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quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

LIÇÃO 05 - UM INIMIGO QUE PRECISA SER RESISTIDO



SUBSIDIO COMPLEMENTAR ELABORADO PELO EVANGELISTA NATALINO ALVES DOS ANSJOS - MEMBRO DA IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS(MISSÃO) DE COTEGIPE - BAHIA.

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD  -  ADULTOS
 1º Trimestre de 2019

Título: Batalha Espiritual — O povo de Deus e a guerra contra as potestades do mal
Comentarista: Esequias Soares

 Lição 5: Um inimigo que precisa ser resistido
Data: 03 de Fevereiro de 2019


TEXTO ÁUREO
 “Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7).


VERDADE PRÁTICA
O Senhor Jesus provou na tentação do deserto que o Diabo não é invencível.


LEITURA DIÁRIA
Segunda — Sl 37.8
Quem resiste ao mal abandona a ira
Terça — Pv 6.16-19
As sete coisas às quais devemos resistir porque Deus as aborrece
Quarta — Ef 4.27
Resistir ao Diabo é não dar lugar a ele
Quinta — Ef 6.13
Temos a armadura de Deus para resistir no dia mau
Sexta — 1Pe 5.9
A resistência ao Diabo e ao pecado deve ser firme na fé em Jesus
Sábado — Ap 12.11
Os vencedores são os que resistem ao mal pelo sangue do Cordeiro


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
 Tiago 4.1-10.
1 — Donde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura, não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?

2 — Cobiçais e nada tendes; sois invejosos e cobiçosos e não podeis alcançar; combateis e guerreais e nada tendes, porque não pedis.

3 — Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.

4 — Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.

5 — Ou cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes?

6 — Antes, dá maior graça. Portanto, diz: Deus resiste aos soberbos, dá, porém, graça aos humildes.

7 — Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.

8 — Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Limpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai o coração.

9 — Senti as vossas misérias, e lamentai, e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo, em tristeza.

10 — Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará.



HINOS SUGERIDOS
157, 323 e 491 da Harpa Cristã.


OBJETIVO GERAL
Estabelecer a perspectiva bíblica de resistência ao Diabo.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Falar a respeito dos destinatários, conteúdo e tema da epístola;
II. Refletir a respeito dos deleites da vida;
III. Conscientizar que devemos resistir o Inimigo.


INTERAGINDO COM O PROFESSOR
 Para a lição desta semana é imprescindível o estudo sobre a epístola de Tiago. Vamos estudar acerca da resistência que devemos ter contra o Maligno. O texto em análise na presente lição é Tiago 4.1-10, uma seção bíblica que trata do tema de santidade. Ou seja, você deve estudar o panorama geral da epístola e o assunto doutrinário de santidade. Nesta seção, veremos que resistir ao Diabo é, na verdade, submeter-se à vontade de Deus, resistindo as tentações da carne que tentam nos impor um estilo mundano de vida. Aqui, Tiago nos faz um chamado à santidade!

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
Essa seção da epístola de Tiago é, em outras palavras, um chamado à santidade. A carta é dirigida aos cristãos do primeiro momento da história sagrada. Tiago mostra que resistir ao Diabo já era um bom começo. A presente lição esclarece por que devemos resistir às paixões e mostra ainda que a amizade com o mundo é inimizade contra Deus.

Um bom início de preparação para a aula desta semana é estudar a Carta de Tiago. Assim, é possível compreender bem contexto em que se encontra a seção que nos interessa. Logo, será possível perceber em seus estudos que o contexto da seção versa a respeito do “chamado à santidade”. Esse procedimento é importante porque a ausência dele permite ao movimento moderno de “batalha espiritual” distorcer e forçar tanto o texto bíblico.


 PONTO CENTRAL
O Diabo não é invencível.


 I. A EPÍSTOLA DE TIAGO
A Epístola de Tiago é o escrito mais antigo do Novo Testamento e tem por objetivo evitar desentendimentos entre os discípulos de Cristo. Segundo a maioria dos expositores bíblicos, a sua composição não vai além do ano 45 d.C.

