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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

UM TIPO DO FUTURO ANTICRISTO - LIÇÃO 12 COM SUBSIDIOS


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Lições Bíblicas CPAD  -   Jovens e Adultos
 4º Trimestre de 2014

 Título: Integridade Moral e Espiritual — O legado do livro de Daniel para a Igreja de hoje,
Comentarista: Elienai Cabral



Lição 12: Um Tipo do futuro Anticristo
Data: 21 de Dezembro de 2014

TEXTO ÁUREO

“Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição” (2Ts 2.3).

VERDADE PRÁTICA

As conquistas ditatoriais e as atrocidades de Antíoco Epifânio dão uma noção do que será o futuro Anticristo na Grande Tribulação.

HINOS SUGERIDOS

8, 123, 191.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Dn 7.7,8 O pequeno chifre do animal espantoso
Terça - 1Jo 2.22  O “mentiroso”
Quarta - 1Jo 2.18  O “anticristo”
Quinta - 2Ts 2.3,8 O “homem da iniquidade”
Sexta - Mt 24.15  O abominável da desolação
Sábado - 2Ts 2.8; Ap 19.20  O Anticristo será lançado no Lago de Fogo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Daniel 11.1-3,21-23,31,36.

1 - Eu, pois, no primeiro ano de Dario, medo, levantei-me para o animar e fortalecer.
2 - E, agora, te declararei a verdade: Eis que ainda três reis estarão na Pérsia, e o quarto será cumulado de grandes riquezas mais do que todos; e, esforçando-se com as suas riquezas, agitará todos contra o reino da Grécia.
3 - Depois, se levantará um rei valente, que reinará com grande domínio e fará o que lhe aprouver.
21 - Depois, se levantará em seu lugar um homem vil, ao qual não tinham dado a dignidade real; mas ele virá caladamente e tomará o reino com engano.
22 - E, com os braços de uma inundação, serão arrancados de diante dele; e serão quebrantados, como também o príncipe do concerto.
23 - E, depois do concerto com ele, usará de engano; e subirá e será fortalecido com pouca gente.
31 - E sairão a ele uns braços, que profanarão o santuário e a fortaleza, e tirarão o contínuo sacrifício, estabelecendo a abominação desoladora.
36 - E esse rei fará conforme a sua vontade, e se levantará, e se engrandecerá sobre todo deus; e contra o Deus dos deuses falará coisas incríveis e será próspero, até que a ira se complete; porque aquilo que está determinado será feito.

INTERAÇÃO

Quando encerramos a leitura do Antigo Testamento e deparamo-nos com o primeiro livro do Novo Testamento, o Evangelho de Mateus, nós não imaginamos o lapso de tempo que representa passar de uma página a outra. Foram aproximadamente quatrocentos anos de um período considerado “o silêncio de Deus”. Entretanto, acontecimentos proféticos cumpriram-se neste período onde surgiu um personagem na história, considerado por muitos o Anticristo, mas considerado pelos principais estudiosos do Antigo Testamento, uma figura do Anticristo: Antíoco Epifânio. Um personagem importante na história bíblica e secular.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer as predições proféticas do capítulo onze de Daniel.
Destacar o caráter perverso de Antíoco Epifânio, o imperador da Síria.
Saber que Antíoco Epifânio prefigura o Anticristo que há de vir.


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Prezado professor, para a aula de hoje, procure se preparar com informações sobre o personagem central da lição: o imperador sírio Antíoco Epifânio. Um homem cruel, imoral e que profanou o Templo dos judeus em Jerusalém. Procure pesquisar informações históricas de sites confiáveis, revistas de história e livros que abordem o período considerado interbíblico. Este é um período pouco estudado pelos professores, mas crucial para compreender o momento histórico da invasão em Jerusalém após o retorno do cativeiro e a pessoa de Antíoco Epifânio como a figura do futuro Anticristo. Boa aula!

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Palavra Chave
Anticristo: Falso Cristo; falso profeta.

No capítulo onze, Deus revela a Daniel eventos proféticos que se cumpriram no período interbíblico, ou seja, o período entre o Antigo e o Novo Testamentos. Nesta revelação profética destaca-se o personagem histórico que estudaremos nesta lição, Antíoco Epifânio. Esse personagem prefigura o Anticristo revelado em o Novo Testamento (Mt 24.15; 2Ts 2.3-12).

