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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O LEGADO DE ELIAS - LIÇÃO 08 COM SUBSÍDIOS





LIÇÃO 8 – O LEGADO DE ELIAS
24 de fevereiro de 2013
TEXTO ÁUREO
"E disse Josafá: Não há aqui algum profeta do Senhor, para que consultemos ao Senhor por ele? Então, respondeu um dos servos do rei de Israel e disse: Aqui está Eliseu, filho de Safate, que deitava água sobre as mãos de Elias"(2 Rs 3.11).
VERDADE PRÁTICA
 Através do ministério de Eliseu aprendemos que os grandes homens foram aqueles que aprenderam a servir.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - A origem da chamada - 1Reis 19.16
Terça - A exclusividade da chamada - 1Reis 19.20
Quarta - O custo da chamada - 1Reis 19.21
Quinta - A autoridade da chamada - 2Reis2.14
Sexta - Os inimigos da chamada - 2Reis 3.13,14
Sábado - Os resultados da chamada - 2Reis 2.15 
INTRODUÇÃO
O teólogo norte-mericano A.W. Tozer disse certa vez que "nada morre de Deus quando um homem de Deus morre!" Essa máxima é verdadeira em relação ao profeta Elias e ao seu sucessor, Eliseu. Elias exerceu um ministério excepcional no reino do Norte e, sem dúvida, foi o responsável por ajudar o povo de Deus a manter a sua identidade. Todavia, assim como todos os homens, chegou o dia em que precisou parar. Elias teve o cuidado de seguir a orientação divina na escolha do seu sucessor, bem como em prepará-lo da forma correta. Esta lição nos ensinará como se deu esse processo e como podemos aprender com ele.
I - O LONGO PERCURSO DE ELIAS
1. Uma volta às origens. Elias fez um longo percurso até chegar ao Monte Horebe, também conhecido na literatura bíblica como Monte Sinai (Êx 3.1; 19.1,2). De Berseba até ao monte Sinai, o percurso era de aproximadamente quatrocentos quilômetros. Foi nesse Monte que o Senhor havia se revelado a Moisés muito tempo antes como o grande EU SOU (Êx 3.14). Posteriormente, foi nesse mesmo monte que o Senhor revelou a Lei a Moisés (Êx 19 - 20). A distância era grande, mas Elias necessitava voltar às origens da sua fé! Sem dúvidas, esses fatos estavam na mente de Elias quando ele para ali se dirigiu. Para reorientar a caminhada, nada melhor do que uma volta às origens!
2. Uma revelação transformadora. Vendo que Elias havia se enclausurado em uma caverna, o próprio Senhor trata de dialogar com o profeta. É nesse diálogo que percebemos que Elias estava vendo as coisas de forma distorcida. Duas coisas ficam patentes: Deus continuava sendo Senhor da história e Elias não havia trabalhado em vão (1 Rs 19.9-14). O Senhor revela, então, ao profeta a existência de sete mil remanescentes da adoração a Deus (1 Rs 19.18). Quem eram? Ninguém sabe, mas com certeza pessoas do povo que nem mesmo eram vistas, mas que amavam ao Senhor. Foi o próprio Deus quem os havia conservado. Mas a revelação continuou: Deus revelou a Elias a necessidade de um sucessor (1 Rs 19.16). Deus agora tinha outros planos para Elias. Deveria, portanto, dar lugar a outro. Não somos descartáveis, mas ninguém é insubstituível.
II - ELIAS NA CASA  DE ELISEU
1. A exclusividade da chamada. O texto de 1 Reis 19.19-21, que trata sobre a vocação de Eliseu, é rico em detalhes a respeito de sua chamada. Alguns deles se sobressaem nesse relato. Primeiramente observamos que Deus chama pessoas fiéis. Sem dúvida, Eliseu fazia parte da estatística divina dos sete mil. Em segundo lugar, Deus chama para o seu serviço pessoas que são ocupadas. Ele estava trabalhando com doze juntas de bois! A obra de Deus não é profissão nem tampouco emprego. É vocação! Em terceiro lugar, Eliseu percebeu que o ministério tem custo! Ele sacrificou os bois e os deu como comida ao povo. Quem põe a sua mão no arado não pode olhar para trás. Em quarto lugar, Eliseu entendeu que o ministério profético é um "servir". Eliseu passou a servir a Elias.
