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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

LIÇÃO 07 - TENTAÇÃO - A BATALHA POR NOSSAS ESCOLHAS E ATITUDES



SUBSIDIO COMPLEMENTAR ELABORADO PELO EVANGELISTA NATALINO ALVES DOS ANJOS - MEMBRO DA IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS(MISSÃO) DE COTEGIPE - BAHIA.

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD  - ADULTOS
 1º Trimestre de 2019

Título: Batalha Espiritual — O povo de Deus e a guerra contra as potestades do mal

Comentarista: Esequias Soares

 Lição 7: Tentação — A batalha por nossas escolhas e atitudes

Data: 17 de Fevereiro de 2019

TEXTO ÁUREO
 “Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo ” (1Jo 2.16).


VERDADE PRÁTICA
A tentação no sentido religioso é a atração ou sedução para praticar o mal tendo por recompensa prazeres ou lucros ilícitos.

 LEITURA DIÁRIA
 Segunda — Gn 22.1
A tentação, às vezes, significa teste, provação
Terça — Lc 22.28
A tentação de Jesus foi contínua e não se restringiu à tentação no deserto
Quarta — 1Co 7.5
Satanás procura o ponto fraco do crente para tentá-lo nessa área
Quinta — 1Ts 3.5
Satanás é a principal fonte externa da tentação
Sexta — Hb 4.15
Não é pecado ser tentado, mas, sim, ceder ao pecado
Sábado — Tg 1.14
A tentação tem também a sua fonte interna


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
 Mateus 4.1-11.
1 — Então, foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.

2 — E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome;

3 — E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães.

4 — Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.

5 — Então o diabo o transportou à Cidade Santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo,

6 — e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra.

7 — Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus.

8 — Novamente, o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles.

9 — E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.

10 — Então, disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás.

11 — Então, o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos e o serviram.


HINOS SUGERIDOS
 75, 76 e 77 da Harpa Cristã.


OBJETIVO GERAL
 Mostrar que Jesus venceu a tentação.

 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

 I. Conceituar a tentação;
II. Explicar o processo da tentação de Jesus;
III. Elencar as tentações de Jesus.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Nesta oportunidade trataremos sobre as escolhas e atitudes na jornada da vida espiritual. Neste contexto, aparece o tema da tentação. Em todo tempo somos instados pelo Maligno a negar nossa vida de santidade e ceder para as obras da carne afim de que manchemos as vestes espirituais. Não podemos nos dobrar às falsas promessas do Maligno. Precisamos perseverar na fé em Cristo, buscar a sua preciosa vontade para a nossa vida e honrá-lo até o fim na caminhada cristã. Uma boa aula!

 COMENTÁRIO
 INTRODUÇÃO
Há certo paralelismo entre os quarenta anos da peregrinação de Israel no deserto e os quarenta dias e as quarenta noites em que o Senhor Jesus jejuou no lugar ermo. A diferença é que Israel não passou no teste, e Jesus foi o vitorioso sobre Satanás. Esses dois cenários têm a ver com nossas escolhas e atitudes na jornada de nossa vida espiritual.


 PONTO CENTRAL
Ainda que sejamos tentados, em Jesus, somos vitoriosos.


 I. A TENTAÇÃO
Os termos “tentação” e “tentar” na Bíblia aplicam-se tanto no campo secular como no campo religioso. Vamos analisar o assunto partindo dos significados e sentidos dessas palavras, levando em consideração o contexto das várias passagens bíblicas.

1. A provocação de Refidim. O substantivo “tentação” significa literalmente “teste, provação, instigação”. Na contenda paradigmática de Refidim, no deserto, temos o significado dessa palavra: “E chamou o nome daquele lugar Massá e Meribá, por causa da contenda dos filhos de Israel, e porque tentaram ao SENHOR, dizendo: Está o SENHOR no meio de nós, ou não?” (Êx 17.7). O vocábulo hebraico massá significa “tentação”, e meribá quer dizer “contenda”. Os israelitas estavam testando o próprio Deus. A Septuaginta traduz massá por peirasmós, “tentação”, a mesma palavra usada no Novo Testamento grego. O enfoque do termo aqui é sobre a ideia de instigação ou sedução para o pecado (Mt 6.13; 26.41).

