SUBSIDIO COMPLEMENTAR ELABORADO PELO EVANGELISTA NATALINO ALVES DOS ANJOS - MEMBRO DA IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS(MISSÃO) DE COTEGIPE - BAHIA.
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD
- ADULTOS
1º Trimestre de
2019
Título: Batalha Espiritual — O povo de Deus e a guerra
contra as potestades do mal
Comentarista: Esequias Soares
Lição 6: Quem
domina a sua mente
Data: 10 de Fevereiro de 2019
TEXTO ÁUREO
“De sorte que haja
em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Fp 2.5).
VERDADE PRÁTICA
Os substantivos
“mente”, “sentimento” e “entendimento” pertencem à esfera do intelecto, que
permite à pessoa aprender, desejar, pensar e agir.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Mc 12.30
A fé cristã é racional, assim, amamos a Deus com todo o
nosso entendimento
Terça — Rm 7.25
Servimos a Deus com entendimento, pois a fé cristã não é
irracional
Quarta — Rm 8.6,7
A mente carnal é a predisposição mental da carne
Quinta — Rm 12.2
Transformados pela renovação de nossa mente
Sexta — 1Co 2.16
Ter a mente de Cristo significa pensar como Ele
Sábado — Cl 2.18
A mente ou o entendimento carnal pode envolver erro
doutrinário
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Filipenses 4.4-9.
4 — Regozijai-vos, sempre, no Senhor; outra vez digo:
regozijai-vos.
5 — Seja a vossa equidade notória a todos os homens.
Perto está o Senhor.
6 — Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as
vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e
súplicas, com ação de graças.
7 — E a paz de Deus, que excede todo o entendimento,
guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.
8 — Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo
o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável,
tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso
pensai.
9 — O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e
vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco.
HINOS SUGERIDOS
185, 187 e 599 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Mostrar que o
seguidor de Jesus tem a mente de Cristo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os
objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
I. Explicar a
epístola aos Filipenses;
II. Conceituar a palavra “mente” no contexto bíblico;
III. Expor o conceito da expressão “a mente de Cristo”.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Quem viveu o
milagre do novo nascimento recebeu o processo de metanoia, isto é,
transformação plena da mente e do pensamento. Algo que só o Espírito Santo pode
fazer.
A lição desta semana tem como propósito a reflexão
introspectiva acerca das atitudes, das decisões e da maneira de viver dos que
se acham discípulos do Mestre. A pergunta cabível ao final da presente lição é:
“Jesus realmente é o Senhor do seu pensamento?”.
Como o nosso tema está fundamento na epístola aos
Filipenses, estude-a disciplinadamente para expor o conteúdo desta semana. Boa
aula!
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Quem nasceu de novo é nova criatura, e assim a vida
cristã é norteada pelo Espírito Santo. Isso significa que nós, como cristãos,
não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito. A presente lição é uma
reflexão introspectiva sobre a nossa maneira de viver, as nossas atitudes e as
nossas decisões, e se realmente Jesus é o Senhor de nosso pensamento.
PONTO CENTRAL
Nós temos a mente de Cristo.
I. SOBRE A
EPÍSTOLA AOS FILIPENSES
Filipos era uma colônia romana e uma das principais
cidades da Macedônia. Paulo esteve na cidade por ocasião de sua segunda viagem
missionária e ali fundou a primeira igreja europeia. Isso aconteceu na casa de
uma empresária chamada Lídia, vendedora de púrpura. O apóstolo deixou a cidade
por causa das pressões locais, mas o relacionamento entre ele e os filipenses
continuou. Cerca de dez anos depois, Paulo escreveu de Roma a esses irmãos, por
volta do ano 62 ou 63 d.C.
1. A doutrina. O objetivo da carta não era solucionar
problemas doutrinários nem de relacionamentos entre os filipenses, pois eles
haviam amadurecido rapidamente. Um dos propósitos estava vinculado à amizade e
ao amor recíproco do apóstolo (Fp 1.7-9; 4.1). Os problemas referentes às
heresias eram periféricos. O apóstolo trata desse assunto mais como precaução.
Paulo menciona os legalistas no capítulo 3, mas não era algo agudo na Igreja,
visto que em Filipos nem sequer havia sinagoga (At 16.13). Isso mostra que a
população judaica não era significativa na cidade. Note que seus habitantes
consideravam-se romanos (At 16.21). Não havia nada de muito grave na igreja que
o apóstolo precisasse corrigir.
