ESTUDOS NO EVANGELHO DE MATEUS – CAP. 06 e 07
MATEUS 6.1 ATOS DE
JUSTIÇA DIANTE DOS HOMENS. O princípio aqui em evidência tem a ver com o motivo
para o cristão praticar o que é justo. Se o crente, seja leigo ou ministro, faz
o bem para ser admirado pelos homens, ou por motivos egoístas, perderá seu
galardão e louvor da parte de Deus. Em vez disso será desmascarado como
hipócrita, porque, sob o disfarce de glorificar a Deus, o que ele realmente
buscava era glória para si mesmo. O motivo subjacente no coração é um desafio
para muitas das atividades cristãs contemporâneas, inclusive a competição por
grandeza, a -propaganda exagerada do sucesso e o desejo egoísta -de ser o
primeiro ou o melhor (cf. 1 Co 3.13-15; 4.5).
MATEUS 6.6 TU, QUANDO
ORAIS. Todo filho de Deus deve ter um lugar para estar a sós com Deus a fim de
buscá-lo. Sem isto, a oração secreta não terá a duração desejada ou será algo
casual. Jesus tinha seus lugares -secretos para orar (14.23; Mc 1.35; Lc 4.42;
5.16; 6.12). Nós, também, devemos disciplinar nossa vida a fim de mantermos
nossa comunhão com Deus e demonstrar nosso amor por Ele. A oração secreta é
especialmente importante:
(1) de manhã cedo, para dedicarmos a Deus o nosso dia;
(2) no fim da tarde, para render-lhe graças por suas
misericórdias; e
(3) nos momentos em
que o Espírito nos impulsiona a orar. A promessa é que nosso Pai nos
recompensará abertamente com a resposta à nossa oração, com sua presença
íntima, e com honra genuína por toda a eternidade (ver 6.9 ).
MATEUS 6.9 ORAREIS
ASSIM. Com esta oração modelo, Cristo indicou áreas de interesse que devem
constar da oração do cristão. Esta oração contém seis petições: três dizem
respeito à santidade e à vontade de Deus e três dizem respeito às nossas
necessidades pessoais. A brevidade desta oração não significa que devemos ser
breves quando oramos. Às vezes, Cristo orava a noite inteira (Lc 6.12).
MATEUS 6.9
SANTIFICADO SEJA O TEU NOME. O maior empenho em nossas orações e na nossa vida
deve concentrar-se na santificação do nome de Deus. É da máxima importância que
o próprio Deus seja reverenciado, honrado, glorificado e exaltado (cf. Sl
34.3). Em nossas orações e em nosso viver diário, devemos ter o máximo zelo com
a reputação de Deus, da sua igreja, do seu evangelho e do seu reino. Fazer algo
que cause escândalo para o nome e o caráter do Senhor é um pecado horrível que
o expõe à vergonha pública.
MATEUS 6.9 PAI
NOSSO... NOS CÉUS. A oração envolve a adoração ao Pai celestial.
(1) Como Pai, Deus nos ama, cuida de nós e anela comunhão e
intimidade conosco. Em Cristo, temos acesso ao Pai, em todo tempo, para
adorá-lo e expressar-lhe as nossas necessidades (vv. 25-34).
(2) Deus, como nosso Pai, não significa que Ele seja como um
pai terrestre, que tolera o mal nos filhos ou que deixa de discipliná-los
corretamente. Deus é um Pai santo, que se opõe terminantemente ao pecado. Ele
não tolera a iniqüidade, mesmo naqueles que o chamam de Pai. Seu nome deve ser santificado
(v. 9).
(3) Logo, como Pai celeste, Ele pode castigar, tanto quanto
abençoar; reter, tanto quanto dar; agir com justiça e também com misericórdia.
Sua maneira de atender seus filhos depende da nossa fé e obediência para com
Ele.
MATEUS 6.10 VENHA O
TEU REINO. A oração deve ocupar-se com o reino de Deus na terra agora e com seu
pleno cumprimento no futuro.
(1) Devemos orar pela volta de Cristo e pelo estabelecimento
do reino eterno de Deus no novo céu e na nova terra (Ap 21.1; cf. 2 Pe 3.10-12;
Ap 20.11; 22.20).
(2) Devemos orar pela presença e manifestação espiritual do
reino de Deus agora. Isso inclui a operação do poder de Deus entre o seu povo
para destruir as obras de Satanás, curar os enfermos, salvar os perdidos,
promover a justiça e derramar o Espírito Santo sobre seu povo.
