-produto
do amor. À objeção de que o amor não pode ser ordenado (5) mas tem que ser espontâneo,
deve-se dar a resposta de que o amor flui da gratidão e da devoção. Amor é uma
expressão de lealdade. O homem que ama alegremente ama com todo o seu ser. A presente
injunção foi feita para deixar claro a Israel qual era o caráter de seu
relacionamento com Javé, seu Senhor. Qualquer coisâ menos que absoluta devoção
e lealdade levaria a uma lealdade dividida, que teria sido impossível. A ordem
do amor não pode ser interpretada como prova de que o amor seja menos que
espontâneo, mas como prova de que apenas um amor que não é dividido pode ser chamado
amor em seu sentido mais verdadeiro.
Dt 6:7 E as ensinarás a teus filhos e delas falarás
assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te.
Dt 6:8 Também as atarás por sinal na tua mão, e te
serão por frontais entre os teus olhos.
Dt 6:9 E as escreverás nos umbrais de tua casa, e
nas tuas portas.
6.7-9. Quando um homem ama a Deus de maneira total, obedece alegremente
às Suas palavras que estão gravadas no coração. A exigência
do
amor a Deus implica em todas as outras, e a disposição de
amar a Deus
abrange tanto a disposição de obedecer os Seus mandamentos
quanto a
disposição de comunicar tais mandamentos às gerações
seguintes, de modo
a preservar uma atitude de amor e obediência entre o povo de
Deus em
todas as épocas (7a, 20ss.). O livro de Deuteronômio dá
importância especial
à tarefa de ensinar a família (4: 9b; 6: 20-25; 11: 19). As
exigências
da aliança de Javé devem ser o assunto da conversa a todo o
tempo,
em casa, no caminho, de noite e de dia. Israel deve
ensiná-las diligentemente,
falar delas constantemente, atá-las como sinal em várias
partes do
corpo, e escrevê-las. O amor de Deus e as exigências de Sua
aliança deveriam
ser o interesse central e absorvente de toda a vida do homem.
Dt 6:10 Quando, pois, o SENHOR teu Deus te
introduzir na terra que jurou a teus pais, Abraão, Isaque e Jacó, que te daria,
com grandes e boas cidades, que tu não edificaste,
Dt 6:11 E casas cheias de todo o bem, que tu não
encheste, e poços cavados, que tu não cavaste, vinhas e olivais, que tu não
plantaste, e comeres, e te fartares,
Dt 6:12 Guarda-te, que não te esqueças do SENHOR,
que te tirou da terra do Egito, da casa da servidão.
Dt 6:13 O SENHOR teu Deus temerás e a ele servirás,
e pelo seu nome jurarás.
6.10-13. Em várias passagens de Deuteronômio enfatiza-se o fato de que uma civilização agrária estabelecida aguardava Israel
quando de sua chegada à terra prometida. Tudo aquilo seria seu sem qualquer esforço
de sua parte. Numa terra de pouca irrigação natural, com uma longa estação
seca, as reservas de água eram essenciais à vida. Israel, entretanto, já
encontraria cisternas cavadas, vinhas e olivais florescendo, cidades e casas
construídas, tudo esperando apenas que os israelitas viessem tomar posse (cf.
8:7-11; 11: 13-17; 26: 10; 32: 14). Devotar-se a tais tesouros terrenos e
esquecer que eram a dádiva do amor de Deus e o cumprimento de Sua promessa aos
patriarcas (10) era uma forte tentação para os israelitas. Por isso, Israel não
deveria esquecer Javé e seus grandes atos de livramento que haviam resgatado
seus antepassados da escravidão do Egito (12). Antes, suas vidas deveriam ser
caracterizadas por um santo temor ou reverência — que é a raiz da obediência e
a base de atitudes corretas na vida, por um serviço leal surgido dessa
reverência, e por fazer de Javé o penhor de sua integridade e honestidade em todas
as suas atividades, fazendo votos somente em Seu nome. A história posterior de
Israel é cheia de inexemplo, durante os prósperos anos do oitavo século AC,
Deus era honrado apenas por cerimônias exteriores; as questões mais importantes
de Sua lei eram esquecidas (Am 5:4, 5, 14; 6:1, 4-6; Os 2:5, 8;Is 1:4, 21-23). Numerosos
exemplos poderiam ainda ser colhidos na história do povo de Israel e na
história da Igreja cristã. Em nossos dias, o nominalismo da igreja na afluente
sociedade ocidental dá testemunho eloqüente do fato de que em seus dias de
prosperidade a Igreja se esquece de Deus.
Dt 6:14 Não seguireis outros deuses, os deuses dos
povos que houver ao redor de vós;
6.14. A tragédia do esquecimento é que Israel viria a se voltar para os deuses das nações vizinhas que, na verdade, nem
deuses eram. Eram divindades da natureza e da fertilidade, cujas exigências
morais normais nem de longe se podiam comparar com as severas exigências éticas
impostas por Javé.
