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sábado, 18 de janeiro de 2014

ESTUDOS BIBLICOS NA EPISTOLA DE TIAGO

TIAGO CAPITULO 01

1.2 TENTAÇÕES. A palavra "tentações" (gr. peirasmos) refere-se, aqui, às perseguições e aflições que o crente sofre nesta vida da parte do mundo ou de Satanás.
(1) O crente deve enfrentar essas provações com alegria (cf. Mt 5.11,12; Rm 5.3; 1 Pe 1.6), porque isso desenvolverá nele uma fé perseverante, uma personalidade experiente e uma esperança madura (cf. Rm 5.3-5). Nossa fé somente pode chegar à plena maturidade quando confrontada com dificuldades e oposição (vv. 3,4).
(2) Tiago chama tais provações de "a prova da vossa fé" (v.3). Às vezes, as provações vêm sobre o crente a fim de que Deus possa testar a sinceridade da sua fé. Não há nada nas Escrituras dizendo que as aflições da vida são sempre uma evidência de que Deus está insatisfeito conosco. Podem ser um sinal de que Ele reconhece nossa firme dedicação a Ele (cf. Jó 1;2).

1.4 SEJAIS PERFEITOS. "Maduros" (gr. teleios) transmite a idéia bíblica de perfeição no sentido de relacionamento correto com Deus, que frutifica no empenho sincero de amá-lo de todo o coração em obediência irrestrita e uma vida inculpável (Dt 6.5; 18.13; Mt 22.37; ver 1 Ts 2.10).

1.5 SE ALGUM DE VÓS TEM FALTA DE SABEDORIA. A sabedoria é a capacidade espiritual de ver e avaliar a nossa vida e conduta do ponto de vista de Deus. Inclui fazer escolhas acertadas e praticar as coisas certas de conformidade com a vontade de Deus revelada na sua Palavra e na direção do Espírito Santo (Rm 8.4-17). Podemos receber sabedoria indo a Deus e pedindo-lhe com fé (vv. 6-8; Pv 2.6; 1 Co 1.30).

1.13 TENTADO. Ninguém que peca, poderá livrar-se da culpa, lançando acusações contra Deus. Deus pode nos provar para fortalecer nossa fé, mas nunca para nos levar ao pecado. A natureza de Deus testifica que Ele não pode dar origem à tentação para pecar.

1.14 PELA SUA PRÓPRIA CONCUPISCÊNCIA. A tentação provém, em princípio, dos desejos e inclinações do nosso próprio coração (cf. Mt 15.19). Se o desejo mau não for resistido e purificado pelo Espírito Santo, levará ao pecado e, depois, à morte espiritual (v. 15; Rm 6.23; 7.5,10,13).

1.21 REJEITANDO TODA IMUNDÍCIA. A Palavra de Deus, quer pregada, quer escrita, não pode atuar de modo eficaz na vida da pessoa se esta não se separa da imundícia moral e do mal.
(1) Deus ordena ao crente que deixe de lado toda impureza pecaminosa que permeia a sociedade irregenerada e corrupta e que procura influenciá-lo e a sua família. Essa imundícia polui a alma e o espírito e arruína a sua vida (cf. Ef 4.22,25,31; Cl 3.8; 1 Pe 2.1).
(2) As Escrituras nos avisam quanto às coisas impróprias para o povo santo de Deus. Assim sendo, não devemos participar de nenhum tipo de impureza ou obscenidade (Ef 5.3,4). Além disso, devemos estar conscientes de que permitir qualquer tipo de impureza moral em nossa vida ou no nosso lar, inclusive a linguagem imunda ou obscena, através do vídeo ou da TV, entristece o Espírito Santo e violenta os santos padrões que Deus estabelece para o seu povo. A Palavra de Deus nos adverte: "Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Portanto, não sejais seus companheiros" (Ef 5.6,7).
(3) Nós, como crentes, devemos levar a sério a justica e a santidade. Nossa "casa" precisa estar varrida e limpa e cheia da Palavra de Deus e da santidade de Cristo (Mt 12.43-45).