2. O relacionamento. Havia entre os filipenses alguns
problemas que são próprios da natureza humana e comuns nas igrejas ainda hoje
(Fp 1.27; 2.3,14). É possível que o pedido do apóstolo para ajudar as irmãs
Evódia e Síntique indique algum problema de desentendimento entre elas (Fp
4.2). O apóstolo pede que haja unidade e harmonia entre os crentes, tendo por
base a humildade e o exemplo de Cristo. O apelo paulino é para que haja entre
os filipenses “o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Fp 2.5).
3. O ensino. Filipenses é uma epístola prática, e os
pensamentos teológicos aparecem casualmente, como no parágrafo teológico por
excelência, no capítulo 2.5-11, e no lar celestial prometido aos cristãos, no
final do capítulo 3. O sentimento de gozo e regozijo dominava os crentes de
Filipos, e este é um dos temas da carta: a alegria. A Igreja de Filipos é um
exemplo a ser seguido por todos; isso porque havia nela o mesmo sentimento que
houve também em Cristo Jesus.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
O objetivo da carta não é doutrinário, mas de ensino
prático sobre o relacionamento cristão.
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Para introduzir a
lição desta semana, sugerimos reproduzir para a classe o esquema proposto
conforme a sua possibilidade e fazer uma exposição geral sobre a epístola.
II. SOBRE A “MENTE” NO CONTEXTO BÍBLICO
Há diversos termos nas línguas originais da Bíblia para
“mente” e seus derivados. Vamos estudar alguns deles aqui. Cada termo apresenta
diferenças sutis, mas significativas.
1. A mente como faculdade psicológica. O Novo Testamento
grego emprega o termo nous, de amplo significado, como “mente, entendimento,
intelecto, pensamento, sentido” (Rm 11.34; 1Co 2.16; 14.14; 2Co 11.3). Na
presente lição, o sentido dessas palavras é de uma faculdade psicológica que
envolve compreensão, raciocínio, pensamento e decisão: “De maneira que eu, de
mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, sou
escravo da lei do pecado” (Rm 7.25 — Nova Almeida Atualizada). O apóstolo Paulo
está se referindo ao “eu” regenerado em contraste com a carne, sem o controle
do Espírito Santo. É com essa mente cristã que desejamos a lei de Deus, ou
seja, “a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus” (Rm 8.2).
2. A mente como forma de pensar. A mente aparece também
no Novo Testamento como uma maneira ou forma especial de pensar. A ideia nesse
caso é de disposição e de atitude, tanto no sentido negativo: “estando cheio de
orgulho, sem motivo algum, na sua mente carnal” (Cl 2.18 — Nova Almeida
Atualizada); como positivo; “armai-vos também vós com este pensamento” (1Pe
4.1). Assim, ter “a mente de Cristo” (1Co 2.16) significa pensar como Ele.
3. Espírito. O substantivo grego pneuma, traduzido
geralmente por “espírito”, é usado ainda de forma metafórica como modo de ser,
atitude, forma de pensar: “se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma
ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão”
(Gl 6.1). É uma atitude ou modo de ser que reflete a forma como uma pessoa encara
ou pensa sobre um assunto. Essa expressão é usada em contraste entre o divino e
o meramente humano (Mc 2.8; At 17.16; 1Co 2.11; 5.5; Cl 2.5).
4. Coração. O coração aparece em toda a Bíblia como o
centro da vida física, espiritual e mental; emotiva e volitiva. É a fonte de
vários sentimentos e afeições, como alegria e tristeza (Pv 25.20; Is 65.14). O
coração é a sede do pensamento e da compreensão (Dt 29.4; Pv 14.10). Seu uso
metafórico aparece como a fonte causativa da vida psicológica de uma pessoa em
seus vários aspectos, mas a ênfase especial nos pensamentos significa o “homem
interior” (Mt 22.37; 2Co 9.7; Rm 2.5). Esse sentido aparece também no Antigo
Testamento: “guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida” (Pv
4.23).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
O termo “mente” na Bíblia pode significar faculdade
psicológica, forma de pensar, espírito ou coração.
SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO
“A palavra grega
metanoia sugere, fortemente, que o pecador mergulhe para além da mera
consciência intelectual quanto à pecaminosidade. Mas que o faça com tal ímpeto
e repulsa, que o leve a rejeitar o mal e a seguir a Cristo, desejando aprender
cada vez mais do Salvador (Mt 3.8; At 5.31; 20.21; Rm 2.4; 2Co 7.9,10; 2Pe
3.9).
