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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

LANÇA O TEU PÃO SOBRE AS ÁGUAS - LIÇÃO 12 COM SUBSÍDIOS



Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos
4º Trimestre de 2013

Título: Sabedoria de Deus para uma vida vitoriosa — A atualidade de Provérbios e Eclesiastes
Comentarista: José Gonçalves

Lição 12: Lança o teu pão sobre as águas
Data: 22 de Dezembro de 2013


TEXTO ÁUREO
“Lança o teu pão sobre as águas, porque, depois de muitos dias, o acharás” (Ec 11.1).

VERDADE PRÁTICA
Lançar o pão sobre as águas é fazer o bem e ter esperança quanto a um futuro desconhecido.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Ec 11.1 Vivendo com atitude
Terça - Ec 11.4 Evitando a passividade
Quarta - Ec 11.3 Vivendo com dinamismo
Quinta - Ec 11.6 Tendo a fé e a esperança
Sexta - Ec 11.9 Fazendo escolhas
Sábado - Ec 11.9,10 Assumindo as consequências

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Eclesiastes 11.1-10.
 1 - Lança o teu pão sobre as águas, porque, depois de muitos dias, o acharás.
2 - Reparte com sete e ainda até com oito, porque não sabes que mal haverá sobre a terra.
3 - Estando as nuvens cheias, derramam a chuva sobre a terra, e, caindo a árvore para o sul ou para o norte, no lugar em que a árvore cair, ali ficará.
4 - Quem observa o vento nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará.
5 - Assim como tu não sabes qual o caminho do vento, nem como se formam os ossos no ventre da que está grávida, assim também não sabes as obras de Deus, que faz todas as coisas.
6 - Pela manhã, semeia a tua semente e, à tarde, não retires a tua mão, porque tu não sabes qual prosperará; Se esta, se aquela ou se ambas igualmente serão boas.
7 - Verdadeiramente suave é a luz, e agradável é aos olhos ver o sol.
8 - Mas, se o homem viver muitos anos e em todos eles se alegrar, também se deve lembrar dos dias das trevas, porque hão de ser muitos. Tudo quanto sucede é vaidade.
9 - Alegra-te, jovem, na tua mocidade, e alegre-se o teu coração nos dias da tua mocidade, e anda pelos caminhos do teu coração e pela vista dos teus olhos; sabe, porém, que por todas essas coisas te trará Deus a juízo.
10 - Afasta, pois, a ira do teu coração e remove da tua carne o mal, porque a adolescência e a juventude são vaidade.

INTERAÇÃO
 A lei da semeadura é revelada pelo apóstolo Paulo em Gálatas 6.7. O que esta lei diz? “Tudo o que o homem semear, isso também ceifará”. Paulo está mostrando que um nascido de novo e seguidor de Cristo Jesus, por obra iluminadora do Espírito Santo, não pode deliberadamente semear na carne ao mesmo tempo em que anda no Espírito: “Quem semeia na sua carne da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito ceifará a vida eterna” (v.8). O contexto de Gálatas seis remete-nos a ideia de os crentes levarem a carga um dos outros para fazer o bem. Isto é semear para a vida eterna. O contrário é semear corrupção.

OBJETIVOS
 Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Saber como viver uma vida com propósito.
Decidir viver uma vida dinâmica com fé e esperança.
Viver a vida com responsabilidade diante de Deus e dos homens.


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
 Prezado professor, para lhe auxiliar na conclusão do terceiro tópico da lição, reproduza o esquema abaixo conforme as suas possibilidades. O professor deverá, ao longo da semana, estudar sistematicamente os capítulos 8 e 9 de 2 Coríntios. O Comentário Pentecostal Novo Testamento, editado pela CPAD, muito lhe ajudará. Com o auxílio do esquema explique aos alunos que os capítulos 8 e 9 de 2 Coríntios contém instruções sobre ofertas dirigidas aos crentes pobres de Jerusalém. As palavras do apóstolo Paulo nesses capítulos estabelecem o ensino mais completo do Novo Testamento sobre a contribuição financeira cristã para ajudar os necessitados.

2 CORÍNTIOS 8
 1. Riquezas da sua generosidade. Os princípios contidos neste capítulo são os seguintes:
a) Aquilo que possuímos pertence a Deus (v.5).
b) Temos de tomar a decisão firme em servir a Deus e não ao dinheiro (v.5; cf. Mt 6.24).
c) A contribuição é feita para ajudar aos necessitados (v.14; 9.12; Gl 2.10).
d) A contribuição para os necessitados é considerada uma prova do amor cristão (v.24) e deve ser realizada de modo sacrifical (v.3) e voluntária (9.7).

