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terça-feira, 5 de setembro de 2017

A SEGUNDA VINDA DE CRISTO - LIÇÃO 11 COM SUBSIDIOS



ELABORADO PELO EVANGELISTA NATALINO ALVES. PROFESSOR DE ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL E PESQUISADOR. MEMBRO DA IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS DE COTEGIPE - BAHIA. (A.D. MISSÃO).

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD  - ADULTOS
 3º Trimestre de 2017

Título: A razão da nossa fé — Assim cremos, assim vivemos
Comentarista: Esequias Soares

Lição 11: A Segunda Vinda de Cristo
Data: 10 de Setembro de 2017

TEXTO ÁUREO
 “Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do Homem” (Mt 24.27).

VERDADE PRÁTICA
 A Segunda Vinda de Cristo será em duas fases distintas: primeira — invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja; segunda — visível e corporal, com a sua Igreja glorificada.

LEITURA DIÁRIA
 Segunda — Jo 14.3
O Senhor Jesus Cristo prometeu nos levar para o céu
 Terça — Lc 17.34-36
O arrebatamento da Igreja acontecerá repentinamente
 Quarta — Jd 14
A vinda de Jesus em glória
 Quinta — Mt 24.21
Após o arrebatamento da Igreja se seguirá a Grande Tribulação
 Sexta — 2Co 5.10
O Tribunal de Cristo
Sábado — Ap 22.20
Jesus em breve virá

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
 1 Tessalonicenses 4.13-18; Lucas 21.25-27.
 1 Tessalonicenses 4
13 — Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança.
14 — Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele.
15 — Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem.
16 — Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro;
17 — depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.
18 — Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.

Lucas 21
25 — E haverá sinais no sol, e na lua, e nas estrelas, e, na terra, angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas;
26 — homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo, porquanto os poderes do céu serão abalados.
27 — E, então, verão vir o Filho do Homem numa nuvem, com poder e grande glória.

HINOS SUGERIDOS
 323, 442 e 547 da Harpa Cristã.

OBJETIVO GERAL
Apresentar a doutrina bíblica a respeito da segunda vinda de Cristo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Analisar os eventos futuros;
II. Identificar os termos bíblicos para a segunda vinda de Cristo;
III. Explicar os eventos da segunda vinda de Cristo.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
 A vinda do Senhor é uma promessa feita pelo próprio Senhor Jesus. É uma promessa de esperança para todos os que creem. Por isso, a Palavra de Deus nos exorta a viver como se Cristo voltasse a qualquer momento. A iminência da volta do Senhor traz ao crente uma consciência de vivermos uma vida mais santa, de maior seriedade com a evangelização dos não-crentes e desejo de estar mais perto do Senhor.

COMENTÁRIO
 INTRODUÇÃO
 A Bíblia mostra a segunda vinda de Cristo em duas fases: a primeira é o arrebatamento da Igreja, e a segunda é a sua vinda em glória. Entre esses dois eventos, haverá na terra a Grande Tribulação, o julgamento divino sobre todos os moradores do mundo e no céu o Tribunal de Cristo seguido das Bodas do Cordeiro. O nosso enfoque aqui é a fundamentação bíblica desses eventos. Mas o tema escatológico não se esgota com o que trataremos e a sua continuação se dará na próxima lição.

 PONTO CENTRAL
 A segunda vinda de Cristo se dará em duas fases: o arrebatamento e a vinda.


I. OS EVENTOS DO PORVIR
 1. Fonte de predição. Não há outra fonte de predições verdadeiras a não ser a Bíblia Sagrada, por meio da qual Deus nos diz tudo o que precisamos saber sobre os eventos do porvir. Ela é a única fonte confiável. Esses eventos são uma série de acontecimentos do epílogo da história humana que envolve o arrebatamento da Igreja (1Ts 4.16,17), a vinda de Jesus em glória (Mt 24.30; Ap 1.7), o juízo de Deus sobre a terra no fim dos tempos (Mt 24.21), o futuro glorioso de Israel (Is 62.2,3) e o reino milenar de Cristo (Is 9.7; 11.10). São acontecimentos anunciados desde o princípio do mundo, desde Enoque (Jd 14) até o apóstolo João, o último dos apóstolos, no livro de Apocalipse.

2. O destino dos impérios da antiguidade. As profecias sobre os impérios antigos, como a queda da Babilônia para nunca mais se erguer no cenário mundial (Is 13.19,20) e ascensão e queda dos impérios medo-persa, grego e romano nos capítulos 7 e 8 de Daniel, entre outros profetas, se cumpriram, e a própria História confirma esses fatos. As profecias messiânicas se cumpriram com abundâncias de detalhes, como o nascimento do Messias de uma virgem, na cidade de Belém, seu julgamento diante de Pôncio Pilatos, sua morte, sua ressurreição e a ascensão ao céu, entre outros.

3. Sobre as Diásporas judaicas. As profecias apontam, de antemão, as duas dispersões do povo judeu e as suas respectivas restaurações. A primeira Diáspora (Jr 16.13) e seu retorno (Ed 1.1-3); a segunda Diáspora, anunciada pelo próprio Senhor Jesus Cristo: “E cairão a fio de espada e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem” (Lc 21.24), com o seu respectivo retorno depois de mais de 18 séculos à terra de seus antepassados, tal como fora anunciado pelos profetas do Antigo Testamento, como Jeremias (Jr 31.17), Ezequiel (Ez 11.17; 36.24; 37.21), Amós (Am 9.14,15) e Zacarias (Zc 8.7,8).

