ELABORADO PELO EVANGELISTA NATALINO ALVES. PROFESSOR DE ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL E PESQUISADOR. MEMBRO DA IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS DE COTEGIPE - BAHIA. (A.D. MISSÃO).
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD
- ADULTOS
3º Trimestre de 2017
Título: A razão da nossa fé — Assim cremos, assim vivemos
Comentarista: Esequias Soares
Lição 12: O Mundo
vindouro
Data: 17 de Setembro de 2017
TEXTO ÁUREO
“E vi um novo céu e
uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar
já não existe” (Ap 21.1).
VERDADE PRÁTICA
Cremos no Juízo
Final, no qual serão julgados os que fizerem parte da Última Ressurreição; e
cremos na vida eterna para os infiéis.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — At 24.15
Todos os mortos serão ressuscitados
Terça — Is 65.20-22
A longevidade humana, característica do Reino Milenar de
Cristo
Quarta — 1Co 15.26
A morte será aniquilada para sempre no Juízo Final
Quinta — Mt 25.46
Há na eternidade um lugar para os justos e outro para os
injustos
Sexta — Ap 20.1-3
O Milênio será instaurado por ocasião da vinda de Cristo em
glória
Sábado — Ap 22.3-5
Uma amostra da glória do lar dos santos
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Apocalipse 21.1-5.
1 — E vi um novo céu
e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar
já não existe.
2 — E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de
Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.
3 — E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o
tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu
povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus.
4 — E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá
mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são
passadas.
5 — E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que
faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve, porque estas palavras são
verdadeiras e fiéis.
HINOS SUGERIDOS
2, 36 e 276 da Harpa
Cristã.
OBJETIVO GERAL
Expor a doutrina
bíblica do Milênio, do Juízo Final e da nova criação de todas as coisas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o
professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao
tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Descrever a doutrina bíblica do Milênio;
II. Explicar o Juízo Final;
III. Esclarecer a doutrina bíblica sobre a nova Criação.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
“Eis que faço novas
todas as coisas”, diz a Palavra de Deus (Ap 21.5). Será o dia em que Deus fará
tudo novo. Um mundo novo. Uma realidade nova. Novo! Tudo novo! Será o tempo em
que o Rei dos reis, o próprio Senhor, intervirá na história do mundo e trará
consigo uma nova realidade. “Céus novos e terra nova” sintetizam a dimensão
cosmológica dessa nova Criação. Será o dia em que de eternidade em eternidade
estaremos sempre com o Deus da glória. Os santos apóstolos anelaram por essa
esperança. Por isso, como Igreja do Senhor, somos estimulados pelas Escrituras
a mantermos viva a chama da esperança da vinda do Senhor.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O mundo vindouro
abordado na presente lição pretende mostrar o que virá depois do Juízo Final, o
novo céu e a nova terra, a nova Jerusalém, o lar dos santos na eternidade e por
toda a eternidade. Trata-se definitivamente do epílogo da história humana. Mas
haverá alguns eventos que precederão o mundo vindouro, como o Reino de Cristo
de mil anos, o Juízo Final e a ressurreição de todos os incrédulos, bem como o
seu destino final.
PONTO CENTRAL
Deus consumará todas
as coisas, pois haverá novos céus e nova terra.
I. SOBRE O MILÊNIO
1. Descrição. O
milênio é o reino de Cristo de mil anos. Nesse período, Satanás será
aprisionado no abismo instalado por ocasião da vinda de Cristo em glória (Ap
20.2,3). Isso significa que a ação destruidora de Satanás na terra será
neutralizada, iniciando-se assim uma nova ordem de coisas. É a tão almejada paz
universal, pois nesse reino haverá perfeita paz, retidão e justiça entre os
seres humanos e também harmonia no reino animal (Is 9.7; 11.5-9). A longevidade
das pessoas, a garantia do sucesso no trabalho e a resposta imediata às orações
são algumas das características do reino do Messias (Is 65.20-25). A sede de
seu governo será Jerusalém: “[...] porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém,
a palavra do SENHOR” (Is 2.3). O Senhor Jesus se assentará sobre o trono de
Davi, e de Jerusalém reinará sobre toda humanidade. Esse reino, que trará
salvação aos judeus, é a conclusão do programa divino sobre o povo de Israel
(Is 59.20; Rm 11.26).
2. Sobre a ressurreição dos mortos. A Bíblia ensina que os
justos e os injustos serão ressuscitados (Dn 12.2; Jo 5.29; At 24.25). Mas em
Apocalipse ficamos sabendo que há um intervalo de mil anos entre essas
ressurreições. A primeira ressurreição é a dos justos, e a outra é a última
ressurreição: “Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se
acabaram. Esta é a primeira ressurreição” (Ap 20.5). São partes da primeira
ressurreição os santos provenientes da Era da Igreja e os do Antigo Testamento,
juntamente com os mártires da Grande Tribulação (Ap 6.9-11; 20.4). Convém
salientar que a ressurreição divide-se em duas fases. Por ocasião do
arrebatamento da Igreja (1Co 15.52; 1Ts 4.16; Ap 20.6), serão ressuscitados os
súditos do Rei dos reis. Quanto à ressurreição dos injustos, também conhecida
como Ressurreição Universal ou ainda Última Ressurreição, envolverá todos os
descrentes desde o princípio do mundo até aquele dia.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Milênio: um tempo em
que o Senhor Jesus reinará sobre toda a humanidade.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“MILÊNIO
A palavra ‘milênio’ vem dos termos latinos Mille e annum
(‘ano’). A palavra grega chilias, que também significa ‘mil’, aparece por seis
vezes em Apocalipse 20, definindo a duração do Reino de Cristo antes da
destruição do velho céu e da velha terra. O Milênio, portanto, refere-se aos
mil anos do futuro Reino de Cristo sobre a terra, que virá imediatamente antes
da eternidade (Ryrie, pp.145-146). Durante o Milênio, Cristo reinará no tempo e
no espaço.