2. Jesus Cristo... Se fez pobre...
Deus, em Jesus Cristo, se fez pobre e, por isso, agora nós participamos das riquezas da eternidade. O Altíssimo quer uma atitude idêntica operando em nosso ser como evidência da sua graça infinita (Lc 12.15; Ef 1.3; Fp 4.11-13; Hb 11.26).

 2 CORÍNTIOS 9
1. Pouco... Ceifará. O cristão pode contribuir generosamente ou com avareza. [...] Paulo não fala primeiramente da quantidade ofertada, mas da qualidade dos desejos e dos motivos do nosso coração ao ofertarmos.

2. Abundar em vós toda a graça. O crente deve contribuir com o que pode para ajudar os necessitados. Ele verá que a graça de Deus é suficiente para suprir as suas próprias necessidades a fim de que seja fecundo em toda boa obra (Mt 10.41,42; Lc 6.38).

3. Em tudo enriqueçais. Para que a generosidade seja manifesta exteriormente, o coração deve antes estar enriquecido de amor e compaixão sinceros para com o próximo. Dar de nós mesmos e daquilo que temos, resulta em: (1) suprir as necessidades dos nossos irmãos mais pobres; (2) louvor e ação de graças a Deus (v.12) e (3) amor recíproco da parte daqueles que recebem a ajuda (v.14).

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
 Palavra Chave
Lançar: Jogar, estender, projetar, atirar, etc.

Nos capítulos anteriores de Eclesiastes, Salomão destacou os problemas da vida. Esta é apresentada totalmente imprevisível, cheias de altos e baixos, e muitas vezes sem explicação lógica ou racional. É com tal perplexidade que o sábio enxerga as injustiças contra o justo e a prosperidade do perverso.
Quanta ambiguidade! O que fazer diante de tudo isso? Ficar inerte? Ou enfrentar a arena da vida? A lição dessa semana abordará a postura que o pregador tomou, diante de Deus, em relação às questões da vida. Veremos que o capítulo 11 de Eclesiastes mostra o Senhor nosso Deus como o centro da nossa vida, pois sem Ele ela torna-se vazia e sem sentido.

I. VIVENDO COM PROPÓSITO
 1. Tomando uma atitude. Em nosso texto áureo, o rei Salomão exorta-nos a tomar uma firme e sábia atitude. Ele conclama-nos a lançar o nosso pão sobre as águas. A palavra hebraica traduzida como “lançar” é shalah, que significa enviar, mandar embora, deixar ir. Noutros termos, o que o sábio está ensinando é: “Não fique aí parado! Glorifique a Deus com a sua atitude”. Podemos aplicar essa palavra também à obra missionária. Deus é quem envia homens e mulheres como embaixadores de seu Reino (Jz 6.8; Is 6.8; Jr 1.7), pois com igual determinação e amor, enviou o seu Filho a realizar a mais sublime das missões: Salvar o mundo (Is 61.1; Jo 3.16).

2. Evitando a passividade. Não devemos agir com passividade (Ec 11.4). A vida meramente contemplativa nada resolve. É necessário e urgente fazer o bem. Por isso, o pregador exorta-nos a demonstrar amor e generosidade ao necessitado.
“Lançar o pão”, portanto, significa ser condescendente com os pobres (Ec 11.1,2). Significa fazer alguma coisa e não se limitar a contemplar a miséria alheia. É trazer o pão de longe para alimentar os famintos (Pv 31.14). A igreja apostólica demonstrou a mesma preocupação (Gl 2.10).

SINOPSE DO TÓPICO (I)
Viver com propósito implica em tomar atitude evitando a passividade.


 II. VIVENDO COM DINAMISMO
 1. A imobilidade da árvore caída (vivendo do passado). Em relação ao texto de Eclesiastes 11.3, o escritor Derek Kidner destaca a metáfora da nuvem como um fenômeno meteorológico portador de leis próprias em desacordo com as leis e o tempo dos homens. Ele igualmente destaca o relato da árvore caída: ela não pediu licença para tombar e não houve homem que a impedisse de cair. Aqui, a vida mostra-se de forma imprevisível. Ela não é composta apenas de bons momentos, mas também de períodos desagradáveis. Então, o que fazer? Ficar aprisionado pela experiência passada sobre a qual nada mais se pode fazer, ou enfrentar o futuro com fé e coragem?

