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segunda-feira, 2 de março de 2015

NÃO FURTARÁS - LIÇÃO 10 COM SUBSIDIOS



Lições Bíblicas CPAD   -    Adultos
 1º Trimestre de 2015

Título: A Lei de Deus — Valores imutáveis para uma sociedade em constante mudança
Comentarista: Esequias Soares

Lição 10: Não furtarás
Data: 8 de Março de 2015

TEXTO ÁUREO

Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade” (Ef 4.28).

VERDADE PRÁTICA

O oitavo mandamento diz respeito à proteção da propriedade e abrange grande número de modalidades de furto sobre os quais o cristão precisa vigiar para não cair nas ciladas do Diabo.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Êx 21.16
O oitavo mandamento diz respeito ao sequestrador



Terça - Lv 19.11-13
O dever de não atrasar intencionalmente o pagamento



Quarta - Dt 25.13-16
O dever de não usar de dois pesos e duas medidas



Quinta - Pv 28.24
Apropriação indébita é roubo, ainda que as coisas pertençam aos pais



Sexta - Mt 19.18
O Senhor Jesus reconheceu a autoridade do oitavo mandamento



Sábado - 1Co 6.10
Os roubadores não herdarão o Reino do Deus

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Êxodo 20.15; 22.1-9.

Êxodo 20
1 - Nãofurtarás.

Êxodo 22
1 - Se alguém furtar boi ou ovelha e o degolar ou vender, por um boi pagará cinco bois; e pela ovelha, quatro ovelhas.
2 - Se o ladrão for achado a minar, e for ferido, e morrer, o que o feriu não será culpado do sangue.
3 - Se o sol houver saído sobre ele, será culpado do sangue. O ladrão fará restituição total; e se não tiver com que pagar, será vendido por seu furto.
4 - Se o furto for achado vivo na sua mão, seja boi, ou jumento, ou ovelha, pagará o dobro.
5 - Se alguém fizer pastar o seu animal num campo ou numa vinha e o largar para comer no campo de outro, o melhor do seu próprio campo e o melhor da sua própria vinha restituirá.
6 - Se rebentar um fogo, e pegar aos espinhos, e abrasar a meda de trigo, ou a seara, ou o campo, aquele que acendeu o fogo pagará totalmente o queimado.
7 - Se alguém der prata ou objetos ao seu próximo a guardar, e isso for furtado da casa daquele homem, se o ladrão se achar, pagará o dobro.
8 - Se o ladrão não se achar, então, o dono da casa será levado diante dos juizes, a ver se não meteu a sua mão na fazenda do seu próximo.
9 - Sobre todo negócio de injustiça, sobre boi, sobre jumento, sobre gado miúdo, sobre veste, sobre toda coisa perdida, de que alguém disser que é sua, a causa de ambos virá perante os juizes; aquele a quem condenarem os juizes o pagará em dobro ao seu próximo.

OBJETIVO GERAL

Apresentar o oitavo mandamento, ressaltando que o furto ou a aquisição ilegítima de propriedades são abominação ao Senhor e prejudicam o próximo..

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se aos que o professor deve atingir em cada tópico.
Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
·   I. Tratar a abrangência e o objetivo do oitavo mandamento.
·   II. Mostrar o que a legislação mosaica diz a respeito do furto.
·   III. Relacionar alguns danos que deveriam ser evitados, segundo a lei mosaica.
·   IV. Apresentar o trabalho como uma bênção de Deus.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR



Na lição de hoje estudaremos a respeito do oitavo mandamento. Este mandamento é uma proibição formal contra toda e qualquer forma de furto. Para que uma sociedade seja próspera, justa e tenha paz, deve prezar pelo respeito à propriedade alheia. No Antigo Testamento, a pena para o roubo era a devolução, restituição, em dobro de tudo que foi indevidamente retirado de alguém: “Sobre todo negócio de injustiça, sobre boi, sobre jumento, sobre gado miúdo, sobre veste, sobre toda coisa perdida, de que alguém disser que é sua, a causa de ambos virá perante os juízes; aquele a quem condenarem os juízes o pagará em dobro ao seu próximo” (Êx 22.9). O objetivo não era somente punir o réu, mas restaurar a unidade com seu irmão. É importante ressaltar que o princípio condenado por esse mandamento permanece em o Novo Testamento (1Ts 4.6).