1. Destinatários. A carta foi dirigida especificamente aos primeiros cristãos dispersos, de origem judaica, pelo vasto império romano (Tg 1.1); e, de maneira geral, a todos os crentes em Jesus em todos os lugares e em todas as épocas. Trata-se de um livro prático, muito próximo do Sermão do Monte proferido por Jesus em Mateus 5 a 7 e importantíssimo para a conduta do cristão.

2. Conteúdo. O conteúdo da epístola parece confirmar essa antiguidade, isso pelos aspectos cristológicos praticamente ausentes. O nome de Jesus só aparece duas vezes nos seus cinco capítulos (Tg 1.1; 2.1). Há pouco ensino doutrinário, pois a assembleia dos discípulos era ainda tida como sinagoga: “Porque, se entrar na sinagoga de vocês um homem” (Tg 2.2 — Nova Almeida Atualizada). O termo “igreja” aparece aqui (Tg 5.14), mas o emprego da palavra “sinagoga” como alternativa mostra que Tiago vem de uma época em que os discípulos eram chamados de “o movimento de Jesus”.

3. Tema. Ao separar a fé das obras, a epístola enfatiza o cristianismo prático e nos dá munição para resistir ao Inimigo e ao pecado. Tiago retoma o tema tratado no capítulo anterior sobre a “amarga inveja em sentimento faccioso em vosso coração” (Tg 3.14), próprio de uma sabedoria “terrena, animal e diabólica” (Tg 3.15) e presente na vida daqueles primeiros cristãos. Esses problemas vêm atravessando os séculos e hoje não é diferente, pois o problema da natureza humana permanece o mesmo. O ensino aqui está tratando do caráter cristão que precisa ser afinado com o sentimento de Cristo.


SÍNTESE DO TÓPICO (I)
A carta de Tiago foi dirigida aos primeiros cristãos dispersos no império romano e enfatiza um cristianismo eminentemente prático.


SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
 Para introduzir a lição dessa semana, sugerimos reproduzir o esquema proposto conforme a sua possibilidade e fazer uma exposição geral a respeito da epístola.


 II. OS DELEITES DA VIDA
Tiago emprega aqui uma metáfora que ainda hoje usamos em nossos debates, discussões e conversas sobre dificuldades nas mais diversas áreas da vida.

1. Guerras e pelejas (v.1). Há quem afirme que essas guerras e pelejas sejam uma referência às disputas internas que havia entre os judeus de Jerusalém nos levantes contra Roma. A população da Judeia estava dividida nessa época sobre a luta pela libertação do poder romano. Mas não é disso que Tiago está falando aqui. Essas palavras metafóricas são pesadas e mostram o nível das disputas entre os crentes por causas dos deleites, ou seja, os maus desejos interiores (v.2). Não se trata aqui de debates teológicos entre os mestres. A expressão “guerras e pelejas” refere-se às discussões acirradas sobre “o meu e o teu”, e isso é muito grave.

2. Os deleites. Ou maus desejos que eram a motivação dessas pelejas: “dos vossos deleites” (v.1). O termo “deleites” (vv.,3) é hedoné que aparece cinco vezes no Novo Testamento para descrever deleites ou prazeres ilícitos (Lc 8.14; Tt 3.3; Tg 4.1,3; 2Pe 2.13). Originalmente significava o prazer experimentado pelo sentido do paladar, posteriormente por meio dos outros sentidos e da mente; no período helenista, o conceito se restringiu ao significado de “gozo sensual, deleite sexual”. É a procura indiscriminada do prazer. O hedonismo permeia o pensamento pós-moderno. Hoje, qualquer esforço disciplinado ou o mínimo de sacrifício para se atingir um objetivo são tratados com profundo desgosto.

3. Cobiçosos e invejosos (v.2). A versão bíblica ARC (Almeida Revista e Corrigida) omite aqui o verbo “matar” que consta do texto grego: “Vocês cobiçam e nada têm; matam e sentem inveja” (Nova Almeida Atualizada). Esse homicídio não é literal; diz respeito ao ódio, que é como homicídio aos olhos de Deus (Mt 5.21,22; 1Jo 3.15). A cobiça é o desejo excessivo de possuir o que pertence ao outro, e a inveja é um sentimento de tristeza e pesar pela alegria, felicidade e sucesso de outra pessoa. O cristão deve se contentar com o que tem (Lc 3.14; Fp 4.12; Hb 13.5). Cabe aqui ressaltar que esse ensino não é uma apologia à pobreza e à miséria, pois não é pecado desejar e buscar, de maneira lícita, tudo o que é útil à vida, desde que os nossos desejos sejam afinados com os de Deus.

