Lições Bíblicas CPAD Jovens e Adultos
3º Trimestre de 2013
Título: Filipenses — A humildade de Cristo como exemplo para
a Igreja
Comentarista: Elienai Cabral
Lição 10: A alegria do salvo em Cristo
Data: 08 de Setembro de 2013
TEXTO ÁUREO
“Regozijai-vos, sempre, no Senhor; outra vez digo:
regozijai-vos” (Fp 4.4).
VERDADE PRÁTICA
Em tempos trabalhosos
e difíceis, somente a alegria do Senhor pode apaziguar a nossa alma.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Sl 92.1-5 A
alegria do Senhor traz gratidão
Terça - Ne 8.8-12 A
Palavra de Deus traz alegria
Quarta - Fp 4.4 Alegrai-vos
no Senhor
Quinta - Fp 4.4-7 Alegria
apesar das circunstâncias
Sexta - Sl 43.4,5 O
Deus que nos alegra
Sábado - At 4.24-31 Alegria
em meio à tribulação
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Filipenses 4.1-7.
1 - Portanto, meus
amados e mui queridos irmãos, minha alegria e coroa, estai assim firmes no
Senhor, amados.
2 - Rogo a Evódia e rogo a Síntique que sintam o mesmo no
Senhor.
3 - E peço-te também a ti, meu verdadeiro companheiro, que
ajudes essas mulheres que trabalharam comigo no evangelho, e com Clemente, e
com os outros cooperadores, cujos nomes estão no livro da vida.
4 - Regozijai-vos, sempre, no Senhor; outra vez digo:
regozijai-vos.
5 - Seja a vossa equidade notória a todos os homens. Perto
está o Senhor.
6 - Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as
vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e
súplicas, com ação de graças.
7 - E a paz de Deus, que excede todo o entendimento,
guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.
INTERAÇÃO
Paulo enfrentou
muitas dificuldades e humilhações no serviço do Mestre. Em 2 Coríntios 11.23-29
ele faz uma pequena relação de algumas das dores e perigos que teve que encarar
por amor a Cristo. Todavia, o apóstolo não se deixou abater pelas dificuldades.
Ele não permitiu que as aflições roubassem sua alegria. O contentamento de
Paulo não dependia das circunstâncias, pois advinha da sua comunhão com Cristo.
Quem tem a Jesus tem a alegria da salvação e pode se regozijar em toda e
qualquer situação. Na obra do Senhor enfrentamos momentos ruins, mas a alegria
concedida pelo Eterno nos dá forças para seguirmos em frente. Talvez professor,
você esteja enfrentando momentos difíceis em seu ministério de ensino ou em sua
família, porém não perca a força nem o ânimo. Confie no Senhor e permita que a
alegria dEle inunde sua alma trazendo paz e esperança.
OBJETIVOS
Após esta aula, o
aluno deverá estar apto a:
Exortar a respeito da alegria e firmeza da fé.
Compreender que a alegria divina sustenta a vida cristã.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor para
introduzir a lição reproduza o quadro abaixo de maneira que cada aluno tenha
uma cópia. Em classe, leia juntamente com os alunos, o texto bíblico de 2
Coríntios 11.23-29. Enfatize as muitas provações enfrentadas por Paulo. Depois
faça a seguinte indagação: “Como ter alegria em meio à tribulação?”. Ouça os
alunos com atenção e explique que a nossa alegria independe das circunstâncias
externas. Ela é fruto de Cristo em nós, faz parte da nossa salvação. Em seguida
leia o quadro com os alunos explicando os ensinos bíblicos a respeito da
alegria.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Alegria: Estado de viva satisfação, de vivo contentamento;
regozijo, júbilo.
Alegria, regozijo e
contentamento são expressões comuns ao longo da Epístola de Paulo aos
Filipenses. Paradoxalmente, elas revelam o coração do apóstolo na prisão de
Roma. Paulo não se desesperou com o seu cativeiro, mas alegrou-se no Senhor.