2. O movimento do vento e das nuvens (vivendo o presente). Em Provérbios, Salomão usa frequentemente a linguagem metafórica para compartilhar as suas ideias. Uma metáfora que revela bem esse recurso é a da formiga e do preguiçoso (Pv 6.6). Em Eclesiastes, encontramos o mesmo princípio na metáfora do vento (Ec 11.4). Não são poucos os intérpretes da Bíblia que observam, nesse texto, a ideia de movimento e imprevisibilidade da vida. O vento movimenta-se o tempo todo e as nuvens mostram-se imprevisíveis. Eis a metáfora da vida! Olhá-la e queixar-se dela sem tomar uma firme e sábia decisão diante dos seus obstáculos equivalem a esperar que o vento e as nuvens passem. Dessa forma, o ser humano assiste a existência passar sem nada realizar de concreto. Quem tem fé não age assim.

SINOPSE DO TÓPICO (II)
 O texto de Eclesiastes 1.3-5 remonta a ideia de movimento e imprevisibilidade da vida.



III. VIVENDO COM FÉ E ESPERANÇA
 1. Plantando a semente. Outra metáfora usada por Salomão é a do plantio (11.6). Essa figura descreve a atividade do agricultor. Ela ensina a arte de semear a vida. E isso requer ação! É preciso plantar a semente, pois é na existência que geralmente colhemos o que plantamos (Gl 6.7).
Muitas vezes, a vida é dura, seca e arenosa para semear. Assim, a metáfora pode significar uma trajetória de trabalho árduo e difícil diante dos grandes obstáculos e desafios da existência humana. Nessa estrada, muitos até desistem de semear e terminam vencidos pelas dificuldades intransponíveis que ela lhes impõe.

2. Germinando a semente. A metáfora também nos ensina que, embora semeemos a terra, não podemos fazer a semente germinar (Ec 11.6). Salomão observa a vida como um grande campo de solos variáveis. Ao agricultor, pois, resta saber em qual valerá a pena semear, pois a semente não germinará em qualquer terreno. Muitos fatores devem ser levados em conta na germinação da semente: a qualidade do solo, o clima, etc. É urgente que o agricultor persevere nesse empreendimento, mas que igualmente tenha fé e esperança de que a semente germinará. De nada adianta observar o caos em que se encontra a sociedade e não tomar nenhuma atitude. Façamos a nossa parte como agricultores do Reino de Deus: semear a genuína Palavra de Deus no coração de toda a criatura humana (Lc 8.5-15) e auxiliar o próximo necessitado (2Co 8-9).

SINOPSE DO TÓPICO (III)
 Devemos plantar sementes para vida, germinando a Palavra de Deus e cuidando do próximo necessitado.



IV. VIVENDO COM RESPONSABILIDADE
 1. Fazendo escolhas responsáveis. Eclesiastes 11.9 é uma séria admoestação aos jovens. Eles são convidados a viver a vida, mas devem se portar, em todas as ocasiões, como pessoas responsáveis e tementes a Deus. Assim, reconhecerão o Pai Celeste como a sua satisfação maior.

2. Assumindo as consequências. Há uma razão para vivermos de maneira alegre, mas ao mesmo tempo de forma responsável e santa. Nossas ações trazem consequências. Tal como o sábio disse no versículo 10. Viver a vida com intensidade não é agir de forma desregrada e pecaminosa, mas experimentar o seu verdadeiro sentido: glorificar a Deus.
Portanto, jovem, viva a vida com intensidade, mas não se esqueça: glorifique a Deus com o seu testemunho, pois de tudo o Senhor nos pedirá conta. Vivendo assim, quando a velhice chegar, não teremos o que lamentar.

SINOPSE DO TÓPICO (IV)
 Viver com responsabilidade é fazer escolhas responsáveis na vida assumindo as suas consequências.


 CONCLUSÃO
 O capítulo 11 de Eclesiastes é um convite à ação. É uma resposta à mesmice. É um convite a mergulharmos na fé e agir de acordo com a vontade de Deus, não temendo as dificuldades que virão pela frente. É lançar-se para semear. É alegrar-se com as maravilhas que o Senhor nos presenteou. Mas significa igualmente afastar-se do pecado e da iniquidade, pois, no final, teremos de dar conta de todos os nossos atos perante Deus.
Então, glorifiquemos ao Senhor com a nossa existência.