4. Adúlteros e adúlteras (v.4). Tiago continua a linguagem metafórica usada desde o Antigo Testamento para descrever a apostasia de Israel e sua infidelidade a Javé, seu Deus. A infidelidade a Deus é em si mesma um adultério espiritual. Tiago especifica que se trata de um assunto que envolve homens e mulheres. Assim como a intimidade, o amor, a beleza, o gozo e a reciprocidade que o casamento proporciona fazem dele o símbolo da união e do relacionamento entre Cristo e a sua Igreja (2Co 11.2; Ef 5.31-33; Ap 19.7). A antítese segue nessa mesma linha de pensamento, pois de igual modo a infidelidade de Israel, da Igreja ou de um cristão é chamada na Bíblia de adultério espiritual, ou prostituição e fornicação espiritual (Jr 3.8; Ez 16.32; Ap 2.20).


SÍNTESE DO TÓPICO (II)
As guerras e as pelejas, conforme semanticamente expostas, são consequências dos desejos por deleites da vida. A cobiça, a inveja e o adultério são frutos disso.


SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO
 Para contrapor a ideia de vida egoísta e de pecado, leve em conta este belíssimo texto doutrinário sobre o ensino de John Wesley: “[…] Wesley incita os cristãos no caminho da perfeição completa para empreender obras de misericórdia e de piedade. Ele observa: ‘É por meio da paciente continuação em fazer o bem, em usar toda a graça que já lhe foi concedida, que você deve buscar o dom completo de Deus, a completa renovação de sua alma, a completa libertação do pecado’. Em termos de obras de misericórdia em particular, os crentes devem servir os pobres com vigor e sacrifício diligente, ministrando acerca de suas necessidades materiais e espirituais. Na verdade, em 1748, Wesley escreve que as pessoas engajadas em ministrar aos oprimidos ‘fazem o bem o máximo que podem, até mesmo para o corpo dos homens’. Mas, a seguir, indicando sua preferência por um ministério global, ele acrescenta: ‘Muito mais ele se regozijará se puder fazer algum bem para a alma de algum homem’. E dois anos depois, Wesley continua esse tema em seu sermão […] (Sobre o Sermão do Monte de nosso Senhor, Décimo Terceiro Discurso) em que escreve: ‘Além de tudo isso, você é zeloso com as boas obras? Você, quando tem tempo, faz o bem a todos os homens? Você alimenta o faminto, e veste o nu, e visita o órfão e viúva em sua aflição? Você visita os que estão doentes? Ajuda o que está preso? Você acolhe o estrangeiro? Amigo, suba mais alto. […] Ele capacita-o a trazer os pecadores das trevas para a luz, do poder de Satanás para o de Deus’” (COLLINS, Kenneth. Teologia de John Wesley: O Amor Santo e a Forma da Graça. RJ: CPAD, 2010, pp.372-73).



CONHEÇA MAIS
 Hedoné — Hedonismo

“[Do gr. hedoné; do lat. hedonismus ] Doutrina filosófica da época pós-socrática, segundo a qual o prazer individual e imediato é o supremo bem da vida humana”. Leia mais em Dicionário Teológico, CPAD, p.173.



III. RESISTINDO AO INIMIGO
A ideia de Tiago, ao concluir essa seção da epístola, é a mesma exortação que fez o apóstolo Pedro, inspirado por Levítico 11.44; 19.2; 20.7: “mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver, porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo” (1Pe 1.15,16).

1. Tiago apresenta a receita para resistir ao Inimigo. Ele mostra que o Espírito Santo está em nós (v.5), o que é confirmado em outras partes do Novo Testamento (1Co 3.16; 6.19; Ef 2.22). Na verdade, o cristianismo é a única religião do planeta que tem o Espírito Santo (Jo 14.16,17). Assim, o Espírito Santo em nós não quer um coração dividido: “É com ciúme que por nós anseia o espírito, que ele fez habitar em nós?” (v.5, Nova Almeida Atualizada ). Essa vantagem nos permite viver uma vida santa e resistir ao Inimigo. Nisso temos a ajuda de Deus, que “resiste aos soberbos, dá, porém, graça aos humildes” (v.6).