Ele sabia que estava nas mãos de Deus e contentava-se com as notícias de que a
igreja de Filipos, fruto do seu árduo ministério, caminhava muito bem. O
apóstolo não deixou se abater com as tribulações do seu ministério, pois nelas,
ele via a providência amorosa do Altíssimo.
I. EXORTAÇÃO À ALEGRIA E FIRMEZA DA FÉ (4.1-3)
1. A alegria de
Paulo. O primeiro versículo do capítulo 4 de Filipenses inicia-se com um
“portanto”, justamente por ser continuação do capítulo 3, quando o apóstolo
tratara do perigo dos “inimigos da cruz”. Aqui, Paulo diz que os crentes de
Filipos são a sua “alegria e coroa” e aconselha-os a continuarem firmes no
Senhor (v.1). A permanência dos filipenses em Cristo bastava para encher o coração
do apóstolo de alegria. Por isso, ele manifestou o seu orgulho e os mais
íntimos sentimentos de amor e carinho para com os irmãos de Filipos.
2. A alegria nas relações fraternas. Nem tudo, porém, era
maravilhoso e perfeito na igreja de Filipos. Ali, estava ocorrendo um grande
problema de relacionamento entre duas importantes mulheres que cooperaram na
implantação da igreja filipense: Evódia e Síntique (v.2). Esse problema estava
perturbando a comunhão da igreja e expondo a saúde espiritual do rebanho.
A fim de resolver a questão, Paulo se dirige a um obreiro
local (Timóteo ou Tito, não sabemos) que, com Clemente e os demais
cooperadores, procuraria despertar e restabelecer o relacionamento harmônico e
fraterno entre Evódia e Síntique. Como verdadeiro pastor, o apóstolo tratou as
duas mulheres com o devido cuidado e respeito, pois as tinha em grande estima
pelo fato de ambas terem contribuído muito para o seu apostolado.
3. A alegria de ter os nomes escritos no Livro da Vida. O
versículo 3 demonstra algo muito precioso para o cristão: a alegria de ter o
nome escrito no livro da vida. Paulo menciona tal certeza, objetivando
reafirmar a felicidade e a glória de se pertencer exclusivamente ao Reino de
Deus.
Os filipenses tinham cidadania romana porque eram originários
de uma colônia do império. Mas quando o apóstolo escreve sobre cidadania
refere-se a uma muito mais importante que a de Roma. Nossa verdadeira cidadania
vem do céu, e o “mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos
de Deus” (Rm 8.16). Você tem convicção de que o seu nome está arrolado no Livro
da Vida? Você compreende o valor disso?
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O apóstolo não deixou
se abater com as tribulações do seu ministério, antes procurou servir ao Senhor
com alegria.
1. Alegria permanente
no Senhor. A versão bíblica ARC emprega a palavra “regozijar” no lugar de
“alegria” (v.4). O que é regozijar-se? É alegrar-se plenamente. A declaração
paulina afirma que a fonte da alegria cristã é o Senhor Jesus, que promoveu a
nossa reconciliação com Deus (Rm 5.1,11). Através dEle somos estimulados a
permanecer firmes na fé (Rm 5.2). Que alegria!
É a presença viva do Espírito Santo em nós que produz essa
certeza (Jo 16.7; Rm 14.17; 15.13). Nada neste mundo é capaz de superar as
vicissitudes da vida como a alegria produzida em nosso coração pelo Senhor (Tg
1.2-4; Rm 5.3). O apóstolo sabia da batalha que os filipenses enfrentavam
contra os falsos mestres. Estes fomentavam heresias capazes de criar dúvidas
quanto à fé. E, por isso, Paulo imperativamente reitera aos filipenses:
“Regozijai-vos sempre, no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos”.
2. Uma alegria cuja fonte é Cristo. A alegria cristã tem
como fonte a pessoa bendita do Senhor Jesus. É por isso que, mesmo em meio às
adversidades sofridas em Filipos, o apóstolo teve grandes experiências de
alegrias espirituais (At 16; cf. 1Ts 2.2). Isso só foi possível pelo fato de
ele conhecer pessoalmente Jesus de Nazaré. Quando o apóstolo foi confrontado
interiormente e pediu a Deus para que fosse tirado o “espinho de sua carne”, o
Senhor lhe respondeu: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa
na fraqueza” (2Co 12.9a). Após esse episódio, Paulo então pôde afirmar: “De boa
vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o
poder de Cristo” (2Co 12.9b).
