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domingo, 29 de dezembro de 2013

O LIVRO DE EXODO E O CATIVEIRO DE ISRAEL - LIÇÃO 01 COM SUBSIDIOS

Lições Bíblicas CPAD Jovens e Adultos
 1º Trimestre de 2014
 Título: Uma jornada de fé — A formação do povo de Israel e sua herança espiritual

Comentarista: Antonio Gilberto

Lição 1: O Livro de Êxodo e o cativeiro de Israel no Egito
Data: 5 de Janeiro de 2014

TEXTO ÁUREO
 “E José fez jurar os filhos de Israel, dizendo: Certamente, vos visitará Deus, e fareis transportar os meus ossos daqui” (Gn 50.25).

VERDADE PRÁTICA
 Os propósitos de Deus são imutáveis e se cumprirão no tempo determinado por Ele.


 LEITURA DIÁRIA
 Segunda - Gn 50.25 José não se esqueceu da promessa
 Terça - Êx 1.7 O crescimento dos hebreus no Egito
 Quarta - Êx 1.11 A aflição dos hebreus
 Quinta - Êx 1.13,14 A opressão do Povo Escolhido
 Sexta - Jr 33.3 Deus atende ao clamor do seu povo
 Sábado - Jó 42.2 Os propósitos do Senhor jamais serão frustrados

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Êxodo 1.1-14.
 1 - Estes, pois, são os nomes dos filhos de Israel, que entraram no Egito com Jacó; cada um entrou com sua casa:
2 - Rúben, Si meão, Levi e Judá;
3 - Issacar, Zebulom e Benjamim;
4 - Dã, Naftali, Cade e Aser.
5 - Todas as almas, pois, que descenderam de Jacó foram setenta almas; José, porém, estava no Egito.
6 - Sendo, pois, José falecido, e todos os seus irmãos, e toda aquela geração,
7 - os filhos de Israel frutificaram, e aumentaram muito, e multiplicaram-se, e foram fortalecidos grandemente; de maneira que a terra se encheu deles.
8 - Depois, levantou-se um novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José,
9 - o qual disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é muito e mais poderoso do que nós.
10 - Eia, usemos sabiamente para com ele, para que não se multiplique, e aconteça que, vindo guerra, ele também se ajunte com os nossos inimigos, e peleje contra nós, e suba da terra.
11 - E os egípcios puseram sobre eles maiorais de tributos, para os afligirem com suas cargas. E edificaram a Faraó cidades de tesouros, Pitom e Ramessés.
12 - Mas, quanto mais os afligiam, tanto mais se multiplicavam e tanto mais cresciam; de maneira que se enfadavam por causa dos filhos de Israel.
13 - E os egípcios faziam servir os filhos de Israel com dureza;
14 - assim, lhes fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro e em tijolos, e com todo o trabalho no campo, com todo o seu serviço, em que os serviam com dureza.

INTERAÇÃO
 Prezado professor, pela graça de Deus iniciamos um novo ano e um novo trimestre. Estudaremos o segundo livro do Pentateuco, Êxodo. Teremos a oportunidade ímpar de conhecer mais a respeito da libertação de Israel do cativeiro egípcio e sua trajetória pelo deserto rumo à Terra Prometida. O comentarista das lições é o pastor Antônio Gilberto, Consultor Teológico e Doutrinário da CPAD, membro da Casa de Letras Emílio Conde, teólogo e escritor. Que o Todo-Poderoso utilize cada lição para a edificação de seus alunos. Que Deus o abençoe.

OBJETIVOS
 Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Ressaltar os aspectos principais do livro de Êxodo.
Delinear os aspectos biográficos de Moisés.
Saber que o zelo precipitado de Moisés e sua fuga não impediram os propósitos divinos em sua vida.


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
 Professor, para esta primeira aula sugerimos que seja feito um esboço geral do livro de Êxodo. Reproduza o esquema abaixo no quadro de giz ou tire cópias para os alunos. Explique à classe que o vocábulo êxodo significa saída.
Moisés é o autor do livro e, segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, o propósito dele ao escrever a obra foi oferecer ao seu povo um registro permanente dos atos históricos e redentores de Deus.
Comente com os alunos que alguns conceitos importantes são enfatizados por Moisés no decorrer de todo o livro, como por exemplo, a libertação da morte, da escravidão e da idolatria.

O LIVRO DE ÊXODO

Título: Êxodo.
Autor: Moisés.
Data e local: Aproximadamente 1450-1410 a.C. Foi escrito no deserto, durante a peregrinação de Israel, em algum lugar da península do Sinai.
Propósito: Registrar os acontecimentos da libertação de Israel do Egito e seu desenvolvimento como nação.

Estrutura:
I. Israel no Egito (1.1 — 13.20).
II. Israel no deserto (12.1 — 18.27).
III. Israel no Sinai (19.1 — 40.38).

Lugares-chaves: Egito, Gósen, rio Nilo, Midiã, mar Vermelho, península do Sinai e monte Sinai.
Características: Relata mais milagres do que qualquer livro do Antigo Testamento.
Versículo-chave: Êxodo 3.7,10.
Pessoas-chave: Moisés, Faraó, Miriã, Jetro, Arão.
Lugares-chaves: Egito, Gósen, rio Nilo, Midiã, mar Vermelho, penísula do Sinai e monte Sinai.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Palavra Chave
Cativeiro: Escravidão, servidão dos hebreus pelos egípcios.

