SUBSIDIO COMPLEMENTAR ELABORADO PELO EVANGELISTA NATALINO ALVES DOS ANSJOS - MEMBRO DA IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS(MISSÃO) DE COTEGIPE - BAHIA.
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD
- ADULTOS
1º Trimestre de 2019
Título: Batalha Espiritual — O povo de Deus e a guerra
contra as potestades do mal
Lição 3: A natureza dos demônios — Agentes da maldade no
mundo espiritual
TEXTO ÁUREO
“E foi precipitado
o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo
o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele”
(Ap 12.9).
VERDADE PRÁTICA
Os demônios são os
anjos que se rebelaram contra Deus seguindo o seu maioral, Satanás.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Mt 12.24
Belzebu, o próprio Satanás, é o príncipe dos demônios
Terça — Mt 25.41
Satanás e seus anjos já têm um lugar preparado — o abismo
Quarta — Lc 10.18,19
Satanás é um ser já derrotado
Quinta — At 8.7
Os demônios são identificados como espíritos imundos
Sexta — At 19.12
O Novo Testamento descreve os demônios como espíritos
malignos
Sábado — 1Tm 4.1
O apóstolo Paulo chama os demônios de espíritos
enganadores
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Apocalipse
12.7-10.
7 — E houve batalha no céu: Miguel e os seus anjos
batalhavam contra o dragão; e batalhavam o dragão e os seus anjos,
8 — mas não prevaleceram; nem mais o seu lugar se achou
nos céus.
9 — E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente,
chamada o diabo e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na
terra, e os seus anjos foram lançados com ele.
10 — E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora
chegada está a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu
Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derribado, o qual diante do
nosso Deus os acusava de dia e de noite.
HINOS SUGERIDOS
212, 258 e 305 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Conscientizar de que os demônios são anjos decaídos que
se rebelaram contra Deus e o maioral deles é Satanás.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o
professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao
tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Apresentar a origem dos demônios conforme as
Escrituras;
II. Expor a respeito da batalha no céu;
III. Destacar o maioral dos demônios;
IV. Mostrar o poder de Jesus sobre os demônios.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Uma das
necessidades permanentes do(a) professor(a) da Escola Dominical é realizar um
programa continuado de estudos. Assim, ele estará se atualizando. As áreas de
Teologia Bíblica, História da Igreja, Teologia Sistemática e Métodos Didáticos
são conteúdos básicos para um programa sério de estudos do(a) professor(a) da
Escola Dominical. Ou seja, é importante que o professor e a professora alternem
a leitura de bons livros nessas áreas. Naturalmente, os educadores cristãos
devem conhecer outras áreas do conhecimento também. Entretanto, as disciplinas
mencionadas são a coluna de um programa sério de leitura para o Educador
Cristão.
Nesta semana estudaremos Demonologia, uma matéria da
Teologia Sistemática que, como todo assunto doutrinário, tem elos com a
Teologia Bíblica e a História da Igreja. A partir dessas áreas de conhecimento,
podemos compreender o que as Escrituras dizem sobre o assunto, como os
primeiros cristãos originais entendiam o tema e o processo que resultou a
doutrina que conhecemos hoje. Por isso, o programa de leitura é imprescindível
na vida de quem leva a sério o ministério do magistério cristão. Boa aula!
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A Demonologia é uma parte da Angelologia, a doutrina dos
anjos, porque tanto demônios quanto anjos são criaturas espirituais e
invisíveis. A presente lição pretende mostrar a origem, a natureza e os
objetivos dos demônios e do seu maioral.
PONTO CENTRAL
Satanás e seus demônios se rebelaram contra Deus.
I. ORIGEM DOS
DEMÔNIOS
1. Os anjos caídos e os demônios. Eles são os restantes
dos anjos que seguiram Satanás após a sua rebelião contra Deus (v.9). A
tradição judaica antiga descreve essa queda de maneira mais ampla na literatura
apocalíptica do período interbíblico como os Oráculos Sibilinos e os livros de
Enoque.
2. A expulsão do querubim ungido. A Bíblia diz que
Satanás é o maioral dos demônios (Mt 12.24; 25.41). No princípio, Deus criou o
querubim ungido, perfeito em sabedoria e formosura, o qual era o selo da
simetria (Ez 28.12-15). Ele se rebelou contra Deus e foi expulso do céu (Is
14.12-15). Com sua queda, saíram com ele os anjos que aderiram à rebelião, e
uma parte deles continua em prisão (2Pe 2.4; Jd 6). Apesar de a Bíblia não
fornecer detalhes sobre os demônios, essas passagens bíblicas podem apontar a
sua origem.