3. Uma alegria que produz moderação. O texto bíblico
recomenda que a nossa “equidade [deve ser] notória a todos os homens”, pois
“perto está o Senhor” (v.5). Na versão ARA, o termo “equidade” é traduzido como
“moderação”. Ambas as palavras são sinônimas porque dizem respeito à
amabilidade, benignidade e brandura. Levando em conta o contexto de Filipenses,
os termos referem-se à pessoa que nunca usa de retaliação quando é provada ou
ameaçada por causa de sua fé.
O apóstolo Paulo espera dos filipenses autocontrole e não um
comportamento explosivo, próprio de pessoas destemperadas ou sem domínio
próprio. Ele assim o faz, por saber que, aquele que tem a alegria do Senhor no
coração, possui uma disposição amável e honesta para com outras pessoas,
particularmente em relação àquelas inamistosas e más. William Barcklay escreve
que “o homem que tem moderação é aquele que sabe quando não deve aplicar a
letra estrita da lei, quando deve deixar a justiça e introduzir a misericórdia”.
Nada neste mundo é
capaz de superar as vicissitudes da vida como a alegria produzida em nosso
coração pelo Senhor.
III. A SINGULARIDADE DA PAZ DE DEUS (4.6,7)
1. A alegria desfaz a
ansiedade e produz a paz. Além de gerar equidade, a alegria do Senhor desfaz a
ansiedade, pois esta contraria a confiança que afirmamos ter em Deus. Nada pode
tirar a nossa paz, perturbando-nos a mente e o coração. As nossas petições
devem ser feitas humildemente, com ação de graças em reconhecimento à
misericórdia do Senhor (v.6), ao mesmo tempo em que confiamos na providência do
Pai Celeste.
2. Uma paz que excede todo o entendimento. No versículo 7, o
apóstolo fala acerca da “paz de Deus, que excede todo o entendimento”. Ficando
claro que a alegria e a paz são recíprocas entre si. Não há alegria sem paz
interior. Esta é decorrência daquela. Essa paz vem do próprio Jesus: “Deixo-vos
a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá” (Jo 14.27).
Em síntese, a paz de Deus transcende qualquer compreensão
humana, pois não há como discuti-la filosófica ou psicologicamente. Há casos em
que somente a paz de Deus acalma os corações perturbados. É a paz divina que
excede — ultrapassa ou transcende — a todo o entendimento, pois não depende das
circunstâncias.
3. Uma paz que guarda o coração e os sentimentos do crente.
Ainda no versículo 7, lemos que essa paz, dada por Cristo, “guardará os vossos
corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus”. O texto fala de “coração e
sentimento”, cidadelas dos pensamentos e das emoções que experimentamos no
cotidiano.
A paz de Deus é uma espécie de muro em torno de uma casa,
objetivando protegê-la dos perigos externos. Ela torna-se um guarda fiel para o
crente. Que saibamos, em Cristo, ouvir o belo conselho do sábio: “Sobre tudo o
que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da
vida” (Pv 4.23).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A paz divina que o
Senhor nos concede excede a todo o entendimento, pois não depende das
circunstâncias.
CONCLUSÃO
A Carta aos
Filipenses, em sua completude, destaca a alegria do Senhor como uma virtude de
sustentação da vida cristã. Não se trata de alegria passageira ou meramente
emocional. A alegria do Senhor alimenta a nossa alma e produz paz e segurança,
porque essa “paz é como uma sentinela celestial” que nos guarda do mal. Ora, a
alegria também é “fruto do Espírito” (Gl 5.22), pois a presença dela em nós
produz uma vida interior que supera todas as nossas vicissitudes.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ZUCK, R. B. Teologia
do Novo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2008.
RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo
Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2007.
BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL
SUBSÍDIOS
“Alegrai-vos, sempre, no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos” (Fp 4:4)
INTRODUÇÃO
Nesta Aula, iniciaremos o estudo do último capítulo da Carta aos Filipenses. Trataremos acerca das recomendações finais de Paulo à igreja filipense, que era considerada por ele como a alegria e coroa do seu ministério. A alta estima que Paulo tinha a essa igreja fazia com que ele não economizasse no vocabulário, riquíssimo de nobres sentimentos – “ meus amados e mui queridos irmãos, minha alegria e coroa”. Essa igreja nasceu num cenário de muita dificuldade, mas lhe trouxe muitas alegrias. Essa igreja associou-se a Paulo desde o início para socorrê-lo em suas necessidades. Era uma igreja sempre presente e solidária. Paulo agora está fazendo suas últimas recomendações a essa igreja querida, a quem ele chama de "minha alegria e coroa”. É como se Paulo dissesse que os filipenses são a coroa de todas as suas fadigas, esforços e empenhos. Ele era o atleta de Cristo, e eles, a sua coroa.
I. EXORTAÇÃO À ALEGRIA E FIRMEZA DA FÉ (Fp 4:1-3)
“Portanto, meus amados e mui queridos irmãos, minha alegria e coroa, estai assim firmes no Senhor, amados. Rogo a Evódia e rogo a Síntique que sintam o mesmo no Senhor. E peço-te também a ti, meu verdadeiro companheiro, que ajudes essas mulheres que trabalharam comigo no evangelho, e com Clemente, e com os outros cooperadores, cujos nomes estão no livro da vida”.
1. A alegria de Paulo. “Portanto, meus amados e mui queridos irmãos, minha alegria e coroa, estai assim firmes no Senhor, amados”.
Paulo referia-se aos filipenses como sua alegria e coroa, querendo dizer que eles eram sua alegria no tempo presente e serão sua coroa perante o Tribunal de Cristo. Por causa das promessas extraordinárias e certas, exaradas no capítulo anterior, nos versículos 20 e 21, Paulo exorta-os a continuarem “firmes no Senhor”, opondo-se à falsa doutrina e à divisão interna. A igreja estava sendo atacada por falsos mestres e por falta de comunhão. A heresia e a desarmonia atacavam a igreja. Existiam problemas que vinham de dentro e problemas que vinham de fora; problemas doutrinários e relacionais. A igreja estava sendo atacada por fora e por dentro. Diante desses perigos, Paulo exorta a igreja a permanecer firme no Senhor. Paulo encerra o versículo supra com a expressão “amados”. Ele ama de fato os crentes de Filipos, e esse é um dos segredos de sua eficácia na obra do Senhor.
2. A alegria nas relações fraternas. “Rogo a Evódia e rogo a Síntique que sintam o mesmo no Senhor”.
Nem tudo era maravilhoso e perfeito na igreja de Filipos. Ali estava acontecendo algo que é muito comum nestes últimos dias da Igreja – a dissensão, oriunda de problemas de relacionamentos.Evódia e Síntique, eram duas irmãs que ocupavam posição de liderança na igreja, que haviam se esforçado com Paulo no evangelho, mas, agora, estavam em discórdia na igreja. Elas tinham nomes bonitos (Evódia significa “doce fragrância”, e Síntique “boa sorte”), mas estavam vivendo de maneira repreensível. O relacionamento interrompido delas não era um problema pequeno: muitos havia se tornados crentes através de seus esforços (cf Fp 4:3), mas a sua briga estava causando uma dissensão na igreja. Não temos detalhes da causa de sua discórdia (talvez seja bom assim!), mas Paulo rogou a elas que resolvessem a situação. O apóstolo emprega a palavra “rogo” duas vezes, para mostrar que essa exortação é dirigida a uma e outra. Paulo as incentiva que “sintam o mesmo no Senhor”.
É impossível sermos unidos em todas as coisas da vida diária, mas quanto às coisas “no Senhor” é possível reprimir pequenas diferenças a fim de que o Senhor possa ser magnificado e para que sua obra avance.