2. A autoridade da chamada. Quando Elias encontrou a Eliseu, o texto sagrado registra: "E lançou o seu manto sobre ele" (1 Rs 19.19). Na cultura bíblica, o manto é símbolo da autoridade profética (2 Rs 1.8 cf. Zc 13.4). Lançá-lo sobre outrem demonstrava transferência de poder e autoridade. Com esse gesto, Eliseu estava sendo credenciado para o ofício profético. De nada adianta o ofício se a unção não o acompanha! Não é, portanto, o ofício que determina a unção, mas a unção que valida o ofício! Eliseu de fato recebeu autoridade divina, pois exerceu um ministério marcado por milagres. Hoje há muita titulação, mas pouca unção de Deus!
III - ELIAS E O DISCIPULADO DE ELISEU
1. As virtudes de Eliseu. O relato de 2 Reis 2.1-8 mostra algumas fases do discipulado de Eliseu. Elias vai a vários lugares diferentes e em cada um deles observa-se que o profeta põe o discípulo à prova. Primeiramente, Eliseu demonstrou estar familiarizado com aquilo que o Senhor estava prestes a fazer (2 Rs 2.1). Ele estava consciente de que algo extraordinário, envolvendo o profeta Elias, aconteceria a qualquer momento (2 Rs 2.3), e que ele também fazia parte dessa história. Em segundo lugar, Eliseu demonstrou perseverança quando se recusou largar Elias. Ele o acompanhou em Gilgal, Betel, Jericó e Jordão (2 Rs 2.1-6). Tivesse ele ficado pelo caminho, não teria sido o homem de Deus que foi! Somente os perseverantes conseguem chegar ao fim. Em terceiro lugar, Eliseu provou ser um homem vigilante quando "viu" Elias sendo assunto aos céus! (2 Rs 2.12).
2. A nobreza de um pedido. O pedido que Eliseu fez a Elias antes de o profeta ser assunto aos céus é algo que merece uma reflexão à parte. Na verdade, o pedido de Eliseu revela a nobreza da sua chamada. Diante de uma oportunidade única, Eliseu não teve dúvidas, e pediu: "Que haja porção dobrada do teu espírito sobre mim" (2 Rs 2.9). Eliseu tomou conhecimento daquilo que seu mestre fazia, e em outras ocasiões ele mesmo fora testemunha desses milagres. Ele não tinha dúvidas; queria aquilo para ele, só que em uma proporção bem maior. Deus agradou-se do pedido de Eliseu como se agradara do pedido de Salomão (1 Rs 3.10). Muitas vezes as pessoas preferem aquilo que é medíocre em vez do que é nobre. Preferem escolher o que satisfaz o ego em vez de escolher o que agrada e alegra a Deus.
IV - O LEGADO DE ELIAS
1. Espiritual. Elias saiu de cena, mas deixou a seu discípulo um grande legado. Não era rico, mas foi um gigante na fé. E, como tal, passou ao seu discípulo um exemplo de piedade e serviço. O profeta defendeu ardorosamente o culto divino (1 Rs 18.22-36). Extremamente ousado, enfrentou o rei Acabe e predisse a grande seca sobre Israel (1 Rs 17.1). Somente um homem com semelhante fé em Deus seria capaz de protagonizar os fatos narrados nos livros de Reis (1 Rs 17.8-23; 18.41-46). Eliseu viveu nesse contexto, foi influenciado por ele e teve esse legado como herança.
2. Moral. O profeta Elias não era apenas um homem de grandes virtudes espirituais; era também portador de singulares predicados morais. O seu valor e coragem são perceptíveis no relato bíblico. Ele confrontou os profetas de Baal e reprimiu-os severamente (1 Rs 18.19). A percepção do que era certo, ou errado, do que era justo, ou injusto, era bem patente na vida de Elias. Por isso ele teve autoridade moral e espiritual para repreender severamente a Acabe, quando este consentiu no assassinato de Nabote (1 Rs 21.17-20). Eliseu aprendera que ninguém conseguirá ser um homem de Deus como Elias o foi, se não possuir valores morais e espirituais bem definidos.
CONCLUSÃO
A história de Elias e de seu sucessor, Eliseu, é instrutiva para a liderança espiritual. Com Elias, aprendemos que os líderes são humanos e, portanto, suscetíveis a falhas. Aprendemos que a história do reino de Deus é construída por homens que se dispõem a obedecê-lo.