MATEUS 6.10 SEJA
FEITA A TUA VONTADE. Orar seja feita a tua vontade significa que anelamos
sinceramente que a vontade e o propósito de Deus sejam cumpridos em nossa vida
e na vida dos nossos familiares, segundo seu plano eterno. Podemos conhecer a
vontade de Deus, primeiramente através da Bíblia, que é a sua vontade revelada,
e através da direção do Espírito Santo em nosso coração (cf. Rm 8.4-14 ;) A
vontade de Deus é cumprida quando oramos para que o reino de Deus e a sua
justiça prevaleçam entre nós (v. 33;)
MATEUS 6.11 O PÃO
NOSSO DE CADA DIA. A oração deve conter petições concernentes às nossas
necessidades diárias (Fp 4.19; ver Lc 11.3).
MATEUS 6.12 PERDOA...
ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS. Na oração devemos tratar dos nossos pecados e também
estar dispostos a perdoar aqueles que nos fizeram mal (vv. 14,15; Hb 9.14; 1 Jo
1.9).
MATEUS 6.13 LIVRA -NOS
DO MAL. Todos os crentes são objeto especial da hostilidade e dos maus
propósitos de Satanás. Por essa razão nunca devemos esquecer de orar para que
Deus nos livre do poderio e das tramas do inimigo (ver Lc 11.26; 18.1; 22.31;
Jo 17.15; 2 Co 2.11;)
MATEUS 6.15 SE,
PORÉM... PERDOARDES AOS HOMENS. Esta declaração de Jesus salienta o fato de que
o crente deve estar pronto e disposto a perdoar as ofensas sofridas da parte
dos outros. Caso ele não perdoe seu ofensor arrependido, Deus não o perdoará e
suas orações não terão resposta. Aqui está um princípio essencial para obtermos
o perdão de Deus (18.35; Mc 11.26; Lc 11.4).
MATEUS 6.16 QUANDO
JEJUARDES. Na Bíblia, jejuar refere-se a abstenção de alimento por motivos
espirituais. Embora o jejum apareça freqüentemente vinculado à oração, ele por
si só deve ser considerado uma prática de proveito espiritual. Na realidade, o
jejum bíblico pode ser chamado de oração sem palavras .
(1) Há três formas principais de jejum, vistas na Bíblia:
(a) Jejum normal a abstenção de todos os alimentos, sólidos
ou líquidos, mas não de água (ver 4.2);
(b) jejum absoluto a abstenção tanto de alimentos como de
água (Et 4.16; At 9.9). Normalmente este tipo de jejum não deve ir além de três
dias, pois a partir daí o organismo se desidrata, o que é muito nocivo à saúde.
Moisés e Elias fizeram jejum absoluto por 40 dias, mas sob condições
sobrenaturais (Dt 9.9,18; Êx 34.28; 1 Rs 19.8);
(c) o jejum parcial uma restrição alimentar, e não uma
abstenção total dos alimentos (Dn 10.3).
(2) O próprio Cristo praticava a disciplina do jejum e
ensinava que a mesma devia fazer parte da vida consagrada do cristão (6.16),
além de ser um ato de preparação para a sua volta (ver 9.15 nota). A igreja do
NT praticava o jejum (At 13.2,3; 14.23; 27.33).
(3) O propósito do jejum com oração:
(a) um ato para Deus,
visando à sua honra (6.16-18; Zc 7.5; Lc 2.37; At 13.2);
(b) o crente humilhar-se diante de Deus (Sl 69.10; Ed 8.21;
Is 58.3), para receber mais graça (1 Pe 5.5) e desfrutar da presença íntima de
Deus (Is 57.15);
(c) expressar pesar por causa de pecados e fracassos
pessoais cometidos (1 Sm 7.6; Ne 9.1,2);
(d) pesar por causa dos pecados da igreja, da nação e do
mundo (1 Sm 7.6, Ne 9.1,2);
(e) buscar graça divina para novas tarefas e reafirmar nossa
consagração a Deus (4.2);
(f) como um meio de buscar a Deus, aproximar-nos dEle e
prevalecer em oração contra as forças espirituais do mal que lutam contra nós
(Ed 8.21,23,31; Jl 2.12; Jz 20.26; At 9.9);
(g) como um meio de libertar almas da escravidão do mal (Is
58.6-9; Mt 17.14-21);
(h) demonstrar arrependimento e assim preparar o caminho
para Deus mudar seus propósitos declarados de julgamento (Jn 3.5,10; 1 Rs
21.27-29; 2 Sm 12.16,22; Jl 2.12-14 );
(i) obter revelação, sabedoria e entendimento no tocante à
vontade de Deus (Dn 9.3,21,22; Is 58.6,11; At 13.2,3); e
(j) abrir caminho para o derramamento do Espírito e para a
volta de Cristo à terra para buscar o seu povo (ver 9.15).
