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sexta-feira, 22 de março de 2013

GRANDES ESTUDOS BÍBLICOS


O ARREBATAMENTO DE ENOQUE

TEXTO:
"Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte" (Hb 77-5).

REFLEXÃO:
Serão arrebatados tão somente aqueles que tiverem alcançado testemunho de que agradaram a Deus.

REFERNCIAS
 Gn 5.22-24  Enoque andou, com Deus
Hb 11.5,6  Trasladado para não ver a morte
Rm 8.9-l l Corpos mortais vivificados
Jd 14.15  Enoque profetizou
Gl 5.16-18,24,25  Andai em espirito
l Ts 4.15-18  Estaremos com o Senhor

TEXTO BÍBLICO BÁSICO Gn 5.18,21-24; Hb 11.5,6; l Co 15.51,52
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Iniciamos, hoje, o estudo de alguns interessantes personagens bíblicos registrados no livro de Génesis, enfocando as preciosas lições que a biografia de Enoque encerra.

I. QUEM ERA ENOQUE
Muitos leitores da Bíblia não gostam de genealogias, porém elas também são inspiradas. Diz a palavra de Deus: "Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa (2 Tm 3.16))Isto inclui as genealogias. Desse modo, desenvolvendo maior familiaridade com as Escrituras, será possível ao estudioso extrair lições de grande proveito dos trechos que registram as genealogias. É o caso do texto de Génesis 5.1-32,"no qual encontramos um resumo da história do período que vai desde a criação do homem y até o Dilúvio. (SÁ) E dentro deste trecho, f nos versículos 18 a 24, encontramos a biografia de Enoque. (SH) espiritual com Deus. Aleluia!

III. ENOQUE ANDOU COM DEUS
Na curta biografia de Enoque, registrada na Bíblia, aparece duas vezes a expressão: ^Andou Enoque com Deus" / (Gn 5.2224). (SD) Que grandioso resumo de uma vida! Andar com Deus aparece na Bíblia como uma expressão que equivale a vida de comunhão com Deus.

1. Como podemos andar com Deus? Vejamos algumas condições:
a) A Bíblia nos dá a orientação: "Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis J descanso para as vossas almas" (Jr 6.16). A Palavra de Deus é a regra que deve ser seguida (Gl 6.16. Fp 3.16). A Bíblia nos revela a verdade de Deus ïèm como a sua vontade. A Bíblia registra o exemplo de Jesus para que sigamos em suas pisadas (l Pé 2.21 )sE aquele que diz que está nele, também deve andar como Ele andou (l Jo 2.6).
b) A Bíblia nos ensina que a nossa comunhão é com o Pai e com o seu Filho Jesus Cristo (l Jo 1.3)^Devemos zelar pela nossa comunhão com Jesus de tal maneira que Cristovenha a ser formado em nós (Gl 4.19), e que a vida de Jesus se manifeste também em nossos corpos, em nossa carne mortal (2 Co 4.10,11). A Bíblia registra várias formas de andar que devem estar presentes na vida dos servos de Deus, na vida daqueles que querem alcançar testemunho de terem agradado a Deus. Consideremos algumas:
  • Andar em novidade de vida (Rm 6.4)
  • Andar segundo o espírito e não scgundo a carne (Rm 8.4}.
  • Andar em amor (Ef 5.2).
  • Andar na verdade (2 Jo v.4)
  • Andar em humildade (Mq 6.8).
  • Andar em sinceridade (SI 26.1).
  • Andar em Paz e retidão ( Ml 2.6).
2. Deus, o nosso ajudador. O próprio Deus quer ajudar aqueles que desejam andar com Ele. É o que afirma o escritor sacro na epístola Aos Hebreus: "Ora, o Deus de paz que pelo sangue do concerto eterno tomou a trazer do mortos a nosso Senhor Jesus Cristo, grande pastor das ovelhas, vos aperfeiçoe em toda a boa obra. Para fazerdes a sua vontade, ao ' qual seja glória para todo o sempre. Amém" (Hb 13.20.21). Deste modo.vemos que Deus deseja aperfeiçoar aqueles que querem andar com Ele, operando neles aquilo que lhe é agradável.
Enoque, o sétimo depois de Adão (Jd v. 14), era filho de Jarede e pai de Metuselá."

1. Enoque contemporâneo de Adão. Quando Enoque nasceu, Adão ainda vivia, pois alcançou a idade de 930 anos (Gn/ , 55). (SCR) Quando Adão morreu Enoque tinha cerca de 308 anos. Assim sendo, certamente, Enoque teve oportunidade de ouvir de Adão muitas histórias preciosas.

2. Enoque, contemporâneo de Sete. Quando Enoque nasceu. Sete, filho de Adão, estava com cerca de 500 anos, e ainda vivia quando Enoque foi arrebatado. É licito supor que Enoque deve ter participado do culto a Deus que se iniciou nos dias de Sete (Gn 4.26).

II. ENOQUE EXPERIMENTOU UMA SALVAÇÃO RADICAL
Quando Enoque completou 65 anos ele teve um encontro com Deus, e andou com Deus a partir desse momento, até o fim de sua vida (Gn 5.21-22)./Enoque aproximou-se de Deus crendo que Deus existia e que é galardoador daqueles que o buscam (Hb 11.6). Enoque buscou a Deus e achou-o.
Embora a Bíblia não registre detalhes sobre como viviam e interagiam as pessoas listadas em Génesis capitulo 5, é plausível supor que Enoque foi influenciado por Adão que muito tinha a relatar sobre as suas experiências de comunhão com Deus no Jardim do Éden, bem como sobre a promessa dada por Deus de levantar um que esmagaria a cabeça da serpente (Gn 3.15). De qualquer maneira, Enoque creu e alcançou testemunho de que agradara a Deus (Hb 11.5).
Foi pela fé que Enoque venceu. É pela fé que o homem é justificado sem obras (G12.16.Rml.17).Estamesma fé continua sendo a base de toda vida.
IV. ENOQUE VIVIA SUBMISSO AO ESPÍRITO SANTO.
Judas menciona em sua epístola que noque, o sétimo depois de Adão, •ofetizou acerca da Vinda do Senhor, L para executar o juízo contra os ímpios KJdv.14).
1. A visão escatológica de Enoque.
Enoque teve uma visão profética acerca ^ dos últimos dias. Ele viu o Senhor vindo \ com milhares de seus santos, para fazer juízo contra todos e condenar dentre ' eles todos os ímpios (Jd v.14.15). (DB) | Esta visão refere-se à segunda fase da \) Vinda de Jesus, quando Ele virá com a sua Igreja glorificada, no fim da Grande Tribulação (Ap 19.1 l-15;2Ts 1.7-10). ^ (SC)

2. Metuselá, um nome profético. A Enoque deu um nome profético a seu ' filho (Gn 5.21-22). Ele tomou a decisão  de andar com Deus no ano em que ^^ f nasceu seu filho Metuselá. Este nome 9r^ significa * 'quando este morrer isto virá". llfif^f Enoque deve ter tido uma revelação. Foi profética por ocasião do nascimento de  seu filho, pois exatamente no ano em  que morreu Metuselá, veio o Dilúvio. Certamente o Espírito Santo operava em Enoque, pois ele vivia uma vida de Sübmissão à vontade de Deus.

V. O DIA DO ARREBATAMENTO DE ENOQUE
A Bíblia não revela se Enoque havia  sido avisado acerca do dia do seu  arrebatamento. Está escrito, porém, que antes da sua trasladação havia alcançado testemunho de ter agradado a Deus (Hb 11.5). Que seja esta a nossa posição espiritual. Eis o que diz o apóstolo Paulo:
"Pelo que muito desejamos também ser-lhe agradáveis** (2 Co 5.9). Para alguém agradar a Deus é preciso andar segundo o Espírito, porque os que andam segundo a carne não podem agradá-lo (Rm 8.8).
Assim como Enoque chegou ao dia do seu arrebatamento andando com Deus e agradando a Deus, façamos o mesmo. Vivamos para Jesus cada dia, pois não sabemos quando o Senhor virá (Mt 24.42.44.Mc 13.32,33). Mas uma coisa é certa: JESUS VEM MUITO BREVE. ALELUIA!

VI. DEUS PARA SI O TOMOU
Esta curta expressão, que aparece em Gn 5.24, encerra um grande acontecimento. O corpo de Enoque foi transformado em um corpo glorioso, pois carne e sangue não podem herdar o reino de Deus (l Co 15.50), e Enoque. transformado, foi trasladado para a presença de Deus. Glória a Deus!
1. Enoque não foi achado. O lugar de Enoque ficou vazio, ele desapareceu da terra, e, certamente, muitos o procuraram, mas não o acharam. Por isso cremos que Enoque não será uma das duas testemunhas mencionadas em Apocalipse 11, porque ele foi arrebatado para não ver a morte (Hb 11.5).

2. Deus para si o tomou. Esta linda expressão encerra a maior felicidade. Paulo disse que era muito melhor partir para estar com Cristo (Fp l .23). Enoque experimentou as palavras que séculos depois foram escritas pelo salmista:
— 'Guiar-me-ás com teu conselho, e depois me receberás em glória" (SI 73.24).
Jesus vem breve e nos levará para Si. e o nosso lugar aqui na terra será achado vazio. Andemos sempre com o 

CONCLUSÃO.
Senhor, pois só serão arrebatados os que andarem com Ele (l Co 15.23).


 A CHAMADA DE ABRAÃO
TEXTO:
"Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu" (Hb 11.8).

RELEXÃO:
O caminho da bênção é sempre o da obediência incondicional a Deus.LEITURA DIÁRIA

REFERENCIAS:
2 Pé 1.1-3 Chamados por sua glória
l Pé 2.9,10 Chamados das trevas para a luz.
At 26.16-18 Chamados do poder de Satanás
l Ts l. 8-12 Dos ídolos vos convertestes
l Ts 2.11-13 Chamados para o reino da glória
l Ts l.9 Convertidos para servir

TEXTO BÍBLICO BÁSICO At 7.1-4: Gn 12.1-9 At 7.1
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Esta é a primeira de uma série de nove lições baseadas na biografia de Abraão, conforme o relato de Génesis. (SH) As experiências espirituais de Abraão, a sua íntima comunhão com Deus, e a sua sempre crescente fé, fez dele o pai de todos os que crêem, de todos os que andam nas pisadas daquela mesma fé (Rm 4.10.11). A historiado Abraão, um dos maiores personagens da Bíblia, é rica em maravilhosos exemplos. Estudá- la é sempre edificante.

I. ABRAÃO, SUA FAMÍLIA E SEU LOCAL DE NASCIMENTO
1. Abraão e sua família. Abraão, nona geração depois de Sem, nasceu por volta do ano 2000 aC. Abraão foi filho de Terá. e irmão de Naor e Ara. (SCR) Abraão casou-se com Sarai, e Naor casou- se com Milca (Gn 11.27.29). Morava com Abraão seu sobrinho Ló, filho de Ara. que havia falecido (Gn 11.27.28).
2.0 local de nascimento de Abraão. A família de Abraão era de Ur dos caldeus, na Mesopotâmia, próximo ao rio Eufrates. Ur era um centro cultural e, também, centro de uma religião pagã que cultuava a Lua. (SÁ)

3. A religião da família de Abraão. A família de Abraão era idólatra (Js 24.2). A Bíblia não revela o grau de conhecimento de Deus que Abraão possuía antes de sua chamada. Mais de 350 anos haviam-se passado desde o Dilúvio, quando Noé, o homem que andava com Deus (Gn 6.9), era o pregoeiro da justiça (2 Pé 2.5). Noé viveu depois do Dilúvio 350 anos (Gn 9.28). Embora a Bíblia silencie sobre isto, é possível que Noé tenha continuado a falar do grande Deus, de cuja justiça ele havia experimentado de modo singular. É possível que conhecimento de Deus fosse mantido entre as famílias por meio de tradições transmitidas de pais a filhos. Desse modo. pode ser que Abraão tenha tido conhecimento de Deus e de sua vontade, apesar de viver em uma sociedade idólatra. (SC)

II. DEUS CHAMA A ABRAÃO
1. A primeira chamada de Abraão. Quando Abraão ainda morava em Ur, o Deus da glória lhe apareceu e lhe deu uma chamada que compreendia três diferentes ordens: **sai da tua terra", "sai da tua parentela**, e **dirige-te à terra que eu te mostrar" (At 7.2,3).

2. Abraão sai de Ur com sua família. O relato bíblico sugere que Abraão falou com sua família sobre a ordem que havia recebido de Deus, e esta mostrou- se disposta a ir à mesma terra que Deus prometera mostrar a Abraão. Assim, diz a Bíblia: *'Tomou Terá a Abrão seu filho, e a Ló, filho de Ara, filho de seu filho, e Sarai sua nora, mulher de seu filho Abrão, e saiu com eles de Ur dos caldeus, para ir à terra de Canaã; e vieram até Harã. e habitaram ali" (Gn 11.31). Parece que Abraão nem teve oportunidade de emitir opinião.

3. Obediência incompleta. Quando Abraão saiu de Ur, seu pai era o patriarca da família. O resultado desta incompleta obediência à ordem de Deus foi negativo. Nenhuma das três ordens de Deus havia sido atendida: Abraão não deixou a sua terra, pois parou em Harã, outra cidade do mesmo país; Abraão não saiu de sua parentela, pois seu pai era o líder da peregrinação; a promessa de que Deus lhe mostraria uma terra não foi aproveitada, uma vez que a direção estava com Terá.

III - A SEGUNDA CHAMADA DE ABRAÃO
1. Deus faz a Abraão uma segunda chamada. Diz a Bíblia: "Ora, o Senhor disse a Abraão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei" (Gn 12.1). Desta vez partiu Abraão, como o Senhor lhe tinha dito (Gn 12.4). Saiu sem saber para onde ia (Hb 11.8), mas estava na direção do Senhor.

2. Abraão chega a Canaã. Diz o texto sagrado: **E vieram à terra de Canaã" (Gn 12.5). Chegaram até Siquém, até o carvalho de More (Gn 12.6). Aí Deus manifestou-se a Abraão dizendo:
**À tua semente darei esta terra" (Gn 12.7). E Abraão edificou ali um altar ao Senhor que lhe aparecera (Gn 12.7). Peregrinou até a região de Betei, e também ali edificou um altar ao Senhor, e invocou o nome do Senhor (Gn 12.8). Continuou sua peregrinação seguindo para a banda do sul (Gn 12.9).

IV. A FÉ NASCE EM ABRAÃO
1. Abraão, o herói da fé. Quando Abraão mostrou a sua disposição de obedecer a chamada. Deus introduziu em seu coração a fé. A fé é um dom de Deus (Ef 2.8). Ela é uma virtude espiritual. A fé sem obras é morta, isto é, é sem ação (Tg 2.26). Quando Abraão colocou a sua fé em ação, e estava pronto para deixar a sua terra, a sua fé se tomou viva. Afirma a Escritura: "Pela fé Abraão sendo chamado obedeceu*' (Hb 11.8). Abraão podia sentir a sua fé nele operando. pois: "Creu Abraão em Deus e isto foi- lhe imputado como justiça** (Rm 4.3). (SD)

2. Como se evidenciou a fé em Abraão. Vejamos algumas evidências da fé em Abraão:
• Abraão sentia necessidade de expressar a sua gratidão a Deus, invocando o seu nome.
• Abraão procurava a comunhão com Deus, o qual se manifestava a ele.
• Abraão estava na direção de Deus em sua peregrinação pela terra de Canaã, pois: "Todos os que são guiados pelo Espírito de Deus esses são filhos de Deus*'(Rm 8.14).
• Abraão recebeu de Deus a revelação de que estava preparada para ele uma cidade (Hb 11.13-16).

V. ABRAÃO PEREGRINA EM CANAÂ
l. Vivendo pela fé. Entrando na terra de Canaã Abraão entrou em contato com os habitantes da terra.
A terra era a da promessa, mas estava habitada por diferentes povos pagãos, e Abraão permaneceu entre eles como um estrangeiro. Ele habitava na terra da promessa como em terra alheia, morando em cabanas, pois esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus (Hb 11.9,10).
Como crentes, somos também peregrinos e forasteiros nesta terra (l Pé 2.11). Não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura (Hb 13.14).