 SUBSIDIOS
LIÇÃO 08 – O LEGADO DE ELIAS - 1º TRIMESTRE 2013
INTRODUÇÃO
            Nesta lição definiremos o que significa o termo legado. Destacaremos qual foi o legado que Elias deixou. Veremos ainda que, apesar de Elias pensar que estava sozinho o Senhor lhe dirigiu a palavra dizendo que havia ainda sete mil adoradores verdadeiros que não se curvaram diante de Baal. Pontuaremos como se deu a chamada, formação e capacitação do profeta Eliseu como substituto de Elias. E, por fim, elencaremos quais as lições que podemos extrair do chamado de Eliseu.
 I – O QUE SIGNIFICA LEGADO
            O dicionário Aurélio traduz a palavra “legado” da seguinte forma: “dádiva deixada em testamento; valor previamente determinado, ou objeto previamente endividado, que alguém deixa a outrem por meio de testamento”. No contexto da nossa lição, a palavra legado diz respeito a herança moral, ministerial e espiritual que o profeta Elias, deixou para o seu sucessor Eliseu, bem como também para todos os servos de Deus em todas as épocas.
 II – QUAL FOI O LEGADO DE ELIAS
            Elias como um profeta de Deus, deixou como legado seu exemplo de vida, seu caráter. O Aurélio define a palavra “caráter” como: “o conjunto de traços particulares, o modo de ser de um indivíduo; índole; natureza”. A Bíblia nos revela o caráter moral, ministerial e espiritual deste homem de Deus. Vejamos cada um deles detalhadamente:
 2.1 Moral. Esta expressão diz respeito aos “princípios que regem a vida do ser humano, mostrando o que é certo e o que é errado” (ANDRADE, 2006, p. 270). Elias manteve-se íntegro num período de tanta apostasia sob o governo de ímpio rei Acabe e da maldosa Jezabel (I Rs 16.30,31). Ele mesmo descreve-se como um servo muito zeloso pelo Senhor (I Rs 19.10).
 2.2 Ministerial. Já vimos que, Elias recebera de Deus o chamado para ser profeta (I Rs 17.1). O registro bíblico nos mostra que ele exerceu seu ministério como um verdadeiro mensageiro de Deus, pois anunciou que haveria seca sobre Israel, apoiado na Escritura, como sentença pela indiferença espiritual (Dt 28.23,24; II Cr 7.13); denunciou a idolatria de Acabe (I Rs 18.18); confrontou Acabe e os profetas de Baal e Aserá no Monte Carmelo a fim de erradicar a adoração ao ídolo e mostrar para Israel quem era o verdadeiro Deus (I Rs 18.19-40); e fez conhecida a injustiça cometida contra Nabote, pronunciando a sentença por este pecado (I Rs 21.17-24).
 2.3 Espiritual. O profeta Elias se tornou uma referência espiritual. Ele é chamado diversas vezes de “homem de Deus”                (I Rs 17.18,24; II Rs 1.6,9,11,13). Isto também porque as palavras proféticas que saiam da sua boca vinham da parte de Deus, porque tinha real cumprimento, eis algumas: (1) Elias profetizou que não choveria e não choveu(I Rs 17.1-b);(2) Em seguida anunciou que choveria e realmente choveu (I Rs 18.41,45); (3) falou a viúva de Sarepta que a farinha e o azeite da botija não faltaria e não faltou (I Rs 17.14-16); (4) Orou a Deus pela ressurreição do filho desta mesma viúva e ela asseverou: “...nisto conheço agora que tu és homem de Deus, e que a palavra do Senhor na tua boca é verdade” (I Rs 18.24); (5) No monte Carmelo clamou por fogo e o fogo caiu sobre o altar (I Rs 18.36,38). 
 III – O REMANESCENTE FIEL NO TEMPO DE ELIAS
            A grande apostasia no Reino do Norte durante o reinado de Acabe e as ameaças de Jezabel aos profetas de Deus, levou o profeta Elias, em sua fragilidade, algumas vezes, fazer declarações precipitadas, pensando ele que era o único servo de Deus que restara “...só eu fiquei por profeta do Senhor...” (I Rs 18.22). Confira também (I Rs 19.10,14). No entanto, a voz divina assegura ao profeta que havia um remanescente que não tinha se corrompido com a adoração a Baal (I Rs 19.18). Entre os sete mil adoradores verdadeiros, podemos citar o nome de alguns, vejamos:  

