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sábado, 25 de janeiro de 2014

LIÇÃO 05 COM SUBSIDIOS - A TRAVESSIA DO MAR VERMELHO

Lições Bíbilicas CPAD - Jovens e adultos
lº Trimestre 2014

Título - Uma Jornada de Fé - A formação do povo de Israel e sua herança espiritual

Comentarista - Antonio Gilberto

LIÇÃO 05 – A TRAVESSIA DO MAR VERMELHO
02 de Fevereiro de 2014.

TEXTO ÁUREO
"O Senhor é a minha força e o meu cântico; ele me foi por salvação; este é o meu Deus [...]" (Êx 15.2).

VERDADE PRÁTICA
Deus tirou o seu povo do Egito e o conduziu com zelo, proteção e provisão pelo deserto até a Terra Prometida.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Êx 13.17 Rumo à liberdade
Terça - Êx 13.19 Uma promessa é cumprida
Quarta - Êx 13.21 Deus protege o seu povo
Quinta - Êx 14.11 A murmuração do povo de Deus
Sexta - Êx 14.13,14 "Vede o livramento do Senhor"
Sábado - Êx 15.1 A celebração do povo de Deus

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 14.15,19-26

INTERAÇÃO
O povo hebreu teve de esperar 430 anos até que finalmente foi liberto da escravidão pelo Todo-Poderoso. Deus não se esqueceu das promessas que havia feito a Abraão. O Senhor jamais se esquece das suas promessas e seus planos não serão frustrados. Talvez você esteja esperando o agir de Deus em seu favor já há muitos anos. Não perca as esperanças. Sua hora chegará, assim como chegou o momento dos israelitas.
Na lição de hoje veremos que o Senhor não somente libertou o seu povo do cativeiro, mas os conduziu com cuidado e zelo pelo deserto. Deus é fiel, imutável e também cuidará de você até a sua chegada ao céu. Creia no poder providente e protetor do nosso Pai Celestial.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Analisar o significado da saída dos hebreus do Egito e a travessia do mar.
Conscientizar-se de que somente Deus merece o nosso louvor e adoração.
Compreender a proteção e o cuidado de Deus para com o seu povo.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza o quadro abaixo. Utilize-o para introduzir o tópico II da lição.
Antes de apresentar o quadro faça a seguinte indagação: "O que podemos oferecer a Deus por todos os seus benefícios?" Ouça os alunos com atenção e incentive a participação de todos. Em seguida, explique que Moisés e alguns servos do Senhor ofereceram a Deus a sua adoração. Depois, apresente o quadro e leia as referências juntamente com os alunos. Conclua enfatizando que devemos oferecer a Deus o nosso louvor e gratidão.

ALGUNS CÂNTICOS NA BÍBLIA

LIVRO
PROPÓSITO
Êxodo 15.1-21
Cântico de Moisés após Deus ter tirado Israel do Egito e repartido as águas do mar Vermelho.
Números 21.17
Cântico de Israel em louvor a Deus por terem recebido água no deserto.
Deuteronômio 32.1-43
Cântico de Moisés sobre a história de Israel com ações de graças e louvor enquanto os hebreus estavam prestes a entrar na Terra Prometida.
Apocalipse 15.3,4
Cântico de todos os remidos em louvor ao Cordeiro que os remiu.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Na lição de hoje veremos como se deu a saída dos hebreus do Egito. Você pode imaginar a alegria do povo hebreu? Deus tem o tempo certo de agir. O povo teve que esperar 430 anos até o dia da tão esperada liberdade. O dia chegou e quem traçou a rota de saída foi o próprio Senhor. O caminho escolhido foi o mais longo, pois Deus conhecia o coração dos israelitas e sabia que na primeira dificuldade logo desejariam retornar. Nesta lição veremos que Deus retirou Israel do Egito e cuidou do seu povo todos os dias durante a longa travessia pelo deserto até a entrada na tão sonhada Terra Prometida.

I.  A TRAVESSIA DO MAR

1. A saída do Egito (Êx 12.11,37): Deus retirou com mão forte o seu povo do Egito. Depois de tudo que presenciaram, tanto os israelitas quanto os egípcios perceberam que estavam diante de um milagre divino, um acontecimento sobrenatural. Agora era hora da partida. O povo já estava preparado para ir embora, todos vestidos e com seus cajados nas mãos. Você está preparando para a viagem à Casa do Pai? Todos terão um dia que fazer esta passagem. Segundo o texto bíblico de Êxodo 12.37, deixaram o Egito seiscentos mil homens, fora os meninos e as mulheres. Os israelitas não saíram do Egito de mãos vazias. Deus os abençoou de tal maneira que eles despojaram os egípcios (Êx 12.36). Era uma pequena retribuição por todos os anos de trabalho escravo a que foram submetidos.
A rota escolhida pelo Senhor para a saída do Egito foi a mais longa, pois nem sempre Deus escolhe o caminho mais rápido para nos abençoar. O objetivo de tal escolha era também evitar que os israelitas tivessem que passar pelo caminho dos filisteus, evitando confronto com eles (Êx 13.17). Os hebreus não estavam preparados para lutar, pois ainda estavam acostumados à escravidão. Deus também sabia que diante de qualquer obstáculo o povo iria querer voltar para o Egito.

2. A perseguição de Faraó (Êx 14.5-9). O povo estava acampado próximo do mar Vermelho quando o coração de Faraó foi mais uma vez endurecido contra os hebreus (Êx 14.5). Então, Faraó tomou todo o seu exército e saiu em perseguição ao povo de Deus. Aqueles que servem ao Senhor com integridade são alvos de muitas perseguições, mas temos um Deus que nos livra de todas as aflições e perseguições (Sl 34.19). O povo de Israel ficou apavorado quando viu o exército de Faraó vindo em sua direção. Diante deles estava o mar e atrás um grande exército inimigo. Há momentos em que o Inimigo tenta nos acuar, mas Deus sempre sai em defesa do seu povo, por isso, não tenha medo. Confie firmemente no Senhor e Ele o guardará (Sl 121.1). Diante da perseguição de Faraó os israelitas mais uma vez clamam ao Senhor (Êx 14.10). Deus ouve a oração do seu povo, Ele também responde a súplica que lhe fazemos, por isso ore, clame e veja o agir do Todo-Poderoso em sua vida.
3. A ruína de Faraó e seu exército (Êx 14.26-31). "Dize aos filhos de Israel que marchem" (Êx 14.15). Esta foi a resposta do Senhor para o seu povo que estava sendo perseguido pelo exército egípcio. Eles marcharam e Deus enviou durante toda aquela noite um vento e o mar se abriu. O Senhor providenciou um caminho para os israelitas passarem, e o mesmo caminho serviu de juízo para Faraó e seu exército.
O povo de Deus atravessou o mar e quando os egípcios intentaram fazer o mesmo, o Senhor os destruiu (Êx 14.27,28). Para que o povo não duvidasse, Deus permitiu que os israelitas vissem os corpos dos egípcios na praia (Êx 14.30).

SINOPSE DO TÓPICO (1)
Deus retirou com mão forte os israelitas do Egito e os guiou rumo a Terra Prometida.

II. - O CÂNTICO DE MOISÉS
1. Moisés celebra a Deus pela vitória (Êx 15.1-19). Diante de tão grande livramento, Moisés eleva um cântico ao Senhor em adoração. O cântico de Moisés foi uma forma de agradecer a Deus pelos seus feitos. Louve a Deus por tudo que Ele é e por tudo que Ele tem feito em sua vida. Ofereça ao Senhor sacrifícios de gratidão (Lv 22.29). Podemos oferecer-lhe nosso louvor e a nossa adoração: "Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios" (Sl 103.2). 
Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, "o livramento dos israelitas das mãos dos egípcios prefigura e profetiza a vitória do povo de Deus sobre Satanás e o Anticristo nos últimos dias; daí um dos cânticos dos redimidos ser chamado o 'cântico de Moisés' (Ap 15.3).