I. PREDIÇÕES PROFÉTICAS CUMPRIDAS COM EXATIDÃO (11.2-20)

Essas profecias reveladas a Daniel cumpriram-se fielmente por uns 500 anos até o período interbíblico, que vai do fim de Malaquias ao início de Mateus.

1. A revelação sobre o fim do Império Medo-Persa (11.2). Aparece no versículo primeiro o nome do rei “Dario, o medo” que é o mesmo de Daniel 5.31. A história bíblica diz que Ciro constituiu a Dario como rei. No capítulo onze é revelado a Daniel uma sucessão de reis que vai de Ciro até o desmoronamento do reino de Alexandre. Foi revelado a Daniel que o rei valente (v.3), Alexandre, se levantaria e dominaria muitos reinos, todavia o Senhor mostrou também que embora imponente, o reino de Alexandre seria partido aos quatro ventos do céu (v.4). Os reinos deste mundo, por mais importantes que sejam, são todos passageiros. Somente o Reino de Deus é eterno.
A história apresenta diferentes datas quanto a estes reis, mas isso não afeta o cumprimento, com exatidão, dos fatos proféticos do capítulo onze.

2. Um rei valente (11.3). O rei valente que seria levantado era Alexandre Magno. A importância dessa profecia está no fato de que é Deus que dirige a história para que sua soberana vontade seja exercida especialmente em relação a Israel.
Até o versículo 35 a profecia de Daniel se concentra em revelar os reinos gentílicos. Depois, o foco principal passa a ser o povo de Deus e seus sofrimentos.
Os reis do Sul descritos no versículo cinco eram os Ptolomeus, sucessores de Ptolomeu Soter, general de Alexandre. E os reis do Norte (v.6) eram os Selêucidas, sucessores de Seleuco I, que governou parte da Ásia Menor e Síria.

3. A divisão do reino entre quatro generais (11.4-20). Afirma o versículo quatro que “estando ele em pé, o seu reino será quebrado”. Alexandre morreu na Babilônia aos 33 anos de idade. O seu reino, como havia sido revelado pelo Senhor, “foi repartido para os quatro ventos do céu” (v.4). Alexandre não teve um sucessor e seu reino foi dividido entre os seus quatro generais: Cassandro, Lisímaco, Seleuco e Ptolomeu. Ainda que os historiadores neguem a questão da soberania de Deus no destino das nações, não podemos duvidar que Ele permite que reinos sejam estabelecidos e destruídos. “Os quatro ventos do céu” (v.4) lembra a profecia sobre a figura das quatro cabeças do leopardo alado (7.6) e a visão do bode com quatro chifres notáveis (8.8). As figuras são diferentes, mas as representações dessas figuras são as mesmas, porque falam do Império Grego e sua divisão, depois da morte de Alexandre. Cassandro reinou na Macedônia; Lisímaco reinou na Trácia e Ásia Menor; Ptolomeu reinou no Egito e Seleuco reinou sobre a Síria e o restante do Oriente Médio.
Nos versículos 5 a 20, temos uma sucessão de guerras entre esses quatro reis, especialmente entre Egito e Síria, entre os reinos do Norte e do Sul. O rei do Norte, Antíoco Epifânio (entre 175 e 164 a.C.) o qual tornou -se um tipo do Anticristo.



SINOPSE DO TÓPICO (I)

O capítulo onze de Daniel é uma profecia a respeito da queda do império medo-persa, a ascensão do império grego e a sua posterior divisão em quatro partes.



II. O CARÁTER PERVERSO DE ANTÍOCO EPIFÂNIO (11.21-35)

Os quatro generais de Alexandre que se tornaram reis não se contentaram com seus territórios e passaram a lutar entre si. Seleuco IV ocupava o trono da Síria em Antioquia e reinou de 187 a 175 a.C. Ele morreu envenenado e seu filho deveria assumir o trono, mas seu tio Antíoco Epifânio tomou o trono da forma mais ignominiosa e detestável possível. Assumiu o trono sírio e mudou seu título de Antíoco IV para Antíoco Epifânio, isto é, o glorioso.