·         Micaías.Havia no palácio de Acabe profetas falsos que comiam da mesa de Jezabel, e profetizavam apenas o que lhe agradava (II Cro 18.5; I Re 18.19). No entanto, existia também um profeta do Senhor, o seu nome é Micaias que significa: “quem é como Deus”. Ele era um mensageiro de Jeová que se opunha severamente a práticas do rei Acabe  como este mesmo declara (I Rs 22.8). Ele se manteve fiel ao que Deus lhe mandava dizer (II Rs 22.14,28), apesar de lhe custar  prisão, espancamento e privações (I Rs 22.24, 27).

·         Obadias.Seu nome significa “servo de Jeová”. Apesar de ser um “mordomo” do monarca Acabe (I Rs 18.3,5). Este homem, temia muito a Deus e aos homens de Deus (I Rs 18.7).  Ele ajudou a ocultar os servos do Senhor a fim de que não fossem mortos por Jezabel (I Rs 18.13). 

·         Eliseu.Seu nome quer dizer“Deus é salvação”.Sem dúvida alguma,para que Deus escolhesse Eliseu para ser sucessor do profeta Elias, ele deveria ser um servo fiel. Observa-se isso também pela sua atitude ao receber o chamado divino, quando obedeceu sem hesitar, despedindo-se deu seu pai e mãe, mostrando assim ser um bom filho                               (I Rs 19.20,21).   
IV – A ESCOLHA, A FORMAÇÃO E A CAPACITAÇÃO DE ELISEU PARA PROFETA
            Não resta dúvidas de que Elias exerceu um ministério extraordinário no Reino do Norte, pois ele foi responsável por ajudar o povo de Deus a manter a sua identidade espiritual, fazendo com que Israel pudesse testemunhar que só o Senhor é Deus. Contudo, assim como todos os homens levantados por Deus, seu ministério estava chegando ao final, por isso necessitava de um substituto. Para isso, Elias não agiu por conta própria, ele só o fez quando e como a voz divina lhe orientou a fazer, quando lhe disse: “...e também a Eliseu, filho de Safate de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar (I Rs 19.16). Diante da da ordem divina, Elias prontamente se dispôs a cumprir (I Rs 19.19). A maneira como Deus utiliza-se de Elias para separar Eliseu está registrada em (I Rs 19.19-21), este texto nos mostra pelo menos três aspectos da vocação divina, vejamos quais são:
 4.1 Chamada. A palavra “chamar” no hebraico é “qãrã” que significa “chamar alguém, convidar, convocar”. O Senhor chama quem Ele quer, inclusive pessoas simples (Am 7.14; I Sm 16.11). Eliseu, por exemplo, trabalhava arando terra (I Rs 19.19-a). A escolha de Eliseu foi uma expressão da soberania do Senhor (I Rs 19.16), e ele a fez através de Elias (I Rs 19.19). A Bíblia registra que ao aproximar de Eliseu “...Elias passou por ele, e lançou a sua capa sobre ele” (I Rs 19.19-b). O manto de Elias era feito de peles de animais recobertas de pêlos. Usualmente era empregado o couro de cabra, com os pêlos do lado de fora. Esse manto era parte distintiva das vestes de um profeta e o identificava como vidente (II Rs 1.8; Zc 13.4; Mt 3.4). Acreditava-se que o poder espiritual era transferido ao profeta por meio do seu manto (II Rs 2.13,14). Naturalmente pensamos que isso era um ato meramente simbólico, mas nos tempos antigos as mantas dos profetas eram consideradas seriamente objetos de poder.  (CHAMPLIN, 2001, p. 1445).
