ELABORADO PELO EVANGELISTA NATALINO ALVES. PROFESSOR DE ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL E PESQUISADOR. MEMBRO DA IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS DE COTEGIPE - BAHIA. (A.D. MISSÃO).
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD
- ADULTOS
3º Trimestre de 2017
Título: A razão da nossa fé — Assim cremos, assim vivemos
Comentarista: Esequias Soares
Lição 11: A Segunda Vinda de Cristo
Data: 10 de Setembro de 2017
TEXTO ÁUREO
“Porque, assim como o
relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda
do Filho do Homem” (Mt 24.27).
VERDADE PRÁTICA
A Segunda Vinda de
Cristo será em duas fases distintas: primeira — invisível ao mundo, para
arrebatar a sua Igreja; segunda — visível e corporal, com a sua Igreja
glorificada.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Jo 14.3
O Senhor Jesus Cristo prometeu nos levar para o céu
Terça — Lc 17.34-36
O arrebatamento da Igreja acontecerá repentinamente
Quarta — Jd 14
A vinda de Jesus em glória
Quinta — Mt 24.21
Após o arrebatamento da Igreja se seguirá a Grande
Tribulação
Sexta — 2Co 5.10
O Tribunal de Cristo
Sábado — Ap 22.20
Jesus em breve virá
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Tessalonicenses
4.13-18; Lucas 21.25-27.
1 Tessalonicenses 4
13 — Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca
dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm
esperança.
14 — Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim
também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele.
15 — Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós,
os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem.
16 — Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com
voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo
ressuscitarão primeiro;
17 — depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados
juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim
estaremos sempre com o Senhor.
18 — Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas
palavras.
Lucas 21
25 — E haverá sinais no sol, e na lua, e nas estrelas, e, na
terra, angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas;
26 — homens desmaiando de terror, na expectação das coisas
que sobrevirão ao mundo, porquanto os poderes do céu serão abalados.
27 — E, então, verão vir o Filho do Homem numa nuvem, com
poder e grande glória.
HINOS SUGERIDOS
323, 442 e 547 da
Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Apresentar a doutrina bíblica a respeito da segunda vinda de
Cristo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos
específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Analisar os eventos futuros;
II. Identificar os termos bíblicos para a segunda vinda de
Cristo;
III. Explicar os eventos da segunda vinda de Cristo.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
A vinda do Senhor é
uma promessa feita pelo próprio Senhor Jesus. É uma promessa de esperança para todos
os que creem. Por isso, a Palavra de Deus nos exorta a viver como se Cristo
voltasse a qualquer momento. A iminência da volta do Senhor traz ao crente uma
consciência de vivermos uma vida mais santa, de maior seriedade com a
evangelização dos não-crentes e desejo de estar mais perto do Senhor.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A Bíblia mostra a
segunda vinda de Cristo em duas fases: a primeira é o arrebatamento da Igreja,
e a segunda é a sua vinda em glória. Entre esses dois eventos, haverá na terra
a Grande Tribulação, o julgamento divino sobre todos os moradores do mundo e no
céu o Tribunal de Cristo seguido das Bodas do Cordeiro. O nosso enfoque aqui é
a fundamentação bíblica desses eventos. Mas o tema escatológico não se esgota
com o que trataremos e a sua continuação se dará na próxima lição.
PONTO CENTRAL
A segunda vinda de
Cristo se dará em duas fases: o arrebatamento e a vinda.
I. OS EVENTOS DO
PORVIR
1. Fonte de predição.
Não há outra fonte de predições verdadeiras a não ser a Bíblia Sagrada, por
meio da qual Deus nos diz tudo o que precisamos saber sobre os eventos do
porvir. Ela é a única fonte confiável. Esses eventos são uma série de
acontecimentos do epílogo da história humana que envolve o arrebatamento da
Igreja (1Ts 4.16,17), a vinda de Jesus em glória (Mt 24.30; Ap 1.7), o juízo de
Deus sobre a terra no fim dos tempos (Mt 24.21), o futuro glorioso de Israel
(Is 62.2,3) e o reino milenar de Cristo (Is 9.7; 11.10). São acontecimentos
anunciados desde o princípio do mundo, desde Enoque (Jd 14) até o apóstolo
João, o último dos apóstolos, no livro de Apocalipse.
2. O destino dos impérios da antiguidade. As profecias sobre
os impérios antigos, como a queda da Babilônia para nunca mais se erguer no
cenário mundial (Is 13.19,20) e ascensão e queda dos impérios medo-persa, grego
e romano nos capítulos 7 e 8 de Daniel, entre outros profetas, se cumpriram, e
a própria História confirma esses fatos. As profecias messiânicas se cumpriram
com abundâncias de detalhes, como o nascimento do Messias de uma virgem, na
cidade de Belém, seu julgamento diante de Pôncio Pilatos, sua morte, sua
ressurreição e a ascensão ao céu, entre outros.
3. Sobre as Diásporas judaicas. As profecias apontam, de
antemão, as duas dispersões do povo judeu e as suas respectivas restaurações. A
primeira Diáspora (Jr 16.13) e seu retorno (Ed 1.1-3); a segunda Diáspora,
anunciada pelo próprio Senhor Jesus Cristo: “E cairão a fio de espada e para
todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios,
até que os tempos dos gentios se completem” (Lc 21.24), com o seu respectivo retorno
depois de mais de 18 séculos à terra de seus antepassados, tal como fora
anunciado pelos profetas do Antigo Testamento, como Jeremias (Jr 31.17),
Ezequiel (Ez 11.17; 36.24; 37.21), Amós (Am 9.14,15) e Zacarias (Zc 8.7,8).