2. A experiência de Massá e Meribá. Ninguém deve testar a Javé, o Deus de Israel, pois o nosso dever é obedecê-lo (Dt 6.16). O que aconteceu nessa contenda teve a reprovação divina, de modo que serviu como um paradigma daquilo que não se deve fazer (Sl 95.8,9). Testar Deus é questionar sua fidelidade no pacto e duvidar de sua autoridade (Sl 78.41,56). Entendemos que tentar o Criador reflete a nossa descrença nEle, e a Bíblia é contra essa prática (Is 7.12; At 15.10).

3. Como um teste. Isso é muito comum no Antigo Testamento (1Rs 10.1). O exemplo clássico é a passagem do sacrifício de Isaque: “E aconteceu, depois destas coisas, que tentou Deus a Abraão” (Gn 22.1). A finalidade disso é revelar ou desenvolver o nosso caráter (Êx 20.20; Jo 6.6). O hebraico aqui para “tentou” é nissá, que tem o sentido de testar, experimentar, usado para pesquisas científicas hoje em Israel. A Septuaginta traduziu por peirazo, de onde vem o substantivo peirasmós, que aparece no Novo Testamento com a mesma ideia de teste: “e puseste à prova os que dizem ser apóstolos e o não são” (Ap 2.2). O Novo Testamento emprega o termo também com ideia de tentativa (At 16.7; 24.6).


SÍNTESE DO TÓPICO (I)
A provocação de Refidim e a experiência de Massá e Meribá, embora esta fosse uma ofensa a Deus, mostram que a tentação é um período de teste em nossa vida.

 SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
 Estude bem as passagens bíblicas que narram a história da provocação de Refidim a fim de contar aos alunos com riquezas de detalhes. Essa história servirá de base para você trabalhar o conceito de “tentação”. É preciso, desde o início da aula, deixar claro que o propósito do encontro desta semana é prevenir as consequências das tentações. Nesse caso, a tentação conforme a provocação de Refidim é de caráter contencioso. Onde a contenda e a confusão são o objeto da tentação. Por certo essa é uma excelente oportunidade de você trabalhar com a classe os princípios de “moderação”, “mansidão” e “domínio próprio”. Uma excelente aula!


II. A TENTAÇÃO DE JESUS
A tentação de Jesus no deserto é o primeiro acontecimento registrado de sua história depois do batismo por João Batista no rio Jordão. Era de se esperar que aquele que veio “para desfazer as obras do diabo” (1Jo 3.8) enfrentasse a reação de Satanás. O Inimigo de nossa alma decide lutar por sua causa. É que a chegada do Salvador alvoroçou todo o reino das trevas.

1. Levado ao deserto (v.1). O deserto é um lugar onde os seres humanos percebem a grandeza de Deus e a fragilidade humana; é um lugar de profundo silêncio para meditação e oração, onde há vastidão de espaço para ouvir a voz de Deus. Foi no deserto que grandes homens de Deus foram preparados para o serviço sagrado, como Moisés (At 7.30-33) e Elias (1Rs 19.4-10). O termo “deserto” nessa passagem não é suficiente para determinar o lugar exato em que Jesus suportou os quarenta dias de jejum e tentações. Mas há concordância entre muitos estudiosos de que se trata de uma parte despovoada da Judeia, onde João Batista iniciou o seu ministério. A tradição posterior indica o monte da Quarentena a oeste de Jericó, onde foi construída na encosta da montanha uma igreja no século VI.

2. Sobre o jejum de Jesus (v.1). Segundo a narrativa de Mateus, Jesus jejuou “quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome”. Só mais dois personagens bíblicos praticaram um jejum tão prolongado de quarenta dias, Moisés e Elias, mas isso aconteceu em situações específicas (Êx 34.28; Dt 9.9,11; 1Rs 19.8). Isso mostra que esse tipo de jejum (quarenta dias e quarenta noites) não é doutrina da Igreja. Lucas afirma que Jesus, “naqueles dias, não comeu coisa alguma, e, terminados eles, teve fome” (Lc 4.2). O verbo grego, nesteuou, “jejuar”, significa literalmente “abster-se de alimento”.

3. Como a tentação aconteceu (v.3a). Está claro que Satanás se apresentou a Jesus de forma visível, mas os detalhes são desconhecidos. Essa tentação foi literal, e isso se evidencia pelos detalhes da própria narrativa. Rejeitamos, pois, a ideia de uma tentação subjetiva, simbólica ou visionária. Com certeza, Jesus mesmo contou essa experiência aos seus discípulos.


 SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Levado ao deserto pelo Espírito Santo, Jesus foi tentado pelo Diabo.


SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO
 É importante termos uma ideia bem clara acerca da depravação total, pois a doutrina nos ajuda a compreender a luta interna no processo da tentação. Por isso, leia o seguinte texto, objetivando ter tal consciência: “A atual condição espiritual da humanidade, considerada à parte da graça de Deus, é adequadamente descrita como tenebrosa e desanimadora. Com certeza, Wesley, em sua doutrina do pecado original, emprega o que só pode ser descrito como ‘superlativos negativos’ para demonstrar o total abismo moral e espiritual em que a humanidade decaiu. Ele comenta: ‘O homem, por natureza, é repleto de todo tipo de maldade? É vazio de todo bem? É totalmente caído? Sua alma está totalmente corrompida?’. Ou, para fazer o teste ao contrário, ‘toda imaginação dos pensamentos de seu coração [é] só má continuamente?’. Admita isso, e até aqui você é um cristão. Negue isso, e você ainda é um pagão” (COLLINS, Kenneth. Teologia de John Wesley: O Amor Santo e a Forma da Graça. RJ: CPAD, 2010, p.97).



CONHEÇA MAIS

Tentador

“[Do lat. tentatorem ] O que induz a práticas que contrariam às leis de Deus. Nas Sagradas Escrituras, é Satanás o tentador por antonomásia. Ou seja: é o agente e o estimulador da tentação”. Leia mais em Dicionário Teológico, CPAD, p.270.


III. A TRÍPLICE TENTAÇÃO
Mateus e Lucas registraram as três últimas investidas de Satanás contra Jesus, e elas foram o ápice dessas tentações. Na verdade, Jesus foi tentado em todos os quarenta dias: “quarenta dias foi tentado pelo diabo” (Lc 4.2). E continuou sendo tentado durante todo o tempo de seu ministério (Lc 22.28; Hb 4.15).

1. A primeira das três últimas tentações (v.3b). O objetivo dessa investida diabólica era incitar Jesus a usar seus poderes em benefício próprio. A declaração pública do próprio Deus a respeito de Jesus, “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3.17), indica que isso era do conhecimento de Satanás. Mas, mesmo assim, ele desafiou Jesus quanto à sua identidade: “Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães”. À semelhança de Eva, esse pecado consistia em satisfazer o apetite físico com algo lhe fora proibido.

2. A segunda tentação (v.5). Aqui, o objetivo de Satanás é induzir o Senhor Jesus a tentar o Pai e persuadi-lo a um ato de vaidade. A “Cidade Santa”, para onde Jesus foi transportado, é Jerusalém (Ne 11.1; Is 52.1). Satanás incita Jesus a jogar-se do pináculo do templo abaixo usando o texto de Salmos 91.11,12. Essa passagem refere-se a alguém que confia em Deus e, por isso mesmo, ao próprio Senhor Jesus. Ter a proteção divina, conforme as promessas desse salmo, é muito diferente de tentar a Deus. A proposta de Satanás era para Jesus testar Deus, algo que as Escrituras proíbem (Êx 17.2-7).

3. A terceira tentação (v.8). Esse último ataque consistia em induzir Jesus a se apoderar do domínio do mundo por meios ilícitos. Como disse um grande comentarista dos Evangelhos: “A concessão era pequena; a oferta, grande”. Teria Satanás o controle do mundo a ponto de oferecê-lo a quem desejasse? Jesus não discutiu sobre essa reivindicação do Diabo. O Novo Testamento mostra que Satanás é “o deus deste século” (2Co 4.4); “o príncipe das potestades do ar” (Ef 2.2); “os príncipes das trevas deste século, […] as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Ef 6.12) e “todo o mundo está no Maligno” (1Jo 5.19). Mas Satanás não tem nada para ninguém; tudo não passa de mera aparência e engano.

4. Respostas de Jesus. O ataque diabólico foi nas áreas mais sensíveis do ser humano: “a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida” (1Jo 2.16). Mesmo com toda a sua habilidade maligna, foi grande e devastadora a derrota de Satanás (v.11). Ele foi vencido pelo poder da Palavra de Deus: “está escrito, está escrito e está escrito”. Jesus citou três passagens do Pentateuco (Dt 6.13,16; 8.3). Assim, o grande conquistador, o Senhor Jesus Cristo, pode simpatizar com os que são tentados, pois Ele mesmo foi tentado de maneira real. Podemos nos consolar porque temos um Protetor no céu que é capaz de se compadecer de nossas fraquezas (Hb 4.15).


 SÍNTESE DO TÓPICO (III)

 Três tentações de Jesus: transformar pedras em pães; jogar-se do pináculo do templo e ser amparado por um anjo e dominar o mundo se adorasse o Diabo.

 SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
 “[…] A presença de Cristo conosco não é apenas como a de um companheiro externo, mas é uma força real e divina, revolucionando nossa natureza e tornando-nos como Ele é. De fato, o propósito final e último de Cristo é que o crente seja reproduzido segundo a sua própria semelhança, por dentro e por fora.

Paulo expressa a mesma coisa no primeiro capítulo de Colossenses, quando diz: ‘Para, perante ele, vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis’ (Cl 1.22). Esta transformação deve ser uma transformação interior. É uma transformação de nossa vida, de nossa natureza segundo a natureza dEle, segundo a semelhança dEle.

Como é maravilhosa a paciência, como é maravilhoso o poder que toma posse da alma e realiza a vontade de Deus — uma transformação absoluta segundo a maravilhosa santidade do caráter de Jesus! Nosso coração fica desconcertado quando pensamos em tal natureza, quando contemplamos tal caráter. Este é o propósito de Deus para você e para mim” (LAKE, John G. Devocional. Série: Clássicos do Movimento Pentecostal. RJ: CPAD, 2003, pp.31-32).


CONCLUSÃO
Diante dos fatos aqui expostos, aprendemos a não subestimar a força e os ardis de Satanás e seus demônios, pois ele ousou tentar o próprio Filho de Deus. Adão foi testado e não passou no teste (Gn 3.11,12). Da mesma forma, Israel foi reprovado logo no limiar de sua história como nação (Dt 9.12). Mas Jesus foi aprovado, glória a Deus! (At 2.22).


PARA REFLETIR
 A respeito de “Tentação — A batalha por nossas escolhas e atitudes”, responda:

Qual o sentido da palavra “tentação” em Massá e Meribá?

O vocábulo hebraico massá significa “tentação”, e meribá quer dizer “contenda”.

Qual a finalidade da tentação como teste?

A finalidade é revelar ou desenvolver o nosso caráter (Êx 20.20; Jo 6.6).


O que evidenciam os detalhes da narrativa da tentação de Jesus no deserto?

A tentação de Jesus no deserto é o primeiro acontecimento registrado de sua história depois do batismo por João Batista no rio Jordão.


Quais os objetivos de Satanás em cada uma das três últimas tentações?

(1) O objetivo dessa investida diabólica era incitar Jesus a usar seus poderes em benefício próprio; (2) O objetivo de Satanás é induzir o Senhor Jesus a tentar o Pai e persuadi-lo a um ato de vaidade; (3) Esse último ataque consistia em induzir Jesus a se apoderar do domínio do mundo por meios ilícitos.


Como o Senhor Jesus derrotou o Diabo?

Ele foi vencido pelo poder da Palavra de Deus: “está escrito, está escrito e está escrito”. Jesus citou três passagens do Pentateuco (Dt 6.13,16; 8.3).



SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO


Tentação — A batalha por nossas escolhas e atitudes

 Para introduzir a lição desta semana é importante o prezado professor, a prezada professora, fazer um preâmbulo, com base em Êxodo 34.28 e Deuteronômio 9.9,11, em que certo paralelismo entre os quarenta anos de peregrinação de Israel e os quarenta dias e noites de tentação de Jesus fique bem claro. Mostre o contraste entre a reprovação da nação de Israel no deserto e a aprovação de Jesus. Esta seria uma boa maneira de introduzir a aula desta semana.



Sobre a tentação
Na Bíblia está presente a ideia de “tentação” como provação. Essa perspectiva o comentarista atinge ao desenvolver o primeiro tópico da lição a partir de “a provocação de Refidim” e “a experiência de Massá e Meribá ”. A “contenda” foi o elemento chave da reprovação de Deus a respeito da nação. Aqui, vemos que as Escrituras revelam a tentação, muitas vezes, como uma provação que Deus permite para testar nossa fé, amadurecermos e estabelecer em nós um senso de obediência que transcende os ritos religiosos. Quando somos aprovados por Deus, depois de passar pela provação, faz todo sentido as palavras do profeta Jeremias: “porei a minha lei no seu interior e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (31.33b).

 Sobre a tentação de Jesus
Neste tópico a palavra “deserto” deve ser destacada. Aqui, podemos lembrar as palavras do profeta Oseias: “eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração”. Sim, o deserto nas Escrituras aparece como um lugar onde Deus fala com o ser humano. O segundo tópico desta lição pode ser desenvolvido na perspectiva de que a tentação hoje pode acontecer num período de solidão, como Jesus estava no deserto, quando foi tentado. Embora sistematicamente tentado, nosso Senhor esteve sempre em comunhão com o Pai.

 Sobre a tríplice tentação
 Por fim, este terceiro tópico especifica as esferas em que a tentação vem sobre a vida do crente: (1) Tentação física, a ideia de obter benefício para satisfazer as próprias necessidades (fome: transformar pedras em pão); (2) Tentação religiosa, a ideia de usar “a experiência religiosa” para a sua própria vaidade (aparecer em público amparado por anjos); (3) Tentação política, a ideia de adquirir poder político para dominar sobre todas as coisas.



SUBSIDIO COMPLEMENTAR

MATEUS  4.1 JESUS FOI TENTADO. A tentação de Jesus por Satanás foi uma tentativa de desviá-lo da perfeita obediência à vontade de Deus. Note que Cristo em cada caso submeteu-se à autoridade da Palavra de Deus, ao invés de submeter-se aos desejos de Satanás (vv. 4,7,10). Que podemos aprender da tentação de Cristo?

