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quinta-feira, 7 de junho de 2012

VÁRIAS MEDITAÇÕES PARA A VIDA.

SEDE DE DEUS

Ó Deus, Tu és o meu Deus forte; eu Te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de Ti, meu corpo Te almeja, como terra árida, exausta, sem água. Sal. 63:1.

Este salmo foi escrito por Davi, enquanto atravessava o deserto de Judá, perseguido por seu próprio filho Absalão e traído por Aitofel, um dos seus conselheiros mais próximos.
O salmista estava ferido e triste. Mas, em meio à tristeza, ele faz uma declaração extraordinária de fé: “Ó Deus, Tu és o meu Deus forte.” A expressão “meu Deus” denota a profunda experiência espiritual de alguém que, em certo momento, largou o braço poderoso de Deus e conheceu as profundezas do pecado. Mas levantou-se e fez de sua comunhão com o Senhor algo pessoal.
Davi não se contentava em saber que existia um Deus. Ele queria que esse Deus fosse seu. Spurgeon dizia: “Podem anjos entoar canção mais doce que esta?” Acredito que não. Não pode haver sentimento mais sublime do que a paz que se apodera do coração de quem fez de Deus o “seu Deus”.
O verso de hoje mostra como o salmista chegou a ter essa experiência. “Eu Te busco ansiosamente.” Na linguagem original, diz: “Eu Te busco de manhã.” É assim que aparece em outras versões da Bíblia. Se juntarmos as duas expressões, teremos encontrado o segredo de Davi: “Buscar a Deus, de manhã, com ansiedade.” Isso não é fácil, porque o ser humano prefere a ação em lugar da devoção.
Quando você sai correndo, de manhã, para cumprir seus deveres diários, sem ter passado tempo com Deus, pode ser que as coisas saiam como planejadas. Mas haverá num cantinho do coração a sensação de que algo está errado. É a inconsciente saudade de Deus, a instintiva necessidade da alma.
Enquanto andava pelo deserto de Judá, o salmista contemplava a terra sem vida, árida, exausta. A falta da água tornava aquele lugar terra de chacais, cobras e escorpiões; terra de morte, ávida por uma gota de água. Aquele quadro deprimente impressionou-lhe o coração, e Ele diz: “A minha alma tem sede de Ti.”
Jesus é a fonte de água que satisfaz a sede do coração. Quem beber dEle, nunca mais sentirá o vazio da alma. Por isso, diga hoje como Davi: “Ó Deus, Tu és o meu Deus forte; eu Te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de Ti.”

 PAZ NA TEMPESTADE
Ouve-se a voz do Senhor sobre as águas; troveja o Deus da glória; o Senhor está sobre as muitas águas. Sal. 29:3.



O Salmo 29, de onde tiramos o texto de hoje, era usado especificamente na Festa dos Tabernáculos que acontecia no mês de Tisri ou outubro, mais precisamente nos primeiros oito dias da festa. A Festa dos Tabernáculos era o período em que os israelitas acampavam em tendas feitas de maneira tosca, a fim de lembrar a experiência de seus antepassados quando Deus os tirou do Egito. Um dos grandes perigos dessa festa eram as tempestades que podiam chegar. Outubro era um mês de fortes chuvas. Por isso, esse salmo tem como título: “A voz do Senhor na tempestade.” A expressão “a voz do Senhor” é repetida sete vezes, e em cada uma faz-se referência a uma situação calamitosa como árvores sendo arrancadas, trovões, terremotos etc.
Quando conheci Shawn, ele vivia uma tempestade parecida. A esposa havia ido embora de casa e levara com ela as duas filhas do casal. Com indignação na voz, ele se perguntava: Por quê? Tinha perdido a vontade de viver. Sentia que havia chegado ao fim da linha.
Todos enfrentamos tempestades. Casais diante de um possível divórcio, filhos que não se entendem com os pais, colapsos financeiros, sociedades desfeitas; dívidas, depressão, enfermidades. Tempestades que, de alguma maneira, se abatem sobre os filhos de Deus, gerando medo, desânimo e desespero. O que fazer?
Só existe uma saída: ouça a voz do Senhor! Isso mesmo, ouça a voz do Senhor no meio da tempestade. Ele está com você. Se a vida tem tempestades, você tem um Deus que não vai permitir que seu barquinho afunde. O profeta Isaías ilustra isso ao dizer que, mesmo que você passe pelos rios, eles não o submergirão e o fogo não queimará e nem a chama arderá em você!
Pode ser que a meteorologia da sua vida esteja prevendo forte tempestade para hoje. Não saia de casa sem antes ouvir a voz de Deus. Essa é a única garantia que você tem de ter paz em meio à tormenta. Enfrente o dia com coragem e com a certeza da vitória, porque “ouve-se a voz do Senhor sobre as águas; troveja o Deus da glória; o Senhor está sobre as muitas águas” e, principalmente, está com você hoje.

