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sexta-feira, 15 de setembro de 2017

O MUNDO VINDOURO - LIÇÃO 12 COM SUBSIDIOS



ELABORADO PELO EVANGELISTA NATALINO ALVES. PROFESSOR DE ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL E PESQUISADOR. MEMBRO DA IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS DE COTEGIPE - BAHIA. (A.D. MISSÃO).

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD  -  ADULTOS
 3º Trimestre de 2017

Título: A razão da nossa fé — Assim cremos, assim vivemos
Comentarista: Esequias Soares
 Lição 12: O Mundo vindouro
Data: 17 de Setembro de 2017

TEXTO ÁUREO
 “E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe” (Ap 21.1).

VERDADE PRÁTICA
 Cremos no Juízo Final, no qual serão julgados os que fizerem parte da Última Ressurreição; e cremos na vida eterna para os infiéis.

LEITURA DIÁRIA
 Segunda — At 24.15
Todos os mortos serão ressuscitados
Terça — Is 65.20-22
A longevidade humana, característica do Reino Milenar de Cristo
Quarta — 1Co 15.26
A morte será aniquilada para sempre no Juízo Final
 Quinta — Mt 25.46
Há na eternidade um lugar para os justos e outro para os injustos
 Sexta — Ap 20.1-3
O Milênio será instaurado por ocasião da vinda de Cristo em glória



Sábado — Ap 22.3-5
Uma amostra da glória do lar dos santos

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
 Apocalipse 21.1-5.
 1 — E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.
2 — E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.
3 — E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus.
4 — E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.
5 — E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve, porque estas palavras são verdadeiras e fiéis.

HINOS SUGERIDOS
 2, 36 e 276 da Harpa Cristã.

OBJETIVO GERAL
 Expor a doutrina bíblica do Milênio, do Juízo Final e da nova criação de todas as coisas.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS



Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Descrever a doutrina bíblica do Milênio;
II. Explicar o Juízo Final;
III. Esclarecer a doutrina bíblica sobre a nova Criação.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
 “Eis que faço novas todas as coisas”, diz a Palavra de Deus (Ap 21.5). Será o dia em que Deus fará tudo novo. Um mundo novo. Uma realidade nova. Novo! Tudo novo! Será o tempo em que o Rei dos reis, o próprio Senhor, intervirá na história do mundo e trará consigo uma nova realidade. “Céus novos e terra nova” sintetizam a dimensão cosmológica dessa nova Criação. Será o dia em que de eternidade em eternidade estaremos sempre com o Deus da glória. Os santos apóstolos anelaram por essa esperança. Por isso, como Igreja do Senhor, somos estimulados pelas Escrituras a mantermos viva a chama da esperança da vinda do Senhor.

COMENTÁRIO
 INTRODUÇÃO
 O mundo vindouro abordado na presente lição pretende mostrar o que virá depois do Juízo Final, o novo céu e a nova terra, a nova Jerusalém, o lar dos santos na eternidade e por toda a eternidade. Trata-se definitivamente do epílogo da história humana. Mas haverá alguns eventos que precederão o mundo vindouro, como o Reino de Cristo de mil anos, o Juízo Final e a ressurreição de todos os incrédulos, bem como o seu destino final.

PONTO CENTRAL
 Deus consumará todas as coisas, pois haverá novos céus e nova terra.

I. SOBRE O MILÊNIO
 1. Descrição. O milênio é o reino de Cristo de mil anos. Nesse período, Satanás será aprisionado no abismo instalado por ocasião da vinda de Cristo em glória (Ap 20.2,3). Isso significa que a ação destruidora de Satanás na terra será neutralizada, iniciando-se assim uma nova ordem de coisas. É a tão almejada paz universal, pois nesse reino haverá perfeita paz, retidão e justiça entre os seres humanos e também harmonia no reino animal (Is 9.7; 11.5-9). A longevidade das pessoas, a garantia do sucesso no trabalho e a resposta imediata às orações são algumas das características do reino do Messias (Is 65.20-25). A sede de seu governo será Jerusalém: “[...] porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém, a palavra do SENHOR” (Is 2.3). O Senhor Jesus se assentará sobre o trono de Davi, e de Jerusalém reinará sobre toda humanidade. Esse reino, que trará salvação aos judeus, é a conclusão do programa divino sobre o povo de Israel (Is 59.20; Rm 11.26).

2. Sobre a ressurreição dos mortos. A Bíblia ensina que os justos e os injustos serão ressuscitados (Dn 12.2; Jo 5.29; At 24.25). Mas em Apocalipse ficamos sabendo que há um intervalo de mil anos entre essas ressurreições. A primeira ressurreição é a dos justos, e a outra é a última ressurreição: “Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição” (Ap 20.5). São partes da primeira ressurreição os santos provenientes da Era da Igreja e os do Antigo Testamento, juntamente com os mártires da Grande Tribulação (Ap 6.9-11; 20.4). Convém salientar que a ressurreição divide-se em duas fases. Por ocasião do arrebatamento da Igreja (1Co 15.52; 1Ts 4.16; Ap 20.6), serão ressuscitados os súditos do Rei dos reis. Quanto à ressurreição dos injustos, também conhecida como Ressurreição Universal ou ainda Última Ressurreição, envolverá todos os descrentes desde o princípio do mundo até aquele dia.

SÍNTESE DO TÓPICO (I)
 Milênio: um tempo em que o Senhor Jesus reinará sobre toda a humanidade.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
 “MILÊNIO
A palavra ‘milênio’ vem dos termos latinos Mille e annum (‘ano’). A palavra grega chilias, que também significa ‘mil’, aparece por seis vezes em Apocalipse 20, definindo a duração do Reino de Cristo antes da destruição do velho céu e da velha terra. O Milênio, portanto, refere-se aos mil anos do futuro Reino de Cristo sobre a terra, que virá imediatamente antes da eternidade (Ryrie, pp.145-146). Durante o Milênio, Cristo reinará no tempo e no espaço.

[...] PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS E CONDIÇÕES DO MILÊNIO
 O Milênio será um tempo de controle tanto político como espiritual. Politicamente, ele será universal (Dn 2.35), discricionário (Is 11.4) e caracterizado pela retidão e justiça. Será zeloso para com os pobres (Is 11.3-5), mas trará recriminação e juízo para quem transgredir as ordenanças do Messias (Sl 2.10-12).
Este reino literal de Cristo sobre a terra também terá características espirituais. Acima de tudo, será um reino de justiça, onde Cristo será o Rei e governará com absoluta retidão (Is 23.1). Será também um tempo em que se manifestarão a plenitude do Espírito e a santidade de Deus (Is 11.2-5). ‘Naquele dia, se gravará sobre as campainhas dos cavalos: Santidade Ao Senhor [...] e todas as panelas em Jerusalém e Judá serão consagradas ao Senhor dos Exércitos’ (Zc 14.20-21).
Tudo, do trabalho à adoração, será santificado ao Senhor. O pecado será punido (Sl 72.1-4; Zc 14.16-21) de maneira pública e justa. A era messiânica também será caracterizada por um reinado de paz (Is 2.4; 11.5-9; 65.25; Mq 4.3). As profecias de Isaías revelam outras características, incluindo:

• Alegria (Is 9.3-4);
• Glória (Is 24.23);
• Justiça (Is 9.7);
• Conhecimento pleno (Is 11.1-2);
• Instruções e orientações (Is 2.2-3);
• Fim da maldição sobre a terra e a eliminação de toda enfermidade (11.6-9; 33.24);
• Maior expectativa de vida (Is 65.20);
• Prosperidade no trabalho (Is 4.1; 35.1-2; 62.8-9);
• Harmonia no reino animal (Is 11.6-9; 62.25).

Sofonias 3.9 e Isaías 45.13 afirmam que, no Milênio, a linguagem e a adoração serão puras. A pura adoração será possível por causa da maravilhosa presença de Deus (Ez 37.27-28). A presença física do Messias garantirá estas bênçãos. Walvoord diz: ‘A gloriosa presença de Cristo no cenário do Milênio é, logicamente, o foco de toda a espiritualidade e adoração’ (Walvoord, p.307)” (LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed. (Eds.). Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. RJ: CPAD, 2013, p.318).

II. SOBRE O JUÍZO FINAL
 1. Descrição. É conhecido como o Juízo do Grande Trono Branco: “E vi um grande trono branco” (Ap 20.11). Aqui serão julgados “os outros mortos”, aqueles que não fizeram parte da primeira ressurreição (Ap 20.5). Isso mostra que ficam de fora os crentes da primeira ressurreição, pois eles já fazem parte do reino de Cristo e estão com o corpo glorificado (Ap 20.4). Deus instaurará esse juízo após a última rebelião de Satanás, que acontecerá depois dos mil anos do reinado de Cristo (Ap 20.7). Deus executará esse juízo por meio de Jesus Cristo: “o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo” (Jo 5.22).


2. O julgamento. Não há menção de vivos no Juízo Final: “E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras” (Ap 20.12). Os “grandes e pequenos” não se referem à idade, adultos e crianças, mas a status, pessoas de todas as classes sociais. Todos eles serão julgados com base nas obras registradas nesses livros. O resultado desse julgamento é a condenação eterna: “E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo” (Ap 20.15). Não existe aqui lugar para o sono da alma, nem para uma segunda oportunidade, muito menos para o aniquilamento.

3. Destino dos ímpios. É o inferno, descrito aqui como “lago de fogo” ou “ardente lago de fogo e enxofre” (Ap 19.20). Esse lugar foi preparado para o Diabo e seus anjos (Mt 25.41), e não para os seres humanos, mas será o destino final dos perdidos por causa da sua incredulidade e desobediência, pois a vontade de Deus é que ninguém se perca, mas que todos sejam salvos (1Tm 2.4).
a) Hades. A Septuaginta emprega esse termo para traduzir o hebraico sheol, no Antigo Testamento, que significa o “mundo invisível dos mortos” (Sl 89.48). Ambos os termos se traduzem, às vezes, por “inferno” na Almeida Revista e Corrigida (Sl 9.17; Mt 16.18). O lugar serve como estágio intermediário dos mortos sem Cristo, uma prisão temporária até que venha o Dia do Juízo (Ap 20.13,14). Os condenados que partiram desde o início do mundo permanecem lá, conscientes e em tormentos, sabendo perfeitamente porque estão nesse lugar (Lc 16.23,24).
b) Geena. O mundo judaico contemporâneo de Jesus cria que a Geena era o lugar no qual os ímpios receberiam como castigo o sofrimento eterno. O termo, traduzido por “inferno”, foi usado pelo Senhor Jesus nos evangelhos: “Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?” (Mt 23.33), e indica o lago de fogo apocalíptico.

SÍNTESE DO TÓPICO (II)
 O Juízo Final é o evento que sacramentará o destino dos ímpios.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
 “Embora o trono de Deus seja o trono de julgamento, Jesus declarou: ‘E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo’ (Jo 5.22). O único Mediador entre Deus e a humanidade tornar-se-á também o Mediador do julgamento. Por conseguinte, Jesus assentar-se-á sobre o trono. E tão grande será a sua majestade, que a terra e o céu ‘fugirão’, não havendo mais para eles ‘lugar, no plano de Deus’. Isto posto, abrir-se-á caminho para os novos céus e a nova terra. Eis os que comparecerão diante do grande trono branco: ‘os mortos, grandes e pequenos’ (Ap 20.12). Quanto aos justos, por haverem participado da primeira ressurreição, já terão corpos imortais e incorruptíveis. Portanto, os mortos que estarão de pé, diante do grande trono branco, para serem julgados, serão ‘os outros mortos’ (Ap 20.5) que não tomaram parte na primeira ressurreição por ocasião do arrebatamento. Esses serão os ‘mortos ímpios’, incluindo os que foram consumidos após o Milênio, por haverem seguido a Satanás” (MENZIES, William W.; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1995, pp.207,08).

CONHEÇA MAIS
 Primeira Ressurreição
“De maneira geral, assim é visto o arrebatamento da Igreja que, juntamente com o rapto dos vivos, constituir-se-á também da revificação, imortalização e glorificação dos que morreram em Cristo (1Co 15.50-57)”. Para conhecer mais, leia Dicionário Teológico, CPAD, p.32.

III. SOBRE A NOVA CRIAÇÃO
 1. Um novo céu e uma nova terra. O quadro descrito no texto da Leitura Bíblica em Classe diz respeito à nova criação, ou seja, não se trata, pois, de uma renovação ou de alguma restauração, mas de tudo ser novo: “Eis que faço novas todas as coisas” (v.5); “Porque eis que eu crio céus novos e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão” (Is 65.17). Essa promessa reaparece no Novo Testamento (2Pe 3.13). O velho mundo vai desaparecer (Is 34.4; 51.6; 2Pe 3.7,10,12) por causa da sua contaminação; os céus e a terra não poderão resistir à santidade e à glória de Deus: “E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles” (Ap 20.11). Essa palavra profética é reiterada mais adiante: “Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe” (v.1). O universo físico não se susterá diante da pureza, santidade e glória daquele que está assentado sobre o trono.

2. A nova Jerusalém. Antes de tudo, convém ressaltar que a nova Jerusalém “que de Deus descia do céu” (v.2) não é a mesma Jerusalém do Milênio. Isso é de fácil compreensão. Aqui já estamos no período pós-milênio. A descrição da cidade mostra com abundância de detalhes que a sua glória excede em muito ao da Jerusalém milenial (Ap 21.9-21). O templo dela é Deus e o Cordeiro (v.22); a cidade não necessita de sol nem de lua (v.23), e nela não haverá noite (v.25). Nós veremos o rosto de Deus e do Cordeiro (Ap 22.4), e a glória de Deus e de Cristo nos alumiará para sempre (Ap 22.5). A nova Jerusalém é chamada ainda de “a Jerusalém que é de cima” (Gl 4.26) e a “Jerusalém celestial” (Hb 12.22).

3. A eternidade dos salvos. A nova Jerusalém é o eterno lar de todos os salvos em Cristo. O próprio Deus estará continuamente entre os humanos: “Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará” (v.3), e Deus mesmo limpará de nossos olhos toda a lágrima (v.4). Ali não haverá morte, que é o último inimigo a ser derrotado (1Co 15.26,54). O pecado será banido para sempre, e ali nunca mais haverá maldição contra alguém (Ap 22.3). É a nossa eterna bem-aventurança. Aqui está o final glorioso da jornada da Igreja.

SÍNTESE DO TÓPICO (III)
 Novos céus e nova terra será uma nova realidade implantada por Deus.

SUBSÍDIO DIDÁTICO
 Prezado professor, prezada professora, antes de iniciar este tópico, introduza-o fazendo algumas perguntas sugeridas abaixo:

• O que você entende por “novos céus” e “nova terra”?
• O que a expressão “nova Jerusalém” representa para você?
• Em que está baseada a sua esperança?

Note que cada pergunta está respectivamente de acordo com cada subtópico deste terceiro tópico. Após fazê-las à classe, dê um tempo para que os alunos respondam. Ouça com atenção e, em seguida, exponha o tópico dando ênfase às possíveis dúvidas identificadas nas respostas fornecidas por eles.

CONCLUSÃO
 Nós cremos que, assim como todas as profecias sobre a primeira vinda do Messias se cumpriram, de igual modo todas as profecias sobre o mundo vindouro se cumprirão também, pois Deus é fiel.

PARA REFLETIR
 A respeito do mundo vindouro, responda:
 O que é o Milênio?
O milênio é o reino de Cristo de mil anos. Nesse período, Satanás será aprisionado no abismo instalado por ocasião da vinda de Cristo em glória (Ap 20.2,3).

Quem são os que fazem parte da primeira ressurreição?
Por ocasião do arrebatamento da Igreja, serão ressuscitados os súditos do Rei dos reis.

Quem executará o juízo do Grande Trono Branco?
Deus executará esse juízo por meio de Jesus Cristo.

Por que o velho mundo precisa desaparecer?
O velho mundo vai desaparecer (Is 34.4; 51.6; 2Pe 3.7,10,12) por causa da sua contaminação; os céus e a terra não poderão resistir à santidade e à glória de Deus.

Onde é o eterno lar dos santos?
A nova Jerusalém é o eterno lar de todos os salvos em Cristo.

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
 O Mundo vindouro
 O mundo clama por uma intervenção divina
“Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora”, foi o que Paulo escreveu aos Romanos no capítulo 8 e nos versículos 20 a 22.
O texto mostra a degradação ambiental como obra dos seres humanos e a sua destruição em nossa relação com a Criação. O mundo clama por soluções que reequilibrem o clima do nosso meio ambiente. O ser humano de hoje só pensa em extrair da natureza como se ela fosse infinita. E importante ressaltar na aula que a manifestação dos novos céus e nova terra vai de encontro a essa realidade relatada por Paulo em sua epístola.

Transformação na consciência e nos sentimentos dos seres humanos
O versículo 23 de Romanos nos diz: “E não só ela, mas nós mesmos, que tem os as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo”. A questão caótica não está relacionada só a natureza, mas também ao ser humano. Este também geme em si mesmo, esperançoso de que a sua natureza seja integralmente redimida por intermédio do advento do Reino de Deus nesse mundo. As pessoas vivem desconfiadas, rancorosas, manifestando o sentimento de vingança em relação às outras pessoas. Mas haverá um dia que o ser humano será restaurado e nunca mais pensará o mal contra o próximo, cessará a perversidade contra outra pessoa. Nesse dia, a paz de Cristo reinará absolutamente sobre a Terra!

Uma eternidade de justiça e de paz
Paz, justiça e liberdade são direitos que todos os povos buscam. Nessa busca, paradoxalmente, a humanidade construiu religiões que oprimem as pessoas, governos despóticos que não respeitam a dignidade humana. Por isso, quando houver essa nova realidade trazida por Jesus, de novos céus e nova terra, não haverá mais lugar para as injustiças e indignidades. O Senhor Jesus não trará apenas a sua paz, mas igualmente a sua justiça; e nos corações das pessoas estará impregnada a necessidade de se fazer o bem, pois o ser humano julgado e absolvido por Jesus saberá identificar no outro, de uma vez por todas, a Imagem de Deus (Ap 21.1-8). Haverá uma nova mentalidade!



SUBSIDIOS 

ISAIAS  65.17-25 CRIO CÉUS NOVOS E NOVA TERRA. Esta profecia prediz o futuro reino de Deus na terra. Isaías fala a um só tempo da era da eternidade, em que o pecado e a morte já não existirão (vv. 17-19), e da era messiânica (i.e., o reino milenial) que a antecede (vv. 19-25; Ap 20.4-6). Note que o versículo 18 começa com um enfático adversativo ( Mas ); haverá, na verdade, novos céus e nova terra, mas Deus também tem planos para a Jerusalém do reino milenial de Cristo.

ISAIAS  65.20 NÃO HAVERÁ MAIS NELA CRIANÇA DE POUCOS DIAS. A morte existirá no reino milenar, mas a duração da vida humana será muito mais longa do que agora. Uma pessoa de cem anos de idade será considerada jovem, e morrer antes dessa idade será considerado uma maldição.

ISAIAS  65.24 ANTES QUE CLAMEM, EU RESPONDEREI. O povo de Deus já não terá que perseverar em oração por suas necessidades diárias; o Senhor atenderá as suas orações sem demora.

ISAIAS  65.25 O LOBO E O CORDEIRO SE APASCENTARÃO JUNTOS. Paz e segurança caracterizarão o reino messiânico. Animais, antes selvagens, se tornarão mansos, e harmonia perfeita existirá entre eles (cf. 11.6-9).

APOCALIPSE  21.1 UM NOVO CÉU E UMA NOVA TERRA. O alvo e expectativa finais da fé do NT é um novo mundo, transformado e redimido, onde Cristo permanece com seu povo e a justiça reina em santa perfeição (cf. Sl 102.25,26; Is 65.17; 66.22; Rm 8.19-22; Hb 1.12; 12.27; 2 Pe 3.13).
Para apagar todos os sinais do pecado, haverá a destruição da terra, das estrelas e galáxias. O céu e a terra serão abalados (Ag 2.6; Hb 12.26-28) e desaparecerão como fumaça (Is 51.6); as estrelas se derreterão (Is 34.4) e os elementos serão dissolvidos (2 Pe 3.7,10,12).
A terra renovada se tornará a habitação dos homens e de Deus (vv. 2,3,10; 22.3-5).
Todos os redimidos terão corpos semelhantes ao corpo ressurreto de Cristo, i.e., corpo real, visível e tangível, porém incorruptível, poderoso e imortal (Rm 8.23; 1 Co 15.51-56).

APOCALIPSE  21.2 A NOVA JERUSALÉM. A nova Jerusalém está agora no céu (Gl 4.26); dentro em breve, ela descerá à terra como a cidade de Deus, que Abraão e todos os fiéis esperavam, da qual Deus é o arquiteto e construtor (Fp 3.20; Hb 11.10,13,16). A nova terra será a sede do governo divino, e Ele habitará para sempre com o seu povo (cf. Lv 26.11,12; Jr 31.33; Ez 37.27; Zc 8.8)

APOCALIPSE  21.4  LIMPARÁ... TODA LÁGRIMA. Os efeitos do pecado, tais como a tristeza, a dor, a mágoa e a morte (7.16,17; Gn 3; Rm 5.12; Is 35.10; 65.19), já se foram para sempre, porque as coisas más do primeiro céu e da primeira terra foram-se completamente. Os crentes apenas se lembrarão das coisas santas que valem a pena ter na memória; decerto não se lembrarão do que lhes causaria tristeza (Is 65.17).

APOCALIPSE  21.7 QUEM VENCER. O próprio Deus declara quem herdará as bênçãos do novo céu e da nova terra: aqueles que perseverarem fielmente como vencedores em Cristo (ver 2.7). Quem viveu no pecado e na iniqüidade será lançado no lago de fogo.

APOCALIPSE  21.8 QUANTO AOS TÍMIDOS, E AOS INCRÉDULOS. Deus menciona oito classes de pessoas que terão sua parte no lago que arde com fogo e enxofre.
(1) Os "tímidos" são os que temem a desaprovação e as ameaças do povo a ponto de darem menos valor à lealdade a Cristo e à verdade da sua Palavra. Sua segurança e status pessoais em relação aos outros valem mais para eles do que a fidelidade a Cristo. Entre os tais, estão os crentes acomodados que desistem da luta espiritual e se deixam vencer (cf. Mc 8.35; 1 Ts 2.4 nota; 2 Tm 2.12,13).
(2) Entre os "incrédulos" estão incluídos os que já foram crentes em Cristo, mas que foram vencidos por vários pecados como os já citados. Ser crente em Cristo e viver praticando tais iniqüidades é uma abominação para Deus.
(3) Há igrejas, hoje, anunciando que é possível alguém ser a um só tempo verdadeiro filho de Deus e também imoral, mentiroso, adúltero, homossexual e homicida. Tais pessoas contradizem as claras palavras de Deus, aqui registradas (cf. 1 Co 6.9,10; Gl 5.19-21; Ef 5.5-7).

APOCALIPSE  21.9 A ESPOSA, A MULHER DO CORDEIRO. Esta metáfora, aplicada à cidade santa, significa que o povo de Deus habitará nela. João usa linguagem simbólica para descrever a cidade santa, cuja glória ultrapassa os limites da compreensão do entendimento humano (ver 21.9-22.5).

APOCALIPSE  21.12-14 DOZE PORTAS. O muro da cidade sugere a segurança que os salvos desfrutam ali, e também que a cidade está reservada a um povo separado. Muro fala também de separação. As doze portas representam Israel (v. 12), e os doze alicerces representam a igreja (v. 14). Isto destaca o fato de que seus habitantes são os santos de Deus do AT e do NT.

APOCALIPSE  21.16 A CIDADE ESTAVA SITUADA EM QUADRADO. O tamanho da cidade indica que ela terá espaço suficiente para os salvos glorificados de todas as eras. "Doze mil estádios" equivalem a aproximadamente 2.260 km. A cidade é descrita como um cubo. No AT, o Santo dos Santos, no Tabernáculo, onde Deus se encontrava com o seu povo, formava um cubo perfeito. Portanto, a cidade inteira ficará cheia da glória e da santidade de Deus.

21.22 O SEU TEMPLO É... DEUS... E O CORDEIRO. A presença e a comunhão íntima com Deus permearão toda a cidade santa, e não apenas um templo.

APOCALIPSE  21.24-26 AS NAÇÕES ANDARÃO À SUA LUZ. Estes versículos indicam que a nova Jerusalém não abrange a totalidade da nova terra, pois a cidade tem portas, pelas quais os justos poderão entrar e sair. A nova Jerusalém pode ser a capital da nova terra.

APOCALIPSE  21.25 ALI NÃO HAVERÁ NOITE. Este "ali" refere-se apenas à cidade santa, pois não está dito que não haverá noite na nova terra. Alguns acreditam que haverá noite, além da cidade, porque Deus prometeu que o dia e a noite nunca cessarão (Gn 8.22; Sl 104.5; 148.3-6; Is 66.22,23; Jr 33.20,21,25).

APOCALIPSE  20.2 PRENDEU O DRAGÃO... E AMARROU-O POR MIL ANOS. Depois da volta de Cristo e dos eventos do capítulo 19, Satanás será preso e amarrado por mil anos para que não mais engane as nações. Isso implica numa cessação total da sua influência durante mil anos. Depois dos mil anos, ele será solto por pouco tempo para enganar aqueles que se rebelarem contra o domínio de Deus (vv. 3,7-9). A obra mais comum de Satanás é enganar (ver Gn 3.13; Mt 24.24; 2 Ts 2.9,10).

APOCALIPSE  20.3 PARA QUE MAIS NÃO ENGANE AS NAÇÕES. As nações que existirão durante o reino de Cristo na terra são formadas pelos crentes que estavam vivos no fim da tribulação (ver 19.21; 20.4). Embora a palavra "nações" seja, às vezes, especificamente usada para os ímpios, João também a usa para representar os salvos (21.24; 22.2).

APOCALIPSE  20.4 TRONOS; E ASSENTARAM-SE SOBRE ELES. Aqueles que se assentam nos tronos são provavelmente os vencedores oriundos de todos os tempos (cf. 2.7 nota) e possivelmente incluem os santos do AT (ver Ez 37.11-14; Ef 2.14-22; 3.6; Hb 11.39,40). Aqueles que "viveram" (i.e., voltaram à vida) depois da volta de Cristo são, conforme é declarado, os que foram fiéis a Ele e que morreram durante a tribulação (6.9; 12.17). João não menciona a ressurreição dos santos da igreja que morreram, porque ela já ocorreu quando Cristo retirou sua igreja da terra e a levou ao céu (ver Jo 14.3; 1 Co 15.51).

APOCALIPSE  20.4 REINARAM COM CRISTO DURANTE MIL ANOS. Este reino de Cristo por mil anos é, às vezes, chamado "o milênio", termo de origem latina que significa "mil anos". As características deste reino são as seguintes:
(1) Foi predito no AT (Is 9.6; 65.19-25; Dn 7.13,14; Mq 4.1-8; Zc 14.1-9; cf. Ap 2.25-28).
(2) Satanás estará preso (ver vv. 2,3).
(3) Do reino milenial de Cristo participarão os salvos da igreja (2.26,27; 3.21; 5.10; 20.4), e, possivelmente, os santos ressurretos do AT (ver Ez 37.11-14; Ef 2.14-22; Hb 11.39,40), e os santos mártires da tribulação (ver a nota precedente).
(4) O povo do milênio a ser governado por Cristo consistirá dos que permanecerem fiéis a Ele durante a tribulação e até à sua vinda; e dos que nascerem durante o milênio (14.12; 18.4; Is 65.20-23; ver Mt 25.1).
(5) Nenhum inconverso entrará nesse reino (ver 19.21).
(6) Aqueles que reinarem com Cristo terão autoridade sobre todas as nações, e servirão e governarão Israel e as demais nações (v. 6; 3.21; 5.10; 20.6; Mt 19.28; ver Sf 3.9-20).
 (7) Haverá paz, segurança, prosperidade e justiça em toda a terra (Is 2.2-4; Mq 4.4; Zc 9.10; ver Zc 2.5 nota; 9.8).
(8) A natureza será restaurada à sua condição original, de ordem, perfeição e beleza (Sl 96.11-13; 98.7-9; Is 14.7,8; 35.1,2,6,7; 51.3; 55.12,13; 65.25; Ez 34.25; Rm 8.18-23; ver Is 65.17-25 nota; Ez 36.8-15 nota; Zc 14.8).
(9) Todos que optarem pela senda da impiedade, da rebelião e da desobediência serão castigados (vv. 7-10).
(10) No fim dos mil anos, o reino será entregue ao Pai, por Jesus (1 Co 15.24); então começará o reino final, eterno e perfeito de Deus e do Cordeiro (21.1-22.5).