(1) Satanás é o nosso maior inimigo. O cristão deve estar consciente de que está numa guerra espiritual contra poderes malignos invisíveis, porém claramente reais (ver Ef 6.11,12).
(2) Sem o devido emprego da Palavra de Deus, o cristão não pode vencer o pecado e a tentação. Como usar a Palavra de Deus para vencer a tentação:
(a) Reconheça que mediante a Palavra o cristão tem poder para resistir a qualquer sedução que Satanás lhe apresente (Jo 15.3,7).
(b) Coloque (i.e., memorize) a Palavra de Deus na sua alma e mente (ver Tg 1.21).
(c) Medite nos versículos memorizados, de dia e de noite (Dt 6.7; Sl 1.2; 119.48).
(d) Repita a passagem memorizada, para si mesmo e para Deus, no momento em que você for tentado (vv. 4,7,10).
(e) Reconheça e obedeça ao impulso do Espírito Santo para obedecer à Palavra de Deus (Rm 8.12-14; Gl 5.18).
(f) Envolva todos estes passos com oração (Ef 6.18). Passagens para memorização em casos de tentação: Tentação em geral (Rm 6 e 8). Tentação para imoralidade (Rm 13.14), mentira (Cl 3.9; Jo 8.44), mexerico (Tg 4.11), desobediência aos líderes -espirituais (Hb 13.17), desânimo (Gl 6.9), medo do futuro (2 Tm 1.7), concupiscência (5.28), desejo de vingança (6.15), negligência com a Palavra de Deus (4.4), preocupação financeira (6.24-34; Fp 4.6,19).

MATEUS  4.2 JEJUM DE 40 DIAS. Jesus jejuou 40 dias, e depois teve fome , e a seguir foi tentado por Satanás a comer. Isto pode indicar que Cristo absteve-se de alimento, mas não de água. Abster-se de água por 40 dias requer um milagre. Uma vez que Cristo teve que enfrentar a tentação, como representante do homem ele não poderia empregar nenhum outro meio para vencê-la além do de um homem cheio do Espírito Santo (ver Êx 34.28; 1 Rs 19.8; Mt 6.16).

MATEUS  4.6 ESTÁ ESCRITO. Satanás empregou a Palavra de Deus com a finalidade de tentar Cristo a pecar. Às vezes, o descrente emprega as Escrituras na tentativa de persuadir o crente a fazer algo que aquele sabe que está errado ou que é impróprio. Alguns textos bíblicos, retirados do seu contexto, ou não comparados com outros trechos da Palavra de Deus, podem até mesmo dar a aparência de justificar o comportamento pecaminoso (ver, e.g., 1 Co 6.12). O crente deve conhecer profundamente a Palavra de Deus e precaver-se daqueles que pervertem as Escrituras a fim de satisfazerem os desejos da natureza humana pecaminosa. O apóstolo Pedro fala daqueles que torcem as Escrituras, para sua própria perdição (2 Pe 3.16).

MATEUS  4.10 SATANÁS. Satanás (do gr. satan, que significa adversário), foi antes um elevado anjo, criado perfeito e bom. Foi designado como ministro junto ao trono de Deus, porém num certo tempo, antes de o mundo existir, rebelou-se e tornou-se o principal adversário de Deus e dos homens (Ez 28.12-15).
(1) Satanás na sua rebelião contra Deus arrastou consigo uma grande multidão de anjos das ordens inferiores (Ap 12.4) que talvez possam ser identificados (após sua queda) com os demônios ou espíritos malignos. Satanás e muitos desses anjos inferiores decaídos foram banidos para a terra e sua atmosfera circundante, onde operam limitados segundo a vontade permissiva de Deus.
(2) Satanás, também chamado a serpente , provocou a queda da raça humana (Gn 3.1-6; ver 1 Jo 5.19).
(3) O império do mal sobre o qual Satanás reina (12.26) é altamente organizado e exerce autoridade sobre as regiões do mundo inferior, os anjos caídos (25.41; Ap 12.7), os homens perdidos (vv. 8,9; Jo 12.31; Ef 2.2) e o mundo em geral (Lc 4.5,6; 2 Co 4.4; ver 1 Jo 5.19). Satanás não é onipresente, onipotente, nem onisciente; por isso a maior parte da sua atividade é delegada a seus inumeráveis demônios (8.28; Ap 16.13, 14; ver Jó 1.12 ).
(4) Jesus veio à terra a fim de destruir as obras de Satanás (1 Jo 3.8), de estabelecer o reino de Deus e de livrar o homem do domínio de Satanás (12.28; Lc 4.19; 13.16; At 26.18). Cristo, pela sua morte e ressurreição, derrotou Satanás e ganhou a vitória final de Deus sobre ele (Hb 2.14).
(5) No fim da presente era, Satanás será confinado ao abismo durante mil anos (Ap 20.1-3). Depois disso será solto, após o que fará uma derradeira tentativa de derrotar a Deus, seguindo-se sua ruína final, que será o seu lançamento no lago de fogo (Ap 20.7-10).
(6) Satanás atualmente guerreia contra Deus e seu povo (Ef 6.11-18), procurando desviar os fiéis da sua lealdade a Cristo (2 Co 11.3) e fazê-los pecar e viver segundo o sistema do mundo (cf. 2 Co 11.3; 1 Tm 5.15; 1 Jo 5.19). O cristão deve sempre orar por livramento do poder de Satanás (6.13), para manter-se alerta contra seus ardis e tentações (Ef 6.11), e resistir-lhe no combate espiritual, permanecendo firme na fé (Ef 6.10-18; 1 Pe 5.8,9)