VOCABULÁRIO
 Ambiguidade: Característica ou condição do que é ambíguo; dois sentidos diferentes.
Inerte: Sem atividade ou movimentos próprios.
Condescendente: Indulgente, complacente, transigente.
Fenômeno meteorológico: Série de variáveis que existe na atmosfera como temperaturas, pressão atmosférica, etc.
Contingente: O que é incerto, duvidoso, acidental.
Aprazimento: Sensação ou emoção agradável.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R. (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2 ed., RJ: CPAD, 2004.



Subsídio Teológico

“Obrigações para Ser Liberal. Respostas às Objeções contra a Generosidade [Eclesiastes 11] vv.1-6
Como nosso próprio dever nos é recomendado, v.1.
1. Lança o teu pão sobre as águas, teu pão de milho sobre os lugares baixos (assim alguns o entendem), aludindo ao pai de família, que, andando, leva a preciosa semente, reservando o pão de milho de sua família para a semeadura, sabendo que sem isso ele não pode fazer a colheita no próximo ano; desta maneira, o homem caridoso tira do seu pão de milho para a semente de milho, priva a si mesmo para suprir aos pobres, para que ele possa semear sobre todas as águas (Is 3.22), porque assim como ele semeia ele também deve ceifar, Gálatas 6.7. Nós lemos sobre a ceifa do rio, Isaías 23.3. Águas, nas Escrituras, são usadas em referência às multidões (Ap 16.5), e há multidões de pobres (nós não temos falta de objetos de caridade); águas também são usadas em referência aos enlutados: os pobres são homens de tristezas. Tu deves dar o pão, o sustento necessário para a vida, não somente dar palavras, mas também coisas boas, Isaías 58.7. Deve ser o teu pão, aquilo que é honestamente adquirido; não é caridade, mas injúria, dar aquilo que não é nosso; primeiro, aja com justiça, e então, ame com piedade” (HENRY, M., Comentário Bíblico Antigo Testamento — Jó a Cantares de Salomão. 1.ed., RJ: CPAD, 2010, p.947).

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

Lança o teu pão sobre as águas

“Lança o teu pão sobre as águas, porque, depois de muitos dias, o acharás” (Ec 11.1). Salomão inicia o capítulo 11 de Eclesiastes com uma metáfora. Muitos questionam o que seria lançar o pão sobre as águas. O sábio se utiliza de uma figura de linguagem para nos fazer um convite à generosidade. Salomão se afastou de Deus e certamente deve ter experimentado o egoísmo. Porém, ele conseguiu perceber que o egoísmo torna a vida sem sentido, vazia, que não compensa, por isso, Deus nos ensina, em sua Palavra, a termos uma vida generosa. A sociedade está marcada pelo egoísmo, onde não damos mais espaço para a generosidade. Todavia, nós crentes não podemos nos conformar com a maneira de pensar deste mundo: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2).
Quem não abre a mão e não lança sementes não terá o que colher. A generosidade torna-nos mais ricos, pois é um fruto do Espírito (Gl 5.22). As nações estão enfrentando uma grande crise financeira, em especial a comunidade europeia. Esta crise tem repercutido em vários países, pois vivemos em uma economia globalizada. As taxas de juros e a inflação estão subindo. Sabemos que precisamos economizar, mas Deus tem um compromisso com a sua Palavra. Ele é fiel e promete recompensar aqueles que são generosos (Dt 15.10,11; Pv 11.25). Como Igreja do Senhor, não podemos nos esquecer dos necessitados e carentes, pois Jesus jamais se esqueceu deles (Lc 4.18,19).
Para “lançar o pão sobre as águas”, é preciso ter fé. A fé “é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem” (Hb 11.1). Só aquele que crê que Deus supre as nossas carências pode tomar esta atitude. Não tenha medo de lançar sementes, pois Deus “é poderoso para fazer [...] além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera” (Ef 3.20). Ao invés de olharmos somente para as nossas carências e necessidades, venhamos a olhar para aqueles que estão necessitados da nossa ajuda.
Embora tenhamos fé, não podemos prever o nosso amanhã. Viver é contar com os imprevistos; por isso, acredito que “lançar o pão sobre as águas” é, diante do inesperado, procurar agir de maneira sábia, fazendo o que é bom para ajudar o próximo.



