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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

QUEDA E PROMESSA DE REDENÇÃO
A tentação de Eva e a queda do homem
Gn.3.1 Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?
Gn.3.2 E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos,
Gn.3.3 mas, do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais.
Gn.3.4 Então, a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis.
Gn.3.5 Porque Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.
Gn.3.6 E, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.
Gn.3.7 Então, foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.

A Queda da humanidade

Muitas pessoas têm idéias falsas sobre o trágico acontecimento que envolveu o homem, no Paraíso. Há quem afirme que jamais houve tal fato, querendo insinuar que a narrativa bíblica sobre a Queda não passa de uma lenda. Lamentavelmente, entre esses incrédulos estão incluídos muitos que se dizem religiosos.

A Bíblia, a Palavra de Deus, a verdade (Jo 17.17), nos afirma que a harmonia do Paraíso foi transtornada quando o Diabo, um antigo querubim que se rebelou contra Deus, foi lançado à Terra. Certamente, por vingança, resolveu atacar a obra- prima da mão de Deus — o homem.
Sabemos que a causa eficiente para a Queda, no entanto, surgiu de uma atitu- de errônea do casal. A mulher, Eva, ao invés de honrar o acordo firmado com a voz de Deus, resolveu, usando o seu livre-arbítrio, dar ouvidos à voz do Inimigo, pecando contra o Senhor.
Idéias erradas quanto à Queda. Há algumas concepções errôneas quanto à tragédia em apreço:

1) Há quem afirme que o pecado do primeiro casal foi ter praticado a união sexual. Podemos afirmar, pela Bíblia, que essa afirmação não tem fundamento   nas Escrituras. Para tanto, basta observar que, em Gênesis 2, Deus já planejara a existência do pai e da mãe, antes da Queda, o que só tem sentido quando se tem a idéia da geração de filhos (Gn 2.24).
O casal foi exortado por Deus a se multiplicar e a encher a Terra (Gn 1.28). Essa multiplicação, evidentemente, só poderia concretizar-se através da união sexual, mostrando o Senhor que o homem e a mulher seriam unidos em “uma só carne” (Gn 2.24). Desse modo, vemos, sem maior necessidade de argumentação, que o ato sexual nada teve a ver com a Queda. Tal ato, pelo contrario, constitui-se numa das maiores expressões do amor de Deus — quando realizado de acordo com a sua vontade: entre mando e mulher, unidos pelos laços do matrimônio.

2) Outra expressão errônea é: “A maçã proibida”. Isso apenas comprova a íg- norância dos críticos gratuitos da Bíblia. Na Mesopotamia, região onde se situava o Eden, entre os rios Tigre e Eufrates, sequer existem condições climatológicas para a produção de maçãs! A Bíblia nos informa o tipo de fruto produzido pala árvore da ciência do bem e do mal, que era, na realidade, uma árvore concreta, no meio de milhares que existiam no Jardim (Gn 3.3). Não temos dúvida de que esses elementos sejam reais — árvore e fruto —, mesmo que desconheçamos suas natureza e constituição.

A invencioníce da “maçã proibida” é apenas uma dentre muitas demons- trações descabidas dos que querem diminuir o valor da Palavra de Deus. São aqueles que, em sua arrogância, se consideram doutores, mas sequer dão-se ao trabalho de examinar aquilo que combatem. Apesar dessas agressões in- fundadas e graciosas contra o Livro Sagrado, cumpre-se o que foi dito pelo profeta Isaías: “Seca-se a erva, caem as flores, mas a Palavra de Deus subsiste eternamente” (Is 40.8).

A verdade sobre a Queda. De acordo com a Bíblia, Deus pôs o homem no Eden para lavrá-lo e guarda-lo (Gn 2.25). Essa não era a única finalidade, pois sabemos que a presença do homem na Terra tem o sentido de adoração e glorificação ao Criador. O Senhor ordenou ao homem que ele poderia comer de toda a árvore do Jardim, com exceção de uma, a árvore da ciência do bem e do mal, que era, na verdade, um meio de prova, posto por Ele para que Adão e Eva exercessem a sua liberdade de modo consciente.

Em sua bondade, Deus deu o direito e a liberdade de o homem apropriar-se de todos os frutos do Jardim, exceto dos produzidos pela árvore proibida. Mas o homem desprezou a bênção de Deus em cada árvore, em cada fruto, em cada folha — milhares de bênçãos —, e resolveu dar ouvidos à do Diabo. Este enga- nou a mulher, dando-lhe a entender que poderia desobedecer a Deus sem sofrer as conseqüências do pecado.

Sabemos que Eva foi enganada por sua própria concupiscência (Tg I.I4b). Satanás fez do amargo, doce; e do doce, amargo (cf. Is 5.20). E a mulher com- partilhou o pecado com seu marido, e ambos caíram, perdendo a imagem e a semelhança originais do Criador.

Antes da Queda, o homem possuía uma estrutura físico espintual excepcional. Tinha conhecimento profundo de Deus; comunhão direta com o Criador; bênçãos da presença dEle no Jardim; paz, segurança e alegria, decorrentes do relacionamento direto, sem intermediários, com o Criador; conhecimento e bem-estar físico inigualáveis, sem doenças, distúrbios emocionais ou físicos; desconhecimento do medo; conhecimento interno e externo em relação à sua pessoa; conhecimento da realidade social e do trabalho, de modo útil e satis- fatório (Gn 2.15).