MATEUS 6.24 AS
RIQUEZAS. No original é mamom, um termo aramaico significando dinheiro ou
outros bens terrenos valiosos. Jesus deixou bem claro que uma pessoa não pode
ao mesmo tempo servir a Deus e às riquezas.
(1) Servir à riqueza é dar-lhe um valor tão alto que:
(a) colocamos nela nossa confiança e fé; (b) esperamos da
parte dela nossa segurança máxima e felicidade; (c) confiamos que ela garantirá
o nosso futuro; e
(d) a buscamos mais do que o reino de Deus e sua justiça.
(2) Acumular riquezas é um trabalho tão envolvente, que logo
passa a controlar a mente e a vida da pessoa, até que a glória de Deus deixa de
ter a primazia em nosso ser (Lc 16.13;)
MATEUS 6.25 NÃO
ANDEIS CUIDADOSOS. Jesus não está dizendo que é errado o cristão tomar
providências para suprir suas futuras necessidades materiais (cf. 2 Co 12.14; 1
Tm 5.8). O que Ele realmente reprova aqui é a ansiedade ou a preocupação
angustiosa da pessoa, revelando sua falta de fé no cuidado e no amor paternais
de Deus (Ez 34.12; 1 Pe 5.7,).
MATEUS 6.30 SE DEUS
ASSIM VESTE A ERVA. As palavras deste versículo contêm a promessa de Deus a
todos os seus filhos nesta era de aflições e incertezas. Deus prometeu tomar as
providências para nosso alimento, vestuário e demais necessidades. Não precisamos
preocupar-nos nesse sentido, mas fazer a nossa parte, viver para Deus e
deixá-lo reinar em nossa vida (v. 33), certos de que assumirá a plena
responsabilidade por uma vida totalmente entregue a Ele (1 Pe 5.7; Fp 4.6;).
MATEUS 6.33 BUSCAI
PRIMEIRO O REINO DE DEUS E A SUA JUSTIÇA. Aqueles que seguem a Cristo são
conclamados a buscar acima de tudo o mais, o reino de Deus e a sua justiça. O
verbo buscar subentende estar continuamente ocupado na busca de alguma coisa,
ou fazendo um esforço vigoroso e diligente para obter algo (cf. 13.45). Cristo
menciona dois objetos da nossa busca:
(1) O Reino de Deus devemos buscar diligentemente a
demonstração da soberania e do poder de Deus em nossa vida e em nossas
reuniões. Devemos orar para que o reino de Deus se manifeste no grandioso poder
do Espírito Santo para salvar pecadores, para destruir a influência demoníaca,
para curar os enfermos e para engrandecer o nome do Senhor Jesus(ver).
(2) Sua justiça com a ajuda do Espírito Santo, devemos
procurar obedecer aos mandamentos de Cristo, ter a sua justiça, permanecer
separados do mundo e demonstrar o seu amor para com todos (cf. Fp 2.12,13).
MATEUS 7.1 NÃO
JULGUEIS. Jesus condena o hábito de criticar os outros, sendo nós mesmos
faltosos. O crente deve primeiramente submeter-se ao justo padrão de Deus,
antes de pensar em examinar e influenciar a conduta de outros cristãos (vv.
3-5.
(1) Cristo não está aqui abolindo a necessidade do exercício
do discernimento e de fazermos avaliação dos pecados dos outros. O crente é ordenado
a identificar falsos ministros dentro da igreja (v. 15) e avaliar o caráter de
certas pessoas (v. 6; cf. Jo 7.24; 1 Co 5.12; ver Gl 1.9; 1 Tm 4.1; 1 Jo 4.1).
(2) Mt 7.1 não deve servir de desculpa para a omissão do exercício da disciplina
eclesiástica (ver 18.15).