SÍNTESE DO TÓPICO (I)
 A fonte para todos os eventos do futuro são as Sagradas Escrituras.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
 “Uma das características mais inigualáveis dos verdadeiros profetas do AT era a habilidade que tinham de prever os eventos futuros com perfeita exatidão. O próprio Deus previu o cativeiro de Israel no Egito e o seu subsequente livramento (Gn 15.13-18). Moisés previu a conquista bem-sucedida da Terra Prometida pelos israelitas sob o comando de Josué (Dt 31.23). Samuel previu o fracasso da dinastia de Saul (1Sm 15.28). Natã previu as consequências do pecado de Davi e seus efeitos sobre a sua própria família (2Sm 12.7-12). Elias previu as mortes de Acabe e Jezabel (1Rs 21.19-23). Isaías previu o livramento de Jerusalém da invasão assíria de Senaqueribe (2Rs 19.34-37). Jeremias previu o cativeiro dos judeus por setenta anos na Babilônia” (LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed. (Eds.). Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. RJ: CPAD, 2013, pp.120-21).


 II. TERMOS BÍBLICOS PARA A SEGUNDA VINDA DE CRISTO
 1. Vinda. A palavra parousia (que se pronuncia “parussía”) significa “vinda, chegada, presença, volta, visita real, advento, chegada de um rei”. No aspecto escatológico, este substantivo se refere tanto ao arrebatamento da igreja (1Ts 4.15) como à vinda de Cristo em glória com sua Igreja (2Ts 2.8). O outro termo é érchomai, “ir” e também “vir”. Duas coisas opostas? Sim, desde que se considere o movimento entre o ponto de partida e o ponto de chegada. Para quem está no ponto de partida é “ida”, mas, para quem estiver no ponto de chegada, é “vinda”. Esse verbo aparece em referência à vinda de Jesus (Jo 14.3) e também à sua vinda em glória (At 1.11; Jd 14; Ap 1.7).

2. Manifestação, aparição. O substantivo grego aqui é epipháneia, que só aparece seis vezes no Novo Testamento, com uso exclusivamente paulino, e todas as ocorrências dizem respeito à vinda de Jesus, desde a encarnação do Verbo (2Tm 1.10). O apóstolo Paulo exorta os crentes para uma vida irrepreensível até “à aparição de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Tm 6.14); “e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo” (Tt 2.13). O termo é também traduzido por “vinda” em referência ao arrebatamento da Igreja (2Tm 4.8). O apóstolo o emprega ainda para se referir à segunda vinda de Cristo em glória: “Conjuro-te, pois, diante de Deus e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu Reino” (2Tm 4.1), ou conforme encontra-se na Almeida Revista e Atualizada, “pela sua manifestação e pelo seu reino”.

3. Revelação. O termo é apokalypsis. O apóstolo Pedro emprega essa palavra para se referir ao arrebatamento da Igreja (1Pe 1.7). Esse termo é traduzido ainda como “manifestação”, também em referência ao arrebatamento da Igreja: “De maneira que nenhum dom vos falta, esperando a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Co 1.7) ou de acordo com a versão Almeida Revista e Atualizada, “aguardando vós a revelação de nosso Senhor Jesus Cristo”.

SÍNTESE DO TÓPICO (II)
 “Vinda”, “manifestação”, “aparição” e “revelação” são termos bíblicos que remontam a segunda vinda de Cristo.

SUBSÍDIO PEDAGÓGICO
 Além dos termos bíblicos serem importantes para o estudo da segunda vinda de Cristo, outros termos, de cunho teológicos, são também de suma importância ao professor dominá-los. Veja abaixo:

CONHEÇA MAIS
 Escatologia
“[Do gr. escathos, últimas coisas + logia, discurso racional] Estudo sistemático e lógico das doutrinas concernentes às últimas coisas. Compreendida como um dos capítulos da dogmática cristã, a escatologia tem por objeto os seguintes temas: Estado Intermediário, Arrebatamento da Igreja, Grande Tribulação, Milênio, Julgamento Final e o estado perfeito eterno”. Para conhecer mais, leia Dicionário Teológico, CPAD, p.165.

III. OS EVENTOS DA SEGUNDA VINDA DE CRISTO
 1. O arrebatamento da igreja. É o rapto dos santos da terra, um acontecimento global e simultâneo em todo o planeta. A profecia contempla até os fusos horários, pois uns estarão dormindo à noite e outros trabalhando nesse exato momento (Lc 17.34-36). Esse evento será inesperado, algo rápido, em fração de segundo, e invisível aos olhos humanos: “num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (1Co 15.52 — ARA). Os mortos salvos, os que “dormiram em Cristo”, ressuscitarão primeiro (1Ts 4.16b); em seguida, nós, os crentes em Jesus que estivermos vivos nessa ocasião, com o corpo corruptível já revestido da incorruptibilidade, quando aquilo que é mortal estiver revestido da imortalidade (1Co 15.53), seremos arrebatados da terra para o encontro com o Senhor Jesus nas nuvens (1Ts 4.16,17). Essa é a primeira fase da segunda vinda de Cristo, a esperança da Igreja (Fp 3.21).

