Lições Bíblicas CPAD - Adultos
1º Trimestre de 2015
Título: A Lei de Deus
— Valores imutáveis para uma sociedade em constante mudança
Comentarista: Esequias
Soares
Lição 10: Não furtarás
Data: 8 de Março
de 2015
TEXTO ÁUREO
“Aquele que furtava
não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que
tenha o que repartir com o que tiver necessidade” (Ef 4.28).
VERDADE PRÁTICA
O oitavo mandamento
diz respeito à proteção da propriedade e abrange grande número de modalidades
de furto sobre os quais o cristão precisa vigiar para não cair nas ciladas do
Diabo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda
- Êx 21.16
O oitavo mandamento
diz respeito ao sequestrador
Terça
- Lv 19.11-13
O dever de não
atrasar intencionalmente o pagamento
Quarta
- Dt 25.13-16
O dever de não usar
de dois pesos e duas medidas
Quinta
- Pv 28.24
Apropriação
indébita é roubo, ainda que as coisas pertençam aos pais
Sexta
- Mt 19.18
O Senhor Jesus
reconheceu a autoridade do oitavo mandamento
Sábado
- 1Co 6.10
Os roubadores não
herdarão o Reino do Deus
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo
20.15; 22.1-9.
Êxodo
20
1 - Nãofurtarás.
Êxodo
22
1 - Se
alguém furtar boi ou ovelha e o degolar ou vender, por um boi pagará cinco
bois; e pela ovelha, quatro ovelhas.
2 - Se
o ladrão for achado a minar, e for ferido, e morrer, o que o feriu não será
culpado do sangue.
3 - Se
o sol houver saído sobre ele, será culpado do sangue. O ladrão fará restituição
total; e se não tiver com que pagar, será vendido por seu furto.
4 - Se
o furto for achado vivo na sua mão, seja boi, ou jumento, ou ovelha, pagará o
dobro.
5 - Se
alguém fizer pastar o seu animal num campo ou numa vinha e o largar para comer
no campo de outro, o melhor do seu próprio campo e o melhor da sua própria
vinha restituirá.
6 - Se
rebentar um fogo, e pegar aos espinhos, e abrasar a meda de trigo, ou a seara,
ou o campo, aquele que acendeu o fogo pagará totalmente o queimado.
7 - Se
alguém der prata ou objetos ao seu próximo a guardar, e isso for furtado da
casa daquele homem, se o ladrão se achar, pagará o dobro.
8 - Se
o ladrão não se achar, então, o dono da casa será levado diante dos juizes, a
ver se não meteu a sua mão na fazenda do seu próximo.
9 - Sobre
todo negócio de injustiça, sobre boi, sobre jumento, sobre gado miúdo, sobre
veste, sobre toda coisa perdida, de que alguém disser que é sua, a causa de
ambos virá perante os juizes; aquele a quem condenarem os juizes o pagará em
dobro ao seu próximo.
OBJETIVO GERAL
Apresentar
o oitavo mandamento, ressaltando que o furto ou a aquisição ilegítima de
propriedades são abominação ao Senhor e prejudicam o próximo..
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os
objetivos específicos referem-se aos que o professor deve atingir em cada
tópico.
Por exemplo, o
objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
· I. Tratar a
abrangência e o objetivo do oitavo mandamento.
· II. Mostrar o
que a legislação mosaica diz a respeito do furto.
· III. Relacionar alguns
danos que deveriam ser evitados, segundo a lei mosaica.
· IV. Apresentar o
trabalho como uma bênção de Deus.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na
lição de hoje estudaremos a respeito do oitavo mandamento. Este mandamento é
uma proibição formal contra toda e qualquer forma de furto. Para que uma
sociedade seja próspera, justa e tenha paz, deve prezar pelo respeito à
propriedade alheia. No Antigo Testamento, a pena para o roubo era a devolução,
restituição, em dobro de tudo que foi indevidamente retirado de alguém: “Sobre
todo negócio de injustiça, sobre boi, sobre jumento, sobre gado miúdo, sobre
veste, sobre toda coisa perdida, de que alguém disser que é sua, a causa de
ambos virá perante os juízes; aquele a quem condenarem os juízes o pagará em
dobro ao seu próximo” (Êx 22.9). O objetivo não era somente punir o réu, mas
restaurar a unidade com seu irmão. É importante ressaltar que o princípio
condenado por esse mandamento permanece em o Novo Testamento (1Ts 4.6).