1.21 A PALAVRA EM VÓS ENXERTADA. O cristão começa sua nova vida em Cristo ao nascer de novo pela "palavra da verdade" (v. 18).
(1) A nova vida em Cristo requer que abandonemos toda impureza moral , e que sejamos resolutos quanto à prevalência da Palavra de Deus em nosso coração.
(2) O termo original aqui é emphutos, literalmente "implantado", e dá a entender que a Palavra precisa tornar-se parte da nossa própria natureza.
(3) A Palavra implantada nos leva à salvação final (cf. Mt 13.3-23; Rm 1.16; 1 Co 15.2; Ef 1.13; ver Jo 6.54)

1.25 A LEI... DA LIBERDADE. Esta lei (cf. 2.12) é a vontade de Deus mantida no âmago do nosso coração pelo Espírito Santo que em nós habita (cf. Ez 11.19,20).
(1) Mediante a fé em Cristo recebemos, não somente a misericórdia e o perdão (2.12,13), como também o poder e a liberdade para obedecer à lei de Deus (Rm 3.31; ver 8.4).
(2) É chamada a "lei perfeita da liberdade" porque o crente deseja cumprir a vontade de Deus: "E andarei em liberdade, pois busquei os teus preceitos" (Sl 119.45).
(3) O crente nunca deve pensar na liberdade para violar os mandamentos de Cristo, mas sim, em ter a liberdade e o poder para obedecê-los.

1.27 A RELIGIÃO PURA E IMACULADA. Tiago fala de dois princípios que definem o conteúdo do verdadeiro cristianismo.
(1) O amor genuíno pelos necessitados. Nos dias do NT, os órfãos e as viúvas tinham poucos meios de auto-sustento; em muitos casos, não tinham ninguém para cuidar deles. Esperava-se da parte dos crentes que lhes demonstrassem o mesmo cuidado e amor que Deus revela aos órfãos e às viúvas (ver Dt 10.18; Sl 146.9; Mt 6.32; Dt 24.17; Sl 68.5). Hoje, entre nossos irmãos e irmãs em Cristo, há os que precisam de ajuda e cuidados. Devemos procurar aliviar suas aflições e sofrimentos e, dessa maneira, mostrar-lhes que Deus tem cuidado deles (ver Lc 7.13; cf. Gl 6.10).
(2) Conserva-se santo diante de Deus. Tiago diz que o amor ao próximo deve estar acompanhado do amor a Deus, expresso na separação das práticas pecaminosas do mundo. O amor ao próximo deve estar acompanhado da santidade diante de Deus; doutra forma, não é amor cristão.


TIAGO CAPITULO 02
2.1 ACEPÇÃO DE PESSOAS. Esta expressão significa demonstrar atenção especial, ou favoritismo, a uma pessoa por causa da sua riqueza, roupas ou posição. Trata-se de um erro por várias razões.
 (1) Desagrada a Deus, que olha, não a aparência exterior, mas o coração (1 Sm 16.7).
(2) Não é motivado pelo amor genuíno a todos (v. 8). A aceitação de alguém pela posição social é um pecado contra a lei do amor.
(3) Torna-nos "juízes de maus pensamentos" (v. 4); isto é, ao invés de honrarmos nosso "Senhor da glória" (v. 1) e, de aceitarmos as pessoas à base da fé que têm em Cristo, favorecemos injustamente os ricos ou os poderosos do mundo, com os motivos malignos das vantagens que disso podemos auferir.

2.5 ESCOLHEU DEUS AOS POBRES. Os pobres são especiais e preciosos para Deus (Cf. Is 61.1; Lc 4.18; 6.20; 7.22). Freqüentemente, são os pobres deste mundo os mais ricos na fé e nos dons espirituais e os que, na sua necessidade, clamam mais intensamente a Deus, com fome sincera por sua presença, misericórdia e ajuda (Lc 6.20,21). Os economicamente desfavorecidos, em todo o mundo, sabem que não poderão confiar em bens materiais. Por isso, aceitam mais facilmente o convite de Jesus: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei" (Mt 11.28).