3. Os demônios na cultura pagã. Os termos gregos
traduzidos por “demônio” no Novo Testamento são daimonion, “demônio, um deus,
uma divindade”, para designar os deuses pagãos (Dt 32.17); e daimon, “um
espírito mal, demônio”. Os demônios foram posteriormente concebidos como seres
espirituais intermediários bons ou maus, ou seja, os anjos e os espíritos
malignos. A natureza inconsequente desses espíritos os associa com o mal, com
toda a maldade do mundo.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Os demônios são anjos que acompanharam o “querubim
ungido” quando este foi expulso em rebelião contra Deus.
SUBSÍDIO DIDÁTICO—PEDAGÓGICO
Quem são os demônios? O que eles fazem? Essas perguntas
podem ser elaboradas na lousa ou em um slide, ou ainda, em um retroprojetor.
Iniciar a aula fazendo essas perguntas ajuda os alunos a reflexão acerca da
identidade dos espíritos malignos que a Bíblia descreve. O professor, ou a
professora, pode usar esta citação para uma resposta mais elaborada sobre os
anjos caídos: “São os que se rebelaram contra Deus. Eles foram criados por Deus
e eram originalmente bons e, assim como o ser humano, dotados de
livre-arbítrio; porém, sob a direção de Satanás, eles pecaram e rebelaram-se
contra Deus, tornando-se maus. São identificados como ‘espíritos imundos’,
‘espíritos malignos’, ‘demônios’” (Declaração de Fé das Assembleias de Deus.
RJ: CPAD, 2017, p.89).
1. O arcanjo Miguel e o dragão (v.7). Miguel é anjo, o
príncipe dos filhos de Israel, na qualidade de arcanjo, e lidera uma guarnição
angelical (Dn 10.13,21; 12.1; Jd 9). O dragão é identificado com o próprio
Diabo e Satanás, a antiga serpente (v.9), em uma referência à serpente do Éden
(Gn 3.1-4,13-15). Miguel é mais poderoso do que o dragão, pois peleja pelo
poder de Deus e, juntamente com os seus liderados, expulsa Satanás e seus anjos
do céu (Ap 12.8).
2. A expulsão de Satanás (v.8). Essa passagem é muito
disputada pelos expositores bíblicos e há diversas interpretações. Nessa guerra
escatológica, há os que acreditam que se trata da queda original de Satanás, e
outros afirmam que não há ligações com essa queda. Outra interpretação é que
Satanás teria acesso ao céu antes da ascensão de Jesus. O argumento usado se
baseia em algumas passagens do Antigo Testamento (1Rs 22.23; Jó 1.6-9; 2.1-6;
Zc 3.1,2). De uma forma ou de outra, a derrota do Inimigo já está decretada,
conforme revelou o próprio Senhor: “Eu via Satanás, como raio, cair do céu” (Lc
10.18). A expressão “eu via” diz respeito a uma ação contínua, e isso mostra
que Jesus contemplava, em visão, a queda de Satanás, enquanto os setenta
pregavam o evangelho.
3. A vitória final sobre Satanás. A derrota final de
Satanás, na verdade, teve início com a morte, ressurreição e ascensão de Jesus.
A partir daí, as acusações do Diabo contra nós caíram por terra, porque quem
nos justifica diante de Deus é o próprio Cristo (Rm 5.1; 8.33). No Apocalipse,
vemos que Miguel e seus anjos vencem o dragão e seus demônios (Ap 12.7-9). O
mérito da vitória, porém, não cabe ao arcanjo, pois este sempre atuou em nome
do Senhor (Jd 9). Mais adiante, o Diabo é amarrado por mil anos, para,
finalmente, ser lançado no lago de fogo (Ap 20.3,10). Diante das arremetidas do
adversário, sejamos valentes e confiantes na pronta intervenção divina, pois
temos, nesta luta, uma gloriosa promessa (Rm 16.20).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
A Batalha no Céu ocorrerá entre o arcanjo Miguel e o
dragão, o Diabo.
SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO
“Nesta ocasião
[Grande Tributação], de acordo com Apocalipse 12.7, ‘houve batalha no céu’. Os
adversários são Miguel e seus anjos que lutam contra o dragão (Satanás) e seus
anjos (demônios). A batalha é curta e o resultado, indiscutível — Satanás e
seus anjos ‘não prevaleceram; nem mais o seu lugar se achou nos céus’ (Ap
12.8). Embora este evento ainda seja futuro, o seu acontecimento e resultado
são tão certos que são descritos no tempo passado do verbo. Com resultado desta
batalha, Satanás e seus anjos serão lançados à terra, e virão com uma vingança
contra a nação de Israel, em um inútil esforço de destruíste e frustrar a
promessa que Deus fez a Abraão, de fazer de Israel uma grande nação (Dn 12.1;
Ap 12.9-17)” (LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed. Enciclopédia Popular de Profecia
Bíblica. RJ: CPAD, 2017, p.102).
CONHEÇA MAIS
Demônios ativos e
operantes no Mundo
“São demônios que, sem serem vistos, agem atualmente.
Cegam os ímpios para a verdade do evangelho (2Co 4.4) e promovem falsas
doutrinas (1Tm 4.1). Distraem os cristãos, atrapalhando-os no cumprimento dos
planos de Deus para o amadurecimento espiritual em suas vidas”. Leia mais em
Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica, CPAD, p.126.
III. O MAIORAL DOS DEMÔNIOS
1. A Serpente. O termo “dragão” é drakon em grego e é
usado na Septuaginta para traduzir algumas palavras hebraicas, como tanim e
leviatan, cujo sentido é diversificado como ‘monstros, animais do deserto,
serpentes’. No Novo Testamento, só aparece em Apocalipse, e aqui é chamado de
“o grande dragão, a antiga serpente, chamada o diabo e Satanás, que engana todo
o mundo” (v.9). A serpente que enganou Eva é o próprio Satanás (Gn
3.1-4,14,15). Ele é perito em enganar como fez com Eva e ainda hoje esta é uma
de suas especialidades (2Co 2.11; 11.3).
2. Satanás. Não é possível descrever todos os nomes do
inimigo de Deus e do seu povo. O nome mais conhecido vem do hebraico satan,
“Satanás, adversário”. É no prólogo do livro de Jó que Satanás aparece pela
primeira vez como ser espiritual que acusa os justos diante de Deus. As
Escrituras o revelam primeiramente com nome pessoal quando induz o rei Davi a
fazer o recenseamento: “Então, Satanás se levantou contra Israel e incitou Davi
a numerar a Israel” (1Cr 21.1).
3. O Diabo. O termo grego diábolos, “caluniador”, é usado
com frequência na Septuaginta para traduzir a palavra hebraica satan,
“adversário”. O termo vem do verbo diabállo, “acusar, difamar, enganar,
provocar um desacordo”. A especialidade dele é enganar e acusar (v.10). Jesus
disse que a essência da natureza dele é a mentira: “Vós tendes por pai ao diabo
e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele foi homicida desde o
princípio e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando ele
profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da
mentira” (Jo 8.44). Sua habitação ainda não é o inferno; ele ainda será lançado
nesse lugar, “o fogo eterno preparado para o diabo e seus anjos” (Mt 25.41).
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Há muitos nomes que a Bíblia dá ao Inimigo: Serpente,
Satanás e Diabo.
IV. O PODER DE JESUS SOBRE OS DEMÔNIOS
1. O contexto bíblico. Há relativamente pouco registro
sobre os demônios no Antigo Testamento. A Septuaginta traduz quatro termos
hebraicos por daimonion, “demônio”, e um por daimon (Is 65.11). A tradição
judaica considera os demônios como anjos caídos que se uniram a Satanás na sua
rebelião contra Deus. Os demônios são identificados no Novo Testamento como os
espíritos imundos (Lc 4.33; 8.29; Ap 18.2) e os espíritos malignos (Lc 8.2).
Eles são malévolos, podem entrar nas pessoas (Lc 11.24-26) e causam todo o tipo
de doença (Lc 9.39-42), embora nem todas enfermidades sejam de origem demoníaca
(Lc 13.32).
2. O triunfo de Cristo. A vitória preliminar de Jesus
sobre Satanás começa na tentação do deserto (Mt 4.11). O Diabo já está
derrotado preliminarmente (Jo 12.31). Jesus disse que o príncipe desde mundo já
está julgado (Jo 16.11). Mesmo assim, ele continua se opondo à obra de Deus.
Satanás causou diversos infortúnios ao apóstolo Paulo, com o espinho na carne
(2Co 12.7) e o impedimento nas jornadas missionárias (1Ts 2.18). Nós não
devemos ignorar as suas astúcias (2Co 2.11). Em breve, Deus “esmagará Satanás
debaixo de nossos pés” (Rm 16.20).