 4.2 Formação. Apesar de receber a chamada de Deus, Eliseu não estava pronto. Ele precisava ser formado por Elias. A expressão “formar” do hebraico “yatsar” significa: “formar, moldar, modelar”. Como podemos ver, Eliseu não demorou para entender isso pois receber o chamado prontificou-se a seguir e servir o homem de Deus “...então se levantou e seguiu a Elias, e o servia (I Re 19.21-b). Eliseu se tornou um servo e aprendiz de Elias. Ele tinha servido bem à sua família. Agora seria fiel e útil ao profeta. Daquele dia em diante Eliseu passou a andar junto de Elias, acompanhando passo a passo sua maneira de proceder (II Re 2.1-6) e servindo-o naquilo que era necessário, de maneira que quando alguém se referiu a Eliseu disse: “...aqui está Eliseu, filho de Safate, que derramava água sobre as mãos de Elias (II Rs 3.11-b).  
 4.3 Capacitação. Ao andar junto de Elias, Eliseu percebeu que além da chamada que havia recebido e da formação que estava recebendo do profeta, era necessário algo mais: a capacitação. Por isso antes de ser tomado, num redemoinho aos céus, o profeta Elias perguntou-lhe o que ele queria que lhe fosse dado, e Eliseu respondeu: “...peço-te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim (II Re 2.9-b). Elias então disse a Eliseu que isto fora um pedido difícil, no entanto, seria concedido se ele o visse subir ao céu, o que aconteceu em seguida (II Re 2.10-12). Agora, o profeta Eliseu, ao pegar a capa de Elias, foi conferir se a capacidade divina de fato estava sobre ele, então deu com a capa no rio Jordão, que abriu ao meio imediatamente                       (II Re 2.14). Não foi necessário Eliseu dizer que estava capacitado, os filhos dos profetas reconheceram isso:“Vendo-o, pois, os filhos dos profetas que estavam defronte em Jericó, disseram: O espírito de Elias repousa sobre Eliseu. (II Re 2.15-a).
 V – O QUE PODEMOS APRENDER COM O CHAMADO DE ELISEU
 5.1 Disponibilidade. Eliseu não recusou o chamado divino. Quando Elias lhe lançou a capa, ele se mostrou disponível                      “e correu após Elias” (I Rs 19.20-a). Ao recebermos o chamado divino devemos estar disponíveis seja para o que for. Tal qual o profeta Isaías diante do clamor divino, devemos responder: “Eis-me aqui, envia-me a mim” (Is 6.8-b).
 5.2 Renúncia. Apesar de ter um trabalho e de amar a sua família, Eliseu demonstrou estar disposto a renunciar o que fosse preciso para atender a convocação divina “Então deixou ele os bois, e correu após Elias; e disse: Deixa-me beijar a meu pai e a minha mãe, e então te seguirei”(I Rs 19.20-a). Tal como os discípulos de Jesus abandonaram suas redes de pescar e puseram-se a segui-lo (Mt 4.20). Esta deve ser uma característica de todo aquele que de modo semelhante recebe o chamado divino. Eliseu se desfez completamente daquilo que exercia antes de receber o chamado divino, mostrando-nos claramente que dali por diante sua tarefa era outra (I Rs 19.21).  
 5.3 Serviço.  O chamado de Eliseu nos ensina que ao sermos chamados por Deus devemos estar dispostos a servir. Eliseu como aprendiz aprenderia a exercer o seu chamado servindo a Elias (I Rs 19.21). Deus prepara o homem que vai usar através de um homem que já é usado por Ele. A Bíblia cita exemplos dessa verdade, eis alguns exemplos: Josué foi preparado por Deus servindo Moisés (Êx 24.13; 33.11; Nm 11.28; Js 1.1); Samuel serviu a Eli (I Sm 2.11; 3.1); Timóteo servia a Paulo, a quem ele chama de filho (I Co 4.17; I Tm 1.2,18; II Tm 1.2; 3.14).
 CONCLUSÃO
            Elias, sem dúvida alguma, foi um homem extraordinariamente usado por Deus. Seu exemplo de vida, caráter e ministério se constitui numa herança que o servo do Senhor deixou não somente para os seus contemporâneos, mas também para todos aqueles que são chamados por Deus para uma obra específica. A chamada de Eliseu por sua vez, nos ensina como devemos proceder ante o chamado divino.