 LEVA-ME PARA A ROCHA
Desde os confins da Terra clamo por Ti, no abatimento do meu coração. Leva-me para a rocha que é alta demais para mim. Sal. 61:2.

Há momentos em que o ser humano sente-se longe de Deus. A vida espiritual pode estar bem. Não existe motivo aparente para sentir-se derrotado, mas a sensação de um Deus distante perturba a alma. Isso é fruto da natureza pecaminosa que o ser humano carrega, mesmo depois da conversão. Esse tipo de sentimento estará dentro dele até que chegue o dia em que finalmente possa ver cara a cara a Jesus.
O salmo de hoje apresenta uma oração feita de todo o coração. As orações devem ser assim. O formalismo é uma barreira intransponível para aproximar-se de Deus. Você deve dizer a Deus, na sua oração, o que está sentindo e não apenas o que acha que deve dizer.
insignificância. É um cristianismo doente aquele que leva a criatura a sentir-se distante de Deus.
Davi sentia que estava “nos confins” da Terra. Mas a criatura deseja sentir-se perto do Criador e, por isso, suplica: “Leva-me para a rocha que é alta demais para mim.”
Os padrões da vida cristã sempre estarão altos demais para o ser humano. No entanto, é justamente a obediência a esses padrões que garante a felicidade na Terra. Que situação contraditória. O salmista quer chegar perto, mas sente que a rocha é alta demais.
O que fez Deus para vir ao encontro do homem? “O Verbo Se fez carne e habitou entre nós.” João 1:14. Referindo-se ao povo de Israel, Paulo afirma: “E beberam da mesma fonte espiritual; porque bebiam de uma Pedra espiritual que os seguia. E a pedra era Cristo.” I Cor. 10:4.
A palavra “pedra”, no texto original, é petra (rocha) e não lithos (pedra). Jesus é a rocha eterna e não “é alta demais”, no sentido de inatingível. Ele Se fez homem, veio a este mundo para guiar os seus passos e ser o seu refúgio constante.
Antes de sair para a luta da vida, diga hoje no seu coração: “Desde os confins da Terra clamo por Ti, no abatimento do meu coração. Leva-me para a rocha que é alta demais para mim.”

 FONTE DE VIDA
A boca do justo é manancial de vida, mas na boca dos perversos mora a violência. Prov. 10:11.

Falava pouco, e dizia muito. Era o professor preferido. Quase não sorria. Sempre sério e circunspecto, movia-se com lentidão, como se estudasse cada passo que ia dar. Acho que hoje eu sublinharia cada frase dita por ele. Meu professor era uma fonte de sabedoria.
Anos depois o encontrei novamente. Estava doente. Os anos tinham quebrantado o seu corpo, mas não afetaram a sabedoria de suas palavras.
As escrever o devocional de hoje, lembro-me do meu velho professor. A boca do justo é um manancial de vida. O manancial é a fonte das águas. Será inesgotável enquanto recolher as gotas de chuva que molham a terra. Se não chover, o manancial acaba. A abundância de suas águas é conseqüência da chuva que vem de cima; portanto, se o manancial tivesse vida estaria sempre olhando para o céu, consciente de que ele é a origem de suas águas.
Figura simples, mas profunda. Deus é a fonte da verdadeira sabedoria. Se você o procurar todos os dias, a sua vida se tornará fonte inesgotável. Suas palavras serão água para o sedento que agoniza no deserto deste mundo. Você será o oásis onde peregrinos cansados se deterão para receber encorajamento, palavras de ânimo e consolo. Por onde você for, será manancial de refrigério e fortaleza.
Ao longo da vida tenho encontrado pessoas como o meu velho professor. As águas que bebi dessas fontes ajudaram-me a crescer, ensinaram-me a viver, e abriram os meus olhos para horizontes sem-fim. Foram instrumentos de Deus para mostrar-me o caminho.
Beba hoje da fonte inesgotável que é Jesus, receba Suas bênçãos para ser uma bênção por onde for na jornada deste dia. Uma palavra sua, dita na hora certa e da maneira apropriada, pode mudar o rumo de muitas vidas.
O resultado pode não ser visto hoje. Mas, um dia, quem sabe, alguém escreva acerca de você o que eu estou escrevendo do meu velho professor.
Que hoje seja um dia de vitória: “A boca do justo é manancial de vida, mas na boca dos perversos mora a violência.”

  RECONHEÇA-O
Tributai ao Senhor a glória devida ao Seu nome, adorai o Senhor na beleza da santidade. Sal. 29:2.