2. Miriã juntamente com as mulheres louvam a Deus (Êx 15.20,21). Por intermédio de Êxodo 15.20, podemos ver que Miriã não era apenas profetisa (Nm 12.2), ela também tinha habilidades musicais. Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, "a profecia e a música estão frequentemente relacionadas na Bíblia" (1 Sm 10.5; 1 Cr 25.1). Miriã adorou a Deus juntamente com todas as mulheres. Foi um dia de grande alegria e celebração para Israel. Era impossível ficar calado diante da demonstração do poder de Deus. O Senhor espera que o adoremos por seus atos grandiosos, e que o adoremos em Espírito e em verdade, pois o Pai procura aqueles que assim o adoram (Jo 4.23,24).

3. Celebrando a Deus. Todo Israel, em uma única voz, cantou e celebrou a grande vitória. Foi uma alegria coletiva nunca vista antes na história do povo de Deus. Celebre a Deus individual e diariamente (Sl 100.1), mas também na sua congregação, como um só corpo.

SINOPSE DO TÓPICO (2)
Moisés celebrou a Deus pela vitória com um cântico de louvor.

III. A PROTEÇÃO E O CUIDADO DE DEUS COM SEU POVO
1. Uma coluna de nuvem guiava o povo de Deus (Êx 13.21,22; 40.36,37). O Senhor não somente resgatou o seu povo, mas o conduziu de forma cuidadosa durante todo o deserto. Temos um Deus que se preocupa e cuida de nós. O Senhor enviou uma coluna de nuvem para proteger o seu povo. Durante o dia esta coluna fazia sombra para que o povo de Deus pudesse suportar o calor escaldante do deserto (Êx 13.21). Esta coluna, segundo Charles F. Pfeifer, "era um sinal real da verdadeira presença de Jeová com o seu povo". 

2. Deus cuida do seu povo (Êx 16.4; Dt 29.5). O Senhor não mudou, Ele cuidou do seu povo na travessia pelo deserto e também cuida de nós em todo o tempo (Hb 13.5). Confie no Senhor e não murmure como fez o povo no deserto, pois o Pai cuida de nossa provisão. Em o Novo Testamento, Paulo faz uma séria recomendação, a fim de que não venhamos nunca a seguir o exemplo de Israel: "E não murmureis, como também alguns deles murmuraram e pereceram pelo destruidor" (1 Co 10.10). Murmurar é falar mal de alguém ou algo. A murmuração é um grave pecado contra Deus (Fp 2.14).

SINOPSE DO TÓPICO (3)
Deus guiou e protegeu seu povo durante a caminhada pelo deserto. Ele utilizou uma coluna de nuvem para conduzir os israelitas.

CONCLUSÃO
Deus livrou seu povo do cativeiro e o conduziu pelo deserto. O Senhor é fiel, imutável e também cuidará de você até a sua chegada aos céus. Creia no poder providente e protetor do nosso Pai Celestial e confie no seu cuidado e na sua proteção. Estude com afinco a história do povo de Deus, pois ela vai ajudá-lo a não cair nos mesmos pecados dos israelitas.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
"A morte dos egípcios (14.26-31)
Deus inverteu a ação das águas e as águas voltaram ao lugar. O texto não declara se houve uma reversão do vento. O retorno das águas foi tão súbito e forte que alcançou os egípcios quando tentavam fugir e os matou. As mesmas águas que serviram de muro para o povo de Deus tornou-se o meio de destruição para os egípcios.
Esta última disputa entre Deus e Faraó, resultando em vitória final e completa para o Senhor, impressionou fortemente os israelitas. A situação parecia desesperadora na noite anterior. Agora Israel viu os egípcios mortos na praia do mar. As águas turbulentas, ou a maré, levaram os corpos à praia. O Senhor salvara os israelitas; toda a prova necessária estava diante dos olhos deles.
Quando viu Israel a grande obra, temeu o povo do Senhor e creu. Este ato poderoso expulsou o medo que os atormentara e implantou um verdadeiro temor de Deus - um temor que conduziu a uma fé viva" (Comentário Bíblico Beacon. vol 1. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2005, pp.172-73).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Geográfico
"Mar Vermelho
Embora não pertença à Terra Santa, encontra-se o Mar Vermelho estritamente ligado à história do povo israelita. Ele é conhecido nas Sagradas Escrituras como 'Yam Suph', que significa Mar de Juncos.
No Mar Vermelho encontra-se, em grande quantidade, a alga conhecida como trichodesmium erythaeum que, ao morrer, assume uma totalidade marrom-avermelhada, justificando assim o nome do mar.
O Mar Vermelho separa os terrítórios egípcios e saudita. Na parte setentrional, divide-se em dois braços pela Penísula do Sinai. O braço ocidental é conhecido como Golfo de Suez. O oriental, Golfo de Akaba.
Com quase dois mil quilômetros de comprimento, entre o estreito de Bab al-Mandeb e o Suez, no Egito, e cerca de 300 quilômetros de largura, somando uma área de 450.000 km, o Mar Vermelho banha o Sudão, o Egito, e a Eritreia, a oeste; e a Arábia Saudita e o Iêmem, a leste. Uma pequena faixa do Golfo de Aqaba banha Israel e a Jordânia.
No Mar Vermelho, encontramos o estreito de Bab al-Mandeb, que liga o extremo sul do mar ao oceano Índico. Esta passagem, que faz o Mar Vermelho uma rota entre a Europa e a Ásia, é mantida aberta por meio de explosões e dragagens.

O Êxodo do Povo de Israel
Israel deixou o Egito no século XV a.C. Israelitas e egípcios voltariam a se enfrentar no tempo dos reis no chamado período interbíblico. Depois da formação do Estado de Israel, em 1948, houve pelo menos quatro guerras entre Israel e Egito: a Guerra da Independência, em 1948; a Guerra do Sinai, em 1956; a Guerra dos Seis Dias, em 1967; e a Guerra do Yom Kippur em 1973.
Em 1979, ambos os países assinaram um acordo de paz, em Camp David, nos Estados Unidos, possibilitando o término do estado de guerra e o estabelecimento de relações diplomáticas entre Cairo e Jerusalém.
A Bíblia garante que será de paz o futuro de ambas as nações (Is 19.23-25)" (ANDRADE, Claudionor. Geografia Bíblica: A geografia da Terra Santa é uma das maneiras mais emocionantes de se entender a história sagrada. 25 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, pp. 35-150).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

COHEN, Armando Chaves. Êxodo. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD: 1998.
RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão

CPAD, nº 57, p.38.


SUBSIDIOS 001

I - INTRODUÇÃO.
EXODO  14.14 O SENHOR PELEJARÁ POR VÓS. Deus prometeu aos israelitas que ia lutar por eles, mas eles tinham a obrigação de avançar, pela fé, em direção ao mar (v. 15). Deus luta em prol dos seus, à medida que estes andam pela fé e em obediência à sua Palavra (15.3; Ne 4.20; Sl 35.1).

EXODO  14.19,20 A COLUNA DE NUVEM. Na escuridão, a nuvem milagrosamente protegeu Israel, interpondo-se entre os egípcios e os israelitas. Ao mesmo tempo, a coluna de fogo da parte de Deus, projetava abundante luz sobre o caminho através do mar, de modo que os israelitas pudessem atravessá-lo (v. 24).