Neste trimestre estudaremos o segundo livro das Escrituras Sagradas, Êxodo. Nesta primeira lição, destacamos a aflição pela qual o povo hebreu passou no Egito por 430 anos. O povo escolhido do Senhor foi cruelmente oprimido por Faraó. Porém, Deus jamais se esquece das suas promessas. Ele vela por sua Palavra. Diante das atrocidades cometidas por Faraó, os israelitas clamaram a Deus. O Senhor ouviu a aflição do seu povo e enviou um libertador para redimi-los. Veremos ao longo das lições que o livro de Êxodo é o livro da redenção efetuada pelo Senhor.

I. O LIVRO DE ÊXODO
 1. Seu propósito. O vocábulo êxodo significa saída. O livro de Êxodo foi escrito por Moisés e, segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, foi “escrito para que tivéssemos um registro permanente dos atos históricos e redentores de Deus, pelos quais Israel foi liberto do Egito”. Este livro figura a redenção. Segundo o Dicionário Wycliffe, “o conceito de libertação da morte, da escravidão e da idolatria é encontrado ao longo de todo o livro”.

2. A escravidão. O livro de Êxodo foi escrito entre 1450 e 1410 a.C. Nesse livro vemos como os hebreus foram duramente afligidos por Faraó (Êx 1.14). Como escapar de tão grande opressão? Para os israelitas seria impossível. Somente Deus poderia resgatá-los e libertá-los do jugo do inimigo. Somente o Pai também poderia ter nos resgatado do pecado e do mundo. Cristo morreu na cruz para nos libertar do poder do pecado. Ele morreu em nosso lugar.

3. Clamor por libertação. O povo hebreu, ao ser cruelmente oprimido pelos egípcios, em grande angústia clamou ao Senhor, e a Palavra de Deus nos diz que ouviu o Senhor o gemido do seu povo (Êx 2.24). Não desanime! O Senhor ouve suas súplicas e está atento às suas dores. Deus já estava providenciando um libertador para o seu povo. Como nos ensina a Verdade Prática desta lição: “Os propósitos de Deus são imutáveis e se cumprirão no tempo determinado por Ele”.

SINOPSE DO TÓPICO (I)
 Moisés é o autor do livro de Êxodo e, segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, ele foi “escrito para que tivéssemos um registro permanente dos atos históricos e redentores de Deus, pelos quais Israel foi liberto do Egito”.

II. O NASCIMENTO DE MOISÉS
 1. Os israelitas no Egito. Eles “frutificaram, aumentaram muito, e multiplicaram-se, e foram fortalecidos grandemente, e a terra se encheu deles”. Estas mesmas bênçãos Deus têm hoje para a sua igreja. Observe com atenção as seguintes palavras do texto bíblico de Êxodo 1.7:

a) Frutificaram, aumentaram muito, multiplicaram-se (At 9.31; Lc 14.22,23). Este foi um crescimento vertiginoso. Que Deus nos faça crescer na igreja em quantidade e qualidade.

b) “Fortalecidos grandemente”. Na esfera espiritual, uma igreja deve sempre fortalecer-se em Cristo (1Pe 5.10; Fp 4.13). Lembremo-nos sempre de que a nossa fonte suprema e abundante de poder é o Espírito Santo (Ef 3.16; Zc 4.6).

c) “A terra se encheu deles”. A igreja precisa se encher não só em determinado distrito, município, estado, região, país e continente, mas em todo o mundo (Mc 16.15; At 1.8).

2. Um bebê é salvo da morte. Preocupado com o crescimento dos hebreus, Faraó deu uma ordem às parteiras no Egito para que todos os meninos israelitas recém-nascidos fossem mortos. Porém, as parteiras eram tementes a Deus e não mataram as crianças (Êx 1.17,21). Então, Faraó voltou à cena macabra, ordenando aos egípcios que todos os meninos dos hebreus fossem lançados no rio Nilo (a fim de que se afogassem ou que fossem devorados por crocodilos) (Êx 1.22). Isso mostra o quanto esse rei era cruel e maligno. Atualmente esta atrocidade está generalizada. Muitas crianças estão sendo mortas, vítimas do aborto. É o infanticídio generalizado e legalizado pelas autoridades. O bebê Moisés foi salvo da morte porque seus pais eram tementes a Deus. Precisamos de pais verdadeiramente cristãos para que possam zelar pela vida de seus filhos, como Moisés foi preservado da morte. Os pais de Moisés, pela fé em Deus, descumpriram as ordens do rei e esconderam o bebê em casa (Hb 11.23). Por mais um milagre de Deus, o nenê Moisés continuou sendo criado pela própria mãe (Êx 2.3-10).

3. A mãe de Moisés (Êx 6.20). Joquebede aproveitou cada minuto que passou ao lado do seu filho para ensiná-lo acerca de Deus, da sua Palavra, do seu povo, do pecado, das promessas divinas e da fé no Criador. Sem dúvida, é um exemplo a ser seguido.

4. A Filha de Faraó (Êx 2.5,6). A filha de Faraó desceu para se banhar no rio Nilo e teve uma grande surpresa — havia ali um cesto com um bebê. Não sabemos como, mas Deus tocou no coração da filha de Faraó para que adotasse o menino hebreu. Certamente a princesa sabia das ordens do seu pai contra os israelitas. Porém, operando o Senhor, quem impedirá? (Is 43.13).
Deus, em sua bondade, usou a filha de Faraó para que encontrasse alguém, a fim de criar o bebê Moisés. Tal pessoa foi justamente Joquebede, a mãe de Moisés (Êx 2.9). Há uma recompensa para os pais piedosos e obedientes. Você tem ensinado a Palavra de Deus aos seus filhos? Então, persevere em conduzi-los no caminho correto (Pv 22.6).