1REIS  19.3 ELE [ELIAS], SE LEVANTOU, E, PARA ESCAPAR COM VIDA, SE FOI. À expressão da fé de Elias, e às suas vitórias sobrenaturais, no cap. 18, seguiram-se o medo, a fuga para salvar a vida e o desânimo, tudo resultando do propósito de Jezabel de destruir a vida do profeta (v. 2).
(1) Posto que Elias não recebera nenhuma mensagem do Senhor para permanecer em Jezreel, sua presença ali significava arriscar desnecessariamente a sua vida (cf. 18.1). Seguiu então para o monte Horebe (i.e., o monte Sinai).

(2) A retirada forçada de Elias para o território de Judá e o deserto é um exemplo daqueles que "por causa da justiça" (ver Mt 5.10) são maltratados e forçados a andar errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra (Hb 11.37,38).
-De maneira semelhante a Elias, há profetas que tiveram de deixar suas igrejas; pregadores, os seus púlpitos; professores, as suas salas de aula; e leigos, os seus empregos; por se posicionarem contra o pecado, por falarem segundo a Palavra de Deus, e seguirem o caminho da justiça, por amor do nome de Deus. Grande é o seu galardão no céu (Mt 5.10-12).

1REIS  19.4 TOMA AGORA A MINHA VIDA. Elias tomado de cansaço, desânimo, tristeza, orou pedindo a Deus que Ele o dispensasse do pesado ministério profético e o deixasse partir para o descanso celestial.
 (1) Os sentimentos de Elias não eram muito diferentes dos do:
 (a) apóstolo Paulo, quando afirmou ter "desejo de partir e estar com Cristo" (Fp 1.23), ou
(b) dos heróis da fé, que "desejam uma [pátria] melhor, isto é, a celestial" (Hb 11.16; ver também Moisés, em Nm 11.15).
(2) Algumas das razões de estar Elias profundamente desanimado.
(a) Aparente fracasso: ele esperava a conversão de todo o Israel, e possivelmente, até mesmo de Jezabel; mas agora, pelo contrário, tinha que fugir para salvar sua vida. A esperança, a labuta e o esforço da sua vida inteira findavam agora em fracasso, conforme parecia (vv. 1-4).
(b) Solidão: julgava ser ele o único que batalhava pela verdade e justiça de Deus (v. 10; cf. Paulo, 2 Tm 4.16). (c) Exaustão física depois de uma longa e árdua viagem (vv. 3,4; 18.46).

1REIS  19.5 UM ANJO O TOCOU. Deus cuidou do desalentado Elias de modo compassivo e amorável (Hb 4.14,15).
(1) Permitiu que Elias dormisse (vv. 5,6).
(2) Fortaleceu-o com alimentos (vv. 5-7).
 (3) Propiciou-lhe uma revelação inspiradora do seu poder e presença (vv. 11-13).
(4) Concedeu-lhe nova revelação e orientação (vv. 15-18).
(5) Deu-lhe um companheiro fiel e fraterno (vv. 16,19-21).
-Noutras palavras, quando o filho de Deus enfrenta o desânimo, no desempenho que Deus lhe confiou, ele pode suplicar a Deus, em nome de Cristo, que lhe dê força, graça e coragem, e os capacite diante de tais situações (Hb 2.18; 3.6; 7.25).

1REIS  19.11,12 EIS QUE PASSAVA O SENHOR. Para animar Elias e fortalecer a sua fé, Deus o visitou no monte Horebe (i.e., o monte Sinai, o monte da revelação).
(a) Essa visitação foi acompanhada de um forte vendaval, um terremoto e fogo, mas o Senhor não estava em nenhuma dessas coisas.
(b) Pelo contrário, a revelação de Deus veio através de "uma voz mansa e delicada".
(c ) Elias pôde ver que a obra de Deus avança e prossegue, "não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos" (Zc 4.6).
(d) De modo algum, Deus abandonara seu profeta, nem o seu povo fiel. Pelo seu Espírito e pela palavra eterna, Ele traria a redenção, a justiça e a salvação eternas.

1REIS  19.16 A ELISEU... UNGIRÁS PROFETA. Deus mandou Elias ungir Eliseu como seu sucessor. Note que não somente sacerdotes e reis eram ungidos para seus respectivos cargos, mas também profetas, Eliseu iria:
(1) auxiliar Elias,
(2) auxiliar Hazael, rei da Síria, e Jeú, rei de Israel, a derrotar os inimigos de Deus (vv. 16,17), e
(3) proclamar a palavra de Deus ao remanescente fiel (v. 18).
(4) Os ministérios de Elias e Eliseu abrangeram um período de 75 anos (875-800 a.C., durante os reinados de Acabe, Acazias, Jorão, Jeú, Jeoacaz e Jeoás).
(5) Eliseu foi um fiel servidor do profeta ancião e ficou conhecido como aquele "que deitava água sobre as mãos de Elias" (2 Rs 3.11).

1REIS  19.18 EM ISRAEL SETE MIL. Os sete mil de Israel, que não dobraram os joelhos a Baal, são parte dos fiéis sofredores, em todas as gerações, livres de apostasia, de transigência com o erro e de mundanismo entre o povo de Deus, e que perseveram no amor, na fé e na obediência a Deus e à sua Palavra.
(1) São os que fogem dos maus caminhos do mundo, que lavaram as suas vestes e as embranqueceram no sangue do Cordeiro (Ap 7.14),
(2) que são perseguidos por amor à justiça (Mt 5.10)
(3) e que permanecem firmemente no caminho estreito (Mt 7.14).
(4) Do começo ao fim das Escrituras, é o remanescente fiel e vencedor que é conhecido pelo Senhor (2 Tm 2.19).
(5) Deus promete guardar esse remanescente leal, pelo seu poder, através da fé (1 Pe 1.5), e
(6) o Cordeiro os conduzirá ao lar celestial (Ap 7.17).