EXODO  14.22 ENTRARAM PELO MEIO DO MAR EM SECO. O mar Vermelho, literalmente mar de Juncos (hb. Yam Suph); acredita-se que é a extremidade sul do lago Menzalé. A travessia do mar Vermelho (13.18 14.31) foi um ato milagroso diretamente da parte de Deus (v. 21). Os escritores bíblicos posteriores citaram esse evento para relembrar ao povo de Deus a respeito do seu poder e grandeza (Js 24.6,7; Sl 106.7,8; Is 51.15; Jr 31.35; Na 1.3,4). O livramento de Israel através do mar Vermelho confirmou a promessa de Deus: O Senhor pelejará por vós (v. 14).

EXODO  14.22 AS ÁGUAS... COMO MURO À SUA DIREITA E À SUA ESQUERDA. A formação de dois grandes muros de água, por um vento forte, requeria um milagre; não se trata de simples ocorrência natural. A água arrumou-se, elevando-se dos dois lados, formando um caminho que pode ter tido vários quilômetros de comprimento (15.8; Sl 74.13).

EXODO  14.28 AS ÁGUAS, TORNANDO... Quando as águas retornaram ao normal, sua profundidade era suficiente para cobrir os carros egípcios e afogar o seu exército (15.4-6). Dessa maneira, o Senhor  lutou em favor de Israel e aniquilou os egípcios, assim como anteriormente Ele lutara contra os deuses do Egito, derrotando-os (no caso das dez pragas).

EXODO  14.31 E TEMEU O POVO AO SENHOR E CREU Vendo o pavoroso juízo que Deus executou contra o exército egípcio, o povo temeu ao Senhor ; e, vendo o livramento milagroso da parte de Deus, creu no Senhor . Quando temos uma revelação autêntica da majestade de Deus e dos seus juízos contra o pecado, nós nos apegamos a Ele com fé e crescemos no seu temor.

II – A TRAVESSIA DO MAR
1 – A saída do Egito – Ex 12.11,37
A refeição pascal deveria ser comida apressadamente, e todos os participantes deveriam estar prontos a ir quando Deus os mandasse partir. Foi necessária a terrível praga da morte dos primogênitos para que Faraó voltasse à razão e permitisse que os israelitas se retirassem. Os egípcios receberam justa retribuição por haverem matado milhares de meninos do povo hebreu, por haverem oprimido cruelmente os escravos israelitas e pela obstinação cega de seu rei. Faraó estava agora quebrado. Permitiu que os israelitas saíssem sem impor-lhes nenhuma condição. Mais ainda, reconheceu ao Senhor, pedindo a Aarão e a Moisés que o abençoassem.

exodo  12.11 OS VOSSOS LOMBOS CINGIDOS, OS VOSSOS SAPATOS NOS PÉS.
 Os israelitas deviam ficar prontos e em alerta para marchar [para fora do Egito] ao  comando do Senhor. Comumente, eles não usavam sandálias (ou sapatos) em casa. O cajado ficava geralmente perto da porta, mas não nesta noite. Os hebreus tinham de estar com ele nas mãos, prontos para sair.
Esta linguagem figurativa indica a necessidade de obediência irrestrita e imediata da parte do povo de Deus.
— Assim, partiram os filhos de Israel de Ramessés para Suco te... A expressão os filhos de Israel faz referência aos herdeiros da promessa de Deus a Abraão, Isaque e Jacó. O Senhor deu o nome Israel a Jacó (Gn 32.22-32).
Tracemos um paralelo entre o êxodo do Egito e a salvação proporcionada por Jesus Cristo.
(01) Pode comparar-se o Egito ao mundo,
(02) Faraó a Satanás,
(03) a escravidão à servidão do pecado, e os meios de livramento,
(04) as pragas e a páscoa ao poder convincente do Espírito e ao sangue de Cristo, respectivamente.
Além do mais, assim como pessoas não israelitas acompanhavam aos hebreus no êxodo, pessoas não convertidas que se juntam aos crentes logo causam dificuldades na igreja.

2 – A perseguição de Faraó –
Os egípcios notaram a rota de escape de Israel e perceberam a mudança de direção (v. 2) . Assim, concluíram que os israelitas estavam embaraçados na terra (ou vagando confusos, de acordo com a nvi) . Esta era uma estratégia, claro, orquestrada pelo próprio Deus.
— E eu endurecerei o coração de Faraó. Acerca desse assunto, veja Êxodo 3.19;4.21;5.2; 7.3,13,14; 14-8. Mais um golpe foi desferido contra o rei do Egito. O significado da expressão serei glorificado é importante. A primeira vez que Moisés e Arão se aproximaram de faraó (Êx 5.1-9), este tratou com desprezo a Deus e aos dois homens. Com a derrota final do monarca, o nome do Senhor (isto é, Yahweh) e Sua associação com o povo de Israel seriam conhecidos e honrados em toda a terra.

14.6,7— E tomou [...] todos os carros do Egito. Ao comando de faraó, os oficiais perseguiram os israelitas. Seiscentos carros escolhidos eram uma força enorme. Os carros de guerra nos tempos antigos exerciam uma larga vantagem sobre os soldados a pé.

14.8 — O Senhor endureceu o coração de Faraó, como Ele prometera em Êxodo 14-4.

14.9-11 — Não podemos culpar as pessoas por temerem. O medo em si não é um pecado. Entretanto, o comentário sarcástico dirigido a Moisés (e, consequentemente, ao Senhor) de que não havia sepulcros no Egito demonstrava pouca fé. Esta é apenas a primeira de uma série de reclamações que o povo proferiu contra Moisés. Uma após a outra, suas queixas foram crescendo em hostilidade (Êx 16.2,3;17.2,3).

3 – A ruina de Faraó e seu exercito – Ex 14.26-31
14.21 — Moisés estendeu a sua mão [...] e o Senhor fez retirar o mar. O Senhor ordenou a Moisés que estendesse seu cajado (v. 16). Este não era uma varinha de condão. O poder emanava do próprio Senhor, e não do objeto. Uma das forças da natureza que Deus usou para separar as águas foi um forte vento oriental. Assim, imaginamos um vento extraordinariamente impetuoso, com foco direcionado, abrindo um corredor e formando duas paredes de água.

14.22 — O efeito do vento foi tão forte que o leito do mar secou totalmente. Foi um ato de fé da parte de Israel atravessar peio meio do mar em seco. Os hebreus poderiam ter-se recusado a cruzá-lo e, assim, não seriam livrados do exército egípcio.

14.23 — Os egípcios seguiram-nos. Os assustados e confusos egípcios perseguiram os israelitas até mesmo no caminho que se abriu entre o mar Vermelho.

14.24 — O Senhor esperou até que chegasse a hora certa. Assim, Ele fez com que acontecesse um alvoroço entre os egípcios no fim da madrugada, enquanto ainda estava escuro.

14.25-27 — Sem as rodas, os carros de guerra ficaram tão imprestáveis que não representavam mais uma ameaça. Diante desse quadro desesperador, os egípcios disseram: o Senhor por eles peleja contra os egípcios. Esta era a confissão que Deus esperava. As notícias se espalharam vastamente e de forma rápida. O Senhor lutava pelos israelitas (v. 4,17,18).

14.28,29 — Todos os soldados egípcios e os cavalos que entraram na parte seca do mar não sobreviveram quando as águas voltaram ao seu lugar. A derrota foi completa. Não há dúvida de que alguns guerreiros egípcios não entraram no corredor de água e sobreviveram. E foram justamente estes homens que espalharam as notícias a respeito do Senhor, o Guerreiro de Israel.

