SUBSIDIO ELABORADO PELO EVANGELISTA: NATALINO ALVES DOS ANJOS. PROFESSOR NA E.B.D e PESQUISADOR. MEMBRO DA IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS MISSÃO - CAMPO DE GUIRATINGA - MATO GROSSO.
Lições Bíblicas CPAD
- Adultos
1º Trimestre de
2016
Título: O final de todas as coisas — Esperança e glória
para os salvos
Comentarista: Elinaldo Renovato
Lição 6: O Tribunal de Cristo e os galardões
Data: 7 de Fevereiro de 2016
TEXTO ÁUREO
“Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de
Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou
bem ou mal” (2Co 5.10).
VERDADE PRÁTICA
Todos os crentes deverão comparecer diante do Tribunal de
Cristo para que cada um receba a sua recompensa.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Mt 12.37
Seremos justificados ou condenados mediante as nossas
palavras
Terça — Rm 8.1
Não há condenação para aqueles que estão em Jesus Cristo
Quarta — 2Tm 4.8
O justo Juiz dará a coroa da justiça a todos que amarem a
sua vinda
Quinta — Ef 2.10
O crente foi gerado em Jesus Cristo para realizar as boas
obras
Sexta — Mt 5.16
A nossa luz deve resplandecer diante dos homens
Sábado — Ap 22.12
Em breve Jesus virá e dará galardão a todos aqueles que
foram fiéis
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Coríntios 3.11-15.
11 — Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do
que já está posto, o qual é Jesus Cristo.
12 — E, se alguém sobre este fundamento formar um
edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha,
13 — a obra de cada um se manifestará; na verdade, o Dia
a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a
obra de cada um.
14 — Se a obra que alguém edificou nessa parte
permanecer, esse receberá galardão.
15 — Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento;
mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo.
HINOS SUGERIDOS
157, 286 e 547 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Mostrar que todos os crentes vão comparecer diante do
Tribunal de Cristo para serem recompensados por suas obras.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os
objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
I. Saber que todos os salvos vão estar perante o Tribunal
de Cristo para serem galardoados;
II. Explicar como Cristo vai julgar as nossas obras;
III. Compreender que chegará o dia em que teremos de
prestar contas a Jesus das nossas ações.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Servir a Deus é um grande privilégio e muitos têm
dedicado toda a sua vida ao serviço do Mestre. Na seara do Senhor, enfrentamos
lutas, decepções, frustrações, toda a sorte de intempéries, mas vai valer à
pena. No grande Dia do Senhor, seremos recompensados com os lauréis e os
galardões. A Palavra de Deus nos mostra que as obras de muitos crentes
perecerão quando forem provadas pelo fogo do Senhor. Deus conhece a intenção
dos corações. Podemos enganar aos homens, mas não ao Eterno. Muitos fazem a
obra de Deus buscando a glória para si, logo, já tiveram a sua recompensa.
Que possamos realizar a obra de Deus com alegria, amor,
fazendo tudo de coração, para a glória do Pai e não para ser visto pelos
homens.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje estudaremos acerca do Tribunal de Cristo
e dos galardões. Todos os crentes terão que comparecer a este tribunal, porém
não se trata do Juízo final, que será instaurado para o julgamento dos ímpios
(Ap 20.11-15), mas será um tribunal para julgar as obras e os atos dos crentes,
recompensando-os, ou não, pelo que fizeram em sua vida. Neste Tribunal, todos
os fiéis em Cristo serão galardoados com justiça.
PONTO CENTRAL
Nossas obras serão
provadas pelo Senhor e se passarem pelo seu crivo, seremos recompensados.
I. O TRIBUNAL DE CRISTO E OS CRENTES
1. O julgamento. Todos os crentes, já transformados e com
um corpo incorruptível, vão comparecer perante o Tribunal de Cristo (cf. 2Co
5.10; 1Co 1.8). Não se trata de julgamento de pecados, pois os que serão julgados
já são salvos. Os ímpios é que passarão pelo julgamento de suas obras e
pecados, no juízo do Trono Branco, após o Milênio (cf. Ap 20.11-15). Os salvos
em Cristo Jesus, desde que permaneçam fiéis, em santidade, não mais passarão
por qualquer tipo de condenação: “Portanto, agora, nenhuma condenação há para
os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o
espírito” (Rm 8.1). Estar “em Cristo Jesus” é a condição indispensável para ter
sido salvo e permanecer salvo. Neste tribunal serão julgadas as obras dos
salvos que foram praticadas na Terra, a fim de que recebam, ou não, o galardão
(Ap 22.12).