2. Os três marcos na vida de Abraão. Três coisas marcaram de modo especial a vida de Abraão. Vejamos:
a) A tenda (Gn 12.8). Abraão nunca se prendeu a um lugar da terra de suas peregrinações. Estava sempre em trânsito. Deixando um lugar, ficavam apenas as marcas de seu acampamento. Nós também não somos deste mundo. Estamos no mundo, mas não somos do mundo (Jo 17.16,18). Devemos sempre estar prontos para partir!
b) O altar 12.7.8). Era um marco sempre presente na vida de Abraão, em todos os caminhos de suas peregrinações (Gn 13.4.18. 22.9). Era o local onde Abraão adorava a Deus. Era o lugar onde ofertava sacrifícios a Deus. Ele edificava seus altares em locais visíveis, diante dos povos pagãos que moravam ao seu redor. Que testemunho! Os crentes. que de contínuo vivem diante do altar, dão testemunho de "terem estado com Jesus** (At 4.13).
c) As promessas. Ao longo de sua jornada as promessas de Deus iluminavam seu caminho e fortificavam a sua fé. A mesma bênção acompanha a todos que estão a cammho da Sião celestial. 

CONCLUSÃO
É o que diz o apóstolo Paulo aos crentes em Corinto: "Todas quantas promessas há de Deus, são nele sim, e por ele o Amém. para glória de Deus por nós*' (2 Co 1.20). '


ABRAÃO DESCE AO EGITO

TEXTO:
"Lembra-te pois donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras" {Ap2J5).

REFLEXÃO:
É perigoso desviar-se do caminho ordenado por Deus.

REFERENCIAS:
Ef 4.25-27 - Falai a verdade
É impossível que DEUS minta
Is 63.8 - Filhos que não mentirão
Jo 8.44-46 - O Diabo é o pai da mentira.
Pv 13.5 - O justo aborrece a mentira
Ap 21.24-27 Ali não entrará a mentira

TEXTO BÍBLICO BÁSICO Gn 12.10-20
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Uma manifestação do Deus da glória, e como ele, pela fé, iniciou sua caminhada
Na lição passada estudamos como para a terra de Canaã, seguindo o trilho Abraão recebeu a chamada através de da direção de Deus. (SCR) Havendo chegado em Canaã edificou um altar a Deus que lhe aparecera, e invocou o nome do Senhor.

LÓ CAMINHO DA FÉ NÃO É LIVRE DE PROVAÇÕES
Abraão, na direção de Deus. havia já percorrido uma grande parte da terra para a qual Deus o chamara. Até então não havia surgido qualquer problema, contudo as provações estavam para vir.
1. A fome, uma grande prova. Uma das maiores provas a que alguém pode ser submetido é a da falta de alimentos, a falta da subsistência. Todavia, para aquele que confia no Senhor, ela toma-se uma oportunidade do crente glorificar a Deus. Veja He 3.17-19. Diz a Bíblia: * *E havia fome naquela terra*' (Gn 12.10). Abraão, iniciante no caminho da fé. não tinha ainda enfrentado obstáculos e dificuldades na sua caminhada. Não tinha ainda experiência quanto à maneira de proceder quando as coisas começassem a aparecer contrárias. E a provação veio para o servo de Deus. Abraão possuía um grande rebanho que dependia de bons pastos, e a situação era realmente preocupante. Mas que contradição! Veio a seca e a consequente fome na terra da promessa!

2. Deus sempre permanece fiel. Desde que iniciara sua caminhada de acordo com a chamada de Deus, Abraão havia experimentado que o Senhor havia em tudo cumprido a sua palavra. Deus havia dito: **E eu te mostrarei" (Gn 12. l), e assim foi. O percurso de Abraão até aquele momento havia sido o trilho da direção divina. A seca que castigou aquela terra colocou a fé de Abraão em prova. Deus havia dito: **E abençoar-te-ei" (Gn 12.2). Onde estava agora a bênção prometida?
É importante lembrar que Deus nunca prometeu que a nossa vida de fé seria livre de provações. Mas prometeu que seria * *nosso refúgio e fortaleza e socorro bem presente na angústia'* (SI 46.1). E ainda: *'Invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás" (SI 50.15).

3.Abraão desce ao Egito. Abraão havia passado por Betei onde havia edificado um altar a Deus e invocado seu nome (Gn 12.8). A situação de fome que passou a castigar a terra de Canaã colocou Abraão numa verdadeira encruzilhada: continuar a peregrinar na terra para a qual Deus o havia trazido, mas onde havia fome, ou fugir para o Egito à busca de uma solução. (SH) Não há na Bíblia evidência de que Deus tivesse orientado Abraão a peregrinar no Egito. Contudo está escrito: * *E desceu Abraão ao Egito para peregrinar ali" (Gn 12.10).
Pelo menos duas vezes lemos na Bíblia acerca de pessoas que foram orientadas por Deus para irem ao Egito. Jacó, já velho, foi convidado por seu filho José para ir ao Egito. (SC) Deus apareceu a Jacó em visões de noite e disse: "Não temas descer ao Egito, porque eu te farei ali uma grande nação. E descerei contigo ao Egito..." (Gn 46.1- 5). No Novo Testamento encontramos a orientação dada por Deus a José de fugir para o Egito com Maria e o menino Jesus, a fim de escaparem da perseguição deHerodes(Mt2.13).
No caso de Abraão, a decisão de descer ao Egito foi resultado de considerações humanas. Quem sabe a ideia partiu de Ló que era extremamente materialista. (SÁ)

4. Abraão pagou caro a sua precipitação. Para aquele que deseja andar no caminho da fé, lançar mão de soluções precipitadas para problemas e sofrimentos é sempre perigoso. Abraão pagou caro ter-se precipitado, indo para o Egito sem a direção de Deus.
Esperar em Deus é sempre a melhor solução. Deus tem em todas as circunstâncias a solução do mais alto nível. Devemos, portanto, cuidar a fim de que não nos precipitemos criando saídas humanas para dificuldades que venhamos a enfrentar.

II.ABRAÀO SOB A INFLUÊNCIA DO EGITO
Abraão, fora da direção de Deus, enfraqueceu na fé. Quando a fé não estiver operando, o medo facilmente se apoderará do nosso coração. E isso aconteceu com Abraão: foi dominado pelo medo.
1. A solução humana para um suposto perigo. Abraão, que entrara no Egito sem a orientação do Senhor. procurou resolver ele próprio o seu problema, sem esperar a ajuda e proteção de Deus.
Temendo a perversidade dos homens do Egito, disse a Sara. sua mulher * *0ra, bem sei que és mulher formosa à vista; e será que quando os egípcios te virem, dirão: Esta é a sua mulher. E matar-me- ão a mim, e a ti guardarão em vida. Dize, peco-te, que és minha irmã, para que me vá bem por tua causa, e que viva a minha alma por amor de ti*' (Gn 11-13). Era uma meia verdade, uma vez que Sara era filha de Terá, mas não filha da mãe de Abraão (Gn 20.12). Todavia, mais que uma meia verdade, era uma grande mentira, pois Sara era antes de tudo a sua esposa. A mentira é sempre grave. ainda que seja uma **mentirinha" para livrar-se de um * 'probleminha". Assim diz a Escritura: **E não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira" (Ap 21.27). Mas o sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo o pecado (l Jo l .7).

2. A consequência da mentira de Abraão. O mentiroso sempre colhe os frutos da sua má semeadura. Vejamos o que registra a Escritura: * *Enürando Abrão no Egito, viram os egípcios a mulher que era mui formosa. E viram-na os príncipes de Faraó, e gabaram-na diante de Faraó; e foi a mulher tomada para casa de Faraó" (Gn 12.14,15). Como consequência da mentira de Abraão, Sara, sua querida e fiel esposa, foi levada para a casa de Faraó para ser uma concubina. Que sofrimento para ambos! Se Abraão tivesse dito desde o início que Sara era a sua mulher, isto não teria acontecido, e Deus teria guardado Sara ao lado de Abraão. É importante observar que a Bíblia não omite as fraquezas dos grandes homens de Deus. Registra-as para advertência nossa. E mostra-nos que é a intima comunhão com Deus que faz com que o caráter santificado se desenvolva.

3. Deus teve compaixão de Abraão. Deus em seu grande amor e compaixão não abandonou Abraão, mesmo tendo este enveredado pelo caminho da mentira.
Tendo Faraó tomado Sara para si. Deus o puniu: * * Feriu porém o Senhor a Faraó com grandes pragas, e a sua casa, por causa de Sarai, mulher de Abrão" (Gn 12.17). "Então chamou Faraó a Abrão e disse: Que é isto que me fizeste? Por que não me disseste que ela era tua mulher?...agora pois, eis aqui tua mulher, toma-a e vai-te" (Gn 12.18.19).

III. O PECADO SEMPRE TRAZ PREJUÍZOS
Que grande humilhação que ambos sofreram quando Sara foi levada para ser concubina de Faraó! Se Deus não tivesse interferido, Abraão teria perdido a sua esposa definitivamente. Mas outros prejuízos se verificaram.
1. A perda da comunhão com Deus. Abraão e sara, pelo pecado, perderam a comunhão com Deus. Enquanto Abraão estava fora da direção de Deus. Deus não se revelou a ele. e Abraão não erigiu nenhum altar a Deus. A consciência de Abraão estava ferida, acusando-o. O mistério da fé é guardado em uma pura consciência (l Tm 3.9). (SD)

2. A perda da moral. É muito triste quando o homem de Deus cai em pecado. pois tal fato o leva à perda da capacidade de exercer a autocrítica. Abraão perdeu o conceito de homem de Deus. pois foi repreendido por um rei pagão em assunto moral.

3. A cauterização da consciência. Abraão teve a consciência cauterizada e deixou-se subornar, pois recebeu presentes de Faraó. Diz a Escritura: **E fez bem a Abraão por amor dela; e ele teve ovelhas, e vacas e jumentos, e servos e servas, e jumentas e camelos" (Gn 12.16). Pode ser que entre as servas que foram dadas a Abraão estivesse Agar. a qual tantos problemas trouxe para a família de Abraão anos mais tarde. Não existe riqueza que possa comparar-se à riqueza de uma consciência em paz com Deus.Abraão deixou de experimentar o grande livramento que Deus certamente lhe teria dado em meio à seca que castigava Canaã, caso não tivesse descido ao Egito. É sempre perigoso para o crente sair da direção do Senhor. Deus sustentou a Elias em tempo de grande seca em Israel (l Rs 17.2-7). Diz a Bíblia que em resposta às orações de Elias, Deus fez chover sobre a terra depois de três anos c meio de estiagem (l Rs 18.42-45). O mesmo poderia ter acontecido nos dias de Abraão, caso ele tivesse orado e confiado em Deus.

IV. ABRAÃO VOLTA À DIREÇÂO DE DEUS
O Deus que havia chamado a Abraão é **o pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação11 (2 Co 1.3). Pela misericordiosa intervenção de Deus, Sara c Abraão puderam sair juntos do Egito. Se Deus não tivesse estendido a sua amorosa mão, Abraão teria voltado sozinho e Sara seria uma concubina de Faraó. Neste caso Abraão jamais ter-se- ia perdoado.
1. Abraão volta a Canaâ. Ele retomou ao ponto onde havia errado. É justamente o que a Bíblia recomenda:
** Lembra-te pois donde caíste, e arrepende-te' ' (Ap 2.5). Foi o que fez o rei Óavi ao tomar consciência do mal que praticara. Arrependeu-se, confessou o pecado e pediu misericórdia a Deus, e a alcançou (SI 51).

2. Abraão conserta-se com o Senhor. Abraão subiu do Egito para a banda do sul, e chegou até o lugar do altar que dantes ali tinha feito. E Abraão invocou ali o nome do Senhor (Gn 13.4). Aquele lugar se chamava Betei, que quer dizer casa de Deus. É lugar de encontro com Deus, de aceno com Deus. Ver Génesis 35. l -4. É coisa de grande valor quando um crente chega ao lugar onde pode consertar-se com Deus, pedindo perdão por tudo que não o tem agradado.

CONCLUSÃO
A íntima comunhão entre Abraão e Deus havia sido restaurada. Abraão havia voltado ao trilho da direção de Deus. Consideremos, pois, os nossos caminhos, e, se for o caso, voltemos à direção de Deus. Amém!


ABRAÃO E LÓ SEPARAM-SE
TEXTO:
Nào haja contenda entre mim e ti, entre os meus pastores e os teus pastores, porque irmãos somos (Gn 12.8).

REFLEXÃO:
Ao fazermos escolhas na nossa vida material devemos sempre avaliar se a nossa vida espiritual não será prejudicada.

REFERENCIAS:
 l Co 10.23,24 Não buscar proveito próprio
 l Co 13.3 O amor não busca seu interesse
 l Pé 1.22 Obediência total
 Gn 13.7,8 LÓ escolheu primeiro
 Gn 13.10-13 A má escolha de Ló
 Gn 13.14-17 Deus fala a Abraão

TEXTO BÍBLICO BÁSICO Gn 13.5-18
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Deus havia ordenado a Abraão que saísse de sua terra e de sua parentela e da casa de seu pai. para a terra que lhe seria mostrada por Deus (Gn 12.2). (SCR) Quando Abraão partiu, como o Senhor lhe tinha dito, tomou também seu sobrinho Ló, contrariando a orientação que havia recebido de Deus. Veremos nesta lição como Deus dirigiu Abraão para corrigir esta falha de modo honroso.

I - A PRESENÇA DE LÓ ERA PREJUDICIAL
1. A chamada pessoal. Abraão foi chamado para ir sozinho a Canaã, (SH) pois a sua chamada não se referia apenas à salvação de sua alma. Havia ainda uma chamada específica: Abraão seria feito uma grande nação. Deus queria levantar uma grande nação e estava levantando o patriarca para ela. Neste empreendimento Ló não tinha nenhuma participação. A chamada era para Abraão, e a presença de Ló viria a ser bastante prejudicial ao futuro patriarca de Israel.

2. A falta de espaço. Tomou-se um impedimento à convivência de ambos a falta de espaço. Tanto Abraão como Ló tinham rebanhos, vacas e tendas (Gn 13.5). E não tinha capacidade a terra para poderem habitar juntos, porque a sua fazenda era muita, de maneira que não podiam habitar juntos (Gn 13.6). E houve contenda entre os pastores do gado de Abraão c os pastores do gado de Ló (Gn 13.7). Abraão não queria de modo algum que a contenda entre os pastores viesse a gerar problema entre ele e seu sobrinho. Abraão zelava pelo bom testemunho deles diante dos povos em cujo meio peregrinavam.

II-. DEUS ORIENTOU ABRAÃO NA SUA SEPARAÇÃO DE LÓ
1. Abraão abordou o assunto. Abraão havia recentemente renovado o altar do Senhor (Gn 13.4). Certamente ele se sentiu impulsionado a completar a obediência total diante de Deus, para assim desfrutar de modo pleno das bênçãos prometidas na sua chamada inicial.

2. A proposta de Abraão a Ló. Sem constrangimento disse Abraão a Ló: "Não haja contenda entre mim e ti, e entre os meus pastores e os teus pastores, porque irmãos somos. Não está toda a terra diante de ti? Eia, pois. aparta-te de mim; se escolheres a esquerda, irei para a direita; e se a direita escolheres, eu irei para a esquerda" (Gn 13.8-9).

3. O direito de escolha. Abraão, sendo o mais velho e o líder desta peregrinação em Canaã, por direito poderia ter escolhido primeiro, mas deixou que Ló o fizesse. Abraão era homem de fé, e a * * fé opera por amor" (Gl 5. 6). O amor não busca o seu interesse (l Co 13.5). Na sua fé em Deus, Abraão confiava que Deus ia tomar a frente dele e de sua esposa não só quanto àqueles problemas então presentes, mas também nos tempos que estavam por vir. E os que confiam no Senhor não serão confundidos (Is 49.23).