1. Antíoco Epifânio foi um rei perverso e bestial. Ele chegou ao poder em 175 a.C. e tinha apenas 40 anos de idade. O vocábulo Antíoco significa adversário, e Epifânio significa ilustre, o que é uma contradição. Segundo a história, reinou apenas onze anos, e morreu em 164 a.C. Porém, em seus poucos anos de reinado usou artifícios mentirosos, enganosos e cruéis como ninguém. Antíoco Epifânio não tinha escrúpulo. Sua ascensão ao trono da Síria foi através de intrigas e engano (11.21). Ele derramou muito sangue em guerras. Enriqueceu com os despojos quando lutou contra o Egito (11.25-28). O versículo vinte e um o chama de “homem vil”, porque fingindo amizade e aliança, entrou no Egito e se apoderou do reino de Ptolomeu Filometer.

2. Antíoco Epifânio invadiu Jerusalém (11.28). Antíoco Epifânio, depois de ter entrado no Egito e ter tomado posse do reino de Ptolomeu VI (vv.25,26), resolveu investir contra a Terra Santa, especialmente, Jerusalém. Ele tinha um ódio enorme de Israel. Por isso, partiu para a profanação do Templo e fez cessar os sacrifícios diários (11.30,31). Houve resistência da parte de judeus fieis que não cederam aos abusos de poder e a arrogância desse rei sírio. Ele ordenou o sacrifício de porcos sobre o altar sagrado para profanar o Santuário.

3. Antíoco Epifânio era cruel (vv.31-35). Ao invadir Jerusalém, Antíoco Epifânio desrespeitou valores morais e éticos da sociedade israelita. Estabeleceu regulamentações contra a circuncisão, a observância do sábado e outras práticas dietéticas do povo hebreu. O versículo 31 fala da “abominação desoladora”, quando Epifânio construiu um altar a Zeus, deus grego, sobre o altar dos holocaustos no Templo.



SINOPSE DO TÓPICO (II)

O imperador Antíoco Epifânio era perverso, bestial e cruel. Ele arrasou a cidade de Jerusalém.



III. ANTÍOCO EPIFÂNIO, TIPO DO ANTICRISTO

1. O “ homem vil” que chega ao poder. Até o versículo 35 a história se cumpriu perfeitamente. A partir do versículo 36, os fatos acontecem de modo especial e fala de um rei que agirá segundo a sua própria vontade. Trata-se de um homem que chega ao poder, prospera, cresce em força e, então, investe contra o Deus de Israel. Esse rei, na figura de Antíoco Epifânio, assume o papel de divindade. Essa profecia tem o respaldo do Novo Testamento nas palavras de Paulo, quando diz que “se opõe contra tudo que se chama Deus ou se adora” (2Ts 2.4).

2. O futuro governante mundial no “tempo do fim”. Nos versículos 36 a 45 do capítulo onze está escrito que ele fará conforme sua própria vontade. O versículo quarenta fala do “fim do tempo” apontando para a Grande Tribulação que é a septuagésima semana do texto de Daniel 9.27. Nesse período, os reis do Norte e do Sul se unirão numa coligação de nações na “terra gloriosa” (11.41) para a grande batalha do Armagedom, onde o Anticristo será derrotado na Segunda Vinda de Cristo (Ap 19.11-20).

3. Precisão profética. Como vimos, Antíoco Epifânio é um personagem da história que representa o rei futuro, o Anticristo, que provocará o grande conflito com Israel e fará tudo para destruir a nação, até que venha o Senhor para aniquilar o seu poder.



SINOPSE DO TÓPICO (III)

Antíoco Epifânio assumiu o papel de divindade tal qual o apóstolo Paulo revela acerca do Anticristo: “se opõe contra tudo que se chama Deus ou se adora”.



CONCLUSÃO

A Bíblia declara que o “último dia” não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja manifestado “o homem da iniquidade, o filho da perdição” que é o Anticristo (2Ts 2.3). Isto se dará no período da Grande Tribulação, todavia, a Igreja do Senhor não estará mais na Terra e assim não verá o Anticristo.

VOCABULÁRIO

Ignominiosa: Que provoca horror, vergonha.
Escrúpulo: Consciência dotada de sentido moral; caráter íntegro.
Despojos: O que se toma ao inimigo; presa, espólio.
Profanar: Tratar desrespeitosamente; ofender, afrontar, macular.
Dietética: Relativo a dieta.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

LAHAYE, Tim; HINDSON (Ed.). Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2004.
SILVA, Severino Pedro. Daniel Versículo por Versículo: As visões para estes últimos dias. 13ª Edição. RJ: CPAD, 2005.