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O oitavo mandamento
é o terceiro da série de proibição absoluta expresso com duas palavras e fala
basicamente sobre dinheiro e bens, trabalho e negócios. Não pode haver paz numa
sociedade se não houver respeito mútuo pela propriedade. Todo ser humano tem o
direito de possuir bens e propriedades e, tendo conseguido as coisas de maneira
lícita, ninguém tem o direito de privá-lo de suas conquistas.
PONTO CENTRAL
O furto prejudica o próximo e
envergonha o nome do Senhor.
I.
O OITAVO MANDAMENTO
1.
Abrangência. Numa leitura superficial,
parece tratar-se apenas da proibição de simples furto ou mesmo da aquisição
ilegítima de propriedades ou possessões de outras pessoas ou grupos. Mas o
mandamento vai muito além disso. Diz respeito a qualquer negócio com vantagem ilícita
e que deixe o outro no prejuízo (Lv 6.2; 19.11,13). Estende-se ainda à provisão
de emprego para que todos possam ganhar seu sustento de maneira digna e
honrada, e isso envolve justiça social (Pv 14.34). Este é o grande desafio dos
governantes no mundo inteiro.
2.
Objetivo. O propósito do mandamento “não
furtarás” (Êx 20.15; Dt 5.19) é a proteção e o respeito pelos bens alheios e
pelo próximo. Vinculado a este mandamento está o trabalho como recurso para que
cada um possa obter o sustento de sua família de maneira digna (Ef 4.28). A
legislação é dada a Israel numa estrutura hipotética utilizando-se de
suposições, um estilo de fácil compreensão (Êx 22.1-15). A desonestidade em
todas as suas modalidades é um câncer na sociedade, um mal que precisa ser erradicado.
3.
Contexto. Segundo a tradição rabínica, o
sentido primário deste mandamento era a proibição de rapto de pessoas para
serem vendidas como escravos. O mesmo verbo hebraico ganav, “furtar”, é usado para tráfico de
pessoas (Êx 21.16; Dt 24.7). Esse tipo de crime era comum naquela época; o
rapto de José do Egito é uma amostra daquele contexto social (Gn 37.22-28). O
Novo Testamento menciona essa prática perversa (1Tm 1.10). A interpretação
rabínica é aceitável e tem apoio da maioria dos expositores do Antigo
Testamento, mas o oitavo mandamento não se restringe a isso.
SÍNTESE
DO TÓPICO (I)
O
sétimo mandamento tem como objetivo proteger a família, estabelecendo uma
sociedade moral e espiritualmente sadia.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Furto — A palavra
grega nosphizomai foi assim traduzida em Tito 2.10. Paulo
insiste na necessidade de o servo cristão (doulos) evitar responder e ‘furtar’. Essa palavra
significa ‘roubar’ ou se apropriar ilegalmente de alguma coisa, como Acã fez em
Jericó (Js 7.1). O mesmo verbo grego é usado em Atos 5.2,3, onde Ananias
apropriou-se ou conservou para si mesmo uma parte da venda de uma propriedade”
(PFEIFFER, Charles F. (Ed). Dicionário Bíblico Wycliffe. 7ª
Edição. RJ: CPAD, 2010, p.827).
II.
LEGISLAÇÃO MOSAICA SOBRE O FURTO
1.
A pena por furto de bois e ovelhas. A
estrutura do sistema mosaico, aqui, pertence ao campo jurídico. Na nova
aliança, ao campo espiritual (1Co 6.10). A pena para quem furtasse animais em
Israel era a restituição de cinco para cada boi e de quatro para cada ovelha
(Êx 22.1 ou 21.37 na Bíblia Hebraica). Era uma pena mais leve que a do Código
de Hamurabi, cuja restituição era de trinta vezes para cada animal. Mas, se o
animal estivesse vivo, a punição era restituir o dobro (Êx 22.4). A pena era
atenuada ainda mais se o ladrão confessasse voluntariamente o furto: seria
então de vinte por cento (Lv 6.4,5).