III- A ESCOLHA DE LÓ.
Ante a proposta generosa de Abraão, diz a Bíblia: "Então Ló escolheu para si toda a campina do Jordão, e partiu Ló para o oriente, e apartaram-se um do outro" (Gn 13. 11). Não houve um rompimento entre eles. Não houve uma separação brusca, tão-somente Ló deixou a companhia de Abraão para viver a sua vida particular em região de sua própria escolha.
l. A escolha materialista de Ló. A escolha de Ló só levou em conta vantagens materiais. A vida que havia levado até então na terra de Canaã tinha sido aquela de peregrinos e forasteiros. Moravam em tendas. Talvez Ló almejasse estabelecer-se de modo mais permanente. E as campinas bem regadas que havia escolhido, eram muito promissoras. Certamente uma bela escolha, dentro de uma visão puramente material. (SD)
Ló esqueceu-se de avaliar as consequências espirituais de sua escolha. * *0ra, eram maus os varões de Sodoma. e grandes pecadores contra o Senhor** (Gn 13.13). Certamente Ló conhecia estas características dos habitantes de Sodoma, mas as vantagens materiais eram irresistíveis. Assim, **LÓ habitou nas cidades da campina, e armou as suas tendas até Sodoma** (SÁ) (Gn 13.12).

2. Consequências da escolha de Ló. Ló e toda a sua família foram bastante prejudicados pela escolha feita. Vejamos:
a) Armou as suas tendas até Sodoma. Ló, depois de armar as suas tendas até Sodoma, passou a habitar naquela cidade (Gn 14.12). Mais tarde, passou a assentar- se à porta da mesma, lugar das autoridades municipais (Gn 19.1).
b) Perdeu a autoridade sobre a esposa. A mulher de Ló envolveu-se de tal forma com a sociedade de Sodoma, que quando os anjos, quase arrastado-a para fora da cidade, para livrá-la da destruição iminente, lhe ordenaram que não olhasse para trás ela desobedeceu e ficou convertida em uma estátua de sal (Gn 19.16.26; Lei 7.32).
c) Suas filhas se corromperam. A? filhas de Ló, por ocasião da destruição de Sodoma, tinham contratado casamento com pessoas que consideraram Ló um zombador quando este os avisou da destruição da cidade e queria salvá-los dela (Gn 19.14). Já salvas da destruição, as filhas de Ló mostraram que tinham assimilado a devassa moral de Sodoma (Gn 19.31-38).

3. Uma advertência sempre atual. O exemplo de Ló é, para nós, uma séria advertência. Jesus disse: "Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló... assim será no dia em que o Filho do homem se há de manifestar*' (Lc 17. 28-30). Vivemos às vésperas do Arrebatamento, e precisamos atentar para o exemplo de Ló. o qual fez as suas escolhas pensando em vantagens materiais. Jesus deu-nos um aviso muito sério: * * Olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia" (Lc21.34).

IV. ABRAÃO APÓS A SEPARAÇÃO DE LÓ
l. Obediência integral. Após a partida de Ló para a região que escolhera, Abraão finalmente entrou no trilho da obediência integral à ordem que Deus lhe dera de deix ar não só a sua terra, mas também a sua parentela. Fica bem claro nesta experiência que não existem detalhes insignificantes numa ordem dada por Deus. Tudo é importante, e tudo deve ser obedecido. Abraão precisou consertar uma falha na sua obediência. Será que nós também temos uma necessidade semelhante? Será que temos plena certeza de estarmos obedecendo a Deus à risca? O salvo deve ter * *purificada a sua alma na obediência à verdade** (l Pé l .22), pois é eleito * 'para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo*' (l Pé l.2). Nunca devemos nos sentir tranquilos se estivermos vivendo alguma desobediência, ou abrigando algum vício. Aprendamos com Abraão. Ele se consertou com Deus. Não sejamos rebeldes: ** Porque a rebelião é como pecado de feitiçaria". Fujamos, pois, de todo pecado. Sigamos nas pisadas de nosso pai Abraão!

2. O Senhor fala novamente a Abraão. "E disse o Senhor a Abraão depois que Ló se apartou dele: Levanta agora os teus olhos, e olha desde o lugar onde estás, para a banda do norte e do sul. e do oriente e do ocidente; porque toda esta terra que vês te hei de dar a ti e à tua semente para sempre** (Gn 13.14- 15). 

CONCLUSÃO:
Observem que a promessa incluía a terra que Ló passou a ocupar! E Abraão armou as suas tendas nos carvalhais de Manre, junto a Hebrom. Agradecido a Deus pelas muitas bênçãos, Abraão edificou ali um altar ao Senhor (Gn 13.18).


ABRAÃO SOCORRE LÓ
TEXTO:
"Bendito seja o Deus Altíssimo que entregou os teus inimigos em tuas mãos" (Gn 14.20).

REFLEXÃO:
No cumprimento de sua missão, Abraão confiou inteiramente na providência divina.

REFERENCIAS:
Pv 17.17 Na angústia nasce o irmão
Pv 18.24 Amigo mais chegado que um irmão
Gn 14.14-16 Abraão libertou Ló
Gn 14.18 Melquisedeque traz pão e vinho
Gn 14.19-20 Melquisedeque abençoa Abraão
Gn 14.21-24 Abraão rejeita proposta do rei de Sodoma

TEXTO BÍBLICO BÁSICO Gn 14.12-24
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Veremos nesta lição como Abraão socorreu Ló e sua família, feitos prisioneiros de guerra. (SCR) No regresso desta expedição de socorro, Abraão teve um feliz encontro com Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo.

I. ABRAÃO SOCORRE LÓ E SUA FAMÍLIA
1. Situação política da planície de Sodoma. Durante 12 anos cinco reis da planície de sodoma haviam sido tributário do rei Quedorlaomer. Sabendo que este rei, juntamente com outros três aliados. estava em campanha militar contra nações que habitavam nas redondezas, os cinco reis da planície resolveram aproveitar a ocasião para libertarem-se da opressão, e saíram para guerrear contra ele (Quedorlaomer) e seus aliados.

2. Ló é levado cativo. No confronto militar, os reis da planície de Sodoma ficaram em desvantagem. Os reis de Sodoma e de Gomorra fugiram. Suas cidades foram despojadas e seus habitantes levados cativos, inclusive Ló e sua família.

3. Abraão é informado. Um homem que escapara da batalha veio a Abraão e contou-lhe o que acontecera. E Abraão sentiu necessidade de levar a sua ajuda a seu parente em perigo. Como prisioneiro de guerra Ló poderia até ser vendido como escravo. Ló sofria as consequências da escolha que fizera... Neste acontecimento, também, Abraão deu o exemplo de crente fiel. Diz a Escritura: "Mas se alguém não tem cuidado dos seus. e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel (l Tm 5.8). Abraão se prontificou a ajudar, mas esta tarefa era muito difícil. (SH) Seus recursos eram pequenos, seus homens poucos em relação ao exército inimigo. Mas certamente ponderou como Jônatas se expressou séculos mais tarde: "Porventura obrará o Senhor por nós. porque para com o Senhor nenhum impedimento há para livrar com muitos ou com poucos'* (l Sm 14.6)

4. Abraão entra em açâo. Ao tomar conhecimento do que havia acontecido com Ló, Abraão não ficou indeciso quanto ao que deveria fazer. (SD) Diz a Escritura: "Armou os seus criados, nascidos em sua casa, trezentos e dezoito, e os perseguiu até Da (Gn 14.14). Acompanharam-no três confederados. Escol. Manre e Aner. Usou a estratégia de dividir seus poucos homens em vários grupos e fazê-los todos, simultaneamente, atacar o acampamento inimigo à noite (Gn 14.15). Tirou portanto proveito da surpresa e da escuridão. O exército dos quatro reis foi derrotado e fugiu. Dos quatro reis alguns morreram (Hb 7.1). Assim, Abraão lutou contra os opressores e obteve vitória e tomou a trazer toda a fazenda, e tomou a trazer também a Ló. seu irmão, e a sua fazenda, e também as mulheres, e o povo"(Gn 14.16).

II MELQUISEDEQUE ABENÇOA ABRAÃO
Ao voltar vitorioso da guerra, Abraão encontrou-se com Melquisedeque.
1. Quem era Melquisedeque? Era rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo (Gn 14.18). Certamente era um rei cananita que servia o Deus verdadeiro. (SC)

2. Melquisedeque, um tipo de Cristo. Consideremos alguns pontos'de coincidência entre os <lois: **Feito semelhante ao Filho de Deus * * (Hb 7.3).
a) Seu nome. Melquisedeque significa "rei de justiça". Jesus é a nossa justiça (Jr 23.6). Ele é Rei (l Tm 6.15). Melquisedeque era rei de paz. Jesus é o Príncipe da Paz (Is 9.6). Ele é a nossa Paz (Ef 2.14).
b) Seu ministério. A investidura de Melquisedeque no sacerdócio do Deus Altíssimo não estava vinculada à condição de pertencer à tribo de Lê vi, pois este ainda nem existia. Melquisedeque era cananeu. Deus falou por Davi uma mensagem profética a respeito de Jesus: Tu és sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque" (SI 110.4). Assim como Melquisedeque, Cristo foi chamado por Deus para ser o Sumo Sacerdote.sem ter vínculo com a tribo de Levi. Jesus, enquanto homem ,nasceu na tribo de Judá.
c) Sua genealogia. "Sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio nem fim de dias" (Hb 7.3). Estes dados acerca de Melquisedeque não ficaram registrados na história da sua vida. E esta omissão foi aproveitada pelo Espírito Santo como uma alegoria de Cristo, o qual é Deus de eternidade a eternidade e não teve pai terreno (SI 90.2).
d) Seu ministério gentílico. Melquisedeque era cananeu e. portanto. sacerdote em um país gentílico. Cristo veio para trazer salvação a todos os homens, isto inclui os gentios. **E no seu nome os gentios esperarão" (Mt 12.21).
e) Melquisedeque confortou Abraão com pão e vinho (Gn 14.18). Cristo nos convida à sua mesa, para com o pão e o vinho, símbolos de sua morte, tonificar a vida daqueles que estão empenhados numa luta que não é contra a carne e o sangue, mas. sim. contra as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais (Ef 6.12).

3. A bênção sobre Abraão. Melquisedeque abençoou Abraão em nome do Deus Altíssimo (Gn 14.19). Dessa maneira, Melquisedeque glorificou a Deus porque Ele (não a força de Abraão) havia sido a causa da vitória sobre os inimigos naquela peleja (Gn 14.20).

4. Abraão» o dizimista. Abraão pagou o dízimo do despojo a Melquisedeque (Gn 14.20). Isto ele fez porque Deus lhe havia revelado o valor espiritual de Melquisedeque. Foi assim que Abraão encontrou-se pela primeira vez com um homem de Deus, desde que iniciou a sua caminhada de fé, e deve ter experimentado uma profunda comunhão espiritual, e deve ter saído deste encontro enriquecido em sua vida espiritual. É assim que deve ser entre os verdadeiros servos de Deus (Rml.11.12).

III. O REI DE SODOMA VAI AO ENCONTRO DE ABRAÃO
O rei de Sodoma foi ao encontro de Abraão quando este com seus homens voltavam da guerra. Queria agradecer Abraão e recompensá-lo pela valiosa ajuda de recuperar não só os que foram levados cativos, mas também todo o despojo que havia sido levado.
1. A proposta do rei de Sodoma. "Dá-me a mím as almas, e a fazenda toma para ti*' (Gn 14.21).

2. A resposta de Abraão. "Levantei minha mão ao Senhor, o Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra, que desde um fio até à correia de um sapato não tomarei coisa alguma de tudo o que é teu. para que não digas: Eu enriqueci a Abraão; salvo tão-somente o que os mancebos comeram, e a parte que toca aos varões que comigo foram, Aner, Escol e Mame; estes tomem a sua parte*' (Gn 14.22-24). Abraão não queria por preço algum ficar sob a influência do rei de Sodoma.

3. Deus se manifesta a Abraão. Logo depois destas coisas Deus se manifestou a Abraão em uma visão dizendo: **Não temas. Abraão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão" (Gn 15.1). Deus deu a Abraão a certeza de que o guardaria de qualquer eventual ação de vingança, pois seria seu escudo. Além disso. Deus disse que Ele próprio era o galardão de Abraão. Ante as riquezas de Deus '*o despojo de Sodoma" que ele havia rejeitado, era de nenhum valor. Compare com (Fp 3.7,8,9).

4. O exemplo de Abraão. Abraão levantou a sua mão ao Senhor rejeitando tudo que pudesse colocá-lo sob a influência de Sodoma. Assim também todos aqueles que, nestes tempos que antecedem a vinda de Jesus, querem andar nas pisadas da fé de Abraão (Rm 4.12), devem rejeitar tudo aquilo que possa dominar a vida espiritual. Consideremos:
a) Materialismo. "Comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam'* (Lc 17.28). Todas essas coisas eram lícitas. Todavia não sobrava lugar para as coisas de Deus. "Olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonarias, de embriaguez e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia* * (Lc 21.34). Jesus deve em tudo ter a preeminência (Cl 1.18). Devemos buscar o reino de Deus e a sua justiça em primeiro lugar (Mt 6.33), lembrando sempre que todas as coisas são lícitas. mas nem todas convêm. Não devemos deixar que as coisas, mesmo sendo lícitas. tenham o domínio sobre nós (l Co 6.12).
b) Imoralidade. **0 clamor de Sodoma se tem multiplicado" (Gn 18.20). Nos nossos dias acontece o mesmo. O casamento está dando lugar ao amor chamado livre, ao adultério, à fornicação e ao divórcio antibíblico. O homossexualismo está se alastrando em todas as faixas sociais. O mundo marcha veloz para a Grande Tribulação. Mas aos crentes recomenda a Palavra: "Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne** (Gl 5.16).
c) Soberba (Ez 16.49). "Nos últimos tempos haverá homens amantes de si mesmo.... soberbos...,orgulhosos...*' (2 Tm 3.1-5).
d) Egoísmo (Ez 16.49). "Nunca esforçou a mão do pobre e do necessitado". Diante de tudo isto. devemos dar ouvidos à advertência do profeta:

CONCLUSÃO:
Prepara-te o Israel, para te encontrares com o teu Deus" (Am 4.12). Amém.



O NASCIMENTO DE ISAQUE
TEXTO:
"Haveria coisa alguma difícil ao Senhor711 (Gn 18.14).

REFLEXÃO:
Deus sempre cumpre as suas p remessas, embora, às vezes, prove a nossa fé ao fazer-nos esperar.

REFERENCIAS:
SI 119 38 Confirma tua promessa
2 Co 1.18-20 Todas promessas soo nele sim
Hb 10.23 Fiel é o que prometeu
Rm 4.20,21 Deus cumpre o que promete
l Co l.9 Fiel é Deus
Gn 21.1-7 Alegria pelo nascimento de ï saque

TEXTO BÍBLICO BÁSICO Gn 15.4-6; 16.2,3,15; 17.19-21; 21.1-3
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O nascimento de Isaque representa um exemplo maravilhoso do cumpri- mento das promessas de Deus. A fé de abraão foi-se fortalecendo com o tempo. Algumas vezes, porém, desanimado pela longa espera, tentou solucionar o seu problema usando os próprios meios.

I. DUAS GRANDES PROMESSAS FEITAS A ABRAÃO
1. A primeira promessa. "Far-te- ei uma grande nação". Esta promessa parecia ser de difícil cumprimento, uma vez que Sara, além de estéril, era de idade avançada.

2. A segunda promessa. "À tua semente darei esta terra" (Gn 12.7). Foi-lhe esta promessa dada em Siquém, quando de sua primeira parada na terra da promessa. Esta promessa, várias vezes reforçada por Deus, também parecia de difícil cumprimento. A terra de Canaã era habitada por vários povos (Gn 15.18- 21). (SG) Ele deveria habitar na terra como peregrino e forasteiro (Gn 15.13). Esta promessa só se cumpriria após um período de servidão de quatrocentos anos. Os descendentes de Abraão seriam então uma grande nação. Uma grande nação capaz de não só conquistar a terra, mas também de ocupá-la. E de fato, Israel saiu do Egito na direção de Canaã com 600.000 homens, fora as mulheres e as crianças (Êx 12.37). Para Deus nada é impossível (Lc 1.37).