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
A fonte para todos os
eventos do futuro são as Sagradas Escrituras.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Uma das
características mais inigualáveis dos verdadeiros profetas do AT era a
habilidade que tinham de prever os eventos futuros com perfeita exatidão. O
próprio Deus previu o cativeiro de Israel no Egito e o seu subsequente
livramento (Gn 15.13-18). Moisés previu a conquista bem-sucedida da Terra
Prometida pelos israelitas sob o comando de Josué (Dt 31.23). Samuel previu o
fracasso da dinastia de Saul (1Sm 15.28). Natã previu as consequências do
pecado de Davi e seus efeitos sobre a sua própria família (2Sm 12.7-12). Elias
previu as mortes de Acabe e Jezabel (1Rs 21.19-23). Isaías previu o livramento
de Jerusalém da invasão assíria de Senaqueribe (2Rs 19.34-37). Jeremias previu
o cativeiro dos judeus por setenta anos na Babilônia” (LAHAYE, Tim; HINDSON,
Ed. (Eds.). Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. RJ: CPAD, 2013,
pp.120-21).
II. TERMOS BÍBLICOS PARA A SEGUNDA VINDA DE CRISTO
1. Vinda. A palavra
parousia (que se pronuncia “parussía”) significa “vinda, chegada, presença,
volta, visita real, advento, chegada de um rei”. No aspecto escatológico, este
substantivo se refere tanto ao arrebatamento da igreja (1Ts 4.15) como à vinda
de Cristo em glória com sua Igreja (2Ts 2.8). O outro termo é érchomai, “ir” e
também “vir”. Duas coisas opostas? Sim, desde que se considere o movimento
entre o ponto de partida e o ponto de chegada. Para quem está no ponto de
partida é “ida”, mas, para quem estiver no ponto de chegada, é “vinda”. Esse
verbo aparece em referência à vinda de Jesus (Jo 14.3) e também à sua vinda em
glória (At 1.11; Jd 14; Ap 1.7).
2. Manifestação, aparição. O substantivo grego aqui é
epipháneia, que só aparece seis vezes no Novo Testamento, com uso exclusivamente
paulino, e todas as ocorrências dizem respeito à vinda de Jesus, desde a
encarnação do Verbo (2Tm 1.10). O apóstolo Paulo exorta os crentes para uma
vida irrepreensível até “à aparição de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Tm 6.14);
“e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo” (Tt
2.13). O termo é também traduzido por “vinda” em referência ao arrebatamento da
Igreja (2Tm 4.8). O apóstolo o emprega ainda para se referir à segunda vinda de
Cristo em glória: “Conjuro-te, pois, diante de Deus e do Senhor Jesus Cristo,
que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu Reino” (2Tm 4.1),
ou conforme encontra-se na Almeida Revista e Atualizada, “pela sua manifestação
e pelo seu reino”.
3. Revelação. O termo é apokalypsis. O apóstolo Pedro
emprega essa palavra para se referir ao arrebatamento da Igreja (1Pe 1.7). Esse
termo é traduzido ainda como “manifestação”, também em referência ao
arrebatamento da Igreja: “De maneira que nenhum dom vos falta, esperando a
manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Co 1.7) ou de acordo com a versão
Almeida Revista e Atualizada, “aguardando vós a revelação de nosso Senhor Jesus
Cristo”.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
“Vinda”,
“manifestação”, “aparição” e “revelação” são termos bíblicos que remontam a
segunda vinda de Cristo.
SUBSÍDIO PEDAGÓGICO
Além dos termos
bíblicos serem importantes para o estudo da segunda vinda de Cristo, outros
termos, de cunho teológicos, são também de suma importância ao professor
dominá-los. Veja abaixo:
CONHEÇA MAIS
Escatologia
“[Do gr. escathos, últimas coisas + logia, discurso
racional] Estudo sistemático e lógico das doutrinas concernentes às últimas
coisas. Compreendida como um dos capítulos da dogmática cristã, a escatologia
tem por objeto os seguintes temas: Estado Intermediário, Arrebatamento da
Igreja, Grande Tribulação, Milênio, Julgamento Final e o estado perfeito
eterno”. Para conhecer mais, leia Dicionário Teológico, CPAD, p.165.
III. OS EVENTOS DA SEGUNDA VINDA DE CRISTO
1. O arrebatamento da
igreja. É o rapto dos santos da terra, um acontecimento global e simultâneo em
todo o planeta. A profecia contempla até os fusos horários, pois uns estarão
dormindo à noite e outros trabalhando nesse exato momento (Lc 17.34-36). Esse
evento será inesperado, algo rápido, em fração de segundo, e invisível aos
olhos humanos: “num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última
trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós
seremos transformados” (1Co 15.52 — ARA). Os mortos salvos, os que “dormiram em
Cristo”, ressuscitarão primeiro (1Ts 4.16b); em seguida, nós, os crentes em
Jesus que estivermos vivos nessa ocasião, com o corpo corruptível já revestido
da incorruptibilidade, quando aquilo que é mortal estiver revestido da
imortalidade (1Co 15.53), seremos arrebatados da terra para o encontro com o
Senhor Jesus nas nuvens (1Ts 4.16,17). Essa é a primeira fase da segunda vinda
de Cristo, a esperança da Igreja (Fp 3.21).