As conseqüências da Queda. Após a Queda, houve um transtorno total na vida dos primeiros seres criados. Conheceram que estavam nus, dando a entender que, antes, não se constrangiam nessa condição; conheceram o medo; perderam a autoridade sobre a criação; conheceram a desarmonia; a mulher sofreu mudanças em sua parte física e emocional, passando a conhecer a dor de forma acentuada para procriar.

O homem, pois, conheceu a maldição da terra; o trabalho passou a ser penoso e fatigante; e o pior: perdeu a vida eterna, que lhe era assegurada, na condição original, e conheceu o aguilhão da morte: física (Gn 2.17; Ef 2.5) e espiritual, que significa separação de Deus.

A PROMESSA DA REDENCAO
Atacando ao primeiro casal, o Inimigo atingiu todas as pessoas que haveriam de nascer. O pecado passou a todos os homens (Rm 5.12). Entretanto, Deus, o Criador, no seu plano maravilhoso, não deixou escapar nada que fosse necessário ao cumprimento de seus propósitos com relação à humanidade. Ele previu a Redenção do homem, de maneira sublime, como podemos ver em sua Palavra.

Deus já houvera elaborado o plano da Redenção. Esta não foi um arranjo às pressas, de última hora. O Senhor não trabalha assim. Tudo o que Ele faz é bem planejado, ordenado e perfeito.

A Redenção prevista. Num tempo muito anterior à Queda o resgate, ou a Redenção do homem, foi previsto em seu plano para a humanidade. Diz a Palavra de Deus: “mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado, o qual, na verdade, em outro tempo, foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado, nestes últimos tempos, por amor de vós” (I Pe 1.19,20).

Noutras palavras, na eternidade, um verdadeiro mistério, “oculto em Deus, que tudo criou” (Ef 3.9). Previu Deus, ainda, que a revelação desse mistério seria efetuada através da Igreja de Cristo, “segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Ef 3.10,11).

A Redenção prometida. No último diálogo, na última reunião, no último contato que Deus teve diretamente com o homem, logo após a Queda, o Senhor prometeu que, da semente da mulher, levantaria alguém que haveria de ferir a cabeça do Diabo (Gn 3.15), propiciando a Redenção da humanidade.

Deus não se atrasa. Não deixa para mais tarde. No próprio Èden, palco da desgraça da humanidade, Ele prometeu a Redenção do homem. Ali, diante do casal em pecado, Deus providenciou túnicas de peles, com que o vestiu, cobrimdo- lhe a nudez, a vergonha. Para que o homem pudesse estar diante do Senhor, um animal foi morto, e seu sangue derramado.

Aquele animal, um cordeiro, provavelmente, foi morto para que o pecado do homem fosse coberto. Era uma tipificação de Cristo, que haveria de ser morto pelos pecados de todos os homens.

A Redenção realizada. A Bíblia diz: “mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” (G1 4.4). A redenção do homem não chegou atrasada, nem adiantada, mas “na plenitude dos tem- pos”, no tempo de Deus, ou no kairós, quando Jesus veio ao mundo, nascido de mulher, de uma virgem da Galiléia. Deus enviou seu filho ao mundo para, aqui, onde a Queda ocorreu, fosse efetivada a Redenção do homem.

Passaram-se milênios, desde que o Criador prometera a Redenção da raça humana, através da “semente da mulher”. Parecia não haver mais esperança para o homem, quando, “na plenitude dos tempos”, Deus desencadeou o seu plano maravilhoso da Redenção, previsto “antes da fundação do mundo”.

Porque Deus amou 0 mundo de tal maneira que deu 0 seu Filho unigenito) para que todo aquele que nele cre nao pereca, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou 0 seu Filho ao mundo nao para que condenasse 0 mundo} mas para que 0 mundo fosse salvo por ele (Jo 3.16,1 7).

O momento culminante da redenção. Depois de pregar a salvação de Deus, enviada por seu intermédio, Jesus entregou-se como “o Cordeiro de Deus” (Jo 1.29), para derra- mar o seu sangue em propiciação pelos pecados do mundo inteiro. Era o momento culminante no plano da Redenção. Pregado na cruz, contrariando a expectativa de todos, principalmente a do Diabo, Jesus exclamou: “Está consumado” (Jo 19.30).

Tudo o que antes fora escrito, previsto, tipificado como “sombra dos bens futuros” (Hb IO.I) se cumpriu. Ali, naquela tarde sombria, no alto do Gólgota, o Sol se escureceu (Mt 27.45) e “o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras” (Mt 27.41). E, naquele mo- mento de dimensão cósmica, e de conseqüências eternas para o Universo e para o homem, Jesus efetuou a “eterna redenção” (Hb 9.12).

A Redenção de Cristo não foi apenas para o homem individualmente. Foi a Redenção da raça, da família. Ao tentar a mulher, o Adversário fez surgir a perdição da humanidade. Mas, através da mulher, numa ironia divina, o Senhor fez nascer o Salvador do mundo.

Na cruz, quando o Senhor Jesus deu o brado de vitória, a Redenção do homem foi consumada. Na ressurreição, vencendo a morte e todos os poderes do mal, o Senhor não deixou dúvidas quanto ao seu plano redentor e expiatório para todos aqueles que nEle crêem.


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