2. A submissão a Deus. Essa submissão e humildade a Deus é descrita de várias maneiras, como “resistir ao diabo” (v.7) e se aproximar de Deus; limpar as mãos, “vós de duplo ânimo” (v.8). O duplo ânimo diz respeito aos crentes indecisos e divididos em suas decisões entre Deus e o mundo (Tg 1.8). Jesus disse que ninguém pode servir a dois senhores (Mt 6.24). As mãos são instrumentos das ações e o símbolo de toda a conduta. Para que elas sejam limpas, é necessário primeiro um coração purificado (Sl 24.4; 1Pe 1.22).

3. Os lamentos e os resultados. Tiago continua com as suas exortações: sentir as nossas misérias, lamentar, chorar, substituir o riso pelos lamentos, sentir angústia e nos humilhar diante de Deus (v.9). Essas exortações resultam em bênçãos, entre elas, a de que o Diabo fugirá de nós, e o Senhor nos “exaltará” (v.10). Trata-se de uma vitória completa em Cristo.


SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Para resistirmos o Inimigo, precisamos submeter-nos a Deus.


SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
 Para concluir a lição desta semana, sugerimos uma reflexão com os alunos acerca do “ser cristão”. Ora, ser cristão é submeter-se inteiramente a Cristo. Mas o que isso significa na prática? Faça essa reflexão a partir deste texto da espiritualidade clássica pentecostal: “O segredo do Cristianismo está em ser. Está em ser possuidor da natureza de Jesus Cristo. Em outras palavras está em ser: Cristo em caráter; Cristo em demonstração; Cristo em poder de transmissão. Quando o indivíduo se entrega ao Senhor e se torna filho de Deus, ele passa a ser como um cristo-homem — um cristão. Tudo o que a pessoa faz e diz dali em diante deve ser a vontade, as palavras e as obras de Jesus, da mesma maneira como Jesus falou e fez absoluta e completamente a vontade do Pai” (LAKE, John G. Devocional. Série: Clássicos do Movimento Pentecostal. RJ: CPAD, 2003, pp.43-44).



CONCLUSÃO
Tiago relaciona uma série de exortações que, se praticadas em conjunto, resultarão na completa resistência ao Inimigo de nossa alma. O que Deus espera de nós é que sejamos santos como Ele é santo. Resistir ao Inimigo, no contexto de Tiago, resume-se em que cada um de nós sujeitemos-nos à vontade de Deus e cheguemos-nos a Ele; e devemos ainda purificar as mãos e limpar o coração. É essa dependência de Deus que nos leva à vitória em Cristo.


PARA REFLETIR
 A respeito de “Um inimigo que precisa ser resistido” responda:

 O que mostra a palavra “sinagoga” em Tiago 2.2?

O emprego da palavra “sinagoga” como alternativa mostra que Tiago vem de uma época em que os discípulos eram chamados de “o movimento de Jesus”.

 A que se refere a expressão “guerras e pelejas”?

A expressão “guerras e pelejas” se refere às discussões acirradas sobre “o meu e o teu”.

 O que só o cristianismo tem e que fez dele a única religião do planeta com tal característica?

Na verdade, o cristianismo é a única religião do planeta que tem o Espírito Santo (Jo 14.16,17).



O que significa a expressão “duplo ânimo” (Tg 4.8)?

O duplo ânimo diz respeito aos crentes indecisos e divididos em suas decisões entre Deus e o mundo (Tg 1.8).

 Quais as bênçãos resultantes das exortações de Tiago?

Essas exortações resultam em bênçãos, entre elas a de que o Diabo fugirá de nós, e o Senhor nos “exaltará” (v.10).



SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
 Um inimigo que precisa ser resistido

Prezado professor, prezada professora, um bom início de preparação para a aula desta semana é estudar a carta de Tiago. Assim, é possível compreender bem o contexto em que se encontra a seção que nos interessa na lição. Logo, será possível perceber em seus estudos que o contexto da seção exposta na lição versa a respeito do “chamado à santidade”. Esse procedimento é importante porque a ausência dele é que permite o movimento moderno de “batalha espiritual” distorcer ou forçar tanto o texto bíblico.



Sobre a epístola de Tiago

No primeiro tópico da lição, o comentarista faz uma breve introdução sobre a carta. Ele passa pelos destinatários, destaca os principais conteúdos da epístola e se concentra no tema da carta. O comentarista mostra como se trata um tema atual com seriedade bíblica. Ora, não se pode versar sobre uma seção bíblica, ou um assunto bíblico, sem dar-lhe atenção de acordo com o devido contexto. Quando buscamos o que o texto bíblico quis dizer exatamente aos nossos primeiros irmãos, os leitores originais de Tiago, nós temos maior garantia de não cometer injustiças com o texto da Bíblia.



Sobre os “deleites da vida”

O segundo tópico trabalha o tema dos deleites da vida, passando pelos quatro primeiros versículos do capítulo 4. Os temas que Tiago emprega nos versículos 1 a 4 são “guerras e pelejas”, “os deleites da vida”, “cobiça e inveja”, “adultérios”. Aqui, nestes primeiros versículos, o escritor da epístola prepara a plataforma para o convite de resistência do crente.



Sobre resistir o inimigo

O terceiro tópico trata da resistência do crente. Este só pode resistir ao Diabo porque o Espírito Santo lhe habita. Fica claro na epístola que quando resistimos os instintos mais primitivos de nossa natureza humana, tal como a disposição para a contenda, para os prazeres, para a cobiça e inveja, para o adultérios, com o auxílio do Espírito Santo, então, resistimos o Diabo. Com uma vida de santidade perseverante no Senhor, as tentações impostas pelo Diabo fugirão de nós. A vida cristã precisa ser vivida em santidade, com o auxílio do Espírito Santo. O Diabo, nosso adversário, tentará nos desestabilizar. Mas se lhe resistirmos em Cristo, na força do Espírito Santo, ele fugirá. Quem perseverar, em Cristo, resistirá o Diabo. Quem resistir, em Cristo, vencerá o Diabo.



SUBSIDIO COMPLEMENTAR

TIAGO  4.1 DONDE VÊM AS GUERRAS E PELEJAS ENTRE VÓS? A origem principal das contendas e conflitos na igreja concentra-se no desejo de reconhecimento, honrarias, glória, poder, prazer, dinheiro e superioridade. A satisfação dos desejos egoístas torna-se mais importante do que a retidão e a vontade de Deus (cf. Mc 4.19; Lc 8.14; Gl 5.16-20). Quando isso ocorre, surgem conflitos egocêntricos na congregação. Os causadores dessa situação demonstram que não têm o Espírito e que estão fora do reino de Deus (Gl 5.19-21; Jd. 16-19).

TIAGO  4.2 GUERREAIS. Esta palavra pode ser usada aqui figuradamente no sentido de odiar (cf. Mt 5.21,22).

TIAGO  4.3 PEDIS E NÃO RECEBEIS. Deus deixa de responder as orações dos que amam os prazeres e que desejam honra, poder e riquezas (ver v.1 nota). Todos devemos tomar consciência disso, porque Deus não ouvirá as nossas orações se tivermos o coração cheio de desejos egoístas. As Escrituras nos dizem que Deus aceita somente as orações dos justos (Sl 34.13-15; 66.18,19), daqueles que o invocam em verdade (Sl 145.18), dos genuinamente arrependidos e humildes (Lc 18.14) e daqueles que pedem segundo a sua vontade (1 Jo 5.14)