2. Quando se dará? Segundo Eurico Bergstén, acontecerá no
dia em que Jesus voltar. O Salvador voltará e trará o seu galardão consigo (Ap
22.12). Naquele grande dia, todos os crentes que permaneceram fiéis ao Senhor,
servindo a Ele com integridade, receberão a sua recompensa. Paulo foi um servo
que sofreu muitas tribulações (naufrágio, cadeias, fome, nudez) em favor do
Reino de Deus, porém ele esperava o dia em que receberia a sua coroa
(recompensa). Ele afirmou que “naquele dia” receberia “a coroa da justiça” que
lhe havia sido reservada (cf. 2Tm 4.8). Não desanime diante das dificuldades
enfrentadas neste mundo, pois em breve Jesus virá e recompensará todo o seu
trabalho. Esta é a melhor recompensa que um servo ou uma serva de Deus pode
receber.
3. Quem será o juiz? Não temos dúvida e podemos afirmar,
segundo a Palavra de Deus, que o juiz será nosso Senhor Jesus Cristo (2Tm 4.8).
O Pai entregou a Jesus todo o juízo (cf. Jo 5.22). Somente Deus e o seu Filho,
no Universo, têm o direito legítimo de julgar os homens. Queira ou não, ninguém
escapará da justiça do Todo-Poderoso (Is 43.13).
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Todos os crentes passarão pelo tribunal de Cristo.
SUBSÍDIO
ESCATOLÓGICO
“As Escrituras ensinam que todos os membros da raça
humana são responsáveis perante Deus (Jr 17.10; 32.19). Deus julgará tanto
crentes quanto ímpios. O julgamento dos ímpios será diante do Grande Trono Branco
— um evento descrito em Apocalipse 20.15, o qual ocorre após o reino milenial
de Cristo. Este é o último julgamento antes da eternidade futura. Em 2
Coríntios 5.10, Paulo fala sobre o julgamento de todos os crentes: ‘Porque
todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba
segundo tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal’.
O fato de todos serem julgados demonstrará a justiça de
Deus perante todas as criaturas. A salvação de alguns será a maior demonstração
da graça de Deus que o mundo já viu. O julgamento dos ímpios ratificará seu
desprezo pela salvação oferecida por Deus em seu Filho, resultando em
condenação eterna” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª
Edição. RJ: CPAD, 2008, p.462).
1. A precisão do julgamento. O julgamento será preciso,
pois passará pelo crivo do Senhor Jesus Cristo. Muitos fazem a obra de Deus e
praticam boas ações apenas para serem vistos pelos homens. Estes buscam satisfazer
seus interesses pessoais, buscam seus próprios galardões. Mas a Palavra de Deus
diz que todas as obras serão provadas pelo fogo. O fogo divino vai purificar e
revelar qual é a verdadeira intenção do coração.
2. Ouro, prata e pedras preciosas. Na Bíblia, o ouro
simboliza aquilo que procede de Deus, as coisas divinas (Jó 22.23-25; Ap 3.18).
Podemos comparar o ouro às obras que os crentes fizeram para a glória de Deus
(1Co 10.31). Obras praticadas por crentes que têm um espírito quebrantado e
contrito. Estas foram “feitas em Deus” (Jo 3.21), ou seja, em parceria,
comunhão com o Senhor. Quando usamos bem os talentos dados por Deus, realizamos
obras “de ouro” (Mt 25.14,20). São obras que glorificam não o nosso nome ou
ministério, mas a Deus (Mt 5.16).
