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terça-feira, 24 de dezembro de 2013

TEMA A DEUS TODO TEMPO - LIÇÃO 13 COM SUBSIDIOS



13° LIÇÃO 4 TRI 2013 TEMA A DEUS TODO O TEMPO


TEMA A DEUS TODO O TEMPO

Data 29 de Dezembro de 2013              

TEXTO AUREO
"De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem” (Ec 12.1 3).

VERDADE PRATICA
Obedecer aos mandamentos do Senhor é a prova de que vivemos uma vida justa diante dos homens e de Deus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda       - Gn 2.7                                         Conhecendo a criatura
Terça             - Ec 12.1                                      Conhecendo o Criador
Quarta           - Ec 1 1.9,10; Jo 21.18ª                Conhecendo a mocidade
Quinta            - Ec 12.1-7; Jo 21.18b                 Conhecendo a velhice
Sexta             - Ec 12.7; 1 Ts 5.23                      Conhecendo o ser humano
Sábado          - Ec 12.13,14                                Um dia prestaremos contas

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Eclesiastes 12.1-8
1 - Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer; Não tenho neles contentamento;
2 - antes que se escureçam o sol, e a luz, e a lua, e as estrelas, e tornem a vir as nuvens depois da chuva;
3 - no dia em que tremerem os guardas da casa, e se curvarem os homens fortes, e cessarem os moedores, por já serem poucos, e se escurecerem os que olham pelas janelas;
4 - e as duas portas da rua se fecharem por causa do baixo ruído da moedura, e se levantar à voz das aves, e todas as vozes do canto se baixarem;
5 - como também quando temerem o que está no alto, e houver espantos no caminho, e florescer a amendoeira, e o gafanhoto for um peso, e perecer o apetite; porque o homem se vai à sua eterna casa, e os pranteadores andarão rodeando pela praça;
6 - antes que se quebre a cadeia de prata, e se despedace o copo de ouro, e se despedace o cântaro junto à fonte, e se despedace a roda junto ao poço,
7 - e o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu,
8 - Vaidade de vaidade, diz o Pregador, tudo é vaidade.

INTERAÇÃO
Prezado professor, estamos encerrando mais um trimestre. De todos os assuntos que estudamos nesta lição, os que nos trazem mais perplexidades são as perspectivas apresentadas acerca da imprevisibilidade da vida, o movimento dinâmico que ela apresenta e as contingências da nossa existência. O homem que não confia em Deus pensa que foi lançado a esmo no mundo. Aqui, é que o crente em Jesus se distingue daqueles que não creem em Deus. Quando amamos e tememos ao Senhor de todo o nosso coração, compreendemos a vida como algo finito no mundo, mas na esperança de brevemente encontrarmo-nos em plenitude com um Deus “que tem, ele só, a imortalidade e habita na luz inacessível” (1 Tm 6.16).

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Saber que somos criatura; Deus, o Criador.
Explicar os dois grandes momentos da vida (juventude e velhice) e as duas dimensões da existência humana (corporal e espiritual).
Guardar os mandamentos do Senhor e praticar a sua justiça.


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, sugerimos como atividade pedagógica que faça o resumo dos principais pontos que foram abordados na lição ao longo desse trimestre. Essa atividade visa introduzir a aula dessa semana. Aproveitamos a oportunidade para sugerir alguns pontos a serem relembrados: (1) O adultério; (2) O cuidado com o uso da língua; (3) A imprevisibilidade e as contingências da vida. O professor poderá ampliar esses pontos de acordo com a necessidade da sua classe.
PALAVRAS-CHAVE Temor: Sentimento profundo de respeito e obediência.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Salomão chega ao final de suas reflexões acerca da vida “debaixo do sol”, O pregador conclui o seu ensino no capítulo 12 de Eclesiastes, contrastando vividamente A os distintos momentos da vida humana: juventude e velhice, alegria e tristeza, vida e morte, presente e futuro, temporal e eterno, O estilo adotado por Salomão deixa-nos a sensação de que ele processa a sua reflexão de trás para frente.
O autor fala da juventude a partir de uma análise realista da velhice. Fala da vida com os olhos fitos na morte. Fala do temporal com os olhos voltados ao eterno. Fala da criatura a partir do Criador. E fala do prazer da vida sem perder de vista o julgamento final. Nessa última lição, veremos como o ensinamento do pregador nos ajuda a construir uma fé sadia e fundamentada no temor do Altíssimo.

I - UMA VERDADE QUE NÃO PODE SER ESQUECÍDA
1. Somos criatura. O último capítulo de Eclesiastes inicia-se com uma exortação a que nos lembremos do nosso Criador. Uma das doutrinas mais bem definidas da Bíblia é a da criação. Pela fé cremos no Deus criador do universo (Hb 11.3). Mas aqui, não temos o interesse apologético de provar a existência de Deus, pois Salomão parte do princípio de que Deus é, e que os seus leitores têm isso muito bem resolvido.
Com a expressão “lembra-te do teu Criador”, o sábio ensina aos homens que eles não passam de criaturas. O termo hebraico para lembrar, zakar, reforça essa ideia. Ele significa recordar, trazer a mente, fazer um memorial. É como se o k pregador dissesse: “Coloque isso em sua mente e, se possível, faça um memorial. Não esqueça que você é criatura e que há um Criador”.

2. Há um Criador. Se em Eclesiastes 12.1 o pregador revela Deus como o Criador, no versículo 13, o livro mostra o Pai Celeste como o Supremo Juiz. Foi Deus quem criou e modelou a criatura a quem Ele chamou de homem! Este fato nos obriga a enxergar o ser humano como criatura e Deus como o Criador. O homem como ser temporal e Deus como o Eterno. Portanto, a partir dessa compreensão, podemos encarar a vida com mais humildade e prudência.

SINOPSE DO TÓPICO (1)
Uma verdade que não pode ser esquecida: somos criatura; há um Criador.