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

O oitavo mandamento é o terceiro da série de proibição absoluta expresso com duas palavras e fala basicamente sobre dinheiro e bens, trabalho e negócios. Não pode haver paz numa sociedade se não houver respeito mútuo pela propriedade. Todo ser humano tem o direito de possuir bens e propriedades e, tendo conseguido as coisas de maneira lícita, ninguém tem o direito de privá-lo de suas conquistas.


PONTO CENTRAL

O furto prejudica o próximo e envergonha o nome do Senhor.


I. O OITAVO MANDAMENTO

1. Abrangência. Numa leitura superficial, parece tratar-se apenas da proibição de simples furto ou mesmo da aquisição ilegítima de propriedades ou possessões de outras pessoas ou grupos. Mas o mandamento vai muito além disso. Diz respeito a qualquer negócio com vantagem ilícita e que deixe o outro no prejuízo (Lv 6.2; 19.11,13). Estende-se ainda à provisão de emprego para que todos possam ganhar seu sustento de maneira digna e honrada, e isso envolve justiça social (Pv 14.34). Este é o grande desafio dos governantes no mundo inteiro.
2. Objetivo. O propósito do mandamento “não furtarás” (Êx 20.15; Dt 5.19) é a proteção e o respeito pelos bens alheios e pelo próximo. Vinculado a este mandamento está o trabalho como recurso para que cada um possa obter o sustento de sua família de maneira digna (Ef 4.28). A legislação é dada a Israel numa estrutura hipotética utilizando-se de suposições, um estilo de fácil compreensão (Êx 22.1-15). A desonestidade em todas as suas modalidades é um câncer na sociedade, um mal que precisa ser erradicado.
3. Contexto. Segundo a tradição rabínica, o sentido primário deste mandamento era a proibição de rapto de pessoas para serem vendidas como escravos. O mesmo verbo hebraico ganav, “furtar”, é usado para tráfico de pessoas (Êx 21.16; Dt 24.7). Esse tipo de crime era comum naquela época; o rapto de José do Egito é uma amostra daquele contexto social (Gn 37.22-28). O Novo Testamento menciona essa prática perversa (1Tm 1.10). A interpretação rabínica é aceitável e tem apoio da maioria dos expositores do Antigo Testamento, mas o oitavo mandamento não se restringe a isso.



SÍNTESE DO TÓPICO (I)

O sétimo mandamento tem como objetivo proteger a família, estabelecendo uma sociedade moral e espiritualmente sadia.



SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“Furto — A palavra grega nosphizomai foi assim traduzida em Tito 2.10. Paulo insiste na necessidade de o servo cristão (doulos) evitar responder e ‘furtar’. Essa palavra significa ‘roubar’ ou se apropriar ilegalmente de alguma coisa, como Acã fez em Jericó (Js 7.1). O mesmo verbo grego é usado em Atos 5.2,3, onde Ananias apropriou-se ou conservou para si mesmo uma parte da venda de uma propriedade” (PFEIFFER, Charles F. (Ed). Dicionário Bíblico Wycliffe. 7ª Edição. RJ: CPAD, 2010, p.827).