Na tipologia bíblica, a prata é símbolo de redenção. No
Antigo Testamento, a redenção dos filhos de Israel era paga em prata (Êx
30.11-16; Lv 5.15). No Novo Testamento, simboliza a redenção feita por Cristo
(1Pe 1.18; 1Co 6.20).
As pedras preciosas são símbolos do Espírito Santo, ou da
glória de Cristo no crente (Jo 17.22). Os crentes que possuem os dons
espirituais têm o adorno do Espírito Santo. São obras feitas pelo poder do
Espírito Santo (Fp 3.3; Tt 3.5).
3. As obras que perecerão. “Se a obra de alguém se
queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo” (1Co
3.15). Esse texto mostra que haverá crentes cujas obras não subsistirão quando
passarem pelo crivo do fogo divino. Observe:
a) Madeira. Na Bíblia, madeira é símbolo das coisas
humanas. É uma figura da árvore, que cresce por si mesma. Há crentes que fazem
muitas coisas, mas buscando a glória humana. No fogo do julgamento, elas vão
desaparecer. Há quem trabalhe muito na igreja, mas não o faz para a glória de
Deus (1Co 10.31). Madeira não resiste ao fogo.
b) Feno. Feno é capim, erva seca. São obras aparentes,
mas sem consistência, sem vida, tais como erva seca (Is 15.6). O capim é
perecível (Is 51.12) e representa as obras dos crentes que trabalham somente
buscando a glória e a fama para si. Infelizmente, nos dias atuais, há muitos
pregadores e cantores que só realizam a obra de Deus pelo dinheiro ou se o
evento tiver destaque na mídia. Estes “já receberam o seu galardão”, aqui mesmo
(cf. Mt 6.2,5,16).
c) Palha. A madeira tem certa consistência, mas a palha é
muito fraca. Não resiste a força do fogo. O vento a leva com facilidade (Sl
1.4; Jó 21.18; Os 13.3). É instável. Não pode se misturar com o trigo (Jr
23.28); palha representa obras sem firmeza, ou seja, feita por crentes que são
inconstantes. Muitos vivem mudando de igreja, de costume, de crenças, etc. São
levados, como a palha, por “todo vento de doutrina” (Ef 4.14).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
As obras dos crentes serão julgadas pelo Justo Juiz.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“O propósito do julgamento dos crentes diante do Tribunal
de Cristo é determinar se as obras de cada um foram dignas ou não. O julgamento
é apenas para os crentes, de modo que, ainda sofram danos, estes serão salvos.
Além disso, aqueles que ali forem julgados terão firmado suas vidas na Rocha,
que é o próprio Jesus Cristo (1Co 3.11,12). O Senhor avaliará as obras dos
crentes ao longo de toda a vida. Uma vez que fomos separados para as boas obras
que Deus preparou para os crentes (Ef 2.10), deveríamos esperar que Ele
examinasse a fidelidade de nossas ações” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de
Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, pp.463,464).
III. A PRESTAÇÃO DE CONTAS DO CRENTE E OS GALARDÕES
Galardões são prêmios. Lauréis a que o crente fez jus,
pois desempenhou bem a função para qual foi vocacionado no Reino de Deus.
1. Os pastores darão conta dos seus rebanhos. Ser pastor
é um grande privilégio, mas também uma responsabilidade muito grande. Sabemos
que a salvação é individual, mas aqueles que servem ao Senhor como pastores, um
dia, terão que prestar contas ao Sumo Pastor. O profeta Ezequiel, criticou os
líderes (pastores) de Israel por cuidarem de si mesmos, ao invés de cuidarem
das ovelhas do Senhor. Leia Ezequiel 34. O profeta não se calou diante do erro
dos líderes do seu povo, mas com coragem e ousadia, apontou o pecado e
pronunciou o julgamento divino (Ez 34.7-10).
O Senhor dará a justa recompensa a cada pastor pelo seu
trabalho. Muitos tem se desgastado fisica e emocionalmente em favor das ovelhas
do Senhor. São incansáveis na pregação, no ensino da Palavra, visitando e
cuidando de cada ovelha com muito carinho e zelo, seguindo o exemplo do Bom
Pastor (Jo 10.10). Estes receberão o justo galardão pelo trabalho realizado.