2.
Furto à noite com o arrombamento da casa. Segundo
a lei, se o dono da casa se deparar com o ladrão dentro de casa à noite e o
matar, ele “não será culpado de sangue” (Êx 22.2). Não se trata, pois, de um
assassinato premeditado (Êx 21.12,13); além disso, a escuridão nem sempre
permite identificar o ladrão, e o tal arrombador também pode estar armado. O
dono da casa pode ainda alegar legítima defesa.
3.
O ladrão do dia. A lei protege a vida do ladrão.
Se ele for apanhado em flagrante durante o dia, o dono da casa “será culpado de
sangue” se o matar (Êx 22.3a). Nesse caso, a pena aplicada ao ladrão é a
restituição: “O ladrão fará restituição total; e se não tiver com que pagar,
será vendido por seu furto” (22.3b). Esse trecho parece ter sido deslocado do
versículo 1. Se o ladrão capturado não tiver como restituir o roubo, como manda
a lei, ele será vendido como escravo; dentro do regime mosaico, espera-se com
isso que ele aprenda a lição (Êx 21.2).
SÍNTESE
DO TÓPICO (II)
A
legislação mosaica não somente punia alguém que furtou, mas protegia a vida do
ladrão e fazia com que ele restituísse suas vítimas, prezando pela paz.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Também passa a ser
roubo o ato de tirar vantagens de outrem na venda de propriedades ou produtos,
ou na administração de transações comerciais. É impróprio pagar salários mais
baixos do que devem receber por direito. O amor ao dinheiro é o pecado básico
condenado por este mandamento. A obediência é perfeita somente com um coração
puro” (Comentário Bíblico Beacon. Volume 1. 1ª Edição. RJ: CPAD,
2005, p.191).
III.
SOBRE OS DANOS MATERIAIS
1.
Animal solto. Aqui a lei fala sobre
responsabilidade de cada um pelo bem-estar da sociedade. Quem possui animais
deve ter o cuidado para não perturbar o vizinho. O texto se refere à destruição
no campo, na lavoura ou nas demais plantações. O dono do animal é condenado
pela lei a indenizar o proprietário prejudicado com o melhor de seu campo,
visto que o estrago no campo, ou na vinha do outro, não foi voluntário, ele
apenas largou o animal deixando-o solto (Êx 22.5).
2.
A queimada involuntária. A lei
responsabiliza o culpado pela destruição da propriedade, ou lavoura de outrem
por descuido que tenha levado o fogo a queimá-la (Êx 22.6). O responsável pelo
estrago tem de reparar os prejuízos indenizando o proprietário prejudicado.
Havia na Palestina cerca de setenta espécies de espinhos que serviam de muros
divisórios de propriedades e rodeavam plantações de trigo (Is 5.5). Isso gerava
também conflitos na demarcação de terras (Dt 19.14; 27.17; Pv 22.28).
3.
O furto e o ladrão. A lei aqui trata da guarda de
dinheiro e bens. O termo usado para “prata”, em hebraico, é kessef, “dinheiro” e “objetos”, e kelim, “artigos, utensílios, vasos”,
traduzido também por “traje, roupa, veste” (Dt 22.5). Se alguma dessas coisas
estiver sob a proteção de alguém e for roubada, o ladrão retribuirá em dobro
caso seja descoberto (Êx 22.7). Mas, se o autor do furto não for encontrado, o
responsável pela custódia terá de provar sua inocência diante dos juízes (Êx
22.8).
SÍNTESE
DO TÓPICO (III)
A
lei procura reparar os danos materiais, contribuindo para o bem-estar da
sociedade.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Minar era a ação
de cavar uma parede de barro em propriedade alheia. Se o intruso fosse pego no
ato e morto, não haveria de culpar a quem o matasse. Tratava-se de homicídio
justificável. Se houvesse decorrido tempo, como dão a entender as palavras ‘se
o sol houver saído sobre ele’, então matar o ladrão não seria justificável e
tal assassinato estaria sujeito à pena. É possível que o significado desta
cláusula seja que não havia culpa matar o ladrão à noite, mas que constituía
delito fazê-lo durante o dia. Em todo caso, se o ladrão vivesse, teria de fazer
restituição total ou, se não pudesse pagar, seria vendido como escravo.