O louvor é o instrumento divino para ajudar-nos a enfrentar as tormentas da vida. Os salmos nos mostram isso. A vida de Davi era uma vida de perseguição e luta. Quantas vezes, sentiu-se abandonado e se perguntava: “Por que acontece tudo isso comigo?” Se o poeta Victor Hugo vivesse nos dias de Davi, talvez lhe responderia: “O olho do homem enxerga melhor a Deus através das lágrimas.” Quando tudo anda bem, damos por “entendido” que Deus está presente. É preciso passar por dificuldades para ver o Senhor como uma realidade.
No salmo de hoje, Davi louva a Deus pela tormenta. A tempestade, o céu escuro, os relâmpagos e os trovões, em vez de assustá-lo, levam o seu espírito a adorar. Aliás, o salmista achava motivo para adorar a Deus em tudo. No Salmo 8, ele adora por causa da Lua e das estrelas. No Salmo 19, ele adora por causa do firmamento. E aqui, no Salmo 29, porque ouve o barulho ensurdecedor do trovão.
Uma vida vitoriosa precisa ser uma vida de louvor. O louvor é a gratidão pela certeza da existência do Sol, mesmo que seja de noite ou a tormenta pareça dominar as circunstâncias.
No verso de hoje, encontramos dois imperativos: tributai e adorai. Essas palavras se complementam. Uma leva a outra.
Tributar é reconhecer a Deus como tal; e adorar é submeter-se à Sua vontade. Ele é Deus e nós somos criaturas. O salmista, num salmo curto de apenas onze versos, reconhece a Deus como Senhor dezoito vezes, e em sete ocasiões menciona a “voz do Senhor”. Sua adoração não é composta só de palavras carregadas de emoção. É a disposição de obedecer à “voz do Senhor”. E quando você está disposto a obedecer a Deus não tem porque temer diante das tormentas da vida. Jesus é o seu piloto e levará seu barco ao porto seguro.
Quais são os desafios que você tem pela frente hoje? Sente-se pequeno diante das circunstâncias? Reconheça a Deus como seu Deus. Aceite ser guiado por Ele, e você verá, mais cedo do que imagina, o sol brilhando outra vez. E não se esqueça: “Tributai ao Senhor a glória devida ao Seu nome, adorai o Senhor na beleza da santidade.”

 DEPENDER DE DEUS
Presta-nos auxílio na angústia, pois vão é o socorro do homem. Sal. 60:11.

Na parábola do filho pródigo, depois de ter esbanjado tudo, o filho procura ajuda com um fazendeiro rico que o manda cuidar dos porcos. Final triste para um judeu. Os judeus não podiam sequer passar perto de um porco. A lição é que o socorro humano, por melhor que seja, é vão. É como um simples comprimido para a dor de cabeça, quando o problema é um tumor cerebral.
Isso não significa que devamos rejeitar os recursos humanos. Médicos, advogados, arquitetos e enfermeiras são necessários. Tecnologia, remédios e dinheiro são úteis. Mas devem ser vistos como instrumentos de solução e não como a solução em si.
O ser humano se decepciona por depositar sua confiança nas próprias forças e não em Deus. Acontece individual e coletivamente. Aconteceu com Israel. O povo de Israel se esqueceu de Deus nos tempos de bonança. Achava que os bons ventos nunca passariam, que a colheita sempre seria farta e o sol sempre brilharia.
Deus não discute quando a criatura se apodera da vida e vive como se o Criador não existisse. O Senhor observa em silêncio a insensatez humana. A vida se encarrega de ensinar ao ser humano que “vão é o socorro do homem”.
Quando o salmista escreveu este salmo, Israel vivia um momento desses. As coisas não andavam bem. O salmista começa dizendo: “Ó Deus, Tu nos rejeitaste e nos dispersaste; tens estado indignado; oh! Restabelece-nos.”
Deus abandona o ser humano? Nunca! É o homem que abandona a Deus. Depois, sofre, chora e se lamenta. O peso da incerteza toma conta de seu coração. Todos os seus esforços são vãos. Também, pudera. Porventura, não é pó? Não foi tomado dele e a ele voltará? Pode alguém construir um edifício sólido com pó?
O salmista aprendeu essa lição ao ver a tragédia de seu povo. Todos precisamos aprender. Às vezes com lágrimas, com gemidos, sem saber aonde ir nem o que fazer. Mas todos, mais cedo ou mais tarde, precisamos aprender a depender de Deus.
Hoje, antes de sair de casa, diga a Jesus no seu coração: “Senhor, ‘presta-nos auxílio na angústia, pois vão é o socorro do homem’.”

Meditações extraidas do livro:
JANELAS PARA A VIDA.
De: Alejandro Bullón



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