SUBSIDIOS

A LEI DA SEMADURA

GALATAS  6.7 DEUS NÃO SE DEIXA ESCARNECER.
Aqueles que afirmam ser nascidos de novo e seguidores de Cristo e que têm o Espírito Santo (6.3), mas ao mesmo tempo deliberadamente semeiam na carne, i.e., satisfazendo seus desejos pecaminosos (5.19-21), são culpados de zombar de Deus e de desprezá-Lo. Que ninguém se engane: tais pessoas não ceifarão "a vida eterna", mas a "corrupção" (v. 8) e a morte eterna (Rm 6.20-23).

GALATAS  6.14 O MUNDO ESTÁ CRUCIFICADO PARA MIM.
A cruz de Cristo, que representa a morte horrível que o Salvador sofreu em prol da nossa salvação eterna, pas-sa agora a ser a barreira mediante a qual o mundo está isolado de nós, e nós, do mundo. O "mundo" significa tudo quanto se opõe a Deus, ao seu reino e à sua justiça (cf. 4.3; 1 Co 2.12; 3.19; 1 Jo 2.15-17). (1) Os que fazem da cruz de Cristo a sua vida, a sua glória e o seu triunfo, já não estimam nem amam o mundo com todos os padrões, valores, opiniões, honrarias e modos de vida por ele aceitos. (2) Sermos crucificados com Cristo (2.20) inclui sermos crucificados para o mundo. Não há maneira de compartilharmos da salvação e da glória da sua cruz, senão virar as costas a todos os prazeres mundanos, pois estes desviam nosso coração de Cristo e da sua presença conosco.

GALATAS  6.7 Não se enganem. Mesmo renascidos e cobertos pelo sangue de Cristo, experimentam os lutas, divisões e ambigüidades, próprios de pessoas livres. Existimos em um contexto decadente, mas mantemos a liberdade e a capacidade de decidir, a cada momento e em todas as coisas, o sentido e a direção de nossos atos. O s gálatas tinham sido ensinados a depender de Cristo para agradar a Deus, mas estavam querendo passar a depender de sua obediência à circuncisão e à lei, o que seria um total desprezo pelo que Deus fez com Jesus Cristo.

GALATAS  6.8 se plantar no terreno. Temos a capacidade de plantar,de semear, de escolher onde investir: na natureza humana, que continua sendo pecadora, ou no Espírito de Deus, que é Santo. Nossa velha natureza humana — que era disciplinada pelos mandamentos — está em processo de corrupção, e assim continuará até a morte. Não vale a pena e não é
bom investir nela. Já a nova natureza, que é produzida pelo Espírito Santo em nós, está gerando vida, uma vida que permanecerá eternamente — vale a pena investir nisso, em pôr o seu interesse "nas coisas lá do alto" (veja Cl 3.2, nota) e, assim, ajudarmos uns aos outros aqui na terra. Veja em que terreno você tem semeado mais e invista mais no Espírito!
Veja o quadro "Ressurreição, santidade e coragem" (At 3).

GALATAS  6.9-10 Não nos cansemos de fazer o bem. Em qualquer ambiente ou localidade, sempre deparamos com pessoas em grande necessidade, mesmo em nossas famílias. As vezes sentimos impotência diante de tantos problemas sociais e carência de pessoas, e tememos ser explorados ou achamos que é questão para os governos cuidarem. Jesus estabelece o princípio do amor ao próximo como característica do discípulo e discípula. Ele próprio se identificou com os necessitados e ensinou como a prática do bem pode ser um pequeno gesto de dar água a um sedento, algo de grande significado (Mt 25.35-40). Certas
condições cobram um envolvimento maior, como adotar um deficiente múltiplo, cuidar de um idoso com alta dependência
ou apoiar imigrantes deslocados. Fazer o bem é próprio do caráter cristão e de cada comunidade que se chama por esse nome. O amor em ação também pode ser implementado em maior escala, com ajuda de profissionais competentes, e deve ter boa organização e administração ética, sempre na dependência do Espírito Santo, sustentado com orações e ações de graça.