Por isso, se você recebeu de Deus o ministério pastoral, cuide com zelo de suas
ovelhas, exerça seu ministério com dedicação, pois em breve Jesus voltará e lhe
dará os lauréis pelo seu trabalho.
2. Crentes darão conta de seus talentos. Todo crente
recebeu algum tipo de talento (habilidades, dons) do Senhor. Uns recebem mais e
outros menos, pois estes são distribuídos de acordo com a capacidade de cada
um, mas todos recebem (Mt 5.14-30). O Senhor espera que venhamos desenvolver
nossos talentos com dedicação e zelo, utilizando-os para a glória do Pai. Você
é responsável, perante o Senhor, por usar bem aquilo que Ele lhe concedeu.
Jesus está voltando, por isso, é tão urgente que venhamos empregar nosso tempo
e nossos talentos diligentemente em sua obra. Não aja jamais como o servo
negligente, que com medo do seu senhor, enterrou seu talento. Utilize suas
habilidades em favor do Reino de Deus, pois o Pai vai lhe recompensar por isso.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Os crentes prestarão contas de suas ações e se suas obras
passarem pelo crivo do Senhor receberão galardões.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“A distribuição de recompensas será feita no julgamento.
Tais recompensas nunca serão concedidas para satisfazer o ego do crente, mas
trazer louvor e glórias a Cristo, aquEle que capacita o fiel a servir (Fp
1.11). Aos que servem com fidelidade são prometidas as recompensas. As boas
obras, os frutos de justiça, glorificam aquEle que graciosamente imputou sua
justiça aos crentes (Jo 3.21)” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia
Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, pp.463,64).
CONCLUSÃO
No Tribunal de Cristo, os crentes fiéis verão que valeu a
pena suportar as aflições do tempo presente: “Porque para mim tenho por certo
que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em
nós há de ser revelada” (Rm 8.18). Eles receberão seus galardões. Jesus é que
fará a criteriosa avaliação das obras dos salvos para dar a cada um conforme o
seu trabalho (Ap 22.12).
PARA REFLETIR
A respeito da Escatologia Bíblica, responda:
Todo o crente vai comparecer ante o tribunal de Cristo?
Todos os crentes terão que comparecer a este tribunal,
porém não se trata do Juízo final, que será instaurado para o julgamento dos
ímpios (Ap 20.11-15), mas será um tribunal para julgar as obras e os atos dos
crentes, recompensando-os, ou não, pelo que fizeram em sua vida.
Qual a condição para ter sido salvo e permanecer salvo?
Estar “em Cristo Jesus” é a condição indispensável para
ter sido salvo e permanecer salvo.
Quando se dará o Tribunal de Cristo?
Segundo Eurico Bergstén, acontecerá no dia em que Jesus
voltar.
Como as intenções do coração serão provadas?
A Palavra de Deus diz que todas as obras serão provadas
pelo fogo. O fogo divino vai purificar e revelar qual a verdadeira intenção do
coração.
Segundo a lição, que tipos de obra perecerão?
Madeira, feno e palha.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O Tribunal de Cristo e os galardões
“Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer,
esse receberá galardão” (1Co 3.14). A doutrina do Tribunal de Cristo visa
ensinar sobre como a Igreja prestará contas de tudo o quanto fez enquanto
esteve presente no mundo. Ali, todas as obras se revelarão, desde as mais
complexas às consideradas mais simples. Será um momento de julgamento divino
acerca das ações e atitudes dos salvos em Cristo. Entretanto, é importante não
confundir o Tribunal de Cristo com o Trono Branco. Este será destinado aos
ímpios que serão julgados no final do Milênio, e aquele se destina aos crentes
vivos e mortos, que foram ressuscitados pelo Senhor no advento do Arrebatamento
da Igreja, a fim de serem julgados e receberem cada um, conforme a verdade de
suas ações, o seu galardão.