EXERCÍCIOS

1. Quem constituiu a Dario como rei?
R. A história bíblica diz que Ciro constituiu a Dario como rei.

2. Qual é a importância da profecia a respeito do Império Grego?
R. A importância dessa profecia está no fato de que é Deus que dirige a história para que sua soberana vontade seja exercida especialmente em relação a Israel.

3. Quais eram os quatro generais de Alexandre?
R. Os seus quatro generais eram Cassandro, Lisímaco, Seleuco e Ptolomeu.

4. Segundo a lição, qual é o significado do nome Antíoco Epifânio?
R. O vocábulo Antíoco significa adversário, e Epifânio significa ilustre.

5. Antíoco Epifânio é um tipo de quem?
R. Um tipo do Anticristo.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

Subsídio Teológico

“A advertência de nosso Senhor parece sugerir que os falsos messias irão, na verdade, se infiltrar nas fileiras daqueles que fogem. Embora o povo de Deus possa fugir das perseguições do Anticristo, eles não conseguirão escapar dos agentes mentirosos de Satanás, que irão evidentemente segui-los até o esconderijo. Mesmo em seu exílio da ameaça da aniquilação, os refugiados constantemente ouvirão pessoas mentirosas afirmar, ‘Eis que o Cristo está aqui’; ‘Ali’ (v.23).
‘Eis que ele está no deserto!’ Ou, ‘Ele está nas salas interiores!’ Todas estas afirmações serão mentiras, talvez até deliberadamente planejadas para atrair os refugiados para fora do esconderijo. Os crentes são, com antecedência, solenemente instruídos a não darem atenção a elas” (MACARTHUR JR., John. A Segunda Vinda. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2013, p.117).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

Subsídio Teológico

“A Marca da Besta (13.16-18)
O versículo 18 oferece uma pequena lista para se entender o sentido da marca e do nome, ou caráter, da besta. O número 666, no entanto, tem-se tornado mui controvertido, e vem promovendo mais especulações que qualquer outra coisa da Bíblia. Antes da invenção dos números arábicos (0,1,2,3...), os judeus e gregos tinham de escrever os números por extenso. Com o passar do tempo, começaram a substituir as letras do alfabeto pelo nome dos números. Assim, as primeiras dez letras eram usadas para os números de 1 até 10. A letra seguinte designava o 20, a outra 30, e daí por diante.
Vem se constituindo num passatempo popular adicionar letras aos mais diversos nomes para se obter a identidade da besta. Alguns concluem que o Anticristo haja sido Nero César, pois tal nome em caracteres hebraicos soma 666. Contudo, o Apocalipse está no grego, e fala do Alfa e do Ômega, letras do alfabeto grego; e não ‘Alefe’ e ‘Tau’, letras do alfabeto hebraico. Assim há somente especulação ao atribuir-se o número 666 a Nero.
Através da história, vem-se tentando identificar nos ditadores e tiranos. Quando me encontrava em Israel em 1962, um judeu convertido disse-me para prestar atenção no nome de Richard Nixon, pois vertido em hebraico soma exatamente 666. Mais tarde, um irmão da Itália contou-me que a inscrição dedicada ao papa, e que pode ser vista no interior da basílica de São Pedro, em Roma, em algarismos latinos, também soma 666. É digno de nota que alguns escribas antigos substituíssem o número 666, por 6I6, para que se encaixasse com o nome de calígula. A igreja primitiva, unanimemente, rejeitou o artifício.
O Apocalipse, contudo, nada fala sobre a soma de números do nome da besta. A única chave é esta: ‘é o número de um homem’. Expositores da Bíblia interpretam o seis para simbolizar a raça humana. O três para designar a Trindade. A tripla repetição — 666 — pode simplesmente significar que o Anticristo é um homem que crê ser um deus, membro de uma trindade composta pelo Anticristo, Falso Profeta e Satanás (2Ts 2.4; Ap 13.8)” (HORTON, Stanley M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2001, p.185).