II. DEUS CONFIRMA SUA PROMESSA POR MEIO DO FOGO
1. A solução humana. Impaciente pela demora do cumprimento da promessa de Deus. Abraão sugeriu ao Senhor que seu servo Eliezer poderia ser o seu herdeiro (Gn 15.2-3). (SH) Deus. então, de modo muito claro, renovou a sua promessa dizendo que o herdeiro seria aquele saído das entranhas de Abraão (Gn 15.4)

2. Aula prática de fé. Deus levou Abraão para fora de sua tenda e disse- lhe: "C' ia agora para os céus, e conta as estrelas, - as podes contar. E disse-lhe: Assim será a tua semente" (Gn 15.5). Certamente Abraão tentou contar as estrelas mas logo perdeu a conta. E creu Abraão no Senhor, e * 'foi-lhe imputado isto por justiça*'(Gn 15.6).

3. O concerto com Deus. Deus renovou também a promessa de dar a terra de Canaã à semente de Abraão. E Deus propôs a Abraão que este lhe oferecesse um sacrifício de concerto. Os animais do sacrifício de concerto seriam fendidos em duas partes, e cada parte disposta uma em frente à outra, deixando entre elas uma passagem (Jr 34.18). Este sacrifício estabelecia por um lado a irrcvogabilidade das promessas de Deus, e por outro, a responsabilidade de Abraão no cumprimento de sua parte. É junto ao altar que fazemos concerto com Deus (SI 50.5). Após termos aceitado o sacrifício de Jesus no Calvário, apresentamo-nos a nós mesmos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Rm 12. l ,2), enquanto esperamos que Ele confirme as promessas.
http://www.armazemnadia.com.br/henrique/ALIANCA.HTM

4. A fé e a paciência de Abraão. Preparar os animais para o sacrifício de concerto dependia de Abraão, mas o fogo da confirmação divina viria do céu. Abraão preparou tudo e ficou à espera de Deus. Aves de rapina desciam sobre os animais mortos, e Abraão as enxotava. Deus estava provando a paciência e a fé de Abraão fazendo-o esperar. O tempo de esperar é sempre difícil. O velho patriarca esperou pacientemente o dia inteiro pela manifestação de Deus, tomando conta dos animais sacrificados. Aqueles que desejam ver a sua fé crescer não podem fugir do combate da fé (l Tm 6.12).

5. As trevas da noite envolvem Abraão. Diz a Escritura: * 'E pondo-se o sol, um profundo sono caiu sobre Abraão, e eis que grande espanto e grande escuridão caiu sobre ele" (Gn 15.12). Abraão persistiu até o limite de suas forças. As trevas eram um prenúncio da vitória. Deus assistiu a Abraão. E falou-lhe como se a promessa já fosse um fato consumado (Gn 15.13). É preciso persistir. Um coração quebrantado é agradável ao Senhor (Is 57.15; SI 51.17).

6.0 fogo divino confirma o pacto. Uma tocha de fogo passou entre aquelas metades (Gn 15.17). Foi uma confirmação de Deus à aliança. Ao manifestar-se o fogo em meio ao sacrifício de concerto, Abraão recebeu o AMÉM de Deus, e louvou-o. Ainda hoje o fogo de Deus confirma as suas promessas. Deus aguarda almas sedentas junto ao altar, e ali ele as baliza com Espírito Santo e com fogo (Mt 3.11; At 2.3.4).

III. A LONGA ESPERA E O DESESPERO DE SARA
1. A precipitação de Sara. Sara tomou a iniciativa de fazer cumprir as promessas que Deus havia feito a Abraão. e cometeu tremendo erro que lhe trouxe graves prejuízos morais e espirituais. As promessas de Deus haviam sido renovadas e confirmadas por meio de fogo. Todavia os anos de espera tornaram- se muito longos. Sara, que era estéril, certamente sentia ser ela o impedimento da resposta aguardada por Abraão. Querendo ajudar seu marido, propôs abrir mão de seu direito de ser a única mulher na vida de Abraão, e ofereceu- lhe sua escrava Agar para. através dela, gerar um filho a Abraão, pensando, assim, estar cooperando com Deus no cumprimento de Suas promessas. Solução fácil para um problema que se prolongava. E em um momento de cochilo espiritual, Abraão ouviu a voz de Sara (Gn 16.2), e aceitou a escrava Agar por mulher. Agar concebeu e deu à luz um filho que recebeu o nome de Ismael. (SC)

2. Resultados do nascimento de Ismael. Os frutos colhidos por Sara e Abraão, dessa precipitada "semeadura". não foram nada agradáveis. Consideremos alguns desses lamentáveis resultados:
a) Atrito no lar. Agar vendo que concebera, desprezou a sua senhora (Gn 16.4). Esqueceu-se que continuava sendo escrava de Sara mesmo sendo concubina de Abraão. Sara afligiu Agar e esta fugiu da sua face (Gn 16.6). O anjo do Senhor achou-a no deserto e mandou que ela voltasse para Sara e se humilhasse sob a mão de sua dona. E ela assim o fez.
b) Angústias e esfriamento na fé. O nascimento de Ismael não trouxe alegria a Abraão e nem a Sara. Pelo contrário. só trouxe preocupação. Isto porque desde que entrou o "problema Agar" na família, Deus deixou de se manifestar a Abraão, e este não se sentiu inspirado a edificar- lhe altares. A incredulidade interrompe o contacto com Deus. Quando Zacarias não creu na palavra do anjo Gabriel, ficou mudo (Lc 1.20).
c) ódio, rancor e guerras entre irmãos. Ismael tomou-se pai de uma grande nação e sua mão seria contra todos, e a mão de todos contra ele (Gn 16.12). De fato, seus descendentes são os mais rancorosos inimigos do cristianismo.

IV. DEUS MANIFESTA-SE DE NOVO A ABRAÃO
Depois de treze anos em silêncio, Deus na sua misericórdia manifestou-se de novo a Abraão. Ao longo deste tempo certamente Abraão orava a Deus. arrependido por ter tomado Agar.
Deus apareceu a Abraão e disse-lhe:
"Eu sou o Deus Todo Poderoso; anda em minha presença e sê perfeito; e porei o meu concerto entre mim e ti. e te multiplicarei grandissimamente" (Gn 17. l ,2). Abraão caiu sobre o seu rosto, e Deus falou com ele de modo muito claro e definido. Abraão iria frutificar grandissimamente, seria pai de uma multidão de nações, e dele sairiam reis. Mudou o nome dele de Abrão (pai da altura) para Abraão (pai de uma multidão) (Gn 17.4-6). Deus também mudou o nome de Sarai para Sara (princesa) (Gn17.15), e ela seria mãe de nações (Gn 17.16). Sara daria à luz um filho, e este receberia o nome de Isaque (Gn 17.19). Que encontro maravilhoso!

V. O NASCIMENTO DE ISAQUE
1. Anjos anunciaram o nascimento de Isaque. Os anjos, a caminho de Sodoma. foram visitar Abraão para informar-lhe que "por este tempo da vida Sara terá um filho" (Gn 18.10). Sara riu-se ao ouvir isto. Disse o Senhor a Abraão: **Por que se riu Sara?*' (Gn 18.13). E Sara negou dizendo: **Nãome ri", porquanto temia (Gn 18.15).

2. Deus cumpre a Sua promessa a Sara. Ao cumprir-se o tempo determinado Deus visitou Sara e ela deu à luz um filho. Ele recebeu o nome de Isaque e foi circuncidado ao oitavo dia (Gn 21.1-4). Foi grande a alegria no lar de Abraão. Havia-se confirmado o fato de que Deus ouve as orações e cumpre as suas promessas. (SD) Sara disse: "Deus me tem feito riso. Todo aquele que ouvir se rirá comigo" (Gn 21.6). Sara estava então com a idade de noventa anos.

3. Abraão despede Agar e Ismael. Quando Isaquc foi desmamado, Abraão deu um grande banquete e viu que Ismael zombava. Prevendo que teria problemas decorrentes da permanência de Ismael em sua casa. Sara disse a Abraão para deitar fora Agar juntamente com seu filho Ismael, porque o filho da escrava não herdaria com Isaque (Gn 21.10). Deus disse a Abraão que ouvisse a voz de Sara, e Abraão despediu Agar e seu filho Ismael. Agar deixou de ser escrava de Sara, e habitou com seu filho Ismael no deserto de Para; c era Deus com o moço (Gn 21.20-21).
4. A simbologia de Isaque e Ismael. Estes dois filhos representam uma figura espiritual. Ismael simboliza os nascidos da carne (Jo 3.6). enquanto Isaque simboliza os que nasceram de novo. os que nasceram da promessa (Jo l. 12,13). Assim como Deus aconselhou Abraão a livrar-se de Ismael. Ele quer que nos despojemos da carne com suas obras (Gl 5.24). Deus não reconhece aquilo que é feito por incredulidade. Jesus disse: * *0 servo não ficará para sempre em casa, o filho fica para sempre" (Jo 8.35). Somente através do novo nascimento entramos em comunhão com Deus.

CONCLUSÃO:
Precisamos, pois, desfazer-nos de tudo que procede da carne, para que Jesus, o nosso "Filho da promessa", possa habitar e operar em nossos corações. Tomamo-nos assim participantes das bênçãos que por herança são dadas por Deus. Deus nos adota como filhos por meio de Jesus Cristo, pela operação do seu Espírito (Rm 8.15). Amém!


A DESTRUIÇÃO DE SODOMA
TEXTO:
"Lembrai-vos da mulher de Ló'' (Lc 1732).

REFLEXÃO:
Aqueles que não se contaminarem com este mundo serão poupados da ira futura.

REFERENCIAS:
Is 21.11-12 Vem a manha e a noite
1.14 A missão dos anjos
l Tsl.10 Jesus livra da ira futura
Gn 19.16 Anjos pegaram a Ló pela mão
Rm 5.9 Por ele salvos da ira
l T?5.9 Deus não nos destinou para a ira

TEXTO BÍBLICO BÁSICO Gn 18.20,21; 19.1,13,16,17,22,26,29; Lc 17.28,29,30,32
Gn 18.20

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
"Guarda, a que horas estamos da noite? Guarda, a que horas? Respondeu o guarda: Vem a manhã, a noite" (Is 21.11-12 Versão Almeida Revista e Atualizada).
Quando nesta lição estudarmos sobre o castigo de Deus sobre Sodoma, veremos que antes de vir a noite da tremenda destruição da cidade, veio uma manhã dclibcrtação para aqueles que Deus havia determinado!que lossénfsalvos deTaT^ (SÍCR) Assim será na Vinda do Senhor Jesus. Numa maravilhosa manhã de livramento, Jesus arrebatará a sua Igreja, antes que se inicie a tremenda noite da Grande Tribulação.
Como aconteceu nos dias de Ló. assim será no dia em que o Filho do ho- mem se há de manifestar (Lc 17.28-30).

I. A SEMELHANÇA ENTRE OS ÚLTIMOS DIAS DE SODOMA E OS NOSSOS DIAS
1. A profunda depravação moral.
Nos dias de Ló o que mais caracterizava advida de Sodoma era a sua tremenda depravação moral. Eis o que diz a Escritura: "Ora. eram maus os varões de Sodoma. e grandes pecadores contra o Senhor" (Gn 13.13). E ainda: **0 clamor de Sodoma e Gomorra se tem multiplicado, e o seu pecado se tem agravado muito*' (Gnl8.20). O clamor daquele lugar havia engrossado diante da face do Senhor (Gn 19.13). O homossexualismo havia, de tal modo. tomado conta dos varões daquele lugar que todo o povo, de todos os bairros, moços e velhos, tinha sido atingido (Gn 19.4). A podridão era total.

2. Assim será no dia do Filho do homem. Quando Jesus disse que tal como acontecera nos dias de Ló, assim seria no dia da vinda do Filho do homem, Ele estava dizendo que da mesma maneira o juízo de Deus se abaterá sobre os que praticam os mesmos tipos de pecados que os habitantes de Sodoma e de Gomorra praticavam. Atentemos, então, para a advertência de Jesus, pois Deus há de julgar o mundo (Ap 8.6-13; 16).
Nos nossos dias o homossexualismo atinge proporções que deixam Sodoma para trás. O número de homossexuais é tão grande que eles têm representação política para lutar por aquilo que eles chamam de "seus direitos", mas que a Bíblia chama de pecado. (SC) Exigem que as leis do País sejam modificadas para que pessoas do mesmo sexo possam casar-se e ter os mesmos direitos de casais normais. O mal vem-se alastrando de tal modo. que hoje existem **igrejas" de homossexuais, e existem *'pastores" dispostos a celebrar cerimónias de casamento entre dois homens ou entre duas mulheres, impetrando as "bênçãos" sobre uma união tão anormal, imunda e proibida por Deus. Tais degenerações são uma decorrência das doutrinas de demónios (l Tm 4.l.2).

A Bíblia é muito clara sobre o assunto. Não se trata de uma doença, trata-se de grave pecado. Na lei de Moisés, o castigo para este pecado era morte (Lv 20.13). Era uma abominação que precisava ser desarraigada (Lv 18.22-25). (SH) No Novo Testamento está claramente expresso que os que cometerem esse pecado, não herdarão o reino de Deus (l Co 6.10), pois vivem * *cometendo torpeza e recebendo em si mesmo a recompensa que convinha ao seu erro" (Rm 1.27). Todavia. Deus ama o pecador c está sempre pronto a perdoá-lo. A Bíblia fala de pessoas que, tendo sido libertadas deste tipo de pecado, estão na Igreja do Senhor, porque foram lavadas. santificadas, justificadas pelo sangue do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus (l Co 6.10-11). Jesus disse: "Sc pois o Filho vos libertar, verda- deiramente sereis livres" (Jo 8.36). (SD)

II. O JUÍZO DE DEUS SOBRE O PECADO
l. O Juízo executado naqueles dias. O castigo de Sodoma e Gomorra foi determinado por Deus de forma irrevogável. (SÁ) Deus informou a seu amigo Abraão sobre isto (Gn 18.17.22),e anjos foram enviados para executarem a sentença de Deus (Gn 19.1). Os anjos foram designados para retirar da cidade aqueles que seriam salvos da destruição determinada por Deus em sua justa ira contra tais pecados (Gn 19.15-16). 2.0 Juízo para os últimos dias. O castigo de Deus sobre o pecado de nossos dias se aproxima. Vivemos os últimos dias antes da vinda de Jesus. Os anjos, "espíritos ministradores" enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação" (Hb 1.14). estão trabalhando. O Espírito Santo opera por toda parte convencendo o mundo do pecado e da justiça e do juízo (Jo 16.8). Deus, nosso Salvador, quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade (l Tm 14). Deus não nos destinou para a ira. mas para a aquisição da salvação por nosso Senhor Jesus Cristo (lTs5.9).
Por ocasião da Vinda do Senhor Jesus, somente serão poupados da ira divina aqueles que estiverem ligados a Jesus, isto é, os que foram lavados no sangue do Cordeiro (Ap 22.14.15).

III. SEMELHANÇA ENTRE OS CRENTES DOS DIAS DE SODOMA E OS DOS NOSSOS DIAS
Havia poucos justos em Sodoma. Abraão intercedeu por eles, e chegou a pedir a Deus que se fossem achados dez justos na cidade ela fosse poupada por amor dos dez. Deus aceitou o pedido de Abraão, mas a cidade foi destruída porque nem dez justos foram achados nela. Vejamos:
1. Abraão. Era o tipo do çrente consagrado JiJ^eys. tem-aventurados os que andam nas mesmas pisadas (Rm 4.12).
2. Ló. Era o tipo do crente que vinha, sc_arrastando pelo caminhQ^io Senhor. Como resultado de sua convivência com Abraão havia acumulado alguma experiência, a ponto de ser considerado justo (2 Pé 2.7-8). Ele tipifica os crentes que no dia do tribunal de Cristo terão suas obras queimadas (l Co 3.12-15).

3. A mulher de Ló Era o tipo do crente apenas nominal. Ela estava tão ligada à sociedade de Sodoma, que precisou ser tomada pela mão para que saísse da cidade (Gn 19.16). Mas não resistiu à tentação de olhar para a sua querida Sodoma que estava sendo destruída, e ficou convertida em uma estátua de sal (Gn 19.26). Em seus dias o Senhor Jesus advertiu: "Lembrai-vos da mulher de Ló!" (Lc 17.32). Atentemos para esta solene advertência do nosso Salvador.