O julgamento do Tribunal de Cristo se mostra tão sério
que o texto base da lição da semana usa a imagem do “fogo” como elemento
probatório à “verdade” e “valor” da obra julgada — é importante ressaltar que
no Tribunal de Cristo serão julgadas as obras dos crentes. Conquanto a salvação
de Cristo é pela graça mediante a fé, o galardão entregue a cada crente será
distribuído mediante as obras. Neste aspecto, as obras do crente são essenciais
para justificá-los diante do Tribunal de Cristo.
O texto de 1 Coríntios 3 mostra que acerca dos líderes,
mas que pode ser aplicado a toda comunidade de crentes, a maneira pela qual
eles continuarão a edificar a Igreja de Cristo será julgada neste Tribunal.
Aqui, se verificará que tipos de obras tais líderes fizeram: se edificaram o
edifício de ouro, se de prata, se de pedras preciosas, se de madeira, feno ou
palha. Então, o detalhe de cada obra será manifesto naquela oportunidade.
Então, o “fogo” provará a essencialidade de cada obra. Se após a provação do
“fogo”, a obra permanecer, o crente receberá o seu galardão; senão, não o
receberá. O texto diz que a obra padecerá sofrimento, mas isso não interferirá
na salvação do crente. Este será salvo como pelo fogo, ou em linguagem mais
contemporânea, “como por um triz” ou “por um fio” (1Co 3.14).
Professor, estimule aos alunos a viverem o mandamento de
Jesus: “Ame os outros como você ama a você mesmo” (Mc 12.31). Explique-os que
toda a boa obra na vida do crente deve se fundamentar no princípio mandatório
de nosso Senhor: o amor.
SUBSIDIO ADICIONAL
ECLESIASTES 12.14 PORQUE DEUS HÁ DE TRAZER A JUÍZO TODA
OBRA. A mensagem final do livro de Eclesiastes faz-nos lembrar de uma
verdade solene e inalterável: a prestação de contas do ser humano perante Deus,
por todos os seus atos. O Senhor julgará a todos nós, crentes e incrédulos,
i.e., todos os nossos atos, bons e maus (cf. Rm 14.10,12; 2 Co 5.10; Ap
20.12,13). Quem negligenciou ou rejeitou a graça redentora de Deus não estará
justificado no dia do julgamento.
O JULGAMENTO DO
CRENTE
2Co 5.10 “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de
Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou
bem ou mal.”
A Bíblia ensina que os crentes terão, um dia, de prestar
contas “ante o tribunal de Cristo”, de todos os seus atos praticados por meio
do corpo, sejam bons ou maus. No tocante a esse julgamento do crente, segue-se
o estudo de alguns de seus pontos.
(1) Todos os crentes serão julgados; não haverá exceção (Rm
14.10,12; 1Co 3.12-15; 2Co 5.10; ver Ec 12.14).
(2) Esse julgamento ocorrerá quando Cristo vier buscar a sua
igreja (ver Jo 14.3 nota; cf. 1Ts 4.14-17).
(3) O juiz desse julgamento é Cristo (Jo 5.22, cf. “todo o
juízo”; 2Tm 4.8, cf. “Juiz”).
(4) A Bíblia fala do julgamento do crente como algo sério e
solene, mormente porque inclui para este a possibilidade de dano ou perda (1Co
3.15; cf. 2 Jo 8); de ficar envergonhado diante dEle “na sua vinda” (1Jo 2.28),
e de queimar-se o trabalho de toda sua vida 1Co 3.13-15). Esse julgamento, não
é para sua salvação, ou condenação. É um julgamento de obras.
(5) Tudo será conhecido. A palavra “comparecer” (gr.
phaneroo, 5.10) significa “tornar conhecido aberta ou publicamente”. Deus
examinará e revelará abertamente, na sua exata realidade:
(a) nossos atos secretos (Mc 4.22; Rm 2.16),
(b) nosso caráter (Rm 2.5-11),
(c) nossas palavras (Mt 12.36,37),
(d) nossas boas obras (Ef 6.8),
(e) nossas atitudes (Mt 5.22),
(f) nossos motivos (1Co 4.5),
(g) nossa falta de
amor (Cl 3.23—4.1) e
(h) nosso trabalho e
ministério (1Co 3.13).