2.12 ASSIM FALAI. Devemos falar e agir sabendo que seremos julgados por Deus e pela "lei da liberdade", i.e., a lei e o amor de Deus, derramados em nossos corações pelo Espírito de Deus. Deus condenará toda demonstração de parcialidade, porque ela transgride a lei do amor (ver v. 1).

2.14 FÉ E OBRAS. Os versículos 14-26 tratam do problema, sempre presente na igreja, daqueles que professam ter fé salvífica no Senhor Jesus Cristo, mas que, ao mesmo tempo, não demonstram pelas obras nenhuma evidência de devoção sincera a Ele e à sua Palavra.
(1) A fé salvífica é sempre uma fé viva que não se limita à mera confissão de Cristo como Salvador, mas que também nos leva a obedecê-lo como Senhor. Portanto, a obediência é um aspecto fundamental da fé. Somente quem obedece pode de fato crer, e somente aqueles que crêem podem de fato obedecer ao Senhor (ver v. 24; Rm 1.5).
(2) Notem que não há nenhuma contradição entre Paulo e Tiago no tocante à questão da fé salvífica. No sentido geral, Paulo enfatiza a fé como o meio pelo qual aceitamos a Cristo como Salvador (Rm 3.22). Tiago enfatiza o fato de que a verdadeira fé deve ser uma fé ativa, duradoura e que molde nossa própria existência.

2.17,26 A FÉ SEM AS OBRAS É MORTA.
(1) A verdadeira fé salvífica é tão vital que não poderá deixar de se expressar por ações, e pela devoção a Jesus Cristo. As obras sem a fé são obras mortas. A fé sem obras é fé morta. A fé verdadeira sempre se manifesta em obediência para com Deus e atos compassivos para com os necessitados (ver v. 22; Rm 1.5).
 (2) Tiago objetiva seus ensinos contra os que na igreja professavam fé em Cristo e na expiação pelo seu sangue, crendo que isso por si só bastava para a salvação. Eles também achavam que não era essencial no relacionamento com Cristo obedecer-lhe como Senhor. Tiago diz que semelhante fé é morta e que não resultará em salvação, nem em qualquer outra coisa boa (vv. 14-16,20-24). O único tipo de fé que salva é "a fé que opera por caridade" (Gl 5.6).
(3) Não devemos, por outro lado, pensar que mantemos uma fé viva, exclusivamente por nossos próprios esforços. A graça de Deus, o Espírito Santo que em nós habita e a intercessão sacerdotal de Cristo (ver Hb 7.25) operam em nossa vida, capacitando-nos a obedecer a Deus pela fé, do começo ao fim (cf. Rm 1.17). Se deixarmos de ser receptivos à graça de Deus e à direção do Espírito Santo, nossa fé sucumbirá.

2.21 ABRAÃO... FOI JUSTIFICADO PELAS OBRAS. As obras pelas quais Abraão foi justificado não eram "obras da lei" (Rm 3.28), mas da fé e do amor. Sua disposição de sacrificar Isaque foi uma expressão da sua fé em Deus e da sua dedicação a Ele (ver Gn 15.6 nota; 22.1). Tiago usa o exemplo de Abraão para refutar a crença de que pode haver fé sem dedicação e amor a Deus. O apóstolo Paulo usa o exemplo da fé de Abraão para anular o conceito errôneo de que a salvação depende do mérito das nossas próprias obras e não da graça de Deus (Rm 4.3; Gl 3.6).

2.22 A FÉ COOPEROU COM AS SUAS OBRAS. Tiago não está dizendo que a fé e as obras nos salvam. Isso seria separar a fé das obras. Tiago argumenta, pelo contrário, sobre a fé em ação. Isto é, a fé e as obras nunca poderão estar separadas uma vez que as obras procedem naturalmente da fé (ver Gl 5.6).

