RECONHECENDO O EXÉRCITO DO INIMIGO
1Pedro 5: 6-11
Todos estamos envolvidos numa intensa batalha espiritual.
Precisamos conhecer bem quem é nosso grande adversário e quais as estratégias por
ele utilizadas.
Neste estudo veremos como se organizae como age o exército
inimigo de nossas almas, “para que Satanás não alcance vantagem sobre nós”, 2Co
2: 11.
I - QUEM É SATANÁS, Is 14: 12-15
a) A origem do nome.
A palavra Satã é de origem hebraica e significa adversário; o termo “diabo”,
porém, é de origem grega e significa acusador. Ambas revelam o terrível caráter
do nosso grande inimigo. Esse ser é o líder dos demônios, Mc 3: 22.
Embora conhecido como dragão, antiga serpente, diabo e
Satanás, Ap 20: 2, como sendo um ser do mal e das trevas, ele teve sua origem
no reino da luz.
O nome do atual anjo rebelde era Lúcifer, que significa
‘portador da luz’, uma tradução do verbo usado em Is 14: 12 que quer dizer
brilhante. Essa passagem tem paralelos no Novo Testamento, Lc 10: 18; Ap 9: 1;
12: 9, levando muitos estudiosos à aplicação desse título a Satanás. Ele é
mencionado na Bíblia como o originador do pecado, Gn 3: 1, 4; Jo 8: 44; 2Co 11:
3.
E é nesse texto que Deus, através de Ezequiel, revela ao
homem, nos versos 12-19, a perfeição, sabedoria e beleza originais do querubim
que se tornou no diabo, bem como declara seu julgamento. O que induziu criatura
tão bela e perfeita a tal apostasia? Conforme o profeta Isaías, cinco motivos
levaram Lúcifer à queda:
-Violenta oposição a Deus, 14: 13: ‘subirei ao céu’ - desejo
de dominar a morada divina; Auto-exaltação, 14: 13: ‘acima das estrelas de Deus
exaltarei o meu trono’
- desejo de dominar
todos os seres angelicais;
-Sede de poder, 14: 13: ‘no monte da congregação me
assentarei, nas extremidades do Norte’. (O Norte, na literatura dos tempos de
Isaías, significava a morada dos deuses, mas não o céu dos céus, e sim o
universo. Lúcifer desejou o domínio do universo.);
-Desejo de glória, 14: 14: ‘subirei acima das mais altas
nuvens’. Lendo Êx 16: 10 e Is 19: 1, percebe-se que “nuvem” está intimamente
ligada à glória de Deus. Lúcifer desejou a glória que só pertence ao Criador,
Is 48: 11;
-Mania de grandeza e subversão total, Is 14: 14: ‘serei
semelhante ao Altíssimo’.
II - O EXÉRCITO DE SATANÁS, Ap 12: 3-4.
a) Os demônios existem e Satanás é o seu líder. Satanás não
está sozinho em seu domínio, nas trevas. Ele é o líder de um exército de
renegados. Embora sejam criaturas de Deus, não foram criados como anjos maus.
O que aconteceu foi que eles não mantiveram a condição original
que o Criador lhes concedeu, porém caíram do estado em que haviam sido criados,
2Pe 2: 4; Jd 6. Alguns demônios estão confinados, outros estão ativos no mundo,
Mt 12: 43-45.
b) Os demônios e os ídolos. Paulo, em 1Co 10: 19-20, parece
entender que as deidades adoradas por Israel, relatadas no Antigo Testamento,
não eram verdadeiros deuses, mas, na realidade, demônios.
O apóstolo fala acerca dos ídolos como representantes dos demônios.
Veja também Ap 9: 20. Esses demônios causam danos físicos, Mt 9: 33, e podem
vir a possuir o corpo de homens e animais, Mt 4: 24; Mc 5: 13. É o que se chama
de possessão demoníaca.
c) Os demônios se opõem a Deus. O Novo Testamento deixa
claro que os demônios são seres espirituais que têm prazer em opor-se a Deus e
combater Sua obra, tendo Belzebu como seu príncipe, Mc 3: 22. Eles buscam
frustrar os propósitos de Deus, Ef 6: 11-12. O apóstolo Paulo ensina que eles
desejam impor seu próprio sistema de doutrina, 1Tm 4: 1-5.