SÍNTESE DO TÓPICO (IV)
Em seu ministério, Jesus demonstrou seu poder sobre os
demônios.
SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO
“A vitória de
nosso Senhor sobre os ataques de Satanás qualificaram-no para ir à cruz. Ali
Satanás parecia ter conseguido a sua vitória, evitando o estabelecimento de um
reino messiânico, mas, ironicamente, esta vitória de curta duração na realidade
destruiu o reino do próprio Satanás. Na cruz, os pecados da humanidade foram
completamente pagos, e a derrota de Satanás foi garantida, embora não seja até
o final do Milênio que ele, por fim e permanentemente, seja confinado ao eterno
lago de fogo” (LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed. Enciclopédia Popular de Profecia
Bíblica. RJ: CPAD, 2017, p.412).
CONCLUSÃO
Os demônios são reais, são espíritos maus e imundos, o
oposto dos anjos. Jesus é a única garantia de que eles nada podem contra nós;
antes, Jesus disse: “Eis que vos dou poder para pisar serpentes, e escorpiões,
e toda a força do Inimigo, e nada vos fará dano algum” (Lc 10.19).
PARA REFLETIR
A respeito de “A
natureza dos demônios”, responda:
Quais os
significados dos termos gregos daimonion e daimon?
Daimonion, “demônio, um deus, uma divindade”, para
designar os deuses pagãos (Dt 32.17); e daimon, “um espírito mal, demônio”.
Quando teve início a derrota final de Satanás?
A derrota final de Satanás, na verdade, teve início com a
morte, ressurreição e ascensão de Jesus.
Quais os significados nos nomes “Satanás e Diabo”?
Satanás significa “adversário”; Diabo, “caluniador”.
Qual a essência da natureza do Diabo?
Jesus disse que a essência da natureza dele é a mentira.
Onde começou a derrota de Satanás com a vinda de Jesus?
A vitória preliminar de Jesus sobre Satanás começa na
tentação do deserto (Mt 4.11).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A natureza dos demônios — Agentes da maldade no mundo
espiritual
Caro professor, prezada professora, a aula desta semana
pode ser introduzida com a seguinte pergunta: O que é demonologia? Por certo
seus alunos acharão o termo um pouco esquisito. É possível que dentre eles haja
pessoas que nunca ouviram falar do assunto. Demonologia é uma parte do estudo
de Angelologia (estudo dos anjos) em que seu objeto é os “demônios” mencionados
nas Escrituras Sagradas.
Os Demônios
O primeiro tópico da presente lição passa pelos termos
“anjos” e “demônios”, destaca a narrativa da “expulsão do querubim ungido” e
como os demônios eram percebidos na cultura pagã. Esse tópico trata de maneira
abrangente da identidade dos demônios. Ele é importante porque as pessoas
possuem uma opinião muito vaga acerca dessas criaturas espirituais malignas.
Uma batalha no céu
O tópico segundo amplia e individualiza a figura de
Satanás. O comentarista destaca o conflito entre o arcanjo Miguel e o Dragão em
Apocalipse, desdobra a expulsão original de Satanás da presença de Deus, bem
como a vitória triunfal de Jesus Cristo. Esse tópico nos aponta uma realidade
de conflito espiritual, mas, igualmente, a vitória triunfal de nosso Senhor
sobre as criaturas do mal.
O maioral dos Demônios
O tópico terceiro mostra que o mundo das trevas tem um
líder máximo. Desde a antiga Serpente, passando por Satanás e o nomeando como
Diabo, o comentarista chama o Inimigo da Igreja pelo nome. Ele aprofunda a
individualização do Diabo, iniciada no tópico anterior. Aqui, fica claro que o
Diabo, o Inimigo de nossas almas, é um ser espiritual perigoso que cumpre o
papel de acusar e destruir os que não se dobram diante de sua força.
O poder de Jesus sobre os demônios
Após aprofundar as características do Diabo, neste quarto
tópico o autor enfatiza mais o poder de Jesus sobre os demônios. O ministério
de nosso Senhor, principalmente no Evangelho de Lucas, é marcado pelas vitórias
sobre os espíritos imundos. O Novo Testamento ensina que brevemente o nosso
Deus “esmagará Satanás debaixo de nossos pés” (Rm 16.20). Assim, quem é lavado
e remido no sangue do Cordeiro não deve temer o Diabo. Em Cristo, ele já está
derrotado.