SINOPSE DO TÓPICO (II)
 Moisés nasceu durante o período em que Faraó ordenou que todos os meninos israelitas recém-nascidos fossem mortos. Todavia, os pais de Moisés eram tementes a Deus e conseguiram, com a ajuda dEle, salvar o menino.

III. O ZELO PRECIPITADO DE MOISÉS E SUA FUGA (ÊX 2.11-22)
 1. Moisés é levado ao palácio (Êx 2.10). Apesar de ter sido adotado pela filha de Faraó, Moisés foi criado por sua mãe. Não sabemos quanto tempo ele ficou na casa dos seus pais, porém, em determinado tempo o menino foi levado para o palácio. Deus cuidou de Moisés em cada etapa de sua vida. Ele também tem cuidado de você. Todos os acontecimentos em sua vida são parte do plano do Senhor. Não desanime! Deve ter sido difícil para Moisés deixar a casa dos seus pais. Entretanto, no tempo certo, ele o fez.

2. O preparo de Moisés (Êx 3.9,10). Moisés passou sua juventude no palácio real. Como filho de uma princesa egípcia, ele frequentou as mais renomadas universidades egípcias, inclusive a de Om (At 7.22; Gn 41.45). O Egito era então uma potência mundial. Na educação superior egípcia constavam, conforme a História e as descobertas arqueológicas, administração, arquitetura, matemática, astronomia, engenharia, etc. Esse conhecimento adquirido por Moisés, e empregado com sabedoria, foi-lhe muito útil em sua missão posterior de libertador, condutor, escritor e legislador na longa jornada conduzindo Israel no deserto para a terra de Canaã. Deus pode utilizar nossas habilidades adquiridas em benefício de sua obra.

3. A fuga de Moisés (Êx 2.11-22). Moisés foi criado como egípcio, porém, ele sabia que era hebreu. Estava no Egito, mas não pertencia àquele lugar. Certo dia, ao ver um egípcio maltratando um israelita, Moisés tomou as dores do seu povo e resolveu defender um de seus irmãos. Moisés acabou matando um homem e enterrando o corpo na areia. Ele queria libertar seu povo pela força humana, mas a libertação viria pelo poder divino e sobrenatural, para que ninguém dissesse: “Nós fizemos, nós conseguimos”. Moisés, assim como os demais hebreus, precisava ver e saber que fora o Senhor que os libertara. Quem nos libertou da escravidão do pecado? Deus. Somente Ele poderia quebrar o terrível jugo do pecado que estava sobre nós. Não demorou muito para Faraó descobrir que Moisés matara um egípcio. Ele deveria ser preso e morto. Então, com medo, fugiu para Midiã (Êx 2.15). Ali foi convidado para a casa de Jetro, um sacerdote. Moisés casou-se com uma das filhas de Jetro e constituiu uma família, longe da casa dos seus pais e do seu povo. Teve que ir para um lugar desconhecido e tornou-se um estrangeiro, mas tudo fazia parte do plano de Deus. Em Midiã, Moisés pôde comprovar o cuidado providente do Senhor por ele. Talvez você tenha que ir também para um lugar distante, todavia, não tenha medo. Deus está com você. Pode ser parte do treinamento do Senhor em sua vida.

SINOPSE DO TÓPICO (III)
 Moisés passou sua juventude no palácio real. Como filho de uma princesa egípcia, ele frequentou as mais renomadas universidades. Moisés estava sendo preparado, por Deus, para libertar o seu povo e conduzi-lo até a Terra Prometida.


 CONCLUSÃO
 Ao estudar os primeiros anos da vida de Moisés, vemos que o Senhor tem um plano definido para cada filho seu. É nosso dever obedecer a Deus, mesmo com nossas imperfeições, assim como fez Moisés; conseguimos fazer isso pela poderosa presença em nós, do Espírito Santo, que Deus dá àqueles que lhe obedecem (At 5.32).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
 COHEN, A. C. Êxodo. 1 ed., RJ: CPAD, 1998.
HAMILTON, V. P. Manual do Pentateuco. 2 ed., RJ: CPAD, 2007.


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
 Subsídio Bibliológico
 “Moisés na Infância e como Refugiado (1 — 2)
É impossível deixar de notar a diferença entre o fim do livro de Gênesis e os primeiros versículos de Êxodo em termos de atividade divina. Com sua vida em risco, José dá testemunho da proteção de Deus sobre ele. A história é tanto a respeito de Deus como de José.
Tem-se, então, os sete primeiros versículos de Êxodo, cobrindo nada menos que 400 anos. Durante todo esse período, não há qualquer referência explícita à atuação de Deus [sem considerar o que fica implícito na preservação e na explosão populacional de Israel no Egito (1.7)]. Não surge ninguém que seja destacado pelas Escrituras. São quatrocentos anos de silêncio. Esse hiato é comparável ao período entre Noé e Abraão. Existem épocas em que Deus está perto (Is 55.5) e épocas em que sua presença é velada.
[...] Ainda assim, não devemos passar tão rapidamente pelos sete primeiros versículos de Êxodo. Note que Êxodo 1.1 não começa logo após Gênesis 50.26. O leitor de Êxodo 1.1 é em vez disso, levado de volta no tempo até Gênesis 46.8. Ambas as genealogias apresentam os filhos de Jacó como ‘filhos de Israel’. A linhagem da aliança passa através do novo nome dado a Jacó em Peniel” (HAMILTON, V. P. Manual do Pentateuco. 2 ed., RJ: CPAD, 2007, p.155).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
 Subsídio Historiográfico
 “O Significado do Êxodo
O Êxodo é o evento teológico e histórico mais expressivo do Antigo Testamento, porque mostra a magnificente ação de Deus em favor do seu povo, uma ação que os conduziu da escravidão à liberdade, da fragmentação à unidade, de um povo com uma promessa — os hebreus — à uma nação estabelecida — Israel. No livro de Gênesis encontram-se a introdução e o propósito, seguindo-se então todas as revelações subsequentes do Antigo Testamento. Um registro que é ao mesmo tempo um comentário inspirado e uma exposição detalhada. Em última análise, o êxodo serve como um tipo de êxodo promovido por Jesus Cristo, de forma que ele se torna um evento significativo tanto para a Igreja quanto para Israel” (MERRILL, E. H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6 ed., RJ: CPAD, 2007, pp.49-50).