II – O CANTICO DE MOISÉS
1 – Moisés celebra a Deus pela vitória – Ex 15.1-19

EXODO  15.1-18 ENTÃO CANTOU MOISÉS... ESTE CÂNTICO. Este cântico celebra a vitória de Deus no mar Vermelho contra o poder do Egito. É um hino de louvor e ações de graças a Deus por sua majestade, por seu poderio nas batalhas e pela sua fidelidade ao seu povo. O livramento dos israelitas das mãos dos egípcios prefigura e profetiza a vitória do povo de Deus sobre Satanás e o anticristo nos últimos dias; daí, um dos cânticos dos redimidos ser chamado o cântico de Moisés (Ap 15.3).

15.1 — Moisés e os filhos de Israel louvaram juntos como uma congregação, não apenas como nação. E eles entoaram o cântico ao Senhor. O Deus vivo era seu principal ouvinte. A expressão sumamente se exaltou é uma construção enfática, que expressa o magnífico contentamento
por causa da grande vitória de Deus (Êx 18.8).
O cavalo e o seu cavaleiro também podem ser entendidos como o cavalo e o seu carro de batalha.
O verbo traduzido do hebraico como lançou é uma expressão rara e vívida. Ele transmite a ideia de Deus atingindo e derrubando os membros do exército egípcio na água um por um.

15.2 — A minha força e o meu cântico são um par de palavras pouco usual. Algumas pessoas pensam que o termo traduzido como cântico significa poder, fortaleza ou algo similar. Entretanto, a ideia como é expressa é maravilhosa: Deus é minha canção vigorosa. Portanto, uma pessoa de fé considera o onipotente Deus vivo como uma razão para louvar!
Na sentença ele me foi por salvação, o verbo salvar e os substantivos relacionados com ele remetem ao sentido de cômodo ou espaço (Ex 14.13). Com o aterrorizante mar defronte aos israelitas e os egípcios atrás, perseguindo-os, o povo de Deus ficou encurralado. Contudo, o Senhor o surpreendeu com Sua libertação.
As palavras da primeira metade deste versículo são citadas no Salmo 118.14 e em Isaías 12.2. Há muitos vocábulos para expressar o louvor na Bíblia. Mas o verbo hebraico em o exaltarei (nawâ) é único e quer dizer conferir beleza a Deus. Por meio do fruto de seus lábios (Hb 13.15), pessoas de todas as idades podem conferir beleza Àquele que criou tudo que é belo.
A expressão Deus de meu pai indica que os israelitas adoravam o mesmo Deus que Abraão, seu pai, adorava, em quem acreditava e a quem obedecia. Hoje, os cristãos são parte da linhagem de Abraão, porque também creem no mesmo Senhor, obedecem-lhe e adoram-no (G1 3.6,7). Muitos crentes fiéis nos precederam.

15.3-5 — Chamar Deus de varão de guerra é bastante apropriado neste contexto. A batalha foi vencida, e a exaltação pertence ao Vitorioso.
A declaração Senhor é o seu nome aponta que o nome de Deus na Bíblia, Yahweh, é muito importante (Êx 3.14,15). Outros supostos deuses tinham nomes secretos que eram revelados somente ao restrito grupo de sacerdotes. Ao saber o nome oculto dos deuses, o feiticeiro possuía um suposto “acesso especial” a eles. Mas o Deus vivo fez com que todos conhecessem Seu nome e soubessem que a salvação é encontrada apenas nele.

15.6 — Ao longo da narrativa de Êxodo foi enfatizada a poderosa mão direita de Deus estendida (v. 12,16). Esta é uma maneira de descrever a potente e ativa presença divina entre os israelitas. Deus não libertou Israel de longe; Ele desceu para agir junto a Seu povo (Êx 3.8).
15.7,8 — Moisés usou figuras de linguagem para ilustrar o grandioso sentimento do momento. O vigoroso vento que fez as águas se dividirem em duas partes e formarem um corredor (Êx 14.21) é descrito na poesia como o sopro dos teus narizes.

15.9-12 — A arrogância do exército perseguidor incitando a luta com o Deus vivo é descrita no versículo 9. Contudo, no versículo 11, a expressão de incomparabilidade no questionamento quem é como tu entre os deuses? Demonstra que os inimigos jamais seriam capazes de vencer
o Senhor contando com seus deuses, pois só Yahweh é o Todo-poderoso. Essa expressão aparece muitas vezes na Bíblia para descrever o verdadeiro Deus.
Em um mundo onde havia muitos supostos deuses, o Senhor era único. Ele, sozinho, é Deus. Ele não é apenas melhor do que os outros deuses; não há outros deuses. Nenhuma pessoa, nenhum deus ou objeto pode ser comparado com o verdadeiro Deus vivo (SI 96.4,5; Is 40.25,26; Mq 7.18).
Quanto ao uso do termo terrível, este significa que Deus inspirou maravilhas, adoração e obediência nos israelitas.

2 – Mirian juntamente com as mulheres louvam a Deus – Ex 15. 20,21
EXODO  15.20 A PROFETISA. Miriã é chamada profetisa porque o Espírito de Deus a tomou, para ela entregar uma mensagem profética da parte de Deus ao povo (Nm 12.6; Jz 4.4; 2 Rs 22.14; Is 8.3; Lc 2.36).

15.19,20 — Nesta passagem, Miriã, a irmã de Moisés, é mencionada pelo nome pela primeira vez. É bastante provável que ela seja aquela citada na história do nascimento do profeta no capítulo 2. Ela é chamada de profetisa. Embora não haja registros de mulheres servindo como sacerdotisas na antiga Israel, estas de fato exerceram o papel de profetisas (Débora, Jz 4-4; a esposa de Isaías, Is 8.3; Hulda, 2 Rs 22.14).
Como uma profetisa (Mq 6.4), Miriã falou oficialmente em nome de Deus. Entretanto, nem ela nem seu irmão Arão tiveram semelhante aproximação com o Senhor como teve Moisés (Nm 12). Este trecho também descreve a primeira adoração israelita após sua libertação no mar Vermelho. As mulheres lideraram essa exaltação com tamborins e dança, algo que mais tarde será celebrado no livro de Salmos (SI 68.25).

15.21 — O verbo respondia pode ser traduzido como cantava. As palavras do versículo 21 são as mesmas que aparecem no início do cântico de Moisés (15.1). A ordem das ações aparenta ser: Moisés foi o autor do cântico (v. 1); Miriã liderou os cantos, ou talvez ela tenha atuado como entoadora da antífona [versículo que precede o salmo] no coro. A celebração incluiu música, instrumentos, dança e grande exaltação ao Deus vivo.

3 – Celebrando a Deus.
Todo crente deve celebrar ao Senhor quando vence as suas pelejas.

SALMO  100.2 APRESENTAI-VOS A ELE COM CANTO. O cântico individual e congregacional deve ser dirigido antes de tudo ao SENHOR (v. 1), executado com alegria e plena consciência da sua presença. Nos cânticos, relembramos que Deus nos criou e redimiu, e que agora somos o seu povo e que Ele é o nosso Pastor (v. 3). Cantamos o seu amor, fidelidade e verdade, que durarão para sempre (v. 5; ver Ef 5.19).

EFESIOS  5.19 CANTANDO... AO SENHOR. Todos os nossos cânticos espirituais, tanto na igreja como em particular, devem ser inteiramente dirigidos a Deus, como orações de louvores ou petições (Sl 40.3; 77.6).
(1) Cantar louvores ou qualquer cântico espiritual pode ser uma forma de manifestação sobrenatural do Espírito Santo (vv. 18,19; 1 Co 14.15).
(2) Cantar hinos cristãos é um meio de edificação, ensino, ação de graças e oração (Cl 3.16).
(3) O cântico cristão é uma expressão de alegria (v. 19).
(4) O propósito de cantar hinos ou cânticos espirituais, não deve ser passatempo, nem exibição de talentos individuais, mas adoração e louvor a Deus (Rm 15.9-11; Ap 5.9,10).