2. A vinda de Cristo em glória. Sete anos depois do arrebatamento da Igreja, o Senhor virá em glória, visível aos olhos humanos (Mt 24.30,31; Lc 21.25-28). Nesse retorno de Jesus à terra, Ele virá acompanhado dos santos (1Ts 3.13; Jd 14). O propósito aqui é julgar as nações (Jl 3.12-14; Mt 25.31,32), restaurar o trono de Davi (Zc 12.8-14) em cumprimento à promessa de Deus feita por meio do anjo Gabriel: “[...] e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim” (Lc 1.32,33); destruir a besta e o falso profeta (2Ts 2.8; Ap 19.19,20) e estabelecer o seu reino de justiça e paz na terra, o reino de Deus de mil anos (Is 2.4; Ap 20.2,3).

3. A Grande Tribulação. É o período de transição entre a Dispensação da Igreja e o Milênio, um tempo de angústia e sofrimentos sem precedentes na história (Dn 12.1; Jl 2.2; Mt 24.21; Mc 13.19), também conhecido como “o Dia do Senhor” (Jl 1.15; 2Pe 3.10). A Igreja não passará por esse período, que é conhecido como a “Grande Tribulação” (1Ts 1.10). Será a era do anticristo (2Ts 2.7-9), identificado como a besta (Ap 13.2-8). O falso profeta será o porta-voz do anticristo, que enganará o povo por meio dos falsos milagres (Ap 16.13,14). O anticristo fará um concerto com a nação de Israel por uma “semana de anos” (Dn 9.27), mas na metade deste período o concerto será rompido, pois os judeus descobrirão que fizeram um acordo com o próprio Diabo. Só a partir daí é que começa o período da angústia de Jacó (Jr 30.7). Todos esses horrores estão registrados a partir do capítulo 6 de Apocalipse. Este período foi determinado por Deus para fazer justiça contra a rebelião dos moradores da terra e para preparar a nação de Israel para o encontro com o seu Messias (Am 4.12).

4. O Tribunal de Cristo e as Bodas do Cordeiro. Enquanto a Grande Tribulação acontece na terra; no céu, os santos estarão recebendo a recompensa por aquilo que cada um fez em vida pela causa do evangelho (1Co 3.12-15; Ap 22.12). É o chamado Tribunal de Cristo (2Co 5.10), a premiação dos salvos. Não se trata de um julgamento para a salvação ou condenação. Todos os presentes já são salvos em Jesus, visto que a salvação é pela graça; aqui se trata de mais uma bênção aos salvos. Em seguida, virá a festa das bodas do Cordeiro (Ap 10.9), o grande banquete que celebrará a união de Cristo com a sua Igreja.

SÍNTESE DO TÓPICO (III)
 O arrebatamento, a grande tribulação e vinda em glória são os eventos da segunda vinda de Cristo.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
 “O Senhor advertiu-nos quanto ao tempo de sua vinda: ‘Mas, daquele Dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai. Olhai, vigiai e orai, porque não sabeis quando chegará o tempo’ (Mc 13.32,33). Jesus também disse aos discípulos, momentos antes de subir aos céus, que não lhe pertencia ‘saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder’ (At 1.7). A data do retorno de Cristo não é prerrogativa nossa. Contudo, há algumas linhas mestras que devemos observar para que não sejamos surpreendidos.
Em vista da necessidade de nos mantermos sempre alertas, podemos falar da bendita esperança como algo que fosse acontecer a qualquer momento. Não queremos dizer com isso que o Senhor Jesus poderia ter retornado imediatamente após a sua ascensão. Todavia, atentemos para a parábola na qual Jesus pintou um ‘homem nobre’ que ‘partiu para uma terra remota, a fim de tomar para si um reino e voltar depois. E, chamando dez servos seus, deu-lhes dez minas e disse-lhes: Negociai até que eu venha’ (Lc 19.11-27). Esta comparação dá a entender que haveria uma ausência considerável. Haja vista o dinheiro confiado aos servos. Era sinal de que estes deveriam cumprir suas tarefas com fidelidade. Como eles não sabiam o tempo exato do retorno de seu senhor, não podiam mostrar-se negligentes: teriam de cuidar com o máximo zelo dos negócios do mestre” (MENZIES, William W.; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1995, pp.184-85).

CONCLUSÃO
 Essas amostras proféticas servem como garantias de que tudo o que está escrito para o fim dos tempos irá de igual modo se cumprir (Jr 1.12). A nossa esperança não se baseia numa utopia, mas em fatos revelados na Palavra de Deus e confirmados pela História. A escatologia bíblica é a continuação do processo histórico.

PARA REFLETIR
 A respeito da Segunda Vinda de Cristo, responda:

Quais os termos usados para a segunda vinda de Cristo?
Vinda, manifestação e revelação.

Quais os eventos da segunda vinda de Cristo?
O arrebatamento da igreja, a Grande Tribulação e a vinda de Cristo em glória.

O que é o arrebatamento da Igreja?
É o rapto dos santos da terra, um acontecimento global e simultâneo em todo o planeta.

