Seguidores

segunda-feira, 15 de julho de 2013

O COMPORTAMENTO DOS SALVOS EM CRISTO - LIÇÃO 03 COM SUBSÍDIOS


LIÇÃO DO 3º TRIMESTRE DE 2013
O COMPORTAMENTO DOS SALVOS EM CRISTO

Data: 21/07/2013.                          


TEXTO ÁUREO
 “Somente deveis portar-vos dignamente conforme o evangelho de Cristo, para que, quer vá e vos veja, quer esteja ausente, ouça acerca de vós que estais num mesmo espírito, combatendo juntamente com o mesmo ânimo peia fé do evangelho” (Fp 1.27).

LEITURA DIÁRIA
Segunda  - Fp 1.27-30 - Um chamado ao Evangelho.
Terça  - Fp 2.1-4 - Um chamado à unidade.
Quarta  - Jo 10.7-18 - O chamado do Bom Pastor.
Quinta - Sl 15 - Um chamado à santidade
Sexta   - Hb 4.14-16 - Um chamado a confiar em Cristo
Sábado  - 1 Co 12.12  - Em Jesus somos um

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Filipenses 1,27-30; 2.1-4
Filipenses 1
27 - Somente deveis portar-vos dignamente conforme o evangelho de Cristo, para que, quer vá e vos veja, quer esteja ausente, ouça acerca de vós que estais num mesmo espírito, combatendo juntamente com o mesmo ânimo pela fé do evangelho.
28 - E em nada vos espanteis dos que resistem, o que para eles, na verdade, é indício de perdição, mas, para vós, de salvação, e isto de Deus.
29 - Porque a vós vos foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele,
30 - tendo o mesmo combate que já em mim tendes visto e, agora, ouvis estar em mim.
Filipenses 2
1 - Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor; se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões,
2 - completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa.
3 - Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.
4 - Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros.

INTERAÇÃO
O crente é salvo pela graça, mediante a fé em Jesus. Este dom veio de Deus e não do próprio crente (Ef 2.8). O apóstolo Paulo faz questão de lembrar essa verdade eterna aos efésios para que eles não caíssem na sandice de gloriarem-se nas próprias obras. As obras são o resultado da salvação e não a causa dela. As Escrituras ensinam que é inimaginável um salvo em Cristo não manifestar obras de arrependimento e amor ao próximo Jo 15), pois do contrário, ele não seria discípulo de Jesus. Por isso, estude a tição desta semana com o viés do Evangelho que diz respeito a nossa conduta para com a sociedade, levando em conta que não nos comportaremos dignamente perante aos homens para sermos salvos, mas porque o somos pela graça de Deus, o nosso Senhor

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Compreender as características comportamentais de um cidadão do céu.
Contextualizar o comportamento digno do crente ante uma posição oposta.
Promover a unidade da igreja.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, as palavras por si mesmas falam muito. Talvez haja pessoas em sua classe que não estejam familiarizadas com os termos “consolação de amor”, “entranháveis afetos e compaixões”, “mesmo amor", “foco no outro como em si mesmo”. Note a força semântica apresentada pelo apóstolo Paulo no uso dessas expressões! A nossa sugestão é que você, munido de bons comentários bíblicos, enfatize o uso das expressões acima no tópico III da lição. Explique que a melhor maneira de conduzirmo-nos dignamente perante a sociedade é amando, pois “quem ama aos outros cumpriu a lei” (Rm 1 3.8).

PALAVRA-CHAVE
Comportamento: Conjunto de atitudes e reações do indivíduo em face do meio social.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nesta lição, aprenderemos que muitas são as circunstâncias adversas que tentam enfraquecer o compromisso do crente com o Evangelho de Cristo.
Veremos que o testemunho do cristão é testado tanto pelos de fora (sociedade) quanto pelos de dentro (igreja). Todavia, a Palavra do Senhor nos conclama a nos portarmos dignamente diante de Deus e dos homens.

I - O COMPORTAMENTO DOS CIDADÃOS DO CÉU (1.27)
1. O crente deve “portar-se dignamente”. “Somente deveis portar-vos dignamente conforme o evangelho de Cristo" (v.27), A palavra-chave desta porção bíblica é dignamente. Este termo sugere a figura de uma balança com dois pratos, onde o fiel da pesagem determina a medida exata daquilo que está sendo avaliado. Em síntese, precisamos de firmeza e equilíbrio em nossa vida cotidiana, pois esta deve harmonizar-se à conduta do verdadeiro cidadão dos céus.

2. Para que os outros vejam. O apóstolo Paulo deseja estar seguro de que os filipenses estão preparados para enfrentar os falsos obreiros que, sagazmente, intentam desviá-los de Cristo. Por isso fala do fato de estando ou não entre os filipenses, quer ouvir destes que estão num “mesmo espírito, combatendo juntamente com o mesmo ânimo pela fé do evangelho” (v.27).

3. A autonomia da vida espiritual. Os filipenses teriam de desenvolver uma vida espiritual autônoma em Jesus, pois o apóstolo nem sempre estaria com eles. Diante da sociedade que os cercava, Paulo esperava dos filipenses uma postura firme, mas equilibrada. Naquele momento a sociedade caracterizava-se por uma filosofia mundana e idólatra, na qual o imperador era o centro de sua adoração. Quantas vezes somos desafiados diante das vãs filosofias e modismos produzidos em nosso meio? O Senhor nos chama a ser firmes e equilibrados, testemunhando aos outros como verdadeiros cidadãos do céu.