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
 Israel no Cativeiro
 Ao longo deste trimestre teremos a oportunidade ímpar de estudar o livro de Êxodo. Segundo Eugene Merrill “o êxodo é o evento teológico mais expressivo do Antigo Testamento, porque mostra a magnificente ação de Deus em favor de Seu povo”.
O autor desta esplendorosa obra é Moisés. O segundo livro da Bíblia foi escrito certamente durante a sua peregrinação pelo deserto, no ano de 1450-1410 a.C (aproximadamente).
O objetivo da primeira lição deste trimestre é destacar os aspectos biográficos de Moisés, ressaltando sua preparação para resgatar seu povo da escravidão. Israel passou 400 anos no Egito sendo afligido pelos egípcios. Todavia, “quanto mais os afligiam, tanto mais se multiplicavam e cresciam, até que Deus levantou um libertador que iria conduzir seu povo rumo à Terra Prometida”.

O livro de Êxodo
No livro de Gênesis vemos a criação, a Queda e o projeto de redenção divina para a humanidade. Deus chama Abraão e promete que de sua descendência todas as famílias da terra seriam abençoadas (Gn 12.3). Já no livro de Êxodo podemos ver o povo hebreu, descendência de Abraão, sendo resgatado da escravidão e tornando-se uma nação a fim de que o plano redentivo do Pai alcançasse toda a humanidade. Deus é fiel! Seus propósitos jamais serão frustrados (Jó 42.2). O propósito de Deus não era apenas libertar Israel do cativeiro egípcio, mas também todos aqueles que um dia iriam crer em Jesus Cristo, o Libertador. Na antiga aliança a redenção do homem era por meio de sacrifícios e por isso um animal puro e inocente deveria morrer. Era impossível ao homem se aproximar de Deus sem sacrifício. Cristo, nosso libertador, derramou seu sangue no Calvário para nos resgatar da escravidão do pecado de uma vez por todas.
Podemos dividir o livro de Êxodo em três partes principais: Israel no Egito (1 — 15), a travessia do mar Vermelho ao Sinai (16 — 18) e Israel no Sinai (19 — 40).

Um bebê é salvo
No livro de Êxodo encontramos a biografia de Moisés, o autor. Vemos que ele foi salvo da morte porque seus pais, em especial sua mãe, eram pessoas de fé. A fé fez com que Joquebede acreditasse que Deus poderia salvar seu filho da ira de Faraó. A fé fez também com que ela elaborasse um plano brilhante que livraria seu bebê e o colocaria em segurança até a idade adulta. O plano de fé de Joquebede ainda permitiu que seu filho recebesse uma educação de primeira, sendo que ela ainda receberia o pagamento por isso. Este é o primeiro milagre narrado no livro de Êxodo. A vida de Moisés foi um milagre de Deus. Você crê em milagres? Deus não mudou. Ele também tem poder para livrar sua família e seus filhos do poder destruidor do Inimigo.


SUBSIDIOS

I - INTRODUÇÃO.

SOBRE O LIVRO EXODO

Visão Panorâmica
O livro de Êxodo começa com a descrição do sofrimento dos descendentes de Jacó no Egito, a saber: opressão, escravidão e infanticídio, e termina com a presença, o poder e a glória de Deus manifestos no Tabernáculo, no meio do seu povo já liberto, no deserto. Êxodo divide-se em três seções principais.

(A) Os caps. 1 — 14 revelam Israel no Egito, oprimido por um faraó que não conhecia José, e Deus então redimiu Israel “com braço estendido e com juízos grandes” (6.6). Entre os eventos portentosos dessa parte da história de Israel, estão:
(1) o nascimento de Moisés, sua preservação e preparação (cap. 2);
(2) a chamada de Moisés na sarça ardente (3 — 4);
(3) as dez pragas (7 — 12);
(4) a Páscoa (cap. 12) e
(5) a travessia do mar Vermelho (13 — 14).O êxodo de Israel para fora do Egito é declarado em todo o AT como a mais grandiosa experiência de redenção do velho concerto.

(B) Os caps. 16 — 18 descrevem Israel no Deserto, a caminho do monte Sinai. Deus guiou seu povo redimido por meio de uma nuvem e uma coluna de fogo e proveu maná, codornizes e água, exercitando assim seus redimidos a andar pela fé e pela obediência.

(C) Os caps. 19 — 40 registram Israel no monte Sinai, recebendo de Deus a revelação que abarcou:
(1) o concerto (cap. 19),
(2) o decálogo (cap. 20) e
(3) o Tabernáculo e o sacerdócio (25 — 31). O livro termina com o Tabernáculo inaugurado e transbordante da glória de Deus (cap. 40).


Características Especiais
Cinco características distinguem Êxodo.
(1) As circunstâncias históricas do nascimento de Israel como nação.