II. LEGISLAÇÃO MOSAICA SOBRE O FURTO

1. A pena por furto de bois e ovelhas. A estrutura do sistema mosaico, aqui, pertence ao campo jurídico. Na nova aliança, ao campo espiritual (1Co 6.10). A pena para quem furtasse animais em Israel era a restituição de cinco para cada boi e de quatro para cada ovelha (Êx 22.1 ou 21.37 na Bíblia Hebraica). Era uma pena mais leve que a do Código de Hamurabi, cuja restituição era de trinta vezes para cada animal. Mas, se o animal estivesse vivo, a punição era restituir o dobro (Êx 22.4). A pena era atenuada ainda mais se o ladrão confessasse voluntariamente o furto: seria então de vinte por cento (Lv 6.4,5).
2. Furto à noite com o arrombamento da casa. Segundo a lei, se o dono da casa se deparar com o ladrão dentro de casa à noite e o matar, ele “não será culpado de sangue” (Êx 22.2). Não se trata, pois, de um assassinato premeditado (Êx 21.12,13); além disso, a escuridão nem sempre permite identificar o ladrão, e o tal arrombador também pode estar armado. O dono da casa pode ainda alegar legítima defesa.
3. O ladrão do dia. A lei protege a vida do ladrão. Se ele for apanhado em flagrante durante o dia, o dono da casa “será culpado de sangue” se o matar (Êx 22.3a). Nesse caso, a pena aplicada ao ladrão é a restituição: “O ladrão fará restituição total; e se não tiver com que pagar, será vendido por seu furto” (22.3b). Esse trecho parece ter sido deslocado do versículo 1. Se o ladrão capturado não tiver como restituir o roubo, como manda a lei, ele será vendido como escravo; dentro do regime mosaico, espera-se com isso que ele aprenda a lição (Êx 21.2).



SÍNTESE DO TÓPICO (II)

A legislação mosaica não somente punia alguém que furtou, mas protegia a vida do ladrão e fazia com que ele restituísse suas vítimas, prezando pela paz.



SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“Também passa a ser roubo o ato de tirar vantagens de outrem na venda de propriedades ou produtos, ou na administração de transações comerciais. É impróprio pagar salários mais baixos do que devem receber por direito. O amor ao dinheiro é o pecado básico condenado por este mandamento. A obediência é perfeita somente com um coração puro” (Comentário Bíblico Beacon. Volume 1. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.191).



III. SOBRE OS DANOS MATERIAIS

1. Animal solto. Aqui a lei fala sobre responsabilidade de cada um pelo bem-estar da sociedade. Quem possui animais deve ter o cuidado para não perturbar o vizinho. O texto se refere à destruição no campo, na lavoura ou nas demais plantações. O dono do animal é condenado pela lei a indenizar o proprietário prejudicado com o melhor de seu campo, visto que o estrago no campo, ou na vinha do outro, não foi voluntário, ele apenas largou o animal deixando-o solto (Êx 22.5).
2. A queimada involuntária. A lei responsabiliza o culpado pela destruição da propriedade, ou lavoura de outrem por descuido que tenha levado o fogo a queimá-la (Êx 22.6). O responsável pelo estrago tem de reparar os prejuízos indenizando o proprietário prejudicado. Havia na Palestina cerca de setenta espécies de espinhos que serviam de muros divisórios de propriedades e rodeavam plantações de trigo (Is 5.5). Isso gerava também conflitos na demarcação de terras (Dt 19.14; 27.17; Pv 22.28).
3. O furto e o ladrão. A lei aqui trata da guarda de dinheiro e bens. O termo usado para “prata”, em hebraico, é kessef, “dinheiro” e “objetos”, e kelim, “artigos, utensílios, vasos”, traduzido também por “traje, roupa, veste” (Dt 22.5). Se alguma dessas coisas estiver sob a proteção de alguém e for roubada, o ladrão retribuirá em dobro caso seja descoberto (Êx 22.7). Mas, se o autor do furto não for encontrado, o responsável pela custódia terá de provar sua inocência diante dos juízes (Êx 22.8).



SÍNTESE DO TÓPICO (III)

A lei procura reparar os danos materiais, contribuindo para o bem-estar da sociedade.



SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“Minar era a ação de cavar uma parede de barro em propriedade alheia. Se o intruso fosse pego no ato e morto, não haveria de culpar a quem o matasse. Tratava-se de homicídio justificável. Se houvesse decorrido tempo, como dão a entender as palavras ‘se o sol houver saído sobre ele’, então matar o ladrão não seria justificável e tal assassinato estaria sujeito à pena. É possível que o significado desta cláusula seja que não havia culpa matar o ladrão à noite, mas que constituía delito fazê-lo durante o dia. Em todo caso, se o ladrão vivesse, teria de fazer restituição total ou, se não pudesse pagar, seria vendido como escravo.
Se o ladrão não tinha matado ou vendido o animal que roubara, ele poderia fazer restituição pagando em dobro em vez de quatro ou cinco vezes mais. Neste caso, ele devolveria o animal roubado e acrescentaria mais um” (Comentário Bíblico Beacon. Volume 1. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.197).