O que é a Grande Tribulação?
É o período de transição entre a Dispensação da Igreja e o Milênio, um tempo de angústia e sofrimentos sem precedentes na história, também conhecido como “o Dia do Senhor”.

O que são o Tribunal de Cristo e as Bodas do Cordeiro?
É a premiação dos salvos. Não se trata de um julgamento para a salvação ou condenação. Em seguida, virá a festa das bodas do Cordeiro (Ap 10.9), o grande banquete que celebrará a união de Cristo com a sua Igreja.

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
 A Segunda Vinda de Cristo

Prezado professor, prezada professora, as Escrituras revelam um Deus de esperança. A manifestação do reino eterno de Deus é o desfecho da esperança dos seus filhos, a conclusão de toda a espera de um Reino de paz, de amor e de justiça sem fim (Mt 25.31-40). Para os que têm a certeza da salvação, uma mensagem de esperança e alegria; para quem despertar sem esperança, uma tragédia eterna (Mt 25.41-46). Nesse sentido, essa esperança se desdobrará em dois momentos.

O Arrebatamento da Igreja
Na primeira fase, o nosso Senhor virá somente para sua Igreja. E o Arrebatamento! Refere-se ao “encontro do Senhor”, o rapto da Igreja. Esta primeira fase da vinda do Senhor será visível à Igreja, mas invisível ao mundo. O apóstolo Paulo nos diz em sua primeira epístola aos Tessalonicenses que, em primeiro lugar, os crentes que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro, depois os crentes que estiverem vivos serão arrebatados juntamente com os crentes que morreram e foram ressuscitados em Cristo. Esse encontro com Jesus Cristo se dará nos termos da sua ascensão aos céus, relatada em Atos 1, isto é, nas nuvens (1Ts 4.13-18). Uma esperança gloriosa! Estaremos para sempre com o nosso Senhor, Redentor e Salvador!

A Segunda Vinda de Cristo
Após o Arrebatamento, dizem os estudiosos, virá um tempo de muita confusão na Terra: a Grande Tribulação. Por acaso você ouviu ou conhece essa expressão? A Grande Tribulação marca um tempo de juízo de Deus para as pessoas que não atenderam a chamada do Criador para se arrependerem (Ap 6—8) — a Igreja que foi arrebatada pelo Senhor não passará pela Grande Tribulação. Nesse tempo se levantará um homem poderoso, inteligente e um ditador mundial. Ele é o homem do pecado e o filho da perdição (2Ts 2.3).
No momento de tão grande aflição proporcionada pela ação do Anticristo; mas juntamente com Igreja que fora anteriormente arrebata, Jesus Cristo intervirá no mundo para destruir o Anticristo (Ap 19.14), fazer cessar a guerra sem proporção na história do mundo e estabelecer um reino de paz universal, o Milênio. A Segunda Vinda de Jesus será visível, pois Ele se manifestará ao mundo todo. Todas as línguas, tribos e nações confessarão que Ele é o Senhor (Fp 2.9-11). O Senhor Jesus virá como o Juiz de toda terra!
Todo crente que conhece o Evangelho de Jesus espera se encontrar com o seu Senhor. Que haja no coração de nossos alunos esse mesmo sentimento!



SUBSIDIOS

O ARREBATAMENTO DA IGREJA
1Ts 4.16,17 “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o  Senhor.”

O termo “arrebatamento” deriva da palavra raptus em latim, que significa “arrebatado rapidamente e com força”. O termo latino raptus equivale a harpazo em grego, traduzido por “arrebatado” em 4.17. Esse evento, descrito aqui e em 1Co 15, refere-se à ocasião em que a igreja do Senhor será arrebatada da terra para encontrar-se com Ele nos ares. O arrebatamento abrange apenas os salvos em Cristo.
(1) Instantes antes do arrebatamento, ao descer Cristo do céu para buscar a sua igreja, ocorrerá a ressurreição dos “que morreram em Cristo” (4.16). Não se trata da mesma ressurreição referida em Ap 20.4, a qual somente ocorrerá depois de Cristo voltar à terra, julgar os ímpios e prender Satanás (Ap 19.11—20.3). A ressurreição de Ap 20.4 tem a ver com os mártires da tribulação e possivelmente com os santos do AT (ver Ap 20.6).
(2) Ao mesmo tempo que ocorre a ressurreição dos mortos em Cristo, os crentes vivos serão transformados; seus corpos se revestirão de imortalidade (1Co 15.51,53). Isso acontecerá num instante, “num abrir e fechar de olhos” (1Co 15.52).
(3) Tanto os crentes ressurretos como os que acabaram de ser transformados serão “arrebatados juntamente” (4.17) para encontrar-se com Cristo nos ares, ou seja: na atmosfera entre a terra e o céu.
(4) Estarão literalmente unidos com Cristo (4.16,17), levados à casa do Pai, no céu (ver Jo 14.2,3), e reunidos aos queridos que tinham morrido (4.13-18).
(5) Estarão livres de todas as aflições (2Co 5.2,4; Fp 3.21), de toda perseguição e opressão (ver Ap 3.10), de todo domínio do pecado e da morte (1Co 15.51-56); o arrebatamento os livra da “ira futura” (ver 1.10; 5.9), ou seja: da grande tribulação.
(6) A esperança de que nosso Salvador logo voltará para nos tirar do mundo, a fim de estarmos “sempre com o Senhor” (4.17), é a bem-aventurada esperança de todos os redimidos (Tt 2.13). É fonte principal de consolo para os crentes que sofrem (4.17,18; 5.10).
(7) Paulo emprega o pronome “nós” em 4.17 por saber que a volta do Senhor poderia acontecer naquele período, e comunica aos tessalonicenses essa mesma esperança. A Bíblia insiste que anelemos e esperemos contínua e confiadamente a volta do nosso Senhor (cf. Rm 13.11; 1Co 15.51,52; Ap 22.12,20).
(8) Quem está na igreja mas não abandona o pecado e o mal, sendo assim infiel a Cristo, será deixado aqui, no arrebatamento (ver Mt 25.1; Lc 12.45). Os tais ficarão neste mundo e farão parte da igreja apóstata (ver Ap 17.1), sujeitos à ira de Deus.
(9) Depois do arrebatamento, virá o Dia do Senhor, um tempo de sofrimento e ira sobre os ímpios (5.2-10; ver 5.2). Seguir-se-á a segunda fase da vinda de Cristo, quando, então, Ele virá para julgar os ímpios e reinar sobre a terra (ver Mt 24.42,44).