[...] PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS E CONDIÇÕES DO MILÊNIO
O Milênio será um
tempo de controle tanto político como espiritual. Politicamente, ele será
universal (Dn 2.35), discricionário (Is 11.4) e caracterizado pela retidão e
justiça. Será zeloso para com os pobres (Is 11.3-5), mas trará recriminação e
juízo para quem transgredir as ordenanças do Messias (Sl 2.10-12).
Este reino literal de Cristo sobre a terra também terá
características espirituais. Acima de tudo, será um reino de justiça, onde
Cristo será o Rei e governará com absoluta retidão (Is 23.1). Será também um
tempo em que se manifestarão a plenitude do Espírito e a santidade de Deus (Is
11.2-5). ‘Naquele dia, se gravará sobre as campainhas dos cavalos: Santidade Ao
Senhor [...] e todas as panelas em Jerusalém e Judá serão consagradas ao Senhor
dos Exércitos’ (Zc 14.20-21).
Tudo, do trabalho à adoração, será santificado ao Senhor. O
pecado será punido (Sl 72.1-4; Zc 14.16-21) de maneira pública e justa. A era
messiânica também será caracterizada por um reinado de paz (Is 2.4; 11.5-9;
65.25; Mq 4.3). As profecias de Isaías revelam outras características,
incluindo:
• Alegria (Is 9.3-4);
• Glória (Is 24.23);
• Justiça (Is 9.7);
• Conhecimento pleno (Is 11.1-2);
• Instruções e orientações (Is 2.2-3);
• Fim da maldição sobre a terra e a eliminação de toda
enfermidade (11.6-9; 33.24);
• Maior expectativa de vida (Is 65.20);
• Prosperidade no trabalho (Is 4.1; 35.1-2; 62.8-9);
• Harmonia no reino animal (Is 11.6-9; 62.25).
Sofonias 3.9 e Isaías 45.13 afirmam que, no Milênio, a
linguagem e a adoração serão puras. A pura adoração será possível por causa da
maravilhosa presença de Deus (Ez 37.27-28). A presença física do Messias
garantirá estas bênçãos. Walvoord diz: ‘A gloriosa presença de Cristo no
cenário do Milênio é, logicamente, o foco de toda a espiritualidade e adoração’
(Walvoord, p.307)” (LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed. (Eds.). Enciclopédia Popular de
Profecia Bíblica. RJ: CPAD, 2013, p.318).
II. SOBRE O JUÍZO FINAL
1. Descrição. É
conhecido como o Juízo do Grande Trono Branco: “E vi um grande trono branco”
(Ap 20.11). Aqui serão julgados “os outros mortos”, aqueles que não fizeram
parte da primeira ressurreição (Ap 20.5). Isso mostra que ficam de fora os
crentes da primeira ressurreição, pois eles já fazem parte do reino de Cristo e
estão com o corpo glorificado (Ap 20.4). Deus instaurará esse juízo após a
última rebelião de Satanás, que acontecerá depois dos mil anos do reinado de
Cristo (Ap 20.7). Deus executará esse juízo por meio de Jesus Cristo: “o Pai a
ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo” (Jo 5.22).
2. O julgamento. Não há menção de vivos no Juízo Final: “E
vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os
livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados
pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras” (Ap
20.12). Os “grandes e pequenos” não se referem à idade, adultos e crianças, mas
a status, pessoas de todas as classes sociais. Todos eles serão julgados com
base nas obras registradas nesses livros. O resultado desse julgamento é a
condenação eterna: “E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi
lançado no lago de fogo” (Ap 20.15). Não existe aqui lugar para o sono da alma,
nem para uma segunda oportunidade, muito menos para o aniquilamento.
3. Destino dos ímpios. É o inferno, descrito aqui como “lago
de fogo” ou “ardente lago de fogo e enxofre” (Ap 19.20). Esse lugar foi
preparado para o Diabo e seus anjos (Mt 25.41), e não para os seres humanos,
mas será o destino final dos perdidos por causa da sua incredulidade e
desobediência, pois a vontade de Deus é que ninguém se perca, mas que todos
sejam salvos (1Tm 2.4).
a) Hades. A Septuaginta emprega esse termo para traduzir o
hebraico sheol, no Antigo Testamento, que significa o “mundo invisível dos
mortos” (Sl 89.48). Ambos os termos se traduzem, às vezes, por “inferno” na
Almeida Revista e Corrigida (Sl 9.17; Mt 16.18). O lugar serve como estágio
intermediário dos mortos sem Cristo, uma prisão temporária até que venha o Dia
do Juízo (Ap 20.13,14). Os condenados que partiram desde o início do mundo
permanecem lá, conscientes e em tormentos, sabendo perfeitamente porque estão
nesse lugar (Lc 16.23,24).
b) Geena. O mundo judaico contemporâneo de Jesus cria que a
Geena era o lugar no qual os ímpios receberiam como castigo o sofrimento
eterno. O termo, traduzido por “inferno”, foi usado pelo Senhor Jesus nos
evangelhos: “Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do
inferno?” (Mt 23.33), e indica o lago de fogo apocalíptico.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
O Juízo Final é o
evento que sacramentará o destino dos ímpios.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Embora o trono de
Deus seja o trono de julgamento, Jesus declarou: ‘E também o Pai a ninguém
julga, mas deu ao Filho todo o juízo’ (Jo 5.22). O único Mediador entre Deus e
a humanidade tornar-se-á também o Mediador do julgamento. Por conseguinte,
Jesus assentar-se-á sobre o trono. E tão grande será a sua majestade, que a
terra e o céu ‘fugirão’, não havendo mais para eles ‘lugar, no plano de Deus’.
Isto posto, abrir-se-á caminho para os novos céus e a nova terra. Eis os que
comparecerão diante do grande trono branco: ‘os mortos, grandes e pequenos’ (Ap
20.12). Quanto aos justos, por haverem participado da primeira ressurreição, já
terão corpos imortais e incorruptíveis. Portanto, os mortos que estarão de pé,
diante do grande trono branco, para serem julgados, serão ‘os outros mortos’
(Ap 20.5) que não tomaram parte na primeira ressurreição por ocasião do
arrebatamento. Esses serão os ‘mortos ímpios’, incluindo os que foram
consumidos após o Milênio, por haverem seguido a Satanás” (MENZIES, William W.;
HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. 1ª Edição.