O ministério de Jesus foi um ministério que impôs uma
derrota profunda sobre Satanás.
SUBSIDIO COMPLEMENTAR.
APOCALIPSE 12.1 E
VIU-SE UM GRANDE SINAL. O capítulo 12 apresenta quatro grandes conflitos entre
Deus e Satanás: (1) entre Satanás e Cristo e sua obra redentora (vv. 1-5). (2)
Entre Satanás e os fiéis em Israel (vv. 6, 13-16). (3) Entre Satanás e o céu (vv.
7-9). (4) Entre Satanás e os crentes (vv. 10,11,17).
APOCALIPSE 12.1 UMA
MULHER. Esta mulher simboliza os fiéis de Israel, através dos quais o Messias
(i.e., o menino Jesus, vv. 2,4,5) veio ao mundo (cf. Rm 9.5). Isso é indicado
não somente pelo nascimento do menino, mas também pela referência ao sol e à
lua (ver Gn 37.9-11) e às doze estrelas, que naturalmente se referem às doze
tribos de Israel.
APOCALIPSE 12.3 UM
GRANDE DRAGÃO VERMELHO. Este dragão é Satanás (ver v. 9). As sete cabeças,
chifres e diademas representam sua grande astúcia e poder.
APOCALIPSE 12.4 A
TERÇA PARTE DAS ESTRELAS. Isto pode referir-se à queda original de Satanás do
céu e aos anjos que com ele caíram (2 Pe 2.4; Jd 6), ou ao grande poder que ele
tem no universo. Neste versículo, Satanás procura destruir o menino Jesus.
APOCALIPSE 12.5 UM
FILHO, UM VARÃO. O filho varão é Jesus Cristo, e seu arrebatamento refere-se à
sua ascensão ao céu após a sua ressurreição (Lc 24.51; At 1.9-11).
APOCALIPSE 12.6 A
MULHER FUGIU. Aqui, a mulher simboliza os fiéis de Israel na última parte da
tribulação (cf. os 1260 dias, metade exata do período da tribulação). (1)
Durante a tribulação, esses fiéis de Israel, judeus tementes a Deus, opor-se-ão
à religião do Anticristo. Examinando com sinceridade as Escrituras, eles
aceitam a verdade de que Jesus Cristo é o Messias (Dt 4.30,31; Zc 13.8,9). São
socorridos por Deus durante os últimos três anos e meio da tribulação, e
Satanás não poderá vencê-los (ver vv. 13-16). (2) Quem de Israel aceitar a
religião do Anticristo e rejeitar a verdade bíblica do Messias, será julgado e
destruído nos dias da grande tribulação (ver Is 10.21-23; Ez 11.17-21;
20.34-38; Zc 13.8,9).
APOCALIPSE 12.7-9
BATALHA NO CÉU. A tribulação significa não somente grandes conflitos espirituais
na terra, mas também nos céus.
(1) Satanás é derrotado, precipitado na terra (cf. Lc 10.18)
e não lhe é mais permitido acesso ao céu.
(2) O céu se regozija (vv. 10-12), porque Satanás já não é
uma força espiritual nos lugares celestiais (ver Ef 6.12). Ao mesmo tempo, isso
causa "ais" em relação aos que vivem na terra (vv. 12,13). É possível
que essa expulsão de Satanás dê início à grande tribulação.
APOCALIPSE 12.10 O
ACUSADOR DE NOSSOS IRMÃOS. Satanás acusa os crentes diante de Deus. Sua
acusação é que os crentes servem a Deus por interesse pessoal (cf. Jó 1.6-11;
Zc 3.1).
APOCALIPSE 12.11 ELES
O VENCERAM. Os crentes fiéis vencem Satanás ao serem libertos do seu poder pelo
sangue do Cordeiro, falando resolutamente de Cristo e demonstrando disposição
de servir a Cristo, custe o que custar.
APOCALIPSE 12.12
DIABO... TEM GRANDE IRA. Satanás sabe que está perdido, que sua derrota final
se aproxima, e que tem poder somente na terra. O "pouco tempo"
refere-se ao período da tribulação. Sua grande ira resulta em sofrimentos por
toda parte para os santos (v. 11).