MATEUS  24.3 25.46 O SERMÃO DO MONTE DAS OLIVEIRAS. A profecia de Jesus no monte das Oliveiras foi dada em resposta a uma pergunta dos díscípulos: Que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo? Jesus, a seguir, declarou esses sinais:
 (1) sinais gerais, do decurso da referida era até os últimos dias (vv. 4-14);
(2) sinais especiais apontando para os dias finais da dita era (vv. 15-28);
(3) sinais extraordinários que ocorrerão na sua vinda triunfal, com poder e grande glória (vv. 29-31);
(4) admoestação aos santos, da tribulação, para que estejam alerta aos sinais que precederão a esperada vinda de Cristo, logo após a tribulação (vv. 32-35);
(5) admoestação a todos os crentes vivos, na pré-tribulação, para estarem espiritualmente prontos para o momento inesperado e desconhecido da vinda de Cristo para os seus fiéis (vv. 36-51; 25.1-13; ver Jo 14.3).
(6) uma descrição do julgamento das nações depois da volta de Cristo à terra (25.31-46). Saiba-se que muitos pormenores da vinda de Cristo não estão revelados em Mt 24. Além disso, ninguém, até hoje, conseguiu elucidar com absoluta certeza todas as profecias bíblicas a respeito dos tempos do fim

MATEUS  24.4-51 JESUS RESPONDENDO. As palavras de Jesus no sermão do Monte das Oliveiras foram dirigidas aos seus discípulos e a todo povo de Deus, daqueles dias e até o fim dos tempos, quando ocorrerá a sua volta triunfante à terra, para estabelecer o seu reino milenial.
(1) Quanto aos crentes vivos, antes da tribulação, Cristo lhes diz que ninguém pode calcular, nem sequer fazer uma estimativa do dia da sua volta para buscá-los (vv. 42-44). Por isto, devem estar prontos a qualquer momento, porque Ele voltará para os levar ao céu, i.e., à casa do seu Pai (Jo 14.2,3), numa hora em que não pensam que Ele virá (ver v. 44).
(2) Quanto aos que crerem em Cristo durante a grande tribulação, poderão saber com mais certeza o momento da sua vinda. Cristo lhes dá sinais, pelos quais saberão que a sua volta está muito próxima (vv. 15-29). Quando esses sinais acontecerem, devem reconhecer que ele está próximo, às portas (ver v. 33)

MATEUS  24.4 SINAIS DO FIM DOS TEMPOS. Em Mt 24.4-14, Jesus cita os sinais que caracterizarão o decurso inteiro dos últimos dias e que se intensificarão à medida que o fim se aproximar.
 (1) Os falsos profetas e os liberais religiosos dentro da igreja visível aumentarão e enganarão a muitos (vv. 4,5,11).
(2) Muitas guerras, fome e terremotos (vv. 6,7) serão o princípio de dores (de parto) (v. 8) da nova era messiânica que se aproxima.
(3) À medida que o fim se aproxima, o povo de Deus será severamente perseguido (v. 9), e muitos abandonarão a sua lealdade a Cristo (vv. 9,10).
(4) O desrespeito pelos mandamentos de Deus, a violência e o crime aumentarão rapidamente, e o amor natural e o afeto na família diminuirão (v. 12; cf. Mc 13.12; 2 Tm 3.3).
(5) Apesar desta intensa e crescente aflição, o evangelho será pregado no mundo inteiro (v. 14).
 (6) Os salvos permanecerão firmes na fé através de todas as angústias dos tempos do fim (v. 13).
(7) Os fiéis, à medida que virem o aumento desses sinais, saberão que o dia da volta do Senhor para buscá-los se aproxima (Hb 10.25; ver Jo 14.3).

