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sábado, 24 de novembro de 2012

ESTUDOS NO EVANGELHO DE MATEUS - CAP. 05


ESTUDOS EM  MATEUS  CAPITULOS  05

MATEUS  5.1 O SERMÃO DO MONTE.
(1)  Nos capítulos 5 7, temos o que é comumente chamado de o Sermão do Monte.
(2) Contém a revelação dos princípios divinos da justiça, segundo os quais todos os cristãos devem viver pela fé no Filho de Deus (Gl 2.20),
(3) e mediante o poder do Espírito que neles habita (cf. Rm 8.2-14; Gl 5.16-25).
(4) Todos nós, que pertencemos ao reino de Deus, devemos ter uma intensa fome e sede da justiça de que trata este sermão de Cristo (ver 5.6).

MATEUS  5.3 BEM-AVENTURADOS OS POBRES DE ESPÍRITO.
(1) A palavra bem-aventurados refere-se ao estado abençoado daqueles que, por seu relacionamento com Cristo e a sua Palavra, receberam de Deus o amor, o cuidado, a salvação e sua presença diária (ver 14.19; Lc 24.50).
(2) Há certas condições necessárias para recebermos as bênçãos do reino de Deus. Para recebê-las, devemos viver segundo os padrões revelados por Deus nas Escrituras, e nunca pelos do mundo.
(3) A primeira destas condições é ser pobre de espírito , o que significa reconhecermos que não temos qualquer auto-suficiência espiritual; que dependemos da vida do Espírito; do poder e graça divinos para podermos herdar o reino de Deus.

MATEUS  5.4 OS QUE CHORAM.
(1) Aqui, chorar é contristar-se profundamente por causa das nossas próprias fraquezas quando nos medimos com o padrão divino de justiça (v. 6; 6.33).

(2) É também sentirmos pesar por aquilo que entristece a Deus. É ter nossos sentimentos em sintonia com os sentimentos de Deus.
(3) É sentir aflição em nosso espírito por causa do pecado, da imoralidade e da crueldade prevalecentes no mundo (ver Lc 19.41 nota; At 20.19; 2 Pe 2.8).

MATEUS  5.5 OS MANSOS.
(1) Os mansos são os humildes e submissos diante de Deus. Acham nEle o seu refúgio e lhe consagram todo o seu ser.
(2) Preocupam-se mais com a obra de Deus e o povo de Deus do que com aquilo que lhes possa acontecer pessoalmente (cf. Sl 37.11).
(3) Os mansos, e não os violentos, herdarão por fim a terra.

MATEUS  5.6 FOME E SEDE DE JUSTIÇA.
Este é um dos versículos mais importantes do Sermão do Monte.
(1) A condição fundamental para uma vida santa em todos os aspectos é ter fome e sede de justiça (cf. 6.33).

Tal fome é vista em:
(a)  Moisés (Êx 33.13, 18),
(b) em Davi (Sl 42.1,2; 63.1,2) e
(c) no apóstolo Paulo (Fp 3.8-10).

O estado espiritual do cristão durante toda sua vida dependerá:  
(a) da sua fome e sede da presença de Deus (Dt 4.29),
(b) da Palavra de Deus (Sl 119),
(c ) da comunhão com Cristo (Fp 3.8-10),
(d) da justiça (5.6) e
(e)  da volta do Senhor (2 Tm 4.8).

 (2) A fome que o cristão tem das coisas de Deus pode ser destruída:
(a)  pelas preocupações deste mundo, pelo engano das riquezas (13.22),
(b) pela ambição pelas coisas materiais (Mc 4.19),
(c ) pelos prazeres do mundo (Lc 8.14) e
(e) por deixar de permanecer em Cristo (ver Jo 15.4).
(3) Quando a fome de Deus cessa no crente, este morre espiritualmente (ver Rm 5.21).
(4) É então indispensável que sejamos sensíveis ao Espírito Santo ao convencer-nos do pecado (ver Jo 16.8-13; Rm 8.5-16). Aqueles que sinceramente têm fome e sede de justiça serão fartos

MATEUS  5.7 OS MISERICORDIOSOS.
(1) Os misericordiosos estão cheios de compaixão e dó para com os que sofrem por causa do pecado ou de aflições.
(2) Os misericordiosos desejam minorar os sofrimentos, conduzindo os sofredores à graça de Deus por meio de Jesus Cristo (cf. 18.33-35; Lc 10.30-37; Hb 2.17).
(3) Sendo misericordiosos para com os outros, eles alcançarão misericórdia .