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

Um tipo do futuro anticristo

Antíoco IV Epifânio foi um déspota selêucida cruel, vingativo e opressor. Para a aula do capítulo 11 do livro de Daniel, precisamos conhecer um pouco mais sobre as ações desse rei que procurou “helenizar” a Palestina entre 168-164 a.C.
A história nos conta que a partir das rixas locais em Jerusalém Jasão, por exemplo, tentou se reconduzir ao cargo de Sumo-Sacerdote matando partidários de Menelau Antíoco Epifânio invadiu a Cidade Santa massacrando muitos judeus, saqueando o Templo e reempossando Menelau a função de Sumo-Sacerdote. Note que o Sumo-Sacerdócio há muito havia deixado de ser uma instituição nomeada por Deus. Era uma instituição marcada pela conquista do poder pelo poder. Essa cultura permaneceria assim com o advento do Senhor Jesus. Através dessa cultura de poder o nosso Senhor foi assassinado em plena Palestina.
Anos mais tarde Antíoco Epifânio voltou a atacar a Palestina. Dentre as suas intenções para com aquela região estava não somente o ataque, mas a mudança da mentalidade cultural dos judeus, da sua religião e da sua identidade como povo. Veja as seguintes ações de Epifânio:
1.    Forçou a aculturação dos judeus na cultura helênica.
2.    Ordenou uma perseguição amarga e sangrenta aos que resistiram à cultura e à religião helenísticas na Palestina.
3.    Em 167 a.C., erigiu um ídolo consagrado a Zeus e sacrificou porcos sobre o altar no Templo de Jerusalém.
4.    Proclamou-se divino. Seu sobrenome, “Epifânio”, significa “deus manifestado”.
A figura de Antíoco Epifânio representa o ápice do cumprimento da profecia bíblica. Foi um ser cruel e histórico. Entrou no lugar santo o blasfemou. Voltou-se contra o Deus de Israel profanando o altar do Templo. Antíoco Epifânio é uma prova de como uma profecia bíblica cumpri-se na história. Mostra como Deus é atemporal e encontra-se para além da história. De acordo com os estudiosos da linha dispensasionalista, até o versículo trinta e cinco do capítulo onze de Daniel vemos a exata descrição de Antíoco Epifânio.
Pelo caráter traiçoeiro, cruel, astuto e enganador de Antíoco Epifânio é que muitos estudiosos colocam como um tipo do Anticristo de acordo com o Novo Testamento. Estudar a história de um povo para compreendermos o todo de uma profecia é uma tarefa importantíssima.

SUBSIDIOS

Um Tipo Futuro do Anticristo  -  Dn 11.1-45

Neste capítulo trataremos de um personagem que se destaca dentro da profecia de Daniel e envolve fatos que já aconteceram e se cumpriram historicamente. O cumprimento dessas profecias fortalece a confiança e a credibilidade das visões e revelações de Daniel. Porém, o personagem que aparece é um dos últimos reis do Império Grego, chamado Antíoco Epifânio IV, da família dos ptolomeus, o qual será destacado pela crueldade e pelo desprezo às coisas sagradas. Ele aparece mais no final do capítulo 11.

O capítulo 11 traz uma profecia que abrange os dois últimos Impérios, o Medo-persa e o Grego. O seu cumprimento se inicia, literalmente, a partir do fmal dos dias da vida de Daniel sob o reinado de Dario, o medo. Neste capítulo Deus revela a Daniel eventos proféticos que se cumpriram no período interbíblico, ou seja, aquele período entre o Antigo e o Novo Testamentos. Porém, a revelação maior dessa profecia diz respeito ao personagem histórico Antíoco Epifânio. Esse personagem refere-se a um futuro rei com as mesmas caraterísticas que aparecerá, escatologicamente, no futuro, como o Anticristo revelado no Novo Testamento. As profecias do capítulo 11 se cumpriram e ocorreram entre os reinados de Dario, o medo (539 a.C.) e Antíoco Epifânio (175-163 a.C.). Porém, a parte do texto dos versículos 36-45 diz respeito a Israel em tempos ainda não cumpridos e que estão relacionados intimamente com os capítulos 12 de Daniel e 13 de Apocalipse.

I - PREDIÇÕES PROFÉTICAS CUMPRIDAS COM EXATIDÃO(11.1-20)

A exatidão do cumprimento das profecias (11.1)
“Eu, porém, no primeiro ano de Dario, o medo” (11.1).
A importância dessa profecia é constatar a fidelidade e exatidão do cumprimento das profecias especialmente no período inter-bíblico. O primeiro ano do reinado de Dario foi em 539 a.C., conforme se pode constatar nos textos de Dn 6.1 e 9.1.0 anjo de 11.1 é mesmo anjo de 10.20,21 que veio a Daniel, não apenas para confortá-lo, mas continuar a revelar o futuro de dois Impérios: o medo-persa (com todos os seus reis) e o grego (11.2-4).