Se o ladrão não
tinha matado ou vendido o animal que roubara, ele poderia fazer restituição
pagando em dobro em vez de quatro ou cinco vezes mais. Neste caso, ele
devolveria o animal roubado e acrescentaria mais um” (Comentário Bíblico
Beacon. Volume 1. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.197).
IV.
O TRABALHO
1.
Uma bênção. No Jardim do Edén, Deus pôs o
homem para trabalhar, mesmo antes da queda (Gn 1.26-28; 2.15). A Bíblia está
cheia de ensinamentos sobre o trabalho (Êx 34.21; 2Ts 3.10). O trabalho realiza
o ser o humano. O que pode, às vezes, fazer disso um tédio são os baixos
salários, as péssimas condições de trabalho e a opressão dos maus patrões (Tg
5.4-6), mas o trabalho em si é gratificante (Ec 3.22). O patrão deve ter o
cuidado para não atrasar o pagamento de seus empregados (Lv 19.13) e estes
devem ser honestos naquilo que fazem e dizem (Cl 3.22-25).
2.
Os bens. Jesus renunciou à riqueza (2Co
8.9; Fp 2.6,7) e, pelo que parece, esperava o mesmo dos discípulos (Lc 9.3;
10.4; 14.33). Além disso, Jesus mandou que o moço rico desse seus bens aos
pobres (Mt 19.21), mas não exigiu isso de Zaqueu, que se prontificou livremente
em doar metade de seus bens aos pobres (Lc 19.8). Não é requerido voto de
pobreza para ser cristão, mas a riqueza pode ser um tropeço na vida cristã (Mt
13.22). A fé cristã não condena os bens materiais, desde que adquiridos com
honestidade. É o amor ao dinheiro, e não o dinheiro em si, a raiz de toda a
espécie de males (1Tm 6.9,10).
3.
O Novo Testamento. O oitavo mandamento é
reafirmado diversas vezes no NT (Mt 15.19; Rm 2.21; 13.9; 1Pe 4.15), mas
adaptado à graça, pois as sanções previstas no sistema mosaico não aparecem na
Nova Aliança. O Senhor Jesus disse: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho
também” (Jo 5.17). O apóstolo Paulo encoraja o trabalho não somente para o
sustento da família (1Tm 5.8), mas também para que cada um contribua para
suprir a necessidade do próximo (Veja 2 Coríntios nos capítulos 8 e 9).
SÍNTESE
DO TÓPICO (IV)
O
trabalho é uma dádiva divina. Ele foi dado ao homem antes da Queda.
CONCLUSÃO
O cristão deve ter
bom testemunho (1Co 10.32) e exalar o bom perfume de Cristo (2Co 2.15) onde
viver e por onde passar, e dessa maneira Deus será glorificado (Mt 5.16).
PARA REFLETIR
Sobre o oitavo mandamento:
A propriedade é um direito do ser
humano?
Sim. Deus deu lei a Moisés para proteger
os bens do seu povo.
Por que a pessoa não deve furtar o que
pertence ao outro?
Porque tal ato, além de ser pecado
contra Deus, prejudica o próximo.
Para você, quais outras modalidades
podem ser consideradas furtos?
Oriente os alunos quanto à compra de
produtos piratas. Tal atitude é ilegal e macula a Igreja de Cristo.
Se uma pessoa rouba a outra, mas se
arrepende, o que ela deve fazer?
Em primeiro lugar, pedir o perdão de
Deus, pedir perdão à vítima e restituí-la.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Não
furtarás
Furtar é subtrair a
coisa alheia. Esta ação se dá em vários níveis humanos. Um é o de caráter
individual. Ou seja, a pessoa subtrair o bem alheio. Acontece na família, o pai
que furta o filho, o filho que furta o pai; o esposo furta a esposa, a esposa
furta o esposo; o tio para com o sobrinho; avós e netos. Esse fenômeno pode se
dar também na vida profissional: funcionário furtando funcionário; o chefe
furtando o funcionário, o funcionário furtando o chefe. O furto pode se dar, infelizmente,
também na esfera religiosa: os irmãos furtando irmãos, o pastor furtando
irmãos. Onde há relacionamento cuja moeda é o dinheiro ou outro bem de valor
material, então há a possibilidade de furto.