III - SATANÁS FOI DERROTADO
Todo cristão vive entre o já e o ainda não. Que quer dizer
isso? Por um lado, já somos salvos pelo Senhor Jesus Cristo e já vencemos
Satanás, mas ainda não estamos totalmente livres de seus ataques. Esse é o
período mais perigoso de toda a batalha espiritual.
O cristão é o combatente que vive exatamente nesse período.
A batalha decisiva foi travada e ganha no Calvário, Cl 2: 13-15. Mas daí até o
final de toda a guerra ocorre o intervalo em que o cristão tem de mostrar sua
firmeza e confiança na Palavra, Jo 16: 33, 1Co 3: 10-15. Mas, sempre temos de
nos lembrar de que:
a) O inimigo está vencido. Ele opõe-se ao Evangelho, Mt 13:
19; cega e engana, Lc 22: 3, 2Co 4: 4; aflige, Jó 1: 12 e tenta o povo de Deus,
1Ts 3: 5. Mas Jesus já o venceu na cruz, 1Jo 3: 8.
b) O inimigo é limitado. Ele não é onipotente, onipresente e
nem onisciente, atributos unicamente divinos, Is 40: 12-15; Sl 139: 1-16; Jr
23: 23,24.
c) Há vitória no sangue de Jesus, Ap 12: 11. Você deve,
portanto, assumir sua posição de guerreiro e expulsar toda influência de
Satanás de sua vida, Tg 4: 7-8; Mt 12: 25-29. A armadura de Deus mantém o
crente firme contra as ciladas do diabo
e lhe dá condições de vencer essa batalha de fé, Ef 6: 10-20.
A LUTA CONTRA AS POTESTADE DO MAL
Efésios 6: 10-20
Existe um mundo espiritual que, embora não possamos ver, tem
influência poderosa
sobre o mundo físico. A Bíblia faz referência a anjos e a demônios,
seres espirituais que agem na terra.Antes da conversão, o homem é escravizado pelas
forças do mal, Ef 2: 2-3, mas não tem consciência disso. A partir do momento em
que se entrega a Cristo, o crente se envolve numa intensa batalha espiritual. O príncipe do império das trevas, de onde
fomos libertos, não se dá por vencido.
E daí? Vamos ignorar essas verdades ou vamos enfrentar esta
batalha? Que armas temos à nossa disposição? Isso é o que verá neste estudo.
I. POR QUE NÃO
DEVEMOS IGNORAR A BATALHA ESPIRITUAL
a) A Bíblia dá muita
ênfase ao assunto. Segundo as Escrituras, existe uma contínua e intensa batalha
entre a luz e as trevas, entre Cristo e Satanás, entre a Igreja e o inferno,
1Pe 5: 8, 9. Há uma verdadeira riqueza de textos bíblicos que falam acerca do
assunto, mostrando como os espíritos das trevas trouxeram intenso sofrimento às
pessoas:
-Satanás transtornou a vida de Jó, Jó 1: 12-19;
-Jesus foi tentado pelo diabo, no deserto, Mt. 4: 1-11;
-Nos Evangelhos, relatos sobre a ação do diabo impressionam:
o gadareno, possuído por legiões de demônios, Mc 5: 1-20; o jovem que era
jogado na água e no fogo, Mc 9: 14-22; Maria Madalena, liberta de sete
demônios, Lc 8: 2; espíritos de enfermidade, Lc. 13: 11-13;
-Ananias e Safira foram enganados por Satanás para que
mentissem ao apóstolo Pedro, At 5: 11-13.