A revelação sobre o fim do Império Medo-persa (11.2). 
Aparece no versículo 1 o rei “Dario, o medo” que é o mesmo de Dn 5.31. No capítulo 9.1, ele é chamado “Dario, filho deAssuero”.A história bíblica diz que Ciro constituiu a Dario como rei enquanto ele estava no campo de batalha na conquista de outras terras e nações. Porém, o versículo 2 fala de três reis e destaca um quarto. Os três primeiros reis persas em sequência normal são, segundo Scofield, em seu comentário: Ciro II (550-530 a.C.), Cambises II (529-522 a.C.) e Dario I Histapes (521-486 a.C.). O quarto rei é Xerxes (486-465 a.C). Existe pouca informação acerca desses reis, sobre os quais Daniel citou que reinariam em sequência, não por muito tempo. Porém, os dados proféticos são precisos e confirmados pela própria história. As evidências históricas do cumprimento da profecia são tão reais, que os críticos da Bíblia sugerem que a profecia foi escrita, pelo menos 400 anos depois de Daniel, depois que tudo tinha acontecido. Entretanto, a revelação futura dada a Daniel encontra respaldo histórico e credibilidade porque Deus cumpre sua palavra. Além dos fatos cumpridos, a profecia aponta para o futuro, com o aparecimento do Anticristo, um tipo de Antíoco Epifãnio.

A revelação profética sobre o Império Grego (11.3).
Xerxes I, sucessor de Dario, o persa, foi o quarto e último rei do Império Medo-persa. Foi um rei que juntou muita riqueza, mas ao enfrentar a Grécia, conquistou a cidade de Atenas e isto irritou aos gregos. Despontava naquele tempo a liderança de Alexandre, o Grande, que reuniu todas as forças bélicas e humanas dos seus exércitos e derrotou a Xerxes, da Pérsia, vingando a nação grega. Portanto, em 331 a.C., Alexandre, o grande, “o rei valente” se levantou e suplantou o último rei dos medos-persas com grande força e domínio sem qualquer resquício de misericórdia (v. 3). Era jovem e cheio de energia, inteligente e perspicaz, porque foi capaz de persuadir com carisma seus subordinados para que se unissem a ele a fim de conquistar o mundo de então. Com força pujante e implacável, Alexandre foi aumentando seu domínio geográfico e cultural conquistando outras nações. Ele procurou agregar os povos conquistados e tornar o seu domínio num “império unido”. Ele promoveu a miscigenação das nações conquistadas, para ter o domínio sobre todos. Ele formou um exército coeso e forte recrutando homens de todas as nações conquistadas. Em pouco tempo, para o contexto da época, suas conquistas ultrapassaram todos os índices de tempo para dominar e fazer o que lhe aprouvesse. Cumpria-se, de fato, a soberania de Deus dirigindo a história e fazendo valer a sua soberana vontade. Era a sua vontade exercida nos destinos das nações e, acima de tudo, especialmente para Israel.

A divisão do Império Grego por quatro generais (11.4-20)
“estando ele em pé, o seu reino será quebrado” (11.4). Muito cedo, aos 33 anos de idade, Alexandre morreu na Babilônia. Ele era “chifre ilustre” ou “a ponta grande” do bode peludo do capítulo 8.8, que representava a Grécia. Esse chifre foi quebrado (8.8) que representa o rei grego, cujo reino foi quebrado em 11.4. Sem seu líder principal, Alexandre, o Magno, o seu reino perdeu a força da unidade imperial e foi dividido por seus quatro generais: Cas- sandro, Lisímaco, Seleuco e Ptolomeu. Ainda que os historiadores  neguem a questão da soberania de Deus no destino das nações, não temos o que duvidar. Fazendo uma relação comparativa das visões dos capítulos 7 ,8 e 11, temos no texto de Dn 7.6 a figura das quatro cabeças do leopardo alado, e depois, no texto de Dn 8.8 temos a visão do bode peludo com quatro chifres notáveis. As figuras são diferentes, mas as representações dessas figuras são as mesmas, porque falam do Império Grego e sua divisão, depois da morte de Alexandre, pelos quatro generais. São eles: Cassandro que reinou na Macedônia; Lisímaco que reinou sobre a Trácia e a Ásia Menor; Ptolomeu que reinou no Egito e, por último, Seleuco que reinou sobre a Síria e o restante do Oriente Médio. Essa divisão de reinos aguçou a vaidade e a presunção desses generais que se fizeram reis e tramas de traição e morte envolveram esses reinos.