2. A vinda de Cristo em glória. Sete anos depois do
arrebatamento da Igreja, o Senhor virá em glória, visível aos olhos humanos (Mt
24.30,31; Lc 21.25-28). Nesse retorno de Jesus à terra, Ele virá acompanhado
dos santos (1Ts 3.13; Jd 14). O propósito aqui é julgar as nações (Jl 3.12-14;
Mt 25.31,32), restaurar o trono de Davi (Zc 12.8-14) em cumprimento à promessa
de Deus feita por meio do anjo Gabriel: “[...] e o Senhor Deus lhe dará o trono
de Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá
fim” (Lc 1.32,33); destruir a besta e o falso profeta (2Ts 2.8; Ap 19.19,20) e
estabelecer o seu reino de justiça e paz na terra, o reino de Deus de mil anos
(Is 2.4; Ap 20.2,3).
3. A Grande Tribulação. É o período de transição entre a
Dispensação da Igreja e o Milênio, um tempo de angústia e sofrimentos sem
precedentes na história (Dn 12.1; Jl 2.2; Mt 24.21; Mc 13.19), também conhecido
como “o Dia do Senhor” (Jl 1.15; 2Pe 3.10). A Igreja não passará por esse
período, que é conhecido como a “Grande Tribulação” (1Ts 1.10). Será a era do
anticristo (2Ts 2.7-9), identificado como a besta (Ap 13.2-8). O falso profeta
será o porta-voz do anticristo, que enganará o povo por meio dos falsos
milagres (Ap 16.13,14). O anticristo fará um concerto com a nação de Israel por
uma “semana de anos” (Dn 9.27), mas na metade deste período o concerto será
rompido, pois os judeus descobrirão que fizeram um acordo com o próprio Diabo.
Só a partir daí é que começa o período da angústia de Jacó (Jr 30.7). Todos
esses horrores estão registrados a partir do capítulo 6 de Apocalipse. Este
período foi determinado por Deus para fazer justiça contra a rebelião dos
moradores da terra e para preparar a nação de Israel para o encontro com o seu
Messias (Am 4.12).
4. O Tribunal de Cristo e as Bodas do Cordeiro. Enquanto a
Grande Tribulação acontece na terra; no céu, os santos estarão recebendo a
recompensa por aquilo que cada um fez em vida pela causa do evangelho (1Co
3.12-15; Ap 22.12). É o chamado Tribunal de Cristo (2Co 5.10), a premiação dos
salvos. Não se trata de um julgamento para a salvação ou condenação. Todos os
presentes já são salvos em Jesus, visto que a salvação é pela graça; aqui se
trata de mais uma bênção aos salvos. Em seguida, virá a festa das bodas do
Cordeiro (Ap 10.9), o grande banquete que celebrará a união de Cristo com a sua
Igreja.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
O arrebatamento, a
grande tribulação e vinda em glória são os eventos da segunda vinda de Cristo.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“O Senhor
advertiu-nos quanto ao tempo de sua vinda: ‘Mas, daquele Dia e hora, ninguém
sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai. Olhai, vigiai e
orai, porque não sabeis quando chegará o tempo’ (Mc 13.32,33). Jesus também
disse aos discípulos, momentos antes de subir aos céus, que não lhe pertencia
‘saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder’
(At 1.7). A data do retorno de Cristo não é prerrogativa nossa. Contudo, há
algumas linhas mestras que devemos observar para que não sejamos surpreendidos.
Em vista da necessidade de nos mantermos sempre alertas,
podemos falar da bendita esperança como algo que fosse acontecer a qualquer
momento. Não queremos dizer com isso que o Senhor Jesus poderia ter retornado
imediatamente após a sua ascensão. Todavia, atentemos para a parábola na qual
Jesus pintou um ‘homem nobre’ que ‘partiu para uma terra remota, a fim de tomar
para si um reino e voltar depois. E, chamando dez servos seus, deu-lhes dez
minas e disse-lhes: Negociai até que eu venha’ (Lc 19.11-27). Esta comparação
dá a entender que haveria uma ausência considerável. Haja vista o dinheiro
confiado aos servos. Era sinal de que estes deveriam cumprir suas tarefas com
fidelidade. Como eles não sabiam o tempo exato do retorno de seu senhor, não
podiam mostrar-se negligentes: teriam de cuidar com o máximo zelo dos negócios
do mestre” (MENZIES, William W.; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas: Os
Fundamentos da Nossa Fé. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1995, pp.184-85).
CONCLUSÃO
Essas amostras
proféticas servem como garantias de que tudo o que está escrito para o fim dos
tempos irá de igual modo se cumprir (Jr 1.12). A nossa esperança não se baseia
numa utopia, mas em fatos revelados na Palavra de Deus e confirmados pela
História. A escatologia bíblica é a continuação do processo histórico.
PARA REFLETIR
A respeito da Segunda
Vinda de Cristo, responda:
Quais os termos usados para a segunda vinda de Cristo?
Vinda, manifestação e revelação.
Quais os eventos da segunda vinda de Cristo?
O arrebatamento da igreja, a Grande Tribulação e a vinda de
Cristo em glória.
O que é o arrebatamento da Igreja?
É o rapto dos santos da terra, um acontecimento global e
simultâneo em todo o planeta.