(2) O Decálogo, i.e., os dez mandamentos (cap. 20), que é a suma feita por Deus da sua lei moral e das suas justas exigências para o seu povo. Nela, temos o fundamento da ética e da moralidade bíblicas.

(3) É o livro do AT que mais destaca a graça redentora e o poder de Deus em ação. Em termos do AT, Êxodo descreve o caráter sobrenatural da libertação que Deus efetuou do seu povo, livrando-o do perigo e da escravidão do pecado, de Satanás e do mundo.

(4) O livro inteiro está repleto da revelação majestosa de Deus, como:
(a) glorioso nos seus atributos, (veraz, misericordioso, fiel, santo e onipotente);
(b) Senhor da história e dos reis poderosos;
(c) o Redentor que faz um concerto com os seus redimidos;
(d) justo e reto, assim revelado na sua lei moral e nos seus juízos e
(e) digno da adoração reverente, como o Deus transcendente que desce para “tabernacular” com o seu povo, i.e., habitar com o seu povo (cf. Jo 1.14 no gr.).

(5) Êxodo enfatiza o “como?”, “o quê?” e o “por quê?” do verdadeiro culto que deve seguir-se à redenção que Deus efetua dos seus.


O Livro de Êxodo e Seu Cumprimento no NT
A prefiguração da redenção que temos no novo pacto, é evidente em todo o livro de Êxodo. A primeira Páscoa, a travessia do mar Vermelho e a outorga da lei no monte Sinai são, para o velho concerto, aquilo que a vida, morte e ressurreição de Jesus, e a outorga do Espírito Santo no Pentecoste, são para o novo concerto. Os tipos de Êxodo que prenunciam Cristo e a redenção no NT são:
(1) Moisés,
(2) a Páscoa,
(3) a travessia do mar Vermelho,
(4) o maná, (5) a rocha e a água,
(6) o Tabernáculo, e
(7) o sumo sacerdote. As exigências morais absolutas dos dez mandamentos são repetidas no NT, para os crentes do novo concerto.


II - O COMEÇO DA NACÃO ISRAELITA.

DEUS CHAMA ABRAÃO E FAZ LHE PROMESSAS. 
Gn.12.1 Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
Gn.12.2 E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção.
Gn.12.3 E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.


GENESIS 12.1 SAI-TE DA TUA TERRA. Nessa ocasião, Deus não disse a Abrão para onde o conduziria (Hb 11.8). Ao invés de ser informado disso, ele teve de viajar sob a orientação direta do Senhor.

GENESIS 12.3 EM TI SERÃO BENDITAS TODAS AS FAMÍLIAS DA TERRA. Esta é a segunda profecia das Escrituras sobre a vinda de Jesus Cristo a este mundo Gn 3.15.

(1) O texto fala de uma bênção espiritual que viria através de um descendente de Abraão. Paulo declara que esta bênção se refere ao evangelho de Cristo, oferecido a todas as nações (Gl 3.8,14,16).

(2) A promessa de Deus a Abrão revela que, desde os primórdios da raça humana, o propósito do evangelho era abençoar todas as nações com salvação. Deus está agora realizando seu propósito através de Jesus e seu povo fiel, que compartilha da sua vontade de salvar os perdidos, enviando pregadores para proclamar o evangelho a todas as famílias da terra. Este versículo serve de fundamento motivador da obra missionária no mundo inteiro.

GENESIS  12.1-3 - Ao ser chamado por Deus, Abráo pela fé mudou-se de Ur para Harã. e finalmente para Canaã. Então Deus estabeleceu um pacto com Abrão, prometendo que ele seria o pai de uma grande nação. Deus disse que não apenas esta nação seria abençoada, mas também o seriam as outras nações da terra, através dos descendentes de Abrão. Israel, a nação que viria de Abrão. seguiria a Deus e influenciaria todos com quem tivesse contato. Através da árvore genealógica de Abrão. Jesus Cristo nasceu para salvar a humanidade. Através de Cristo, as pessoas podem ter urn relacionamento pessoal com Deus e ser infinitamente abençoadas.

GENESIS  12.2 - Deus prometeu abençoar Abrão e torná-lo famoso, mas havia uma condição: ele teria de obedecer a Deus completamente Isto significava deixar casa e amigos e viajar para uma nova terra, onde Deus prometera estabelecer a grande nação formada por seus descendentes. Abrão obedeceu e partiu em direção à promessa de Deus. para um futuro de bênçãos ainda maiores. Deus pode estar tentando levar você a um lugar onde poderá ser A VIAGEM DE ABRÃO A CANAÃ. Abrão, Sarai e Ló viajaram de Ur dos Caldeus para Canaã pelo caminho de Harã. Embora fosse uma rota indireta, ela seguia os rios ao invés de tentar cruzar o vasto deserto. de grande proveito para Ele. Não permita que o conforto e a segurança o façam perder o plano de Deus para a sua vida.

GENESIS  12.5 - Deus planejou desenvolver uma nação a qual Ele chamaria de "meu povo". Ele tirou Abrão da ímpia e egocêntrica cidade de Ur para uma região fértil chamada Canaã. onde uma nação santa e temente a Deus seria estabelecida. Embora pequena em suas dimensões, a terra de Canaã foi o foco principal da maior parte da história de Israel, bem como do surgimento do cristianismo. Esta pequena terra dada a um homem, Abráo, tem causado um enorme
impacto na história mundial.



III - O CRESCIMENTO DA NAÇÃO ISRAELITA NO EGITO
EXODO 1.1-14

EXODO  1.1 FILHOS DE ISRAEL. Israel, o pai dos filhos mencionados nos vv. 2-6 é também chamado Jacó (ver Gn 32.28). Seus descendentes foram chamados israelitas.