APOCALIPSE 12.13
PERSEGUIU A MULHER. Satanás procura destruir a mulher. Aqueles em Israel, que
aceitarem a Cristo, serão vigiados e perseguidos por Satanás e pelos seguidores
do anticristo (cf. Mt 24.15-21). Deus dará proteção sobrenatural aos santos de
Israel durante esse período (vv. 14-16).
APOCALIPSE 12.17 O
DRAGÃO... FOI FAZER GUERRA. Satanás, confinado à terra, sabe que lhe resta
pouco tempo para perseguir a mulher e ao restante da sua semente. A
"mulher" pode referir-se aos fiéis de Israel na Judéia, e o
"resto da sua semente", aos judeus crentes noutras partes do mundo.
EFESIOS CAPITULO 6
EFESIOS 6.11 A
ARMADURA DE DEUS. O cristão está engajado num conflito espiritual com o mal.
Esse conflito é descrito como o combate da fé (2 Co 10.4; 1 Tm 1.18,19; 6.12),
que continua até o crente galgar a vida do porvir (2 Tm 4.7,8; ver Gl 5.17).
(1) A vitória do crente foi obtida pelo próprio Cristo,
mediante a sua morte na cruz. Jesus travou uma batalha triunfante contra
Satanás, desarmou as potências e potestades malignas (Cl 2.15; cf. Mt 12.28,29;
Lc 10.18; Jo 12.31), levou os cativos com Ele (4.8) e redimiu o crente do
domínio do maligno (1.7; At 26.18; Rm 3.24; Cl 1.13,14).
(2) No presente, o cristão está empenhado numa guerra
espiritual que ele trava, mediante o poder do Espírito Santo (Rm 8.13), (a)
contra os desejos corruptos dentro de si mesmo (1 Pe 2.11; ver Gl 5.17 nota),
(b) contra os prazeres ímpios do mundo e todos os tipos de tentações (Mt 13.22;
Gl 1.4; Tg 1.14,15; 1 Jo 2.16), e (c) contra Satanás e suas forças (ver 6.12).
O crente é conclamado a se separar do presente sistema mundano, repudiando os seus
males (cf. Hb 1.9), vencendo suas tentações e morrendo para elas (Gl 6.14; 1 Jo
5.4), e condenando abertamente os seus pecados (cf. Jo 7.7).
(3) A milícia cristã deve guerrear contra todo o mal, não
por seu próprio poder (2 Co 10.3), mas com armas espirituais (2 Co 10.4,5; Ef
6.10-18).
(4) Na sua guerra espiritual, o cristão é conclamado a
suportar as aflições como bom soldado de Cristo (2 Tm 2.3), sofrer em prol do
evangelho (Mt 5.10-12; Rm 8.17; 2 Co 11.23; 2 Tm 1.8), combater o bom combate
da fé (1 Tm 6.12; 2 Tm 4.7), guerrear espiritualmente (2 Co 10.3), perseverar
(6.18), vencer (Rm 8.37), ser vitorioso (1 Co 15.57), triunfar (2 Co 2.14),
defender o evangelho (Fp 1.16), combater pela fé (Fp 1.27), não se alarmar ante
os que resistem (Fp 1.28), vestir toda a armadura de Deus (6.11), ficar firme
(v.v. 13,14), destruir as fortalezas de Satanás (2 Co 10.4), levar cativo todo
pensamento (2 Co 10.5) e fortalecer-se na guerra contra o mal (Hb 11.34)
EFESIOS 6.12 HOSTES
ESPIRITUAIS DA MALDADE. O cristão trava um conflito espiritual contra Satanás e
uma multidão de espíritos malignos (ver Mt 4.10).
(1) Os poderes das trevas são os governantes espirituais do
mundo (Jo 12.31; 14.30; 16.11; 2 Co 4.4; 1 Jo 5.19), que incitam os ímpios
(2.2), se opõem à vontade de Deus (Gn 3.1-7; Dn 10.12,13; Mt 13.38,39) e
constantemente atacam os crentes (v. 12; 1 Pe 5.8).
(2) É uma vasta multidão (Ap 12.4,7), altamente organizada
em forma de império do mal, tendo categorias e ordens (2.2; Jo 14.30)
EFESIOS 6.17 A ESPADA
DO ESPÍRITO. A "espada do Espírito, que é a palavra de Deus", é a
arma ofensiva do crente, para uso na guerra contra o poder do mal. Por esta
razão, Satanás fará todos os esforços possíveis para subverter ou destruir a
confiança do crente na Palavra. A igreja precisa defender as Escrituras
inspiradas contra o argumento de que ela não é a Palavra de Deus em tudo que
ensina. Abandonar a posição e a atitude de Cristo e dos apóstolos para com a
Palavra de Deus é destruir seu poder de convencer, corrigir, redimir, curar,
expulsar demônios e vencer o mal. Negar sua fidedignidade total, em tudo quanto
ela ensina é entregar-nos a Satanás (ver 2 Pe 1.21 nota; cf. Mt 4.1-11).