O que é a Grande Tribulação?
É o período de transição entre a Dispensação da Igreja e o
Milênio, um tempo de angústia e sofrimentos sem precedentes na história, também
conhecido como “o Dia do Senhor”.
O que são o Tribunal de Cristo e as Bodas do Cordeiro?
É a premiação dos salvos. Não se trata de um julgamento para
a salvação ou condenação. Em seguida, virá a festa das bodas do Cordeiro (Ap
10.9), o grande banquete que celebrará a união de Cristo com a sua Igreja.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A Segunda Vinda de
Cristo
Prezado professor, prezada professora, as Escrituras revelam
um Deus de esperança. A manifestação do reino eterno de Deus é o desfecho da
esperança dos seus filhos, a conclusão de toda a espera de um Reino de paz, de
amor e de justiça sem fim (Mt 25.31-40). Para os que têm a certeza da salvação,
uma mensagem de esperança e alegria; para quem despertar sem esperança, uma
tragédia eterna (Mt 25.41-46). Nesse sentido, essa esperança se desdobrará em
dois momentos.
O Arrebatamento da Igreja
Na primeira fase, o nosso Senhor virá somente para sua
Igreja. E o Arrebatamento! Refere-se ao “encontro do Senhor”, o rapto da
Igreja. Esta primeira fase da vinda do Senhor será visível à Igreja, mas
invisível ao mundo. O apóstolo Paulo nos diz em sua primeira epístola aos
Tessalonicenses que, em primeiro lugar, os crentes que morreram em Cristo
ressuscitarão primeiro, depois os crentes que estiverem vivos serão arrebatados
juntamente com os crentes que morreram e foram ressuscitados em Cristo. Esse
encontro com Jesus Cristo se dará nos termos da sua ascensão aos céus, relatada
em Atos 1, isto é, nas nuvens (1Ts 4.13-18). Uma esperança gloriosa! Estaremos
para sempre com o nosso Senhor, Redentor e Salvador!
A Segunda Vinda de Cristo
Após o Arrebatamento, dizem os estudiosos, virá um tempo de
muita confusão na Terra: a Grande Tribulação. Por acaso você ouviu ou conhece
essa expressão? A Grande Tribulação marca um tempo de juízo de Deus para as
pessoas que não atenderam a chamada do Criador para se arrependerem (Ap 6—8) —
a Igreja que foi arrebatada pelo Senhor não passará pela Grande Tribulação.
Nesse tempo se levantará um homem poderoso, inteligente e um ditador mundial.
Ele é o homem do pecado e o filho da perdição (2Ts 2.3).
No momento de tão grande aflição proporcionada pela ação do
Anticristo; mas juntamente com Igreja que fora anteriormente arrebata, Jesus
Cristo intervirá no mundo para destruir o Anticristo (Ap 19.14), fazer cessar a
guerra sem proporção na história do mundo e estabelecer um reino de paz
universal, o Milênio. A Segunda Vinda de Jesus será visível, pois Ele se
manifestará ao mundo todo. Todas as línguas, tribos e nações confessarão que
Ele é o Senhor (Fp 2.9-11). O Senhor Jesus virá como o Juiz de toda terra!
Todo crente que conhece o Evangelho de Jesus espera se
encontrar com o seu Senhor. Que haja no coração de nossos alunos esse mesmo
sentimento!
SUBSIDIOS
O ARREBATAMENTO DA
IGREJA
1Ts 4.16,17 “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com
alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em
Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos
arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e
assim estaremos sempre com o Senhor.”
O termo “arrebatamento” deriva da palavra raptus em latim,
que significa “arrebatado rapidamente e com força”. O termo latino raptus
equivale a harpazo em grego, traduzido por “arrebatado” em 4.17. Esse evento,
descrito aqui e em 1Co 15, refere-se à ocasião em que a igreja do Senhor será
arrebatada da terra para encontrar-se com Ele nos ares. O arrebatamento abrange
apenas os salvos em Cristo.
(1) Instantes antes do arrebatamento, ao descer Cristo do
céu para buscar a sua igreja, ocorrerá a ressurreição dos “que morreram em
Cristo” (4.16). Não se trata da mesma ressurreição referida em Ap 20.4, a qual
somente ocorrerá depois de Cristo voltar à terra, julgar os ímpios e prender
Satanás (Ap 19.11—20.3). A ressurreição de Ap 20.4 tem a ver com os mártires da
tribulação e possivelmente com os santos do AT (ver Ap 20.6).
(2) Ao mesmo tempo que ocorre a ressurreição dos mortos em
Cristo, os crentes vivos serão transformados; seus corpos se revestirão de
imortalidade (1Co 15.51,53). Isso acontecerá num instante, “num abrir e fechar
de olhos” (1Co 15.52).
(3) Tanto os crentes ressurretos como os que acabaram de ser
transformados serão “arrebatados juntamente” (4.17) para encontrar-se com
Cristo nos ares, ou seja: na atmosfera entre a terra e o céu.
(4) Estarão literalmente unidos com Cristo (4.16,17),
levados à casa do Pai, no céu (ver Jo 14.2,3), e reunidos aos queridos que
tinham morrido (4.13-18).
(5) Estarão livres de todas as aflições (2Co 5.2,4; Fp
3.21), de toda perseguição e opressão (ver Ap 3.10), de todo domínio do pecado
e da morte (1Co 15.51-56); o arrebatamento os livra da “ira futura” (ver 1.10;
5.9), ou seja: da grande tribulação.