-Para ludibriar o homem, Satanás se transforma até em anjo
de luz e seus ministros são capazes de se mascararem como ministros de justiça, 2Co 11: 13-15.
b) O contexto cultural e religioso do país em que vivemos é
outra forte razão para não ignorarmos a batalha espiritual. O Brasil é
considerado hoje o maior país espírita do mundo, com aproximadamente 5.500
centros espalhados pelo território nacional. Deve haver um despertar do cristão
para a realidade da batalha espiritual e, assim, preparar-se para vencê-la.
II. COMO DESFAZER AS
ESTRATÉGIAS DO INIMIGO
1. Conhecer o inimigo.
Paulo, em Efésios 6: 12, fala de uma hierarquia no reino das trevas.
Principados são os chefes ou os líderes da maldade; os dominadores são
espíritos malignos; as potestades são os que têm poder para governar. Todos
promovem males na terra.
a) Estes principados, dominadores e potestades do mal procuram levar o homem à desobediência, à
insubmissão. Tornam as pessoas irreverentes e insubordinadas quanto ao seu
comportamento, Ef 2: 2.
b) Estes espíritos malignos atuam também como agitadores da
consciência humana, fazendo com que sentimentos de culpa sejam mais intensos,
Zc 3: 1-5.
Os seres invisíveis da maldade são acusadores. Vemos claro
exemplo em Jó 1: 1-12 quando o diabo fica questionando a respeito da
integridade e justiça de Jó. A busca exagerada, detalhista e obcecada de
“justiça” é também diabólica. Tenhamos cuidado com o exagero legalista.
2. Conhecer e tomar
posse das armas celestiais, 2Co 10: 4-5. As armas da nossa guerra são ofensivas
e defensivas, 2Co 6: 7. Vejamos:
III. ARMAS DEFENSIVAS, Ef 6: 13-18.
O Nome de Jesus. Fp 2: 9-10. É a arma mais poderosa contra o
inimigo. Ele tem autoridade sobre os seres angelicais, sobre os homens e sobre
os demônios. Jesus está acima de todo principado, e potestade, e poder e
domínio, Efésios 1: 20-22.
A oração. Ef. 6: 18. Esta é a arma que nos coloca em contato
direto com o mundo espiritual. A oração nos fortalece, nos capacita para
conquistarmos todo o território que o diabo invadiu. Veja Marcos 3: 23-29.
O Senhor equipou Sua Igreja com uma armadura sobrenatural
para que ela exerça domínio sobre o reino da maldade e resista às suas forças,
a fim de sair da guerra sã e salva.
O capacete, v. 17. Paulo faz esta peça representar a
salvação, possivelmente referindo-se a Isaías 59: 17. A salvação protege o
homem em Cristo de ser desintegrado sob os efeitos condenadores do pecado.
O cinto da verdade - v. 14. A verdade é Jesus. O cristão
deverá estar inteiramente ligado a Ele numa comunhão perfeita, Jo 15: 2-7. Esta
armadura significa que o cristão se reveste do Senhor Jesus, assumindo a
natureza moral de Cristo, Rm 8: 29.
A couraça da justiça - v. 14. O crente está revestido da
justiça de Deus, Rm. 3: 21 e 5: 1. Sua culpa foi lançada na cruz de Cristo, Rm
13: 12-14 e Ef 4: 24.
Pés calçados com a preparação do evangelho da paz, v. 15.
Significa o estabelecimento de um alicerce espiritual firme. Assim calçados,
com prontidão e disposição, aparecem os pés daqueles que cruzam desertos e
terrenos montanhosos, levando as boas novas da paz, Is 52: 7-9.
OPRESSÃO E POSSESSÃO
Marcos 5: 1-20
A ação de Satanás para atingir os filhos de Deusnão é
novidade para nós, cristãos. A Palavra está repleta de versículos e relatos que
falam acerca das constantes tentativas do diabo de derrotar os salvos. Jesus
preparou seus discípulos para que tivessem vitória na luta contra o inimigo, Mt
26: 41.
Neste estudo vamos
analisar dois assuntos de grande interesse relacionados à batalha espiritual:
opressão e possessão demoníaca. São estratégias do inimigo para ir assumindo o
controle da vida das pessoas.