Dt 6:15 Porque o SENHOR teu Deus é um Deus zeloso
no meio de ti, para que a ira do SENHOR teu Deus se não acenda contra ti e te
destrua de sobre a face da terra.
6.15. Negligenciar deliberadamente a Javé era equivalente a um desafio ao grande e soberano Senhor de toda a vida. No terreno secular
um vassalo rebelde era castigado por seu suserano. No terreno em que Javé reinava,
“maldições” sobrevinham àquele que quebrava a aliança. Javé, que era um Deus
zeloso (cf. 5: 9), visitaria Seu povo em juízo. A presença de Javé entre seu
povo era um estímulo à boa conduta e oferecia um forte incentivo a que Israel
andasse em Seus caminhos.
Dt 6:16 Não tentareis o SENHOR vosso Deus, como o
tentastes em Massá;
6.16. O incidente em Massá (Êx 17:1-7), no qual Israel tentou a Deus é agora recordado como outra advertência. Tentar a Deus é impor condições
a Ele e fazer de Sua resposta à exigência do povo na hora da crise a condição
para que Israel continuasse a segui-10. No deserto, quando o povo precisou de
água, os israelitas propuseram a Moisés que o aparecimento de água fosse um
teste para determinar se Javé estava ou não em seu meio (Ex 17: 7). Tal ato,
entretanto, é uma impertinência e é oposto à fé, pois recusa os sinais
oferecidos por Deus e propõe em seu lugar sinais que sejam aceitáveis aos
homens. Ao duvidarem da soberania de Deus na hora da crise ou da necessidade,
os israelitas procuraram tomar a iniciativa e obrigar Deus a dar provas de Si próprio
diante deles por meio de feitos espetaculares que eles mesmos houvessem
proposto (cf. 1: 19- 46). Em seus dias, Jesus recusou-Se a oferecer sinais aos
escribas e fariseus (Mt 12:38, 39; 16: 1-4; Mc 8: 11, 12;Lc 11: 16, 29, 30; cf
1 Co 1:22).Não tentarás o Senhor. Cf. Sl
95.8, 9 e Hb 3.15. Israel não devia ser presunçoso ao ponto de submeter
Deus a um teste, buscando prova de Sua presença e poder. Devemos confiar na
suficiência de Sua Palavra.
Dt 6:17 Diligentemente guardareis os mandamentos do
SENHOR vosso Deus, como também os seus testemunhos, e seus estatutos, que te
tem mandado.
Dt 6:18 E farás o que é reto e bom aos olhos do
SENHOR, para que bem te suceda, e entres, e possuas a boa terra, a qual o
SENHOR jurou dar a teus pais.
Dt 6:19 Para que lance fora a todos os teus
inimigos de diante de ti, como o SENHOR tem falado.
6.17-19. Mais uma vez Israel é exortado a guardar diligentemente as estipulações da aliança, e a fazer aquilo que é reto
aos olhos de Javé (17, 18a). Mais uma vez as bênçãos decorrentes da obediência
são mencionadas; prosperidade, posse da terra e expulsão de todos os seus
inimigos (18b, 19; cf. Êx 23:27-32).Aqui estão os meios para mantermos e
guardarmos a fé em nosso coração e em nosso lugar.
1. Meditar na Palavra de Deus. Devemos colocar a Palavra de
Deus em nosso coração, para que os nossos pensamentos estejam diariamente
ocupados nela.
2. A educação religiosa das nossas crianças. Devemos repetir
os ensinos com freqüência. Sede cuidadosos e precisos no ensino aos vossos
filhos. Devemos ensinar estas coisas a todos os que estiverem, de alguma
maneira, sob o nosso cuidado.
3. Linguagem piedosa. Devemos falar destes assuntos com a
devida reverência e seriedade, para benefício não somente de nossos filhos, mas
também dos nossos servos, amigos e colegas. Devemos aproveitar todas as
ocasiões para discorrer com os que nos rodeiam, não assuntos duvidosos e
discutíveis; porém, a clara verdade e a lei de Deus, e o que corresponde à
nossa paz.
4. A leitura freqüente da Palavra de Deus. Deus mandou que o
seu povo escrevesse as palavras da lei em suas paredes, e em rolos de
pergaminho que deveriam levar pendurados em seus punhos. Esta era uma obrigação
que deveria ser cumprida ao pé da letra pelos judeus, assim como é o plano para
nós, a saber, que por todos os meios devemos nos familiarizar com a Palavra de
Deus, para que a utilizemos em todas as ocasiões, para nos prevenirmos contra o
pecado, e sermos guiados em nosso dever. Jamais devemos nos envergonhar de
nossa religião, nem de nos reconhecermos como sob o seu controle e governo.