MATEUS  5.8 OS LIMPOS DE CORAÇÃO.
Os limpos de coração são os que foram libertos do poder do pecado mediante a graça de Deus, e que agora se esforçam sem dolo para agradar e glorificar a Deus e serem parecidos com Ele. (1) Procuram ter a mesma atitude interior que Deus tem amor à justiça e ódio ao mal (ver Hb 1.9). Seu coração (que inclui a mente, a vontade e as emoções) está em harmonia com o coração de Deus (1 Sm 13.14; Mt 22.37; 1 Tm 1.5;).
(2) Somente os limpos de coração verão a Deus . Ver a Deus significa ser seu filho e habitar na sua presença, tanto agora como no seu reino futuro (Êx 33.11; Ap 21.7; 22.4)

5.9 OS PACIFICADORES.
(1) Os pacificadores são aqueles que se reconciliaram com Deus. Têm paz com Ele mediante a cruz (Rm 5.1; Ef 2.14-16).
(2) E agora se esforçam, mediante seu testemunho e sua vida, para levarem outras pessoas, inclusive seus inimigos, à paz com Deus.

MATEUS  5.10 PERSEGUIDOS POR CAUSA DA JUSTIÇA.
Todos que procuram viver de acordo com a Palavra de Deus, por amor à justiça sofrerão perseguição.
(1) Aqueles que conservam os padrões divinos da verdade, da justiça e da pureza e que, ao mesmo tempo, se recusam a transigir com a presente sociedade pecaminosa e com o modo de vida dos crentes mornos (Ap 2; 3.1-4,14-22) sofrerão impopularidade, rejeição e críticas.
(a) O mundo lhes moverá perseguição e oposição (10.22; 24.9; Jo 15.19) e,
(b) às vezes, da parte de membros da igreja professa (At 20.28-31; 2 Co 11.3-15; 2 Tm 1.15; 3.8-14; 4.16).
(c) Ao experimentar tal sofrimento, o cristão deve regozijar-se (5.12), porque Deus outorga a maior bênção àqueles que sofrem mais (2 Co 1.5; 2 Tm 2.12; 1 Pe 1.7; 4.13).

(2) O cristão deve precaver-se da tentação de transigir quanto à vontade de Deus, a fim de evitar a vergonha, a ridicularização, o constrangimento, ou algum prejuízo (10.33; Mc 8.38; Lc 9.26; 2 Tm 2.12).
(a) Os princípios do reino de Deus nunca mudam: Todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições (2 Tm 3.12).
(b) A promessa aos que enfrentam e suportam perseguições por causa da justiça é que dos tais é o reino dos céus.

MATEUS  5.13 SAL DA TERRA.
Os cristãos são o sal da terra . Dois dos valores do sal são: o sabor e o poder de preservar da corrupção. O cristão e a igreja, portanto, devem ser exemplos para o mundo e, ao mesmo tempo, militarem contra o mal e a corrupção na sociedade.
(1) As igrejas mornas apagam o poder do Espírito Santo e deixam de resistir ao espírito predominante no mundo. Elas serão lançadas fora por Deus (ver Ap 3.16).
 (2) Tais igrejas serão destruídas, pisoteadas pelos homens (v.13); i.e., os mornos serão destruídos pelos maus costumes e pelos baixos valores da sociedade ímpia (cf. Dt 28.13,43,48; Jz 2.20-22).

MATEUS  5.17 NÃO... VIM DESTRUIR A LEI... MAS CUMPRIR. O propósito de Cristo é que as exigências espirituais da lei de Deus se cumpram na vida dos seus seguidores (Rm 3.31; 8.4). O relacionamento entre o crente e a lei de Deus envolve os seguintes aspectos:
(1) A lei que o crente é obrigado a cumprir consiste nos princípios éticos e morais do AT (7.12; 22.36-40; Rm 3.31; Gl 5.14;); bem como nos ensinamentos de Cristo e dos apóstolos (28.20; 1 Co 7.19; Gl 6.2). Essas leis revelam a natureza e a vontade de Deus para todos e continuam hoje em vigor. As leis do AT destinadas diretamente à nação de Israel, tais como as leis sacrificiais, cerimoniais, sociais ou cívicas, já não são obrigatórias (Hb 10.1-4; e.g., Lv 1.2,3; 24.10).
(2) O crente não deve considerar a lei como sistema de mandamentos legais através do qual se pode obter mérito para o perdão e a salvação (Gl 2.16,19). Pelo contrário, a lei deve ser vista como um código moral para aqueles que já estão num relacionamento salvífico com Deus e que, por meio da sua obediência à lei, expressam a vida de Cristo dentro de si mesmos (Rm 6.15-22).
(3) A fé em Cristo é o ponto de partida para o cumprimento da lei. Mediante a fé nEle, Deus torna-se nosso Pai (cf. Jo 1.12). Por isso, a obediência que prestamos como crentes não provém somente do nosso relacionamento com Deus como legislador soberano, mas também do relacionamento de filhos para com o Pai (Gl 4.6).
(4) Mediante a fé em Cristo, o crente, pela graça de Deus (Rm 5.21) e pelo Espírito Santo que nele habita (Gl 3.5,14; Rm 8.13), recebe o impulso interior e o poder para cumprir a lei de Deus (Rm 16.25,26; Hb 10.16). Nós a cumprimos, ao andarmos segundo o Espírito (Rm 8.4-14). O Espírito nos ajuda a mortificar as ações pecaminosas do corpo e a cumprir a vontade de Deus (Rm 8.13; ver Mt 7.21). Por isso, a conformidade externa com a lei de Deus deve ser acompanhada pela transformação interior do nosso coração e espírito (cf. vv. 21-28).
(5) Os crentes, tendo sido libertos do poder do pecado, e sendo agora servos de Deus (Rm 6.18-22), seguem o princípio da fé , pois estão debaixo da lei de Cristo (1 Co 9.21). Ao fazermos assim, cumprimos a lei de Cristo (Gl 6.2) e em nós mesmos somos fiéis à exigência da lei (ver Rm 7.4; 8.4; Gl 3.19 nota; 5.16-25).
(6) Jesus ensinava enfaticamente que cumprir a vontade do seu Pai celeste é uma condição permanente para a entrada no reino dos céus (ver 7.21)