2.24 O HOMEM É JUSTIFICADO PELAS OBRAS. O termo grego ergon, aqui traduzido por obras, é empregado por Tiago com sentido diferente daquele que Paulo usou em Rm 3.28.
(1) Para Tiago, "obras" se refere às nossas obrigações para com Deus e o homem, as quais são ordenadas nas Escrituras, e provêm de uma fé sincera, de um coração puro, da graça de Deus e do desejo de agradar a Cristo.
(2) Para Paulo, "obras" se refere ao desejo humano de obter mérito e salvação pela obediência à lei mediante nosso próprio esforço, e não através do arrependimento e da fé em Cristo.
(3) Note que tanto Paulo como Tiago declaram enfaticamente que a verdadeira fé salvífica produzirá infalivelmente obras de amor (1.27; 2.8; Gl 5.6; 1 Co 13; cf. Jo 14.15).


TIAGO CAPITULO 03
3.1 MESTRES. Aqui estão incluídos os pastores, dirigentes de igreja, missionários, pregadores da Palavra ou qualquer pessoa que ensine a congregação. O professor precisa compreender que ninguém na igreja tem uma responsabilidade maior do que aqueles que ensinam as Sagradas Escrituras. No juízo, os mestres cristãos serão julgados com mais rigor e mais exigência do que os demais crentes.

3.6 A LÍNGUA TAMBÉM É UM FOGO. Tiago enfatiza nossa inclinação ao pecado através da fala. Os pecados da fala incluem palavras ásperas e maldosas, mentira, exagero, doutrinas falsas, calúnia, fuxico, jactância, etc. O crente maduro mantém sua língua sob controle mediante a ajuda do Espírito Santo, que leva "cativo todo entendimento à obediência de Cristo" (2 Co 10.5). Por causa dessa tendência de pecar com a língua, Tiago exorta a todo ser humano a ser "pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar" (1.19).

3.14 AMARGA INVEJA. "Amarga inveja" é o vício que impele a pessoa a cuidar somente dos seus próprios interesses. A inveja ou ambição egoísta na igreja é:
(1) "terrena", i.e., polui aquilo que é santo e que é do Espírito;
(2) "animal", i.e., não-espiritual; carnal; sem o Espírito Santo; e
(3) "diabólica", i.e., inspirada por demônios (ver 1 Tm 4.1).


TIAGO CAPITULO 04
4.1 DONDE VÊM AS GUERRAS E PELEJAS ENTRE VÓS? A origem principal das contendas e conflitos na igreja concentra-se no desejo de reconhecimento, honrarias, glória, poder, prazer, dinheiro e superioridade. A satisfação dos desejos egoístas torna-se mais importante do que a retidão e a vontade de Deus (cf. Mc 4.19; Lc 8.14; Gl 5.16-20). Quando isso ocorre, surgem conflitos egocêntricos na congregação. Os causadores dessa situação demonstram que não têm o Espírito e que estão fora do reino de Deus (Gl 5.19-21; Jd. 16-19).

4.2 GUERREAIS. Esta palavra pode ser usada aqui figuradamente no sentido de odiar (cf. Mt 5.21,22).

4.3 PEDIS E NÃO RECEBEIS. Deus deixa de responder as orações dos que amam os prazeres e que desejam honra, poder e riquezas (ver v.1). Todos devemos tomar consciência disso, porque Deus não ouvirá as nossas orações se tivermos o coração cheio de desejos egoístas. As Escrituras nos dizem que Deus aceita somente as orações dos justos (Sl 34.13-15; 66.18,19), daqueles que o invocam em verdade (Sl 145.18), dos genuinamente arrependidos e humildes (Lc 18.14) e daqueles que pedem segundo a sua vontade (1 Jo 5.14)