Outro nível onde o
furto se dá é o coletivo. O Estado pode furtar o salário do cidadão com os
altos encargos tributários, e diminuir o poder do pequeno e médio empreendedor
gerar mais empregos. Igualmente, a empresa pode furtar o salário do funcionário
quando não paga o que lhe é devido pelo trabalho; e o funcionário furta a
empresa quando não cumpre o que foi combinado pelas partes. O mesmo se dá na
esfera religiosa, onde a relação financeira entre pastores e membros tem
causado escândalos em muitos lugares por não se observar o princípio do oitavo
mandamento.
O Novo Testamento,
na pessoa de Jesus de Nazaré, retoma o princípio do “Não Furtarás” quando o
nosso Senhor alerta para o perigo de se acumular bens materiais: “Acautelai-vos
e guardai-vos da avareza [Ganância] porque a vida não consiste na abundância do
que possui. [...] Louco, esta noite te pedirão a tua alma, e o que tens
preparado para quem será?” (Lc 12.15,20 cf. vv.13-34). Jesus condenou os
doutores da lei que discursavam belamente, mas de forma sorrateira e obscura
furtavam as viúvas judias (Mc 12.38-40). De forma semelhante condenou os
fariseus que exteriormente impunham-se uma postura de piedade e santidade, mas
no interior das suas almas eram amigos inseparáveis do dinheiro (Lc 16.14).
Por fim, o nosso
Senhor nos diz claramente que não é possível servir a dois senhores, a Deus e
ao Dinheiro (Mc 6.24). Embora a teologia da prosperidade, não confessadamente,
mas na prática, reverbere o contrário, não há jeito, temos de optar: ou ficamos
com o Evangelho ou assumimos a teologia da prosperidade. Jesus derrubou a mesa
dos cambistas do templo e os chamou de ladrões (Lc 19.46). Hoje, há sucessivas
tentativas de fazer de alguns púlpitos e de algumas igrejas um lugar de
impropérios que fariam o Senhor Jesus novamente afirmar: “vocês fizeram dela um
covil de ladrões”.
SUBSIDIOS
O Oitavo Mandamento: Não Furtar (EXODO 20.15)
Este mandamento regula o direito da propriedade particular.
E errado tomar de outro o que é legalmente dele. Constitui roubo quando a
pessoa se apossa do que legalmente pertence a uma empresa ou instituição. Não
há justificativa para a “apropriação” mesmo quando a pessoa sente que o produto
lhe é devido. Este mandamento é quebrado quando a pessoa intencionalmente
preenche a declaração do Imposto de Renda com informações falsas, desta forma
retendo tributos devidos ao governo. Esta prática é imprópria mesmo que o
cidadão desaprove o governo.
Também passa a ser roubo o ato de tirar vantagens de outrem
na venda de propriedades ou produtos, ou na administração de transações
comerciais. E impróprio pagar salários mais baixos do que devem receber por
direito. O amor do dinheiro é o pecado básico condenado por este mandamento. A
obediência é perfeita somente com um coração puro.
O oitavo mandamento é a lei do amor quanto ao respeito pela
propriedade alheia. A porção de coisas deste mundo que nos são designadas, desde
que obtidas honestamente, são o pão que Deus nos tem dado; por ele devemos
estar agradecidos, contentes e, pelo uso de meios legítimos, confiar na
providência para o futuro. Aproveitar-se da ignorância, do conforto ou da
necessidade do próximo e muitas outras coisas, infringem a lei de Deus, mesmo
que a sociedade não veja culpa nisto. Os saqueadores de reinos, ainda que
estejam acima da justiça humana, ficam incluídos nesta sentença. Defraudar o
público, contrair dívidas sem pensar em pagá-las ou evadir o pagamento das
dívidas justas, a extravagância, viver da caridade quando não é necessário e
toda a opressão dos pobres em seus salários; estas e outras coisas infringem
este mandamento, que exige o trabalho, a sobriedade e o contentamento, além de
tratar os demais como gostaríamos que eles nos tratassem quanto ao patrimônio
deste mundo.