(6) Em suma, o crente terá que prestar contas da sua
fidelidade ou infidelidade a Deus (Mt 25.21-23; 1Co 4.2-5) e das suas práticas
e ações, tendo em vista a graça, a oportunidade e o conhecimento que recebeu
(Lc 12.48; Jo 5.24; Rm 8.1).
(7) As más ações do crente, quando ele se arrepende, são
perdoadas no que diz respeito ao castigo eterno (Rm 8.1), mas são levadas em
conta quanto à sua recompensa: “Mas quem fizer agravo receberá o agravo que
fizer” (Cl 3.25; cf. Ec 12.14; 1Co 3.15; 2Co 5.10). As boas ações e o amor do
crente são lembrados por Deus e por Ele recompensados (Hb 6.10): “cada um
receberá do Senhor todo o bem que fizer” (Ef 6.8).
(8) Os resultados específicos do julgamento do crente serão
vários, como obtenção ou a perda de alegria (1Jo 2.28), aprovação divina (Mt
25.21), tarefas e autoridade (Mt 25.14-30), posição (Mt 5.19; 19.30),
recompensa (1Co 3.12-14; Fp 3.14; 2Tm 4.8) e honra (Rm 2.10; cf. 1Pe 1.7).
(9) A perspectiva de um iminente julgamento do crente deve
aperfeiçoar neste o temor do Senhor (5.11; Fp 2.12; 1Pe 1.17), e levá-lo a ser
sóbrio, a vigiar e a orar (1Pe 4.5, 7), a viver em santa conduta e piedade (2Pe
3.11) e a demonstrar misericórdia e bondade a todos (Mt 5.7; cf. 2Tm 1.16-18).
O RELACIONAMENTO
ENTRE O CRENTE E O MUNDO
1Jo 2.15,16 “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se
alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo,
a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não
é do Pai, mas do mundo.”
A palavra “mundo” (gr. kosmos) freqüentemente se refere ao
vasto sistema de vida desta era, fomentado por Satanás e existente à parte de
Deus. Consiste não somente nos prazeres obviamente malignos, imorais e pecaminosos
do mundo, mas também se refere ao espírito de rebelião que nele age contra
Deus, e de resistência ou indiferença a Ele e à sua revelação. Isso ocorre em
todos os empreendimentos humanos que não estão sob o senhorio de Cristo. Na
presente era, Satanás emprega as idéias mundanas de moralidade, das filosofias,
psicologia, desejos, governos, cultura, educação, ciência, arte, medicina,
música, sistemas econômicos, diversões, comunicação de massa, esporte,
agricultura, etc, para opor-se a Deus, ao seu povo, à sua Palavra e aos seus
padrões de retidão (Mt 16.26; 1Co 2.12; 3.19; Tt 2.12; 1Jo 2.15,16; Tg 4.4; Jo
7.7; 15.18,19; 17.14 ). Por exemplo, Satanás usa a profissão médica, para
defender e promover a matança de seres humanos nascituros; a agricultura para produzir
drogas destruidoras da vida, tais como o álcool e os narcóticos; a educação,
para promover a filosofia ímpia humanista; e os meios de comunicação em massa,
para destruir os padrões divinos de conduta. Os crentes devem estar conscientes
de que, por trás de todos os empreendimentos meramente humanos, há um espírito,
força ou poder maligno que atua contra Deus e a sua Palavra. Nalguns casos,
essa ação maligna é menos intensa; noutros casos, é mais. Finalmente, o “mundo”
também inclui todos os sistemas religiosos originados pelo homem, bem como
todas as organizações e igrejas mundanas, ou mornas.
(1) Satanás (ver Mt 4.10, nota sobre Satanás) é o deus do
presente sistema mundano (ver Jo 12.31; 14.30; 16.11; 2Co 4.4; 5.19). Ele o
controla juntamente com uma hoste de espíritos malignos, seus subordinados (Dn
10.13; Lc 4.5-7; Ef 6.12,13).
(2) Satanás tem o
mundo organizado em sistemas políticos, culturais, econômicos e religiosos que
são inatamente hostis a Deus e ao seu povo (Jo 7.7; 15.18,19; 17.14; Tg 4.4;
2.16) e que se recusam a submeter-se à sua verdade, a qual revela a iniqüidade
do mundo (Jo 7.7).