EFESIOS 6.18
ORANDO... NO ESPÍRITO. A guerra do cristão contra as forças espirituais de
Satanás exige dedicação a oração, i.e., orando "no Espírito",
"em todo tempo", "com toda oração e súplica", "por
todos os santos", "com toda perseverança". A oração não deve ser
considerada apenas mais uma arma, mas parte do conflito propriamente dito, onde
a vitória é alcançada, mediante a cooperação com o próprio Deus. Deixar de orar
diligentemente, sob todas as formas de oração, em todas as situações, é
render-se ao inimigo e deixar de lutar (Lc 18.1; Rm 12.12; Fp 4.6; Cl 4.2; 1 Ts
5.17).
PODER SOBRE SATANÁS E OS DEMÔNIOS
Mc 3.27 “Ninguém pode roubar os bens do valente,
entrando-lhe em sua casa, se primeiro não manietar o valente; e, então, roubará
a sua casa”.
Um dos destaques principais do Evangelho segundo Marcos é o
propósito firme de Jesus: derrotar Satanás e suas hostes demoníacas. Em 3.27,
isto é descrito como “manietar o valente” (i.e., Satanás) e, “roubará a sua
casa” (i.e., libertar os escravos de Satanás). O poder de Jesus sobre Satanás
fica claramente demonstrado na expulsão de demônios (gr. daimonion) ou
espíritos malignos.
OS DEMÔNIOS.
(1) O NT menciona muitas vezes pessoas sofrendo de opressão ou
influência maligna de Satanás, devido a um espírito maligno que neles habita;
menciona também o conflito de Jesus com os demônios. O Evangelho segundo
Marcos, e.g., descreve muitos desses casos: 1.23-27, 32, 34, 39; 3.10-12, 15;
5.1-20; 6.7, 13; 7.25-30; 9.17-29; 16.17.
(2) Os demônios são seres espirituais com personalidade e
inteligência. Como súditos de Satanás, inimigos de Deus e dos seres humanos (Mt
12.43-45), são malignos, destrutivos e estão sob a autoridade de Satanás (ver
Mt 4.10 nota).(3) Os demônios são a força motriz que está por trás da
idolatria, de modo que adorar falsos deuses é praticamente o mesmo que adorar
demônios (ver 1Co 10.20 nota; ver o estudo A IDOLATRIA E SEUS MALES).
(4) O NT mostra que o mundo está alienado de Deus e
controlado por Satanás (ver Jo 12.31 nota; 2Co 4.4; Ef 6.10-12; ver o estudo O
RELACIONAMENTO ENTRE O CRENTE E O MUNDO). Os demônios são parte das potestades
malignas; o cristão tem de lutar continuamente contra eles (ver Ef 6.12 nota).
(5) Os demônios podem habitar no corpo dos incrédulos, e,
constantemente, o fazem (ver Mc 5.15; Lc 4.41; 8.27,28; At 16.18) e falam
através das vozes dessas pessoas. Escravizam tais indivíduos e os induzem à
iniqüidade, à imoralidade e à destruição.
(6) Os demônios podem causar doenças físicas (Mt 9.32,33;
12.22; 17.14-18; Mc 9.17-27; Lc 13.11,16), embora nem todas as doenças e
enfermidades procedam de espíritos maus (Mt 4.24; Lc 5.12,13).
(7) Aqueles que se envolvem com espiritismo e magia (i.e.,
feitiçaria) estão lidando com espíritos malignos, o que facilmente leva à
possessão demoníaca (cf. At 13.8-10; 19.19; Gl 5.20; Ap 9.20,21).
(8) Os espíritos malignos estarão grandemente ativos nos
últimos dias desta era, na difusão do ocultismo, imoralidade, violência e
crueldade; atacarão a Palavra de Deus e a sã doutrina (Mt 24.24; 2Co 11.14,15;
1Tm 4.1). O maior surto de atividade demoníaca ocorrerá através do Anticristo e
seus seguidores (2Ts 2.9; Ap 13.2-8; 16.13,14).
JESUS E OS DEMÔNIOS.