RJ: CPAD, 1995, pp.207,08).
CONHEÇA MAIS
Primeira Ressurreição
“De maneira geral, assim é visto o arrebatamento da Igreja
que, juntamente com o rapto dos vivos, constituir-se-á também da revificação,
imortalização e glorificação dos que morreram em Cristo (1Co 15.50-57)”. Para
conhecer mais, leia Dicionário Teológico, CPAD, p.32.
III. SOBRE A NOVA CRIAÇÃO
1. Um novo céu e uma
nova terra. O quadro descrito no texto da Leitura Bíblica em Classe diz
respeito à nova criação, ou seja, não se trata, pois, de uma renovação ou de
alguma restauração, mas de tudo ser novo: “Eis que faço novas todas as coisas”
(v.5); “Porque eis que eu crio céus novos e nova terra; e não haverá lembrança
das coisas passadas, nem mais se recordarão” (Is 65.17). Essa promessa
reaparece no Novo Testamento (2Pe 3.13). O velho mundo vai desaparecer (Is 34.4;
51.6; 2Pe 3.7,10,12) por causa da sua contaminação; os céus e a terra não
poderão resistir à santidade e à glória de Deus: “E vi um grande trono branco e
o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não
se achou lugar para eles” (Ap 20.11). Essa palavra profética é reiterada mais
adiante: “Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não
existe” (v.1). O universo físico não se susterá diante da pureza, santidade e
glória daquele que está assentado sobre o trono.
2. A nova Jerusalém. Antes de tudo, convém ressaltar que a
nova Jerusalém “que de Deus descia do céu” (v.2) não é a mesma Jerusalém do
Milênio. Isso é de fácil compreensão. Aqui já estamos no período pós-milênio. A
descrição da cidade mostra com abundância de detalhes que a sua glória excede
em muito ao da Jerusalém milenial (Ap 21.9-21). O templo dela é Deus e o
Cordeiro (v.22); a cidade não necessita de sol nem de lua (v.23), e nela não
haverá noite (v.25). Nós veremos o rosto de Deus e do Cordeiro (Ap 22.4), e a
glória de Deus e de Cristo nos alumiará para sempre (Ap 22.5). A nova Jerusalém
é chamada ainda de “a Jerusalém que é de cima” (Gl 4.26) e a “Jerusalém
celestial” (Hb 12.22).
3. A eternidade dos salvos. A nova Jerusalém é o eterno lar
de todos os salvos em Cristo. O próprio Deus estará continuamente entre os
humanos: “Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará”
(v.3), e Deus mesmo limpará de nossos olhos toda a lágrima (v.4). Ali não
haverá morte, que é o último inimigo a ser derrotado (1Co 15.26,54). O pecado
será banido para sempre, e ali nunca mais haverá maldição contra alguém (Ap
22.3). É a nossa eterna bem-aventurança. Aqui está o final glorioso da jornada
da Igreja.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Novos céus e nova
terra será uma nova realidade implantada por Deus.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Prezado professor,
prezada professora, antes de iniciar este tópico, introduza-o fazendo algumas
perguntas sugeridas abaixo:
• O que você entende por “novos céus” e “nova terra”?
• O que a expressão “nova Jerusalém” representa para você?
• Em que está baseada a sua esperança?
Note que cada pergunta está respectivamente de acordo com
cada subtópico deste terceiro tópico. Após fazê-las à classe, dê um tempo para
que os alunos respondam. Ouça com atenção e, em seguida, exponha o tópico dando
ênfase às possíveis dúvidas identificadas nas respostas fornecidas por eles.
CONCLUSÃO
Nós cremos que, assim
como todas as profecias sobre a primeira vinda do Messias se cumpriram, de
igual modo todas as profecias sobre o mundo vindouro se cumprirão também, pois
Deus é fiel.
PARA REFLETIR
A respeito do mundo
vindouro, responda:
O que é o Milênio?
O milênio é o reino de Cristo de mil anos. Nesse período,
Satanás será aprisionado no abismo instalado por ocasião da vinda de Cristo em
glória (Ap 20.2,3).
Quem são os que fazem parte da primeira ressurreição?
Por ocasião do arrebatamento da Igreja, serão ressuscitados
os súditos do Rei dos reis.
Quem executará o juízo do Grande Trono Branco?
Deus executará esse juízo por meio de Jesus Cristo.
Por que o velho mundo precisa desaparecer?
O velho mundo vai desaparecer (Is 34.4; 51.6; 2Pe 3.7,10,12)
por causa da sua contaminação; os céus e a terra não poderão resistir à
santidade e à glória de Deus.
Onde é o eterno lar dos santos?
A nova Jerusalém é o eterno lar de todos os salvos em
Cristo.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O Mundo vindouro
O mundo clama por uma
intervenção divina
“Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua
vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a mesma
criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória
dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente
com dores de parto até agora”, foi o que Paulo escreveu aos Romanos no capítulo
8 e nos versículos 20 a 22.
O texto mostra a degradação ambiental como obra dos seres
humanos e a sua destruição em nossa relação com a Criação. O mundo clama por
soluções que reequilibrem o clima do nosso meio ambiente. O ser humano de hoje
só pensa em extrair da natureza como se ela fosse infinita. E importante
ressaltar na aula que a manifestação dos novos céus e nova terra vai de
encontro a essa realidade relatada por Paulo em sua epístola.
Transformação na consciência e nos sentimentos dos seres
humanos
O versículo 23 de Romanos nos diz: “E não só ela, mas nós
mesmos, que tem os as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos,
esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo”. A questão caótica não
está relacionada só a natureza, mas também ao ser humano. Este também geme em
si mesmo, esperançoso de que a sua natureza seja integralmente redimida por
intermédio do advento do Reino de Deus nesse mundo. As pessoas vivem
desconfiadas, rancorosas, manifestando o sentimento de vingança em relação às
outras pessoas. Mas haverá um dia que o ser humano será restaurado e nunca mais
pensará o mal contra o próximo, cessará a perversidade contra outra pessoa.