2REIS  2.1-25 Com o relato da “ascensão” de Elias conclui-se o ciclo deste grande profeta e começa o do seu discípulo Eliseu.
(1) Além do grande número de milagres, o ciclo de Eliseu narra alguns episódios de guerra (2Rs 3.1-27; 6.24—7.20) e

(2) várias atuações do profeta fora das fronteiras do seu país (8.7-15; 13.14-21; cf. 5.1-23).

2REIS   2.1 Gilgal: Este nome habitualmente se refere ao santuário situado entre Jericó e o rio Jordão (ver Js 4.19). Mas o contexto (v. 2) sugere que se trata aqui de um lugar com o mesmo nome mais próximo de Betel.

2REIS  2.2 Fica-te aqui: Esta ordem, que se repete duas vezes (vs. 4,6), faz pensar que Elias previa o que iria acontecer (cf. v. 11). A tríplice repetição da ordem introduz no relato uma nota de suspense e mistério.

2REIS   2.2 O santuário de Betel existia desde a época dos patriarcas (Gn 12.8; 28.10-22; 35.1-15) e depois foi transformado por Jeroboão I no templo nacional, rival de Jerusalém (1Rs 12.28-33; Am 7.13).

2REIS 2.3 Os discípulos dos profetas: (Ver 1Rs 20.35).
(1) Ao que parece, os grupos de profetas extáticos que existiam em Israel desde tempos antigos (1Sm 10.10; 19.20).
(2)  não devem ser identificados com os chamados discípulos dos profetas, já que estes praticavam uma forma de vida mais organizada: às vezes, viviam em comunidade (2Rs 6.1),
(3) tinham refeições em comum (4.38-41) e
(4) eram dirigidos por um chefe a quem chamavam pai (2.12; 6.21; 13.14). Além disso, estes relatos não os mostram num estado de transe coletivo, como acontecia com os profetas extáticos.

2REIS   2.3 A importância do santuário de Betel permite supor que ali havia uma comunidade de profetas relativamente numerosa.

2REIS  2.8 Esta cena lembra a travessia dos israelitas pelo mar Vermelho (Êx 14.16,21-22) e pelo rio Jordão (Js 3.13-17).

2REIS   2.9 Ao fazer esta petição, Eliseu expressava o seu desejo de ser o herdeiro espiritual de Elias, já que uma porção dobrada era reservada ao filho maior ou primogênito (cf. Dt 21.17).

2REIS   2.11 O carro de fogo e os cavalos de fogo simbolizavam o poder invencível do Senhor (cf. 2Rs 6.17; Sl 68.17).
-O redemoinho e a tormenta acompanham as manifestações de Deus (ver 1Rs 8.11, n.; cf. Ez 1.4; Na 1.3).

2REIS   2.12 Meu pai, meu pai: Eliseu lança um grito de dor diante da partida definitiva do seu mestre.

2REIS   2.12 Carros de Israel e seus cavaleiros: Outra tradução possível: para Israel como um poderoso exército. A exclamação dá a entender que o povo tinha no profeta uma força comparável à de um exército. A mesma expressão encontra-se outra vez nos lábios de Jeoás, rei de Israel (2Rs 13.14).

2REIS   2.13 O manto de Elias, recolhido por Eliseu, era o sinal da presença do Espírito do Senhor nele (cf. v. 15).

2REIS  2.19-25 O ciclo de Eliseu, diferentemente do de Elias, relata uma série extensa de milagres:
(1) o tornar saudáveis as águas (2Rs 2.19-22),
(2) o castigo dos zombadores (2.23-24),
(3) a multiplicação do azeite (4.1-7),
(4) o milagre da comida (4.38-41),
(5) a multiplicação dos pães (4.42-44),
(6)  a recuperação do machado (6.1-7) e
(7) a ressurreição de um morto no túmulo do profeta (13.20-21).
- Junto com esses relatos muito simples, encontram-se outros literariamente mais detalhados: (a) o nascimento e a cura do filho da sunamita (4.8-37) e
(b) a cura de Naamã (5.1-27).

MATEUS  28.19 IDE... ENSINAI... BATIZANDO. Estas palavras constituem a Grande Comissão de Cristo a todos os seus seguidores, em todas as gerações. Declaram o alvo, a responsabilidade e a outorga da tarefa missionária da igreja.
(1) A igreja deve ir a todo o mundo e pregar o evangelho a todos, de conformidade com a revelação no NT, da parte de Cristo e dos apóstolos (ver Ef 2.20). Esta tarefa inclui a responsabilidade primordial de enviar missionários a todas as nações (At 13.1-4).