IV. O TRABALHO

1. Uma bênção. No Jardim do Edén, Deus pôs o homem para trabalhar, mesmo antes da queda (Gn 1.26-28; 2.15). A Bíblia está cheia de ensinamentos sobre o trabalho (Êx 34.21; 2Ts 3.10). O trabalho realiza o ser o humano. O que pode, às vezes, fazer disso um tédio são os baixos salários, as péssimas condições de trabalho e a opressão dos maus patrões (Tg 5.4-6), mas o trabalho em si é gratificante (Ec 3.22). O patrão deve ter o cuidado para não atrasar o pagamento de seus empregados (Lv 19.13) e estes devem ser honestos naquilo que fazem e dizem (Cl 3.22-25).
2. Os bens. Jesus renunciou à riqueza (2Co 8.9; Fp 2.6,7) e, pelo que parece, esperava o mesmo dos discípulos (Lc 9.3; 10.4; 14.33). Além disso, Jesus mandou que o moço rico desse seus bens aos pobres (Mt 19.21), mas não exigiu isso de Zaqueu, que se prontificou livremente em doar metade de seus bens aos pobres (Lc 19.8). Não é requerido voto de pobreza para ser cristão, mas a riqueza pode ser um tropeço na vida cristã (Mt 13.22). A fé cristã não condena os bens materiais, desde que adquiridos com honestidade. É o amor ao dinheiro, e não o dinheiro em si, a raiz de toda a espécie de males (1Tm 6.9,10).
3. O Novo Testamento. O oitavo mandamento é reafirmado diversas vezes no NT (Mt 15.19; Rm 2.21; 13.9; 1Pe 4.15), mas adaptado à graça, pois as sanções previstas no sistema mosaico não aparecem na Nova Aliança. O Senhor Jesus disse: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5.17). O apóstolo Paulo encoraja o trabalho não somente para o sustento da família (1Tm 5.8), mas também para que cada um contribua para suprir a necessidade do próximo (Veja 2 Coríntios nos capítulos 8 e 9).



SÍNTESE DO TÓPICO (IV)

O trabalho é uma dádiva divina. Ele foi dado ao homem antes da Queda.



CONCLUSÃO

O cristão deve ter bom testemunho (1Co 10.32) e exalar o bom perfume de Cristo (2Co 2.15) onde viver e por onde passar, e dessa maneira Deus será glorificado (Mt 5.16).

PARA REFLETIR

Sobre o oitavo mandamento:

A propriedade é um direito do ser humano?
Sim. Deus deu lei a Moisés para proteger os bens do seu povo.

Por que a pessoa não deve furtar o que pertence ao outro?
Porque tal ato, além de ser pecado contra Deus, prejudica o próximo.

Para você, quais outras modalidades podem ser consideradas furtos?
Oriente os alunos quanto à compra de produtos piratas. Tal atitude é ilegal e macula a Igreja de Cristo.

Se uma pessoa rouba a outra, mas se arrepende, o que ela deve fazer?
Em primeiro lugar, pedir o perdão de Deus, pedir perdão à vítima e restituí-la.