4.4 AMIZADE DO MUNDO É INIMIZADE CONTRA DEUS? "A amizade do mundo" é adultério espiritual, i.e., infidelidade a Deus e ao nosso compromisso de dedicação a Ele (1 Jo 2.15-17; cf. Is 54.5; Jr 3.20).
(01) Significa acatar os pecados, os valores e os prazeres malignos do mundo. Deus não aceitará semelhante amizade (Mt 6.24), porque é um Deus zeloso (Êx 20.5; Dt 5.9).
(02) Um exemplo de amizade desse tipo é a participação do crente em sociedades secretas (i.e., a filiação a lojas maçônicas) que exigem juramentos, ritos e práticas religiosas antibíblicos e comunhão com incrédulos, coisas essas que estão proibidas na Palavra de Deus (Mt 5.33-37; 2 Co 6.14).
(03) O crente não pode pertencer a tais sociedades sem transigir com a doutrina cristã (2 Pe 3.16), com os padrões divinos, com o princípio bíblico da separação do mundo (2 Co 6.17,18) e com sua lealdade a Cristo (Mt 6.24)

4.5 O ESPÍRITO QUE EM NÓS HABITA. A construção do versículo 5, em grego, não é muito clara. Pode significar que a tendência natural do espírito humano é opor-se a Deus e ao próximo e desejar os prazeres pecaminosos do mundo (v. 4). Porém, essa tendência pode ser alterada pela graça de Deus pois alcança todos aqueles que humildemente aceitam a salvação em Cristo (v. 6).

4.6 DEUS RESISTE AOS SOBERBOS. Deve ficar gravado em nossos corações e mentes o quanto Deus aborrece o orgulho. O orgulho em nossas vidas faz Deus rejeitar nossas orações e reter sua presença e graça para conosco. O exaltado em si mesmo, que busca a honra e a estima dos outros a fim de satisfazer o seu orgulho, afasta de si a ajuda de Deus. Mas para aqueles que com humildade se chegam a Deus, Ele lhes dá abundância de graça, de misericórdia e de ajuda em todas as situações da vida (ver Fp 2.3 nota; Hb 4.16; 7.25).

4.8 CHEGAI-VOS A DEUS. Deus promete estar perto de todos que se afastam do pecado, que purificam os seus corações e que o invocam verdadeiramente arrependidos. A comunhão com Deus trará sua presença, graça, bênçãos e amor.

4.11 NÃO FALEIS MAL UNS DOS OUTROS. É desprezar a lei divina do amor em relação a uma pessoa que está sendo acusada de algo:
(1) não procurar conhecer os detalhes da situação;
(2) não falar com a própria pessoa que está sendo acusada; e
(3) difamar essa pessoa.

4.15 SE O SENHOR QUISER. Os crentes, ao estabelecerem alvos e planos para o futuro, sempre devem buscar a Deus e a sua vontade. Não devem agir como o rico insensato (Lc 12.16-21); pelo contrário, devemos reconhecer que a verdadeira felicidade e uma vida de beneficência dependem totalmente de Deus. O princípio pelo qual devemos viver deve ser: "Se o Senhor quiser". Se for sincera a nossa oração "Faça-se a tua vontade" (Mt 26.42), estejamos certos de que nosso presente e futuro estarão aos cuidados protetores do nosso Pai celestial (cf. At 18.21; 1 Co 4.19; 16.7; Hb 6.3).

4.16 PRESUNÇÕES. Quando a pessoa atinge alvos estabelecidos, a sua tendência é gloriar-se. Esta jactância vem da falsa suposição de que tudo quanto realizamos é produto do nosso próprio esforço e não da ajuda de Deus e do próximo. O NT nos exorta a gloriar-nos em nossas fraquezas e na dependência de Deus (2 Co 11.30; 12.5,9).