IV. OS ANJOS AVISAM A LÓ
Quando os anjos haviam posto Ló e sua família fora da cidade, disseram- lhe: * 'Escapa-te por tua vida; não olhes para trás de ti, e não pares em toda esta campina" (Lm l^.l7J.Eajndá; Apressa- te. escapa-te pãríTali" (Gn 19,22).
Ã^ensagem que o Espírito Santo nos quer transmitir hoje é muito semelhante. Eis o que disse o Senhor Jesus: * *Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz as igrejas" (Ap 2.7,11,1729) .1. "Escapa-te". Foi a advertência do anjo de Deus a Ló. que enfatizou: * *Não olhes para trás". O autor de Aos Hebreus pergunta: "Como escaparemos nós se não atentarmos para uma grande salvação?" (Hb 2.3). O servo de Deus não tem o direito de olhar para trás, pois o Senhor Jesus afirmou: * * Ninguém que lança mão do arado e olha para trás. é apto para o reino de Deus" (Lc 9.62).

2. "Apressa-te". Esta advertência também se aplica a nós, visto que o apóstolo Pedro recomenda a todos os crentes em todo o tempo e lugar:
"Aguardando e apressando-vos para a vinda do dia de Deus. em que os céus em fogo se desfarão, e os elementos ardendo se fundirão" (2 Pé 3.12). 

CONCLUSÃO:
Diante de quadro tão sombrio só resta clamar: **ó vU terra, terra, terra! ouve a Palavra do 'H Senhor! "(Jr 22.29).



ABRAÃO E A GRANDE PROVA
TEXTO:
"Pela fé ofereceu Abraão a Isaque quando foi provado" (Hb 11.17}.

REFLEXÃO:
Através de provações, novos aspectos da insondável natureza de Deus são revelados a seus servos.

REFERENCIAS:
Gn 22.7-5 Abraão se levantou de madrugada
Gn 22.6-9 Abraão edifica um altar
Gn 22.10-12 O anjo impede o sacrifício
Gn 22. 13.14 O carneiro substituto
Gn 22.15-19 A promessa da grande bênção
2 Co 5. 18-21 Deus em Cristo reconciliou o mundo

TEXTO BÍBLICO BÁSICO Gn 22.1-3,6-13
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O patriarca Abraão havia expe- rimentado as mais ricas bênçãos no caminho da fé, mas Deus o submeteu a prova a fim de fazê-lo desfrutar bênçãos ainda maiores. Assim, Abraão viu-se envolvido em um comovente aconte- cimento que aponta o grande momento quando o Pai celestial entregou seu Filho pela salvação da humanidade. (SCR)

I. PROVA NO CAMINHO DA FÉ
Abraão foi escolhido por Deus para ser um grande povo, em cujo seio Cristo haveria de humilhar-se. Abraão, o pai da nação judaica, estava sendo preparado para servir de fundamento patriarcal para este povo. Ele havia trilhado o caminho da fé em estreita comunhão com Deus. e estava para ser submetido a uma grande prova de fé. (S D) O que Deus queria provar na vida de Abraão? Consideremos as seguintes virtudes:
a) O amor. "Até opera por caridade" (Gl 5.6). Deus queria provar se havia alguma coisa que Abraão amava mais do que a Deus, se Abraão de fato amava a Deus acima de qualquer coisa deste mundo.
b) A obediência Obediência e fé devem andar perfeitamente entrelaçadas na vida do crente (Rm 1.5; At 5.32). Deus queria provar se Abraão estava disposto a obedecer em qualquer circunstância, mesmo quando tudo parecesse incerto. É oportuno lembrar que no inicio de sua caminhada, a obediência de Abraão era incompleta.
c) A fé. Deus queria provar a Abraão em sua fé, pedindo-lhe em sacrifício Isaque que era o próprio cumprimento da promessa. A obediência à ordem de Deus parecia que iria inviabilizar a concretização da promessa de fazer de Abraão um grande povo.

II. EM QUE CONSISTIU A PROVA
l. O sacrifício pedido. Deus pediu a Abrãaoque oferecesse seu filho Isaque em holocausto (Gn 22.3). Desse modo, Abraão deveria sacrificar a grande resposta de suas orações, aguardada por 25 anos! E Deus foi bem específico em seu pedido: "O teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas" (Gn 22.2). (SH)

2. A pronta obediência de Abraão. Nenhuma das provas exigidas a Abraão foi de fácil execução. Na primeira, teve que deixar parentes e amigos e seguir para uma terra que ele não conhecia. Não lhe deve ter sido agradável viver na terra da promissão entre os cananeus, presenciando seus pecados e, além disso, saber que a terra que degradavam lhes pertenceria ainda por muito tempo. Como prova, ele teve ainda que separar-se do sobrinho Ló e mais tarde libertá-lo em luta desigual contra quatro reis, tendo apenas poucos homens consigo. Abraão tinha recebido a grande bênção da sua vida e.depois, veio a prova. Não é difícil de acontecer isso: Deus provar o crente após dar-lhe uma grande bênção. Seu filho Isaque seria o exato objeto da prova. É notável a expressão com que começa o versículo 3: ** Então (então, neste versículo, quer dizer.respeitando a ordem), se levantou Abraão pela manhã de madrugada... e foi ao lugar que Deus lhe dissera* Não revelou a ninguém o que se passava; nem mesmo a Sara. Uma das maiores lições da Bíblia foi a maneira cautelosa como Abraão se preparou para essa penosa jornada. Ele não esqueceu nada. A atenção que damos às coisas necessárias para uma viagem agradável (roupas, sapatos, etc) foi o que Abraão fez naquela madrugada. Não esqueceu nada. Mal sabia ele que estava estabelecendo um dos mais gloriosos tipos bíblicos: O Calvário, onde o Pai haveria de permitir a violência contra o Amado Filho, e onde Ele nos santificaria pela oblação do seu corpo (Hb 10.10). Possivelmente Abraão recebeu esta ordem em uma visão à noite. E, logo, pela manhã, de madrugada preparou-se para realizar a viagem que Deus lhe ordenara, (Gn 22.3). Tomou consigo dois moços e a Isaque, seu filho, bem como lenha para o holocausto, e partiu rumo ao lugar do sacrifício (Gn 22.3). (SC)

3.0 maior exemplo de fé. Chegou ao pé dó monte Moriá deixou aos moços e os animais, e subiu com Isaque ao monte. (SG)Isaque carregava a lenha, e ABraão o fogo e o cutelo. Isaque fez a seu pai a emocionante pergunta: "Mas onde está o carneiro do holocausto? Abraão respondeu: "Deus proverá para si o cordeiro do holocausto, meu filho" (Gn 22.7.8). Ao afastar-se Abraão dos dois moços que levara consigo, recomendou-lhes que ficassem afastados, pois ele e Isaque, após adorarem, voltariam. Não pode haver qualquer suspeição quanto a essa segurança, pois ele tinha uma promessa de Deus que haveria de cumprir-se no próprio Isaque. Diríamos que era mais do que uma promessa: Um concerto! Um concerto solene. Dois pensamentos antagônicos martelavam a mente de Abraão naquele momento: Imolar o filho e descer do monte com ele. vivo como subira. Ainda que chegasse a atear fogo à lenha e que o corpo do rapaz se tomasse em cinzas, ele cria que, mesmo assim, das cinzas Deus o poderia ressuscitar. Diz a Bíblia: **Ao terceiro dia levantou Abraão os olhos e viu o lugar de longe*'. Oh. mesmo crendo no poder de Deus, como não deve ter sido dura a caminhada de três dias. E que choque não deve ter vibrado todo o ser daquele pai, ao ver de longe o lugar onde iria descer o cutelo sobre o próprio filho. Tal fato lembra-nos os três dias em que o Pai Celestial permitiu que o Seu Filho Unigênito permanecesse sepultado no seio da terra. Na resposta de Abraão para o rapaz: "Deus proverá para si o cordeiro", Abraão,"Sem saber, alimentava uma verdade maravilhosa. Não só no episódio assim aconteceria, mas na plenitude dos tempos Deus enviaria o Cordeiro, o Seu Cordeiro.

4. O altar do sacrifício. Abraão edificou um altar, pôs a lenha em ordem, e preparou-se para sacrificar seu filho. Isaque, embora adulto, não ofereceu resistência. Mas quando Abraão estendeu a sua mão para imolar seu filho, o anjo do Senhor bradou: * *Não estendas a tua mão sobre o moço, e não lhe faças nada, porquanto agora sei que temes a Deus e não me negaste o teu filho o teu único" (Gn 22.10-12).

5. O cordeiro substituto. Abraão levantou seus olhos e viu um carneiro preso. no mato, pelas pontas. Então, tomou- o e ofereceu-o em lugar de Isaque (Gn 22.13). E chamou Abraão o nome daquele lugar: "O Senhor proverá" (Gn22.14).

6. Deus alcançou o seu objetivo. Ao submeter Abraão a essa tremenda prova Deus alcançou plenamente o seu objetivo pois constatou que:
• Abraão amava a Deus acima de tudo neste mundo?
• Abraão estava disposto a obedecer à risca qualquer ordem de Deus.
• Abraão possuía uma grande fé, pois cria que se Isaque tivesse de fato sido morto. Deus o ressuscitaria.

Deste modo, em figura, Abraão o recobrou. (Hb 11.18.19). O que Deus queria acima de tudo era a prova máxima da dedicação de Abraão. E assim foi. Ele mostrou com a ação (não com os lábios) inteira submissão a Deus; deixou evidente que amava e respeitava ao Senhor acima de tudo. até do seu único filho. Tal prova de obediência deve ter elevado muito a fé de Abraão, assim como sua consagração ao Senhor. No v. 11, está escrito que o anjo do Senhor bradou a Abraão desde os céus para evitar que a faca descesse sobre o pescoço de Isaque. Assim foi com Isaque, tipo de Jesus. Com o próprio Jesus, porém, não houve alternativa nem socorro, mas teve que beber até ao fim o cálice amargo. Jesus Cristo suportou sobre si o peso brutal das hostes infernais; suou sangue, mas caminhou sem vacilações para ser entregue nas mãos dos juizes perversos. Deus, por amor do Seu nome, por amor aos pecadores, ali não era possível suspender a ordem. Para isso Ele viera: **Para desfazer as obras do Diabo" e "buscar o perdido*'. Teria a execução de Isaque algum valor sacrificial? Não! Ele poderia apenas morrer por causa dos seus próprios pecados, sem qualquer vantagem, nem mesmo para ele. na eternidade. Nenhum pecador poderá morrer para livrar-se dos seus pecados. É por isso que o sacrifício de Jesus tem valor: Porque ele não tinha pecado. Logo, o sacrifício de Isaque sob nenhum aspecto tinha o menor valor. Por que chamou Abraão aquele lugar de Jeová-Jiré (O Senhor proverá)? Ele teve ali uma nova experiência. Maravilhosa experiência. Reconheceu o plano da redenção. Pôde vislumbrar a ocasião futura quando a excelsa promessa da vinda do Redentor seria cumprida para a salvação de todos nós.

III. CONSEQUÊNCIAS IMEDIATAS DA PROVA
1. O grande livramento. Eis a grande lição sobre o modo como Deus lida com seus servos. Só depois da obediência de Abraão. Deus enviou o livramento.

2. Promessas renovadas e ampliadas (Gn 22.16-19). Após ser provado, Abraão foi aprovado por Deus e teve por Ele as promessas renovadas e ampliadas. ;
3. Visão profética do Calvário. Jesus disse aos judeus: Abraão vosso pai. exultou por ver o meu dia. e viu-o. e alegrou-se" (Jo 8.56). Abraão em visão viu o sacrifício de Jesus, o qual era tipificado no sacrifício que ele próprio acabara de oferecer. Que bênção inexplicável!

IV. O SACRIFÍCIO DE ISAQUE, UM SÍMBOLO DO SACRIFÍCIO DE JESUS
1. Abraão oferece Isaque em sacrifício. O sacrifício de Isaque foi um símbolo do sacrifício de Jesus, pois Deus deu seu Filho Unigênito em sacrifício pelos nossos pecados. Já antes da fundação do mundo o Pai havia elaborado o plano da salvação através de Seu Filho, e o Filho havia aceito essa missão (Ef 3.4-11; Ap 13.8).

2. Isaque sobe o Moriá. Isaque a caminho do Monte tipificava Jesus a caminho do Gólgota. Isaque sabia que seu pai ia oferecer um holocausto a Deus. mas não sabia que o sacrifício seria ele próprio. Jesus, porém, estava bem consciente do sofrimento que lhe esperava (Lc 12.49-50; Jo 12.21). O peso que dominava o coração de Abraão a caminho do supremo sacrifício, simboliza o sentimento do Pai quando seu Filho foi preso e condenado. Contudo diz a Escritura: * *Deus estava em Cristo reconciliando consigo e mundo*' (2 Co 5.19).

3. Isaque é colocado sobre-o altar. Consideremos a analogia: Isaque foi amarrado e colocado sobre o altar, mas não foi sacrificado. Jesus foi crucificado sem oferecer qualquer resistência. Enquanto seus carrascos pregavam seus pés e suas mãos no madeiro. Ele orava: * 'Pai. perdoa-lhes porque não sabem o que fazem" (Lc 23.34). Abraão levantou a sua mão para imolar Isaque, mas foi impedido pelo brado do anjo. No Gólgota não se ouviu a voz de qualquer anjo. Jesus sofreu a agonia da crucificação, e. em certo instante, exclamou: "Deus meu. Deus meu. por que me desamparaste?" (Mt t27.46). Todavia, aproximando-se o momento da morte. Jesus deu o brado da vitória: "ESTÁ CONSUMADO!" (Jo 19.30).

4. Isaque desceu do altar. Em Moriá o anjo^tÏè Deus se mamfeslóu e. deste modo. livrou Isaque da morte. Jesus ficou na cruz até o fim, porém. Deus o ressuscitou. Por ocasião da morte de Jesus, houve também uma manifestação divina, pois o véu do templo se rasgou de alto a baixo, mostrando que a porta da salvação está aberta para todos.



ABRAÃO BUSCA UMA NOIVA PARA ISAQUE
TEXTO:
"Do Senhor procedeu este negócio" (Gn 24.50},

REFLEXÃO:
O crente que ora, desfruta a ajuda e a orientação do Senhor em todos os aspectos de sua vida.

REFERENCIAS:
Gn 24.10-14 Eliezer pronto para viajar
Gn 24 14-20 Eliezer encontra Reboca
Gn 2431-48 Eliezer no lar de Reboca
Gn 24.49-58 A decisão de Reboca
Gn 24.59-61 A viagem de Reboca
Gn 24.62-67 Reboca encontra Isaque

TEXTO BÍBLICO BÁSICO Gn 24.3,4,11,12,14,15,58,59,65-67
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A promessa de Deus de Abraão ser uma grande nação começou a cumprir-se ao nascer Isaque. Todavia era preciso que este se casasse e tivesse filhos. Abraão não queria para seu filho uma esposa pagã, uma esposa das filhas de Canaã. Por isso designou seu fiel servo Eliezer para ir à sua terra, à sua parentela, à cidade de Naor na Mesopotâmia para lá tomar mulher para seu filho Isaque (Gn 24.3,4.10), (SC) pois Abraão Havia sido informado acerca de como crescera a família de seu irmão Naor (Gn 22.20- 23). (SCR). Este assunto é um símbolo da missão dada pelo Pai ao Espírito Santo de preparar uma noiva para seu Filho Jesus.

I. PERSONAGENS-SÍMBOLOS NESTE EPISÓDIO
1. Abraão. Simboliza a pessoa do Pai. Abraão não se excusou de sacrificar seu único filho em holocausto a Deus. Todavia, o Todo-poderoso só o estava provando e o impediu de sacrificar o próprio filho. Desse modo. Abraão, em figura, "sacrificou" a Isaque, e o recuperou da "morte" (Hb 11.17-19). Assim também o Filho de Deus foi sacrificado pêlos pecados do mundo, mas ressuscitou!
2. Isaque. Simboliza a pessoa de Jesus. Filho único de Abraão com Sara, pois nasceu de modo milagroso, já na velhice de ambos. Jesus, o Filho Unigênito de Deus, nasceu de modo sobrenatural (Lc 1.35).

3. Eliezer. Simboliza a pessoa do Espírito Santo. Foi enviado por Abraão para buscar uma noiva para Isaque. Assim também o Espírito Santo prepara uma noiva para Jesus.