O oitavo mandamento é
“Não Furtarás – EXODO 20.15”.
a. Requer que devemos obter, preservar e aumentar a nossa
própria riqueza e a dos outros de uma forma legal; que devemos ser diligentes
em nossos chamados, com cuidado para fornecer as nossas famílias coisas
convenientes, honestas e respeitáveis aos olhos de todos; que tenhamos um pouco
para dar a quem precisa para que os mesmos não sejam tentados a roubar dos
outros, pois Deus odeia o roubo e toda injustiça (Pv 22:29; 1 Tm 5:8; Rm 12:17;
Ef 4:28; Is 61:8);
b. Exige verdade, justiça e fidelidade em todas as relações
com os homens; não dever nada a ninguém, mas dar a todos os seus encargos; Usar
de pesos e medidas justos; ser fiel a todos os compromissos, promessas e
contratos e em tudo que está sob o nosso cuidado e confiança (Rm 13:7- 8; Lv
19:35-36, Lv 6:2-5; Ne 5:12);
c. Proíbe todas as formas injustas de aumentar a nossa
riqueza prejudicando o nosso próximo; as balanças, pesos e medidas falsos;
transações desonestas; o tirar pela força ou pela fraude os bens e as
propriedades dos homens; o pegar emprestado e não pagar; a extorsão, a opressão
e a usura ilegal, pois nem toda usura é ilegal, apenas a que é exorbitante e
opressora dos pobres; pois é razoável que um homem ganhe pelo dinheiro de outro
homem e que o outro tenha uma participação proporcional no ganho. Nem foi sem
pagamento nem uma violação desta lei o empréstimo que os israelitas fizeram aos
egípcios, uma vez que foi por ordem de Deus, que é Senhor de todas as coisas.
Ademais o empréstimo pôde ser debitado dos serviços que os israelitas prestaram
aos egípcios no período da escravidão (Amós 8:5-6; 1 Ts 4:06, Sl 37:21; 1 Co
6:9-10; Dt 23:1-20; Ex 11:02; Ex 12:35).
EXODO 20.15 NÃO FURTARÁS.
Este mandamento proíbe o furto de dinheiro ou de qualquer outra coisa que
pertence a outrem. Desonestidade também é uma forma de furtar (2 Co 8.21). Este
mandamento demanda honestidade em todos os nossos tratos com as pessoas.
EXODO 21.12-17 CERTAMENTE
MORRERÁ. Estes versículos mencionam quatro crimes, aos quais Deus
sentenciou a pena de morte: o homicídio premeditado (vv.12.14), agressão física
aos pais (v. 15), seqüestro de pessoas
(v. 16) e amaldiçoar, insultar e ofender verbalmente os pais (v. 17). Esta
penalidade demonstra a importância que Deus atribui ao relacionamento correto
entre as pessoas (homicídio e seqüestro) e ao relacionamento apropriado na
família (tratamento aos pais).
PROVÉRBIOS 11.1
BALANÇA ENGANOSA É ABOMINAÇÃO PARA O SENHOR. O emprego de balança inexata
para lesar o próximo é condenado por Deus (cf. Lv 19.35). Ele ordena que
sejamos honestos com todos, tanto em assuntos financeiros quanto noutras
circunstâncias em que a fraude é possível. Devemos sempre ter em mente que "o
seu [do Senhor] rosto está voltado para os retos" (Sl 11.7); somente os
retos "habitarão na tua presença" (Sl 140.13; cf. 24.3-5).
PROVÉRBIOS 11.19 O
QUE SEGUE O MAL FAZ ISSO PARA SUA MORTE. Deus estabeleceu penalidades para
quem violar suas leis. Os ímpios, um dia, pagarão por seus pecados e por
desprezarem a Deus e ao próximo (ver 6.29; Gn 34.25-30; 49.7; Rm 6.23; Tg
1.15).