APOCALIPSE  20.6 PRIMEIRA RESSURREIÇÃO. Esta expressão inclui a ressurreição de Cristo e de todo o povo de Deus. A ressurreição dos ímpios ocorrerá no fim do milênio (vv.12,13; Is 26.19-21; Dn 12.2,13; Jo 11.25,26; 5.28,29; 1 Co 15.20,52).

APOCALIPSE  20.7 SATANÁS SERÁ SOLTO. No fim do reino de Cristo, Satanás será solto.
 (1) O próprio Satanás, enganando-se ao ponto de supor que ainda poderá derrotar a Deus, sairá a enganar aqueles que quiserem rebelar-se contra o reino de Cristo, e ajuntará uma multidão de semelhantes rebeldes.
(2) "Gogue e Magogue" (v. 8; expressão oriunda de Ez 38,39), representa as nações do mundo rebeladas contra Deus e a sua justiça.

APOCALIPSE  20.8 ENGANAR AS NAÇÕES. Esta é a última rebelião contra Deus. Muitos dos que nascem durante o milênio, optam manifestamente pela rejeição do senhorio visível de Cristo, e escolhem Satanás e a sua mentira. O julgamento divino é a sua destruição e ruína total (v. 9).

APOCALIPSE  20.10 O DIABO... LANÇADO NO LAGO DE FOGO. O poder de Satanás acabará então, pois Deus o lançará no lago de fogo para todo o sempre (ver Is 14.9-17). Ali, ele não reinará, sendo sempre atormentado, dia e noite, eternamente.

APOCALIPSE  20.11 FUGIU A TERRA E O CÉU. Pode ser uma referência à destruição do universo e à criação de novo céu e nova terra (21.1; cf. Is 51.6; 2 Pe 3.7,10-12).

APOCALIPSE  20.11-13 GRANDE TRONO BRANCO. O julgamento aqui descrito é chamado o "Julgamento do Grande Trono Branco", abrangendo os perdidos de todas as épocas. Alguns entendem que os que foram salvos durante o reino milenar de Cristo na terra, serão incluídos nesse julgamento.

APOCALIPSE  20.14 LAGO DE FOGO. A Bíblia descreve um quadro terrível do destino dos perdidos.
(1) Fala de "tribulação e angústia" (Rm 2.9), "pranto e ranger de dentes" (Mt 22.13; 25.30), "eterna perdição" (2 Ts 1.9) e "fornalha de fogo" (Mt 13.42,50). Fala das "cadeias da escuridão" (2 Pe 2.4), do "tormento eterno" (Mt 25.46), de um "inferno" e de um "fogo que nunca se apaga" (Mc 9.43), de um "ardente lago de fogo e de enxofre" (19.20) e onde "a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso, nem de dia nem de noite" (14.11). Realmente, "horrenda coisa é cair nas mãos de Deus vivo" (Hb 10.31); "bom seria para esse homem se não houvera nascido" (Mt 26.24; ver também Mt 10.28).
(2) Os crentes do NT tinham nítida consciência do destino de quem vive no pecado. Por essa razão eles pregavam com lágrimas (ver Mc 9.24; At 20.19) e defendiam a Palavra infalível de Deus e o evangelho da salvação contra todas as distorções e as falsas doutrinas (ver Fp 1.17 nota; 2 Tm 1.14).
(3) O sinistro fato do castigo eterno para os ímpios é a maior razão para levar o evangelho a todo o mundo, e fazer o máximo possível para persuadir as pessoas a arrependerem-se e a aceitarem a Cristo antes que seja tarde demais (ver Jo 3.16)

A CIDADE DE JERUSALÉM
1Cr 11.7,8 “E Davi habitou na fortaleza, pelo que se chamou a Cidade de Davi. E edificou a cidade ao redor, desde Milo até completar o circuito; e Joabe renovou o resto da cidade.”
HISTÓRIA DA CIDADE DE JERUSALÉM.
A primeira referência à cidade de Jerusalém é sem dúvida Gn 14.18, onde Melquisedeque é citado como rei de Salém (i.e., Jerusalém; ver Gn 14.18 nota).
Na época dos israelitas cruzarem o Jordão para entrarem na terra prometida, a cidade chamava-se “da banda dos jebuseus” (Js 15.8) ou “Jebus” (11.4). Deixou de ser capturada durante a conquista de Canaã por Josué e permaneceu em mãos dos cananeus até o tempo em que Davi chegou ao reino.
O exército de Davi tomou Jebus de assalto, e Davi fez dela a sua capital (2Sm 5.5-7; 1Cr 11.4-7). Jerusalém serviu de capital política de Israel durante o reino unido e, posteriormente, do reino do Sul, Judá. Salomão, sucessor de Davi, edificou o templo do Senhor em Jerusalém (1Rs 5—8; 2Cr 2—5), de modo que a cidade também tornou-se o centro religioso de adoração ao Deus do concerto.
Por causa dos pecados de Israel, Nabucodonosor de Babilônia sitiou a cidade em 586 a.C., e finalmente a destruiu juntamente com o templo (2Rs 25.1-11; 2Cr 36.17-19). Jerusalém permaneceu um montão de ruínas até o retorno dos judeus da Pérsia em 536 a.C. para reedificar tanto o templo quanto a cidade (Ed 3.8-13; 5.1—6.15; Ne 3.4).
Já nos tempos do NT, Jerusalém voltara a ser o centro da vida política e religiosa dos judeus. Em 70 d.C., porém, depois de freqüentes rebeliões dos judeus contra o poder romano, a cidade e o templo voltaram a ser destruídos.
Quando Davi fez de Jerusalém a sua capital, esta começou a receber vários outros nomes em consonância com a sua índole; nomes como: “Sião” (2Sm 5.7); “a Cidade de Davi” (1Rs 2.10); “santa cidade” (Ne 11.1); “a cidade de Deus” (Sl 46.4); “a cidade do grande Rei” (Sl 48.2); “cidade de justiça, cidade fiel” (Is 1.26); “a Cidade do SENHOR” (Is 60.14); “O SENHOR Está Ali” (Ez 48.35) e “a cidade de verdade” (Zc 8.3). Alguns desses nomes são proféticos para a futura cidade de Jerusalém.