(11.5-20) Nos versículos 5 a 20 temos uma sucessão de guerras entre esses quatro reis, especialmente, entre Egito e Síria, entre os reinos do norte e do sul. Suplantou o rei do Norte, Antíoco Epi- fanio (entre 175 e 164 a.C.) o qual se tornou um tipo perfeito do Anticristo. Porém, dois desses reis da divisão do império se destacam: o rei do Sul e o rei do Norte. Da divisão do império, o rei do Sul é Ptolomeu. Com ele se iniciou a dinastia dos ptolomeus. O texto diz que ele (o rei do sul — Egito) seria mais forte que o outro rei (o rei do norte — Síria). O sul era representado pelo Egito e o norte pela Síria. Detalhes históricos envolvendo esses dois reinos culminam com conflitos entre ambos e com a superação do reino do sul (Síria). Nos versículos 5 a 20 temos uma sucessão de guerras entre esses quatro reis, especialmente, entre Egito e Síria, entre os reinos do norte e do sul. Esse conflito entre os reis do norte e do sul (Egito e Síria), revelou ao final um personagem por nome Antíoco Epifanio, quando no ano 198 a.C., Jerusalém e Judeia passaram a ser província da Síria. No versículo 15, o rei do norte, Antíoco III, o Grande, se impõe sobre a Judeia e Egito e se apodera fortemente da Palestina (11.16). Esse rei, por causa da dívida com Roma, a fim de pagá-la, estabeleceu impostos financeiros pesados, tirando-os dos tesouros da Casa de Deus em Jerusalém. O filho de Antíoco III foi Antíoco IV, conhecido como Antíoco Epifânio.

II - O RETRATO DO CARÁTER MAU DE ANTÍOCO EPIFÂNIO(11.21-35)

Antíoco Epifânio, o glorioso
A presunção desse rei o fez adotar um novo nome e ele chamava a si mesmo “Teos Epifanes” , isto é, “deus revelado”. Ele ascendeu ao trono da Síria em 175 a.C., e mesmo sendo rejeitado por muitos, fez questão de impor seu domínio pela crueldade. Sua ascensão foi ilegal, porque, para abrir caminho para o trono da Síria, ele o fez pelo modo mais ignominioso e detestável. Suas caraterísticas diabólicas o tornaram o tipo mais próximo do futuro Anticristo.
“Depois, se levantará em seu lugar um homem vil” (11.21). Os quatro generais que se tornaram reis depois da morte de Alexandre, não se contentaram com suas regiões geográficas porque suas ambições os fizeram tramar intrigas entre si, matando e assassinando opositores para ostentarem mais riquezas do que já tinham. Queriam mais e mais e começaram a buscar mais terras e partiram para a luta entre si. Seleuco IV, da Síria, ocupava o trono da Síria em Antioquia e reinou de 187 a 175 a.C., morreu envenenado e seu filho deveria assumir o trono, mas seu tio Antíoco Epifânio tomou o trono da forma mais ignominiosa e detestável possível. Antíoco Epifânio assumiu o trono sírio e mudou seu título de Antíoco IV para Antíoco Epifânio, isto é, o glorioso.

Antíoco Epifânio foi um rei perverso
“mas ele virá caladamente e tomará o reino com engano” (11.21). Ele chegou ao poder em 175 a.C. e tinha apenas 40 anos de idade. Segundo a história, reinou apenas onze anos, e morreu em 164 a.C. Porém, em seus poucos anos de reinado usou de todos os artifícios de mentira, engano, astúcia, lísonjas e crueldade como ninguém o fizera. Para se manter no poder Antíoco Epifânio não tinha qualquer escrúpulo. Sua ascensão ao trono da Síria foi através de intrigas e engano (11.21) e tinha sede de conquista derramando o sangue dos seus adversários em muitas guerras. Enriqueceu com os despojos das guerras, quando lutou contra o Egito (11.25-28). O versículo 21 o chama de “homem vil”, porque fingindo amizade e aliança, entrou n o Egito e se apoderou do reino de Ptolomeu Filometer.

Antíoco Epifânio invadiu Jerusalém
(11.25-28) Antíoco Epifânio, depois de ter entrado no Egito e ter tomado posse do reino de PtolomeuVI ( w. 25,26), resolveu investir contra a Terra Santa, especialmente, Jerusalém. Ele tinha um ódio enorme contra Israel. Por isso, partiu para a profanação do templo dos judeus e fez cessar os sacrifícios diários (11.30,31). Houve resistência da parte de judeus fiéis que não cederam aos abusos de poder e de arrogância desse rei sírio. Ele ordenou o sacrifício de porcos sobre o altar sagrado dos judeus para profanar o Santuário.