PROVÉRBIOS 10.22 A
BÊNÇÃO DO SENHOR É QUE ENRIQUECE. Muitas riquezas materiais deste mundo
procedem da iniqüidade, da ganância, da avareza e, portanto, não provêm de Deus
(v. 2). As riquezas verdadeiras consistem na bênção do Senhor. Quer sejamos
pobres, ou ricos, a presença e a graça do Senhor são o nosso maior tesouro.
OSEIAS 12.7 É UM
MERCADOR. Oséias dá a entender que os israelitas estavam empregando
práticas comerciais dos cananeus, contrárias a Deus. Ao mesmo tempo, os
mercadores achavam que não seriam considerados culpados por agirem
desonestamente. Deve-se advertir sempre o povo de Deus para que não siga as
práticas pecaminosas e os costumes mundanos.
MALAQUIAS 1.6-8 Ó
SACERDOTES, QUE DESPREZAIS O MEU NOME. Malaquias apresenta uma acusação
contra os sacerdotes da terra.
(1) Eles desprezavam o Senhor, oferecendo-lhe animais
aleijados ou doentes, o que contraria a Lei de Deus (Lv 22.22).
(2) Como crentes em Cristo, devemos ofertar a Deus o melhor
que possuímos: nossa vida inteira como sacrifício vivo (Rm 12.1). O tempo que
dedicamos à oração e ao estudo da Bíblia deve ser o horário nobre do dia, e
jamais quando estivermos cansados para fazer outra coisa.
(3) "A mesa do SENHOR" era usada para sacrificar
os animais trazidos em oferenda pelos filhos de Israel.
MALAQUIAS 3.8 ROUBARÁ
O HOMEM A DEUS? Os israelitas roubavam a Deus ao deixarem de lhe trazer os
dízimos (a décima parte do que ganhavam). O dízimo era exigido pela Lei de
Moisés (Lv 27.30).
(1) Por isto, Deus ameaça com maldições os que,
egoisticamente, recusam-se a contribuir (vv. 8,9), e promete abençoar os que
sustentam a sua obra (vv. 10-12).
(2) Os crentes do NT têm a obrigação de contribuir com os
seus dízimos para manter a obra do Senhor tanto local quanto no campo
missionário (ver 2 Co 8.2).
MIQUEIAS 2.1-5 AI DAQUELES
QUE... INTENTAM A INIQÜIDADE. Miquéias proclama a calamidade contra certas
pessoas que, por serem suficientemente poderosas, exploravam o próximo a fim de
atingir seus intentos egoístas.
(1) Eram latifundiários que compravam, ou roubavam, sítio após
sítio. Não tinham a mínima hesitação em defraudar o próximo para obterem mais
propriedades. Tendo dedicado seus corações à cobiça, não se importavam com o
sofrimento infligido ao próximo.
(2) Deus tinha um plano para eles; ceifariam o que haviam
semeado. Deus enviaria a Assíria para lhes confiscar as terras e levá-los ao
cativeiro.
(3) Devemos tomar cuidado para não nos tornarmos cobiçosos,
nem oprimir o próximo a fim de obter dinheiro ou possessões .
EXODO 22.1-9
EXODO 22.1 A
restituição legal pelo furto, como no caso de Zaqueu (Lc 19.8).
EXODO 22.2 Ladrão.
Um chefe de família será livre de culpa quando defender seu lar, com mão
armada, no caso de um assalto noturno. De dia, porém, só o espírito de
assassínio o levaria a abater um homem, quando seria fácil levar o assaltante a
fugir (3).
EXODO 22.5 Fizer
pastar. Uma aplicação lógica do oitavo mandamento "Não furtarás".
Para aqueles que não puderam entender sozinhos, que deixar seu animal fartar-se
com o valioso produto da fazenda do vizinho, era uma maneira disfarçada de
furtar-lhe, precisava haver regulamentos, embora a melhor maneira de viver a
Lei de Deus seja tê-la gravada no seu íntimo, no coração (Hb 8).
EXODO 22.6 Fogo.
O fogo irrompe de uma centelha e uma desatenção, e destrói tudo que há ao
redor. A destruição fica por conta de quem causou a primeira centelha
alastrada. Muito mais responsável e de mais terríveis danos é aquele que
profere uma palavra irrefletida contra seu próximo, pois a língua é fogo ateado
pelo inferno, fogo indomável (Tg 3.1-12).