MATEUS 7.7,8 PEDIR,
BUSCAR, BATER. Jesus estimulava a perseverança na oração. Os tempos dos verbos
gregos do versículo 8 indicam continuidade. Devemos continuar a pedir, a buscar
e a bater. Pedir, fala da consciente necessidade e da confiança que Deus ouve
nossa oração. Buscar, fala de fervente petição associada a submissão à vontade
de Deus. Bater, fala da perseverança em buscar a Deus quando Ele não responde
imediatamente. A garantia de Cristo de que o suplicante receberá o que pede
baseia-se em:
(1) buscar em primeiro lugar o reino de Deus (ver Mt 6.33);
(2) a bondade e amor paternais de Deus (6.8; 7.11; Jo 15.16;
16.23,24,26; Cl 1.12);
(3) orar de conformidade com a vontade de Deus (1 Jo 5.14;
3.22; Mc 11.24);
(4) cultivar a comunhão com Cristo (Jo 15.7); e
(5) obedecer a Cristo (1 Jo 3.22)
MATEUS 7.11 VOSSO
PAI... DARÁ BENS. Cristo promete que o Pai celestial não decepcionará seus
filhos. Ele nos ama com um amor maior do que aquele de um bom pai terrestre e
quer que lhe peçamos tudo quanto necessitamos, pois Ele promete dar-nos o que é
bom para nós. Ele deseja prover solução para nossos problemas e pão para nossas
necessidades diárias. E, mais do que tudo, Ele nos dará o Espírito Santo para
estar conosco, como nosso Conselheiro e Ajudador (Lc 11.13; Jo 14.16-18).
MATEUS 7.14 ESTREITA
É A PORTA... E POUCOS OS QUE A ENCONTREM. Cristo ensinou que não devemos
esperar que a maioria o siga pelo caminho que leva à vida.
(1) São poucos os que querem entrar pela porta humilde do
verdadeiro arrependimento e, em seguida, negar-se a si mesmo para seguir a
Jesus, esforçar-se sinceramente para obedecer aos seus mandamentos, buscar zelosamente
o seu reino e a sua justiça e perseverar até o fim com verdadeira fé, pureza e
amor.
(2) Jesus, no Sermão do Monte, descreve as grandes bênçãos que
pertencem aos discípulos do seu reino (5.3-12), mas Ele também ressalta que
esses discípulos não escaparão à perseguição (5.10-12). Além disso,
contrastando com alguns evangelistas que pregam que ser salvo é uma das coisas
mais fáceis neste mundo, Jesus ensinava que segui-lo importa em sérias
obrigações no tocante à justiça, à aceitação da perseguição, ao amor aos
inimigos e à renúncia pessoal.
MATEUS 7.16 POR SEUS
FRUTOS OS CONHECEREIS. Os falsos mestres exteriormente parecem justos, mas
interiormente são lobos devoradores (v. 15). Eles devem ser identificados pelos
seus frutos . Os frutos dos falsos mestres consistem, principalmente, no
caráter dos seus seguidores (1 Jo 4.5,6). O falso mestre produzirá discípulos
que manifestarão as seguintes características:
(1) serão cristãos professos, cuja lealdade é dedicada mais
a indivíduos do que à Palavra de Deus (v. 21). Honram e servem a criatura mais
do que ao seu Criador (cf. Rm 1.25).
(2) Serão seguidores que se ocupam mais com seus próprios
desejos do que com a glória e a honra de Deus. Sua doutrina será mais
antropocêntrica do que teocêntrica (vv. 21-23; ver 2 Tm 4.3).
(3) Serão discípulos que aceitam doutrinas e tradições dos
homens, mesmo que isso contradiga a Palavra de Deus (vv. 24-27; 1 Jo 4.6).
(4) Serão seguidores que buscam mais as experiências
religiosas e as manifestações sobrenaturais do que a Palavra de Deus e seus
padrões de justiça. A sua experiência religiosa ou manifestações espirituais
são a sua autoridade final quanto a autenticidade da verdade (vv. 22,23), e não
todo o conselho da Palavra de Deus.
(5) Serão seguidores
que não suportarão a sã doutrina, mas procurarão mestres que lhes ofereçam a
salvação, em conjunto com o caminho largo da injustiça (vv. 13,14, 23; ver 2 Tm
4.3).