III – A PROTEÇÃO E O CUIDADO DE DEUS COM SEU POVO
1 – Uma coluna de nuvem guiava o povo de Deus –Ex 13.21,22; 40.36,37

EXODO  13.21 NUMA COLUNA DE NUVEM. Deus colocou as colunas de nuvem e de fogo como evidência da sua presença, do seu amor e do seu cuidado por Israel (40.38; Nm 9.15-23; 14.14; Dt 1.33; 1 Co 10.1). A presença da nuvem e do fogo permaneceu entre eles até chegarem à terra prometida, quarenta anos mais tarde.

13.21,22 — A presença de Deus junto a Seu povo se manifestava de maneira espetacular em forma de uma coluna de nuvens e de uma coluna de fogo (Êx 14-19,20,24; 40.38; Nm 9.21). Deus esteve com Seu povo durante toda a experiência do êxodo. Por estes e outros maravilhosos sinais, Ele se fez inesquecível! Deus é Espírito (Jo 4.24), e a onipresença é um dos Seus atributos. O S enhor fez com que Sua presença fosse vista e sentida dentre as pessoas que saíram do Egito. Se todos concentrassem suas atenções na divina presença, não teriam motivos para temer.

2 – Deus cuida do seu povo – Ex 16.4; Dt 29.5
Êxodo. 16.4  Então, disse o SENHOR a Moisés: Eis que vos farei chover pão dos céus, e o povo sairá e colherá cada dia a porção para cada dia, para que eu veja se anda em minha lei ou não.

EXODO  16.4 PÃO DOS CÉUS. Esse pão dos céus é chamado maná no versículo 31. Era um alimento especial, enviado milagrosamente por Deus para alimentar o povo após o êxodo do Egito. Era uma substância branca semelhante à geada, formando flocos miúdos, com o sabor de mel (v. 14; Nm 11.9). O suprimento do maná cessou ao entrar Israel na terra prometida. A partir de então, passaram a consumir outros alimentos da nova terra (Js 5.12). O maná era um tipo de Jesus Cristo que, como o verdadeiro pão do céu (Jo 6.32; Ap 2.17), concede-nos a vida eterna (Jo 6.33,51,58).

Deuteronomio. 29.5 E quarenta anos vos fiz andar pelo deserto; não se envelheceram sobre vós as vossas vestes, nem se envelheceu no teu pé o teu sapato.

CONCLUSÃO.
O povo experimentaria o poder de Deus de uma nova forma (v. 12). Além disso, os israelitas teriam um renovado sentido da presença divina, como indica a afirmação vereis a glória do Senhor, e uma posterior prova da Sua misericórdia.


SUBSIDIOS 002

EXODO  14.15 — A ordem dada aos israelitas era: marchem; eles não deveriam retroceder nem desistir.
EXODO  14.19 — Neste versículo, observa-se que o Anjo de Deus e a coluna de nuvem agiram para proteger e guiar os israelitas (Êx 23.20,23;33.9- 11). O termo Anjo de Deus é outra expressão para anjo do Senhor. A coluna é, posteriormente, associada ao próprio Senhor (Êx 33.9-11).
EXODO  14.20 — A coluna de nuvem atuava de duas maneiras diferentes: era escuridade para os egípcios, não permitindo que caminhassem e se aproximassem dos hebreus; e funcionava como uma barreira protetora para os israelitas. Toda a noite Deus confundiu os egípcios e fez com que os israelitas passassem por entre o mar.
EXODO  14.21 — Moisés estendeu a sua mão [...] e o Senhor fez retirar o mar. O Senhor ordenou a Moisés que estendesse seu cajado (v. 16). Este não era uma varinha de condão. O poder emanava do próprio Senhor, e não do objeto. Uma das forças da natureza que Deus usou para separar as águas foi um forte vento oriental. Assim, imaginamos um vento extraordinariamente impetuoso, com foco direcionado, abrindo um corredor e formando duas paredes de água.
EXODO  14.22 — O efeito do vento foi tão forte que o leito do mar secou totalmente. Foi um ato de fé da parte de Israel atravessar pelo meio do mar em seco. Os hebreus poderiam ter-se recusado a cruzá-lo e, assim, não seriam livrados do exército egípcio.
EXODO  14.23 — Os egípcios seguiram-nos. Os assustados e confusos egípcios perseguiram os israelitas até mesmo no caminho que se abriu entre o mar Vermelho.
EXODO  14.24 — O Senhor esperou até que chegasse a hora certa. Assim, Ele fez com que acontecesse um alvoroço entre os egípcios no fim da madrugada, enquanto ainda estava escuro.
EXODO  14.25-27 — Sem as rodas, os carros de guerra ficaram tão imprestáveis que não representavam mais uma ameaça. Diante desse quadro desesperador, os egípcios disseram: o Senhor por eles peleja contra os egípcios. Esta era a confissão que Deus esperava. As notícias se espalharam vastamente e de forma rápida. O Senhor lutava pelos israelitas (v. 4,17,18).
EXODO  14.28,29 — Todos os soldados egípcios e os cavalos que entraram na parte seca do mar não sobreviveram quando as águas voltaram ao seu lugar. A derrota foi completa. Não há dúvida de que alguns guerreiros egípcios não entraram no corredor de água e sobreviveram. E foram justamente estes homens que espalharam as notícias a respeito do Senhor, o Guerreiro de Israel.
EXODO  14.30 — A forma verbal salvou, neste versículo, traduz uma maravilhosa imagem de libertação expressa em hebraico pela palavra yasha. Agora, os israelitas tinham “espaço para respirar”.
EXODO  14.31 — A grande mão significa a grande obra, isto é, Deus realizou, e Moisés foi apenas um instrumento (Êx 15.16). Este apoteótico versículo fala do genuíno sentimento dos israelitas no fim de sua experiência de libertação divina e no começo de sua jornada de fé. Quando lemos temeu o povo ao Senhor e as palavras que se seguem, compreendemos que Israel confiou em Deus e também renasceu como povo. Os hebreus creram no Senhor (a mesma expressão é usada para descrever a fé libertadora de Abraão em Génesis 15.6).
Também foi muito importante o fato de que as pessoas confiaram no servo de Deus, Moisés. No começo dessa miraculosa provação, elas não tinham acreditado no profeta (Êx 6.9). O povo foi transformado espiritualmente à medida que foi liberto fisicamente. Logo, não causa surpresa sua entoação de um cântico (cap. 15).

SUBSIDIOS 003

Êxodo 14
Versículos  1-9: Deus leva os israelitas a Pi-Hairote; faraó os persegue; 10-14: Os israelitas se queixam; Moisés os consola; 15-20: Instruções de Deus a Moisés; a nuvem entre os israelitas e os egípcios; 21-31: Os israelitas cruzam o mar Vermelho; os egípcios se afogam.

Vv. 1-9. Faraó pensou que todo o Israel estivesse preso entre o deserto e o mar, e que seria uma presa fácil. Porém Deus disse: "serei glorificado em faraó". Uma vez que todos os homens são feitos para a honra de seu criador, Ele será honrado naqueles que não o honram. Aquilo que pareceria ser para a ruína da Igreja, costuma ser freqüentemente utilizado para a ruína dos inimigos dela. Mesmo que faraó tivesse a intenção de satisfazer a sua maldade e vingança, ajudou a que se cumprissem os planos de Deus acerca dEle. Ainda que com toda a razão tenha permitido que Israel saísse, estava agora irado consigo mesmo por tê-lo feito. Deus faz com que a inveja e a fúria dos homens contra o seu povo seja um tormento para eles mesmos. Aqueles que voltam os seus olhos ao céu e vivem piedosamente em Cristo Jesus, devem esperar a importunação das tentações e dos tenores de Satanás. Ele não permitirá facilmente que alguém deixe o seu serviço.

Vv. 10-14. Não havia caminho aberto para Israel, a não ser para cima, e foi daí que veio a libertação deles. Nós podemos estar no caminho do dever, seguindo a Deus, e avançando em direção ao céu ; porém, podemos estar rodeados de tribulações. Alguns clamaram ao Senhor; o temor fez com que orassem, e esta foi uma ótima atitude. Deus permite que enfrentemos situações de apertos, para colocar-nos de joelhos. Outros clamaram contra Moisés; o medo fez com que murmurassem como se Deus já não fosse capaz de fazer milagres. Eles discutiram com Moisés por tê-los tirado do Egito e estavam irados com Deus pela maior bondade que lhes havia sido feita; os absurdos da incredulidade são assim grosseiros.
Moisés disse: "Não temais". Quando não pudemos sair de nossos problemas, é sempre o nosso dever e interesse colocarmo-nos acima de nossos temores; que eles avivem as nossas orações e os nossos esforços; porém, não silenciem a nossa fé e a nossa esperança.
"Estai quietos"; não penseis em salvar-vos lutando ou fugindo; esperai pelas ordens de Deus e obedecei-lhes, conservai a serenidade, confiantes em Deus, para que penseis pacificamente na grande salvação que Deus está prestes a realizar por vós. Se Deus permite que o seu povo enfrente apertos, encontrará o melhor caminho para livrá-lo.

Vv. 15-20. As silenciosas orações de fé, feitas por Moisés, prevaleceram diante de Deus mais do que os fortes gritos de terror de Israel. A nuvem e a coluna de fogo posicionavam-se detrás deles quando precisavam ser guardados, e eram um muro entre eles e os seus inimigos. A Palavra e a providência de Deus têm um lado negro e tenebroso para o pecado e os pecadores, mas um lado luminoso e agradável para o povo do Senhor. Aquele que separou a luz das trevas (Gn 1.4) designou a escuridão aos egípcios e a luz para os israelitas. Esta mesma diferença existirá entre a herança dos santos na luz, e as negras trevas, a porção dos hipócritas, para sempre.

Vv. 21-31. A divisão do mar Vermelho foi um terror para os cananeus os 2.9, 10); foi motivo de louvor para os filhos de Israel (sl 114.3; 106:9; 136.13). Foi um tipo de batismo (1 co 10.1,2). A passagem dos israelitas pelo meio do mar foi um tipo da conversão das almas (Isa. 11.15); e o fato dos egípcios serem afogados nele, um tipo da ruína final dos pecadores impenitentes.
Deus mostrou a sua onipotência abrindo um caminho em meio às águas, com vários quilômetros de comprimento. Deus é capaz de conduzir o seu povo em meio a maiores dificuldades e criar um caminho onde não exista uma alternativa. Este foi um exemplo de seu maravilhoso favor para com o seu Israel. Eles passaram pelo meio do mar a pés enxutos. Este feito teve o objetivo de animar o povo de Deus de todas as épocas, para que confiem nEle em meio às maiores dificuldades. O que não seria capaz de fazer aquEle que fez este grande milagre? O que Ele não faria por aqueles que o temem e o amam, uma vez que fez tanto por israelitas queixosos e incrédulos?
A ira de Deus, que é reta e justa, sobreveio rapidamente sobre os seus inimigos e inimigos de seu povo. A ruína dos pecadores é acarretada por eles mesmos, por causa de seu próprio furor e soberba. Eles poderiam ter deixado Israel em paz, e não o quiseram; agora, desejariam fugir da face de Israel, mas não poderiam. Os homens só percebem tardiamente que, quando se posicionam contra o povo de Deus, o fazem para o seu próprio prejuízo.
Foi ordenado a Moisés que tornasse a estender o seu cajado sobre o mar; as águas retornaram e afogaram toda multidão dos egípcios. Faraó e os seus servos, que estavam endurecidos pelo pecado, caíram agora juntos, sem que qualquer um deles escapasse. Os israelitas viram os egípcios mortos sobre a areia, um espetáculo triste e impressionante.
Quando os homens contemplam as obras de Deus e se dão conta dos benefícios recebidos, aprendem a temê-lo e confiar nEle. Que bom seria para nós se estivéssemos sempre de bom ânimo, como acontece às vezes!
Aqui está o final que o cristão pode contemplar. Os seus inimigos ardem de furor e são poderosos; porém, enquanto estivermos firmemente sustentados por Deus, venceremos as ondas e estaremos a salvo, guardados pelo mesmo poder de nosso salvador, que descerá contra cada inimigo espiritual.

SUBSIDIOS 004
A Travessia do Mar Vermelho (14.1-31)
a) Um lugar arriscado (14.1-4).
Visto que o texto bíblico não anuncia o local preciso onde ocorreu a travessia, é melhor presumir que os filhos de Israel iniciaram a jornada da terra de Gósen (ver Mapa 3) rumo à fronteira do Egito, onde cruzaram para entrar no deserto. Em seguida, Deus lhes ordena que voltem (2; “retrocedam”, ARA) e acampem junto ao mar. Não há como definir se viraram para o norte, em direção ao lago Manzalé,26 ou para o sul, em direção aos lagos Amargos.27 O que está claro é que havia um volume de água diante deles como obstáculo ao cruzamento. Faraó começou a reavaliar a libertação dos escravos. Talvez soube da jornada aparentemente a esmo, e supôs que estivessem embaraçados na terra (3) e que o deserto os encerrara. Para ele, o Deus dos israelitas, embora poderoso no Egito, era impotente no deserto. Pensou que estavam irremediavelmente perdidos. Lógico que Israel teria sido destruído se não fosse a intervenção do Deus Todo-poderoso. Por vezes, Ele nos coloca em situações de aperto para nos livrar e nos mostrar que Ele é o SENHOR (4).

b) A perseguição de Faraó (14.5-9). Irritados pela recente derrota e frustração causada pela perda de tantos trabalhadores (5), Faraó e seus servos (os conselheiros) mudaram de idéia. Pensando que Israel estava praticamente encurralado no deserto, o rei aprontou o seu carro e tomou consigo o seu povo (6; “exército”, NVI). Também tinha seiscentos carros escolhidos (7) e muitos outros que conseguira reunir sem demora (pensamento subentendido na expressão todos os carros).28 Com esta força militar humana, Faraó saiu apressadamente em perseguição dos israelitas.

c) O medo do povo (14.10-12). Vendo o exército de Faraó se aproximando, o coração dos israelitas se derreteu, levando-os a clamar ao SENHOR (10). Foi um clamor desesperado, porque viam nada mais que a morte diante de si; só restava repreender Moisés por tê-los tirado do Egito para morrerem no deserto (11). Para eles, a escravidão era melhor que a morte, e Moisés deveria tê-los deixado em paz no Egito (12). Em termos de um slogan dos dias atuais, eles sentiam que seria melhor sofrer e estar vivo do que não sofrer e estar morto.
Estes israelitas, como tantos novos-convertidos, embora libertos da escravidão do trabalho forçado, ainda possuíam “um coração mau e infiel”. Estavam com muito medo e cheios de dúvida, logo esquecendo os atos poderosos de Deus feitos a seu favor. Tinham concordado com os líderes, mas agora, diante da iminente catástrofe, a falta de compromisso sério se revelou.