Dt 6:20 Quando teu filho te perguntar no futuro,
dizendo: Que significam os testemunhos, e estatutos e juízos que o SENHOR nosso
Deus vos ordenou?
6.20 Que significam os testemunhos… A Palavra de Deus é
válida para cada geração. Nossa responsabilidade é compreender a Sua palavra
para que possamos prestar adoração e serviço inteligente, a fim de transmitir a
outros essa grande herança.Quando teu
filho . . . te perguntar. Importantíssimo ao bem-estar da teocracia seria a
educação fiel dos filhos dentro da mensagem das ações e propósitos redentores
de Deus para o Seu povo.
Dt 6:21 Então dirás a teu filho: Éramos servos de
Faraó no Egito; porém o SENHOR, com mão forte, nos tirou do Egito;
Dt 6:22 E o SENHOR, aos nossos olhos, fez sinais e
maravilhas, grandes e terríveis, contra o Egito, contra Faraó e toda sua casa;
Dt 6:23 E dali nos tirou, para nos levar, e nos dar
a terra que jurara a nossos pais.
Dt 6:24 E o SENHOR nos ordenou que cumpríssemos
todos estes estatutos, que temêssemos ao SENHOR nosso Deus, para o nosso
perpétuo bem, para nos guardar em vida, como no dia de hoje.
6.21-24. A resposta apropriada à pergunta dos filhos seria recitar a narrativa da atividade redentora de Deus na
libertação dos antepassados da escravidão no Egito. A crença de Israel em Deus
era expressa, assim, não em termos de uma formulação abstrata, mas em termos da
atividade dinâmica de Deus. Mesmo as crianças poderiam entender aquela
história, pois seu conteúdo era simples: escravidão no Egito (21a), os atos
milagrosos de Deus contra Faraó e o Egito, pelos quais Israel foi liberto (21b,
22), a direção cuidadosa e segura de Deus desde o Egito até à terra prometida (23)
e finalmente a chegada à terra que Javé jurara dar a seus pais. Este recitativo
tem íntima semelhança com outras confissões de fé no Velho Testamento (26: 5-9;
Js 24: 2-13).Sem dúvida os freqüentes recitativos dessa narrativa deram origem
a uma formulação litúrgica. Foi à luz de tais atos de livramento que Javé pôde
convidar Israel a entrar em aliança consigo e a impor sobre a nação, para seu
próprio bem, as obrigações da aliança que Israel presentemente observava e que
o distinguia de seus vizinhos. Tudo isto seria objeto de inquirição por
sucessivas gerações de filhos israelitas. Os mandamentos deveriam ser não um
peso a ser carregado mas a provisão graciosa de um guia para uma vida feliz,
feita por um Soberano benevolente. Assim Javé preservaria a existência de
Israel.
Dt 6:25 E será para nós justiça, quando tivermos
cuidado de cumprir todos estes mandamentos perante o SENHOR nosso Deus, como
nos tem ordenado.
6.25 Será por nós justiça. A lei desvenda o padrão de conduta que é justiça perante Deus. Justiça, heb tsdhãqâh, é uma das
palavras-chaves do Antigo Testamento. Significa tudo aquilo que é reto, justo e
verdadeiro, resumindo num "juízo de justiça" (16.18) ou "num
peso inteiro e justo" (25.15), cf. Pv 24.15; 25.5n.
1) O tipo de amor que
Deus quer (5): 1) Um amor que envolve a todo o nosso ser (coração, alma);
2) Um amor que se entrega inteiramente (todo, toda, tudo); 3) Um amor que é
ativo (a tua força).2) Tornando a
Palavra de Deus de valor prático: 1) Em nossas vidas pessoais (6); 2) Na
instrução de nossos filhos (7a); 3) Em nossa conduta diária (7b).3) Permanecendo fiel a Deus em tempos
de prosperidade. 1) O perigo da infidelidade (12; cf. cap. 8, N. Hom.); 2) A
evidência da fidelidade (13, 14). Reverência (temerás). Serviço (servirás).
Testemunho jurarás). Lealdade (não seguirás outros deuses); 3) O motivo da
fidelidade (15). 4) Fazer uma aplicação espiritual da tríplice declaração de
6.23. Justiça (25). A palavra
hebraica sedheqh é uma das mais importantes do Velho
Testamento e só à luz de Rm 3.21-26 e Fp 3.6-9 poderá ser estudada em conexão
com a doutrina da justificação. Significa tudo aquilo que é reto, justo e
verdadeiro, resumindo num "juízo de justiça" (16.18) ou "num
peso inteiro e justo" (25.15). Como Deus é justo (32.4), "santa é a
Sua lei, santo, justo e bom o Seu mandamento" (Rm 7.12).
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