(3) O mundo e a igreja verdadeira são dois grupos distintos
de povo. O mundo está sob o domínio de Satanás (ver Jo 12.31); a igreja
pertence exclusivamente a Deus (Ef 5.23,24; Ap 21.2). Por isso, o crente deve
separar-se do mundo.
(4) No mundo, os crentes são forasteiros e peregrinos (Hb
11.13; 1Pe 2.11).
(a) Não devem pertencer ao mundo (Jo 15.19), não se
conformar com o mundo (ver Rm 12.2), não amar o mundo (2.15), vencer o mundo
(5.4), odiar a iniqüidade do mundo (ver Hb 1.9), morrer para o mundo (Gl 6.14)
e ser libertos do mundo (Cl 1.13; Gl 1.4).
(b) Amar o mundo (cf. 2.15) corrompe nossa comunhão com Deus
e leva à destruição espiritual. É impossível amar o mundo e ao Pai ao mesmo
tempo (Mt 6.24; Lc 16.13; ver Tg 4.4). Amar o mundo significa estar em estreita
comunhão com ele e dedicar-se aos seus valores, interesses, caminhos e
prazeres. Significa ter prazer e satisfação naquilo que ofende a Deus e que se
opõe a Ele (ver Lc 23.35). Note, é claro, que os termos “mundo” e “terra” não
são sinônimos; Deus não proíbe o amor à terra criada, i.e., à natureza, às
montanhas, às florestas, etc.
(5) De acordo com 2.16, três aspectos do mundo pecaminoso
são abertamente hostis a Deus:
(a) “A concupiscência da carne”, que inclui os
desejos impuros e a busca de prazeres pecaminosos e a gratificação sensual (1Co
6.18; Fp 3.19; Tg 1.14).
(b) “A concupiscência dos olhos”, que se refere à cobiça ou
desejo descontrolado por coisas atraentes aos olhos, mas proibidas por Deus,
inclusive o desejo de olhar para o que dá prazer pecaminoso (Êx 20.17; Rm 7.7).
Nesta era moderna, isso inclui o desejo de divertir-se contemplando
pornografia, violência, impiedade e imoralidade no teatro, na televisão, no
cinema, ou em periódicos (Gn 3.6; Js 7.21; 2 Sm 11.2; Mt 5.28).
(c) “A soberba da vida”, que significa o espírito de
arrogância, orgulho e independência auto-suficiente, que não reconhece Deus
como Senhor, nem a sua Palavra como autoridade suprema. Tal pessoa procura
exaltar, glorificar e promover a si mesma, julgando não depender de ninguém (Tg
4.16).
(6) O crente não deve ter comunhão espiritual com aqueles
que vivem o sistema iníquo do mundo (ver Mt 9.11 nota; 2Co 6.14) deve reprovar
abertamente o pecado deles (Jo 7.7; Ef 5.11), deve ser sal e luz do mundo para
eles (Mt 5.13,14), deve amá-los (Jo 3.16), e deve procurar ganhá-los para
Cristo (Mc 16.15; Jd 22,23).
(7) Da parte do mundo, o verdadeiro cristão terá tribulação
(Jo 16.33), ódio (Jo 15.19), perseguição (Mt 5.10-12) e sofrimento em geral (Rm
8.22,23; 1Pe 2.19-21). Satanás, usando as atrações do mundo, faz um esforço
incessante para destruir a vida de Deus dentro do cristão (2Co 11.3; 1Pe 5.8).
(8) O sistema deste mundo é temporário e será destruído por
Deus (Dn 2.34,35, 44; 2Ts 1.7-10; 1Co 7.31; 2Pe 3.10 nota; Ap 18.2).
FONTE DE PESQUISA:
Comentário Bíblico Popular - Novo Testamento
Comentário Bíblico Esperança Novo Testamento
Comentário Bíblico Willian Barclay Novo Testamento
Biblia de Estudo Pentecostal
Comentário Bíblico Wiersb - Velho Testamento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário