SUBSIDIOS PARA PROFESSOR NO FINAL DA LIÇÃO ELABORADOS PELO EVANGELISTA NATALINO ALVES DOS ANJOS - MEMBRO DA IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS (MISSÃO). CAMPO DE COTEGIPE - BAHIA.
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD -
ADULTOS
4º Trimestre de 2018
Título: As parábolas de Jesus — As verdades e princípios
divinos para uma vida abundante
Comentarista: Wagner Tadeu dos Santos Gaby
Lição 2: Para ouvir e anunciar a Palavra de Deus
Data: 14 de Outubro de 2018
TEXTO ÁUREO
“Mas o que foi semeado em boa terra é o que ouve e
compreende a palavra; e dá fruto, e um produz cem, outro, sessenta, e outro,
trinta” (Mt 13.23).
VERDADE PRÁTICA
É preciso falar de Cristo e orar para que os ouvintes
recebam a Palavra, e tornem-se seguidores do Mestre.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Mc 4.3,14 - Os semeadores devem semear
Terça — Mc 4.4-8,15-20 - Quatro tipos de terrenos
Quarta — Mc 4.4,15 - As
aves do céu e sua representação
Quinta — Mc 4.5,6,16,17 - Os pedregais e o seu significado
Sexta — Mc 4.7,18,19 - Os espinhos e sua representação
Sábado — Mc 4.8,20 - A boa terra e o tipo de ouvinte
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Marcos 4.3-20.
3 — Ouvi: Eis que saiu o semeador a semear.
4 — E aconteceu que, semeando ele, uma parte da semente caiu
junto ao caminho, e vieram as aves do céu e a comeram.
5 — E outra caiu sobre pedregais, onde não havia muita
terra, e nasceu logo, porque não tinha terra profunda.
6 — Mas, saindo o sol, queimou-se e, porque não tinha raiz,
secou-se.
7 — E outra caiu entre espinhos, e, crescendo os espinhos, a
sufocaram, e não deu fruto.
8 — E outra caiu em boa terra e deu fruto, que vingou e
cresceu; e um produziu trinta, outro, sessenta, e outro, cem.
9 — E disse-lhes: Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça.
10 — E, quando se achou só, os que estavam junto dele com os
doze interrogaram-no acerca da parábola.
11 — E ele disse-lhes: A vós vos é dado saber os mistérios
do Reino de Deus, mas aos que estão de fora todas essas coisas se dizem por
parábolas,
12 — para que, vendo, vejam e não percebam; e, ouvindo,
ouçam e não entendam, para que se não convertam, e lhes sejam perdoados os
pecados.
13 — E disse-lhes: Não percebeis esta parábola? Como, pois,
entendereis todas as parábolas?
14 — O que semeia semeia a palavra;
15 — e os que estão junto ao caminho são aqueles em quem a
palavra é semeada; mas, tendo eles a ouvido, vem logo Satanás e tira a palavra
que foi semeada no coração deles.
16 — E da mesma sorte os que recebem a semente sobre
pedregais, que, ouvindo a palavra, logo com prazer a recebem;
17 — mas não têm raiz em si mesmos; antes, são temporãos;
depois, sobrevindo tribulação ou perseguição por causa da palavra, logo se
escandalizam.
18 — E os outros são os que recebem a semente entre
espinhos, os quais ouvem a palavra;
19 — mas os cuidados deste mundo, e os enganos das riquezas,
e as ambições de outras coisas, entrando, sufocam a palavra, e fica
infrutífera.
20 — E os que recebem a semente em boa terra são os que
ouvem a palavra, e a recebem, e dão fruto, um, a trinta, outro, a sessenta, e
outro, a cem, por um.
HINOS SUGERIDOS
41, 124 e 462 da
Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Destacar a parábola
do semeador como uma conclamação a que anunciemos o Evangelho.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o
professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao
tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Esclarecer o
significado da parábola do semeador;
II. Evidenciar a importância de obedecer o Evangelho;
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Após termos
introduzido o tema deste trimestre, a partir desta lição estaremos analisando,
a cada domingo, uma parábola contada por Nosso Senhor Jesus Cristo. A primeira
parábola do Mestre que estaremos estudando é a do semeador. Esta narrativa
destaca a responsabilidade dos discípulos em anunciar o Evangelho do Filho de
Deus. Independentemente das circunstâncias, a boa semente da Palavra de Deus
deve ser “semeada”, isto é, anunciada, pois conforme orienta o Eclesiastes,
devemos, pela manhã semear a semente e, à tarde, não retirar a nossa mão,
porque não sabemos “qual prosperará; se esta, se aquela ou se ambas igualmente
serão boas” (11.6). Além disso, como o apóstolo Paulo instrui, um planta e
outro rega, mas Deus é quem dá o crescimento (1Co 3.6,7).
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Para ilustrar verdades espirituais, Jesus frequentemente
contava, por parábolas, histórias sobre os acontecimentos do dia a dia. A
parábola do semeador é uma das narrativas de Jesus encontrada nos três
Evangelhos sinóticos (Mt 13.1-9, Mc 4.3-9 e Lc 8.4-8) e relata de que forma a
mensagem de salvação será recebida no mundo. Um dos seus propósitos é prevenir
os discípulos com relação ao triste fato de a pregação da Palavra de Deus não
produzir “colheita de cem por cento” em todos os ouvintes. Além disso, a
parábola do semeador pode ser interpretada como “a parábola do coração”, pois
mostra como é o interior de cada pessoa.
PONTO CENTRAL
O Evangelho deve ser anunciado em todo o tempo e lugar.
I. INTERPRETAÇÃO DA
PARÁBOLA DO SEMEADOR
1. A importância em compreender a parábola. A parábola do
semeador é uma das mais importantes, não apenas por constar nos três primeiros
Evangelhos, mas também por ser fundamental para o entendimento de outras. Por
essa razão, é necessário comparar e contrastar as referências paralelas a cada
narrativa. Desse modo, teremos um quadro completo do que o Senhor Jesus disse
sobre o Reino do Céu, já que a narrativa refere-se ao Reino. Essa história fala
de um agricultor que lançou sementes em vários lugares com diferentes
resultados, dependendo do tipo do solo (Mc 4.3-20). Para se entender essa
parábola, é preciso recorrer ao contexto de Mateus 13.18-23, quando o próprio
Senhor Jesus a interpretou.
2. Os elementos que constituem a Parábola: o Semeador, a
semente e o solo. No mesmo capítulo da parábola do semeador, ao explicar a
parábola do trigo e do joio, o Mestre apresenta-se como o semeador (Mt
13.36-43). Daí, ainda que não especificamente mencionado, é possível inferir
que o Semeador é Jesus, pois se compararmos o texto dessa parábola com o de
Mateus 13.37, podemos concluir que há uma referência imediata com o Senhor.
Contudo, por extensão, podemos igualmente entender que o semeador também pode
ser qualquer pessoa que fielmente proclama a mensagem do Evangelho nos nossos
dias. Quanto à semente, esta é a Palavra de Deus ou “a palavra do Reino” (Mt
13.19a) que, como sabemos, era o tema da pregação de Jesus (Mt 4.23) e da
pregação apostólica (At 8.12; 28.30,31). Já o “solo”, é algo muito importante
para qualquer planta. Por isso, os cristãos precisam desenvolver suas raízes
por meio da fé em Cristo e do estudo da Palavra cada vez mais profundo. Tempos
difíceis virão, e somente aqueles que tiverem desenvolvido suas raízes abaixo
da superfície, sobreviverão.
3. Os diferentes tipos de solos infrutíferos. As pessoas que
ouvem a Jesus são comparadas com vários tipos de solo (Lc 8.5-8). O solo duro e
compactado da estrada impediu que as sementes penetrassem, permitindo que ficassem
na superfície, expostas às aves que vieram e as comeram. Este solo representa
aqueles que “ouvem e não entendem” (Mt 13.19a), por isso endurecem o coração
para não receberem a Palavra (Mt 13.15). As aves representam Satanás (Mc 4.15),
que arrebata a Palavra dessas pessoas, cujos corações estão endurecidos. As
sementes que caíram sobre pedregais (vv.16,17), onde não havia muita terra, e,
como consequência, cresceram rapidamente, acabaram secas num instante (v.6).
Este solo raso representa as pessoas que ouvem a Palavra e a recebem com grande
alegria, porém, quando surgem as dificuldades, as tribulações ou as
perseguições por causa do Evangelho, elas não resistem e imediatamente tropeçam
(Mt 13.20,21). Daí a necessidade de um maior embasamento na Palavra de Deus
recebido através de um bom discipulado e frequência na Escola Dominical. Já as
sementes que caíram entre espinhos são sufocadas quando estes crescem e roubam
o alimento, a água, a luz e o espaço dos brotos. Infelizmente existem forças
capazes de sufocar a mensagem, de forma a torná-la infrutífera (v.18). Este
solo representa aqueles que “ouvem a palavra”, mas cuja capacidade para gerar
fruto é sufocada. Jesus descreveu os espinhos como “os cuidados deste mundo”,
“a sedução das riquezas” e “os prazeres da vida” (Mt 13.22; Mc 4.19; Lc 8.14;
12.29-32; 21.34-36). As distrações e os conflitos impedem os novos crentes de
refletir e aprender a Palavra de Deus a fim de crescerem. Essas coisas,
produzidas pela ambição das coisas materiais atormentaram os discípulos do
primeiro século, da mesma forma como acontece nos dias atuais, distraindo os
crentes de maneira que permaneçam infrutíferos, não produzindo nenhuma
colheita.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Para se entender a mensagem da parábola do semeador é necessário
interpretá-la corretamente.
SUBSÍDIO EXEGÉTICO
“Se o leitor mesmo
que subliminarmente entendeu que o agricultor é Jesus, então o restante da
parábola será ligado às prósperas e declinantes venturas do ministério de
Jesus, Nesta tendência, [John Paul] Heil mostrou corretamente que as várias
maneiras nas quais a semente caiu lembrará, no mínimo, a hostilidade
personificada pelos escribas (Mc 2.6,16; 3.22), pelos fariseus (Mc 2.16,24;
3.6) e pela própria família de Jesus (Mc 3,21,31-35). Da mesma sorte, a
descrição de uma colheita excepcionalmente abundante na conclusão da parábola
(Mc 4.8) recorda o sucesso crescente do ministério de Jesus a despeito da
oposição (cf. ‘toda a cidade’ [Mc 1.33]; ‘se ajuntaram tantos’ [Mc 2.2]; ‘toda
a multidão ia ter com Ele’ [Mc 2.13; 3.7,8,20; 4.1]; ênfases minhas). Assim, em
seus movimentos metafóricos a parábola expressa os movimentos maiores do
ministério de Jesus, e as várias terras representam as personagens da história”
(CAMERY-HOGGATT, Jerry In ARRINGTON, French L; STRONDAD, Roger (Eds.).
Comentário Bíblico Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2003, p.206).
II. A IMPORTÂNCIA DE
OUVIR O EVANGELHO
1. O tipo ideal de solo. A parábola do semeador é uma
descrição das várias respostas ao “ouvir” a Palavra de Deus e, seguramente,
retrata as reações que Jesus encontrou no seu próprio ministério. A parábola
adverte contra o ouvir superficial, mas também alimenta a expectativa do ouvir
real e produtivo, que leva à obediência, e não devemos esquecer que o verbo
grego correspondente a “ouvir” é frequentemente traduzido como “obedecer”. Por
isso, o Mestre falou que algumas sementes caíram em boa terra (v.20). Tal terra
tinha profundidade, espaço e umidade para crescer, multiplicar e produzir uma
boa colheita. Este solo representa as pessoas que “ouvem” a Palavra e a “entendem”,
frutificando abundantemente (Mt 13.23; Lc 8.15). Elas são como os bereanos que
foram recomendados “porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada
dia nas Escrituras se estas coisas eram assim” (At 17.11). São, na verdade, os
verdadeiros discípulos, aqueles que aceitaram Jesus, creram em sua Palavra e
permitiram que Ele fizesse a diferença em suas vidas (At 17.12).
2. O tipo ideal de ouvinte. Jesus mostrou que o ato de
“ouvir” representa um solo fértil para a mensagem do Reino. Se produzirmos
frutos, isso provará que ouvimos. Se aqueles a quem pregamos o Evangelho
produzirem frutos, isso mostrará que a semente que plantamos fincou raízes em
seus corações. Jesus inicia a parábola do semeador com a palavra “ouvi” (v.3a)
e termina com a seguinte advertência: “quem tem ouvidos para ouvir, ouça”
(v.9). Analisando o aspecto material, o solo não é culpado se estiver duro,
cheio de pedras ou de espinhos, enquanto que no aspecto espiritual, somos
responsáveis se o nosso coração estiver endurecido, ou seja, se não estiver
aberto para a Palavra de Deus arraigar-se profundamente, ou deixarmos as coisas
deste mundo sufocarem a Palavra.
3. A importância de “ouvir”. Ao descrever o tipo ideal de
solo, Jesus destaca o melhor perfil de ouvinte, mas também a importância de
ouvir a Palavra e a conservar “num coração honesto e bom” a fim de dar “fruto
com perseverança” (Lc 8.15). Aqui há uma lição para o ouvinte também. O fruto
produzido depende da resposta à Palavra. É importante ler, estudar e meditar
sobre as Escrituras. A Palavra tem que vir habitar em nós (Cl 3.16), para ser
implantada em nosso coração (Tg 1.21). Temos que permitir que nossas ações,
nossas palavras e nossas próprias vidas sejam formadas e moldadas pela Palavra
de Deus.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Ouvir a mensagem do Evangelho significa obedecê-la.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Ajuntou-se a ele
grande multidão (v.1). Nesta ocasião, o povo afluía ‘de todas as cidades’ para
ouvir a pregação de Cristo (Lc 8.4). O Mestre, porém, conhecia o coração das
pessoas. Um propósito da parábola do semeador foi prevenir os discípulos quanto
ao triste fato de a pregação da Palavra, mesmo do Deus Todo-Poderoso, não
produzir colheita de cem por cento em todos os ouvintes.
O que semeia semeia a palavra (v.14). O fiel semeador semeia
a Palavra a eito — ‘junto a todas as águas’, em todas as qualidades de terra
(Is 32.20; Mc 16.15), não sabendo onde ela vai ficar. Semeia a Palavra sem
observar o vento, nem as nuvens (Ec 11.4-6). Semeia a Palavra; não passa o
tempo explicando-a, interpretando-a ou discutindo-a. Semeia a Palavra; não
desperdiça o tempo censurando qualquer uma das várias seitas do mundo. Semeia a
Palavra, nas suas próprias ideias e opiniões. Ele não se mostra a si mesmo, mas
proclama a Palavra, pois sente o mesmo peso que pesa sobre o coração do Senhor
(Compare ‘peso’; Is 13). O humilde servo ‘leva a preciosa semente, andando e
chorando’” (BOYER, Orlando. Espada Cortante 1. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2006,
p.491).
CONHEÇA MAIS
Um Ministério em
Parábolas
“O uso de parábolas era comum entre o povo hebreu, mas Jesus
as usava com propósito penetrante, especialmente quando entre os ouvintes
aumentava o número daqueles que poderiam interpretar mal ou usar mal os seus
ensinos. Uma história poderia captar e conservar naturalmente a atenção; mas,
além disso, a parábola examinava o coração, levando a pensamentos e aplicações
mais profundos”. Para conhecer mais leia Comentário Bíblico Beacon, Volume 6,
CPAD, p.246.
III. O CHAMADO PARA
ANUNCIAR O EVANGELHO
1. A obra da maior importância. Uma vez que a condição das
pessoas sem Deus é de ignorância espiritual, pois Satanás “encobre” os seus
corações para não ouvir o Evangelho (2Co 4.3,4), o maior serviço que qualquer
cristão pode, e deve realizar, é semear a boa semente da Palavra de Deus (Ec
11.6). Isso não apenas com os seus lábios, mas também através do testemunho
pessoal e da literatura (Fp 1.18). Cristo morreu e ressuscitou para nos salvar
de nossos pecados. Agora, todo aquele que nEle crê, e for batizado, não mais
será condenado, antes receberá a vida eterna (Mc 16.16; Ef 1.13,14).
2. Jesus e a ordem para pregar. Recordando que Evangelho
significa “boas novas”, “boa notícia”, e que tal boa notícia nada mais é que a
salvação em Jesus (Mt 28.18-20; Mc 16.15-18), todos precisam ouvir o evangelho.
Jesus nos encarregou de contar as boas notícias às pessoas à nossa volta, pois
o evangelho é uma notícia tão boa que não podemos guardar só para nós!
3. A importância de pregar o Evangelho. É muito importante
pregar o evangelho, para que mais pessoas ouçam, creiam e sejam salvas (Rm
10.14,15). Aplicando-se espiritualmente, todos aqueles que seguem a Cristo
devem estar sempre ensinando a Palavra, pois quanto mais ela é plantada nos
corações, maior a colheita (1Co 3.6,7). É preciso, porém, saber que o que
semeia a Palavra (v.14) o faz em todas as qualidades de solo (Is 32.20; Mc
16.15), semeia a Palavra sem observar o vento, nem as nuvens (Ec 11.4-6),
semeia a Palavra sem gastar tempo com outra coisa (2Tm 2.4).
SÍNTESE DO TÓPICO
(III)
Todo discípulo está incumbido de anunciar a mensagem do
Evangelho.
SUBSÍDIO EVANGELÍSTICO
“Ganhar almas foi a suprema tarefa do Senhor Jesus aqui na
terra (Lc 19.10; 1Tm 1.15). Paulo, o grande homem de Deus, do Novo Testamento,
tinha o mesmo alvo e visão (1Co 9.20). Uma grande parte dos crentes pensa que a
obra de ganhar almas para Jesus está afeta exclusivamente aos pregadores,
pastores e obreiros em geral. Contentam-se em, comodamente sentados, ouvir os
sermões, culto após culto, enquanto os campos estão brancos para a ceifa, como
disse o Senhor da seara em João 4.35. O ‘ide’ de Jesus para irmos aos perdidos
(Mc 16.15), não é dirigido a um grupo especial de salvos, mas a todos,
indistintamente, como bem revela o texto citado. Portanto, a evangelização dos
pecadores pertence a todos os salvos” (GILBERTO, Antonio. A Prática do
Evangelismo Pessoal. 14ª Edição. RJ: CPAD, 2003, p.10).
CONCLUSÃO
Como vimos, atualmente somos os semeadores, ou seja, a mesma
Palavra de Deus pode ser plantada em nossos dias. Todavia, como na parábola, os
resultados serão determinados pelo coração daquele que ouve. Lembremos que o
nosso papel é pregar e o do Espírito, convencer os pecadores (Jo 16.8-11).
PARA REFLETIR
A respeito de “Para Ouvir e Anunciar a Palavra de Deus”
responda:
Por que a parábola do semeador é uma das mais importantes?
A parábola do semeador é uma das mais importantes, não
apenas por constar nos três primeiros evangelhos, mas também por ser
fundamental para o entendimento de outras.
Qual era o tema da pregação de Jesus e dos apóstolos?
A Palavra de Deus ou “a palavra do Reino” (Mt 13.19a).
Cite os três tipos de solos infrutíferos.
O solo duro e compactado da estrada, solo pedregoso e solo
cheio de espinhos.
O que descreve a parábola do semeador?
A parábola do semeador é uma descrição das várias respostas
ao “ouvir” a Palavra de Deus e, seguramente, retrata as reações que Jesus
encontrou no seu próprio ministério.
Como a Bíblia descreve a condição das pessoas sem Deus?
A condição das pessoas sem Deus é de ignorância espiritual,
pois Satanás “encobre” os seus corações para não ouvir o evangelho (2Co 4.3,4).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Para ouvir e anunciar
a Palavra de Deus
A lição desta semana trata acerca de uma das parábolas de
nosso Senhor mais conhecida, a Parábola do Semeador. Tal parábola marca o
início do chamado aos discípulos de Jesus para proclamar o Evangelho a toda a
criatura. A presente lição, não obstante, está estruturada em três tópicos
seguintes: (1) Interpretação da Parábola do Semeador; (2) A importância de
ouvir o Evangelho; (3) O chamado para anunciar o Evangelho.
Uma realidade que
precisa ser destacada
Ao menos duas realidades podem ser destacadas com a
exposição da Parábola do Semeador: (1) a pregação do Evangelho não germinará em
todos os corações; (2) o coração humano é muito vulnerável às circunstâncias
exteriores da vida.
Nosso Senhor mostrou que, em sua grande seara, há o
semeador, a semente e o solo. O semeador deve semear a semente em todos os
solos. Entretanto, quem semeia deve ter a consciência acerca dos vários tipos
de solos existentes. Estes representam o coração humano, bem como a dimensão da
existência.
COMENTÁRIO BIBLICO MOODY
COMENTÁRIO BIBLICO MATEW HENRY
MANUAIS BBLICOS
ENCICLOPÉDIAS BIBLICAS
ELABORADO PELO EVANGELISTA:
NATALINO ALVES DOS ANJOS
SUBSIDIOS PARA PROFESSORES
INTRODUÇÃO.
A parábola
do semeador.
Marcos desenvolve som
ente duas das
sete parábolas expostas
em Mateus 13, e
as liga ao presente reino de Deus,
11, 30, e não,
como Mateus, ao reino
do céu. Isso
porque Marcos apresenta o
evangelho do servo,
não o do rei,
e a servidão
de Cristo está
ligada ao contexto m ais
amplo do reino
abrangente de Deus, e não
ao reino mais
nacional dos céus,
que envolve o
propósito divino último
de Israel. Essa parábola
diz respeito à
recepção dada à Palavra
de D eu s (semente)
no mundo. Tal verdade
foi apresentada em uma
parábola para que
os crentes pudessem
ser instruídos sem
revelar o conteúdo
da instrução àqueles
que são espiritualmente cegos,
carentes de compreensão espiritual, 11,12.
Nessa parábola, constata -se
claramente o vívido
contraste entre a
mera confissão e
a posse genuína da
Palavra. Não só
o evangelho deve
ser apropriado, mas também
precisa brilhar em testemunho, 21-25,
e crescer para
frutificar.
Esta parábola continha instruções tão importantes que todos
aqueles que fossem capazes de ouvi-la estariam obrigados a atendê-la. Há muitas
coisas que devemos saber; e se não entendermos as verdades claras do Evangelho,
como aprenderemos as mais difíceis? Será fácil valorizarmos os privilégios que
desfrutamos como discípulos de Cristo, se meditarmos seriamente no estado
deplorável de todos aqueles que não possuem tais privilégios.
No grande campo que é a Igreja, a Palavra de Deus é
dispensada a todos. Dos muitos que ouvem a Palavra do Evangelho, alguns poucos
recebem-na de tal maneira que no futuro darão frutos. Muitos daqueles que se
sentem profundamente tocados pela Palavra momentaneamente, não recebem um
benefício duradouro.
A Palavra não deixa impressões permanentes na mente dos
homens porque os seus corações não estão devidamente dispostos para recebê-la.
o Diabo está muito ocupado com os ouvintes negligentes, assim como as aves do
céu o estão com a semente que está sobre o solo. Muitos seguem uma profissão de
fé falsa e estéril, e estão se dirigindo para o inferno.
As impressões que não são profundas, não serão duradouras. Muitos
não se importam com a obra no coração, sem a qual a religião não é nada. A abundância
do mundo impede que outros sejam beneficiados pela Palavra de Deus. Aqueles que
têm pouco do mundo, ainda podem ser destruídos por satisfazerem as
concupiscências de seus próprios corpos. Deus espera e requer frutos daqueles
que desfrutam do Evangelho, um temperamento mental e os devocionais cristãos
exercidos diariamente, além dos deveres cristãos devidamente desempenhados.
Aqui vem à tona um diferente método de ensino. Ainda que
Cristo usasse o ensino alegórico até um certo ponto anteriormente, só nessa ocasião
do seu ministério ele começou a empregá-lo como veículo importante de
expressão. Conformeas multidões foram aumentando, a oposição se intensificando
e os seguidores superficiais foram se multiplicando, Jesus adotou a parábola como
meio de instrução dos seus próprios discípulos, de um lado, e do outro
escondendo a substância do seu ensino dos ouvintes superficiais e antagônicos.
Nessa ocasião ele usou as parábolas para ilustrar certas características do
Reino.
Contemplemos ao Senhor para que, por sua graça regeneradora,
os nossos corações possam chegar a ser uma boa terra, e que a boa semente da
Palavra de Deus produza em nossa vida estas boas palavras e obras que vêm por
meio de Jesus Cristo para louvor e glória de Deus Pai.
4.2 PARÁBOLAS.
Jesus ensinava freqüentemente por parábolas. Parábola é uma ilustração da vida
cotidiana, revelando verdades aos que estão com o coração disposto a ouvir, e,
ao mesmo tempo, ocultando estas mesmas verdades àqueles cujo coração não está preparado
(cf. Is 6.9,10(Isaías 6 9 Então, disse ele: Vai e dize a este povo: Ouvis, de
fato, e não entendeis, e vedes, em
verdade, mas não percebeis).
10 Engorda o coração
deste povo, e endurece-lhe os ouvidos, e fecha-lhe os olhos; não venha ele a
ver com os seus olhos, e a ouvir com os
seus ouvidos, e a entender com o seu coração, e a converter-se, e a ser sarado.
(ver Mt 13.3).
4.3 SAIU O SEMEADOR A
SEMEAR. Esta parábola conta como o evangelho será recebido no mundo. Três
verdades podem ser aprendidas nesta parábola:
(1) A conversão e a frutificação espiritual dependem de como
a pessoa se porta ante a Palavra de Deus (v. 14; cf. Jo 15.1-10).
(2) Haverá diferentes reações ante o evangelho, da parte do
mundo. Uns ouvirão, mas não entenderão (v. 15; Mt 13.19). Uns crerão, mas
depois se desviarão (vv. 16-19). Uns perseverarão e frutificarão em diferentes
proporções (v. 20).
(3) Os inimigos da Palavra de Deus são: Satanás, os cuidados
deste mundo, as riquezas e os prazeres pecaminosos desta vida (vv. 15,19; Lc
8.14).
4.15 TIRA A PALAVRA.
Cristo fala aqui a respeito da conversão incompleta, em que o indivíduo busca o
perdão dos seus pecados, mas não chega ao arrependimento pelo Espírito Santo. O
tal não recebe a salvação, pois não nasceu de novo, e nunca entra em comunhão
com os crentes; ou, se realmente torna-se membro de uma igreja, não demonstra
uma genuína entrega a Cristo, nem separação do mundo. Conversões incompletas
resultam destas causas:
(1) A igreja trata rapidamente com o interessado sem lhe comunicar
a compreensão correta do evangelho e das suas exigências.
(2) A igreja deixa de lidar com a possessão demoníaca do
interessado quando for o caso (16.15-17; Mt 10.1,8; 12.22-29).
(3) O interessado crê em Cristo com a mente apenas, e não de
todo o coracão (i.e., o mais íntimo do seu ser, a totalidade de sua
personalidade; cf. At 2.37; 2 Co 4.6).
(4) O interessado não se arrepende com genuína sinceridade,
nem se afasta do pecado (cf. Mt 3.2; At 8.18-23).
(5) O interessado quer aceitar Cristo como Salvador, mas não
como Senhor (Mt 13.20,21).
(6) A fé do interessado baseia-se no poder de persuasão das
palavras humanas mais do que na demonstração do Espírito e do poder de Deus (1
Co 2.4,5)
4.15 SATANÁS OPÕE-SE
À PALAVRA. A conversão a Cristo é incompleta quando o indivíduo busca o
perdão dos seus pecados mas não experimenta a real regeneração pelo Espírito
Santo. Tal pessoa deixa de obter a salvação e o novo nascimento; nunca tem
comunhão com os crentes, ou se permanece na igreja, não manifesta uma total
entrega a Cristo, nem separação do mundanismo. Conversão pela metade é
resultado de:
(1) Pressa da igreja ao tratar com o interessado sobre o
evangelho, não lhe explicando devidamente o que é seguir a Cristo e o que isso
requer da pessoa.
(2) A igreja deixar de lidar com a opressão demoníaca do
interessado (16.15-17; Mt 10.1,18; 12.22-29).
(3) O indivíduo crer em Cristo somente com o seu intelecto e
não de todo seu coração (i.e., o seu íntimo, todo seu ser, sua total
personalidade; cf. At 2.37; 2 Co 4.6);
(4) Ausência de verdadeiro arrependimento ou abandono do
pecado (cf. Mt 3.2; At 8.18-23);
(5) Um desejo da parte do interessado de aceitar a Cristo
como Salvador, mas não como Senhor (Mt 13.20,21);
(6) O interessado basear sua fé mais na
persuasão da palavra humana do que na demonstração do Espírito e do poder de
Deus (1 Co 2.4
COMPLEMENTO
V 1.O cenário para a apresentação da primeira dessas
parábolas foi à beira-mar, que presume-se seja o Mar da Galiléia. Novamente a
pressão da multidão obrigou o Senhora
falar ao povo de dentro de um barco um pouco afastado da praia.