Nesse dia, a paz de Cristo reinará absolutamente sobre a Terra!
Uma eternidade de justiça e de paz
Paz, justiça e liberdade são direitos que todos os povos
buscam. Nessa busca, paradoxalmente, a humanidade construiu religiões que
oprimem as pessoas, governos despóticos que não respeitam a dignidade humana.
Por isso, quando houver essa nova realidade trazida por Jesus, de novos céus e
nova terra, não haverá mais lugar para as injustiças e indignidades. O Senhor
Jesus não trará apenas a sua paz, mas igualmente a sua justiça; e nos corações
das pessoas estará impregnada a necessidade de se fazer o bem, pois o ser
humano julgado e absolvido por Jesus saberá identificar no outro, de uma vez
por todas, a Imagem de Deus (Ap 21.1-8). Haverá uma nova mentalidade!
SUBSIDIOS
ISAIAS 65.17-25 CRIO
CÉUS NOVOS E NOVA TERRA. Esta profecia prediz o futuro reino de Deus na terra.
Isaías fala a um só tempo da era da eternidade, em que o pecado e a morte já
não existirão (vv. 17-19), e da era messiânica (i.e., o reino milenial) que a
antecede (vv. 19-25; Ap 20.4-6). Note que o versículo 18 começa com um enfático
adversativo ( Mas ); haverá, na verdade, novos céus e nova terra, mas Deus
também tem planos para a Jerusalém do reino milenial de Cristo.
ISAIAS 65.20 NÃO
HAVERÁ MAIS NELA CRIANÇA DE POUCOS DIAS. A morte existirá no reino milenar, mas
a duração da vida humana será muito mais longa do que agora. Uma pessoa de cem
anos de idade será considerada jovem, e morrer antes dessa idade será
considerado uma maldição.
ISAIAS 65.24 ANTES
QUE CLAMEM, EU RESPONDEREI. O povo de Deus já não terá que perseverar em oração
por suas necessidades diárias; o Senhor atenderá as suas orações sem demora.
ISAIAS 65.25 O LOBO E
O CORDEIRO SE APASCENTARÃO JUNTOS. Paz e segurança caracterizarão o reino
messiânico. Animais, antes selvagens, se tornarão mansos, e harmonia perfeita
existirá entre eles (cf. 11.6-9).
APOCALIPSE 21.1 UM
NOVO CÉU E UMA NOVA TERRA. O alvo e expectativa finais da fé do NT é um novo
mundo, transformado e redimido, onde Cristo permanece com seu povo e a justiça
reina em santa perfeição (cf. Sl 102.25,26; Is 65.17; 66.22; Rm 8.19-22; Hb
1.12; 12.27; 2 Pe 3.13).
Para apagar todos os sinais do pecado, haverá a destruição
da terra, das estrelas e galáxias. O céu e a terra serão abalados (Ag 2.6; Hb
12.26-28) e desaparecerão como fumaça (Is 51.6); as estrelas se derreterão (Is
34.4) e os elementos serão dissolvidos (2 Pe 3.7,10,12).
A terra renovada se tornará a habitação dos homens e de Deus
(vv. 2,3,10; 22.3-5).
Todos os redimidos terão corpos semelhantes ao corpo
ressurreto de Cristo, i.e., corpo real, visível e tangível, porém
incorruptível, poderoso e imortal (Rm 8.23; 1 Co 15.51-56).
APOCALIPSE 21.2 A
NOVA JERUSALÉM. A nova Jerusalém está agora no céu (Gl 4.26); dentro em breve,
ela descerá à terra como a cidade de Deus, que Abraão e todos os fiéis
esperavam, da qual Deus é o arquiteto e construtor (Fp 3.20; Hb 11.10,13,16). A
nova terra será a sede do governo divino, e Ele habitará para sempre com o seu
povo (cf. Lv 26.11,12; Jr 31.33; Ez 37.27; Zc 8.8)
APOCALIPSE 21.4 LIMPARÁ... TODA LÁGRIMA. Os efeitos do
pecado, tais como a tristeza, a dor, a mágoa e a morte (7.16,17; Gn 3; Rm 5.12;
Is 35.10; 65.19), já se foram para sempre, porque as coisas más do primeiro céu
e da primeira terra foram-se completamente. Os crentes apenas se lembrarão das
coisas santas que valem a pena ter na memória; decerto não se lembrarão do que
lhes causaria tristeza (Is 65.17).
APOCALIPSE 21.7 QUEM
VENCER. O próprio Deus declara quem herdará as bênçãos do novo céu e da nova
terra: aqueles que perseverarem fielmente como vencedores em Cristo (ver 2.7).
Quem viveu no pecado e na iniqüidade será lançado no lago de fogo.
APOCALIPSE 21.8
QUANTO AOS TÍMIDOS, E AOS INCRÉDULOS. Deus menciona oito classes de pessoas que
terão sua parte no lago que arde com fogo e enxofre.
(1) Os "tímidos" são os que temem a desaprovação e
as ameaças do povo a ponto de darem menos valor à lealdade a Cristo e à verdade
da sua Palavra. Sua segurança e status pessoais em relação aos outros valem
mais para eles do que a fidelidade a Cristo. Entre os tais, estão os crentes
acomodados que desistem da luta espiritual e se deixam vencer (cf. Mc 8.35; 1
Ts 2.4 nota; 2 Tm 2.12,13).
(2) Entre os "incrédulos" estão incluídos os que
já foram crentes em Cristo, mas que foram vencidos por vários pecados como os
já citados. Ser crente em Cristo e viver praticando tais iniqüidades é uma
abominação para Deus.
(3) Há igrejas, hoje, anunciando que é possível alguém ser a
um só tempo verdadeiro filho de Deus e também imoral, mentiroso, adúltero,
homossexual e homicida. Tais pessoas contradizem as claras palavras de Deus,
aqui registradas (cf. 1 Co 6.9,10; Gl 5.19-21; Ef 5.5-7).
APOCALIPSE 21.9 A
ESPOSA, A MULHER DO CORDEIRO. Esta metáfora, aplicada à cidade santa, significa
que o povo de Deus habitará nela. João usa linguagem simbólica para descrever a
cidade santa, cuja glória ultrapassa os limites da compreensão do entendimento
humano (ver 21.9-22.5).
APOCALIPSE 21.12-14
DOZE PORTAS. O muro da cidade sugere a segurança que os salvos desfrutam ali, e
também que a cidade está reservada a um povo separado. Muro fala também de
separação. As doze portas representam Israel (v. 12), e os doze alicerces
representam a igreja (v. 14). Isto destaca o fato de que seus habitantes são os
santos de Deus do AT e do NT.
APOCALIPSE 21.16 A
CIDADE ESTAVA SITUADA EM QUADRADO. O tamanho da cidade indica que ela terá
espaço suficiente para os salvos glorificados de todas as eras. "Doze mil
estádios" equivalem a aproximadamente 2.260 km. A cidade é descrita como
um cubo. No AT, o Santo dos Santos, no Tabernáculo, onde Deus se encontrava com
o seu povo, formava um cubo perfeito. Portanto, a cidade inteira ficará cheia
da glória e da santidade de Deus.
21.22 O SEU TEMPLO É... DEUS... E O CORDEIRO. A presença e a
comunhão íntima com Deus permearão toda a cidade santa, e não apenas um templo.
APOCALIPSE 21.24-26
AS NAÇÕES ANDARÃO À SUA LUZ. Estes versículos indicam que a nova Jerusalém não
abrange a totalidade da nova terra, pois a cidade tem portas, pelas quais os
justos poderão entrar e sair. A nova Jerusalém pode ser a capital da nova
terra.
APOCALIPSE 21.25 ALI
NÃO HAVERÁ NOITE. Este "ali" refere-se apenas à cidade santa, pois
não está dito que não haverá noite na nova terra. Alguns acreditam que haverá
noite, além da cidade, porque Deus prometeu que o dia e a noite nunca cessarão
(Gn 8.22; Sl 104.5; 148.3-6; Is 66.22,23; Jr 33.20,21,25).
APOCALIPSE 20.2
PRENDEU O DRAGÃO... E AMARROU-O POR MIL ANOS. Depois da volta de Cristo e dos
eventos do capítulo 19, Satanás será preso e amarrado por mil anos para que não
mais engane as nações. Isso implica numa cessação total da sua influência
durante mil anos. Depois dos mil anos, ele será solto por pouco tempo para
enganar aqueles que se rebelarem contra o domínio de Deus (vv. 3,7-9). A obra
mais comum de Satanás é enganar (ver Gn 3.13; Mt 24.24; 2 Ts 2.9,10).
APOCALIPSE 20.3 PARA
QUE MAIS NÃO ENGANE AS NAÇÕES. As nações que existirão durante o reino de Cristo
na terra são formadas pelos crentes que estavam vivos no fim da tribulação (ver
19.21; 20.4). Embora a palavra "nações" seja, às vezes,
especificamente usada para os ímpios, João também a usa para representar os
salvos (21.24; 22.2).
APOCALIPSE 20.4 TRONOS;
E ASSENTARAM-SE SOBRE ELES. Aqueles que se assentam nos tronos são
provavelmente os vencedores oriundos de todos os tempos (cf. 2.7 nota) e
possivelmente incluem os santos do AT (ver Ez 37.11-14; Ef 2.14-22; 3.6; Hb
11.39,40). Aqueles que "viveram" (i.e., voltaram à vida) depois da
volta de Cristo são, conforme é declarado, os que foram fiéis a Ele e que morreram
durante a tribulação (6.9; 12.17). João não menciona a ressurreição dos santos
da igreja que morreram, porque ela já ocorreu quando Cristo retirou sua igreja
da terra e a levou ao céu (ver Jo 14.3; 1 Co 15.51).
APOCALIPSE 20.4
REINARAM COM CRISTO DURANTE MIL ANOS. Este reino de Cristo por mil anos é, às
vezes, chamado "o milênio", termo de origem latina que significa
"mil anos". As características deste reino são as seguintes:
(1) Foi predito no AT (Is 9.6; 65.19-25; Dn 7.13,14; Mq
4.1-8; Zc 14.1-9; cf. Ap 2.25-28).
(2) Satanás estará preso (ver vv. 2,3).
(3) Do reino milenial de Cristo participarão os salvos da
igreja (2.26,27; 3.21; 5.10; 20.4), e, possivelmente, os santos ressurretos do
AT (ver Ez 37.11-14; Ef 2.14-22; Hb 11.39,40), e os santos mártires da
tribulação (ver a nota precedente).
(4) O povo do milênio a ser governado por Cristo consistirá
dos que permanecerem fiéis a Ele durante a tribulação e até à sua vinda; e dos
que nascerem durante o milênio (14.12; 18.4; Is 65.20-23; ver Mt 25.1).
(5) Nenhum inconverso entrará nesse reino (ver 19.21).
(6) Aqueles que reinarem com Cristo terão autoridade sobre
todas as nações, e servirão e governarão Israel e as demais nações (v. 6; 3.21;
5.10; 20.6; Mt 19.28; ver Sf 3.9-20).
(7) Haverá paz,
segurança, prosperidade e justiça em toda a terra (Is 2.2-4; Mq 4.4; Zc 9.10;
ver Zc 2.5 nota; 9.8).
(8) A natureza será restaurada à sua condição original, de
ordem, perfeição e beleza (Sl 96.11-13; 98.7-9; Is 14.7,8; 35.1,2,6,7; 51.3;
55.12,13; 65.25; Ez 34.25; Rm 8.18-23; ver Is 65.17-25 nota; Ez 36.8-15 nota;
Zc 14.8).
(9) Todos que optarem pela senda da impiedade, da rebelião e
da desobediência serão castigados (vv. 7-10).
(10) No fim dos mil anos, o reino será entregue ao Pai, por
Jesus (1 Co 15.24); então começará o reino final, eterno e perfeito de Deus e
do Cordeiro (21.1-22.5).
APOCALIPSE 20.6
PRIMEIRA RESSURREIÇÃO. Esta expressão inclui a ressurreição de Cristo e de todo
o povo de Deus. A ressurreição dos ímpios ocorrerá no fim do milênio (vv.12,13;
Is 26.19-21; Dn 12.2,13; Jo 11.25,26; 5.28,29; 1 Co 15.20,52).
APOCALIPSE 20.7
SATANÁS SERÁ SOLTO. No fim do reino de Cristo, Satanás será solto.
(1) O próprio
Satanás, enganando-se ao ponto de supor que ainda poderá derrotar a Deus, sairá
a enganar aqueles que quiserem rebelar-se contra o reino de Cristo, e ajuntará
uma multidão de semelhantes rebeldes.
(2) "Gogue e Magogue" (v. 8; expressão oriunda de
Ez 38,39), representa as nações do mundo rebeladas contra Deus e a sua justiça.
APOCALIPSE 20.8
ENGANAR AS NAÇÕES. Esta é a última rebelião contra Deus. Muitos dos que nascem
durante o milênio, optam manifestamente pela rejeição do senhorio visível de
Cristo, e escolhem Satanás e a sua mentira. O julgamento divino é a sua
destruição e ruína total (v. 9).
APOCALIPSE 20.10 O
DIABO... LANÇADO NO LAGO DE FOGO. O poder de Satanás acabará então, pois Deus o
lançará no lago de fogo para todo o sempre (ver Is 14.9-17). Ali, ele não
reinará, sendo sempre atormentado, dia e noite, eternamente.
APOCALIPSE 20.11
FUGIU A TERRA E O CÉU. Pode ser uma referência à destruição do universo e à
criação de novo céu e nova terra (21.1; cf. Is 51.6; 2 Pe 3.7,10-12).
APOCALIPSE 20.11-13
GRANDE TRONO BRANCO. O julgamento aqui descrito é chamado o "Julgamento do
Grande Trono Branco", abrangendo os perdidos de todas as épocas. Alguns
entendem que os que foram salvos durante o reino milenar de Cristo na terra,
serão incluídos nesse julgamento.
APOCALIPSE 20.14 LAGO
DE FOGO. A Bíblia descreve um quadro terrível do destino dos perdidos.
(1) Fala de "tribulação e angústia" (Rm 2.9),
"pranto e ranger de dentes" (Mt 22.13; 25.30), "eterna
perdição" (2 Ts 1.9) e "fornalha de fogo" (Mt 13.42,50). Fala
das "cadeias da escuridão" (2 Pe 2.4), do "tormento eterno"
(Mt 25.46), de um "inferno" e de um "fogo que nunca se
apaga" (Mc 9.43), de um "ardente lago de fogo e de enxofre"
(19.20) e onde "a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não
têm repouso, nem de dia nem de noite" (14.11). Realmente, "horrenda
coisa é cair nas mãos de Deus vivo" (Hb 10.31); "bom seria para esse
homem se não houvera nascido" (Mt 26.24; ver também Mt 10.28).
(2) Os crentes do NT tinham nítida consciência do destino de
quem vive no pecado. Por essa razão eles pregavam com lágrimas (ver Mc 9.24; At
20.19) e defendiam a Palavra infalível de Deus e o evangelho da salvação contra
todas as distorções e as falsas doutrinas (ver Fp 1.17 nota; 2 Tm 1.14).
(3) O sinistro fato do castigo eterno para os ímpios é a
maior razão para levar o evangelho a todo o mundo, e fazer o máximo possível
para persuadir as pessoas a arrependerem-se e a aceitarem a Cristo antes que
seja tarde demais (ver Jo 3.16)
A CIDADE DE JERUSALÉM
1Cr 11.7,8 “E Davi habitou na fortaleza, pelo que se chamou
a Cidade de Davi. E edificou a cidade ao redor, desde Milo até completar o
circuito; e Joabe renovou o resto da cidade.”
HISTÓRIA DA CIDADE DE JERUSALÉM.
A primeira referência à cidade de Jerusalém é sem dúvida Gn
14.18, onde Melquisedeque é citado como rei de Salém (i.e., Jerusalém; ver Gn
14.18 nota).
Na época dos israelitas cruzarem o Jordão para entrarem na
terra prometida, a cidade chamava-se “da banda dos jebuseus” (Js 15.8) ou
“Jebus” (11.4). Deixou de ser capturada durante a conquista de Canaã por Josué
e permaneceu em mãos dos cananeus até o tempo em que Davi chegou ao reino.
O exército de Davi tomou Jebus de assalto, e Davi fez dela a
sua capital (2Sm 5.5-7; 1Cr 11.4-7). Jerusalém serviu de capital política de
Israel durante o reino unido e, posteriormente, do reino do Sul, Judá. Salomão,
sucessor de Davi, edificou o templo do Senhor em Jerusalém (1Rs 5—8; 2Cr 2—5),
de modo que a cidade também tornou-se o centro religioso de adoração ao Deus do
concerto.
Por causa dos pecados de Israel, Nabucodonosor de Babilônia
sitiou a cidade em 586 a.C., e finalmente a destruiu juntamente com o templo
(2Rs 25.1-11; 2Cr 36.17-19). Jerusalém permaneceu um montão de ruínas até o
retorno dos judeus da Pérsia em 536 a.C. para reedificar tanto o templo quanto
a cidade (Ed 3.8-13; 5.1—6.15; Ne 3.4).
Já nos tempos do NT, Jerusalém voltara a ser o centro da
vida política e religiosa dos judeus. Em 70 d.C., porém, depois de freqüentes
rebeliões dos judeus contra o poder romano, a cidade e o templo voltaram a ser
destruídos.
Quando Davi fez de Jerusalém a sua capital, esta começou a receber
vários outros nomes em consonância com a sua índole; nomes como: “Sião” (2Sm
5.7); “a Cidade de Davi” (1Rs 2.10); “santa cidade” (Ne 11.1); “a cidade de
Deus” (Sl 46.4); “a cidade do grande Rei” (Sl 48.2); “cidade de justiça, cidade
fiel” (Is 1.26); “a Cidade do SENHOR” (Is 60.14); “O SENHOR Está Ali” (Ez
48.35) e “a cidade de verdade” (Zc 8.3). Alguns desses nomes são proféticos
para a futura cidade de Jerusalém.
O SIGNIFICADO DE JERUSALÉM PARA OS ISRAELITAS. A cidade de
Jerusalém tinha um significado especial para o povo de Deus do AT.
(1) Quando Deus relembrou sua lei diante dos israelitas na
fronteira de Canaã, profetizou através de Moisés que, a determinada altura no
futuro, Ele escolheria um lugar “para ali pôr o seu nome” (Dt 12.5, 11, 21;
14.23, 24). Esse lugar seria a cidade de Jerusalém (1Rs 11.13; 14.21) onde o
templo do Deus vivo foi erigido; por isso, recebeu o nome de: “santa cidade”,
“a Cidade de Deus”, e “a Cidade do SENHOR”. Três vezes por ano, todo homem em
Israel devia ir a Jerusalém, para aparecer “perante o SENHOR, teu Deus, no
lugar que escolher, na Festa dos Pães Asmos, e na Festa das Semanas, e na Festa
dos Tabernáculos” (Dt 16.16; cf. 16.2, 6, 11, 15).
(2) Jerusalém era a cidade onde Deus revelava sua Palavra ao
seu povo (Is 2.3); era, portanto, “do vale da Visão” (Is 22.1). Era, também, o
lugar onde Deus reinava sobre seu povo Israel (Sl 99.1,2; cf. 48.1-3, 12-14).
Logo, quando os israelitas oravam, eram ordenados a orar “para a banda desta
cidade” (1Rs 8.44; cf. Dn 6.10). As montanhas que cercavam Jerusalém
simbolizavam o Senhor rodeando o seu povo com eterna proteção (Sl 125.1,2). Em
essência, portanto, Jerusalém era um símbolo de tudo quanto Deus queria para o
seu povo. Sempre que o povo de Deus se congregava em Jerusalém, todos deviam
lembrar-se do poder soberano de Deus, da sua santidade, da sua fidelidade ao seu
povo e do seu compromisso eterno de ser o seu Deus.
(3) Quando o povo de Deus
destruiu seu relacionamento com Ele por causa da sua idolatria e de não querer
obedecer aos seus mandamentos , o Senhor permitiu que os babilônicos
destruíssem Jerusalém, juntamente com o templo. Quando Deus permitiu a destruição
desse antigo símbolo da sua presença constante entre os seus, estava dando a
entender que Ele pessoalmente estava se retirando do seu povo. Note que a
promessa de Deus, de um “concerto eterno” com seu povo, sempre dependia da
condição prévia da obediência deles à sua vontade revelada. Dessa maneira, Deus
estava advertindo o seu povo, daqueles tempos e de agora, que todos devem permanecer
fiéis a Ele e obedientes à sua lei, se quiserem continuar a desfrutar de suas
bênçãos e promessas.
O SIGNIFICADO DE JERUSALÉM PARA A IGREJA CRISTÃ. A cidade de
Jerusalém também era importante para a igreja cristã.
(1) Jerusalém foi o lugar onde nasceu o cristianismo. Ali
Jesus foi crucificado e ressuscitou dentre os mortos. Foi também em Jerusalém
que o Cristo glorificado derramou o Espírito Santo sobre os seus discípulos no
Pentecostes (At 2). A partir daquela cidade, a mensagem do evangelho de Jesus
Cristo espalhou-se “até aos confins da terra” (At 1.8; cf. 24.47). A igreja de
Jerusalém foi a igreja-mãe de todas as igrejas, e a igreja a qual pertenciam os
apóstolos (At 1.12-26; 8.1). Ao surgir uma controvérsia se os gentios crentes
em Jesus tinham de ser circuncidados, foi Jerusalém a cidade onde reuniu-se o
primeiro concílio eclesiástico de importância para resolver o assunto (At
15.1-31; Gl 2.1-10).
(2) Os livros do NT reiteram boa parte do significado da
Jerusalém do AT, mas com uma nova aplicação: de uma cidade terrena para uma
cidade celestial. Noutras palavras, Jerusalém, como a cidade santa, já não estava
aqui na terra mas no céu, onde Deus habita e Cristo reina à sua destra; de lá,
Ele derrama as suas bênçãos; e de lá, Jesus voltará. Paulo fala a respeito de
Jerusalém “que é de cima”, que é nossa mãe (Gl 4.26). O livro de Hebreus indica
que, ao virem a Cristo para receber a salvação, os crentes não chegaram a uma
montanha terrestre, mas “ao monte de Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém
celestial” (Hb 12.22). E, ao invés de preparar uma cidade na terra para os
crentes, Deus está preparando a nova Jerusalém, que um dia descerá “do céu,
adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido” (Ap 21.2; cf. 3.12). Naquele
grande dia, as promessas do concerto serão plenamente cumpridas: “Eis aqui o tabernáculo
de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o
mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus” (Ap 21.3). Deus e o Cordeiro
reinarão para sempre e sempre no seu trono, nessa cidade santa (Ap 22.3).
(3) A cidade de Jerusalém terrestre ainda tem um papel
futuro a desempenhar no reino milenar de Deus? Isaías em 65.17 do seu livro
fala de “céus novos e nova terra” (Is 65.17), e em seguida apresenta um “Mas”
enfático sobre a grandeza da Jerusalém terrena, no versículo 18. O restante do
cap. 65 trata das condições mileniais. Muitos crêem que quando Cristo voltar
para estabelecer seu reino milenial (Ap 20.1-6), Ele porá o seu trono na cidade
de Jerusalém. Depois do julgamento do grande trono branco (Ap 20.11-15), a Jerusalém
celestial descerá à nova terra como a sede do reino eterno de Deus (ver Ap 21.2).
APOCALIPSE 19.1
DEPOIS DESTAS COISAS. O capítulo 19 trata do fim da tribulação e da gloriosa
segunda vinda de Cristo à terra para julgar as nações, abater os ímpios e
reinar com o seu povo.