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

Não furtarás

Furtar é subtrair a coisa alheia. Esta ação se dá em vários níveis humanos. Um é o de caráter individual. Ou seja, a pessoa subtrair o bem alheio. Acontece na família, o pai que furta o filho, o filho que furta o pai; o esposo furta a esposa, a esposa furta o esposo; o tio para com o sobrinho; avós e netos. Esse fenômeno pode se dar também na vida profissional: funcionário furtando funcionário; o chefe furtando o funcionário, o funcionário furtando o chefe. O furto pode se dar, infelizmente, também na esfera religiosa: os irmãos furtando irmãos, o pastor furtando irmãos. Onde há relacionamento cuja moeda é o dinheiro ou outro bem de valor material, então há a possibilidade de furto.
Outro nível onde o furto se dá é o coletivo. O Estado pode furtar o salário do cidadão com os altos encargos tributários, e diminuir o poder do pequeno e médio empreendedor gerar mais empregos. Igualmente, a empresa pode furtar o salário do funcionário quando não paga o que lhe é devido pelo trabalho; e o funcionário furta a empresa quando não cumpre o que foi combinado pelas partes. O mesmo se dá na esfera religiosa, onde a relação financeira entre pastores e membros tem causado escândalos em muitos lugares por não se observar o princípio do oitavo mandamento.
O Novo Testamento, na pessoa de Jesus de Nazaré, retoma o princípio do “Não Furtarás” quando o nosso Senhor alerta para o perigo de se acumular bens materiais: “Acautelai-vos e guardai-vos da avareza [Ganância] porque a vida não consiste na abundância do que possui. [...] Louco, esta noite te pedirão a tua alma, e o que tens preparado para quem será?” (Lc 12.15,20 cf. vv.13-34). Jesus condenou os doutores da lei que discursavam belamente, mas de forma sorrateira e obscura furtavam as viúvas judias (Mc 12.38-40). De forma semelhante condenou os fariseus que exteriormente impunham-se uma postura de piedade e santidade, mas no interior das suas almas eram amigos inseparáveis do dinheiro (Lc 16.14).
Por fim, o nosso Senhor nos diz claramente que não é possível servir a dois senhores, a Deus e ao Dinheiro (Mc 6.24). Embora a teologia da prosperidade, não confessadamente, mas na prática, reverbere o contrário, não há jeito, temos de optar: ou ficamos com o Evangelho ou assumimos a teologia da prosperidade. Jesus derrubou a mesa dos cambistas do templo e os chamou de ladrões (Lc 19.46). Hoje, há sucessivas tentativas de fazer de alguns púlpitos e de algumas igrejas um lugar de impropérios que fariam o Senhor Jesus novamente afirmar: “vocês fizeram dela um covil de ladrões”.


SUBSIDIOS

O  Oitavo Mandamento: Não Furtar (EXODO 20.15)
Este mandamento regula o direito da propriedade particular. E errado tomar de outro o que é legalmente dele. Constitui roubo quando a pessoa se apossa do que legalmente pertence a uma empresa ou instituição. Não há justificativa para a “apropriação” mesmo quando a pessoa sente que o produto lhe é devido. Este mandamento é quebrado quando a pessoa intencionalmente preenche a declaração do Imposto de Renda com informações falsas, desta forma retendo tributos devidos ao governo. Esta prática é imprópria mesmo que o cidadão desaprove o governo.

Também passa a ser roubo o ato de tirar vantagens de outrem na venda de propriedades ou produtos, ou na administração de transações comerciais. E impróprio pagar salários mais baixos do que devem receber por direito. O amor do dinheiro é o pecado básico condenado por este mandamento. A obediência é perfeita somente com um coração puro.

O oitavo mandamento é a lei do amor quanto ao respeito pela propriedade alheia. A porção de coisas deste mundo que nos são designadas, desde que obtidas honestamente, são o pão que Deus nos tem dado; por ele devemos estar agradecidos, contentes e, pelo uso de meios legítimos, confiar na providência para o futuro. Aproveitar-se da ignorância, do conforto ou da necessidade do próximo e muitas outras coisas, infringem a lei de Deus, mesmo que a sociedade não veja culpa nisto. Os saqueadores de reinos, ainda que estejam acima da justiça humana, ficam incluídos nesta sentença. Defraudar o público, contrair dívidas sem pensar em pagá-las ou evadir o pagamento das dívidas justas, a extravagância, viver da caridade quando não é necessário e toda a opressão dos pobres em seus salários; estas e outras coisas infringem este mandamento, que exige o trabalho, a sobriedade e o contentamento, além de tratar os demais como gostaríamos que eles nos tratassem quanto ao patrimônio deste mundo.