Antíoco Epifânio era cruel
(11.31-35) Ao invadir Jerusalém, Antíoco Epifânio não teve escrúpulo algum para desrespeitar valores morais, éticos e higiênicos tão importantes na sociedade de Israel. Estabeleceu regulamentações contra a circuncisão, a observação do sábado, e outras práticas dietéticas do povo de Israel. O versículo 31 fala da “abominação desoladora”, quando construiu um altar a Zeus, deus pagão, sobre o altar dos holocaustos no templo.

III - ANTÍOCO EPIFÂNIO, ARQUÉTIPO DO ANTICRISTO

O “homem vil” que chega ao poder
“E esse rei fará conforme a sua vontade ”(11.36). Até o versículo 35 a história se cumpriu perfeitamente. A partir do versículo 36, os fatos acontecem de modo especial e fala de um rei que agirá segundo a sua própria vontade. Trata-se de um homem que chega ao poder, prospera, cresce em poder e, então, investe contra o Deus de Israel. Esse rei, na figura de Antíoco Epifânio, assume o papel de divindade. Essa profecia tem o respaldo do Novo Testamento nas palavras de Paulo, quando diz que “se opõe contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto”( 2 Ts 2.4).

Esse “homem vil” prefigura o futuro líder mundial no “tempo do Fim”
“E no fim do tempo” (11.40). Na verdade, os versículos 40 a 45 retratam as lutas finais de Antíoco Epifanio com o Egito, o rei do Sul, seu rival maior naquele tempo. Porém, a descrição desses conflitos prenunciam os atos futuros do Anticristo. No versículo 45 está descrito o fim de Antíoco Epifanio. Ninguém ostenta uma glória que só pertence ao Deus Todo-Poderoso. Nos versículos 36-45 está descrito que ele fará conforme sua própria vontade. Quando o versículo 40 fala do “fim do tempo” estava apontando, não só para o fim do personagem histórico Antíoco Epifanio, mas estava apontando para um tempo especial que a Biblia descreve como sendo a Grande Tribulação, identificada como a 70a Semana do capítulo 9.27.

(11.41) Segundo o texto, os reis do norte e do sul (Egito e Síria) se unirão numa coligação de nações na “terra gloriosa”(11.41) para a grande batalha do Armagedom, onde o Anticristo será derrotado na Segunda Vinda de Cristo (Ap 19.11-20).

(11.41-43) Escatologicamente, esses versículos falam da extensão do reino do Anticristo. Ele entrará na “terra gloriosa” que é Jerusalém e promoverá grande perseguição aos judeus existentes. Os povos que rodeiam como Edom,Moabe e Amon, identificados hoje, como a Jordânia e pequenas nações próximas estarão sob o seu domínio. Porém, os povos do Oriente, como a China e rumores vindos do Norte, a Rússia, mobilizarão seus exércitos e poderes bélicos para combater o Anticristo na “terra santa”.
(11.44,45) A destruição do Anticristo. Esses versículos indicam que a força de governo do Anticristo será arrojada por terra e suplantada pela vinda gloriosa de Jesus Cristo, o glorioso Messias, desejado e sonhado dia e noite pelos judeus (Zc 14.1,2). Depois de sete anos da Grande Tribulação, no seu final, o Senhor matará com o sopro da sua boca e com o explendor da sua vinda (2 Ts 2.7,8).

“mas o seu fim virá” (11.44,45). Subtende-se que a expressão “entre o mar Grande e o monte santo” refere-se ao Mar Mediterrâneo (“o mar grande”, e “o monte santo e glorioso” não é outro que não o lugar do Templo de Deus em Jerusalém. O Anticristo  armará suas tendas militares em Jerusalém , nas cercanias do vale do Armagedon (Ap 16.16; Zc 14), mas será neste vale que ele será derrotado pelo Messias glorioso. O falso Profeta e ele serão lançados no lago de fogo para sempre, e o Senhor instalará seu reino de mil anos (Ap 19.11-21).

CONCLUSÃO
A Bíblia declara que o “último dia” não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja manifestado “o homem da iniquidade, o filho da perdição” que é o Anticristo (2Ts 2.3).















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