Vejamos, agora, o lado positivo da conversão. O pecador
deve não somente ‘voltar-se de’ mas ‘voltar-se para’. Assim, voltamo-nos do
pecado para voltarmo-nos para Deus. O voltar-se para Deus é um ato de fé. Consiste
em se entrar numa relação positiva com Deus. É algo central na experiência
cristã; enfatiza a importância da fé. ‘Ora, sem fé é impossível agradar-lhe;
porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e
que é galardoador dos que o buscam’ (Hb 11.6). Todas a nossas relações com Deus
acham-se ancoradas na fé” (MENZIES, William W.; HORTON, Stanley M. Doutrinas
Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. Série: Clássicos do Movimento
Pentecostal. RJ: CPAD, 2003, p.86).
III. SOBRE A MENTE DE CRISTO
O sentimento que norteava a vida dos irmãos filipenses
era de alegria e de comunhão. É isso que deve prevalecer na vida cristã em
todos os lugares e em todas as épocas.
1. O sentimento de alegria. “Regozijai-vos” é uma
saudação grega, mas aqui Paulo exorta os filipenses e todos os cristãos à
alegria. O apóstolo acrescenta: “sempre, no Senhor”. O Senhor Jesus é a fonte
inesgotável de gozo e alegria, e isso dá à saudação um sentido complemente
novo. Como resultado desse estado de graça está o bom relacionamento do cristão
com as demais pessoas. O termo “equidade” (v.5) é a tradução do adjetivo grego
epieikés, “compreensivo, bondoso, benigno”. A Almeida Revista e Atualizada
traduz por “moderação”. Essa deve ser a atitude de quem tem a mente de Cristo
em relação às pessoas que nos rodeiam. É o que Deus espera de todos nós. A
expressão “perto está o Senhor” (v.5) diz respeito à vinda de Jesus que se
aproxima (Ap 1.3; 22.10) e nos inspira a essa moderação.
2. Nossa gratidão a Deus. Os filipenses viviam num clima
de perseguição religiosa. Paulo estava na prisão. Mas nada disso era problema
suficiente para roubar a alegria dos crentes: “a alegria do SENHOR é a vossa
força” (Ne 8.10). Mesmo nas dificuldades, quem tem uma mente guiada por Cristo
não se desespera; antes, as suas petições são levadas à presença de Deus “pela
oração e súplicas, com ação de graças” (v.6).
3. A paz de Deus. O termo noema, “pensamento, mente”, diz
respeito à faculdade geral de julgamento para tomar decisões, no sentido de bem
ou mal, certo ou errado. A ideia dessa palavra é de entendimento da vontade
divina concernente à salvação (2Co 10.5). Esse noema pode se corromper (2Co
11.3) e se tornar endurecido (2Co 3.14), a ponto de impedir a iluminação do
evangelho de Cristo (2Co 4.4). Mas a paz de Deus na vida cristã está acima de
todos os bens que uma pessoa pode adquirir e sobrepuja a todo entendimento,
pois vai além da razão humana. Ela excede “os vossos corações e os vossos
sentimentos em Cristo Jesus” (v.7).
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Quem tem a mente de Cristo desfruta do sentimento de
alegria, gratidão e paz em Deus.
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
“Rios de Água Viva
[…] No Evangelho de João, lemos as palavras: ‘Jesus
respondeu e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e quem é o que te diz:
Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva’ (Jo 4.10). Louvado
seja Deus pelas águas vivas que hoje fluem livremente, pois elas vêm de Deus a
todo coração faminto e sedento.
No poderoso nome de Jesus, podemos ir aos confins da
terra e aos lugares secos e ermos, pois até os corações ressequidos, tristes e
solitários foram feitos para se alegrar no Deus da sua salvação. Clamemos hoje
pelos rios.
Em Jesus Cristo, recebemos o perdão dos pecados e a
santificação de nosso espírito, alma e corpo e, em santificação, recebemos o
dom do Espírito Santo prometido por Jesus aos discípulos — a promessa do Pai.
Recebemos tudo isso pela reconciliação. Aleluia!
O profeta declarou que Jesus tomou sobre si as nossas
aflições e carregou as nossas tristezas. ‘Mas ele foi ferido pelas nossas
transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz
estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados’ (Is 53.5). Cura,
saúde, salvação, alegria, vida: temos tudo isso em Jesus. Glória a Deus!”
(SEYMOUR. Devocional: O Avivamento da Rua Azusa. Série: Clássicos do Movimento
Pentecostal. RJ: CPAD, 2003, pp.148-49).
CONCLUSÃO
O nosso
comportamento na vida diária, no lar, na Igreja, no trabalho e na sociedade
reflete o que há em nosso coração, e isso mostra por si só quem domina a nossa
mente. Há pontos na fé cristã que são inegociáveis, e quem é dominado pelo
Espírito não abre mão de sua fé nem cede um milímetro sequer de sua fidelidade
a Deus. É esse espírito que domina a mente dos crentes fiéis em Cristo Jesus.
PARA REFLETIR
A respeito de
“Quem domina a sua mente” responda:
Qual o apelo
paulino aos filipenses?
O apelo paulino é para que haja entre os filipenses “o
mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Fp 2.5).
O que significa
ter a “mente de Cristo”?
Ter “a mente de Cristo” (1Co 2.16) significa pensar como
Ele.
O que dá um
sentido novo à saudação grega usada por Paulo (Fp 4.4)?
O Senhor Jesus é a fonte inesgotável de gozo e alegria, e
isso dá à saudação um sentido complemente novo.
Qual deve ser a
atitude de quem tem a mente de Cristo em relação às pessoas à sua volta?
Moderação.
O que excede o nosso coração e os nossos sentimentos em
Cristo Jesus?
A paz de Deus.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Quem domina a sua
mente
Quem controla a sua mente? Quem a domina? Caro professor,
prezada professora, essas perguntas podem introduzir a aula desta semana. A
nossa batalha espiritual passa pela maneira de viver, tomar atitudes e decisões
como fruto do que domina o nosso pensamento. Se a nossa mente for permeada do
Evangelho, Cristo sempre prevalecerá. Mas do contrário, o Diabo governará a
vida da pessoa que se encontra longe de Deus.
A importância da
epístola aos Filipenses
O primeiro tópico aborda o contexto em que a carta foi
escrita a fim de preparar o caminho para se entender a doutrina, o
relacionamento existente na igreja e o ensino predominante da carta. Trata- se
de uma carta com apelo prático para vida. Era possível ver que a igreja de
Filipos vivesse uma vida de alegria e paz diante de Deus. Neste aspecto, o
apóstolo Paulo tinha um sentimento recíproco aos Filipenses. O contexto nos
mostra que Paulo e a igreja de Filipos tinham uma comunhão profunda de vida.
Sobre a palavra “mente”
A igreja vivia assim porque havia um estado de espírito
que dominava sua mente. Para compreender esse processo, o comentarista da lição
destaca os variados significados que a palavra mente dispõe nas Escrituras. Em
primeiro lugar, “mente como faculdade psicológica”; depois, “mente como forma
de pensar”; em seguida, “mente como espírito”; enfim, “mente como coração”.
Essas perspectivas semânticas em torno da palavra “mente” abrange todo
arcabouço psíquico presente nos textos do Novo Testamento.
Sobre ter a mente de Cristo
O nosso estado de atitude ou saúde psicológica deve ter
como fundamento a “mente de Cristo”. A partir daí, o sentimento que norteava os
Filipenses era de alegria e comunhão. Isso é algo poderoso que ninguém pode
tirar da experiência do cristão. Uma vida com paz, gratidão e comunhão com Deus
é o que todos devemos viver.
Nossas guerras espirituais não podem ser desassociadas de
nossa vida cotidiana. Não por acaso, antes de iniciar seu ministério, nosso
Senhor foi tentado espiritualmente na carne: pedras transformadas em pães;
riquezas e poder. Se por um lado não podemos ignorar os embates espirituais que
transcendem a vida material, pois essa é uma experiência bíblica real; por
outro, afirmamos que enquanto estivermos no mundo nossas provações ocorrerão
aqui.
SUBSIDIO COMPLEMENTAR
FILIPENSES - 4.4 REGOZIJAI-VOS... NO SENHOR. O crente deve
regozijar-se e fortalecer-se, meditando na graça do Senhor, sua presença e promessas.
FILIPENSES - 4.5 PERTO ESTÁ O SENHOR. Devemos crer que o
Senhor poderá voltar a qualquer momento. A perspectiva do NT é de que a volta
de Jesus é iminente (ver Lc 12.35-40 nota); logo, devemos estar prontos,
trabalhando e vigiando em todo tempo (Mt 24.36; 25.1-13; Rm 13.12-14).