A fim de resolver a questão, Paulo solicita ajuda de um líder da igreja, que ele não nomeia, para auxiliar essas duas diaconisas da igreja de Filipos, a fim de construírem pontes, em vez de cavar abismos. Precisamos exercer na igreja o ministério da reconciliação, em vez de jogar uma pessoa contra a outra. Precisamos aproximar as pessoas, em vez de afastá-las. A igreja é um corpo, e cada membro desse corpo deve trabalhar em harmonia com os demais para a edificação de todos.
É válido ressaltar que na vida cristã não há comunhão vertical sem comunhão horizontal. Não podemos estar unidos a Cristo e desunidos com os irmãos. A lealdade mútua é fruto da lealdade a Cristo. A irmandade humana é impossível sem o senhorio de Cristo. Ninguém pode estar em paz com Deus e em desavença com os seus irmãos. Por isso, a desunião dos crentes num mundo fragmentado é um escândalo. Devemos ser um povo diferente do mundo ímpio, senão, nossa evangelização é inócua.
3. A alegria de ter os nomes escritos no Livro da Vida. “... cujos nomes estão no livro da vida”.
Há uma realidade celestial acerca da igreja: os nomes de todos os crentes salvos estão registrados no Livro da Vida, e lá no Céu não há divisão. O “Livro” simboliza o conhecimento que Deus tem daqueles que lhe pertencem (cf Lc 10:17-20; 12:8,9; Hb 12:22,23; Ap 3:5; 20:11-15). No Antigo Testamento, ter seu nome escrito no livro da vida se referia ao registro do povo da aliança de Deus (cf Ex 32:32,33; Sl 69:28; 139:16).
É bom conscientizar-nos que a igreja na terra deve ser uma réplica da igreja do Céu. A igreja que seremos deve ensinar a igreja que somos. É contrária à natureza da igreja confessar a unidade no Céu e praticar a desunião na terra. Todos os crentes, lavados no sangue do Cordeiro, têm seus nomes escritos no Livro da Vida e serão introduzidos na cidade. O fato de irmos morar juntos no Céu deveria nos ensinar a viver em harmonia na terra. Pense nisso!
II. A ALEGRIA DIVINA SUSTENTA A VIDA CRISTÃ (Fp 4:4,5)
“Regozijai-vos, sempre, no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos. Seja a vossa equidade notória a todos os homens. Perto está o Senhor”.
1. Alegria permanente no Senhor. “Alegrai-vos, sempre...”.
Paulo diz que devemos nos alegrar sempre. Parece estranho que um homem na prisão estivesse dizendo à igreja para continuar a se alegrar. Mas a atitude de Paulo nos ensina uma lição importante: as nossas atitudes interiores não tem que refletir as nossas circunstâncias exteriores. Paulo estava cheio de alegria porque sabia que, a despeito daquilo que lhe acontecesse, Jesus Cristo permaneceria com ele. Portanto, a alegria do cristão não pode depender das circunstâncias, ou seja, ela é ultracircunstancial. Na verdade, nossa alegria não é ausência de problemas. Não é algo que depende do que está fora de nós. Neste mundo, passamos por muitas aflições, cruzamos vales escuros, atravessamos desertos esbraseados, singramos águas profundas, mas a alegria verdadeira jamais nos falta. Embora os crentes frequentemente enfrentem situações nas quais não podem estar felizes, eles sempre podem se alegrar e se deleitar no Senhor. Temos uma linda promessa: a vida eterna (1João 2:25); isto nos basta!
2. Uma alegria cuja fonte é Cristo. “Alegrai-vos, sempre, no Senhor”.
Nossa alegria é uma Pessoa, o Senhor, e não ausência de problemas. Nossa alegria está centrada em Cristo, ou seja, nossa alegria é cristocêntrica. Quem tem Jesus, experimenta essa verdadeira alegria; quem não tem Jesus, pode ter momentos de alegria, mas não a alegria verdadeira. Quem tem Jesus, tem a alegria; quem não O tem, jamais a experimentou.