MATEUS  5.19 GRANDE NO REINO.
A posição do crente no reino dos céus dependerá da sua atitude aqui, para com a lei de Deus e da sua prática e ensino. A medida da nossa fidelidade a Deus, aqui, determinará a medida da nossa grandeza no céu.

MATEUS  5.20 SE A VOSSA JUSTIÇA.
(1) A justiça dos escribas e dos fariseus era exclusivamente exterior. Eles observavam muitas regras, oravam, cantavam, jejuavam, liam as Escrituras e freqüentavam os cultos nas sinagogas.
(2) No entanto, substituíam as atitudes interiores corretas pelas aparências externas. Jesus declara aqui que a justiça que Deus requer do crente vai além disso.
(3) O coração e o espírito, e não somente os atos externos, devem conformar-se com a vontade de Deus, na fé e no amor (ver Mc 7.6,).

MATEUS  5.22 SE ENCOLERIZAR... RACA... LOUCO.
(1) Jesus não se refere à ira justa contra os ímpios e iníquos (cf. Jo 2.13-17);
(2) Ele condena o ódio vingativo, que deseja, de modo injusto, a morte doutra pessoa. Raca é um termo de desprezo que provavelmente significa tolo , estúpido .
(3) Chamar alguém de louco , com ira e desprezo, pode indicar um tipo de atitude de coração, conducente ao perigo do fogo do inferno .

5.28 ATENTAR NUMA MULHER PARA A COBIÇAR.
Trata-se de cobiça carnal, ou concupiscência (gr. epithumia). O que Cristo condena aqui não é o pensamento repentino que Satanás pode colocar na mente de uma pessoa, nem um desejo impróprio que surge de repente. Trata-se, pelo contrário, de um pensamento ou desejo errado, aprovado pela nossa vontade. É um desejo imoral que a pessoa procurará realizar, caso surja a oportunidade. O desejo íntimo de prazer sexual ilícito, imaginado e não resistido, é pecado.
 (1) O cristão deve tomar muito cuidado para não admirar cenas imorais como as de filmes e da literatura pornográfica (cf. 2 Tm 2.22; Tt 2.12; Tg 1.14; 1 Pe 2.11; 2 Pe 3.3; 1 Jo 2.15,16; 1 Co 6.18; Gl 5.19, 21; Cl 3.5; Ef 5.5; Hb 13.4).
(2) Quanto a manter a pureza sexual, a mulher, igualmente como o homem, tem responsabilidade.
(3) A mulher cristã deve tomar cuidado para não se vestir de modo a atrair a atenção para o seu corpo e deste modo originar tentação no homem e instigar a concupiscência.
(4) Vestir-se com imodéstia é pecado (1 Tm 2.9; 1 Pe 3.2,3)

MATEUS  5.39 NÃO RESISTAIS AO MAL.
(1) Jesus não está falando contra a administração da correta justiça aos malfeitores (cf. Rm 13.1-4).
(2)  Os versículos que se seguem (vv. 43-48) indicam que Ele se refere ao caso de amarmos os nossos inimigos (v. 44; Lc 6.27).
(3) Não devemos reagir com espírito de ódio contra o mal praticado contra nós, mas de maneira que demonstre que possuímos valores centrados em Cristo e no seu reino. Nosso tratamento para com aqueles que nos fazem mal deve ser de tal modo que os leve a aceitar Cristo como seu Salvador (como exemplos desse espírito, compare Gn 13.1-13 com Gn 14.14, e Gn 50.19-21 com Gn 37.18-28; ver também 1 Sm 24,26; Lc 23.34; At 7.60).

FONTE DE PESQUISA:
BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL

2 comentários:

  1. penso que ""pobres de espírito" a que Jesus se referia são as pessoas simples. Sem arrogância. Aquelas que vivem de maneira normal simples e humana. Não concordo que Deus tenha "estabelecido" nenhuma condição para abençoar a seus filhos, com relação ao mundo que Ele criou. Apena espera que busquem- dentro das dificuldades criadas pelo livre arbítrio de todos, a convivência sem violências, nada mais.

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  2. A unica condição que afasta o homem das benção de Deus é o pecado. Em deuteronômio cap. 28 v. 1, já fala das condições para desfrutar das bençãos do Senhor. Deus ama o pecador mas aborrece o pecado.

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