I – OPRESSÃO
Opressão é a presença de demônios em determinados ambientes
e sua influência direta sobre as pessoas. Há no Novo Testamento diversas
referências à opressão demoníaca, Lc 4: 18; At 10: 38. As forças do mal invadem
o local e o tornam pesado e carregado. Os demônios assediam as pessoas que
moram ou freqüentam aquele lugar,
exercendo pressão sobre elas e, muitas vezes, as levam à exaustão e à
depressão. Essa invasão maligna só ocorre quando se dá lugar à ação do diabo.
a) Os demônios procuram nossos pontos mais vulneráveis. Com
isso, enfraquecem nossa resistência moral e espiritual. Eles trazem a preguiça,
o desânimo, as incertezas, a indiferença, a desobediência, etc. Para trazer
males à igreja, o inimigo procura agir com freqüência na família. E muitas
abrem as portas para o tentador. Quantas que, quando se reúnem, o que mais
gostam de fazer é falar mal dos outros. São lares onde as palavras são
instrumentos de destruição, ao invés de bênção e edificação.
b) Todos os seres humanos, inclusive o crente, estão
sujeitos à opressão. A opressão pode atingir qualquer área da vida. As mais
afetadas são as seguintes:
-moral, levando à mentira, prostituição, roubos,
assassinatos, etc;
-física, causando enfermidades e doenças.O diabo oprimiu Jó
e, mediante permissão de Deus, trouxe-lhe enfermidade. No entanto, nem todas as
enfermidades e doenças são de origem maligna;
-material, levando o homem à obsessão por bens, dinheiro,
cargos, etc;
-espiritual, induzindo à idolatria, à prática de ocultismo.
c) Como obter vitória? O crente que luta contra essa ação do
maligno é vencedor, porque seus pés estão firmados na Rocha Eterna, Sl 40: 2. A
maneira que Jesus ensinou para vencermos o
maligno é atacá-lo pela oração, jejuns e proclamação da
Palavra, destruindo suas armas de engano e tentação demoníacas, Mt 17: 21.
II - POSSESSÃO
Se a opressão é a presença de demônios em torno da pessoa, a
possessão é a presença de um ou mais demônios dentro dela, Mc 5: 9-13. A
opressão opera de fora para dentro, já a possessão, de dentro para fora. É
sinal de que o diabo alcançou grande domínio sobre a vida da pessoa.
a) Demônios controlam reações. Quando os demônios não apenas
dominam o ambiente, mas passam a controlar uma pessoa, existe um típico caso de
possessão. Em Mc 5: 1-20 há um exemplo disso. O homem andava sempre nu, Lc 8:
27, de noite e de dia clamando entre os sepulcros e pelos montes, ferindo-se
com pedras.
Quando uma pessoa está possessa, ela perde o controle de si
mesma. O homem gadareno (Marcos 5) tinha o corpo dominado e usado por demônios,
vv. 1-4; perdera a sensibilidade física (não sentia dor, frio, fome), v. 5, bem
como o controle das faculdades: voz, ação, locomoção, vv. 6-7.
No entanto, depois de libertado por Jesus, foi encontrado
assentado, vestido e em perfeito juízo. Outros casos de possessão demoníaca
podem ser vistos em Mc 9: 17-27; Mt 9: 32, 33; 12: 22. Alguns deles estão
ligados a enfermidades.
b) Opressão e
possessão podem atingir o crente?
Quanto à opressão, o crente deve estar atento, pois o
inimigo vai persegui-lo a cada dia, a cada esquina, a cada passo, para tentar
derrubá-lo ou desviar de seu propósito de busca de santidade e da consequente
comunhão com o Senhor. Ele anda ao derredor. Apenas ao derredor.
Quanto à possessão,
Ef. 1: 13 diz que o verdadeiro crente é selado com o Espírito Santo e a Palavra
também ensina que luz e trevas não têm como coexistir, Jo 8:12; 1:5; 12:46. O
crente tem um só Senhor vivendo em seu coração e dirigindo sua vida. Assim, onde
a luz entrou, as trevas desapareceram. Quando o Espírito Santo entra na vida do
cristão, transforma seu caráter e seu estado anterior de trevas,
substituindo-os pela luz. Neste caso, a presença do Espírito Santo no crente,
afasta a possibilidade de que as trevas tornem a dominar sua vida material e
espiritual, At 26:18.
Na verdade, nossa
batalha contra falhas pessoais e aberturas de brechas para que o inimigo possa
atirar uma seta deve ser constante. Que nossas atitudes e as palavras que
proferimos venham a se constituir em bênção a todos, Ef 4: 29; que confessemos
a vitória, Fp 4: 3; que vigiemos e oremos em todo tempo, Mc 14: 38; Lc 22: 40. Maior é o que está em nós. Deus nos chamou para abençoar a
todos indistintamente. Abençoar é declarar o bem das pessoas, crendo que Deus
endossará as nossas palavras. Abençoar é clamar a Deus em nosso benefício ou de
alguém, Nm 22: 6.
III - A VITÓRIA EM CRISTO, Fp 3: 12-14
Cristo libertou-nos para que pudéssemos apresentar a Deus,
voluntariamente, nossa adoração, reverência, fé, amor e esperança. Jesus nos
devolveu a alegria de uma comunhão sincera com Deus. Nosso espírito está livre.
Nossa alma, outrora escravizada pelo inimigo, estava oprimida, desfalecida. Contudo, agora,
liberta por Deus, ela libera:
-a força do seu
intelecto. Servimos a Deus com inteligência, Rm 12: 2;
-a força emotiva.
Antes, chorávamos de tristeza; agora choramos de alegria pela presença de
Jesus, Sl 126: 3;
-a força da memória.
Esquecemo-nos do que ficou para trás, prosseguindo para o alvo da nossa
vocação, isto é, do chamado por Deus, Fp 3: 13;
-a força da
consciência, fazendo tudo para agradar a Deus, de livre e espontânea vontade,
1Jo 3: 22;
-a força do seu
raciocínio, meditando e agradecendo a Deus pela grande salvação e libertação
oferecidas por Jesus Cristo, Hb 2: 3.
OS ANJOS, ALIADOS NA LUTA CONTRA O MAL.
Salmo 103: 17-22
Há aproximadamente 300 referências bíblicas sobre anjos. São
criaturas de Deus que ministram a favor dos salvos, Hb 1: 14.
Esses agentes celestiais proporcionam segurança e livramento
aos filhos de Deus.
Precisamos ter
conhecimento bíblico deste assunto porque alguns místicos estão se dedicando a
escrever sobre anjos, espalhando muita heresia e ensinos que não têm nenhum fundamento
na Palavra de Deus.
I - QUEM SÃO OS ANJOS
a) Os anjos são seres espirituais, sobrenaturais, criados
por Deus antes de existir a terra, Jó 38: 4; Sl 148: 2-5 e Cl 1: 16. Deus criou os anjos com livre
arbítrio. Uma parte deles aderiu à rebelião de Satanás, Ez 28: 12-17, Ap 12:
7-9 e Jd. 6. Os anjos que caíram tornaram-se espíritos malignos, chamados na
Bíblia de demônios.
b) Os anjos bons são numerosos, formando exércitos a serviço
de Deus, 1Rs 22: 19, Sl 68: 17, Dn 6: 22; 7: 9-10 e Sl 46: 11. Eles têm uma
hierarquia. A Bíblia fala sobre diferentes classes de anjos, 1Pe 3: 22:
-Serafins. São mencionados na visão de Isaías, quando davam altos louvores à santidade e à glória
do Deus dos Exércitos, Is. 6: 2-7.
-Querubins. Anjos que foram colocados ao oriente do Jardim
do Éden para proteger o caminho da árvore da vida, Gn 3: 24. São os mesmos da
visão de Ez 10: 1-4.