d) O propósito de Deus (14.13-18). Como é freqüente a fé fraquejar justamente quando Deus está pronto para fazer sua maior obra! Mas Deus tinha seu homem de fé. O texto não diz o quanto Moisés tremia por dentro, nem é perceptível que ele já soubesse o que Deus ia fazer. Mas os encontros que teve com Deus lhe deram a certeza de que Deus estava no controle. Não havia nada que as pessoas poderiam fazer, exceto aquietar os temores, ficar quietas e ver o livramento do SENHOR (13). Deus disse a Moisés (4) que ocorreria outra vitória, e ele creu na palavra de Deus. Ele pôde declarar: O SENHOR pelejará por vós, e vos calareis (14). “Tão-somente acalmem-se” (14b, NVI). Não havia necessidade de mais clamores a Deus. Chegara o momento de marchar. Tratava-se de uma marcha de fé, pois diante deles só havia águas traiçoeiras; mas a ordem de Deus era clara: Marchem (15). Em nosso andar espiritual, chegamos a um ponto em que as orações medrosas cessam e o passo de fé deve ser dado. Todas as vezes que os filhos de Israel temeram o desamparo de Deus, Ele estava trabalhando em seus propósitos. A barreira de água à frente deles se dividiria quando a mão de Moisés se estendesse com a vara (16). O coração duro de Faraó o levaria a se apoiar demasiadamente na bondade Deus e seguir Israel, mas o plano de Deus era destruir o exército egípcio para, assim, obter glória e honra para si (17). Seria tarde demais para Faraó e seus cavaleiros (18), mas o restante dos egípcios saberia quem é o SENHOR. No versículo 15, observamos o desafio de Deus ao seu povo: “Marchem!” 1) A história os impulsionava para frente, 1.13,14; 2) O presente os empurrava para frente, 14.9,10; 3) O futuro os estimulava para frente, 3.8; 14.13,14 (G. B. Williamson).

e) A coluna de proteção (14.19,20). O Anjo de Deus (19), chamado “o anjo do SENHOR” em 3.2, que estava na frente de Israel, passou agora para trás do acampamento. O movimento invisível de Deus foi verificado no movimento visível da coluna da  nuvem, que se retirou de diante dos israelitas e se pôs atrás deles. Esta coluna ficou entre os dois acampamentos, impedindo os egípcios de chegar perto de Israel toda a noite (20). A coluna trouxe escuridade para os egípcios, enquanto que Israel tinha luz no acampamento. Vemos nos versículos 10 a 20, o processo de “Como Vencer o Medo”. 1) Ficamos amedrontados ao ver o poder de Satanás, 10; 2) Expressamos nossa angústia pelas providências de Deus, 11,12; 3) Sentimos alívio quando a palavra de Deus é dada com clareza, 13-18; 4) Aquietamo-nos completamente quando a presença de Deus se manifesta, 19,20.

f) O caminho pelo mar (14.21-25). Naquela noite, quando Moisés estendeu a sua mão sobre o mar... as águas foram partidas (21). Um forte vento oriental fez o mar se tornar em seco, talvez para secar o leito de onde as águas recuaram. Devemos ser cautelosos em não forçar a linguagem poética (15.8; SI 78.13) em rígida expressão literal e concluir que as águas desafiaram a gravidade ou se congelaram em bloco sólido.  A palavra muro (22) se refere à barreira de água que ficou em ambos os lados de Israel enquanto atravessavam em marcha.31 O registro bíblico não determina a distância do cruzamento pelo mar e a largura da passagem. A área era suficiente para que quase três milhões de pessoas atravessassem em uma noite e bastante ampla para que todos os exércitos de Faraó ficassem no meio do mar (23). Ou os egípcios consideraram a abertura no mar uma ocorrência natural ou então, na sua dureza, se apoiaram na misericórdia de Deus quando marcharam pela abertura. O texto não diz se Faraó entrou com o exército, mas todos os seus cavalos, carros e cavaleiros (23) entraram (o v. 9 não registra a entrada do “exército”).
Na vigília daquela manhã (24), entre duas e seis da manhã,32 Deus alvoroçou os
egípcios. Pode ser que a coluna diante dos egípcios tenha começado a lampejar, talvez com raios. Os egípcios ficaram com medo e passaram a ter problemas com as rodas dos carros (25), que emperravam (ARA) ou atolavam (NTLH), de forma que transitavam dificultosamente. Pelo visto, o leito seco do mar estava afundando com o peso dos cavalos e carros. Disseram: Fujamos... porque o SENHOR por eles peleja contra os egípcios. Mais uma vez, estes ímpios reconheceram o poder de Deus. A confusão dos egípcios deu tempo para Israel completar a travessia e para todos os egípcios ficarem no leito do mar.

g) A morte dos egípcios (14.26-31). Deus inverteu a ação e as águas voltaram ao lugar (26). O texto não declara se houve uma reversão do vento (ver 15.10). O retorno das águas foi tão súbito e forte que alcançou os egípcios quando tentavam fugir e os matou (27,28). As mesmas águas que serviram de muro para o povo de Deus (29) tornou-se meio de destruição para os egípcios.
Esta última disputa entre Deus e Faraó, resultando em vitória final e completa para o Senhor, impressionou fortemente os israelitas. A situação parecia desesperadora na noite anterior. Agora Israel viu os egípcios mortos na praia do mar (30). As águas turbulentas, ou a maré, levaram os corpos à praia. O Senhor salvara os israelitas; toda a prova necessária estava diante dos olhos deles.
Quando viu Israel a grande (31) obra, temeu o povo ao SENHOR e creu. Este ato poderoso expulsou o medo que os atormentara (10) e implantou um verdadeiro temor de Deus — um temor que conduziu a uma fé viva. Com esta manifestação, “os israelitas distinguiriam o Libertador misericordioso do Juiz santo dos descrentes, a fim de que crescessem no temor de Deus e na fé que já haviam mostrado”.33 A palavra hebraica traduzida por creu (31) significa “confiou” (ARA); este tipo de fé toma conta da pessoa. O povo podia entregar os problemas a Deus e acreditar em Moisés, seu servo, porque a fé se tornou mais personalizada.
Nos versículos 10 a 31, vemos “A Libertação Poderosa de Deus”. 1) A favor de um povo temente, 10-15; 2) Com poder sobre os obstáculos da natureza, 16,19-24; 3) Dos inimigos rebeldes de Deus, 17,18,25-28; 4) Na criação de um povo crente, 29-31.

SUBSIDIOS 005
I. Israel clama em temor (14:1-12)
De forma específica, Deus guiou Israel ao local de acampamento ao lado do mar Vermelho e disse a Moisés que os egípcios os perseguiriam. De forma semelhante, Deus, na sua Palavra, explica-nos a vida cristã, portanto sabemos o que esperar. Satanás não gosta quando o pecador se liberta de suas garras e, portanto, persegue o cristão para tentar escravizá- lo de novo. Deve-se alertar, em especial, os novos convertidos sobre a vinda de seu adversário!