3. Uma alegria que produz moderação. “Seja a vossa equidade notória a todos os homens. Perto está o Senhor”.
Aqui, Paulo incentiva os filipenses a fazer conhecida de todos os homens sua moderação. Entendendo melhor, o apóstolo Paulo fala à igreja sobre a necessidade de cuidarmos das nossas atitudes internas e das nossas reações externas. A alegria nem sempre é visível aos outros, mas as ações em relação aos outros são prontamente vistas. Assim, Paulo encorajou os filipenses a deixarem que todos vissem que eles eram atenciosos. Eles deveriam ter um espírito que fosse justo e caridoso. Eles são motivados à alegria e à consideração aos outros, lembrando-se de que o Senhor voltará em breve. A promessa da segunda vinda do Senhor encoraja a conduta cuidadosa de seus seguidores.
Segundo o rev. Hernandes Dias Lopes, a moderação tem que ver com o controle do temperamento. Um crente não pode ser uma pessoa explosiva, destemperada e sem domínio próprio. Suas palavras precisam ser temperadas com sal, as suas atitudes precisam edificar as pessoas, e a sua moderação precisa refletir o caráter de Cristo.
III. A SINGULARIDADE DA PAZ DE DEUS (Fp 4:6,7)
“Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus”.
1. A alegria desfaz a ansiedade e produz a paz. “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças “.
A ansiedade é a maior doença do século. Ela atinge adultos e crianças, doutores e analfabetos, religiosos e ateus.
Será possível ao crente não andar ansioso de coisa alguma? Sim, é possível, visto que temos o recurso da oração da fé. A oração combate a preocupação, permitindo que purguemos aquilo que estiver nos preocupando. A oração é um antídoto à preocupação. A oração e a preocupação não podem coexistir. Disse Paulo: “Antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus”. “Tudo” significa tudo mesmo. Não há nada que seja pequeno demais ou grande demais para o amoroso cuidado de nosso Deus.
Todavia, os crentes não devem colocar de lado as responsabilidades da vida, de forma a não se preocuparem com elas; Paulo estava enfocando as atitudes dos crentes na vida cotidiana e ao enfrentarem oposições e perseguições. Os crentes devem ser responsáveis por suas necessidades, por suas famílias, por cuidar dos outros e se interessar por estes, mas não devem permitir que as preocupações os dominem (Mt 6:25-34).
Preocupar-se é ruim, porque é uma forma sutil de não confiar em Deus. Quando os crentes se preocupam, eles estão dizendo que não confiam que Deus proverá aquilo de que necessitam e duvidam que Ele se importa ou que pode controlar a situação. Veja o caso dos espias (Nm 13:25-30), somente dois confiaram em Deus; os demais não confiaram, por isso, pereceram no deserto juntamente com aqueles que os seguiram. Lembre-se, o deserto é a trajetória do povo de Deus rumo à Canaã. Se não pormos a nossa confiança no Senhor, certamente, sucumbiremos.
Concordo com o rev. Hernandes Dias Lopes quando diz que:
· A ansiedade é o resultado de olharmos para os problemas, em vez de olharmos para Deus. Os crentes de Filipos não estavam vivendo em um paraíso existencial, mas num mundo cercado de perseguições (Fp 1:28). O próprio Paulo estava preso, na antessala do martírio, com os pés na sepultura. Nuvens pardacentas se formavam sobre sua cabeça. Quando olhamos as circunstâncias e os perigos à nossa volta, em vez de olharmos para o Deus que governa as circunstâncias, ficamos ansiosos.
· A ansiedade é o resultado de uma exagerada preocupação com as coisas materiais (Fp 3:19). Aqueles que só se preocupam com as coisas materiais vivem inquietos e desassossegados. Aqueles que põem a sua confiança no dinheiro, em vez de pô-la em Deus, descobrem que a ansiedade, e não a segurança, é a sua parceira.
2. Uma paz que excede todo o entendimento. “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento...”.
A “paz de Deus” é muito mais maravilhosa do que a mente humana pode entender. Se os filipenses levassem ao coração as palavras de Paulo em Fp 4:4-6, então eles transformariam a ansiedade em oração e seriam cheios com a “paz de Deus”. A oração aquieta o nosso interior e muda o mundo ao nosso redor. Por meio dela, nos elevamos a Deus e trazemos o céu à terra.