-Arcanjo. Exerce função especial, como que liderando os
próprios anjos, Dn 12: 1. A Bíblia só usa o termo “arcanjo” para se referir a
Miguel (cujo nome significa “quem é como Deus?”), Jd 9; Dn 10: 21 e Ap 12: 7-8.
-Anjos. São os demais seres espirituais. Há várias
referências a eles nas Escrituras, Sl 91: 11; 148: 2; Mt 26: 53; Hb 12: 22; Jd
1: 14.
c) Aparições de anjos. Há muitos relatos na Bíblia sobre
pessoas que viram anjos.
-Às vezes, apareceram em forma humana, Gn 18: 2; 19: 1;
At 1: 10.
- Em outras ocasiões, apareceram revestidos de glória, Dn 10: 5-6; Lc
24: 4.
-Em 2Rs 6: 15-17, os anjos foram vistos em forma de um grande exército,
com carros e cavalos de fogo, em volta do homem de Deus, para livrá-lo do
exército do rei da Assíria.
II - A FUNÇÃO DOS ANJOS
Os anjos executam muitas atividades na terra, cumprindo as
ordens de Deus a nosso favor. A seguir, estudaremos algumas referências
bíblicas sobre o trabalho sobrenatural que estes agentes celestiais realizam:
-tiveram importante participação na entrega da lei a Moisés,
At 7: 38, Gl 3: 19 e Hb 2: 2;
-orientaram José e Maria na fuga para o Egito, Mt 2: 13;
-regozijam-se por um só pecador que se arrepende, Lc. 15:
10;
-observam o comportamento dos cristãos, quando congregados,
1Co 11: 10; Ef 3: 10 e 1Tm 5: 21;
-são portadores de mensagem de Deus ao seu povo, Zc 1: 14-17
e At 10: 1-8;
-são instrutores, trazendo orientações a mandado do Senhor,
Mt 2: 13, 19-20; Zc 1: 9;
-agem por ordem de Deus em respostas às nossas orações, Dn
9: 21-23; At 10: 4;
-confortam os que estão enfrentando problemas, Gn 16: 6-12;
At 27: 23-24.
Assim como os anjos assistiram Jesus na tentação e nos
angustiosos momentos vividos no Getsêmani, Mt 4: 11; Lc 22: 43; Lc 23: 4-6,
eles protegem os que temem ao Senhor, Sl 34: 7, Sl 91: 11 e At 12: 7-10. São
ajudadores: removeram a pedra do sepulcro, afastando um problema que as
mulheres teriam de enfrentar. Compare Mc 16: 3 com Mt 28: 2-5.
III - AGENTES QUE
MINISTRAM A FAVOR DOS FIÉIS
Os anjos são ministros de Deus na luta e defesa a favor dos
que hão de herdar a salvação, Hb 1: 14 e Lc 16: 22. De que maneira convém
proceder para fazer jus a essa presença poderosa?
a) Afaste-se do pecado. A vida de impureza bloqueia a ação
de Deus. O profeta Isaías afirmou que, embora a mão do Senhor não esteja
encolhida, nem o seu ouvido agravado, o pecado separa o homem do Senhor, 59:
1-2. Como agirão os anjos do Senhor a favor de alguém, se este vive na prática
do pecado?
b) Tema ao Senhor e seja fiel. A promessa que existe no
Salmo 34: 7, sobre o livramento que o anjo traz aos salvos, tem uma condição:
temer ao Senhor. Essa foi a experiência dos companheiros de Daniel, Dn 3: 28.
Homens fiéis terão a constante proteção de Deus. Os apóstolos foram libertos da
prisão pelos anjos, At 12: 8-10.
Os mensageiros de Deus podem agir em nossas vidas, como
atuaram na vida de muitos personagens bíblicos. Vamos reivindicar do Senhor, a
cada dia, o cumprimento da Palavra, que diz: “a seus anjos dará ordens a teu
respeito, para te guardarem em todos os
teus caminhos”, Sl 91: 11.
Fonte:
Revista de Estudos Bíblicos Aleluia
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