INTRODUÇÃO

ECLESIASTES  11.1 LANÇA O TEU PÃO SOBRE AS ÁGUAS. Um dos sentidos da palavra hebraica traduzida por "pão" é o grão usado em panificação. A referência aqui pode ser ao costume egípcio de espalhar sementes ou grãos sobre as águas que inundavam suas terras anualmente, quando o rio Nilo transbordava. Parecia que aqueles grãos ficavam soterrados e esquecidos, mas no devido tempo surgia a colheita. Podemos aplicar esse fato à nossa disposição de ser generosos e prestimosos (v. 2). Devemos dar liberalmente, pois um dia talvez nós mesmos venhamos a enfrentar uma grande necessidade (cf. 2 Co 8.10-15).

ECLESIASTES  11.4 QUEM OBSERVA O VENTO NUNCA SEMEARÁ. Estamos num mundo em que quem ficar aguardando condições ideais para dar início a um empreendimento, nunca fará nada (cf. Mt 24.7-14). Nunca haverá condições perfeitas durante a presente era. Devemos perseverar na oração e na leitura da Bíblia diariamente. Devemos viver segundo os santos padrões de Deus, mesmo
que todos ao nosso redor busquem os prazeres pecaminosos.

ECLESIASTES  11.9 POR TODAS ESSAS COISAS TE TRARÁ DEUS A JUÍZO. Deus quer que seu povo se alegre e que os jovens desfrutem da sua juventude. Mas todo esse regozijo deve ser moderado pelo reconhecimento de que Deus responsabilizará cada um por seus atos pecaminosos. Se o crente permitir que sua vida espiritual degenere em mediocridades e na prática de coisas pecaminosas, o resultado será aflição e sofrimento no presente, e julgamento no futuro.


I - VIVENDO COM PROPÓSITOS, VIVENDO PELA FÉ.
Nesta vida, as circunstâncias nunca serão as ideais, mas devemos seguir em frente, e obedecer a Deus, e confiar nele para obtermos os resultados. Se você espera pelo vento certo ou pelo dia apropriado, pode perder sua oportunidade. Você pode
parecer um tolo, como alguém que lança o pão sobre as águas em movimento, mas Deus providenciará para que ele retorne para você.


ECLESIASTES 11.1-5.
(1) Nestes versículos, Salomão concluiu que a vida envolve tanto riscos como oportunidades.

(2) Pelo fato de a vida não oferecer garantias, devemos estar preparados, a fim de aproveitarmos as oportunidades.

(3) Salomão demonstrou não aprovar atitudes mesquinhas ou desesperadas.

(4) O simples fato de a vida ser incerta não significa que não há o que fazer. Precisamos de um espírito confiante e corajoso para enfrentar os riscos e as oportunidades com entusiasmo e fé direcionados por Deus.


II - VIVENDO COM DINAMISMO E DETERMINAÇÕES
ECLESIASTES 11.4.
Se magnificarmos cada pequena dificuldade, plantaremos objeções e penúrias fantásticas; nunca iremos adiante, nem terminaremos a nossa obra. Os ventos e as nuvens da tribulação estão nas mãos de Deus, preparados para nos provar. A obra de Deus será realizada segundo a sua Palavra, não importa se a vemos ou não. Podemos confiar firmemente que Deus proverá tudo para nós, sem nossos afãs ansiosos e inquietos. Não te canses de fazer o bem, porque, a seu tempo, no tempo de Deus, colherás o fruto (Gl 6.9).


(1) Esperar as condições perfeitas indica falta de iniciativa.

(2) Esta compreensão prática também é aplicável a nossa vida espiritual.

(3) Se esperarmos a ocasião e o local perfeitos para  ler a Bíblia,nunca começaremos;

(4) Esperar para pertencer a uma igreja perfeita, nunca congregaremos;

(5) Esperar para ter o ministério perfeito, nunca serviremos.

(6) Devemos dar nossos passos em direção ao crescimento espiritual. Não devemos aguardar condições que provavelmente jamais existirão!



III - VIVENDO COM FÉ E ESPERANÇA
A vida é doce para os homens maus, porque eles têm a sua porção nesta existência; é doce para os bons, porque é o tempo da preparação para uma vida melhor; portanto, a vida é doce para todos. Aqui há uma advertência para se pensar na morte, mesmo quando a vida estiver mais doce do que nunca.

Salomão faz um discurso que afeta os jovens. Eles desejam a oportunidade para perseguir cada prazer. Então, que sigam seus desejos, tendo porém, a certeza de que Deus os chamará a juízo. Muitos dão liberdade a todo o apetite e buscam todo prazer vicioso!