(2) O evangelho pregado centraliza-se no arrependimento e na remissão (perdão) dos pecados (Lc 24.47),
(a) na promessa do recebimento de o dom do Espírito Santo (At 2.38),
(b) e na exortação de separar-nos desta geração perversa (At 2.40), e
(c) ao mesmo tempo em que esperamos a volta de Jesus, do céu (At 3.19,20; 1 Ts 1.10).

(3) O propósito da Grande Comissão é fazer discípulos que observarão os mandamentos de Cristo. Este é o único imperativo direto no texto original deste versículo. A intenção de Cristo não é que o evangelismo e o testemunho missionário resultem apenas em decisões de conversão. As energias espirituais não devem ser concentradas meramente em aumentar o número de membros da igreja, mas, sim, em fazer discípulos que se separam do mundo, que observam os mandamentos de Cristo e que o seguem de todo o coração, mente e vontade (cf. Jo 8.31).

(4) Note-se, ainda, que Cristo nos ordena a concentrar nossos esforços para alcançar os perdidos e não em cristianizar a sociedade ou assumir o controle do mundo. Aqueles que crêem em Cristo devem abandonar o presente sistema mundano maligno e separar-se da sua imoralidade (Rm 13.12; 2 Co 6.14;), e ao mesmo tempo expor a sua malignidade (Ef 5.11).

(5) Os que crêem em Cristo e no evangelho devem ser batizados em água. Este ato representa o compromisso que assumiram, de renúncia à imoralidade, ao mundo e à sua própria natureza pecaminosa e de se consagrar sem reservas a Cristo e aos propósitos do seu reino (ver At 22.16).

(6) Cristo estará com seus seguidores obedientes, através da presença e do poder do Espírito Santo (cf. v. 20; 1.23; 18.20). Devem ir a todas as nações e testemunhar somente depois que do alto sejam revestidos de poder (Lc 24.49; ver At 1.8)

MATEUS  28.20 ESTOU CONVOSCO.
(a) Esta promessa é a garantia de Cristo para os que estão empenhados em ganhar os perdidos e ensinar-lhes a obedecer aos seus padrões de retidão.
(b) Jesus ressurgiu, está vivo, e pessoalmente tem cuidado de cada filho seu.
(c) Ele está contigo na pessoa do Espírito Santo (Jo 14.16,26),
(d) e através da sua Palavra (Jo 14.23).
(7) Não importa a tua condição - fraco, pobre, humilde, sem importância , Ele cuida de ti e vê com solicitude cada detalhe das lutas e provações da vida e concede a graça suficiente (2 Co 12.9), bem como a sua presença para te dar vitória até o fim (28;20, At 18.10). Esta é a resposta do crente, ante cada temor, dúvida, problema, angústia e desânimo.

LUCAS  24.47 EM TODAS AS NACÕES. O próprio Cristo institui a obra missionária cristã como uma tarefa santa e obrigatória da igreja. Missões é um tema prioritário, tanto no Antigo como no Novo Testamento (Gn 22.18; 1 Rs 8.41-43; Sl 72.8-11; Is 2.3, 45.22-25; Mt 28.19; At 1.8, 28.28; Ef 2.14-18).

LUCAS  24.47 ARREPENDIMENTO E A REMISSÃO DE PECADOS. Os discípulos somente deviam pregar o perdão dos pecados juntamente com o arrependimento do pecador.
(a) O pregador que anuncia a salvação como uma simples crença ou religião fácil, ou uma formal aceitação da salvação gratuita, sem nenhum compromisso voluntário do pecador de obedecer a Cristo e à sua Palavra, está pregando um falso evangelho.
(b) O verdadeiro arrependimento inclui o abandono do pecado, i.e., um elemento fundamental e imutável do verdadeiro evangelho neotestamentário (ver Mt 3.2,).

ELABORADO PELO EV. NATALINO DOS ANJOS
PROFESSOR DA E.B.D e PESQUISADOR
PASTOR NA ASSEMBLEIA DE DEUS DA CIDADE DE TESOURO – MT.

FONTES DE PESQUISA:
CHAMPLIN, R.N. Enciclopedia de Bíblia Teologia e Filosofia. HAGNOS.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal.  CPAD.
GARNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA.
BIBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL.
BIBLIA DE ESTUDO ALMEIDA.





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