TIAGO  4.4 AMIZADE DO MUNDO É INIMIZADE CONTRA DEUS? "A amizade do mundo" é adultério espiritual, i.e., infidelidade a Deus e ao nosso compromisso de dedicação a Ele (1 Jo 2.15-17; cf. Is 54.5; Jr 3.20). Significa acatar os pecados, os valores e os prazeres malignos do mundo. Deus não aceitará semelhante amizade (Mt 6.24), porque é um Deus zeloso (Êx 20.5; Dt 5.9). Um exemplo de amizade desse tipo é a participação do crente em sociedades secretas (i.e., a filiação a lojas maçônicas) que exigem juramentos, ritos e práticas religiosas antibíblicos e comunhão com incrédulos, coisas essas que estão proibidas na Palavra de Deus (Mt 5.33-37; 2 Co 6.14). O crente não pode pertencer a tais sociedades sem transigir com a doutrina cristã (2 Pe 3.16), com os padrões divinos, com o princípio bíblico da separação do mundo (2 Co 6.17,18) e com sua lealdade a Cristo (Mt 6.24)

TIAGO  4.5 O ESPÍRITO QUE EM NÓS HABITA. A construção do versículo 5, em grego, não é muito clara. Pode significar que a tendência natural do espírito humano é opor-se a Deus e ao próximo e desejar os prazeres pecaminosos do mundo (v. 4). Porém, essa tendência pode ser alterada pela graça de Deus pois alcança todos aqueles que humildemente aceitam a salvação em Cristo (v. 6).

TIAGO  4.6 DEUS RESISTE AOS SOBERBOS. Deve ficar gravado em nossos corações e mentes o quanto Deus aborrece o orgulho. O orgulho em nossas vidas faz Deus rejeitar nossas orações e reter sua presença e graça para conosco. O exaltado em si mesmo, que busca a honra e a estima dos outros a fim de satisfazer o seu orgulho, afasta de si a ajuda de Deus. Mas para aqueles que com humildade se chegam a Deus, Ele lhes dá abundância de graça, de misericórdia e de ajuda em todas as situações da vida (ver Fp 2.3; Hb 4.16; 7.25).

TIAGO  4.8 CHEGAI-VOS A DEUS. Deus promete estar perto de todos que se afastam do pecado, que purificam os seus corações e que o invocam verdadeiramente arrependidos. A comunhão com Deus trará sua presença, graça, bênçãos e amor.

TIAGO  4.11 NÃO FALEIS MAL UNS DOS OUTROS. É desprezar a lei divina do amor em relação a uma pessoa que está sendo acusada de algo:
(1) não procurar conhecer os detalhes da situação;
(2) não falar com a própria pessoa que está sendo acusada; e
(3) difamar essa pessoa.

TIAGO  4.15 SE O SENHOR QUISER. Os crentes, ao estabelecerem alvos e planos para o futuro, sempre devem buscar a Deus e a sua vontade. Não devem agir como o rico insensato (Lc 12.16-21); pelo contrário, devemos reconhecer que a verdadeira felicidade e uma vida de beneficência dependem totalmente de Deus. O princípio pelo qual devemos viver deve ser: "Se o Senhor quiser". Se for sincera a nossa oração "Faça-se a tua vontade" (Mt 26.42), estejamos certos de que nosso presente e futuro estarão aos cuidados protetores do nosso Pai celestial (cf. At 18.21; 1 Co 4.19; 16.7; Hb 6.3).

TIAGO  4.16 PRESUNÇÕES. Quando a pessoa atinge alvos estabelecidos, a sua tendência é gloriar-se. Esta jactância vem da falsa suposição de que tudo quanto realizamos é produto do nosso próprio esforço e não da ajuda de Deus e do próximo. O NT nos exorta a gloriar-nos em nossas fraquezas e na dependência de Deus (2 Co 11.30; 12.5,9).



EFESIOS  6.11 A ARMADURA DE DEUS. O cristão está engajado num conflito espiritual com o mal. Esse conflito é descrito como o combate da fé (2 Co 10.4; 1 Tm 1.18,19; 6.12), que continua até o crente galgar a vida do porvir (2 Tm 4.7,8; ver Gl 5.17).
(1) A vitória do crente foi obtida pelo próprio Cristo, mediante a sua morte na cruz. Jesus travou uma batalha triunfante contra Satanás, desarmou as potências e potestades malignas (Cl 2.15; cf. Mt 12.28,29; Lc 10.18; Jo 12.31), levou os cativos com Ele (4.8) e redimiu o crente do domínio do maligno (1.7; At 26.18; Rm 3.24; Cl 1.13,14).