II. A MISSÃO DE ELIEZER, UM SÍMBOLO DA EVANGELIZAÇÃO
1. A importante missão de Eliezer. A missão de Eliezer simboliza a evangelização feita com a ajuda do Espírito Santo. Eliezer foi à busca de uma moça que aceitasse ser noiva de Isaque. Hoje todos estão sendo convidados para vir a Jesus (Ap 22.17; Mt 4.18.19; Lc 5.27), o único meio predestinado por Deus para a salvação de todo aquele que crer. Os que aceitarem o convite serão parte da Noiva de Cristo, a Igreja do Deus vivo.

2. Eliezer, administrador dos bens de Isaque. Toda a fazenda de seu senhor estava em sua mão (Gn 24.10). Partiu com dez camelos carregados de presentes. O Espírito Santo opera na evangelização transmitindo as riquezas de Cristo aos que são chamados à salvação (Jo 16.15; Rm 10.12).

3. Eliezer chega a Harã. Quando Eliezer chegou a Harã, fora da Cidade, junto a um poço de água, ele orou pedindo: "Dá-me hoje bom encontro" (Gn 24. l l,l2). (SG e SA) Toda verdadeira evangelização é feita com oração (Cl 4.3; SI 2.8). Sigamos o exemplo de Eliezer.

4. O encontro de Eliezer com Rebeca. Eliezer havia pedido a Deus um sinal. Saberia, que encontrou a moça designada por Deus. se ao pedir-lhe água para beber, ela não só atendesse o seu pedido, mas oferecesse dar de beber também aos camelos. Enquanto Eliezer apresentava sua petição, a resposta já estava a caminho (Is 65.24). A jovem que se apresentava era, de fato, tal como ele havia suplicado a Deus. para ser a noiva do filho do seu senhor. Rebeca era, não somente extraordinariamente bela, como, também, hospitaleira, amável, gentil. Rebeca denotava inocência e pureza. Assim, também, deve ser a Noiva de Cristo, a Igreja. Leia Ct 2.1,2; l Co 6.11; Ap 7.14.

5. Eliezer no lar de Rebeca. Chegando à casa do pai de Rebeca, Eliezer contou ali a sua história e apresentou a proposta de seu senhqr Abraão. Ao ouvirem as palavras de Eliezer, os parentes de Rebeca aceitaram a proposia como vinda de Deus e imediatamente deram o seu consentimento. Rebeca, indagada se aceitava acompanhar Eliezer, respondeu: "irei". A partir daquele momento já era noiva. Não podia mais permanecer no seu lar, unha que partir (Mtl0.37-.Sl 45.10-.Ef5.31).

III. A VIAGEM DE REBECA AO ENCONTRO DE ISAQUE
Esta viagem serve de símbolo de como o Espínio Santo quer nos guiar até o encontro com Jesus nas nuvens. (SD)
1. Rebeca vai ao encontro do Noivo: Rebeca não precisava preocupar-se com o que haveria de levar na viagem ao encontro de Isaque. Eliezer responsabilizou-se por tudo. Ele tinha camelos. Ele tinha alimentos para a viagem. Assim Deus em todos os tempos tem-se responsabilizado pela viagem de seus servos (ÊX 19.3; Dt 32.11.12). Podemos descansar. Aquele que crê. entra no repouso (Hb 4.3). Não é por força c nem violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor (Zc 4.6). Para beneficiar-se desta ajuda. Rebeca precisava tão-somente deixar que Eliezer a guiasse (Rm 8.14; Gl 5.18). Deus quer nos ensinar a obedecer a sua direção (At 5.32).

2 Eliezer, o guia de Rebeca. Rebeca não conhecia o caminho para encontrar-se com Isaque, porém. Eliezer conhecia. O Espírito Santo quer nos guiar por todo caminho. Importa que sejamos guiados por ele. Diz o apóstolo Paulo: "Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito" (Gl 5.25). Devemos ter cuidado para não entristecer o Espírito Santo (Ef 4.30). Nas encruzilhadas da vida a verdadeira direção está na Palavra de Deus. O Espírito Santo nos guiará em toda a verdade (Jo 16.13).

3. Eliezer, o protetor de Rebeca. Eliezer era responsável pela proteção de Rebeca durante a viagem. Do mesmo modo, o Espírito Santo nos protege, nos guia, e quer garantir que tenhamos vitória em todas as frentes. Vejamos alguns exemplos:

Vitória sobre a carne: A Carne nos ataca. O Diabo usa a carne como porta de entrada (Ef'2.3). Se andarmos em Espírito não cumpriremos as concupiscências da carne (Gl 5.16). Não temos nenhuma obrigação com a carne (Rm 8.12).

Vitóna sobre os pensamentos (2 Co 10.5J. Os maus pensamentos procedem de um coração não purificado (Mt 15.19). Da fonte de água doce não procedem águas amargas (Tg 3.11). Se o coração estiver puro, os maus pensamentos, que são ataques externos, não farão nele morada. E se resistirmos o Diabo ele fugirá de nós (Tg 4.7; Pv 16.32).

Vitória sobre a língua (Sl 141.2; Sl 17.3; SI 39.1).

• Vitória sobre as obras das trevas. Devemos deixar a nossa luz brilhar para que os homens vejam as nossas boas obras (Mt 5.16).

IV. COM ELIEZER ATÉ O FIM DA VIAGEM
1. O encontro iminente. Eliezer e Rebeca estavam se aproximando do destino, ele havia contado a Rebeca tudo sobre Isaque. Ela certamente já nutria amor por ele. mesmo sem tê-lo visto. Assim faz o Espírito Santo. Ele glorifica a Jesus (Jo 16.14), e nós o amamos sem tê-lo ainda visto (l Pé l .8). E o Espírito Santo nos avisa que a vinda de Jesus se aproxima (Lc 21.28; l Ts 5.2).

2. Isaque recebe Rebeca, sua noiva. Isaque havia saído ao campo para orar. Viu que a caravana se aproximava. Rebeca viu Isaque de longe, e por não o conhecer, perguntou a Eliezer quem era o varão que vinha ao encontro deles. Ouvindo que era Isaque, desceu do camelo e se cobriu com um véu. Isaque a recebeu por esposa e amou-a toda a sua vida (Gn 24.63-67).

CONCLUSÃO:
Na vinda de Jesus, o Espírito Santo fará com que os que dormem no Senhor ressuscitem e depois fará com que os crentes que estiverem vivos sejam transformados e arrebatados ao encontro do Senhor nos ares e assim estaremos para sempre com o Senhor (l Ts 4.17.18). Amém.



O JUSTO VIVERÁ DA FÉ
TEXTO:
"Porque o justo viverá da fé" (G13.H).

REFLEXÃO:
Uma vida de íntima comunhão com Deus irradia uma influência espiritual que é respeitada pelo mundo.

REFERENCIAS:
l Ped 2.11-12 O crente é peregrino na terra
Jo 17.13-16 No mundo, mas não do mundo
Tg 4.4 Condenada a amizade com o mundo
l Jo 2.15-17 Não ameis o mundo
Ef'2.19-22 Bom relacionamento com o céu
Hb 11.9.l O Aguardando a cidade celestial

TEXTO BÍBLICO BÁSICO Gn 23.2-6; 25.8,9; Hb 11.9,10,13
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nesta última lição sobre Abraão veremos como ele até o fim de sua vida foi um exemplo para todos nós. (SCR)

I. A MORTE DE SARA
**E foi a vida de Sara cento e vinte sete anos; estes foram os anos da vida de Sara. E morreu Sara cm Quiriate-Arba, que é Hebrom, na terra de Canaã.**(Gn 23.1,2).
1. Sara termina a Jornada. Foi a mais pesada provação que Abraão experimentou desde que deixara Harã rumo a Canaã em companhia de sua esposa Sara. Durante mais de sessenta anos haviam peregrinado juntos. Juntos haviam orado a Deus e aguardado o cumprimento das promessas, e juntos haviam-se alegrado pelo nascimento de Isaque.

2. A dor de Abraão. Agora Sara estava morta e seu lugar vazio, grande era a dor do velho patriarca. Deus nunca prometeu que se vivermos uma vida de fé não teremos provações, mas prometeu estar conosco todos os dias, inclusive no vale da sombra da morte (Sl 23.4). Parece que Abraão não estava em Hebrom na hora da morte de Sara. Mas logo ele chegou para lamentar a Sara e chorar por ela (Gn 23.2).

3. O pranto de Abraão. O homem de fé chorou! A separação de sua querida esposa provocou-lhe sentidas lágrimas. É a única vez que a Bíblia menciona que ele chorou. Foram lágrimas de um coração entristecido. A fé em Deus não faz do homem um ser inatural, insensível. As lágrimas fazem parte da vida neste mundo, somente no céu não haverá lágrimas. pois lá não haverá morte (Ap 7.17; 21.4). O próprio Jesus, como homem, chorou (Jo 11.35). Os crentes em Éfeso choraram na despedida de Paulo (At 20.37). As lágrimas extravasam as emoções e trazem alívio.
Prezado irmão, se você está chorando. Jesus está ao seu lado dizendo: "Eu lhe compreendo, eu também chorei" (Jo 1l.35). Ele é o Deus de toda consolação (2 Co 1.3). O Senhor é poderoso para enxugar-lhe todas as lágrimas (Is 25.8).

4. A sepultura de Sara. Abraão comprou uma sepultura para Sara na terra da promessa. Até então ele não possuía sequer o espaço de um pé. Ele não chegou a pensar em levar Sara para ser sepultada em Ur. onde haviam nascido, ou em Harã, onde o seu pai. Terá. estava sepultado. Não, Abraão tinha firme sua fé em Deus de que aquela terra seria dada aos seus descendentes, embora isso fosse acontecer depois de um longo tempo. Por isso ele comprou um local para sepultura na terra onde seus descendentes em tempos futuros haveriam de morar. Abraão comprou um campo com a cova de Macpela, e nela sepultou Sara (Gn 23.16-19). (SG e SH) Nesse mesmo sepulcro, mais tarde, foram sepultados Abraão. Isaque, Rebeca e Jaco.(SC)

II. ABRAÃO CASA-SE COM CETURA
Na solidão que sentiu depois da morte de sua querida Sara, Abraão certamente falava com Deus. seu amigo. e sentiu-se orientado a casar-se com Cetura. A Bíblia nada revela sobre a pessoa ou sobre a família de Cetura. Só ficou registrada a informação de que da união nasceram seis filhos. Abraão cuidou que todos recebessem presentes, e despediu-os para a terra oriental. Porém. a Isaque. o continuador do patriarcado, Abraão deu tudo o que tinha.

III.. O ELEVADO CONCEITO DE ABRAÃO ENTRE O POVO
Abraão, o homem de fé. vivia totalmente isolado dos diferentes povos de Canaã, principalmente no que diz respeito às religiões e aos costumes. Contudo gozava de conceito muito elevado. Quando pediu para comprar um pedaço de terra para ali sepultar sua Sara. Os filhos de Hete disseram a Abraão: "Príncipe de Deus és no meio de nós; enterra. o teu morto na mais escolhida de nossas sepulturas (Gn 23.6), Semelhante conceito a respeito de Abraão demonstrou ter o rei Abimeleque quando disse a Abraão: "Eis que a minha terra está diante da tua face; habita onde for bom aos teus olhos" (Gn20.15). A conduta de Abraão gerava uma verdadeira irradïacão espiritual a qual lhe dava uma posição de liderança sobre os homens entre os quais peregrinava.

IV. ABRAÃO PERMANECEU PEREGRINO NA TERRA DE CANAÃ
1. Estrangeiro e peregrino. Deus o havia chamado pra ser estrangeiro e peregrino na terra de Canaã. e assim sucedeu. Abraão enriqueceu, e poderia muito bem ter construído uma cidade para si e para seus servos nascidos em sua casa. Mas ele preferiu viver uma vida nômade, sem habitação fixa morando em tendas e deslocando-se conforme sentia a direção de Deus. Sem dúvida esse tipo de vida que Abraão escolheu despertava menos inveja entre as tribos de Canaã, pois ele representava menor perigo do que se tivesse se estabelecido na terra. Vale comparar a atitude de Ló, que depois de se separar de Abraão construiu casa em Sodoma (Gn 19.1-3).

2. O crente, um cidadão do céu. Em relação ao céu, o crente é um cidadão (Fp 3.20) porém. em relação à terra, um peregrino.No céu o crente não é nem peregrino nem forasteiro, mas é família de Deus (Ef2.19).Na sua relação com o mundo, o crente é um cidadão, tem uma pátria que é governada por autoridades constituídas, as quais devem ser respeitadas (Rm 13.1-5). O crente deve cumprir seus deveres de cidadão. O Senhor Jesus, como exemplo de verdadeiro cidadão, disse: **Dai a César o que é de César** (Mt 22.17-21 Jesus pagava impostos (Mt 17.24-27) A Bíblia aconselha o crente orar pelas autoridades (l Tm 2.1-2)

3.0 crente, um peregrino na terra. Em sua oração sacerdotal, o Senhor disse: "nós estamos no mundo, mas não somos do mundo (Jo 17.11,14). Muitas vezes o crente enfrenta circunstâncias nas quais ele é considerado um espetáculo e até como lixo deste mundo (l Co 4.9,13). Mas não importa! "Não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus?Tg 4.4). Por isso Jesus disse: "'Ai de vós quando todos os homens de vós disserem bem" (Lc 6.26). Somos peregrinos e forasteiros neste mundo (l Pe 2.11). Não nos sentimos bem neste mundo porque a salvação nos deu uma nova mente, um novo paladar espiritual. Por isso não queremos nada com coisas pecaminosas e más (l Jo 2.15- 17). O mal que antes amávamos, consideramos agora como esterco (Fp 3.8).

4. As características do peregrino. No conhecido livro O Peregrino. John Bunyan conta que três coisas caracterizavam o Cristão em sua viagem através do mundo na direção da cidade celestial. Vejamos:
a) Seus trajes. Suas roupas eram diferentes. Por isso era considerado estrangeiro, c até mesmo louco.
b) Seu idioma. Falava uma outra língua, o idioma de Canaã celestial, o qual os homens do mundo não compreendiam.
c) Seu desprezo às coisas do mundo. Não tinha interesse pelas coisas que se vendiam nas feiras e nos mercados, nem ao menos olhava para elas. Quando alguém procurava falar-lhe delas, punha as mãos nos ouvidos.Esta alegoria encerra grandes verdades. Um crente, verdadeiramente salvo deste mundo, distingue-se por seu modo de viver, por seu modo de falar, pois tem outros assuntos em que pensar. uma vez que sua mente é voltada para as coisas celestiais (Cl 3. l -4).

V. PELA FÉ ABRAÃO APROFUNDOU SUA COMUNHÃO COM DEUS
O Deus da glória apareceu a Abraão (At 7..2-3). Foi o início de um relacionamento que se aprofundou progressivamente. Como se expressou o profeta Oséias: "Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor" (Os 6.3). Paulo expressou-se de modo semelhante: "Para conhecê-lo e à virtude da sua ressurreição" (Fp 3.10).(SD)

Em Suas sucessivas manifestações a Abraão, Deus foi-se revelando sob diferentes nomes, os quais revelam diferentes aspectos do infinito insondável Deus. Conheçamo-los:
Javé, O Senhor. Foi com este nome qüe Deus se manifestou a Abraão em seu primeiro encontro (Gn 12.7,8; 13.4,8).

El Elyon: O Deus Altíssimo, o possuidor ao céu e da terra (Gn 14.18,19). Foi usando este nome de Deus que Melquisedeque saudou Abraão. E esta mesma designação de Deus. Abraão empregou logo em seguida ao falar com o rei de Sodoma (Gn 14.22).

El-shaday - Eu Sou o teu escudo e teu grandíssimo galardão. Foi desta forma que Deus se manifestou a Abraão depois de ele ter rejeitado o despojo de guerra que lhe era oferecido pelo rei de Sodoma (Gn 15.1).

El Shaday, o Deus Todo-poderoso (Gn 17.1) Com este nome Deus apareceu a Abraão após os treze anos de silêncio qüe se seguiram ao episódio Agar-Ismael. Mais tarde Abraão chamou Deus de Juíz de toda a terra (Gn 18.25).

ELOlam: Deus Eterno (Gn 21.33) Abraão invocou o Deus Eterno em Berseba.