II - OS DOIS GRANDES MOMENTOS DA VIDA
1. A juventude. Salomão passa a falar sobre a juventude, ou seja, o estágio da vida que representa o período de maior vigor. Ele se vale de várias figuras para demonstrar a nossa finitude e o quão frágeis somos. Em Eclesiastes 11.9, Salomão havia falado da juventude, destacando-a como uma fase de recreação e de satisfação.
Tais metáforas criam a imagem da exuberância, elemento característico da mocidade. Elas denotam que, nessa fase da vida, as pessoas não se preocupam com lembranças, memoriais ou história. É como se não houvesse um referencial. Mas em o Novo Testamento, o autor sagrado mostra 1 esse referencial (Hb 12.2)—Jesus Cristo — e exorta-nos a viver a vida com os olhos fitos no Mestre.

2. A velhice. No Eclesiastes, a juventude é vista como um estágio inicial e intenso da vida, enquanto a velhice aparece como o último estágio da existência, onde nada mais parece fazer sentido. O corpo físico, outrora forte, robusto e cheio de vigor, agora se mostra enfraquecido pelos anos da vida.
De forma metafórica, o sábio prova que a velhice é bem diferente da juventude. O prazer não é como antes (12.1), o sol não brilha com o mesmo esplendor (12.2), e o metabolismo do corpo não funciona como no passado (Ec 12.3- 5). Enfim, a velhice mostra-nos como somos frágeis, sujeitos a quebrar a qualquer instante (12.6).

SINOPSE DO TÓPICO (2)
Os dois grandes momentos da vida que o sábio apresenta no Eclesiastes são a juventude e a velhice.

III - AS DIFERENTES DIMENSÕES DA EXISTÊNCIA HUMANA
1. Corporal. Os sentimentos e fatos experimentados na vida — alegrias ou tristezas, acertos ou erros, o presente ou o passado — apenas são possíveis por causa da dimensão corporal de nossa existência. O rei Salomão chama-nos a atenção para esse fato ao dizer que “o pó volte à terra, como o era” (Ec 12.7a). O texto bíblico denota que possuímos um corpo sujeito às limitações de espaço e tempo. Por isso, não devemos esquecer que somos absolutamente finitos. Isso não significa que não temos valor. Ao contrário, a Escritura demonstra que a dimensão temporal é tão importante quanto a espiritual. Em 1 Coríntios 6.19,20, não há dualismo entre corpo e espírito, como se este fosse bom e aquele mau. Portanto, devemos cuidar do nosso corpo e usá-lo sempre para a glória de Deus.

2. Espiritual. Eclesiastes 12.7b revela que possuímos uma dimensão espiritual da vida, pois o nosso espírito voltará “a Deus, que o deu”. O contexto do capítulo 12 de Eclesiastes faz um contraste „ entre o temporal e o eterno, não deixando dúvidas que o termo hebraico ruach, traduzido por fôlego, hálito e espírito, significa I precisamente “espírito” como a parte imaterial do homem (1 Ts 5.23; 2 Co 5.8; Fl 1.23).
Assim como cuidamos da nossa dimensão material, devemos cuidar da espiritual (2 Co 7.1; 1 Tm 4.8). E apesar de o homem ser constituído por duas dimensões existenciais — a humana e a espiritual —, elas não são independentes entre si, pois o homem é um ser integral (1 Ts 5.23).
SINOPSE DO TÓPICO (3)
As duas distintas dimensões da existência humana encontradas no livro de Eclesiastes são a corporal e a espiritual.

IV - PRESTANDO CONTA DE TUDO
1. Guardando o mandamento. Após falar da brevidade da vida e da necessidade de se buscar em Deus um sentido para ela, o sábio conclui que o dever de todo homem é temer a Deus e guardar os seus mandamentos (Ec 12.13). Aqui, há duas coisas que precisam ser ditas. Primeira, a vida é dinâmica, mas precisa de regras e normas. Segunda, é nosso dever ouvir e guardar a Palavra do Senhor no coração.
O mandamento divino é constituído de princípios eternos e, para o nosso próprio bem, temos de observá-los e acatá-los integralmente fazendo tudo quanto o Criador requer de nós, pois esta é a vontade de Deus (1 Jo 5.3).

2. Aguardando o julgamento. Nas últimas palavras do §l Eclesiastes, há uma séria advertência sobre o julgamento a que todo ser humano estará sujeito. O pregador diz que “Deus há de trazer a juízo toda obra e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau’’ (Ec 12.14). As nossas obras e ações serão avaliadas por Deus, pois para Ele os valores estão bem definidos: o certo e o errado nunca mudam.
O termo hebraico mishpat, usado nas últimas palavras de Salomão, possui o sentido jurídico de tomada de decisão. Chegará, pois o dia da prestação de contas de todos os homens. O Justo Juiz decidirá o nosso destino (Rm 14.10,12). Tais palavras não são intimidatórias, mas um convite a vivermos com responsabilidade diante de Deus e da sociedade.
SINOPSE DO TÓPICO (4)
Todo homem não deve esquecer isto: Um dia prestaremos contas de tudo a Deus.

CONCLUSÃO
A vida é um contraste entre a alegria e a tristeza, entre a juventude e a velhice, entre a vida e a morte, entre o passado e o presente. Não há como fugir a essa realidade. Sabendo que a nossa vida “debaixo do sol” é tão fugaz, cabe-nos procurar vivê-la da melhor maneira possível, pois esse é um dom do Criador. Salomão, em sua singular sabedoria, nos ensina: tema a Deus em todo o tempo. Só assim seremos felizes.