O SIGNIFICADO DE JERUSALÉM PARA OS ISRAELITAS. A cidade de Jerusalém tinha um significado especial para o povo de Deus do AT.
(1) Quando Deus relembrou sua lei diante dos israelitas na fronteira de Canaã, profetizou através de Moisés que, a determinada altura no futuro, Ele escolheria um lugar “para ali pôr o seu nome” (Dt 12.5, 11, 21; 14.23, 24). Esse lugar seria a cidade de Jerusalém (1Rs 11.13; 14.21) onde o templo do Deus vivo foi erigido; por isso, recebeu o nome de: “santa cidade”, “a Cidade de Deus”, e “a Cidade do SENHOR”. Três vezes por ano, todo homem em Israel devia ir a Jerusalém, para aparecer “perante o SENHOR, teu Deus, no lugar que escolher, na Festa dos Pães Asmos, e na Festa das Semanas, e na Festa dos Tabernáculos” (Dt 16.16; cf. 16.2, 6, 11, 15).

(2) Jerusalém era a cidade onde Deus revelava sua Palavra ao seu povo (Is 2.3); era, portanto, “do vale da Visão” (Is 22.1). Era, também, o lugar onde Deus reinava sobre seu povo Israel (Sl 99.1,2; cf. 48.1-3, 12-14). Logo, quando os israelitas oravam, eram ordenados a orar “para a banda desta cidade” (1Rs 8.44; cf. Dn 6.10). As montanhas que cercavam Jerusalém simbolizavam o Senhor rodeando o seu povo com eterna proteção (Sl 125.1,2). Em essência, portanto, Jerusalém era um símbolo de tudo quanto Deus queria para o seu povo. Sempre que o povo de Deus se congregava em Jerusalém, todos deviam lembrar-se do poder soberano de Deus, da sua santidade, da sua fidelidade ao seu povo e do seu compromisso eterno de ser o seu Deus.

 (3) Quando o povo de Deus destruiu seu relacionamento com Ele por causa da sua idolatria e de não querer obedecer aos seus mandamentos , o Senhor permitiu que os babilônicos destruíssem Jerusalém, juntamente com o templo. Quando Deus permitiu a destruição desse antigo símbolo da sua presença constante entre os seus, estava dando a entender que Ele pessoalmente estava se retirando do seu povo. Note que a promessa de Deus, de um “concerto eterno” com seu povo, sempre dependia da condição prévia da obediência deles à sua vontade revelada. Dessa maneira, Deus estava advertindo o seu povo, daqueles tempos e de agora, que todos devem permanecer fiéis a Ele e obedientes à sua lei, se quiserem continuar a desfrutar de suas bênçãos e promessas.

O SIGNIFICADO DE JERUSALÉM PARA A IGREJA CRISTÃ. A cidade de Jerusalém também era importante para a igreja cristã.
(1) Jerusalém foi o lugar onde nasceu o cristianismo. Ali Jesus foi crucificado e ressuscitou dentre os mortos. Foi também em Jerusalém que o Cristo glorificado derramou o Espírito Santo sobre os seus discípulos no Pentecostes (At 2). A partir daquela cidade, a mensagem do evangelho de Jesus Cristo espalhou-se “até aos confins da terra” (At 1.8; cf. 24.47). A igreja de Jerusalém foi a igreja-mãe de todas as igrejas, e a igreja a qual pertenciam os apóstolos (At 1.12-26; 8.1). Ao surgir uma controvérsia se os gentios crentes em Jesus tinham de ser circuncidados, foi Jerusalém a cidade onde reuniu-se o primeiro concílio eclesiástico de importância para resolver o assunto (At 15.1-31; Gl 2.1-10).

(2) Os livros do NT reiteram boa parte do significado da Jerusalém do AT, mas com uma nova aplicação: de uma cidade terrena para uma cidade celestial. Noutras palavras, Jerusalém, como a cidade santa, já não estava aqui na terra mas no céu, onde Deus habita e Cristo reina à sua destra; de lá, Ele derrama as suas bênçãos; e de lá, Jesus voltará. Paulo fala a respeito de Jerusalém “que é de cima”, que é nossa mãe (Gl 4.26). O livro de Hebreus indica que, ao virem a Cristo para receber a salvação, os crentes não chegaram a uma montanha terrestre, mas “ao monte de Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial” (Hb 12.22). E, ao invés de preparar uma cidade na terra para os crentes, Deus está preparando a nova Jerusalém, que um dia descerá “do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido” (Ap 21.2; cf. 3.12). Naquele grande dia, as promessas do concerto serão plenamente cumpridas: “Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus” (Ap 21.3). Deus e o Cordeiro reinarão para sempre e sempre no seu trono, nessa cidade santa (Ap 22.3).

(3) A cidade de Jerusalém terrestre ainda tem um papel futuro a desempenhar no reino milenar de Deus? Isaías em 65.17 do seu livro fala de “céus novos e nova terra” (Is 65.17), e em seguida apresenta um “Mas” enfático sobre a grandeza da Jerusalém terrena, no versículo 18. O restante do cap. 65 trata das condições mileniais. Muitos crêem que quando Cristo voltar para estabelecer seu reino milenial (Ap 20.1-6), Ele porá o seu trono na cidade de Jerusalém. Depois do julgamento do grande trono branco (Ap 20.11-15), a Jerusalém celestial descerá à nova terra como a sede do reino eterno de Deus (ver Ap 21.2).

APOCALIPSE  19.1 DEPOIS DESTAS COISAS. O capítulo 19 trata do fim da tribulação e da gloriosa segunda vinda de Cristo à terra para julgar as nações, abater os ímpios e reinar com o seu povo.