(2) No presente, o cristão está empenhado numa guerra espiritual que ele trava, mediante o poder do Espírito Santo (Rm 8.13), (a) contra os desejos corruptos dentro de si mesmo (1 Pe 2.11; ver Gl 5.17 nota), (b) contra os prazeres ímpios do mundo e todos os tipos de tentações (Mt 13.22; Gl 1.4; Tg 1.14,15; 1 Jo 2.16), e (c) contra Satanás e suas forças (ver 6.12 nota). O crente é conclamado a se separar do presente sistema mundano, repudiando os seus males (cf. Hb 1.9; ), vencendo suas tentações e morrendo para elas (Gl 6.14; 1 Jo 5.4), e condenando abertamente os seus pecados (cf. Jo 7.7).

(3) A milícia cristã deve guerrear contra todo o mal, não por seu próprio poder (2 Co 10.3), mas com armas espirituais (2 Co 10.4,5; Ef 6.10-18).

(4) Na sua guerra espiritual, o cristão é conclamado a suportar as aflições como bom soldado de Cristo (2 Tm 2.3), sofrer em prol do evangelho (Mt 5.10-12; Rm 8.17; 2 Co 11.23; 2 Tm 1.8), combater o bom combate da fé (1 Tm 6.12; 2 Tm 4.7), guerrear espiritualmente (2 Co 10.3), perseverar (6.18), vencer (Rm 8.37), ser vitorioso (1 Co 15.57), triunfar (2 Co 2.14), defender o evangelho (Fp 1.16), combater pela fé (Fp 1.27), não se alarmar ante os que resistem (Fp 1.28), vestir toda a armadura de Deus (6.11), ficar firme (v.v. 13,14), destruir as fortalezas de Satanás (2 Co 10.4), levar cativo todo pensamento (2 Co 10.5) e fortalecer-se na guerra contra o mal (Hb 11.34)

EFESIOS  6.12 HOSTES ESPIRITUAIS DA MALDADE. O cristão trava um conflito espiritual contra Satanás e uma multidão de espíritos malignos (ver Mt 4.10 ).
(1) Os poderes das trevas são os governantes espirituais do mundo (Jo 12.31; 14.30; 16.11; 2 Co 4.4; 1 Jo 5.19), que incitam os ímpios (2.2), se opõem à vontade de Deus (Gn 3.1-7; Dn 10.12,13; Mt 13.38,39) e constantemente atacam os crentes (v. 12; 1 Pe 5.8).

(2) É uma vasta multidão (Ap 12.4,7), altamente organizada em forma de império do mal, tendo categorias e ordens (2.2; Jo 14.30)

EFESIOS  6.17 A ESPADA DO ESPÍRITO. A "espada do Espírito, que é a palavra de Deus", é a arma ofensiva do crente, para uso na guerra contra o poder do mal. Por esta razão, Satanás fará todos os esforços possíveis para subverter ou destruir a confiança do crente na Palavra. A igreja precisa defender as Escrituras inspiradas contra o argumento de que ela não é a Palavra de Deus em tudo que ensina. Abandonar a posição e a atitude de Cristo e dos apóstolos para com a Palavra de Deus é destruir seu poder de convencer, corrigir, redimir, curar, expulsar demônios e vencer o mal. Negar sua fidedignidade total, em tudo quanto ela ensina é entregar-nos a Satanás (ver 2 Pe 1.21 nota; cf. Mt 4.1-11).

EFESIOS  6.18 ORANDO... NO ESPÍRITO. A guerra do cristão contra as forças espirituais de Satanás exige dedicação a oração, i.e., orando "no Espírito", "em todo tempo", "com toda oração e súplica", "por todos os santos", "com toda perseverança". A oração não deve ser considerada apenas mais uma arma, mas parte do conflito propriamente dito, onde a vitória é alcançada, mediante a cooperação com o próprio Deus. Deixar de orar diligentemente, sob todas as formas de oração, em todas as situações, é render-se ao inimigo e deixar de lutar (Lc 18.1; Rm 12.12; Fp 4.6; Cl 4.2; 1 Ts 5.17).


FONTES;
MANUAIS BIBLICOS
ENCICLOPÉDIAS BIBLICAS
COMENTÁRIOS BIBLICOS
BIBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL





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