• Jeová Jireh, o Senhor proverá (Gn 22.14). Abraão havia vencido a maior prova de todos os tempos. Deus mostrou-lhe o carneiro, o substituto para Isaque, e Abraão chamou aquele lugar O Senhor proverá. Tal como Abraão, Conheçamos ao Senhor (Os 6.3). Abraão cresceu na fé e foi conhecendo O Senhor mais e mais. Quando se trata de conhecer ao Senhor, podemos aplicar a palavra que Deus disse a Josué: "Ainda muitíssima terra ficou para possuir" (Js 13.1).

CONCLUSÃO:
Prezado irmão, avance na vida espiritual. Deus é insondável e inesgotável (Rm 11.33). Jesus orou: "Eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer mais" (Jo 17.26). Ao apóstolo Paulo. quando foi salvo, o Senhor lhe falou de coisas "pelas quais te aparecerei ainda" (At 26.16).


ISAQUE NAS PISADAS DE ABRAÃO
TEXTO:
"'Eu sou o Deus de Abraão teu pai; não temas porque sou contigo" (Gn 26.24).

REFLEXÃO:
Um servo de Deus deve sempre adotar uma atitude pacificadora.

REFERENCIAS:
Hb 12.14 Segui a paz com todos
Cl 3.15 Fomos chamados para exercer a paz
Mt 5.9 Os pacificadores são bem-aventurados
Gn 26.1-6 Isaque na direçào de Deus
Gn 26.12-14 Deus faz Isaque prosperar
Gn 26.15-2l Isaque cava poços

TEXTO BÍBLICO BÁSICO Gn 26.1-5,15-19
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Veremos nesta lição que Isaque, o segundo patriarca, foi um digno continuador das obras de seu pai. Tal como Abraão, Isaque foi um exemplo de fé e obediência e acima de tudo um homem de paz. (SCR) Aliás, esta característica será tão bem enfocada nesta lição, que ela poderia ter como título: Isaque, o homem pacífico.
I. UMA HERANÇA DE VALOR INCALCULÁVEL
Quando falamos de uma herança vem logo à tona a indagação do valor material envolvido. Abraão era muito rico. Possuía grandes rebanhos (Gn 24.35), e chegou a ter em certa ocasião trezentos e dezoito criados (Gn 14.14). E Abraão deu tudo o que tinha a Isaque (Gn 25.5). Contudo, a herança, à qual queremos fazer alusão, não é esta de valores materiais. (SH)
De valor realmente incalculável foi a herança sob a forma do EXEMPLO e do ENSINO de Abraão, assimilados no dia-a-dia do convívio no lar.

1. Isaque, um homem abençoado. Por que Isaque foi abençoado? Podemos afirmar, sem sombra de dúvida, que a razão da bênção de Deus na vida de Isaque foi a sua obediência à vontade de Deus e à autoridade de seu pai Abraão. (DF) Isto é o que depreendemos com a leitura do texto de Gn 26.2-5. De fato, as Escrituras deixam bem claro que a obediência é o fator preponderante para a recepção das bênçãos de Deus.

2. A herança de Isaque. O amor recebido de seu pai Abraão foi a herança máxima que Isaque desfrutou. Ele recebeu ainda a herança de um sólido ensino ministrado pelo seu pai no lar. Deus disse acerca de Abraão: "Porque eu o tenho conhecido, que ele há de ordenar a seus filhos e a sua casa para que guardem o caminho do Senhor, para obrarem com justiça e juízo" (Gn 18.19).
Queridos jovens que têm pais crentes! Dê-lhes o devido valor e sigam o seu exemplo. Queridos pais que ainda têm filhos em casa! Dêem-lhes tempo e atenção. Dêem-lhes o melhor de vocês mesmos. O AMOR!

II. ISAQUE SEGUIU A ORIENTAÇÃO DE DEUS
Consideremos neste tópico como Isaque procurou sempre andar nas pegadas de seu pai Abrão, seguindo em tudo a orientação de Deus.
1. Nas pegadas de Abraão. Como podemos ver, Isaque seguiu fielmente os passos de seu pai Abraão como um verdadeiro peregrino na terra de Canaã. Por essa razão. Deus lhe apareceu dando-lhe as diretrizes espirituais para sua peregrinação naquela terra (Gn 26.1-5). Deus lhe ordenou que não descesse ao Egito e ele obedeceu. Deste modo. Deus fez com que Isaque prosperasse grandemente. A bíblia diz que alma liberal é próspera (Pv 15.5). Todavia, a prosperidade de Isaque, depois de haver causado admiração, causou a inveja nos habitantes da terra, que passaram, por isso, a persegui-lo.

2. Sob a direção de Deus. Uma fome assolou novamente a terra de Canaã, e Isaque pensou em descer ao Egito a fim de garantir a sobrevivência da sua família e de seus rebanhos. Deus lhe apareceu e disse: "Não desças ao Egito: habita na terra que eu te disser.(Gn 26.2). E ele assím fez. Passou a morar em Gerar (Gn 26.6). Isaque havia aprendido com seu pai que é absolutamente imprescindível estar na vontade de Deus. A direção de Deus é a garantia para o progresso do crente, quer espiritual quer material.

III. ISAQUE, UM PACIFICADOR
Abraão, peregrinando na terra da promessa, havia conquistado o respeito e a amizade dos reis e dos príncipes dos diferentes povos que ali habitavam. Isaque seguiu pelo mesmo caminho. Deus engrandeceu a Isaque. como lhe havia prometido (Gn 26.3.13).
1. A prosperidade de Isaque. Deus abençoou a sua lavoura e seu gado, a ponto de despertar a inveja dos filisteus no meio dos quais morava (Gn 26.12,14). O próprio rei Abimeleque chegou ao ponto de pedir-lhe: "Aparta-te de nós porque muito mais poderoso te tens feito do que nós" (Gn 26.16). Porém. Isaque era um pacificador, Sem reclamar. sem contender ele foi-se dali e fez seu assento no vale de Gerar e habitou ali (Gn 26.17). (SG e SA) Onde há contendas, sempre há prejuízos. Devemos evitar todo o espírito de contenda, quer no lar, na igreja ou mesmo com os do mundo, pois onde há contendas, há operação de demônios.

2. A proposta de Abimeleque. Algum tempo depois veio Abimeleque a Gerar e propôs que Isaque fizesse com ele um juramento, Isaque então perguntou:
"Por que viestes a mim, pois que vós me aborreceis, e me enviastes de vós?" (Gn 26.27). A resposta de Abimeleque foi muito significativa: "Havemos visto, na verdade, que o Senhor é contigo (Gn 26.28).
Esse assunto diz respeito a todos nós, pois a Bíblia diz: "Se for possível, quanto estiver em vós. tende paz com todos os homens (Rm 12.18). E, ainda, noutro lugar: "Segui a paz com todos" (Hb 12.15). Deus nos chamou à paz (l Co 7.15). Jesus disse: "Bem-aventurados os pacificadores porque eles serão chamados filhos de Deus"' (Mt 5.9).

IV. OS POÇOS ENTULHADOS PELOS FILISTEUS
l. A maldade dos filisteus.. Movidos por inveja, os filisteus entulhavam com frequência os poços que Isaque utilizava, e que haviam sido cavados nos dias de Abraão, seu pai. (SC) Esses poços estavam espalhados pelos campos onde o gado pastava. É fácil compreender o valor de um poço de água no trabalho de cuidar de rebanhos. Mas Isaque e seus homens, com sabedoria e resignação, conseguiam manter a paz e a harmonia com seus vizinhos.
Não fizeram dos poços entulhados um cavalo de batalha. Tão-somente desentulhavam os poços recuperando-os. Se os homens de Isaque tivessem provocado briga, facilmente as diferentes tribos ter-se-iam reunido e expulsado aqueles hebreus das terras que lhes não pertenciam. Porém, a linha pacífica de Abraão continuou na pessoa de Isaque, também patriarca de Deus. Esta é uma preciosa lição prática para todos nós.

2. Poços entulhados, um símbolo espiritual. Na Bíblia poços de água viva representam a operação do Espírito Santo. Disse Jesus à mulher samaritana: "'Porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna" (Jo 4.14). O lavrador cava a terra até alcançar um lençol de água subterrânea que vai abastecer o poço. Assim também acontece no trabalho espiritual. Os pioneiros da obra cavaram a terra com muita oração, e os poços se encheram pela operação do Espírito Santo. Em tempos de despertamento sente-se como há água em abundância para salvação, e para obtenção de uma vida profunda, c para recebimento de batismo com o Espírito Santo e os dons espirituais. Representam uma grande riqueza espiritual esses poços de água viva!

3. Os entulhos dos filisteus. Assim como os filisteus nos dias de Isaque entulharam os poços, hoje, também, os inimigos da obra de Deus querem entulhar as fontes de água viva. O mesmo aconteceu nos dias da Igreja Primitiva. Vejamos alguns exemplos tirados das cartas que Jesus escreveu às sete igrejas da Ásia Menor:

Na igreja de Éfeso o entulho era a falta do primeiro amor (Ap 2.4-5).
• Em Pérgamo o entulho era o amor ao mundo (Ap 2.14-16).
• Em Tiatira o perigo era o fanatismo acompanhado da prática de imoralidades (Ap 2.20-23).
• Em Sardes os poços estavam tapados por falta de vida espiritual (Ap 3.1-3).
• Em Laodicéia a momidão era a grande ameaça à vida da igreja (Ap 3.15-18).

Nos dias atuais, o panorama não mudou. Em muitas igrejas, os "entulhos dos filisteus" continuam impedindo o jorrar das águas cristalinas, que são os sadios ensinos das Sagradas Escrituras.

CONCLUSÃO:
Que Deus nos guarde. Vigiemos! Não deixemos que os poços sejam entulhados. Pelo contrário, cavemos novos poços! Jesus encherá de água viva tantos poços quantos consigamos cavar.


JACÓ É TRANSFORMADO EM ISRAEL
TEXTO:
"Náo te deixarei ir, se me não abençoares" (Gn 32.26).

REFLEXÃO:
A atitude humilde de Jacó tornou possível a sua reconciliação com Esaú.

REFERENCIAS:
Gl 6.7 O que o homem semeia, isto ceifará
Os 8.7 Semeando ventos se segará tormenta
2 Co 5.20 Reconciliai-vos com Deus
Tg 4.8 Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós
Mt 5.24 Reconcilia-te com teu irmão
Gn 32.20 A minha alma foi salva

TEXTO BÍBLICO BÁSICO Gn 25.33-34; Hb 12.16,17; Gn 32.24,26-31; 33.1,4,10
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
I. JACÓ NO SEU LAR
Estudar a pessoa de Jacó é muito útil e interessante. Jacó procurou alcançar a bênção de Deus por meio do engano. Mais tarde em sua vida ele reconciliou- se com Deus de modo tão completo que Deus mudou seu nome de Jacó para Israel. (SCR).

1. Jacó, o preferido de Rebeca. Jacó era o mais novo dos filhos gêmeos de Isaque e Rebeca. Diz a Bíblia que Isaque tinha profundo amor a Rebeca (Gn 24.67). Certamente como casal eram unidos por um amor mútuo, mas como pais a atitude para com seus filhos era dividida e parcial. Isaque amava Esaú enquanto Rebeca amava a Jacó (Gn 25.28).Temos aí a base da rivalidade que existia entre os dois irmãos: a preferência dos pais por um filho, em particular, em prejuízo do outro.
2. A Mensagem de Deus para Rebeca. Antes do nascimento de seus filhos, Rebeca, sentindo que eles lutavam dentro dela, perguntou acerca disto ao Senhor, e teve a seguinte resposta: "Duas nações há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas entranhas, e um povo será mais forte do que o outro povo, e o maior servirá ao menor" (Gn 25.23). A mensagem de Deus para Rebeca não parece ter causado nenhuma impressão sobre Isaque, o qual considerava Esaú como seu primogénito. A Bíblia não revela se Rebeca procurou convencer Isaque ou de algum modo influência-lo quanto à questão da primogenitura. Vemos, porém, Rebeca em vigilante expectativa para por todos os meios impedir que Isaque desse a Esaú a bênção reservada para o primogénito.

3. A astúcia de Jacó. É possível que Jacó soubesse da mensagem que sua mãe havia recebido. Jacó, ante a atitude dividida de seus pais em relação a seus filhos, ficou do lado da mãe disputa. pela primogenitura. Rebeca tinha uma natureza bem inclinada para o engano (ver como exemplo Gn 27.8-17), e foi para Jacó uma eficiente "professora" nesta matéria, e Jacó por sua vez ficou bem adestrado em engano. Assim, um dia Jacó, estava preparando uma saborosa refeição quando Esaú chegou cansado do campo, e pediu que seu irmão lhe desse daquela comida. Prontamente Jacó propôs trocar o seu prato de guisado de lentilhas pela primogenitura de Esaú. Esaú aceitou a troca, e com juramento vendeu a Jacó a sua primogenitura em troca daquele prato de comida. Assim desprezou Esaú a sua primogenitura (Gn 25.29-34).

4. A predestinação de Jacó. Como se explica a mensagem de Deus a Rebeca? Deus revelou a Rebeca aquilo que Ele
em sua soberania havia decidido. DEUS havia predestinado Jaco a integrar o patriarcado da nação que levantaria da descendência de Abraão, mesmo náo sendo Jacó o primogênito de Isaque. Observamos na Biblia duas diferentes formas de predestinação:

a) A primeira se refere à predestinação do meio de salvação da humanidade. Antes da fundação do mundo Deus predestinou que os homens seriam salvos por meio de JESUS. E na plenitude dos tempos JESUS veio a este mundo, levou sobre si o pecado de todos, e veio a ser a causa de eterna salvação para todos os que lhe obedecem (1Tm 2.6; 1Co 5.14; Hb 5.9). Todos os homens, indistintamente, sao predestinados para, pela fe em JESUS, receberem a salvacao e a vida eterna (Tt 2.11). Aqueles que náo aceitarem esta oferta de DEUS, feita na pessoa de JESUS, estarao perdidos. Nao porque foram predestinados para a perdicao, mas, sim, porque rejeitaram a salvacao em JESUS, para a qual foram predestinados e convidados.

b) A segunda predestinação refere-se não ao destino eterno das pessoas, mas a uma chamada divina, individual, para um determinado serviço para o qual alguém foi escolhido por Deus. Paulo foi chamado por Deus antes do seu nascimento (Gl 1.15). para ser um vaso escolhido para levar o nome de Jesus aos gentios (At9.15). Igualmente, Jeremias foi chamado para ser profeta desde antes do seu nascimento (Jr 1.5), e João Batista foi chamado para ser o precursor de Jesus desde antes de ser concebido (Lc 1.15). A Bíblia fala também do rei Ciro que foi chamado por Deus para edificar o templo de Deus em Jerusalém (Is 44.28; 45. l; 2 Cr 36.22-23). Jacó foi chamado por Deus para cumprir uma determinada missão no patriarcado de Israel. Deus o escolheu, conforme lemos em Malaquias l .2-3, e também na carta de Paulo aos Romanos 9.11-13.

II.. JACÓ ROUBA DE ESAÚ A BÊNÇÃO DA PRIMOGENITURA
Isaque, sem dar atenção à mensagem de Deus, sobre o maior servindo o menor, pediu a Esaú que preparasse um prato especial de caça, para depois receber a bênção da primogenitura.
l. A astúcia de Rebeca. Rebeca estava vigiando para assegurar que Jacó recebesse a bênção. Certamente ela já havia arquitetado o plano que propôs a Jacó. Pediu que Jacó lhe trouxesse dois cabritos e ela mesma preparou um guisado saboroso, bem ao gosto de Isaque. Cobriu as mãos e o pescoço de Jacó com pele de cabrito, e o vestiu com a roupa de gala de Esau. Assim disfarçado, Jacó levou aquele prato de comida para Isaque. Este, já cego, não conseguiu detectar o engano, e abençoou a Jacó com a bênção da primogenitura (Gn 27.28,29). E Jacó saiu da presença de Isaque.