O oitavo mandamento é “Não Furtarás – EXODO 20.15”.
a. Requer que devemos obter, preservar e aumentar a nossa própria riqueza e a dos outros de uma forma legal; que devemos ser diligentes em nossos chamados, com cuidado para fornecer as nossas famílias coisas convenientes, honestas e respeitáveis aos olhos de todos; que tenhamos um pouco para dar a quem precisa para que os mesmos não sejam tentados a roubar dos outros, pois Deus odeia o roubo e toda injustiça (Pv 22:29; 1 Tm 5:8; Rm 12:17; Ef 4:28; Is 61:8);

b. Exige verdade, justiça e fidelidade em todas as relações com os homens; não dever nada a ninguém, mas dar a todos os seus encargos; Usar de pesos e medidas justos; ser fiel a todos os compromissos, promessas e contratos e em tudo que está sob o nosso cuidado e confiança (Rm 13:7- 8; Lv 19:35-36, Lv 6:2-5; Ne 5:12);

c. Proíbe todas as formas injustas de aumentar a nossa riqueza prejudicando o nosso próximo; as balanças, pesos e medidas falsos; transações desonestas; o tirar pela força ou pela fraude os bens e as propriedades dos homens; o pegar emprestado e não pagar; a extorsão, a opressão e a usura ilegal, pois nem toda usura é ilegal, apenas a que é exorbitante e opressora dos pobres; pois é razoável que um homem ganhe pelo dinheiro de outro homem e que o outro tenha uma participação proporcional no ganho. Nem foi sem pagamento nem uma violação desta lei o empréstimo que os israelitas fizeram aos egípcios, uma vez que foi por ordem de Deus, que é Senhor de todas as coisas. Ademais o empréstimo pôde ser debitado dos serviços que os israelitas prestaram aos egípcios no período da escravidão (Amós 8:5-6; 1 Ts 4:06, Sl 37:21; 1 Co 6:9-10; Dt 23:1-20; Ex 11:02; Ex 12:35).

EXODO 20.15 NÃO FURTARÁS. Este mandamento proíbe o furto de dinheiro ou de qualquer outra coisa que pertence a outrem. Desonestidade também é uma forma de furtar (2 Co 8.21). Este mandamento demanda honestidade em todos os nossos tratos com as pessoas.

EXODO 21.12-17 CERTAMENTE MORRERÁ. Estes versículos mencionam quatro crimes, aos quais Deus sentenciou a pena de morte: o homicídio premeditado (vv.12.14), agressão física aos pais (v. 15), seqüestro de pessoas (v. 16) e amaldiçoar, insultar e ofender verbalmente os pais (v. 17). Esta penalidade demonstra a importância que Deus atribui ao relacionamento correto entre as pessoas (homicídio e seqüestro) e ao relacionamento apropriado na família (tratamento aos pais).

PROVÉRBIOS 11.1 BALANÇA ENGANOSA É ABOMINAÇÃO PARA O SENHOR. O emprego de balança inexata para lesar o próximo é condenado por Deus (cf. Lv 19.35). Ele ordena que sejamos honestos com todos, tanto em assuntos financeiros quanto noutras circunstâncias em que a fraude é possível. Devemos sempre ter em mente que "o seu [do Senhor] rosto está voltado para os retos" (Sl 11.7); somente os retos "habitarão na tua presença" (Sl 140.13; cf. 24.3-5).

PROVÉRBIOS 11.19 O QUE SEGUE O MAL FAZ ISSO PARA SUA MORTE. Deus estabeleceu penalidades para quem violar suas leis. Os ímpios, um dia, pagarão por seus pecados e por desprezarem a Deus e ao próximo (ver 6.29; Gn 34.25-30; 49.7; Rm 6.23; Tg 1.15).