EXODO  1.7 AUMENTARAM MUITO. Os israelitas multiplicaram-se muito segundo as promessas de Deus feitas a Abraão, Isaque e Jacó (Gn 12.2; 17.2,6; 22.17; 48.4; At 7.17), e aumentaram de tal maneira que, quando saíram do Egito, eram em cerca de 600.000 homens, além das mulheres e crianças (12.37). A predição que Deus fizera da opressão, também cumpriu-se (v. 11; Gn 15.13).

EXODO  1.8 QUE NÃO CONHECERA A JOSÉ. O livro de Êxodo é a continuação da história, iniciada em Gênesis, de como Deus lidou com os filhos de Israel.

(1) O espaço de tempo entre a morte de  José (Gn 50.26) e o início da perseguição de Israel pelos egípcios (v. 11) foi de, aproximadamente, 220 anos.

(2) Se o êxodo ocorreu em cerca de 1440 a.C., o Faraó que não conhecera a José é provavelmente Tutmose I (1539-1514 a.C.) (ver At 7.18). O Faraó do Êxodo seria Amenotepe II (1447-1421 a.C.). O tempo total dos israelitas no Egito foi de 430 anos (Êx 12.40).

EXODO  1.11 MAIORAIS... PARA OS AFLIGIREM. Deus permitiu e usou a opressão de Israel a fim de separar os israelitas da idolatria e das práticas imorais do Egito, de prepará-los para seu livramento miraculoso do Egito e para seu relacionamento com Ele mediante a fé (Js 24.14; Ez 23.8).


A - Os filhos de Israel, ou israelitas, eram os descendentes de Jacó, cujo nome foi mudado para Israel apos ele ter lutado com o anjo (ver Gn 32.24-30). Os israelitas se mudaram para o Egito a convite de José, um dos filhos de Jacó que havia se tornado o grande administrador depois de Faraó. A familia de Jacó veio a ser uma grande naçao, mas, como estrangeiros e recém chegados, eles eram um tanto diferente dos egípcios. Os hebreus adoravam a um só Deus: os egípcios, a vários deuses. Os hebreus eram peregrinos: os egípcios possuíam uma cultura profundamente enraizada. Os hebreus eram pastores; os egípcios, construtores. Separados dos egípcios, os hebreus viviam na terra de Gósen, ao norte dos grandes centros culturais do Egito.

B - Faraó temia que os israelitas se tornassem numerosos a ponto de ameaçar o seu reinado. Assim, fez dos hebreus escravos, oprimindo-os para impedir o seu crescimento. A escravidão era uma prática antiga utilizada por quase todas as nações para aproveitar os povos conquistados. Desse modo, as grandes pirâmides do Egito foram construídas. Embora Israel náo fosse uma naçao conquistada, era estrangeiro, e nao desfrutava os mesmos direitos dos egípcios.

C - Havia níveis diferentes de escravidão no Egito. Alguns escravos trabalhavam longas horas em buracos de lama enquanto outros possuíam habilidades como carpinteiros, joalheiros e artífices. Apesar dessas diferenças, todos os escravos eram severamente vigiados por carrascos e supervisores inflexíveis, cuja missào era manter os escravos trabalhando o mais rápido possível. Sua especial prioridade era tornar miserável a vida do escravo.

D - Embora os egipcios tentassem subjugar os hebreus, forçando-os ao cativeiro e maltratando-os, estes se multiplicavam e tornavam-se ainda mais fortes. Quando somos afligidos, podemos nos sentir derrotados, mas isto pode ser um meio de nos fortalecermos e desenvolvermos qualidades que nos prepararáo para o futuro. Nao podemos ser vencedores a menos que haja problemas a serem vencidos. Seja fiel a Deus nos momentos difíceis, pois mesmo as piores situações podem fazer de nós pessoas melhores.


IV - SOFRIMENTO DA NAÇÃO ISRAELITA NO EGITO

Êxodo 1
Versículos 1-7: Os filhos de Israel aumentam no Egito após a morte de José; 8-14: São oprimidos, mas, multiplicam-se sobremaneira.

A - Durante mais de 200 anos, enquanto Abraão, Isaque e Jacó viveram em liberdade, a população hebréia cresceu lentamente; somente setenta pessoas entraram no Egito. Ali, quase durante o mesmo período em anos, porém sob cruel servidão, tornaram-se uma grande nação. Este aumento assombroso estava de conformidade com a promessa feita muito antes aos pais. Mesmo que às vezes o cumprimento das promessas de Deus seja lento, é sempre seguro.

A - A terra do Egito converteu-se para Israel em uma casa de servidão. O local onde dantes fomos felizes pode transformar-se, de imediato, em um lugar de aflição. O local de que dizemos: Este é o nosso lugar de consolo, pode vir a ser a maior cruz para nós. Deixemos de confiar no homem, e que não se diga de algum lugar deste lado do céu: "Este é o meu repouso". Todos conheciam José, amavam-no e foram amáveis com os seus irmãos por amor a ele; até mesmo os melhores e mais úteis serviços que um homem preste aos demais, rapidamente se tornam esquecidos após a sua morte. O nosso grande interesse deve ser servir a Deus, e agradar àquEle que é justo, para que não se esqueça de nossa obra e trabalho de amor. A ofensa de Israel para os egípcios é que o seu povo prosperava. Não existe algo mais odioso para um homem mau do que a prosperidade do justo.