(6) A esperança de que nosso Salvador logo voltará para nos tirar
do mundo, a fim de estarmos “sempre com o Senhor” (4.17), é a bem-aventurada
esperança de todos os redimidos (Tt 2.13). É fonte principal de consolo para os
crentes que sofrem (4.17,18; 5.10).
(7) Paulo emprega o pronome “nós” em 4.17 por saber que a
volta do Senhor poderia acontecer naquele período, e comunica aos
tessalonicenses essa mesma esperança. A Bíblia insiste que anelemos e esperemos
contínua e confiadamente a volta do nosso Senhor (cf. Rm 13.11; 1Co 15.51,52;
Ap 22.12,20).
(8) Quem está na igreja mas não abandona o pecado e o mal,
sendo assim infiel a Cristo, será deixado aqui, no arrebatamento (ver Mt 25.1; Lc
12.45). Os tais ficarão neste mundo e farão parte da igreja apóstata (ver Ap
17.1), sujeitos à ira de Deus.
(9) Depois do arrebatamento, virá o Dia do Senhor, um tempo
de sofrimento e ira sobre os ímpios (5.2-10; ver 5.2). Seguir-se-á a segunda
fase da vinda de Cristo, quando, então, Ele virá para julgar os ímpios e reinar
sobre a terra (ver Mt 24.42,44).
MATEUS 24.3 25.46 O SERMÃO DO MONTE DAS OLIVEIRAS.
A profecia de Jesus no monte das Oliveiras foi dada em resposta a uma pergunta
dos díscípulos: Que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo? Jesus, a
seguir, declarou esses sinais:
(1) sinais gerais, do
decurso da referida era até os últimos dias (vv. 4-14);
(2) sinais especiais apontando para os dias finais da dita
era (vv. 15-28);
(3) sinais extraordinários que ocorrerão na sua vinda
triunfal, com poder e grande glória (vv. 29-31);
(4) admoestação aos santos, da tribulação, para que estejam
alerta aos sinais que precederão a esperada vinda de Cristo, logo após a
tribulação (vv. 32-35);
(5) admoestação a todos os crentes vivos, na pré-tribulação,
para estarem espiritualmente prontos para o momento inesperado e desconhecido
da vinda de Cristo para os seus fiéis (vv. 36-51; 25.1-13; ver Jo 14.3).
(6) uma descrição do julgamento das nações depois da volta
de Cristo à terra (25.31-46). Saiba-se que muitos pormenores da vinda de Cristo
não estão revelados em Mt 24. Além disso, ninguém, até hoje, conseguiu elucidar
com absoluta certeza todas as profecias bíblicas a respeito dos tempos do fim
MATEUS 24.4-51 JESUS RESPONDENDO. As palavras de
Jesus no sermão do Monte das Oliveiras foram dirigidas aos seus discípulos e a
todo povo de Deus, daqueles dias e até o fim dos tempos, quando ocorrerá a sua
volta triunfante à terra, para estabelecer o seu reino milenial.
(1) Quanto aos crentes vivos, antes da tribulação, Cristo
lhes diz que ninguém pode calcular, nem sequer fazer uma estimativa do dia da
sua volta para buscá-los (vv. 42-44). Por isto, devem estar prontos a qualquer
momento, porque Ele voltará para os levar ao céu, i.e., à casa do seu Pai (Jo
14.2,3), numa hora em que não pensam que Ele virá (ver v. 44).
(2) Quanto aos que crerem em Cristo durante a grande
tribulação, poderão saber com mais certeza o momento da sua vinda. Cristo lhes
dá sinais, pelos quais saberão que a sua volta está muito próxima (vv. 15-29).
Quando esses sinais acontecerem, devem reconhecer que ele está próximo, às
portas (ver v. 33)
MATEUS 24.4 SINAIS DO FIM DOS TEMPOS. Em Mt
24.4-14, Jesus cita os sinais que caracterizarão o decurso inteiro dos últimos
dias e que se intensificarão à medida que o fim se aproximar.
(1) Os falsos
profetas e os liberais religiosos dentro da igreja visível aumentarão e
enganarão a muitos (vv. 4,5,11).
(2) Muitas guerras, fome e terremotos (vv. 6,7) serão o princípio
de dores (de parto) (v. 8) da nova era messiânica que se aproxima.
(3) À medida que o fim se aproxima, o povo de Deus será
severamente perseguido (v. 9), e muitos abandonarão a sua lealdade a Cristo
(vv. 9,10).
(4) O desrespeito pelos mandamentos de Deus, a violência e o
crime aumentarão rapidamente, e o amor natural e o afeto na família diminuirão
(v. 12; cf. Mc 13.12; 2 Tm 3.3).
(5) Apesar desta intensa e crescente aflição, o evangelho
será pregado no mundo inteiro (v. 14).
(6) Os salvos
permanecerão firmes na fé através de todas as angústias dos tempos do fim (v.
13).
(7) Os fiéis, à medida que virem o aumento desses sinais,
saberão que o dia da volta do Senhor para buscá-los se aproxima (Hb 10.25; ver
Jo 14.3).