V 4.O solo à beira do caminho ficou endurecido com a
passagem de muitos pés, de modo que a semente ficou na superfície à vista de
todos, e as aves a comeram.
Vv 5, 6.A segunda área onde a semente caiu foi solo rochoso,
que não deve ser entendido como terra contendo pedras, mas uma rocha coberta com
fina camada de terra. O calor do sol primeiro transformou esse solo em um
viveiro que produziu rápida germinação e, a seguir, em uma fornalha que queimou
e secou a tenra plantinha.
V 8.E o restante da semente foi semeado em boa terra. É simplesmente
razoável que se presuma que a maior parte da semente fosse semeada nesse tipo
de solo, e não apenas 25 por cento, como se declara às vezes. Vingou e cresceu.
Não foi o fruto que vingou. Esses dois particípios referem-se à palavra outra,
e portanto foi a semente que cresceu.
11. O mistério. Nas misteriosas religiões pagãs, os
iniciados eram instruídos nos ensinamentos esotéricos do culto, que não eram
revelados aos de fora. Sobre o reino de Deus, veja comentários em 1:15. O mistério
do reino é em última instância a mensagem total e completa do Evangelho (conf.
Rm. 16:25, 26). O propósito das parábolas era instruir os iniciados sem revelar
os itens da instrução àqueles que estavam de fora. Isso está de acordo com o
princípio bíblico que a compreensão espiritual restringe-se àqueles que se tornaram
espirituais pelo devido relacionamento com Cristo e sua mensagem (I Co. 2:6 e
segs.).
V 12.Que esse era o propósito de Cristoao usar as parábolas
foi mais adiante confirmado por uma citação do V. T
V 14. O semeador(v. 3) não foi identificado, mas obviamente representa
o próprio Cristo e todos os outros que proclamam o Evangelho. A semente é a
palavra, a qual é, conforme Lucas explica, a palavra de Deus, ou a mensagem que
vem de Deus.
V 15.As aves de 4:4 representam Satanás, que se aproxima
daqueles que ouvem a mensagem e evita que haja germinação da semente. Tais pessoas
ouvem simplesmente a palavra, e isso é tudo.
V 16.Cons. versículos 5, 6. Alguns ouvintes da palavra
recebem-nacom alacridade. A aparência de sinceridade e alegria genuína estão presentes.
V 17.A declaração de que não têm raiz indica a superficialidade
de sua recepção da palavra. São de pouca duração, ou transitórios, que é a tradução
para proskairoi. O calor do sol (v. 6) ilustra a vinda da angústia ou
perseguição, que logo se transformam em pedra de tropeço, e eles se afastam
porque a sua experiência com a palavra não é genuína.
V 19.Cons. 4:7. Os
cuidados são ansiedades e preocupações relativas aos interesses desta presente
era de impiedade.
A fascinação das riquezas refere-se à natureza enganadora da
riqueza, sempre prometendo satisfazer mas sempre incapaz de cumprir a promessa.
O terceiro impedimento é o anseio ou desejo das demais ambições, uma categoria
geral incluindo tudo mais que poderia sufocar a palavra e torná-la infrutífera.
V 20.Cons. 4:8. A boa
terra significa as pessoas que ouvem a palavra e a recebem. Um comentário sobre
o significado de recebem encontra-se em Mt. 13:23 e Lc. 8:15. São pessoas que
ouvem, que entendem, que são sinceras e que se apropriam da mensagem do Evangelho
permanentemente.
SUBSIDIOS PARA PROFESSORES.
FONTES: BIBLIA DE ESTUDOS PENTECOSTALCOMENTÁRIO BIBLICO MOODY
COMENTÁRIO BIBLICO MATEW HENRY
MANUAIS BBLICOS
ENCICLOPÉDIAS BIBLICAS
ELABORADO PELO EVANGELISTA:
NATALINO ALVES DOS ANJOS
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