MATEUS 7.21 AQUELE
QUE FAZ A VONTADE DE MEU PAI. Jesus ensinava enfaticamente que cumprir a
vontade do seu Pai celestial é uma condição prévia essencial para a entrada no
reino dos céus (cf. vv. 22-25; 19.16-26; 25.31-46). Isto, no entanto, não
significa que a pessoa pode ganhar ou merecer a salvação mediante seus próprios
esforços ou obras. Isto é verdadeiro pelas seguintes razões:
(1) O perdão divino o homem obtém mediante a fé e o
arrependimento, concedidos pela graça de Deus e a morte vicária de Cristo por
nós (ver 26.28 ; Lc 15.11-32; 18.9-14).
(2) A obediência à vontade de Deus, requerida por Cristo, é
uma condição básica conducente à salvação, mas Cristo também declara ser ela
uma dádiva ligada à salvação dentro do reino. Embora seja a salvação uma dádiva
de Deus, o crente deve buscá-la continuamente; recebê-la e evidenciá-la
mediante uma fé sincera e decidido esforço. Esse fato é visto na Oração
Dominical (6. 9-13) e nas muitas exortações para que o crente mortifique o
pecado e se apresente a Deus como sacrifício vivo (cf. Rm 6. 1-23; 8. 1-17; 12.1,2;
ver 5.6,).
(3) O crente pode
fazer a vontade de Deus e viver uma vida justa em virtude dessa dádiva, i.e., a
graça e o poder de Deus e a vida espiritual que lhe são comunicados continuamente
mediante Cristo. As Escrituras declaram: Pela graça sois salvos, por meio da
fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus... Porque somos feitura sua (Ef
2.8-10).
(4) Deus sempre torna possível a prática da obediência que
Ele requer de nós. Isto é atribuído à ação redentora de Deus. Porque Deus é o
que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade (ver
Fp 2.13).
(5) Todavia, o dom da graça de Deus não anula a responsabilidade
nem a ação humanas. O crente deve corresponder positivamente ao dom divino da
obediência (ver Fp 2.12 nota; Jd 20,21,24; Ef 4.22-32), todavia ele é livre
para rejeitar a graça de Deus, para recusar aproximar-se de Deus por meio de
Cristo (ver Hb 7.25), e para recusar orar por uma vida de obediência e viver
essa vida (ver Mt 5.6)
MATEUS 7.22 MUITOS ME
DIRÃO NAQUELE DIA. Nos versículos 22,23, Jesus declara enfaticamente que muitos
que profetizam, pregam ou realizam- milagres em seu nome estão enganados,
pensando que são servos de Deus quando, na realidade, Ele não os conhece. Para
não ser enganado nos últimos dias, o dirigente de igreja, ou qualquer outro
discípulo, deve apegar-se totalmente à verdade e à justiça reveladas na Palavra
de Deus (ver Ap 22.19), e não considerar o sucesso ministerial como padrão de
avaliação no seu relacionamento com Cristo.
MATEUS 7.23 NUNCA VOS
CONHECI. Estas palavras de Cristo deixam plenamente claro que uma pessoa pode
pregar o evangelho em nome de Cristo, expulsar demônios e operar milagres, sem
essa pessoa ter genuína fé salvífica em Cristo.
(1) As Escrituras nos ensinam que a pregação evangélica
eloqüente, um manifesto zelo pela justiça e a operação de milagres podem ter
lugar nesta era mediante a influência e o poder de Satanás. Paulo nos adverte
que o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz . Não é muito, pois, que os
seus ministros se transfigurem em ministros da justiça (2 Co 11.14,15; cf. Mt
24.24). Paulo torna claro que a simulação de uma unção poderosa pode ser
operação de Satanás (ver 2 Ts 2.9,10; Ap 13.3,12).
(2) Muitas vezes, Deus aniquila a atividade de Satanás nos
falsos pregadores, a fim de salvar ou curar aqueles que, sinceramente, recebem
a Palavra de Deus (ver Fp 1.15-18). Deus sempre deseja que aqueles que
proclamam o evangelho sejam justos (ver 1 Tm 3.1-7); porém quando uma pessoa má
ou imoral prega a Palavra de Deus, ainda assim Ele pode operar no coração
daqueles que recebem a sua Palavra e entregam-se a Cristo. Deus não aprova
nenhum falso pregador do evangelho, mas Ele certamente confirmará a verdade
bíblica, e aqueles que a aceitam pela fé
FONTE DE PESQUISA:
BIBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL.
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