FILIPENSES - 4.6 NÃO ESTEJAIS INQUIETOS POR COISA ALGUMA. O melhor
remédio para a preocupação é a oração, e isto pelas seguintes razões:
(1) Mediante a oração, renovamos nossa confiança na
fidelidade do Senhor, ao lançarmos nossas ansiedades e problemas sobre aquEle
que tem cuidado de nós (Mt 6.25-34; 1 Pe 5.7).
(2) A paz de Deus vem guardar nossos corações e mentes, como
resultado da nossa comunhão com Cristo Jesus (vv. 6,7; Is 26.3; Cl 3.15).
(3) Deus nos fortalece, para fazermos todas as coisas que
Ele quer que façamos (v. 13; 3.20 nota; Ef 3.16).
(4) Recebemos misericórdia, graça e ajuda em tempos de
necessidade (Hb 4.16).
(5) Temos certeza de que todas as coisas que Deus permite
que nos aconteçam concorrerão para o nosso bem (ver v. 11; Rm 8.28).
FILIPENSES - 4.7 A PAZ DE DEUS GUARDARÁ OS VOSSOS CORAÇÕES.
Quando invocamos a Deus, com um coração posto em Cristo e na sua Palavra (Jo
15.7), a paz de Deus transborda em nossa alma aflita.
(1) Essa paz consiste
em uma tranqüilidade interior, que o Espírito Santo nos transmite (Rm 8.15,16).
Envolve uma firme convicção de que Jesus está perto, e que o amor de Deus
estará ativo em nossa vida continuamente. (Rm 8.28,32; cf. Is 26.3).
(2) Quando colocamos diante de Deus, em oração, as nossas
inquietações, essa paz ficará como guarda à porta de nosso coração e de nossa
mente, para impedir que os cuidados e angústias perturbem-nos a vida e a esperança
em Cristo (v. 6; Is 26.3,4,12; 37.1-7; Rm 8.35-39; 1 Pe 5.7).
(3) Se o medo e a ansiedade retornarem, novamente a oração,
a súplica e a ação de graças nos trarão a paz de Deus que guarda os nossos
corações. Voltaremos a sentir segurança, e nos regozijaremos no Senhor.
FILIPENSES - 4.8 TUDO O QUE É PURO. O crente deve fixar sua
mente nas coisas verdadeiras, puras, justas, santas, etc. Que essa é uma
condição prévia para experimentarmos a paz de Deus e o livramento da ansiedade,
fica claro no versículo 9. Se assim fizermos, "o Deus de paz será
convosco". O resultado de fixar nossas mentes nas coisas do mundo será a
perda da alegria, da presença íntima e da paz de Deus e, nossos corações sem
proteção.
FILIPENSES - 4.11 APRENDI A CONTENTAR-ME. O segredo do
contentamento, da satisfação, é reconhecermos que Deus nos concede, em cada circunstância,
tudo quanto necessitamos para uma vida vitoriosa em Cristo (1 Co 15.57; 2 Co
2.14; 1 Jo 5.4). Nossa capacidade de viver vitoriosamente acima das situações
instáveis da vida provém do poder de Cristo que flui em nós e através de nós
(v. 13; ver 1 Tm 6.8). Isso não ocorre de modo natural; precisamos aprender na
dependência de Cristo.
FILIPENSES - 4.13 POSSO TODAS AS COISAS NAQUELE... O poder e
a graça de Cristo permanecem no crente para capacitá-lo a fazer tudo quanto Ele
o mandou fazer.
FILIPENSES - 4.16 MANDASTES O NECESSÁRIO. A igreja filipense
era uma igreja missionária, que supria as necessidades de Paulo durante suas viagens
(1.4,5; 4.15-17). Sustentar os missionários no seu trabalho em prol do
evangelho, é obra dignificante e aceita por Deus, "como cheiro de
suavidade e sacrifício agradável e aprazível" a Ele (v. 18). Por isso,
aquilo que damos para o sustento do missionário fiel, é considerado oferta
apresentada a Deus. Tudo que é feito a um dos irmãos, por pequeno que seja, é
feito como ao próprio Senhor (Mt 25.40).
FILIPENSES - 4.19 SUPRIRÁ TODAS AS VOSSAS NECES-SIDADES.