(1) Nos seus milagres, Jesus freqüentemente ataca o poder de
Satanás e o demonismo (e.g., Mc 1.25,26, 34, 39; 3.10,11; 5.1-20; 9.17-29; cf.
Lc 13.11,12,16). Um dos seus propósitos ao vir à terra foi subjugar Satanás e
libertar seus escravos (Mt 12.29; Mc 1.27; Lc 4.18).
(2) Jesus derrotou Satanás, em parte pela expulsão de
demônios e, de modo pleno, através da sua morte e ressurreição (Jo 12.31;
16.17; Cl 2.15; Hb 2.14). Deste modo, Ele aniquilou o domínio de Satanás e
restaurou o poder do reino de Deus (ver o estudo O REINO DE DEUS).
(3) O inferno (gr. Gehenna), o lugar de tormento, está
preparado para o diabo e seus demônios (Mt 8.29; 25.41). Exemplos do termo
Gehenna no grego: Mc 9.43,45,47; Mt 10.28; 18.9.
O CRENTE E OS DEMÔNIOS. (1)
As Escrituras ensinam que nenhum verdadeiro crente, em quem
habita o
Espírito Santo, pode ficar endemoninhado; i.e.: o Espírito e
os demônios nunca poderão habitar no mesmo corpo (ver 2Co 6.15,16 nota). Os
demônios podem, no entanto, influenciar os pensamentos, emoções e atos dos
crentes que não obedecem aos ditames do Espírito Santo (Mt 16.23; 2Co 11.3,14).
(2) Jesus prometeu aos genuínos crentes autoridade sobre o
poder de Satanás e das suas hostes. Ao nos depararmos com eles, devemos
aniquilar o poder que querem exercer sobre nós e sobre outras pessoas,
confrontando-os sem trégua pelo poder do Espírito Santo (ver Lc 4.14-19). Desta
maneira, podemos nos livrar dos poderes das trevas.
(3) Segundo a parábola em Mc 3.27, o conflito espiritual
contra Satanás envolve três aspectos: (a) declarar guerra contra Satanás
segundo o propósito de Deus (ver Lc 4.14-19); (b) ir onde Satanás está
(qualquer lugar onde ele tem uma fortaleza), atacá-lo e vencê-lo pela oração e
pela proclamação da Palavra, e destruir suas armas de engano e tentação
demoníacos (cf. Lc 11.20-22); (c) apoderar-se de bens ou posses, i.e.,
libertando os cativos do inimigo e entregando-os a Deus para que recebam perdão
e santificação mediante a fé em Cristo (Lc 11.22; At 26.18).
(4) Seguem-se os passos que cada um deve observar nesta luta
contra o mal: (a) Reconhecer que não estamos num conflito contra a carne e o
sangue, mas contra forças espirituais do mal (Ef 6.12). (b) Viver diante de
Deus uma vida fervorosamente dedicada à sua verdade e justiça (Rm 12.1,2; Ef
6.14). (c) Crer que o poder de Satanás pode ser aniquilado seja onde for o seu
domínio (At 26.18; Ef 6.16; 1Ts 5.8) e reconhecer que o crente tem armas
espirituais poderosas dadas por Deus para a destruição das fortalezas de
Satanás (2Co 10.3-5). (d) Proclamar o evangelho do reino, na plenitude do
Espírito Santo (Mt 4.23; Lc 1.15-17; At 1.8; 2.4; 8.12; Rm 1.16; Ef 6.15). (e)
Confrontar Satanás e o seu poder de modo direto, pela fé no nome de Jesus (At 16.16-18),
ao usar a Palavra de Deus (Ef 6.17), ao orar no Espírito (At 6.4; Ef 6.18), ao
jejuar (ver Mt 6.16 nota; Mc 9.29) e ao expulsar demônios (ver Mt 10.1 nota;
12.28; 17.17-21; Mc 16.17; Lc 10.17; At 5.16; 8.7; 16.18; 19.12). (f) Orar,
principalmente, para que o Espírito Santo convença os perdidos, no tocante ao
pecado, à justiça e ao juízo vindouro (Jo 16.7-11). (g) Orar, com desejo
sincero, pelas manifestações do Espírito, mediante os dons de curar, de
línguas, de milagres e de maravilhas (At 4.29-33; 10.38; 1Co 12.7-11).
FONTES;
MANUAIS BIBLICOS
ENCICLOPÉDIAS BIBLICAS
COMENTÁRIOS BIBLICOS
BIBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL
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