2.0 pranto de Esaú. Logo a seguir Esaú chegou do campo e preparou o prato da caça que havia apanhado, e entrou na presença de Isaque convidando-o a servir-se do guisado. Isaque perguntou-lhe: "Quem és tu? E Esaú respondeu: Eu sou teu filho, o teu primogénito, Esaú`` (Gn 27.30-32). Isaque estremeceu e exclamou: **Quem é pois aquele que apanhou a caça e ma trouxe? Eu comi de tudo, antes que viesses, e abençoei-o; também será bendito" (Gn 27.33). Foi amargo o brado de Esaú: ** Abençoa-me também a mim.meu pai!*' (Gn 27.34). "Ninguem fornicario ou profano como Esaú, que por um manjar vendeu seu direito de primogenitura. Porque bem sabeis que querendo ele ainda depois herdar a bênção foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que com lágrimas o buscou" (Hb 12.16-17).

III. AS CONSEQUÊNCIAS DO ENGANO DE JACÓ
O engano que Jacó cometeu foi lamentável. Ele cometeu um grave pecado, o qual ficou registrado em sua consciência. Todavia, Deus cumpriu com ele o que havia predeterminado (Gn 25.23). Ele vela pela sua palavra para a cumprir (Jr l. 12); e certamente teria dirigido Isaque e Rebeca, se tivessem pedido orientação sobre como conduzir este assunto. Vemos, assim, que o fim não justifica os meios. Diz a Escritura: Tudo que o homem semear, isso também ceifará (Gl 6.7). Jacó semeou engano. Vejamos, então, a sua pesada colheita:
1. O rancor de Esaú. Esau sentiu-se gravemente traído. Ficou tão amargurado que prometeu matar Jacó quando passassem os dias de luto pelo pai Isaque (Gn 27.31).

2. Jacó é enganado. Do mesmo como enganara ao pai e ao irmão. o enganador é. agora, enganado por seu parente, Labão. Escrevendo a Timóteo, o apóstolo Paulo diz que: ``0s homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados`` (2 Tm 3.13). Consideremos os fatos:

a. Jacó enganou a seu pai, dizendo: ' 'Eu sou Esaú''. Mais tarde, na noite de núpcias, quando esperava receber Raquel, Labão entregou-lhe Leia (Gn 29.21 -15).

b. Jacó enganou seu pai vestindo a roupa de gala de Esaú. Mais tarde, seus filhos lhe trouxeram a túnica de gala de José. manchada de sangue (Gn 37.32).
c. Labáo enganou a Jacó. Durante os anos em que serviu a Labão. este repetidamente o enganou, mudando seu salário dez vezes (Gn 31.7).

IV. JACÓ RECONCILIA-SE COM DEUS
Para chegar de volta a Canaã, Jacó tinha de passar pelo vau de Jaboque(SG). Antes de chegar ao local dessa travessia, enviou mensageiros a seu irmão Esaú, por cuja terra haveria de passar. Os mensageiros voltaram trazendo a notícia de que Esaú vinha ao seu encontro com quatrocentos homens, e Jacó muito temeu. Dividiu os seus servos e partes "de seus rebanhos em tres grupos, e enviou-os diante de süa face para com presentes aplacar a ira de seu irmão. Finalmente fez passar o ribeiro suas esposas, suas servas e Seus filhos e tudo quanto tinha (Gn32.22-23).(SH)
1. A solidão de Jacó. A Bíblia diz: "Jacó porém ficou só" (Gn 32.24). Deus lhe preparou esta oportunidade. A noite era tão escura quanto o seu estado interior. A intensa escuridão foi o cenário no qual a presença de Deus iluminou a sua consciência, trazendo à luz do rosto de Deus todo o mal e todo o engano que havia praticado. Jacó pôde ver com novos olhos sua atitude de engano, não só contra Deus, mas. contra seu pai e seu irmão.

2. A luta com um anjo de Deus. A Bíblia não omite os erros cometidos pêlos servos de Deus. É o caso de Moisés (Nm 20.8-12). de Pedro (Lc 22.54-63). de Isaías (Is 6.5-7). de Davi (2 Sm 11. 12.1-13), e de tantos outros. Mas Jacó passou no Vau de Jaboque por uma situação de aperto como nenhum outro passou. É como se Deus quisesse derreter Jacó no fogo de ourives para libertá-lo de toda escória (Pv 25.4; Ml 3.2-3). O profeta Oséias descreve esta luta dizendo: * 'Corno príncipe lutou com o anjo e prevaleceu; chorou, e lhe suplicou. Em Betel o achou.e ali falou conosco" (Os 12.4).

3. A luta de Jacó foi tremenda. Naquela luta, Jacó sentiu como se ele estivesse lutando fisicamente com um homem e não com um anjo de Deus, porém o anjo não prevalecia contra Jacó. O varão que lutava com Jacó disse: "Deixa-me ir porque a alva já subiu" (Gn 32.26). Mas Jacó lhe disse: * *Não te deixarei ir, se me não abençoares". O anjo lhe perguntou pelo seu nome, e ao responder que seu nome era Jacó. a resposta encerrava uma confissão, pois seu nome significava suplantador, enganador. Teve, então, seu nome mudado para Israel, porque havia lutado com Deus e prevalecido. (SC) E abençoou-o ali. Todo o pecado de Jacó foi perdoado e Jacó exclamou: **A minha alma foi salva" (Gn 32.30). (SD) Que maravilha! Aleluia.

V. JACÓ RECONCILIA-SE COM ESAÚ
Reconciliado com Deus, restava a Jacó reconciliar-se com seu irmão Esaú. Era isto que Jacó queria. Chegada a manhã, ele viu Esaú aproximando-se com seus homens. Jacó passou à frente, inclinou-se à terra sete vezes, até chegar a seu irmão. Então Esaú correu-lhe ao encontro, abraçou-o, e lançou-se sobre seu pescoço, e beijou- o; e choraram (Gn 33.4). 

CONCLUSÃO:
Este é o caminho que devemos seguir: o da reconciliação, com Deus e com os irmãos. Amém.


JOSÉ E O ÁRDUO CAMINHO DA VITÓRIA
TEXTO:
"Porquanto o Senhor estava com ele, e tudo o que ele fazia o Senhor prosperava "(Gn 39.23).

REFLEXÃO:
O Senhor era com José e isto foi o segredo de todo o progresso que ele experimentou.

REFERENCIAS:
SI 91.15 Estarei com ele na angustia
SI 46.1 Socorro presente na angustia
SI 13 Tudo que fizer, prosperará
Is 41.10 Não temas, eu te ajudo
Jr 15.20 Sou contigo para guardar
SI 37.5 Confia nele, ele tudo fará

TEXTO BÍBLICO BÁSICO Gn 37.2-4; 39.1-2,9; 41.25,38,40; 45.1,5,28
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A história de José nos mostra quanto vale ser crente desde a infância; e prova que a presença do Senhor na vida do crente é a solução para todos os problemas que surgem, sejam eles quais forem. (SCR e CB)

I. JOSE CONHECEU A DEUS NO SEU LAR
1.José, o filho predileto de Jacó. José, o décimo primeiro filho de Jacó, era o primogênito de Raquel, a esposa que Jacó amava. Raquel faleceu quando José era ainda criança, mas ele cresceu cercado de amor. Certamente teve grande repercussão sobre a vida de José o encontro que seu pai Jacó teve com Deus no Vau de Jaboque, quando exclamou: "A minha alma foi salva". José tambéin teve o seu encontro com Deus. É absolutamente necessário que os lares dos crentes sejam verdadeiros viveiros espirituais. Onde impera o verdadeiro dcspertamento, o coração dos pais converte-se aos filhos (Lc 1.17).

2. José, o Jovem predestinado por Deus. José. experimentou a manifestação do Espírito Santo em toda sua vida. Ainda nuíto jovem teve dois sonhos proféticos, os quais lhe deram a certeza de queDeus tinha alguma coisa preparada para ele,(Gn 37.5-10). Já adulto, recebeu de Deus preparo para interpretar sonhos (Gn 40.8-22). Deus prepara o crente para a obra que tem a fazer, através da operação do Espírito Santo.

II. JOSÉ AJUDA SEU PAI NA ADMINISTRAÇÃO DOS NEGÓCIOS
l. As excelentes qualidades de José.
Embora ainda muito novo, com apenas 17 anos, foi colocado pelo pai na administração de seus grandes rebanhos. Talvez tivesse sido mais apropriado colocar neste cargo a Rubem, o primogênito, mas este por causa de problema de.ordern moral perdeu o direito à primogenitura (Gn 49.4). José, o primogénito de Raquel, assumiu esse cargo com muita eficiênca. Isto explica a túnica de várias cores que Jacó deu a Jose. Era o tipo de túnica compatível com um cargo de gerência.

2. Os irmãos de José o odiavam. 0 motivo era inveja. Não suportavam a lembrança dos sonhos que José tivera. É interessante observar que o ódio que os irmãos nutriam por José, não o prejudicou em sua vida espiritual. Isto é uma evidência de que antes de este ódio se manifestar, José já vivia em íntima comunhão com Deus. Uma experiência com Deus em profundidade é a mais grandiosa solução para cada jovem. Vivendo perto de Deus, o crente vence qualquer forma de ódio e de resistência.

III. JOSÉ É VENDIDO COMO ESCRAVO
1. A traição dos irmãos de José. Um dia Jacó enviou José a ver o estado de seus rebanhos (Gn 37.12-17). Seus irmãos, vendo-o de longe, sugeriram matá-lo. Porém. Rubem conseguiu impedi-los (Gn 37.21-22). Passando por aquele local, àquela hora, uma caravana de ismaelitas a caminho do Egito, venderam José como escravo àqueles mercadores. Para ocultar o que haviam feito, tingiram a túnica de José com sangue e enviaram-na a Jacó com a mensagem: "Conhece agora se esta será ou não a túnica de teu filho'' (Gn 37.32). Deus estava com José. Deus conosco é garantia de que todas as coisas que possam vir a acontecer, cooperam para o bem (Rm 8.28). Deus guardou José de um mal pior que o ódio e a perseguição; Deus guardou José de dar lugar à raiz de amargura (Hb 12.15). A história de José mostra que ele não foi acometido por este mal. Ver Gn 42.21 -24.0 crente em comunhão com Deus não sofre dano em consequência de males que aparecem em seu caminho (Lc 10.19).

2. José na casa de Potífar. José foi comprado por Potifar, capitão da guarda palaciana (Gn 39.1). O que Potifar não sabia era que, junto com José, a bênção do Senhor havia entrado em seu lar (Gn 39.2). Tudo prosperava nas mãos de José, e logo ele foi colocado sobre toda a casa de Potifar(Gn 39.4) Na casa de Potifar aguardavam José mais provações. A mulher de Potifar. pessoa sem moral, quis seduzir José. Mas, José, como homem de Deus, rcpeliu- a dizendo: "Como pois faria eu este tamanho mal. e pecaria contra Deus?" (Gn 39.9). Irada com a recusa, a mulher de Potifar arquitetou uma armadilha para José, e falsamente acusou-o. Potifar. crendo nas mentiras da mulher, mandou lançar José na prisão (Gn 39.10-20).

3. José na casa do cárcere. O Senhor entrou com José no cárcere (Gn 39.21). O Senhor lhe deu graça diante dos olhos do chefe do cárcere, e logo este o investiu de autoridade sobre os demais presos (Gn 39.21-23). Ali no cárcere José teve oportunidade de interpretar o sonho de dois presos. "Não são de Deus as interpretações?" (Gn 40.8). E da forma como José interpretou, assim aconteceu. Quando o copeiro-mor saiu do cárcere. José lhe disse: "Lembra-te de mim quando te for bem...faça menção de mim a Faraó*' (Gn40.14).

IV. JOSÉ É LEVADO À PRESENÇA DE FARAÓ
Passaram-se dois anos inteiros desde que o copeiro-mor deixou o cárcere, então ele lembrou do pedido de José (Gn 41.1).
l. José interpreta o sonho de Faraó (Gn 41.25-32). Faraó teve dois sonhos. os quais perturbaram o seu espírito e ele não encontrava quem os interpretasse. Foi então que o copeiro-mor lembrou-se de José, e contou acerca dele a Faraó. Imediatamente, José foi conduzido à presença do soberano, que lhe contou os sonhos e José os interpretou. A interpretação dos dois sonhos era uma só: Sete anos de fartura seriam seguidos de sete anos de fome, e que Deus estava dando o aviso a fim de que nos anos de fartura se ajuntassem alimentos para suprir os anos de fome (Gn 41.25-37).(SH) Faraó, impressionado com a revelação divina, disse: "Acharíamos um varão como este, em quem haja o espírito de Deus?" (GrT41.38). E nomeou José governador de todo o Egito, com a incumbência de administrar o armazenamento e a distribuição de alimentos. José assumiu imediatamente o encargo. As abundantes colheitas foram devidamente armazenadas, a ponto de não ser possível numerar os estoques de trigo ajuntado (Gn 41.46-49).

2. José governa o Egito. A escalada de José até o palácio não foi fácil. Quando finalmente chegou à posição de governador do Egito e foi o administrador do salvamento dos egípcios e de nações vizinhas, José pôde entender a lógica das diferentes etapas de seu árduo caminho, e de fato experimentar que muitas vezes "o Senhor tem o seu caminho na tormenta" (Na 1.3). Assim dizem as Escrituras: "Todos os seus caminhos juízos são" (Dt 32.4), e. ainda: "Todas as veredas do Senhor são misericórdia e verdade" (SI 25.10). Deus havia feito José entender a razão de seus muitos sofrimentos, por isso ele pôde dizer a seus irmãos: "Porque para conservação da vida Deus me enviou diante da vossa face"(Gn45.7).(SDeDB)

V. JACÓ ENVIA SEUS FILHOS AO EGITO
l. O reencontro de José com seus irmãos. Tendo ouvido que Faraó estava vendendo trigo a todos os povos, Jacó mandou seus filhos ao Egito a fim de se abastecerem do cereal. Benjamim ficou com o pai. enquanto os dez se dirigiam ao Egito. Apresentarem-se a José. o qual facilmente reconheceu seus irmãos sem ser deles reconhecido. José os interrogou acerca da família deles, e eles lhe contaram acerca do irmão mais moço. Para prová-los, José reteve a Simeão como refém ate que voltassem a ele trazendo a scu rmão Benjamim.

2.0 estratagema de José. Os filhos de Jacó voltaram ao Egito na companhia de Benjamim e José ficou muito emocionado ao ver seu irmão, o filho mais moço de sua mãe Raquel. Quando seus irmãos se preparavam para retomar a Canaã José os submeteu a mais uma prova. Mandou esconder seu copo de prata nó saco de Benjamim. E quando eles já estavam a caminho, enviou atrás deles emissários dizendo que o copo do governador estava desaparecido, que eles eram os suspeitos, e que aquele em cuja bagagem o copo fosse encontrado, ficaria no Egito como escravo de José. O copo foi achado na bagagem de Benjamim, e todos voltaram à presença de José. Judá, então, fez a José uma emocionante súplica, oferecendo-se para ficar como escravo no Egito em lugar de Benjamim, porque: "Como subirei eu a meu pai se o moço não for comigo? Para que não veja eu o mal que sobrevirá a meu pai" (Gn44.18- 34). E fora justamente Judá aquele que havia proposto que José fosse vendido como escravo aos ismaelitas...José entendeu que a natureza de seus irmãos havia verdadeiramente mudado. E deu-se a conhecer a seus irmãos: "E levantou a sua voz com choro...Eu sou José; vive ainda meu pai? E seus irmãos não puderam responder porque estavam pasmados diante da sua face" (Gn45.1-3). Logo os irmãos retomaram o caminho para Canaã, não só levando consigo trigo, mas também levando consigo a incumbência de preparar a mudança de toda a família para o Egito. Ao anunciarem a Jacó que José ainda vivia e que era o governador do Egito, o seu coração desmaiou porque não os acreditava. Mas vendo os carros que José enviara para levá-lo ao Egito, reviveu o seu espírito (Gn 45.26-27). Não demorou muito até que toda a família, um grupo de 70 pessoas, estava descendo para o Egito (Gn 46. l-4). (SG, SH e SA).

VI. JOSÉ CUIDOU DE SEU PAI ATÉ QUE ESTE MORRESSE
José fez isto de forma a constituir-se em um exemplo para todos os tempos. Não somente deu a Jacó o sustento material, mas deu-lhe carinho e seu cuidado! É realmente melhor mostrar o nosso amor e o nosso cuidado aos nossos velhos pais enquanto os temos em vida, do que prestar-lhes homenagens junto à sepultura. 

CONCLUSÃO:
"Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa" (Ef6.2).



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