TIAGO CAPITULO 05
5.1 VÓS, RICOS, CHORAI E PRANTEAI. A Bíblia não ensina que todos os ricos são ímpios. No tocante à situação descrita por Tiago, ela caracteriza muitos ricos atuais (2.1-3; 5.1-6). A exceção é o rico que não é dominado pela riqueza; pelo contrário, usa-a para promover o evangelho e ajudar os necessitados.

5.7 SEDE... PACIENTES ATÉ A VINDA DO SENHOR. A volta de Cristo está próxima (v. 8). Ele virá como juiz para castigar os ímpios e recompensar os justos e livrá-los das injustiças que sofreram (v. 9). A paciência é a virtude de suportar a injustiça, o sofrimento, as aflições, etc., confiando a nossa vida na mão de Deus, tendo fé nEle para corrigir todas as coisas na sua vinda (Dt 32.35; Rm 12.12; Hb 10.30; 12.1,2; ver Jó 2.3 nota; Sl 73.17).

5.9 O JUIZ ESTÁ À PORTA. O motivo da nossa paciência e perseverança na fé é a vinda iminente do Senhor (v. 8). Ele "está à porta". É possível que esta porta não se abra até amanhã ou na próxima semana ou no próximo ano; mas pode abrir-se a qualquer momento.

5.11 A PACIÊNCIA DE JÓ. A palavra traduzida por "paciência" (gr. hupomone) seria melhor interpretada por "perseverança" ou "resistência". É perseverar em meio a todas as provações, sem perder a fé em Deus. Essa paciência brota de uma fé que triunfa até ao fim entre sofrimentos (Jó 13.15). O fim das provações que o Senhor enviou a Jó, revela que, em todas as suas aflições, Deus cuidava dele e o sustentava na sua misericórdia. Tiago faz-nos saber que Deus tem cuidado de todo o seu povo e que, nos sofrimentos, Ele o susterá com amor e misericórdia (ver Jó 6.4 nota; 42.10).

5.13 ESTÁ ALGUÉM ENTRE VÓS AFLITO? Quando você enfrenta pobreza, aflição ou angústia, as Escrituras lhe convidam a buscar forças em Deus mediante a oração. Aproxime-se do seu mediador, Jesus Cristo. Ele representará você diante de Deus e intercederá por você (Hb 7.25) e lhe dará misericórdia e graça para ajudá-lo em tempos de necessidade (Hb 4.16). Leve a sério a Palavra de Deus que diz: "Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós" (1 Pe 5.7). Se estivermos alegres no Senhor, devemos cantar-lhe hinos de louvor (cf. Sl 33.2,3; 81.1,2; 92.1-3; 98.4-6; 144.9; 149.1-5; 150).

5.15 SALVARÁ O DOENTE. Tiago está falando da doença física. Em caso de doença o crente deve pedir as orações dos presbíteros ou dirigentes da igreja.
(1) É dever dos pastores e outros dirigentes da igreja orar pelos enfermos e ungi-los com azeite.
(2) O azeite, sem dúvida, simboliza o Espírito Santo e seu poder sanador; a unção com azeite estimula a fé (cf. Mc 6.13).
(3) O que Tiago enfatiza como mais importante é a oração. A oração eficaz deve ser proferida com fé, para que haja cura dos enfermos. O Senhor concederá fé conforme a sua vontade (ver Mt 17.20 nota; ver o estudo A CURA DIVINA).
(4) Nem sempre as pessoas são curadas, todavia o dever da igreja é continuar buscando o poder divino sanador, por compaixão para com os enfermos e visando à glória de Cristo.

5.15 SE HOUVER COMETIDO PECADOS. Tiago reconhece que a doença pode ser causada por pecado (v. 16). Por isso, sempre que surge uma doença, o enfermo deve examinar-se diante do Senhor em oração, para ver se a doença vem de algum pecado pessoal. A palavra "se", deixa claro que a doença nem sempre é resultado de pecado pessoal.