MATEUS 24.5 E ENGANARÃO A MUITOS. Este primeiro
grande sinal é muito importante. Cristo declara que durante os últimos dias
desta era, o engano religioso será volumoso na terra. Note-se que as primeiras
palavras que Cristo dirigiu aos discípulos a respeito do tempo do fim foram
Acautelai-vos, que ninguém vos engane (v. 4). É do maior interesse de Cristo
que seus seguidores se acautelem do engano religioso que se alastrará em todo o
mundo nos últimos dias. Para salientar esse perigo para os crentes dessa época,
Cristo repete a advertência duas vezes, no sermão do Monte das Oliveiras (ver
v. 11; v. 24).
MATEUS 24.9 SEREIS ODIADOS. Tribulações virão
sobre todo crente em Cristo durante sua peregrinação na terra. Sofrer por
Cristo, por sermos leais a Ele e à sua Palavra, faz parte intrínseca da fé
cristã (cf. Jo 15.20; 16.33; At 14.22; Rm 5.3; ver Mt 5.10 nota; 2 Tm 3.12).
MATEUS 24.11 SURGIRÃO MUITOS FALSOS PROFETAS. À
medida que os últimos dias se aproximarem, surgirão muitos falsos mestres e
pregadores entre o povo (ver o estudo FALSOS MESTRES). Grande parte do
cristianismo se tornará apóstata. A lealdade total à Palavra de Deus, bem como
santidade bíblica, serão coisas raras.
(1) Crentes professos aceitarão novas revelações , mesmo que
elas conflitem com a Palavra revelada de Deus. Isto motivará oposição à verdade
bíblica dentro da igreja (ver 1 Tm 4.1 ; 2 Tm 3.8; 4.3). Homens pregando um
evangelho misto ocuparão posições estratégicas de liderança nas denominações e
nas escolas teológicas (ver 7.22). Os tais enganarão e desviarão a muitos
dentro da igreja (ver Gl 1.9; 2 Tm 4.3; 2 Pe 3.3,4).
(2) Em todas as partes do mundo, milhões de pessoas
praticarão ocultismo, astrologia, feitiçarias, espiritismo e satanismo. A
influência dos demônios e espíritos malignos multiplicar-se-á sobremaneira (ver
1 Tm 4.1).
(3) Para não ser enganado, cada crente deverá crescer em fé
e amor para com Cristo, e ter como autoridade absoluta em sua vida a Palavra
(vv. 4,11,13,25), conhecendo-a bem na sua totalidade (ver 1 Tm 4.16).
MATEUS 24.12 POR SE MULTIPLICAR A INIQÜIDADE. Um
aumento incrível de imoralidade, desrespeito e rebeldia contra Deus e abandono
dos princípios morais caracterizarão os últimos dias. A perversão sexual, a
fornicação, o adultério, a pornografia, as drogas, a música ímpia e as
diversões sensuais multiplicar-se-ão. Será como foi nos dias de Noé (v. 37). A
imaginação através dos pensamentos do coração humano será só má continuamente
(ver Gn 6.5). Será como nos dias de Ló (Lc 17.28,30), i.e., homossexualismo,
lesbianismo e todos os tipos de perversão sexual saturarão a sociedade (ver Gn
19.5; 1 Tm 4.1; 2 Tm 3.1-8). Jesus acrescenta que isto fará minguar o
verdadeiro amor.
MATEUS 24.14 O EVANGELHO DO REINO. O fim virá
somente depois que o evangelho do Reino for devidamente pregado em todo o
mundo.
(1) O evangelho do Reino é o evangelho pregado no poder e na
justiça do Espírito Santo e acompanhado dos sinais principais do evangelho.
(2) Somente Deus saberá quando isto será realizado, segundo
o seu propósito. O dever do crente é ser fiel e alcançar todo o mundo até que o
Senhor volte para levar a sua igreja ao céu (ver 28.19,20 notas; Jo 14.3; 1 Ts
4.13).
(3) Muitos intérpretes da Bíblia crêem que o fim , neste
versículo, refere-se à ocasião em que os que morreram em Cristo ressuscitarão
primeiro e os fiéis da igreja de Cristo serão arrebatados juntamente com eles
nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares (1 Ts 4.16,17). Nos versículos 37-44,
Cristo apresenta mais pormenores do seu aparecimento repentino para buscar a igreja
fiel
MATEUS 24.14 ENTÃO VIRÁ O FIM. Cristo fala aos
discípulos como se o que Ele estava predizendo aqui fosse ocorrer naquela mesma
geração. Esta, portanto, era a esperança da igreja do NT. Esta deve ser também
a esperança de todos os que crêem em Jesus Cristo, em todos os tempos. Devemos
esperar que o Senhor volte em nossa geração (ver 1 Co 15.51). O crente deve ter
em mente, em todo tempo, a iminência da vinda de Cristo, e, ao mesmo tempo,
difundir o evangelho.
MATEUS 24.29 O SOL ESCURECERÁ. Imediatamente
após a tribulação haverá sinais cósmicos assombrosos que precederão o
aparecimento imediato de Cristo (v. 30). A volta de Cristo à terra com poder e
grande glória não surpreenderá nenhum santo, da tribulação, atento à Palavra de
Deus e aos sinais cósmicos relacionados com o sol, a lua, as estrelas e o abalamento
das potências dos céus (cf. Is 13.6-13).
MATEUS 24.30 O FILHO DO HOMEM VINDO. O versículo
30 descreve o aparecimento de Cristo nos céus, depois da tribulação, precedido
dos sinais precursores do versículo 29. Ele vem com juízo contra os ímpios (Ap
19.11 20.3), para livrar os seus fiéis e para estabelecer a justiça na terra
(Ap 20.4). Todos os crentes que foram arrebatados da terra para o céu (ver Jo
14.3) voltarão com Cristo na sua vinda com poder e grande glória (ver Ap 19.14).