LUCAS  4.1 JESUS, CHEIO DO ESPÍRITO SANTO. O Espírito Santo conferiu poder a Jesus e o guiou, ao enfrentar a tentação de Satanás (vv. 1,2).

LUCAS  4.2 TENTADO PELO DIABO. Um dos aspectos principais da tentação de Jesus girou em torno do tipo de Messias que Ele seria e como empregaria a sua unção da parte de Deus.
(1) Jesus foi tentado a utilizar sua unção e posição para servir a seus próprios interesses (vv. 3,4), obter glória e poder sobre as nações, ao invés de aceitar a cruz e o caminho dosofrimento (vv. 5-8), e ajustar-se à expectativa popular de um Messias sensacional (vv. 9-11).
(2) Satanás ainda tenta os líderes cristãos a usarem sua unção, posição e capacidade em seu próprio benefício, para estabelecer sua própria glória e reino, e para agradar o povo mais do que a Deus. Quem se entrega ao egoismo, na realidade já se rendeu a Satanás.

LUCAS  4.4 NEM SÓ DE PÃO VIVERÁ. Jesus cita o AT (Dt 8.3), ao enfrentar a tentação de Satanás.
(1) Jesus está dizendo que tudo o que é importante na vida depende de Deus e da sua vontade (Jo 4.34). Esforçar-se por sucesso, felicidade ou coisas materiais, à parte do caminho e propósito de Deus, levará à amarga desilusão e terminará em fracasso.
(2) Jesus salienta essa verdade ao ensinar que devemos buscar em primeiro lugar o reino de Deus (i.e., o governo, atividade e poder de Deus em nossa vida); somente então é que outras coisas necessárias serão concedidas, de acordo com a sua vontade e propósito (ver Mt 5.6 nota; 6.33).

LUCAS  4.5 OS REINOS DO MUNDO. Jesus rejeita a oferta que Satanás lhe fez, do domínio sobre todos os reinos do mundo.
(1) O reino de Jesus, na presente era, não é um reino deste mundo (Jo 18.36,37). Ele recusa um reino para si através dos métodos mundanos de transigência, poder terreno, artifícios políticos, violência, domínio, popularidade, honra e glória humanas.
(2) O reino de Jesus é um reino espiritual, no coração dos seus, os quais foram tirados do mundo. Como reino celestial:
(a) é alcançado através do sofrimento, da abnegação, da humildade e da mansidão;
(b) requer que dediquemos nosso corpo como sacrifício vivo e santo (Rm 12.1), em completa devoção e obediência a Deus;
(c) implica em lutar com armas espirituais contra o pecado, a tentação e Satanás (Ef 6.10-20); e
(d) importa em resistirmos à conformação com este mundo (Rm 12.2).

FONTES;
MANUAIS BIBLICOS
ENCICLOPÉDIAS BIBLICAS
COMENTÁRIOS BIBLICOS
BIBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL





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