Infelizmente, os judeus caminhavam pela visão, não pela fé; por isso, quando viram a chegada do exército egípcio, entraram em desespero e clamaram em temor. A fé e o temor não podem habitar o mesmo coração; se cremos em Deus, não precisamos ter medo. Como acontece com frequência, os filhos de Israel criticaram seu líder espiritual, em vez de orar e tentar encorajar uns aos outros. Na verdade, eles reclamavam de Deus, pois Moisés guiara-os ao local exato que Deus determinara. Eles, em vez de levantarem os olhos para Deus pela fé, olharam para o Egito e disseram: "Pois melhor nos fora servir aos egípcios". Como a memória deles era fraca! Deus cativara o Egito com seus julgamentos e libertara Israel com grande poder, contudo eles ainda não acreditavam que ele poderia ajudá-los. Sem dúvida, o "misto de gente" que foi com eles (12:38) liderou o coro de reclamações, da mesma forma que liderou anos mais tarde (Nm 11:4). O "misto de gente" representa as pessoas não-convertidas e mundanas em meio aos filhos de Deus.

II. Israel caminha em fé (14:13-31)
Moisés sabia que o caminho da vitória era por meio da confiança no Senhor (Hb 11:29). Observe seus três comandos: "Não temais", pois Deus está ao seu lado; "aquietai vos", pois não podem vencer essa batalha com sua própria força; "vede o livramento do Se n h o r ", pois ele lutará por vocês. É importante que nos aquietemos antes de marchar (v. 15), pois, a menos que permaneçamos na fé, nunca marcharemos pela fé. Moisés levanta seu bordão, e Deus começa a trabalhar. Deus protege seu povo ao ficar entre Israel e o exército egípcio (vv. 19-20). A obra do Senhor traz escuridão para o mundo e luz para o povo de Deus. Durante toda a noite, Deus mantém o exército distante.
Depois, Deus abriu o caminho à frente de Israel ao mandar um vento forte. Sem dúvida, os judeus sentiram medo quando ouviram o vento soprar, mas o próprio vento que os amedrontava era o meio utilizado para a salvação deles. Toda a nação atravessou o mar Vermelho sobre terra seca! Contudo, o mesmo mar que era a salvação para Israel era condenação para o Egito, pois Deus usou as águas para afogar os egípcios e separar definitivamente Israel do Egito. O faraó colheu o que plantou, pois ele afogara os meninos judeus, e agora seu exército foi afogado. Devemos captar o sentido espiritual desse evento (1 Co 10:1-2). A travessia do mar Vermelho é um exemplo da união do crente com Cristo, na morte para a antiga vida e na ressurreição para toda uma nova vida. Todos os israelitas foram "batizados [...] com respeito a Moisés" (1 Co 10.2) (identificados com Moisés) ao atravessar as águas, e identificamo- nos com Cristo e, por isso, somos separados do mundo (Egito).
Os egípcios não podiam atravessar o mar, porque nunca foram protegidos pelo sangue. A Páscoa ilustra a morte de Cristo por nós, enquanto a travessia do mar Vermelho retrata sua ressurreição. O sangue libertou-nos da punição do pecado, e a ressurreição, do poder do pecado. A primeira experiência é de substituição, pois o cordeiro morre no lugar do primogénito. Veja Romanos 4—5. A segunda experiência é de identificação, pois nos identificamos com Cristo em sua morte, sepultamento e ressurreição, e Romanos 6—8 explica isso. Em Josué 3—4, a travessia de Israel através do Jordão até Canaã é um exemplo do crente entrando na posse de sua herança espiritual pela fé e reivindicando-a para si. Em todos os casos, é por meio da fé que o cristão afirma sua vitória.

III. Israel louva em triunfo (15:1-21)
Esse é o primeiro registro de um cântico na Bíblia que, de forma relevante, vem depois da redenção da escravidão. Apenas os cristãos têm o direito de entoar cânticos de redenção (SI 40:1-3). Êxodo inicia-se com gemidos (2:23), mas agora, por causa da redenção, vemos a nação entoar cânticos. Note que esse cântico exalta a Deus, pois esses 18 versículos referem-se, pelo menos, 45 vezes ao Senhor. Muitos cânticos exaltam os homens, em vez de a Pessoa, o santo caráter de Deus e sua maravilhosa obra de poder. No versículo 2, observe o refrão central. Salmos 118:14 repete isso quando os judeus retornam do cativeiro e reconstroem o templo sob o comando de Esdras, como também em Isaías 12:2, referindo-se a um dia, no futuro, em que Deus devolverá à nação sua terra. Veja Isaías 11:15-16. Israel entoa esse cântico quando é libertado do Egito, quando é liderado por Moisés, o profeta, e quando é libertado da Babilónia por Esdras, um sacerdote. Ele ainda entoará cânticos quando for libertado das nações gentias, quando se voltar para Cristo, seu Rei. Não nos estenderemos nos detalhes dessa canção. Observe que 0 povo louva Deus por sua redenção (vv. 1-10), sua orientação (vv. 11 -13) e sua vitória (vv. 14-17). E o cântico termina com uma nota de glória, um olhar à frente, ao reino eterno de Deus (v. 18). Miriã lidera as mulheres (veja 1 Co 14:34; 1 Tm 2:11-12) em um coro separado, pois certamente as mulheres tinham motivo para louvar o Senhor pela redenção que lhes dera em Cristo.

IV. Israel reclama em descrença (15:22-27)
Seria maravilhoso demorar-se à beira do mar e louvar o Senhor, mas o crente é peregrino e deve seguir a liderança de Deus. Como é estranho o fato de o Senhor os ter levado a um local onde não havia água. Contudo, Deus deve disciplinar seus filhos a fim de que descubram o próprio coração. Quando os judeus encontram água, descobrem que é amarga e imediatamente reclamam a Moisés e a Deus. Como o coração humano é perverso! Um dia, louvamos Deus por sua gloriosa salvação e, na primeira vez em que encontramos águas amargas, reclamamos a ele. Essa experiência ensinou algumas lições valiosas ao povo de Israel:

A. Sobre a vida
A vida é uma combinação de doçura e amargor, de triunfos e provações. No entanto, se seguirmos Deus, nunca precisamos temer o que surge em nosso caminho. Com frequência, depois da provação há um "Elim" espiritual (v. 27), em que Deus nos conforta. Devemos aceitar as águas amargas junto com as doces, lembrando- nos de que Deus sabe o que é melhor para nós.

B. Sobre si mesmos
A vida é um grande laboratório, e cada experiência radiografa nosso coração e mostra quem realmente somos. As águas de Mara revelaram que os judeus eram mundanos, pensavam apenas na satisfação do corpo; eles caminhavam pela visão e esperavam ser satisfeitos pelo mundo, eram ingratos e reclamavam a Deus quando surgiam provações em seu caminho.

C. Sobre o Senhor
Deus sabe o que é necessário, porque planejou o caminho. Ele usou a árvore (o que sugere a cruz, 1 Pe 2:24) para transformar as águas amargas em doce. Ele é Jeová-Rafá, "o Senhor, que te sara".


ELABORADO PELO EVANGELISTA; NATALINO DOS ANJOS
PROFESSOR DA E.B.D e PESQUISADOR
DIRIGENTE NA CONGREGAÇÃO DA ASSEMBLEIA DE DEUS(MISSÃO)
NO BAIRRO NOVO HORIZONTE - NA CIDADE DE GUIRATINGA - MT.
PASTOR PRESIDENTE; Pr EDSEU VIEIRA


FONTES DE PESQUISA;
COMENTARIO BIBLICO EXPOSITIVO WESB – VELHO TESTAMENTO
COMENTARIO BIBLICO EXPOSITIVO EARL RODMACHER - RONAL B. ALLEN - V.T.
COMENTARIO BIBLICO EXPOSITIVO MATEU HENRY - VELHO TESTAMENTO
COMENTARIO BIBLICO EXPOSITIVO BEACON - VELHO TESTAMENTO
BIBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL
BIBLIA DE ESTUDO PLENITUDE.











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