O sinal mencionado neste versículo é provavelmente o próprio Cristo vindo sobre
nuvens de glória, rodeado de refulgente luz
MATEUS 24.31 AJUNTARÃO OS SEUS ESCOLHIDOS.
Quando Jesus Cristo voltar à terra, depois da tribulação, ocorrerão os
seguintes eventos:
(1) o juízo divino sobre os ímpios (v. 30; Ap 19.11-21),
sobre o Anticristo (Ap 19.20) e sobre Satanás (Ap 20.1-3).
(2) ocorre o julgamento das nações e a separação das pessoas
vivas na terra, à vinda de Cristo (ver 25.32; 13.41);
(3) os santos de
todas as eras estarão reunidos. Isto inclui a reunião dos santos que já estão
no céu (cf. Mc 13.27; Jo 14.3; Ap 19.14; Ap 20.4,6) e dos santos
vivos na terra, no advento de Cristo (ver 13.40); e
(4) O reinado de
Cristo na terra por mil anos (ver Ap 20.4).
MATEUS 24.32 A FIGUEIRA. O brotar das folhas da
figueira (v. 32; cf. Lc 21.29-31) simboliza eventos que ocorrerão durante a
tribulação (vv. 15-29). Por outro lado, alguns intérpretes crêem que a figueira
também representa a restauração de Israel como um estado político (cf. Lc
13.6-9; Os 9.10). Em 21.29 a figueira aparece destacada das demais árvores,
assim como Israel foi chamado para ser um povo separado (Dt 33.28).
MATEUS 24.33 TODAS ESSAS COISAS. Todas essas
coisas refere-se a todos os sinais que ocorrerão durante a tribulação (vv.
15-29). O sinal principal é a abominação da desolação. À medida que os eventos
proféticos se sucedem, os fiéis da tribulação examinando as Escrituras verão
todas estas coisas e saberão que o Senhor está próximo, às portas (v. 33)
MATEUS 24.34 ESTA GERAÇÃO. Esta geração pode
referir-se à geração que presencia a intensificação dos sinais gerais dos
tempos (vv. 4-14), que terminam com os sinais da tribulação (ver v. 5). Ou pode
referir-se ao povo judaico como raça, que permaneceu distinta até hoje.
MATEUS 24.36 MAS UNICAMENTE MEU PAI. O versículo
36 afirma que o Filho não sabe o tempo da sua volta. Esta expressão refere-se
apenas ao tempo em que Cristo esteve na terra. Certamente, quando Jesus
reassumiu a sua glória anterior (Jo 17.5), passou a conhecer a data da sua
futura volta. Os santos da tribulação poderão saber o tempo da sua volta,
observando os sinais dessa tribulação que Cristo descreveu.
MATEUS 24.37 A VINDA DO FILHO DO HOMEM. As
declarações de Jesus sobre a vinda do Filho do Homem revelam que ela abrange
dois aspectos. A vinda do Filho do Homem refere-se, tanto à primeira fase da
sua volta, numa data desconhecida, antes da tribulação (ver Ap 3.10), para
buscar os santos da igreja, i.e., o arrebatamento (ver v. 42; Jo 14.3; 1 Ts
4.14), como também à segunda fase da sua vinda, que ocorrerá depois da
tribulação, para julgar os ímpios e recolher os justos no seu reino (Ap 19.11
20.4). Que Cristo se referiu a dois eventos, i.e., tanto à sua volta
imprevisível (vv. 42,44), como também à sua volta previsível (vv. 29,30), vê-se
pelo fato que Ele cita três diferentes categorias de pessoas nos versículos
37-44, ilustrando os dias de Noé . As três categorias de pessoas e seu
relacionamento com a vinda de Cristo são:
(1) As vítimas do dilúvio nos dias de Noé, representando os descrentes
da tribulação. Não sabem a ocasião da volta de Cristo e estão despreparados.
Serão destruídos no tempo do fim (vv. 38,39,43; cf. Lc 17.26-29). Trata-se de
uma referência à segunda fase da sua volta depois da tribulação.
(2) Noé, representando os crentes da tribulação. Por causa
dos sinais do tempo do fim, os santos da tribulação sabem, quase exatamente, o
momento da volta do Senhor, e estarão preparados e serão salvos. A ocasião da
volta de Cristo para eles ocorre no tempo previsto (v. 27). Aqui trata-se da segunda
fase da volta de Cristo, depois da tribulação.
(3) Os discípulos de Jesus. Eles representam os crentes dos
nossos dias, i.e., os crentes da igreja, antes da tribulação, que não saberão o
tempo da volta de Cristo para levá-los ao céu (vv. 42,44; ver Jo 14.3 nota; cf.
1 Ts 4.14). Não haverá sinais específicos precedendo a vinda do Senhor para
buscá-los, pois Cristo declara que ela ocorrerá inesperadamente (vv. 42,44).