A - Os egípcios temiam que os filhos de Israel se unissem aos seus inimigos e os expulsassem da terra. A maldade é sempre covarde e injusta; faz com que o homem tema onde não há algo a temer, e fuja quando ninguém o persegue. A sabedoria humana é, às vezes, néscia e muito pecaminosa. O povo de Deus tinha capatazes sobre si, não somente para oprimi-lo, mas também para afligi-lo com suas cargas. Não somente faziam-no servir para proveito do faraó, mas para amargar-lhe a vida.
Os israelitas aumentaram maravilhosamente. O cristianismo se difunde mais quando é perseguido: o sangue dos mártires foi a semente da Igreja. Os que aceitam conselho contra o Senhor e seu Israel, somente imaginam coisas vãs e acarretam maior afronta contra si mesmos.



V - CONCLUSÃO

Os judeus desceram ao Egito viveram no melhor da terra (Gn 47:6), mas, mais tarde, esse fato transformou-se
em provação e sofrimento. Assim como é hoje a vereda do pecador perdido; o pecado também promete prazer e liberdade, mas traz sofrimento e escravidão.

O extraordinário crescimento da família da promessa no Egito é um grande milagre e uma prova contundente da bênção de Deus. O Senhor transformou uma pequena família de 12 filhos e uma filha [talvez houvesse outras filhas] em uma nação que conquistaria Canaã. Este versículo utiliza várias expressões, uma após a outra, que enfatizam a incrível multiplicação da família de Israel e a mão de Deus nesta maravilha. Deus multiplicou Seu povo no tempo de opressão. O medo dos egípcios em relação ao povo de Israel foi baseado em um juízo erróneo e na aversão. O termo enfadavam (em algumas traduções temer) significa sentir repugnância (Nm 21.4).

Quanto mais os egípcios oprimiam os israelitas, mais eles cresciam. Assim, lhes fizeram amargar a vida. Mais tarde, Deus instruiria os israelitas a comer algo amargo com a refeição da Páscoa, a fim de que eles se lembrassem da amargura
de quando estavam submetidos à escravidão no Egito (Ex 12). Com dura servidão. O termo traduzido como dura (hb. perek) significa aspereza ou severidade. A cada tarefa que os egípcios submetiam os hebreus, faziam com que a dificuldade
de concluí-la fosse extremamente penosa. Os egípcios esperavam que o espírito divino dos israelitas fosse destruído com a escravidão abusiva. Porém a mão poderosa do Senhor já estava preparada para efetuar o grande livramento: Libertar o seu povo da opressão e da escravidão dos egípcios. Deus não é homem para que minta, o que Ele havia falado, chegaria o momento de tudo se cumprir.



COMPLEMENTO.

A OPRESSÃO NO EGITO
Êxodo 1.1—11.10

A. Introdução, 1.1-22
1. O Crescimento de Israel no Egito (1.1-7)
O escritor de Êxodo liga este livro diretamente ao precedente com a palavra pois (1). Moisés não está contando outra história, mas está acrescentando outro capítulo da vida do povo de Deus. Todas as revelações de Deus estão conectadas com as últimas revelações cumprindo as primeiras.

a) De um começo pequeno (1.1-5).
Estes, pois, são os nomes dos filhos de Israel,que entraram no Egito (1). Deus conhece seus filhos, quer sejam numerosos ou não. Deus repete o nome de seus filhos muitas vezes (ver 6.14-26; Gn 35.23-26; 46.8-26) para enfatizar o interesse que Ele tem por eles e o desejo de que as gerações futuras fiquem familiarizadas com Ele.

Cada um dos filhos de Jacó foi para o Egito com sua casa. Ninguém foi deixado para trás. As onze pessoas aqui nomeadas (2-4) junto com José (5), que já estava no Egito, compõem a família de Jacó de doze filhos. Com exceção de um, todos os seus filhos nasceram durante o período em que o patriarca morou nas proximidades de Harã com o sogro Labão. Benjamim, o mais novo, nasceu na viagem para Canaã (Gn35.23-26). Jacó levou toda sua família para o Egito a fim de estar com José. O número
total de almas, ou pessoas, foi setenta, todas sendo descendentes diretas de Jacó. É provável que havia outros indivíduos nas casas que não descenderam de Jacó. O clã de Abraão continha 318 homens adultos (Gn 14.14), e segundo este mesmo princípio, o número das várias famílias com seus respectivos servos que entraram no Egito poderia ter chegado a milhares de pessoas. Mesmo assim, houve tremendo crescimento de Israel no Egito, ainda que contado com base em um começo dessa extensão.

b) Os líderes morrerão (1.6).
Os pais e líderes têm de morrer; este é o modo de vida na terra. José faleceu e todos os seus irmãos (6). Aqueles de quem muito dependemos, no final das contas, partirão. O crescimento é dependente da morte. “Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto” (Jo 12.24). Uma geração passa para outra assumir o lugar. E assim com o povo de Deus como também com as demais pessoas do mundo.


c) O cumprimento da promessa de Deus (1.7).
Os filhos de Israel frutificaram, e aumentaram muito. Ainda que os homens que Deus escolheu morram, Ele cuida dos filhos que ficam. Deus prometeu para Abraão que lhe aumentaria a semente (Gn 12.2;15.5; 17.1-8) e aqui, no Egito, esta promessa foi cumprida. Quando Israel saiu do Egito o total computava cerca de 600.000 homens, além das mulheres e crianças (12.37). Levando-se em conta o tempo decorrido, não se tratava necessariamente de crescimento incomum. Mas considerando o ambiente hostil, esse aumento mostrava a providência especial de Deus.