APOCALIPSE  19.1 ALELUIA. Esta é a primeira das quatro ocasiões em que a palavra "aleluia" ocorre no NT (ver 1,3,4,6). Ela deriva-se de duas palavras hebraicas: halal, que significa "louvor", e Jah, uma forma abreviada do nome "Javé" ou "SENHOR", significando, então "louvai ao Senhor". Aqui, os salvos no céu louvam ao Senhor, porque Deus julgou o mundo e vingou aqueles que o mundo fez sofrer, e porque Jesus Cristo está voltando à terra para reinar (vv. 6,11; 20.4). Esse é o hino "aleluia" do céu.

APOCALIPSE  19.7 A SUA ESPOSA SE APRONTOU. Na cronologia do capítulo 19, vemos a "noiva" (i.e., a igreja, 2 Co 11.2) já no céu, antes da vinda de Cristo à terra. Os intérpretes vêem aí uma indicação de que a igreja já foi arrebatada antes da vinda de Cristo, conforme vemos em 19.11-21 (ver o estudo O ARREBATAMENTO). Duas razões para isso.
(1) A noiva (cf. 21.2) está totalmente preparada no céu, para "as bodas do Cordeiro", logo, a igreja já deve ter sido arrebatada, achando-se no céu.
(2) A noiva, já no céu, está vestida com "as justiças dos santos", i.e., seus atos de retidão (v. 8). Para os atos de retidão dos santos serem completos, eles precisam estar no céu e libertos de toda a impureza.


APOCALIPSE  19.10 O TESTEMUNHO DE JESUS É O ESPÍRITO DE PROFECIA. Em última análise, todas as profecias bíblicas se relacionam com Jesus e com sua obra redentora e exaltam-no.

APOCALIPSE  19.11 VI O CÉU ABERTO. Este versículo narra o começo da segunda vinda de Cristo à terra, como Rei dos reis e Senhor dos senhores (v. 16). Ele vem do céu como o Messias-Vencedor (cf. 2 Ts 1.7,8) para estabelecer a verdade e a justiça (Sl 96.13), julgar as nações e aniquilar o mal (cf. Jo 5.30). É esse o evento que os fiéis de todas as gerações aguardam.

19.14 EXÉRCITOS QUE HÁ NO CÉU. Estes exércitos celestiais que voltam com Cristo incluem todos os santos que já estão no céu (cf. 17.14). Suas vestes brancas confirmam esse fato.

APOCALIPSE  19.15 FERIR... AS NAÇÕES. Quando Cristo voltar à terra, castigará as nações ímpias e rebeladas contra Ele. Reger "com vara de ferro" significa destrui-las (cf. Sl 2.9). Pisar o lagar indica quão terrível é seu julgamento (cf. Is 64.1,2; Zc 14.3,4; Mt 24.29,30; cf. Ap 14.19).

19.15 DO FUROR E DA IRA DO DEUS TODO-PODEROSO. Esta é uma séria advertência da aversão de Deus pelo pecado. A idéia humanista de que Cristo faz vista grossa ao pecado e à imoralidade por causa do seu amor não tem lugar na revelação que Ele faz de si mesmo neste livro (ver a nota seguinte).

APOCALIPSE  19.17 À CEIA DO GRANDE DEUS. Esta sinistra ceia tem a ver com a batalha de Armagedom (ver 16.16 nota). (1) Nessa ocasião, a destruição dos inimigos de Deus na terra será tão grande, que será preciso um excessivo número de aves para limpar o campo da batalha. É chamada a "ceia do grande Deus", porque Deus a ordenará para as aves de rapina. (2) Trata-se da cena de julgamento da terrível crueldade e impiedade deste mundo. Outras profecias que, com toda a probabilidade, referem-se a esse evento vindouro, são: 14.14-20; 16.13-16; 17.14; Jr 51.27-36; Ez 39.17-20; Jl 3.9-15; Sf 3.8; Zc 14.2-5.

APOCALIPSE  19.19 PARA FAZEREM GUERRA. Deus permitirá que agentes demoníacos reúnam as tropas das nações, na região de Armagedom, como parte dos preparativos para esta cena (ver 16.16 nota; Jr 25.32,33; Jl 3.2; Sf 3.8; Zc 14.2,3).
(1) Este conflito durará pouco. O anticristo será destruído e também todos os ímpios (vv. 19-21).
(2) O julgamento divino não somente abrange os exércitos ali reunidos, mas também o mundo inteiro (Jr 25.29-33).

APOCALIPSE  19.20 FALSO PROFETA... FIZERA OS SINAIS. João volta a descrever o falso profeta e a sua religião mediante uma só característica destacada: enganava a muitos, operando sinais, maravilhas e milagres (cf. 13.13-15; cf. 2 Ts 2.9,10). A conclusão é óbvia: nos últimos dias, aqueles que forem fiéis a Cristo e aos seus mandamentos (cf. 14.12) não devem avaliar a verdade tão somente por haver sucesso ou milagres. O próprio Senhor adverte solenemente: "Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhidos" (Mt 24.24).

APOCALIPSE  19.21 OS DEMAIS FORAM MORTOS. Deus destrói os ímpios em toda a terra (ver Jr 25.29-33). Logo, nenhuma pessoa não-salva entrará no reino milenial de Deus (20.4). Durante a tribulação, o evangelho foi devidamente anunciado dos céus por anjos a todos os que habitavam na terra. Aqueles que rejeitaram a verdade, receberam "a operação do erro, para que creiam a mentira, para que sejam julgados todos os que não creram a verdade" (2 Ts 2.11,12). Note que os injustos "não hão de herdar o Reino de Deus" (1 Co 6.9-11; cf. Gl 5.21). Eles serão separados dos justos, depois que Cristo voltar em glória e serão destinados ao castigo eterno (Mt 25.31-46)

FONTES DE PESQUISA:
MANUAIS BÍBLICOS
COMENTÁRIOS BÍBLICOS
BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL


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