MATEUS  24.5 E ENGANARÃO A MUITOS. Este primeiro grande sinal é muito importante. Cristo declara que durante os últimos dias desta era, o engano religioso será volumoso na terra. Note-se que as primeiras palavras que Cristo dirigiu aos discípulos a respeito do tempo do fim foram Acautelai-vos, que ninguém vos engane (v. 4). É do maior interesse de Cristo que seus seguidores se acautelem do engano religioso que se alastrará em todo o mundo nos últimos dias. Para salientar esse perigo para os crentes dessa época, Cristo repete a advertência duas vezes, no sermão do Monte das Oliveiras (ver v. 11; v. 24).

MATEUS  24.9 SEREIS ODIADOS. Tribulações virão sobre todo crente em Cristo durante sua peregrinação na terra. Sofrer por Cristo, por sermos leais a Ele e à sua Palavra, faz parte intrínseca da fé cristã (cf. Jo 15.20; 16.33; At 14.22; Rm 5.3; ver Mt 5.10 nota; 2 Tm 3.12).

MATEUS  24.11 SURGIRÃO MUITOS FALSOS PROFETAS. À medida que os últimos dias se aproximarem, surgirão muitos falsos mestres e pregadores entre o povo (ver o estudo FALSOS MESTRES). Grande parte do cristianismo se tornará apóstata. A lealdade total à Palavra de Deus, bem como santidade bíblica, serão coisas raras.
(1) Crentes professos aceitarão novas revelações , mesmo que elas conflitem com a Palavra revelada de Deus. Isto motivará oposição à verdade bíblica dentro da igreja (ver 1 Tm 4.1 ; 2 Tm 3.8; 4.3). Homens pregando um evangelho misto ocuparão posições estratégicas de liderança nas denominações e nas escolas teológicas (ver 7.22). Os tais enganarão e desviarão a muitos dentro da igreja (ver Gl 1.9; 2 Tm 4.3; 2 Pe 3.3,4).
(2) Em todas as partes do mundo, milhões de pessoas praticarão ocultismo, astrologia, feitiçarias, espiritismo e satanismo. A influência dos demônios e espíritos malignos multiplicar-se-á sobremaneira (ver 1 Tm 4.1).
(3) Para não ser enganado, cada crente deverá crescer em fé e amor para com Cristo, e ter como autoridade absoluta em sua vida a Palavra (vv. 4,11,13,25), conhecendo-a bem na sua totalidade (ver 1 Tm 4.16).

MATEUS  24.12 POR SE MULTIPLICAR A INIQÜIDADE. Um aumento incrível de imoralidade, desrespeito e rebeldia contra Deus e abandono dos princípios morais caracterizarão os últimos dias. A perversão sexual, a fornicação, o adultério, a pornografia, as drogas, a música ímpia e as diversões sensuais multiplicar-se-ão. Será como foi nos dias de Noé (v. 37). A imaginação através dos pensamentos do coração humano será só má continuamente (ver Gn 6.5). Será como nos dias de Ló (Lc 17.28,30), i.e., homossexualismo, lesbianismo e todos os tipos de perversão sexual saturarão a sociedade (ver Gn 19.5; 1 Tm 4.1; 2 Tm 3.1-8). Jesus acrescenta que isto fará minguar o verdadeiro amor.

MATEUS  24.14 O EVANGELHO DO REINO. O fim virá somente depois que o evangelho do Reino for devidamente pregado em todo o mundo.
(1) O evangelho do Reino é o evangelho pregado no poder e na justiça do Espírito Santo e acompanhado dos sinais principais do evangelho.
(2) Somente Deus saberá quando isto será realizado, segundo o seu propósito. O dever do crente é ser fiel e alcançar todo o mundo até que o Senhor volte para levar a sua igreja ao céu (ver 28.19,20 notas; Jo 14.3; 1 Ts 4.13).
(3) Muitos intérpretes da Bíblia crêem que o fim , neste versículo, refere-se à ocasião em que os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro e os fiéis da igreja de Cristo serão arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares (1 Ts 4.16,17). Nos versículos 37-44, Cristo apresenta mais pormenores do seu aparecimento repentino para buscar a igreja fiel

MATEUS  24.14 ENTÃO VIRÁ O FIM. Cristo fala aos discípulos como se o que Ele estava predizendo aqui fosse ocorrer naquela mesma geração. Esta, portanto, era a esperança da igreja do NT. Esta deve ser também a esperança de todos os que crêem em Jesus Cristo, em todos os tempos. Devemos esperar que o Senhor volte em nossa geração (ver 1 Co 15.51). O crente deve ter em mente, em todo tempo, a iminência da vinda de Cristo, e, ao mesmo tempo, difundir o evangelho.

MATEUS  24.29 O SOL ESCURECERÁ. Imediatamente após a tribulação haverá sinais cósmicos assombrosos que precederão o aparecimento imediato de Cristo (v. 30). A volta de Cristo à terra com poder e grande glória não surpreenderá nenhum santo, da tribulação, atento à Palavra de Deus e aos sinais cósmicos relacionados com o sol, a lua, as estrelas e o abalamento das potências dos céus (cf. Is 13.6-13).