O que Deus prometeu ao gênero humano na criação (Gn 1.28) agora estava tendo cumprimento na sua família escolhida. As palavras aumentaram muito provêm do hebraico que significa “abundar ou enxamear” como se dá com os insetos e na vida marinha(ver Gn 1.20; 7.21). Os israelitas não somente eram muito numerosos, mas foram fortalecidos grandemente. E lógico que esta expressão indica saúde e vigor. Moisés reconheceu esta providência graciosa quando escreveu: “Siro miserável foi meu pai, e desceu ao Egito, e ali peregrinou com pouca gente; porém ali cresceu até vir a ser nação grande, poderosa e numerosa” (Dt 26.5).

A terra que se encheu deles diz respeito a Gósen, onde Jacó e seus filhos se instalaram (Gn 47.1,4-6,27). Não há dúvida de que com o passar do tempo eles cresceram a ponto de este lugar se tornar pequeno demais, levando-os a se relacionar com os egípcios em outras regiões do país. O aumento numérico logo chamou a atenção do rei.


a) Favores esquecidos.
1.8). As breves palavras: Um novo rei... que não conhecera a José, transmitem muita história. O desempenho de José na preservação do Egito foi apreciado por seus contemporâneos. Agora uma nova dinastia, como provavelmente significam estas palavras, assumiu o poder no Egito. A dinastia dos hicsos reinou no Egito de aproximadamente 1720 a.C. até 1570 a.C. Estes reis eram estrangeiros e foram expulsos por este novo rei. Parece que a nova dinastia, a décima oitava, odiava todos os
povos associados com os reis anteriores, sobretudo os hebreus.4 O novo rei desconhecia José e não se importava com o passado do Egito.

Esquecer José também significava esquecer Deus. Ao desconsiderar o povo de Deus, Faraó fixou a mente e o coração contra Jeová. E comum a recusa em se lembrar do passado resultar em rebelião presente. Todo aquele que fixa o rosto contra Deus terá dias infelizes.

b) Opressão desculpada (1.9,10).
Homens maus buscam razões para justificar seus caminhos diante de outros homens e a seus próprios olhos. Este novo rei exagerou o problema dizendo que o povo... é muito e mais poderoso do que nós (9). Amedrontava- lhe o aumento numérico dos israelitas e a força que possuíam. O favor de Deus para com seu povo despertou ciúmes no rei.

O monarca temia a possibilidade de Israel se unir com os inimigos do Egito em uma guerra (10). Não há evidências de Israel ter intenções bélicas, mas é surpreendente o mal que o coração carnal pode ter nas intenções de outros homens. Na mente do rei, o maior desastre seria o povo sair da terra (10, ARA). É possível que todos soubessem a esperança de Israel se estabelecer na Palestina. Se Faraó temia a presença desse povo no Egito, por que não o mandou sair em vez de procurar destruílo (16,22)? Possivelmente porque tinha medo que se tornasse uma nação forte naquela
região.

c) Crueldade engendrada (1.11,13,14).
A sabedoria mundana sabe inventar métodos cruéis. O rei queria debilitar o poder dos israelitas, quebrando-lhes a vontade como grupo e levando-os a se tornar como os egípcios. De acordo com avaliações posteriores (Js 24.14; Ez 20.7-9), alguns israelitas fizeram exatamente isso. Sob circunstâncias normais, tais métodos teriam cumprido o desígnio do rei.

Os maiorais de tributos (11) eram supervisores gerais cujos métodos tiranos eram famosos. Provavelmente alguns desses chefes de serviços fossem israelitas (5.14). “Há [...] lugar para pensar que eles os faziam trabalhar desumanamente e, ao mesmo tempo, os obrigava a lhes pagar exorbitante tributo.”5 Cidades de tesouros eram “cidadesarmazéns”
onde eram armazenados provisões e armamentos.

As tarefas para os israelitas ficaram muito amargas com dura servidão (14). Pelo visto, o trabalho no campo refere-se a projetos de irrigação ou ao cuidado dos rebanhos do governo,6 ou possivelmente a levar tijolos para os lugares de construção.7 A escravidão era tão cruel quanto o homem podia torná-la sem infligir a morte.

d) Intenções contrariadas (1.12).
Quando Deus interfere em prol do seu povo, os maus desígnios dos homens não têm sucesso: Quanto mais os afligiam, tanto
mais se multiplicavam e tanto mais cresciam. Trata-se de reversão da lei natural, mas semelhante intervenção divina frustrou muitas vezes os perseguidores do povo de Deus. Ao conceder favor especial ao seu povo, Deus neutralizava o poder
tirânico. Não houve libertação da escravidão, mas nas pessoas permanecia vigor e força.

Estes resultados incomuns confundiam os maiorais de tributos. Não conseguiam entender o que estava acontecendo, de maneira que se enfadavam — “por isso os egípcios passaram a temer os israelitas” (NVI). “Havia algo sinistro e enervante na situação.” Este ambiente só fazia aumentar o medo e a crueldade.

ELABORADO PELO EVANGELISTA: NATALINO DOS ANJOS
PROFESSOR DA E.B.D e PESQUISADOR
PASTOR NA CONGREGAÇÃO DA ASSEMBLEIA DE DEUS(MISSAO)
NO BAIRRO NOVO HORIZONTE
NO CAMPO DE GUIRATINGA - MATO GROSSO

FONTES DE PESQUISA:
BIBLIA DE APLICAÇÃO PESSOAL
BIBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL.
COMENTÁRIO BIBLICO WIERSB - VELHO TESTAMENTO
COMENTARIO BIBLICO BEACON VELHO TESTAMENTO
O Novo COMENTÁRI BÍBLICO ANTIGO TESTAMENTO
Editores: Eald  Radmacher;  Ronald B. Allen; H. Wayne House










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