ECLESIASTES 11.7,8 -
(1) Pelo texto em Eclesiastes 11.7 -12.14, não podemos definir Salomão como um pessimista e melancólico.

(2) O rei nos encorajou a alegrarmo-nos a cada dia, mas tambem a lembrarmos de que a eternidade é infinitamente mais longa do que a breve vida que temos na terra.

(3) No Salmo 90.12, é dito: 'Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio". A pessoa que tem sabedoria não pensa apenas no momento, ela tem uma visão de longo alcance, olha em direção à eternidade.

(4) Conduza as suas decisões de acordo com a perspectiva de Deus; considere o impacto que cada decisão terá nos próximos cinco, dez anos e até na eternidade! Apesar de a vida ser curta, tenha em mente o propósito de viver com Deus para sempre.


IV - VIVENDO COM RESPONSABILIDADE
Deus registra cada um de seus pensamentos e desejos pecaminosos, suas palavras ociosas e más. se eles querem evitar o remorso e o terror, se querem ter a esperança e o consolo no leito da morte, se querem escapar da miséria daqui e do além, lembrem-se de que os prazeres da juventude são vãos.

É evidente que Salomão quer condenar os prazeres pecaminosos. seu objetivo é levar os jovens a deleites mais duradouros e puros. Esta não é a linguagem de alguém que fala contra os prazeres juvenis por não poder mais participar deles, mas a linguagem de quem, por milagre da misericórdia de Deus, retornou à segurança. Ele persuade o jovem a não tomar um rumo do qual poucos regressam, se o jovem quer viver uma vida de felicidade verdadeira, se quer assegurar a felicidade para si mesmo no além, deve se lembrar do seu Criador nos dias de sua mocidade.


ECLESIASTES 11.9,10-

(1) Freqüentemente, ouvimos pessoas dizerem: “Isso não importa". Porém muitas de nossas escolhas serão irreversíveis;refletirão em toda a nossa vida.

(2) O que você faz quando ó jovem fará diferença no presente e no futuro.

(3) Desfrute a vida agora, mas não faça algo que, física, moral ou espiritualmente, impeça- o de desfrutá-la quando for mais velho.


CONCLUSÃO

A. Seja Generoso, 11.1-3
O autor já lidou com a vida egocêntrica antes (5.10-12; 6.1-6). Não compensa; por isso, viva de maneira generosa. Avida é incerta e grande parte dela não está sob o nosso controle; mesmo assim, a generosidade e a disposição para ajudar são melhores do que o egoísmo. Lança o teu pão sobre as águas (1) é uma metáfora. Alguns estudiosos a explicariam como semear grãos de arroz de um barco em águas rasas de um campo alagado. Outros a associam aos negócios — entregar o seu grão para o transporte arriscado no Mediterrâneo. Em qualquer uma das interpretações fica claro o risco tanto quanto a promessa de uma vida generosa — investimentos baseados nas leis de Deus de semeadura e colheita. O Targum entende isso como dar pão aos pobres marinheiros.1 O versículo 2 é melhor entendido como uma exortação adicional a respeito do compartilhamento generoso. Reparte com sete e ainda com oito é um jeito prático de dizer: compartilhe com muitos. Mesmo que você não saiba que mal sobrevirá à terra, viver generosamente é muito melhor do que uma vida de egoísmo.

O versículo 3a talvez sugira a generosidade de Deus como uma nova motivação para a vida altruísta (cf. Mt 5.44-45). Caindo a árvore [...] aí ficará (3b) sugere claramente o elemento do destino inescapável. Mas o contexto do capítulo inteiro sugere que aqui Qoheleth esteja falando dos resultados inevitáveis das escolhas humanas. O tipo de vida que você leva determina o tipo de pessoa que você será. O julgamento final de Deus e a realidade da vida na fase adulta e da velhice levam a pessoa a tomar as decisões corretas já desde a juventude (cf. capítulo 9 e 12.1).