Paulo enfatiza o cuidado amoroso de Deus Pai pelos seus filhos. Ele suprirá todas
as nossas necessidades (materiais e espirituais), à medida que as apresentarmos
diante dEle. O suprimento das nossas necessidades vem "por Cristo
Jesus". Somente em união com Cristo e na comunhão com Ele é que podemos
experimentar o provimento da parte de Deus. Entre as muitas promessas das
Escrituras que confere esperança e encorajamento ao povo de Deus, no tocante ao
seu cuidado, provisão e socorro, temos: Gn 28.15; 50.20; Êx 33.14; Dt 2.7;
32.7-14; 33.27; Js 1.9; 1 Sm 7.12; 1 Rs 17.6,16; 2 Cr 20.17; Sl 18.35; 23; 121;
Is 25.4; 32.2; 40.11; 41.10; 43.1,2; 46.3,4; Jl 2.21-27; Ml 3.10; Mt 6.25-34;
14.20; 23.37; Lc 6.38; 12.7; 22.35; Jo 10.27,28; 17.11; Rm 8.28,31-39; 2 Tm
1.12; 4.18; 1 Pe 5.7).
ROMANOS 8.28 TODAS AS
COISAS CONTRIBUEM JUNTAMENTE PARA O BEM. Este trecho traz grande conforto ao
filho de Deus, quando temos que enfrentar sofrimentos nesta vida.
(1) Deus fará o bem surgir de todas as aflições, provações,
perseguições e sofrimentos. O bem que Deus leva a efeito é conformar-nos à
imagem de Cristo e, finalmente, levar a efeito a nossa glorificação).
(2) Essa promessa é limitada aos que amam a Deus e lhe são
submissos mediante a fé em Cristo (cf. Êx 20.6; Dt 7.9; Sl 37.17; Is 56.4-7; 1
Co 2.9).
(3) "Todas as coisas" não incluem os nossos
pecados e nossa negligência (6.13; 6.16,21,23; Gl 6.8); isso quer dizer que
ninguém pode alegar motivo para pecar, justificando que Deus fará resultar isso
em bem
1TIMOTEO 6.8 ESTEJAMOS... CONTENTES. Os crentes devem estar
satisfeitos, tendo as coisas essenciais desta vida, como alimento, vestuário e
teto. Caso surjam necessidades financeiras específicas, devemos confiar na
providência de Deus (Sl 50.15), enquanto continuamos a trabalhar (2 Ts 3.7,8),
a ajudar os necessitados (2 Co 8.2,3), e servir a Deus com contribuições
generosas (2 Co 8.3; 9.6,7). Não devemos querer ficar ricos (vv. 9-11).
FILIPENSES - 1.4 ALEGRIA. A alegria é parte integrante da
nossa salvação em Cristo. É paz e prazer interiores em Deus Pai, Filho e
Espírito Santo, e na bênção que flui de nosso relacionamento com Eles (cf. 2 Co
13.14). Os ensinos bíblicos a respeito da alegria incluem:
(1) A alegria está associada à salvação que Deus concede em
Cristo (1 Pe 1.3-6; cf. Sl 5.11; 9.2; Is 35.10) e com a Palavra de Deus (Jr
15.16; cf. Sl 119.14).
(2) A alegria flui de Deus como um dos aspectos do fruto do
Espírito (Sl 16.11; Rm 15.13; Gl 5.22). Logo, ela não nos vem automaticamente.
Nós a experimentamos somente à medida que permanecemos em Cristo (Jo 15.1-11).
Nossa alegria se torna maior quando o Espírito Santo nos transmite um profundo
senso da presença e do contato com Deus em nossa vida (cf. Jo 14.15-21; ver
16.14). Jesus ensinou que a plenitude da alegria está intimamente ligada à
nossa permanência na sua Palavra, à obediência aos seus mandamentos (Jo
15.7,10,11) e à separação do mundo (Jo 17.13-17).
(3) A alegria, como deleite na presença de Deus e nas bênçãos
da redenção, não pode ser destruída pela dor, pelo sofrimento, pela fraqueza
nem por circunstâncias difíceis (Mt 5.12; At 16.23-25; 2 Co 12.9).
FILIPENSES 1.6 TENDO
POR CERTO ISTO. A confiança de Paulo nos filipenses, baseia-se não somente na
boa obra que Deus efetuou neles, como também no zelo e na abnegação deles em
prol da fé (vv. 5,7; 4.15-18). A fidelidade de Deus é uma bênção perene para o
crente fiel, mas ela é ineficaz para com aqueles que resistem à sua graça (ver
2.13,; 2 Tm 2.13).
FONTES;
MANUAIS BIBLICOS
ENCICLOPÉDIAS BIBLICAS
COMENTÁRIOS BIBLICOS
BIBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL
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