PROVÉRBIOS 10.22 A BÊNÇÃO DO SENHOR É QUE ENRIQUECE. Muitas riquezas materiais deste mundo procedem da iniqüidade, da ganância, da avareza e, portanto, não provêm de Deus (v. 2). As riquezas verdadeiras consistem na bênção do Senhor. Quer sejamos pobres, ou ricos, a presença e a graça do Senhor são o nosso maior tesouro.

OSEIAS 12.7 É UM MERCADOR. Oséias dá a entender que os israelitas estavam empregando práticas comerciais dos cananeus, contrárias a Deus. Ao mesmo tempo, os mercadores achavam que não seriam considerados culpados por agirem desonestamente. Deve-se advertir sempre o povo de Deus para que não siga as práticas pecaminosas e os costumes mundanos.

MALAQUIAS 1.6-8 Ó SACERDOTES, QUE DESPREZAIS O MEU NOME. Malaquias apresenta uma acusação contra os sacerdotes da terra.
(1) Eles desprezavam o Senhor, oferecendo-lhe animais aleijados ou doentes, o que contraria a Lei de Deus (Lv 22.22).
(2) Como crentes em Cristo, devemos ofertar a Deus o melhor que possuímos: nossa vida inteira como sacrifício vivo (Rm 12.1). O tempo que dedicamos à oração e ao estudo da Bíblia deve ser o horário nobre do dia, e jamais quando estivermos cansados para fazer outra coisa.
(3) "A mesa do SENHOR" era usada para sacrificar os animais trazidos em oferenda pelos filhos de Israel.

MALAQUIAS 3.8 ROUBARÁ O HOMEM A DEUS? Os israelitas roubavam a Deus ao deixarem de lhe trazer os dízimos (a décima parte do que ganhavam). O dízimo era exigido pela Lei de Moisés (Lv 27.30).
(1) Por isto, Deus ameaça com maldições os que, egoisticamente, recusam-se a contribuir (vv. 8,9), e promete abençoar os que sustentam a sua obra (vv. 10-12).
(2) Os crentes do NT têm a obrigação de contribuir com os seus dízimos para manter a obra do Senhor tanto local quanto no campo missionário (ver 2 Co 8.2).

MIQUEIAS 2.1-5 AI DAQUELES QUE... INTENTAM A INIQÜIDADE. Miquéias proclama a calamidade contra certas pessoas que, por serem suficientemente poderosas, exploravam o próximo a fim de atingir seus intentos egoístas.
(1) Eram latifundiários que compravam, ou roubavam, sítio após sítio. Não tinham a mínima hesitação em defraudar o próximo para obterem mais propriedades. Tendo dedicado seus corações à cobiça, não se importavam com o sofrimento infligido ao próximo.
(2) Deus tinha um plano para eles; ceifariam o que haviam semeado. Deus enviaria a Assíria para lhes confiscar as terras e levá-los ao cativeiro.
(3) Devemos tomar cuidado para não nos tornarmos cobiçosos, nem oprimir o próximo a fim de obter dinheiro ou possessões .

EXODO 22.1-9
EXODO 22.1 A restituição legal pelo furto, como no caso de Zaqueu (Lc 19.8).

EXODO 22.2 Ladrão. Um chefe de família será livre de culpa quando defender seu lar, com mão armada, no caso de um assalto noturno. De dia, porém, só o espírito de assassínio o levaria a abater um homem, quando seria fácil levar o assaltante a fugir (3).

EXODO 22.5 Fizer pastar. Uma aplicação lógica do oitavo mandamento "Não furtarás". Para aqueles que não puderam entender sozinhos, que deixar seu animal fartar-se com o valioso produto da fazenda do vizinho, era uma maneira disfarçada de furtar-lhe, precisava haver regulamentos, embora a melhor maneira de viver a Lei de Deus seja tê-la gravada no seu íntimo, no coração (Hb 8).