MATEUS  24.30 O FILHO DO HOMEM VINDO. O versículo 30 descreve o aparecimento de Cristo nos céus, depois da tribulação, precedido dos sinais precursores do versículo 29. Ele vem com juízo contra os ímpios (Ap 19.11 20.3), para livrar os seus fiéis e para estabelecer a justiça na terra (Ap 20.4). Todos os crentes que foram arrebatados da terra para o céu (ver Jo 14.3) voltarão com Cristo na sua vinda com poder e grande glória (ver Ap 19.14). O sinal mencionado neste versículo é provavelmente o próprio Cristo vindo sobre nuvens de glória, rodeado de refulgente luz

MATEUS  24.31 AJUNTARÃO OS SEUS ESCOLHIDOS. Quando Jesus Cristo voltar à terra, depois da tribulação, ocorrerão os seguintes eventos:

(1) o juízo divino sobre os ímpios (v. 30; Ap 19.11-21), sobre o Anticristo (Ap 19.20) e sobre Satanás (Ap 20.1-3).

(2) ocorre o julgamento das nações e a separação das pessoas vivas na terra, à vinda de Cristo (ver 25.32; 13.41);

(3) os santos de todas as eras estarão reunidos. Isto inclui a reunião dos santos que já estão no céu (cf. Mc 13.27; Jo 14.3; Ap 19.14; Ap 20.4,6) e dos santos vivos na terra, no advento de Cristo (ver 13.40); e

(4) O reinado de Cristo na terra por mil anos (ver Ap 20.4).

MATEUS  24.32 A FIGUEIRA. O brotar das folhas da figueira (v. 32; cf. Lc 21.29-31) simboliza eventos que ocorrerão durante a tribulação (vv. 15-29). Por outro lado, alguns intérpretes crêem que a figueira também representa a restauração de Israel como um estado político (cf. Lc 13.6-9; Os 9.10). Em 21.29 a figueira aparece destacada das demais árvores, assim como Israel foi chamado para ser um povo separado (Dt 33.28).

MATEUS  24.33 TODAS ESSAS COISAS. Todas essas coisas refere-se a todos os sinais que ocorrerão durante a tribulação (vv. 15-29). O sinal principal é a abominação da desolação. À medida que os eventos proféticos se sucedem, os fiéis da tribulação examinando as Escrituras verão todas estas coisas e saberão que o Senhor está próximo, às portas (v. 33)

MATEUS  24.34 ESTA GERAÇÃO. Esta geração pode referir-se à geração que presencia a intensificação dos sinais gerais dos tempos (vv. 4-14), que terminam com os sinais da tribulação (ver v. 5). Ou pode referir-se ao povo judaico como raça, que permaneceu distinta até hoje.

MATEUS  24.36 MAS UNICAMENTE MEU PAI. O versículo 36 afirma que o Filho não sabe o tempo da sua volta. Esta expressão refere-se apenas ao tempo em que Cristo esteve na terra. Certamente, quando Jesus reassumiu a sua glória anterior (Jo 17.5), passou a conhecer a data da sua futura volta. Os santos da tribulação poderão saber o tempo da sua volta, observando os sinais dessa tribulação que Cristo descreveu.

MATEUS  24.37 A VINDA DO FILHO DO HOMEM. As declarações de Jesus sobre a vinda do Filho do Homem revelam que ela abrange dois aspectos. A vinda do Filho do Homem refere-se, tanto à primeira fase da sua volta, numa data desconhecida, antes da tribulação (ver Ap 3.10), para buscar os santos da igreja, i.e., o arrebatamento (ver v. 42; Jo 14.3; 1 Ts 4.14), como também à segunda fase da sua vinda, que ocorrerá depois da tribulação, para julgar os ímpios e recolher os justos no seu reino (Ap 19.11 20.4). Que Cristo se referiu a dois eventos, i.e., tanto à sua volta imprevisível (vv. 42,44), como também à sua volta previsível (vv. 29,30), vê-se pelo fato que Ele cita três diferentes categorias de pessoas nos versículos 37-44, ilustrando os dias de Noé . As três categorias de pessoas e seu relacionamento com a vinda de Cristo são:

(1) As vítimas do dilúvio nos dias de Noé, representando os descrentes da tribulação. Não sabem a ocasião da volta de Cristo e estão despreparados. Serão destruídos no tempo do fim (vv. 38,39,43; cf. Lc 17.26-29). Trata-se de uma referência à segunda fase da sua volta depois da tribulação.

(2) Noé, representando os crentes da tribulação. Por causa dos sinais do tempo do fim, os santos da tribulação sabem, quase exatamente, o momento da volta do Senhor, e estarão preparados e serão salvos. A ocasião da volta de Cristo para eles ocorre no tempo previsto (v. 27). Aqui trata-se da segunda fase da volta de Cristo, depois da tribulação.

(3) Os discípulos de Jesus. Eles representam os crentes dos nossos dias, i.e., os crentes da igreja, antes da tribulação, que não saberão o tempo da volta de Cristo para levá-los ao céu (vv. 42,44; ver Jo 14.3 nota; cf. 1 Ts 4.14). Não haverá sinais específicos precedendo a vinda do Senhor para buscá-los, pois Cristo declara que ela ocorrerá inesperadamente (vv. 42,44). Note que Jesus assemelha os discípulos (i.e., os santos da igreja), não com Noé (i.e., os crentes da tribulação), mas com o povo do dilúvio (cf. não o perceberam v. 39 com não sabeis v. 42). Isto porque os santos da igreja, em certo sentido, assemelham-se ao povo do dilúvio. Eles não saberão o tempo da volta de Cristo e, semelhantemente, serão surpreendidos quando Ele vier. Devem, portanto, aplicar toda a diligência a fim de estarem prontos para qualquer momento (v. 44)

MATEUS  24.40 SERÁ LEVADO UM, E DEIXADO O OUTRO. A declaração de Cristo, de que será levado um, e deixado o outro , precede sua exortação aos santos da igreja (vv. 42-44). Portanto, as palavras será levado um, e deixado o outro provavelmente referem-se aos santos da igreja, tirados dentre os ímpios no arrebatamento (ver Jo 14.3), Jesus ressalta o elemento surpresa, para os crentes da igreja (ver v. 37).