A ansiedade é um pensamento errado e um sentimento errado, por isso a paz de Deus guarda mente e coração. O mesmo coração que estava cheio de ansiedade, pela oração agora está cheio da “paz de Deus”. Esta paz é diferente da paz do mundo. É a paz que Jesus prometeu aos seus discípulos e a todos aqueles que o seguissem (João 14:27). A verdadeira paz não é encontrada no pensamento positivo, na ausência de conflitos, ou em bons sentimentos; ela vem do conhecimento de que Deus está no controle. Os crentes recebem a paz com Deus quando creem (Rm 5:1), e tem a tranquilidade interior da paz de deus quando andam diariamente com Ele.
3. Uma paz que guarda o coração e os sentimentos do crente. ”... guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus”.
A palavra grega para “guardar” é um termo militar que significa cercar e proteger uma guarnição militar ou uma cidade. Os filipenses, vivendo em uma cidade de guarnição, estavam familiarizados com os guardas romanos que mantinham vigília, guardando a cidade de qualquer ataque externo. A “paz de Deus” é como soldados cercando o coração e a mente de cada crente (isto é, as emoções e os pensamentos), guardando-os contra as forças externas ameaçadoras e destruidoras. Portanto, a “paz de Deus” protege o coração e o pensar. Que tônico maravilhoso para estes dias de neuroses, crises nervosas, tranquilizantes e aflições mentais!
CONCLUSÃO
Com base no que foi exposto nesta Aula, afirmo que alegria do Senhor é uma ordenança, e não uma opção. Ser alegre é um mandamento, e não uma recomendação. Deixar de ser alegre é uma inobediência a uma expressa ordem de Deus. O evangelho trouxe alegria, o Reino de Deus é alegria, o fruto do Espírito é alegria, e a ordem de Deus é "alegrai-vos". Quem tem Jesus tem a alegria da salvação e pode se regozijar em toda e qualquer situação. Na nossa jornada rumo à pátria celestial enfrentamos momentos ruins, mas a alegria concedida pelo Eterno nos dá forças para seguirmos em frente. Talvez você esteja enfrentando momentos difíceis em sua família, no seu trabalho, na sua igreja, no seu ministério; talvez você esteja encarando um luto traumático ou um divórcio ameaçador ou uma dívida inquietante e amedrontadora, mas saiba de uma coisa, Deus nunca abandonou o seu povo no deserto, Ele sempre esteve e está presente. “Perto está o Senhor”. Portanto, não perca a força nem o ânimo, confie no Senhor e permita que a alegria dEle inunde sua alma trazendo paz e esperança.
SOBRE ALEGRIA
FILIPENSES 1.4
ALEGRIA.
A alegria é parte integrante da nossa salvação em Cristo. É paz e
prazer interiores em Deus Pai, Filho e Espírito Santo, e na bênção que flui de
nosso relacionamento com Eles (cf. 2 Co 13.14). Os ensinos bíblicos a respeito
da alegria incluem:
(1) A alegria está associada à salvação que Deus concede em
Cristo (1 Pe 1.3-6; cf. Sl 5.11; 9.2; Is 35.10) e com a Palavra de Deus (Jr
15.16; cf. Sl 119.14).
(2) A alegria flui de Deus como um dos aspectos do fruto do
Espírito (Sl 16.11; Rm 15.13; Gl 5.22). Logo, ela não nos vem automaticamente.
Nós a experimentamos somente à medida que permanecemos em Cristo (Jo 15.1-11).
(3) Nossa alegria se torna maior quando o Espírito Santo nos
transmite um profundo senso da presença e do contato com Deus em nossa vida
(cf. Jo 14.15-21; ver 16.14 nota). Jesus ensinou que a plenitude da alegria
está intimamente ligada à nossa permanência na sua Palavra, à obediência aos
seus mandamentos (Jo 15.7,10,11) e à separação do mundo (Jo 17.13-17).
(4) A alegria, como deleite na presença de Deus e nas
bênçãos da redenção, não pode ser destruída pela dor, pelo sofrimento, pela
fraqueza nem por circunstâncias difíceis (Mt 5.12; At 16.23-25; 2 Co 12.9).