5.16 CONFESSAI... ORAI... PARA QUE SAREIS. Este versículo nos mostra uma importante razão por que nem sempre há cura divina entre os crentes. Os crentes devem confessar seus pecados uns aos outros e, de igual modo, orar contritamente uns pelos outros. O pecado na igreja estorva as orações dos crentes e impede a manifestação do poder sanador divino na congregação.

5.16 A ORAÇÃO... POR UM JUSTO PODE MUITO. A oração do justo realiza muitas coisas. A oração do justo:
 (1) leva-o mais perto de Deus (Hb 7.25);
(2) abre o caminho para uma vida cheia do Espírito (Lc 11.13; At 1.14);
(3) dá-lhe poder para servir (At 1.8; 4.31,33) e para a devoção cristã (Ef 3.14-21);
(4) edifica-o espiritualmente (Jd 20);
(5) dá-lhe compreensão da provisão de Cristo por nós (Ef 1.18,19);
(6) ajuda-o a vencer Satanás (Dn 10.12,13; Ef 6.12,18);
(7) esclarece a vontade de Deus para ele (Sl 32.6-8; Pv 3.5,6; Mc 1.35-39);
(8) capacita-o a receber dons espirituais (1 Co 14.1);
(9) leva-o à comunhão com Deus (Mt 6.9; Jo 7.37; 14.16,18,21);
(10) outorga-lhe graça, misericórdia e paz (Fp 4.6,7; Hb 4.16);
(11) leva os perdidos de volta a Cristo (5.20; Gl 4.19);
(12) outorga-lhe sabedoria, revelação e conhecimento de Cristo (Ef 1.17);
(13) proporciona-lhe a cura (5.15);
(14) dá- lhe livramento nas aflições (Sl 34.4-7; Fp 1.19);
(15) glorifica a Deus com louvor e ações de graças (Sl 100.4);
(16) torna real a presença de Cristo (Jo 14.21; Ap 3.20); e
(17) assegura-lhe a salvação final e a intercessão de Cristo em seu favor (Hb 7.25).

5.18 OROU OUTRA VEZ E O CÉU DEU CHUVA. Elias era um homem que cria que suas orações a Deus realizariam muita coisa, inclusive a intervenção divina no curso da natureza. Cria que a oração feita por um justo pode mudar as coisas e as circunstâncias (5.13-16; Sl 34.6; Is 38.1-5; Mt 17.21; 26.41,53; Mc 11.24; 2 Ts 3.1; ver 1 Rs 17.22 nota; 18.42 nota).
(1) Devemos tomar cuidado para não aceitar nenhum ensino que estrague nossa fé quanto ao poder da oração, levando Deus a intervir em nossas vidas. Um desses falsos ensinos é o conceito da "fatalidade"; a noção pagã afirmando que tudo que fazemos e tudo que nos acontece é fixado imutavelmente de antemão, muito tempo antes de sua ocorrência. A crença na fatalidade é contrária às Escrituras e leva a pessoa a crer que tanto o bem quanto o mal são absolutamente pré-determinados e inalteráveis, e que de nada adianta a fervorosa oração da fé pelo justo.
(2) As Escrituras ensinam que Deus lida com seus filhos, não através do determinismo absoluto, mas pela providência divina mediante a qual Ele comunga com os justos e responde suas orações. Nossas orações e nossa fé em Deus fazem com que aconteça muitas coisas boas que doutra forma não aconteceriam (Êx 32.9-14).

5.19 SE ALGUM DE ENTRE VÓS SE TEM DESVIADO. Os crentes devem fazer o máximo esforço para trazer de volta a Deus aqueles que se desviam da verdade (e.g., Gl 4.19; 6.1; 2 Tm 2.18,25,26; Jd 22,23). A salvação de um irmão desviado sempre deve ter alta prioridade na congregação. Se o desviado voltar a Cristo, aquele que o converter terá salvo da morte a sua alma (v. 20), i.e., a morte espiritual e a eterna separação de Deus (cf. Rm 6.23; Gl 6.8; Ap 20.14).

FONTE DE PESQUISA;
BIBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL.





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