MATEUS  24.42 PORTANTO, VIGIAI. Vigiai (gr. gregoreo) é um imperativo presente e denota uma vigília constante no tempo atual. A razão para a vigília constante, hoje, e não apenas no futuro, é que os crentes dos dias atuais não sabem quando o Senhor virá buscá-los (ver Jo 14.3 nota). Não haverá sinais específicos de aviso para eles. Nunca devem presumir que Ele não poderá vir hoje (ver v. 44 nota; cf. Mc 13.33-37). A volta de Cristo para buscar a igreja pode ocorrer a qualquer dia.

MATEUS  24.42 NÃO SABEIS A QUE HORA. A advertência de Cristo aos seus discípulos para estarem sempre apercebidos para a sua vinda, por não saberem quando ela se dará, cremos ser uma referência à volta de Cristo, vindo do céu, para tirar do mundo os santos da Igreja, i.e., o arrebatamento (ver Jo 14.3 nota, e o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA).

(1) Jesus afirma claramente que sua vinda para levar os santos antes da tribulação será numa ocasião inesperada. Ele não somente declara que eles não sabem a hora (v. 42), mas também que Ele voltará à hora em que não pensais (v. 44). Isto indica claramente que haverá surpresa, espanto, e que os fiéis não saberão o momento certo da sua vinda. Assim sendo, para os santos da igreja, Jesus virá num momento inesperado (v. 44). Isto claramente fala de surpresa, pasmo e rapidez nesta específica fase da vinda de Cristo. Este evento é chamado de primeira fase da segunda vinda de Cristo.

(2) Quanto à vinda de Cristo com poder e grande glória, para julgar o mundo depois da tribulação (v. 30; Ap 19.11-21), ela será aguardada e prevista; (v. 33; Lc 21.28). O cumprimento dos eventos e sinais durante a tribulação suscitará nos santos a certeza e a expectativa da ocasião da volta de Cristo, ao passo que os santos da igreja dos dias atuais terão surpresa por ocasião do seu arrebatamento (ver 24.44; Jo 14.3). A vinda de Cristo depois da tribulação é comumente chamada a segunda fase da vinda de Cristo

24.43 O LADRÃO. A vinda de Cristo num momento desconhecido será tão inesperada quanto a chegada do ladrão que arromba a casa. Por isso, o discípulo dedicado deve estar preparado a todo momento, para a vinda do Senhor (v. 44).

24.44 À HORA EM QUE NÃO PENSEIS. Cristo, mais uma vez, fala da sua volta para buscar os fiéis da sua igreja num momento inesperado e desconhecido.

(1) Este alerta não é para os santos da tribulação. A única maneira de harmonizar o ensino de Cristo sobre a sua vinda inesperada (vv. 42, 44), com o outro ensino sobre a sua vinda prevista (v. 33), é considerá-la sob duas fases. A primeira fase envolve a sua volta para arrebatar da terra os salvos, antes da tribulação, num momento inesperado (ver Jo 14.3; 1 Ts 4.17, Ap 3.10). A segunda fase é a sua vinda no final dos tempos, numa ocasião esperada, i.e., depois da tribulação e dos sinais cósmicos (vv. 29,30), para destruir os ímpios e estabelecer o seu reino na terra (ver 24.42; Ap 19.11-21; 20.4).

(2) Assim como a vinda de Cristo predita no AT consistia de duas fases, i.e., sua vinda para morrer pelo pecado e sua vinda para reinar (ver Is 9.2-7; 40.3-5; cf. Is 61.1-3; Lc 4.18, 19; ver Is 9.7).

(3) A advertência premente de Cristo no sentido de sempre estarmos espiritualmente prontos para sua vinda repentina (i.e., o arrebatamento) aplica-se a todos os crentes antes da tribulação (24.15-29). É um motivo de perseverança na fé.

MATEUS  24.48 O MEU SENHOR TARDE VIRÁ. A respeito daqueles que estão na igreja mas são infiéis ao Senhor, é impossível estarem vigilantes e preparados para a volta inesperada de Cristo, se os tais não crêem que Ele pode vir agora.

(1) Qualquer crente professo que vive em pecado, julgando que Jesus tardará a vir, tornar-se-á como o servo mau da parábola. Ele não percebe o risco da volta do Senhor pegá-lo de surpresa (ver v. 44; Lc 12.45,46).

(2) É significativo Jesus associar a infidelidade e a hipocrisia à crença e ao desejo de que Ele demore a voltar.

FONTES DE PESQUISA:
MANUAIS BÍBLICOS
COMENTÁRIOS BÍBLICOS
BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL


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