NEEMIAS 8.10 A
ALEGRIA DO SENHOR É A VOSSA FORÇA.
A proclamação da Palavra de Deus, juntamente
com um propósito sincero de obedecer aos seus ensinos, resultará em verdadeira
alegria na alma. Essa "alegria do SENHOR" vem da nossa reconciliação
com Deus e da presença do Espírito em nossa vida. É mantida pela certeza de que
fomos perdoados em Cristo e restaurados à comunhão com Deus, e que agora
vivemos em harmonia com a sua vontade (vv. 10-13; cf. Lc 7.50). Essa alegria
age:
(1) como um forte para nos guardar das aflições e tentações
de todos os dias (cf. Sl 119.165; Gl 5.22; Fp 4.4); e
(2) como poder e motivação para perseverarmos na fé até ao
fim.
SALMO 51.12 TORNA A
DAR-ME A ALEGRIA DA TUA SALVAÇÃO.
O Senhor restaurou a Davi a alegria da
salvação, mas observe-se o seguinte a respeito da sua vida:
(1) As Escrituras ensinam claramente que ceifaremos aquilo
que semearmos: se semearmos no Espírito, do Espírito ceifaremos a vida eterna;
se semearmos na carne, da carne ceifaremos a corrupção (Gl 6.7,8). Davi, em
virtude do seu pecado, sofreu conseqüências até o fim, na sua própria vida, na
sua família e no seu reino (2 Sm 12.1-14).
(2) As terríveis conseqüências do pecado de Davi, mesmo
depois da sua sincera confissão e arrependimento, devem suscitar em todos os
filhos de Deus um santo temor de pecar deliberadamente em aberta rebelião
contra a redenção provida para eles em Jesus Cristo (ver 2 Sm 12 nota).
SALMO 126.5,6 OS QUE
SEMEIAM EM LÁGRIMAS SEGARÃO COM ALEGRIA.
O quebrantamento de coração e a
constante semeadura em oração contrita trarão da parte de Deus as bênçãos da
renovação, do avivamento e de operação de milagres (cf. Mt 5.4; 2 Co 9.6). O
crente tem a certeza de que aquilo que hoje semeia com zelo será grandemente
abençoado por Deus no futuro. Vamos, portanto, semear para Deus a fidelidade, a
santidade e a intercessão, mesmo sofrendo, se for o caso, pois sabemos que
teremos uma grande colheita de bênçãos divinas (cf. Jr 31.9).
ISAIAS 24.14 ESTES
ALÇARÃO A SUA VOZ E CANTARÃO.
Os santos e fiéis a Deus regozijar-se-ão e o
glorificarão quando virem a destruição do presente sistema corrompido de
governo em geral. Deleitar-se-ão na derrota do pecado e do mal (ver Ap 18.20,
onde os anjos e os crentes são ordenados a regozijar-se no justo juízo de Deus
contra o domínio de Satanás e a iniqüidade da raça humana).
JEREMIAS 15.16 TUAS
PALAVRAS... GOZO E ALEGRIA DO MEU CORAÇÃO. Jeremias era diferente do povo, de
duas maneiras peculiares.
(1) Amava a Palavra do Senhor; era alegria e deleite para o
seu coração. Um sinal evidente de que somos filhos de Deus é um amor intenso à
Palavra de Deus (ver Sl 119).
(2) Permaneceu afastado das práticas pecaminosas dos ímpios
(v. 17). O isolamento e a solidão que Jeremias sofreu foi o preço que teve de
pagar pela lealdade a Deus e à sua justiça (cf. Sl 26.3-5)
Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD – Assembleia de Deus – Ministério Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Comentário Bíblico popular (Novo Testamento) - William Macdonald.
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
O Novo Dicionário da Bíblia – J.D.DOUGLAS.
Comentário Bíblico NVI – EDITORA VIDA.
Revista Ensinador Cristão – nº 55 – CPAD.
Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal.
Filipenses – A alegria triunfante no meio das provas – Rev. Hernandes Dias Lopes.
BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL
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