VOCABULÁRIO
Esmo: Cálculo apenas aproximado; estimativa, conjetura.
Intimidatória: Ato ou efeito de intimidar. Provocar apreensão, receio ou temor.
Fugaz: Rápido, ligeiro, veloz. O que desaparece rapidamente,

AUXILIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
“[Os jovens] devem ser ensinados a considerar a Deus como supremo.
Ele expõe a verdade de que ‘o temor do Senhor é o princípio da ciência’ ([Provérbios 1] v.7); é a parte principal do conhecimento; é o que inicia o conhecimento, isto é, (1) de todas as coisas que devem ser conhecidas, esta é a mais evidente - que Deus deve ser temido, deve ser reverenciado, servido e adorado; este é o princípio do conhecimento, e não sabem nada os que não sabem isto. (2) Para adquirir todo o conhecimento útil, é extremamente necessário que temamos a Deus; nós não somos qualificados para nos beneficiar das instruções que nos são dadas, a menos que nossas mentes sejam possuídas por uma santa reverência por Deus, e que cada pensamento em nós seja levado à obediência a Ele. Se alguém quiser fazer a vontade de Deus, deve conhecer a sua doutrina (Jo 7.17). (3) Assim como todo o nosso conhecimento deve se originar do temor a Deus, ele também tende a este temor, como sua perfeição e centro. Sabem o suficiente os que sabem como temer a Deus, que são cuidadosos em todas as coisas, para agradar a Ele e temerosos de ofendê-lo em alguma coisa; este é o Alfa e o Ômega do conhecimento” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Antigo Testamento - Jó a Cantares de Salomão. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.720).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
“[Prestando contas à luz do Sermão do Monte]
Em um importante sentido, todo o Sermão do Monte representa uma simples expansão desse apelo compassivo. Começando no mesmo ponto de partida — um lamento sobre a iminente destruição de Jerusalém — Cristo simplesmente amplia a sua perspectiva e transmite aos discípulos um extenso apelo que inclui desde o futuro escatológico até o momento do seu retorno e do juízo que o acompanhará. Portanto, esse mesmo espírito que inspirou o pranto de Cristo sobre a cidade de Jerusalém, permeia e dá um colorido a todo o Sermão do Monte. E Mateus, que estava presente e ouviu em primeira mão, registrou tudo isso no seu Evangelho, que é como um farol para todos os pecadores, em todos os tempos. Trata-se do último e terno apelo do Senhor para o arrependimento, antes que seja tarde demais.
Examinando esse sermão também vemos que todos os vários apelos de Jesus para sermos fiéis e todas as suas advertências para estarmos preparados ficam reduzidos a isso: eles representam um compassivo convite para nos arrependermos e crermos. Ele está nos prevenindo de que devemos nos preparar para a sua vinda porque, quando retornar, Ele trará o Juízo Final. E, ao concluir o seu sermão, Ele descreve detalhadamente esse juízo.

Essa parte remanescente do Sermão do Monte transmite uma das mais severas e solenes advertências sobre o juízo em toda a Escritura. Cristo, o Grande Pastor, será o Juiz, e irá separar suas ovelhas dos bodes. Estas palavras de Cristo não foram registradas em nenhum dos outros Evangelhos. Mas Mateus, pretendendo retratar Cristo como Rei, mostra-o aqui sentado no seu trono terreno. Na verdade, esse juízo será o primeiro ato depois do seu glorioso retorno à Terra, sugerindo que esta será a sua primeira atividade como governante da Terra (cf. SI 2.8-12). Esse evento inaugura, portanto, o Reino Milenial, e é distinto do juízo do Grande Trono Branco descrito em Apocalipse 20, que ocorre depois que a era milenial chega ao fim. Nesse caso, Cristo está julgando aqueles que estarão vivos no seu retorno, e irá separar as ovelhas (os verdadeiros crentes) dos bodes (os descrentes). Os bodes representam a mesma classe de pessoas que são retratadas como servos maus, como virgens imprudentes, e como o escravo infiel nas parábolas imediatamente precedentes” (MACARTHUR JR., John. A Segunda Vinda. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, pp.l 80-81).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Antigo Testamento - Jó a Cantares de Salomão. 1 .ed. Rio dejaneiro: CPAD, 2010.
MELO, Joel Leitão de. Eclesiastes versículo por versículo. Rio de Janeiro: CPAD, 1999. PALMER, Michael D. (Ed.) Panorama do Pensamento Cristão, l. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001.




SUBSÍDIOS

I -  INTRODUÇÃO


Ec.12.1 Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento;

12.1-7 LEMBRA-TE DO TEU CRIADOR NOS DIAS DA TUA MOCIDADE.
"Lembrar-se", na Bíblia, sempre subentende ação; e.g., quando Deus se "lembrou" de Abraão (Gn 19.29), Ele interveio
na sua vida para o seu bem.

(1) Por isso, lembrar-nos do nosso Criador importa em agir da maneira que Ele estabeleceu quando nos criou. De Deus vem a vida, e com ela as oportunidades que nos advêm com a juventude.

(2) É somente com a ajuda do Espírito Santo que conseguimos "lembrar-nos" de Deus, à medida que somos revestidos "do novo homem, que, segundo Deus, é criado em verdadeira justiça e santidade" (Ef 4.24); e devemos, assim, viver antes que venha a morte.

(3) Os versículos 3-7 apresentam um quadro vívido do processo de envelhecimento do corpo físico, processo este que culmina na morte. Há conforto, porém, no fato de que nossa pessoa interior "se renova de dia em dia" (2 Co 4.16).


Ec.12.7 e o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.

12.7 O PÓ VOLTE À TERRA... O ESPÍRITO VOLTE A DEUS.
Este versículo faz uma distinção entre o aspecto da pessoa humana que fica na terra, no momento da morte, e o que volta a Deus.


Ec.12.8 Vaidade de vaidade, diz o Pregador, tudo é vaidade.Ver Ec.1.2 Vaidade de vaidades! - diz o pregador, vaidade de vaidades! É tudo vaidade.

12.8 TUDO É VAIDADE.
Estes versículos expressam o tema de Eclesiastes, i.e., todos os empreendimentos humanos na terra não têm sentido nem propósito quando realizados separados da vontade de Deus, fora da comunhão com Ele e da sua obra de amor em nossa vida. O livro também salienta que a própria criação está sujeita à vaidade e à corrupção.

(1) O autor procura aniquilar as falsas esperanças que o povo deposita num mundo totalmente secular. Seu empenho é que o ser humano perceba as sérias realidades do mal, da injustiça e da morte, e que reconheçam que a vida, à parte de Deus, não tem sentido e nem pode levar à verdadeira felicidade.

(2) A solução ao problema está na fé e na confiança em Deus; é isto que dá sentido à vida; que dá real prazer em viver.
Devemos atentar para além das coisas terrenas, i.e., para as celestiais, a fim de obtermos esperança, alegria e paz (3.12-17; 8.12,13; 12.13,14).


II -  O TEMOR DO SENHOR

Dt 6.1-2 “Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o SENHOR, vosso Deus, para se vos ensinar,
para que os fizésseis na terra a que passais a possuir; para que temas ao SENHOR, teu Deus, e guardes todos os seus estatutos e mandamentos, que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida; e que teus dias sejam prolongados.”

Um mandamento freqüente ao povo de Deus do AT é “temer a Deus” ou “temer ao Senhor”. É importante que saibamos o que esse mandamento significa para nós como crentes. Somente à medida que verdadeiramente temermos ao Senhor é que
seremos libertos da escravidão de todas as formas de temores anormais e satânicas.

O SIGNIFICADO DO TEMOR DE DEUS.
O mandamento geral de “temer ao Senhor” inclui uma variedade de aspectos do relacionamento entre o crente e Deus.

(1) É fundamental, no temor a Deus, reconhecer a sua santidade, justiça e retidão como complemento do seu amor e misericórdia, i.e., conhecê-lo e compreender plenamente quem Ele é (cf. Pv 2.5). Esse temor baseia-se no
reconhecimento que Deus é um Deus santo, cuja natureza inerente o leva a condenar o pecado.

(2) Temer ao Senhoré considerá-lo com santo temor e reverência e honrá-lo como Deus, por causa da sua excelsa glória, santidade, majestade e poder (ver Fp 2.12). Quando, por exemplo, os israelitas no monte Sinai viram Deus manifestar-se através de “trovões e relâmpagos sobre o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido de buzina mui forte” o povo inteiro “estremeceu” (Êx 19.16) e implorou a Moisés que este falasse, ao invés de Deus (Êx 20.18,19; Dt 5.22-27). Além disso, o salmista, na sua reflexão a respeito do Criador, declara explicitamente: “Tema toda a terra ao SENHOR; temam-no todos os moradores do mundo. Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu” (Sl 33.8,9).

(3) O verdadeiro temor de Deus leva o crente a crer e confiar exclusivamente nEle para a salvação. Por exemplo: depois que os israelitas atravessaram o mar Vermelho como em terra seca e viram a extrema destruição do exército egípcio, “temeu o povo ao SENHOR e creu no SENHOR” (ver Êx 14.31 nota). Semelhantemente, o salmista conclama a todos os que temem ao Senhor: “confiai no SENHOR; ele é vosso auxílio e vosso escudo” (Sl 115.11). Noutras palavras, o temor ao Senhor produz no povo de Deus esperança e confiança nEle. Não é de admirar, pois, que tais pessoas se salvem (Sl 85.9) e desfrutem do amor perdoador de Deus, e da sua misericórdia (Lc 1.50; cf. Sl 103.11; 130.4).

(4) Finalmente, temer a Deus significa reconhecer que Ele é um Deus que se ira contra o pecado e que tem poder para castigar a quem transgride suas justas leis, tanto no tempo como na eternidade (cf. Sl 76.7,8). Quando Adão e Eva pecaram no jardim do Éden, tiveram medo e procuraram esconder-se da presença de Deus (Gn 3.8-10). Moisés experimentou esse aspecto do temor de Deus quando passou quarenta dias e quarenta noites em oração, intercedendo pelos israelitas transgressores: “temi por causa da ira e do furor com que o SENHOR tanto estava irado contra vós, para vos destruir” (Deut. 9.19).

RAZÕES PARA TERMOS TEMOR DE DEUS.
As razões para temer o Senhor vêm do significado do temor do Senhor.

(1) Devemos temê-lo por causa do seu grande poder como o Criador de todas as coisas e de todas as pessoas (Sl 33.6-9; 96.4-5; Jo 1.9).

(2) Além disso, o poder inspirador de santo temor que Ele exerce sobre os elementos da criação e sobre nós é motivo de temê-lo (Êx 20.18-20; Ec 3.14; Jn 1.11-16; Mc 4.39-41).

(3) Quando nós nos apercebemos da santidade do nosso Deus, i.e., sua separação do pecado, e sua aversão constante a ele, a resposta normal do espírito humano é temê-lo (Ap 15.4).

(4) Todos quantos contemplarem o esplendor da glória de Deus não podem deixar de experimentar reverente temor (Mt 17.1-8).

(5) As bênçãos contínuas que recebemos da parte de Deus, especialmente o perdão dos nossos pecados (Sl 130.4), devem nos levar a temê-lo e a amá-lo (1Sm 12.24; Sl 34.9; 67.7; Jr 5.24.

(6) É indubitável que o fato de Deus ser um Deus de justiça, que julgará a totalidade da raça humana, gera o temor a Ele (Deut. 17.12-13; Is 59.18,19; Ml 3.5; Hb 10.26-31). É uma verdade solene e santa que Deus constantemente observa e avalia as nossas ações, tanto as boas quanto as más, e que seremos responsabilizados por essas ações, tanto agora como no dia do nosso julgamento individual.

CONOTAÇÕES PESSOAIS LIGADAS AO TEMOR DE DEUS.
O temor de Deus é muito mais do que uma doutrina bíblica; ele é diretamente aplicável à nossa vida diária, de numerosas
maneiras.

(1) Primeiramente, se realmente tememos ao Senhor, temos uma vida de obediência aos seus mandamentos e damos
sempre um “não” estridente ao pecado. Uma das razões por que Deus inspirou temor nos israelitas no monte Sinai foi para que aprendessem a desviar-se do pecado e a obedecer à sua lei (Êx 20.20). Repetidas vezes no seu discurso final aos
israelitas, Moisés mostrou o relacionamento entre o temor ao Senhor e o serviço e a obediência a Ele (e.g., 5.29; 6.2, 24; 10.12; 13.4; 17.19; 31.12). Segundo os salmistas, temer ao Senhor equivale a deleitar-se nos seus mandamentos (Sl 112.1) e
seguir os seus preceitos (Sl 119.63). Salomão ensinou que “pelo temor do SENHOR, os homens se desviam do mal” (Pv 16.6; cf. 8.13). Em Eclesiastes, o dever inteiro da raça humana resume-se em dois breves imperativos: “Teme a Deus e guarda os seus mandamentos” (Ec 12.13). Inversamente, aquele que se contenta em viver na iniqüidade, assim faz porque “não há temor de Deus perante os seus olhos” (Sl 36.1-4).

(2) Um corolário importante da conotação supra é que o crente deve ensinar seus filhos a temer ao Senhor, levando-os a abominar o pecado e a guardar os santos mandamentos de Deus (4.10; 6.1-2, 6-9). A Bíblia declara freqüentemente que “O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria” (Sl 111.10; cf. Jó 28.28; Pv 1.7; 9.10). Visto que um alvo básico na educação dos nossos filhos é que vivam segundo os princípios da sabedoria estabelecidos por Deus (Pv 1.1-6), ensinar esses filhos a temerem ao Senhor é um primeiro passo decisivo.

(3) O temor de Deus tem um efeito santificante sobre o povo de Deus. Assim como há um efeito santificante na verdade da Palavra de Deus (Jo 17.17), assim também há um efeito santificante no temor a Deus. Esse temor inspira-nos a evitar o pecado e desviar-nos do mal (Pv 3.7; 8.13; 16.6). Ele nos leva a ser cuidadosos e comedidos no que falamos (Pv 10.19; Ec 5.2,6,7). Ele nos protege do colapso da nossa consciência, bem como a nossa firmeza moral. O temor do Senhor é puro e purificador (Sl 19.9); é santo e libertador no seu efeito.

(4) O temor do Senhor motiva o povo de Deus a adorá-lo de todo o seu ser. Se realmente tememos a Deus, nós o adoramos e o glorificamos como o Senhor de tudo (Sl 22.23). Davi equipara a congregação dos que adoram a Deus com “os que o temem” (Sl 22.25). Igualmente, no final da história, quando um anjo na esfera celestial proclama o evangelho eterno e conclama a todos na terra a temerem a Deus, acrescenta prontamente: “e dai-lhe glória... E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Ap 14.6,7).

(5) Deus promete que recompensará a todos que o temem. “O galardão da humildade e o temor do SENHOR são riquezas, e honra, e vida” (Pv 22.4). Outras recompensas prometidas são a proteção da morte (Pv 14.26,27), provisões para nossas necessidades diárias (Sl 34.9; 111.5), e uma vida longa (Pv 10.27). Aqueles que temem ao Senhor sabem que “bem sucede aos que temem a Deus”, não importando o que aconteça no mundo ao redor (Ec 8.12,13).

(6) Finalmente, o temor ao Senhor confere segurança e consolo espiritual indizíveis para o povo de Deus. O NT vincula diretamente o temor de Deus ao conforto do Espírito Santo (At 9.31). Por um lado, quem não teme ao Senhor não tem qualquer consciência da sua presença, graça e proteção (ver 1.26); por outro lado, os que temem a Deus e guardam os mandamentos dEle têm experiência profunda de proteção espiritual na sua vida, e da unção do Espírito Santo. Têm certeza de que Deus
vai “livrar a sua alma da morte” (Sl 33.18,19).


Fp.2.12  De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor;

FILIPENSES  2.12 OPERAI A VOSSA SALVAÇÃO.
Como crentes salvos pela graça, devemos concretizar a nossa salvação até o fim. Se deixarmos de fazê-lo, nós a perderemos.

(1) Não desenvolvemos a nossa salvação por meros esforços humanos, mas por meio da graça de Deus e do poder do Espírito Santo que nos foram outorgados.

(2) A fim de desenvolvermos a nossa salvação, devemos resistir ao pecado e atender os desejos do Espírito Santo em nosso íntimo. Isso envolve um esforço contínuo e ininterrupto, de usar todos os meios determinados por Deus para derrotarmos o mal e manifestarmos a vida de Cristo. Sendo assim, concretizar a nossa salvação é concentrar-nos na importância da santificação (ver Gl 5.17).

(3) Operamos a nossa salvação, chegando cada vez mais perto de Cristo (ver Hb 7.25) e recebendo seu poder para querer e efetuar a boa vontade de Deus (ver v. 13 nota). Deste modo, somos "cooperadores de Deus" (1 Co 3.9) para a nossa completa salvação no céu.

(4) Desenvolver a nossa salvação é tão vital que deve ser feito "com temor e tremor" 2.12 TEMOR E TREMOR. Na salvação efetuada por Cristo, Paulo vê lugar para "temor e tremor" da nossa parte. Todo filho de Deus deve possuir um santo temor que o faça tremer diante da Palavra de Deus (Is 66.2) e o leve a desviar-se de todo mal (Pv 3.7; 8.13). O temor (gr. phobos) do Senhor não é de conformidade com a definição freqüentemente usada, a mera "confiança reverente", mas inclui o santo temor do poder de Deus, da sua santidade e da sua justa retribuição, e um pavor de pecar contra Ele e das conseqüências desse pecado (cf. Êx 3.6; Sl 119.120; Lc 12.4,5). Não é um temor destrutivo, mas um temor que controla e que redime e que aproxima o crente de Deus, de suas bênçãos, da pureza moral, da vida e da salvação (cf. Sl 5.7; 85.9; Pv 14.27; 16.6).

Fp.2.13 porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.

FILIPENSES  2.13 DEUS É O QUE OPERA EM VÓS.
A graça de Deus opera nos seus filhos, para produzir neles tanto o desejo quanto o poder para cumprir a sua vontade. Mesmo assim, a obra de Deus dentro de nós não é de compulsão, nem de graça irresistível. A obra da graça dentro de nós (1.6; 1 Ts 5.24; 2 Tm 4.18; Tt 3.5-7) sempre depende da nossa fidelidade e cooperação (vv. 12,14-16).


III -  A BREVIDADE DA VIDA

Tiago.4.14 Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece.

4.13-16 — Estas pessoas não pecaram porque fizeram planos, mas, em vez disso, porque ignoraram a brevidade da vida humana (v. 14) e não  consultaram o Senhor quando fizeram seus planos(v. 15). Essa espécie de orgulho é maligna (v. 16).

4.14 — Não sabeis. A despeito da fragilidade humana e da ignorância acerca do amanhã, o homem arrogantemente prediz o curso de sua vida. Porque que é a vossa vida? Essa pergunta pretende despertar a pessoa em meio à sua apatia e levá-la a reavaliar suas prioridades. Vapor (gr. atmis) é usado como referência a fumaça (At 2.19), incenso (Ez 8.11) e névoa.
Não faz diferença qual referência seja escolhida, pois todos são transitórios e se vão em um instante. À luz da eternidade, nossa vida parece insignificante.


Sl.90.12 Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio.

SALMO  90.12 ENSINA-NOS A CONTAR OS NOSSOS DIAS.
Nossos dias neste mundo, que na maioria das pessoas não chegam a mais de setenta ou oitenta anos (cf. v. 10), são poucos em relação à eternidade. Por isso:

(1) Devemos orar por uma sábia compreensão da brevidade da nossa vida, para termos diante de Deus um coração sábio no emprego de cada dia que Ele nos concede (cf. 39.4).

(2) Considerando que esta vida é uma preparação para a outra, devemos entender o que Deus deseja realizar para si mesmo, para nossa família e para o próximo, através do nosso serviço fiel.

(3) Quando terminar aqui o nosso tempo, e chegarmos ao céu, será avaliado como foi (ou deixou de ser) a nossa dedicação a Deus. Com isto em vista, devemos orar pedindo um coração sábio e um santo temor de Deus (v. 11), e o seu favor em nossa vida e em nosso trabalho para Ele (vv. 13-17).

Sl.90.4 Porque mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou, e como a vigília da noite.
Sl.90.5  Tu os levas como corrente de água; são como um sono; são como a erva que cresce de madrugada;

SALMO 90.4,5 — Mesmo que as pessoas vivessem mil anos, passariam como a vigília da noite. Mil anos pode parecer muito tempo, mas nada é em comparação à existência eterna de Deus. A erva brota depois da chuva, mas logo murcha sob o calor — quase que no mesmo dia.

Sl.90.8 Diante de ti puseste as nossas iniqüidades; os nossos pecados ocultos, à luz do teu rosto.
Sl.90.9  Pois todos os nossos dias vão passando na tua indignação; acabam-se os nossos anos como um conto ligeiro.
Sl.90.10 A duração da nossa vida é de setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o melhor deles é canseira e enfado, pois passa rapidamente, e nós voamos.

SALMO  90.8-10 — Setenta [...] oitenta anos. Oobjetivo aqui não é o de estipular um prazo máximo, mas apresentar uma noção da brevidade da vida humana. Não importa quanto possamos viver, é inevitável que, um dia, voamos desta vida, com a morte.

Sl.90.11 Quem conhece o poder da tua ira? E a tua cólera, segundo o temor que te é devido?
Sl.90.12 Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio.

SALMO  90.11,12 — Estes versículos são a chave do salmo. Moisés havia sofrido suficientemente a cólera de Deus (Êx 32; Nm 14-11-25; Dt 3.23-28).
Ensina-nos. Moisés buscava uma nova compreensão do sentido de sua vida. Contar os nossos dias. Não se trata apenas de ter o senso de mortalidade; significa valorizar o tempo que temos, empregando-o em propósitos eternos.

Perceber que a vida é curta nos ajuda a usar o pouco tempo que temos mais sabiamente e para o bem eterno. Reserve um
momento para contar seus dias e perguntar-se: o que desejo que aconteça em minha vida antes de morrer9 Que pequeno passo
tenho de dar em direção a tal propósito hoje?

Devido ao fato de os nossos dias estarem contados,queremos que o trabalho que desenvolvemos seja importante, efetivo e produtivo. Desejamos ver o plano eterno de Deus revelado agora e que as nossas atividades profissionais reflitam-
no. Se nos sentimos insatisfeitos com esta vida e todas as suas imperfeições, devemos lembrar que a vontade de ver o
nosso trabalho confirmado é dada por Deus (ver nota Ec 3.11) e que o nosso desejo só poderá ser totalmente satisfeito na eternidade. Até entao devemos amar e servir a Deus.

A vida é curta, a despeito de quantos anos vivamos. Não se engane pensando que vocè ainda tem muito tempo para viver
para Cristo, para desfrutar de seus entes queridos, ou para fazer o que sabe que deve fazer. Viva para Deus hoje! Entao, não importa quando a sua vida termine, você terá cumprido o plano de Deus para você.


IV - O JUIZO DE DEUS.
Ec.12.14 Porque Deus há de trazer a juízo toda obra e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.


ECLESIASTES  12.14 PORQUE DEUS HÁ DE TRAZER A JUÍZO TODA OBRA.
A mensagem final do livro de Eclesiastes faz-nos lembrar de uma verdade solene e inalterável:

(1) a prestação de contas do ser humano perante Deus, por todos os seus atos. O Senhor julgará a todos nós, crentes e incrédulos, i.e., todos os nossos atos, bons e maus (cf. Rm 14.10,12; 2 Co 5.10; Ap 20.12,13).

(2) Quem negligenciou ou rejeitou a graça redentora de Deus não estará justificado no dia do julgamento.


O JULGAMENTO DO CRENTE.

2Co 5.10 “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver
feito por meio do corpo, ou bem ou mal.”

A Bíblia ensina que os crentes terão, um dia, de prestar contas “ante o tribunal de Cristo”, de todos os seus atos praticados por meio do corpo, sejam bons ou maus. No tocante a esse julgamento do crente, segue-se o estudo de alguns de seus pontos.

(1) Todos os crentes serão julgados; não haverá exceção (Rm 14.10,12; 1Co 3.12-15; 2Co 5.10; ver Ec 12.14).

(2) Esse julgamento ocorrerá quando Cristo vier buscar a sua igreja (ver Jo 14.3 nota; cf. 1Ts 4.14-17).

(3) O juiz desse julgamento é Cristo (Jo 5.22, cf. “todo o juízo”; 2Tm 4.8, cf. “Juiz”).

(4) A Bíblia fala do julgamento do crente como algo sério e solene, mormente porque inclui para este a possibilidade de dano ou perda (1Co 3.15; cf. 2 Jo 8); de ficar envergonhado diante dEle “na sua vinda” (1Jo 2.28), e de queimar-se o trabalho de toda sua vida 1Co 3.13-15). Esse julgamento, não é para sua salvação, ou condenação. É um
julgamento de obras.

(5) Tudo será conhecido. A palavra “comparecer” (gr. phaneroo, 5.10) significa “tornar conhecido aberta ou publicamente”. Deus examinará e revelará abertamente, na sua exata realidade,
(a) nossos atos secretos (Mc 4.22; Rm 2.16),
(b) nosso caráter (Rm 2.5-11),
(c) nossas palavras (Mt 12.36,37),
(d) nossas boas obras (Ef 6.8),
(e) nossas atitudes (Mt 5.22),
(f) nossos motivos (1Co 4.5),
(g) nossa falta de amor (Cl 3.23—4.1) e
(h) nosso trabalho e ministério (1Co 3.13).

(6) Em suma, o crente terá que prestar contas da sua fidelidade ou infidelidade a Deus (Mt 25.21-23; 1Co 4.2-5) e das suas práticas e ações, tendo em vista a graça, a oportunidade e o conhecimento que recebeu (Lc 12.48; Jo 5.24; Rm 8.1).

(7) As más ações do crente, quando ele se arrepende, são perdoadas no que diz respeito ao castigo eterno (Rm 8.1), mas são levadas em conta quanto à sua recompensa: “Mas quem fizer agravo receberá o agravo que fizer” (Cl 3.25; cf. Ec 12.14; 1Co 3.15; 2Co 5.10). As boas ações e o amor do crente são lembrados por Deus e por Ele recompensados (Hb 6.10): “cada um receberá do Senhor todo o bem que fizer” (Ef 6.8).

(8) Os resultados específicos do julgamento do crente serão vários, como obtenção ou a perda de alegria (1Jo 2.28), aprovação divina (Mt 25.21), tarefas e autoridade (Mt 25.14-30), posição (Mt 5.19; 19.30), recompensa (1Co 3.12-14; Fp
3.14; 2Tm 4.8) e honra (Rm 2.10; cf. 1Pe 1.7).

(9) A perspectiva de um iminente julgamento do crente deve aperfeiçoar neste o temor do Senhor (5.11; Fp 2.12; 1Pe 1.17), e levá-lo a ser sóbrio, a vigiar e a orar (1Pe 4.5, 7), a viver em santa conduta e piedade (2Pe 3.11) e a demonstrar
misericórdia e bondade a todos (Mt 5.7; cf. 2Tm 1.16-18).



                                COMPLEMENTO 001
Eclesiastes 12
12:1. Lembra-te do teu Criador. Talvez fique melhor traduzido assim: Lembra-te então do teu Criador, pois parece que o autor está resumindo o que acabou de dizer.

12.2. Antes que se escureçam o sol . . .
A imagem neste versículo e nos seguintes tem produzido uma variedade de interpretações, mas a maioria dos comentaristas aceitam a passagem como uma extensão do conselho do autor a que seus leitores desfrutem da mocidade. Estes versículos são provavelmente uma alegoria sobre o declínio da idade avançada e da proximidade da morte. As figuras do sol, da lua, das estrelas e das nuvens descrevem a idade avançada como uma tempestade que obscurece a luz dos corpos celestiais, de modo que já não há mais calor ou resplendor, isto é, prazer na vida.

12.3. Os guardas da casa.
Aqui o escritor compara o corpo do homem a uma casa. Os guardas são as mãos e os braços, os homens fortes são as pernas que ficam fracas, os moedores são os poucos dentes que ainda não caíram, e olhos nas janelas que escurecem são os olhos que se tornaram fracos.

12.4. As portas . . . se fecharem.
A forma da palavra portas, no hebraico, é de duplo sentido, sugerindo portanto "duas portas" ou "portas duplas", provavelmente referindo-se aos ouvidos que se tomaram surdos.
O baixo ruído da moedura refere-se à boca sem dentes. A incapacidade do velho de dormir está ilustrada pelo fato dele se levantar à voz das aves. Filhas da música são provavelmente as notas musicais que se ouvem com dificuldade por causa da audição prejudicada.

12.5. O que é alto.
Provavelmente é uma referência à falta de fôlego que torna difícil uma escalada. O homem tem temores no caminho por que não pode confiar em suas frágeis pernas quando tem de seguir o seu caminho pelas ruas estreitas e apinhadas de gente. A amendoeira talvez seja uma figura do cabelo grisalho. Pois, embora as flores da amendoeira sejam na realidade rosadas, quando vista à certa distância, a árvore em plena florescência tem um aspecto branco como se estivesse recoberta de neve. O gafanhoto te for um peso fica melhor traduzido assim: o gafanhoto se mover pesadamente, uma figura do homem velho enrugado que mal consegue movimentar seus membros endurecidos e endireitar o seu corpo. A frase e te perecer o apetite é, literalmente, as amoras se tornarão ineficientes; refere-se a um tipo de amora afrodisíaca que estimulava o apetite sexual ou físico.

12.6. O fio de prata.
A figura representa uma lâmpada luxuosa pendendo do teto. Sua corrente foi arrancada de maneira que caiu estrondosamente ao chão. O azeite foi derramado do vaso quebrado e a luz se foi. A luz é o símbolo da vida. O cântaro e a roda continuam transmitindo a mesma idéia, mas usando o símbolo da água que é tirada do poço. O cântaro se quebrou e portanto não pode mais conter água, isto é, a vida; a roda se quebrou, de modo que a água já não pode mais ser puxada.

12.7. O pó volte a terra.
Esboçada aqui em ousado relevo está a idéia comum do que acontece após a morte: o corpo volta àquilo do que foi feito (cons. 3:20; Gn. 2:7); e o espírito, isto é, o fôlego da vida, retorna à sua fonte (cons. Gn. 2:7; Jó 34:14, 15; Sl. 104:29). O homem deixa de existir como homem.



                               COMPLEMENTO 002
ECLESIASTES  12.1 Lembra-te do teu Criador... maus dias. Lembre-se de que voçê é propriedade de Deus, por isso, empregue sua vida para servi-lo desde o início de seus anos e não no final, quando a capacidade de servir se torna bastante limitada. Aprendemos aqui que:

(1) Uma vida sem Deus pode produzir amargura, solidão e desespero na velhice. Uma vida centrada em Deus pode ser mais interessante e mais tolerável, mesmo quando estivermos diante da incapacidade, da enfermidade ou em desvantagem.

(2) Ser jovem é excitante. Mas o vigor da juventude pode vir a ser um obstáculo para a pessoa ter intimidade com Deus se ela entregar-se a prazeres passageiros e não atentar para os valores eternos.

(3) Coloque o seu vigor à disposição de Deus enquanto você ainda o possui.

(4) Não o desperdice em atividades sem sentido, que tornam seus hábitos ruins e sua vida insensível à voz de Deus. Busque-o agora!

ECLESIASTES  12.6-8 - A cadeia de prata, o copo de ouro, o cântaro e a roda simbolizam a fragilidade da vida. Isto nos mostra:

(1) Quão facilmente a morte chega a nós; quão rápida e inesperadamente podemos retornar ao pó de onde viemos.

(2) Por isso, devemos reconhecer a vida como um precioso presente que deve ser desfrutado sabiamente, e não desperdiçado de maneira frivola.


ECLESIASTES  12.7,8- Despojado do espirito de vida que Deus soprou em nós, nosso corpo retorna ao pó. O que observamos aqui?

(1) Privados do propósito de Deus, nosso trabalho é vão.

(2) Despojados do amor de Deus, nossa obra é  fútil. Devemos colocar Deus em primeiro lugar, acima de tudo e em tudo o que fazemos, porque sem Ele nada temos.

(3) O conhecimento de que a vida sem Deus é fútil motiva a pessoa sábia a buscá-lo em primeiro lugar.


ECLESIASTES  12.13,14 - Em sua conclusão, Salomão apresentou um antídoto para a falta de propósitos e direção na vida. Qual o melhor remédio para esse mal?

(1) temer a Deus e obedecer aos seus mandamentos.

(2) Aqueles que consideram a vida injusta deveriam lembrar-se de que Deus julgará cada pessoa, de acordo como ela respondeu ao chamado dEle e agiu a paitir de então.

(3) Vocè tem uma vida comprometida com Deus? Ela está à altura dos padrões de Deus?

ECLESIASTES  12.13,14 - O livro de Eclesiastes não pode ser corretamente interpretado sem a leitura destes versículos finais. Não importa quais sejam os mistérios e as aparentes contradições da vida,devemos trabalhar com o único propósito de conhecer a Deus.

(1) Em Eclesiastes, Salomào nos mostrou que devemos desfrutar a vida, mas isto não nos isenta de obedecer aos mandamentos de Deus. Devemos buscar o propósito e o significado da vida, mas estes náo poderão ser encontrados apenas por meio dos esforços humanos.

(2) Devemos reconhecer o mal, as tolices e as injustiças que existem neste mundo, mantendo uma atitude positiva e uma forte fé em Deus.

(3) Todas as pessoas comparecerão diante do Senhor e serão julgadas pelo que fizeram. Náo serão capazes de usar as contradições da vida como desculpas por terem fracassado em agir corretamente. Que a leitura de Eclesiastes possa ajudar-nos a:

(1) reconhecer que o esforço humano sem a presença de Deus é inútil;

(2) colocar Deus em primeiro lugar a partir de agora;

(3) receber todas as cotsas boas como dádivas de Deus;

(4) compreender que Deus julgará a todos, quer tenham vivido de um modo bom ou mau! É surpreendente pensar que as pessoas passam a vida esforçando-se para alcançar a alegria que Deus dá gratuitamente como um presente!


ELABORADO PELO EVANGELISTA NATALINO DOS ANJOS
PROFESSOR DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL e PESQUISADOR
PASTOR NA CONGREGAÇÃO DA ASSEMBLEIA DE DEUS(MISSÃO)
NO BAIRRO NOVO HORIZONTE
CAMPO DE GUIRATINGA - MATO GROSSO


FONTES DE PESQUISA:
O Novo COMENTÁRIO BÍBLICO ANTIGO TESTAMENTO
COMENTÁRIO BÍBLICO MOODY
EDITORES: EarID Radmacher ¦ Ronald B. Allen ¦ H. Wayne House
BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL
BÍBLIA DE ESTUDO APLICAÇÃO PESSOAL




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