APOCALIPSE 19.1
ALELUIA. Esta é a primeira das quatro ocasiões em que a palavra
"aleluia" ocorre no NT (ver 1,3,4,6). Ela deriva-se de duas palavras
hebraicas: halal, que significa "louvor", e Jah, uma forma abreviada
do nome "Javé" ou "SENHOR", significando, então
"louvai ao Senhor". Aqui, os salvos no céu louvam ao Senhor, porque
Deus julgou o mundo e vingou aqueles que o mundo fez sofrer, e porque Jesus
Cristo está voltando à terra para reinar (vv. 6,11; 20.4). Esse é o hino
"aleluia" do céu.
APOCALIPSE 19.7 A SUA
ESPOSA SE APRONTOU. Na cronologia do capítulo 19, vemos a "noiva"
(i.e., a igreja, 2 Co 11.2) já no céu, antes da vinda de Cristo à terra. Os
intérpretes vêem aí uma indicação de que a igreja já foi arrebatada antes da
vinda de Cristo, conforme vemos em 19.11-21 (ver o estudo O ARREBATAMENTO).
Duas razões para isso.
(1) A noiva (cf. 21.2) está totalmente preparada no céu,
para "as bodas do Cordeiro", logo, a igreja já deve ter sido
arrebatada, achando-se no céu.
(2) A noiva, já no céu, está vestida com "as justiças
dos santos", i.e., seus atos de retidão (v. 8). Para os atos de retidão
dos santos serem completos, eles precisam estar no céu e libertos de toda a
impureza.
APOCALIPSE 19.10 O
TESTEMUNHO DE JESUS É O ESPÍRITO DE PROFECIA. Em última análise, todas as
profecias bíblicas se relacionam com Jesus e com sua obra redentora e
exaltam-no.
APOCALIPSE 19.11 VI O
CÉU ABERTO. Este versículo narra o começo da segunda vinda de Cristo à terra,
como Rei dos reis e Senhor dos senhores (v. 16). Ele vem do céu como o
Messias-Vencedor (cf. 2 Ts 1.7,8) para estabelecer a verdade e a justiça (Sl
96.13), julgar as nações e aniquilar o mal (cf. Jo 5.30). É esse o evento que
os fiéis de todas as gerações aguardam.
19.14 EXÉRCITOS QUE HÁ NO CÉU. Estes exércitos celestiais
que voltam com Cristo incluem todos os santos que já estão no céu (cf. 17.14).
Suas vestes brancas confirmam esse fato.
APOCALIPSE 19.15
FERIR... AS NAÇÕES. Quando Cristo voltar à terra, castigará as nações ímpias e
rebeladas contra Ele. Reger "com vara de ferro" significa destrui-las
(cf. Sl 2.9). Pisar o lagar indica quão terrível é seu julgamento (cf. Is
64.1,2; Zc 14.3,4; Mt 24.29,30; cf. Ap 14.19).
19.15 DO FUROR E DA IRA DO DEUS TODO-PODEROSO. Esta é uma
séria advertência da aversão de Deus pelo pecado. A idéia humanista de que
Cristo faz vista grossa ao pecado e à imoralidade por causa do seu amor não tem
lugar na revelação que Ele faz de si mesmo neste livro (ver a nota seguinte).
APOCALIPSE 19.17 À
CEIA DO GRANDE DEUS. Esta sinistra ceia tem a ver com a batalha de Armagedom
(ver 16.16 nota). (1) Nessa ocasião, a destruição dos inimigos de Deus na terra
será tão grande, que será preciso um excessivo número de aves para limpar o
campo da batalha. É chamada a "ceia do grande Deus", porque Deus a
ordenará para as aves de rapina. (2) Trata-se da cena de julgamento da terrível
crueldade e impiedade deste mundo. Outras profecias que, com toda a
probabilidade, referem-se a esse evento vindouro, são: 14.14-20; 16.13-16;
17.14; Jr 51.27-36; Ez 39.17-20; Jl 3.9-15; Sf 3.8; Zc 14.2-5.
APOCALIPSE 19.19 PARA
FAZEREM GUERRA. Deus permitirá que agentes demoníacos reúnam as tropas das
nações, na região de Armagedom, como parte dos preparativos para esta cena (ver
16.16 nota; Jr 25.32,33; Jl 3.2; Sf 3.8; Zc 14.2,3).
(1) Este conflito durará pouco. O anticristo será destruído
e também todos os ímpios (vv. 19-21).
(2) O julgamento divino não somente abrange os exércitos ali
reunidos, mas também o mundo inteiro (Jr 25.29-33).
APOCALIPSE 19.20
FALSO PROFETA... FIZERA OS SINAIS. João volta a descrever o falso profeta e a
sua religião mediante uma só característica destacada: enganava a muitos,
operando sinais, maravilhas e milagres (cf. 13.13-15; cf. 2 Ts 2.9,10). A
conclusão é óbvia: nos últimos dias, aqueles que forem fiéis a Cristo e aos
seus mandamentos (cf. 14.12) não devem avaliar a verdade tão somente por haver
sucesso ou milagres. O próprio Senhor adverte solenemente: "Porque
surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e
prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhidos" (Mt 24.24).
APOCALIPSE 19.21 OS
DEMAIS FORAM MORTOS. Deus destrói os ímpios em toda a terra (ver Jr 25.29-33).
Logo, nenhuma pessoa não-salva entrará no reino milenial de Deus (20.4).
Durante a tribulação, o evangelho foi devidamente anunciado dos céus por anjos
a todos os que habitavam na terra. Aqueles que rejeitaram a verdade, receberam
"a operação do erro, para que creiam a mentira, para que sejam julgados todos
os que não creram a verdade" (2 Ts 2.11,12). Note que os injustos
"não hão de herdar o Reino de Deus" (1 Co 6.9-11; cf. Gl 5.21). Eles
serão separados dos justos, depois que Cristo voltar em glória e serão
destinados ao castigo eterno (Mt 25.31-46)
FONTES DE PESQUISA:
MANUAIS BÍBLICOS
COMENTÁRIOS BÍBLICOS
BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL
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