Seja Diligente no Trabalho, 11.4-6
Aqui Qoheleth resume um tema já visto em 10.8-9. Aboa vida requer decisão e ação. Existem incertezas e perigos, mas aquele que espera pela sabedoria completa e a segurança perfeita nunca irá sofrer riscos. Quem observa o vento, isto é, espera até que não haja nenhum vento para atrapalhar até mesmo o espalhar de suas sementes, nunca semeará (4). Também, o que olha para as nuvens — para ter certeza de que suas sementes, quando cortadas, não se molhem 2 — nunca segará [colherá],
No versículo 5, somos lembrados de que sempre existem fatores que são do exclusivo conhecimento de Deus em qualquer decisão que tomemos. O significado do caminho do vento deve ser fornecido pelo contexto, visto que a palavra pode significar “espírito” ou “vento”. Muitos tradutores modernos a definem como “vento” e a relacionam ao versículo 4.

A Vida Terrena em Perspectiva, 11.9—12.8

1. Juventude, Morte e a Responsabilidade Final diante de Deus, 11.9—12.8
A sabedoria requer que todos os fatos sejam considerados de maneira correta para se chegar a uma conclusão. Os fatos da vida são:

a) as energias e alegrias da juventude,
b) o declínio inevitável das energias na velhice,
c) a certeza da morte e
d) a prestação de contas a Deus pela administração da vida. Os valores mais altos da vida precisam ser definidos com base nessa perspectiva dos fatos.

2. Na juventude as energias e alegrias são tão reais que chega a ser difícil considerar os outros três fatores; por isso, o Pregador precisa dar o conselho de Deus. As pessoas podem e devem aproveitar a vida. Alegra-te, jovem, na tua mocidade, [...] e anda pelos caminhos do teu coração (9). Hendry escreve que as pessoas deveriam aceitar a juventude com suas bênçãos e oportunidades, com o reconhecimento sóbrio de que tanto a juventude como a idade estão sujeitos aos desígnios de Deus”.1 Mas, além disso: sabe, porém, que por todas essas coisas te trará Deus a juízo. Karl Barth nos lembra de que existe “o grande Mas” no qual o plano revelado de Deus para a provação do homem é cristalizado.

3. Por essa razão, o conselho mais importante da vida é este: Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade (12.1). A adolescência e a juventude são vaidade (11.10) simplesmente significa que elas não duram para o resto da vida. Elas são fúteis apenas no sentido de que não são a última etapa.
Adam Clarke sugere a seguinte exposição dessa seção:

1) Você não pertence a si mesmo;
2) Lembre-se do seu Criador;
3) Lembre-se dele nos dias da sua mocidade; 4) Lembre-se dele agora.


COMPLEMENTO

ECLESIASTES - 11.1 Lança o teu pão: Dê um passo adiante na vida, calculado e com sabedoria, como um fazendeiro que lança sua semerite no solo úmido ou lodoso e espera que ela cresça (cf. Is 32.20).

ECLESIASTES - 11.2 Reparte: Seja generoso enquanto há abundância e faça amigos enquanto ainda há tempo, porque ninguém sabe quando precisará que eles retribuam o favor.

ECLESIASTES  11.3-6 O mundo está repleto de coisas sobre as quais ninguéntem controle, incluindo os propósitos de Deus. Não há virtude na ansiedade, mas há esperança para aqueles que se ocupam e fazeir seu trabalho.

11.7 luz: Os bons momentos em contraste com as "trevas" (v. 8) que significam maus momentos. Cf. 12.1.

11.9 Alegra-te... te pedirá contas: Esses dois termos parecem se anular mutuamente. Como explicar isso? A resposta é: desfrute a vida mas não cometa iniqüidade. O equilíbrio está em se alegrar com responsabilidade e não se entregar ao pecado. O prazer é experimentade em fé e obediência, pois como Salomão tantas vezes repetiu, o homem só pode alcançar a verdadeira satisfação como um dom de Deus

11.10 vaidade. Aproveite a infância c a juventude enquanto vocé pode porque a vida é passageira.



ELABORADO PELO EV. NATALINO DOS ANJOS
PROFESSOR DA E.B.D. e PESQUISADOR
PASTOR NA CONGREGAÇÃO DA ASSEMBLEIA DE DEUS - MISSÃO
BAIRRO NOVO HORIZONTE - GUIRATINGA - MATO GROSSO.

FONTES DE PESQUISA:

BIBLIA PENTECOSTAL ;
Comentário Bíblico Wiersbe - Antigo Testamento- Warren W. Wiersbe;
Bíblia de Estudo Conselheira - Novo Testamento - 2011 Sociedade Bíblica do Brasil;
BIBLIA DE APLICAÇÃO PESSOAL;
Comentário Bíblico de Matthew Henry(VELHO TESTAMENTO)

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