Note que Jesus assemelha os discípulos (i.e., os santos da igreja), não com Noé
(i.e., os crentes da tribulação), mas com o povo do dilúvio (cf. não o
perceberam v. 39 com não sabeis v. 42). Isto porque os santos da igreja, em
certo sentido, assemelham-se ao povo do dilúvio. Eles não saberão o tempo da
volta de Cristo e, semelhantemente, serão surpreendidos quando Ele vier. Devem,
portanto, aplicar toda a diligência a fim de estarem prontos para qualquer
momento (v. 44)
MATEUS 24.40 SERÁ LEVADO UM, E DEIXADO O OUTRO.
A declaração de Cristo, de que será levado um, e deixado o outro , precede sua
exortação aos santos da igreja (vv. 42-44). Portanto, as palavras será levado
um, e deixado o outro provavelmente referem-se aos santos da igreja, tirados
dentre os ímpios no arrebatamento (ver Jo 14.3), Jesus ressalta o elemento
surpresa, para os crentes da igreja (ver v. 37).
MATEUS 24.42 PORTANTO, VIGIAI. Vigiai (gr.
gregoreo) é um imperativo presente e denota uma vigília constante no tempo
atual. A razão para a vigília constante, hoje, e não apenas no futuro, é que os
crentes dos dias atuais não sabem quando o Senhor virá buscá-los (ver Jo 14.3
nota). Não haverá sinais específicos de aviso para eles. Nunca devem presumir
que Ele não poderá vir hoje (ver v. 44 nota; cf. Mc 13.33-37). A volta de
Cristo para buscar a igreja pode ocorrer a qualquer dia.
MATEUS 24.42 NÃO SABEIS A QUE HORA. A
advertência de Cristo aos seus discípulos para estarem sempre apercebidos para
a sua vinda, por não saberem quando ela se dará, cremos ser uma referência à
volta de Cristo, vindo do céu, para tirar do mundo os santos da Igreja, i.e., o
arrebatamento (ver Jo 14.3 nota, e o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA).
(1) Jesus afirma claramente que sua vinda para levar os
santos antes da tribulação será numa ocasião inesperada. Ele não somente
declara que eles não sabem a hora (v. 42), mas também que Ele voltará à hora em
que não pensais (v. 44). Isto indica claramente que haverá surpresa, espanto, e
que os fiéis não saberão o momento certo da sua vinda. Assim sendo, para os
santos da igreja, Jesus virá num momento inesperado (v. 44). Isto claramente
fala de surpresa, pasmo e rapidez nesta específica fase da vinda de Cristo.
Este evento é chamado de primeira fase da segunda vinda de Cristo.
(2) Quanto à vinda de Cristo com poder e grande glória, para
julgar o mundo depois da tribulação (v. 30; Ap 19.11-21), ela será aguardada e
prevista; (v. 33; Lc 21.28). O cumprimento dos eventos e sinais durante a
tribulação suscitará nos santos a certeza e a expectativa da ocasião da volta
de Cristo, ao passo que os santos da igreja dos dias atuais terão surpresa por
ocasião do seu arrebatamento (ver 24.44; Jo 14.3). A vinda de Cristo depois da
tribulação é comumente chamada a segunda fase da vinda de Cristo
24.43 O LADRÃO. A
vinda de Cristo num momento desconhecido será tão inesperada quanto a chegada
do ladrão que arromba a casa. Por isso, o discípulo dedicado deve estar
preparado a todo momento, para a vinda do Senhor (v. 44).
24.44 À HORA EM QUE
NÃO PENSEIS. Cristo, mais uma vez, fala da sua volta para buscar os fiéis
da sua igreja num momento inesperado e desconhecido.
(1) Este alerta não é para os santos da tribulação. A única
maneira de harmonizar o ensino de Cristo sobre a sua vinda inesperada (vv. 42,
44), com o outro ensino sobre a sua vinda prevista (v. 33), é considerá-la sob
duas fases. A primeira fase envolve a sua volta para arrebatar da terra os
salvos, antes da tribulação, num momento inesperado (ver Jo 14.3; 1 Ts 4.17, Ap
3.10). A segunda fase é a sua vinda no final dos tempos, numa ocasião esperada,
i.e., depois da tribulação e dos sinais cósmicos (vv. 29,30), para destruir os
ímpios e estabelecer o seu reino na terra (ver 24.42; Ap 19.11-21; 20.4).
(2) Assim como a vinda de Cristo predita no AT consistia de
duas fases, i.e., sua vinda para morrer pelo pecado e sua vinda para reinar
(ver Is 9.2-7; 40.3-5; cf. Is 61.1-3; Lc 4.18, 19; ver Is 9.7).
(3) A advertência premente de Cristo no sentido de sempre estarmos
espiritualmente prontos para sua vinda repentina (i.e., o arrebatamento)
aplica-se a todos os crentes antes da tribulação (24.15-29). É um motivo de
perseverança na fé.
MATEUS 24.48 O MEU SENHOR TARDE VIRÁ. A respeito
daqueles que estão na igreja mas são infiéis ao Senhor, é impossível estarem
vigilantes e preparados para a volta inesperada de Cristo, se os tais não crêem
que Ele pode vir agora.
(1) Qualquer crente
professo que vive em pecado, julgando que Jesus tardará a vir, tornar-se-á como
o servo mau da parábola. Ele não percebe o risco da volta do Senhor pegá-lo de
surpresa (ver v. 44; Lc 12.45,46).
(2) É significativo Jesus associar a infidelidade e a
hipocrisia à crença e ao desejo de que Ele demore a voltar.
FONTES DE PESQUISA:
MANUAIS BÍBLICOS
COMENTÁRIOS BÍBLICOS
BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL
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