Ladrão . . .
arrombando (v. 2). Literalmente, cavando através. O caminho de acesso
costumeiro para um ladrão era cavar através das paredes de barro da casa,
relativamente fracas. Será culpado de
sangue (v. 3). O dono da casa é culpado (Moffatt). Um golpe mortal
desferido nas trevas em defesa da vida e da propriedade era desculpável, mas à
luz do dia, era o raciocínio, tal defesa violenta não seria necessária. A vida,
mesmo a de um ladrão, tem importância diante de Deus. Vendido. Não como castigo mas como restituição.
2TESSALONICENSES 3.12
TRABALHANDO COM SOSSEGO. Os cristãos não devem ser ociosos, mas trabalhar
com afinco e constância para ganhar o próprio sustento e o da família, além de
ter com que ajudar os necessitados ( 1 Co 16.1; 2 Co 8.1-15; Ef 4.28).
COLOSSENSES 3.23
FAZEI-O... COMO AO SENHOR. Paulo exorta os cristãos a considerar toda
mão-de-obra executada como um serviço prestado ao Senhor. Devemos trabalhar
como se Cristo fosse o nosso patrão, sabendo que todo o trabalho realizado
"como ao Senhor" um dia receberá seu galardão (v. 24; cf. Ef 6.6-8).
1TIMOTEO 6.8
ESTEJAMOS... CONTENTES. Os crentes devem estar satisfeitos, tendo as coisas
essenciais desta vida, como alimento, vestuário e teto. Caso surjam necessidades
financeiras específicas, devemos confiar na providência de Deus (Sl 50.15),
enquanto continuamos a trabalhar (2 Ts 3.7,8), a ajudar os necessitados (2 Co
8.2,3), e servir a Deus com contribuições generosas (2 Co 8.3; 9.6,7). Não
devemos querer ficar ricos (vv. 9-11).
ROMANOS 13.8 A
NINGUÉM DEVAIS COISA ALGUMA. O crente não deve deixar de pagar suas
dívidas. Isso não significa que é proibido tomar emprestado do próximo, em caso
de necessidade grave (cf. Êx 22.25; Sl 37.26; Mt 5.42; Lc 6.35). Por outro
lado, a Palavra de Deus reprova o ato de contrair dívidas por coisas
desnecessárias, bem como ficar indiferente quanto ao resgate delas (cf. Sl 37.21).
A única dívida que nunca quitamos é a de amar uns aos outros.
1CORINTIOS 10.31
FAZEI TUDO PARA A GLÓRIA DE DEUS. O objetivo principal da vida do crente é
agradar a Deus e promover a sua glória. Sendo assim, aquilo que não pode ser
feito para a glória de Deus (i.e., em sua honra e ações de graças como nosso
Senhor, Criador e Redentor) não deve ser feito de modo nenhum. Honramos a Deus
mediante nossa obediência, ações de graças, confiança, oração, fé e lealdade a
Ele. Viver para a glória de Deus deve ser uma norma fundamental em nossa vida,
o alvo da nossa conduta, e teste das nossas ações.
MATEUS 6.24 AS
RIQUEZAS. No original é mamom, um termo aramaico significando dinheiro ou
outros bens terrenos valiosos. Jesus deixou bem claro que uma pessoa não pode
ao mesmo tempo servir a Deus e às riquezas.
(1) Servir à riqueza é dar-lhe um valor tão alto que:
(a) colocamos nela
nossa confiança e fé;
(b) esperamos da parte dela nossa segurança máxima e
felicidade;
(c) confiamos que ela garantirá o nosso futuro; e
(d) a buscamos mais do que o reino de Deus e sua justiça.
(2) Acumular riquezas é um trabalho tão envolvente, que logo
passa a controlar a mente e a vida da pessoa, até que a glória de Deus deixa de
ter a primazia em nosso ser (Lc 16.13).
ELABORADO PELO EVANGELISTA:
NATALINO DOS ANJOS.
FONTE DE PESQUISA.
Comentário Biblico Moody
Comentário Bíblico Matew Henry
Comentário Biblico Popular
Bíblia de Estudo Pentecostal
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