EXODO 22.6 Fogo. O fogo irrompe de uma centelha e uma desatenção, e destrói tudo que há ao redor. A destruição fica por conta de quem causou a primeira centelha alastrada. Muito mais responsável e de mais terríveis danos é aquele que profere uma palavra irrefletida contra seu próximo, pois a língua é fogo ateado pelo inferno, fogo indomável (Tg 3.1-12).
Ladrão . . . arrombando (v. 2). Literalmente, cavando através. O caminho de acesso costumeiro para um ladrão era cavar através das paredes de barro da casa, relativamente fracas. Será culpado de sangue (v. 3). O dono da casa é culpado (Moffatt). Um golpe mortal desferido nas trevas em defesa da vida e da propriedade era desculpável, mas à luz do dia, era o raciocínio, tal defesa violenta não seria necessária. A vida, mesmo a de um ladrão, tem importância diante de Deus. Vendido. Não como castigo mas como restituição.

2TESSALONICENSES 3.12 TRABALHANDO COM SOSSEGO. Os cristãos não devem ser ociosos, mas trabalhar com afinco e constância para ganhar o próprio sustento e o da família, além de ter com que ajudar os necessitados ( 1 Co 16.1; 2 Co 8.1-15; Ef 4.28).

COLOSSENSES 3.23 FAZEI-O... COMO AO SENHOR. Paulo exorta os cristãos a considerar toda mão-de-obra executada como um serviço prestado ao Senhor. Devemos trabalhar como se Cristo fosse o nosso patrão, sabendo que todo o trabalho realizado "como ao Senhor" um dia receberá seu galardão (v. 24; cf. Ef 6.6-8).

1TIMOTEO 6.8 ESTEJAMOS... CONTENTES. Os crentes devem estar satisfeitos, tendo as coisas essenciais desta vida, como alimento, vestuário e teto. Caso surjam necessidades financeiras específicas, devemos confiar na providência de Deus (Sl 50.15), enquanto continuamos a trabalhar (2 Ts 3.7,8), a ajudar os necessitados (2 Co 8.2,3), e servir a Deus com contribuições generosas (2 Co 8.3; 9.6,7). Não devemos querer ficar ricos (vv. 9-11).

ROMANOS 13.8 A NINGUÉM DEVAIS COISA ALGUMA. O crente não deve deixar de pagar suas dívidas. Isso não significa que é proibido tomar emprestado do próximo, em caso de necessidade grave (cf. Êx 22.25; Sl 37.26; Mt 5.42; Lc 6.35). Por outro lado, a Palavra de Deus reprova o ato de contrair dívidas por coisas desnecessárias, bem como ficar indiferente quanto ao resgate delas (cf. Sl 37.21). A única dívida que nunca quitamos é a de amar uns aos outros.

1CORINTIOS 10.31 FAZEI TUDO PARA A GLÓRIA DE DEUS. O objetivo principal da vida do crente é agradar a Deus e promover a sua glória. Sendo assim, aquilo que não pode ser feito para a glória de Deus (i.e., em sua honra e ações de graças como nosso Senhor, Criador e Redentor) não deve ser feito de modo nenhum. Honramos a Deus mediante nossa obediência, ações de graças, confiança, oração, fé e lealdade a Ele. Viver para a glória de Deus deve ser uma norma fundamental em nossa vida, o alvo da nossa conduta, e teste das nossas ações.

MATEUS 6.24 AS RIQUEZAS. No original é mamom, um termo aramaico significando dinheiro ou outros bens terrenos valiosos. Jesus deixou bem claro que uma pessoa não pode ao mesmo tempo servir a Deus e às riquezas.
(1) Servir à riqueza é dar-lhe um valor tão alto que:
 (a) colocamos nela nossa confiança e fé;
(b) esperamos da parte dela nossa segurança máxima e felicidade;
(c) confiamos que ela garantirá o nosso futuro; e
(d) a buscamos mais do que o reino de Deus e sua justiça.
(2) Acumular riquezas é um trabalho tão envolvente, que logo passa a controlar a mente e a vida da pessoa, até que a glória de Deus deixa de ter a primazia em nosso ser (Lc 16.13).

ELABORADO PELO EVANGELISTA:
NATALINO DOS ANJOS.

FONTE DE PESQUISA.
Comentário Biblico  Moody
Comentário Bíblico Matew Henry
Comentário Biblico  Popular
Bíblia de Estudo Pentecostal




















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