SINOPSE DO TÓPICO (1)
O comportamento de um cidadão do céu reflete a autonomia espiritual que o crente deve apresentar no relacionamento com o outro.

II - O COMPORTAMENTO ANTE A OPOSIÇÃO (1.28-30)
1. O ataque dos falsos obreiros. A resistência ao Evangelho vinha através de pregadores que negavam a divindade de Cristo e os valores ensinados pelos apóstolos. Paulo, porém, exorta os crentes de Filipos quanto à postura que deveriam adotar em relação a tais falsos obreiros (v.28).

2. O objetivo dos falsos obreiros. Os falsos obreiros queriam intimidar os cristãos sinceros. Eles aproveitavam a ausência de Paulo e de seus auxiliares para influenciar o pensamento dos filipenses e, assim, afastá-los da santíssima fé. Por isso, o apóstolo adverte para que os filipenses não se espantassem. De igual modo, não devemos temer os que torcem a sã doutrina. Guardemos a fé e falemos com verdade e mansidão aos que resistem a Palavra de Deus (1 Pe 3.15).

3. Padecendo por Cristo. A Teologia da Prosperidade rejeita por completo a ideia do sofrimento, No entanto, a Palavra de Deus não apenas contradiz essa heresia, mas desafia o crente a sofrer por Cristo. É um privilégio para o cristão padecer por Jesus (v.29). Paulo compreendia muito bem esse assunto, pois as palavras de Cristo através de Ananias cumpriram-se literalmente em sua vida (At 9.16). Por isso, os crentes filipenses aprenderam com o apóstolo que o sofrimento, por Cristo, deve ser enfrentado com coragem, perseverança e alegria no Espírito. Aprendamos, pois, com os irmãos filipenses.

SINOPSE DO TÓPICO (2)
O cidadão do céu enfrentará ataques de cristãos não comprometidos com o Evangelho, por isso, ele deve estar cônscio que o seu chamado é o de padecer por Cristo.

III - PROMOVENDO A UNIDADE DA IGREJA (2.1-4)
1. O desejo de Paulo peia unidade. Depois de encorajar a igreja em Filipos a perseverar no Evangelho, o apóstolo começa a tratar da unidade dos crentes. Como a Igreja manterá a unidade se os seus membros forem egoístas e contenciosos? Este era o desafio do apóstolo em relação aos filipenses. Para iniciar o argumento em favor da unidade cristã, o apóstolo utiliza vocábulos carregados de sentimentos afetuosos nos dois primeiros versículos (2.1,2). Tais palavras opõem-se radicalmente ao espírito sectário e soberbo que predominava em alguns grupos da congregação de Filipos:

a) Consolação de amor; comunhão no Espírito e entranháveis afetos e compaixões. Cristo é o assunto fundamental dos filipenses. Por isso, a sua experiência deveria consistir na consolação mútua no amor de Deus e na comunhão do Espírito Santo, refletindo a ternura e a compaixão dos crentes entre si (cf. At 2.42ss.).

b) Mesmo amor, mesmo ânimo e sentindo uma mesma coisa. Quando o afeto permeia a comunidade, temos condições de viver a unidade do amor no Espírito Santo. O apóstolo Paulo “estimula os filipenses a se amarem uns aos outros, porque todos têm recebido este mesmo amor de Deus” (Comentário Bíblico Pentecostal, p,1290). Consolidada a unidade, a comunhão cristã será refletida em todas as coisas.

2. O foco no outro como em si mesmo. Vivemos numa sociedade tão individualista que é comum ouvirmos jargões como este: “Cada um por si e Deus por todos”. Mas o ensinamento paulino desconstrói tal ideia. O apóstolo convoca os crentes de Filipos a buscar um estilo de vida oposto ao egoísmo e ao sectarismo dos inimigos da cruz de Cristo (2.3). No lugar da prepotência, deve haver humildade; no lugar da autossuficiência, temos de considerar os outros superiores a nós mesmos.

3. Não ao individualismo. Paulo ainda adverte: “Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros” (v.4). Esta atitude remonta a um dos ensinos mais basilares do Evangelho: “ama o teu próximo como a ti mesmo” (Mc 12.31; cf. At 2.42-47). Isto “rememora o exemplo de Paulo, de colocar as necessidades dos filipenses em primeiro lugar (escolhendo permanecer com eles, 1.25) e de procurar seguir o exemplo de Cristo de não sentir que as prerrogativas da divindade sejam ‘algo que deva ser buscado1 para os seus próprios propósitos” (Comentário Bíblico Pentecostal, p.1291).

SINOPSE DO TÓPICO (3)
O cidadão do céu deve ter o foco no outro como o tem em si mesmo. Ali, não deve haver (ugar para o individualismo.

CONCLUSÃO
Com a ajuda do Espírito Santo, podemos superar tudo aquilo que rouba a humildade e o relacionamento sadio entre nós. O Espírito ajuda-nos a evitar o partidarismo, o egoísmo e a vanglória (G1 5.26). Ele produz em nosso coração um sentimento de amor e respeito pelos irmãos da fé (Fp 2.4). A unidade cristã apenas será possível quando tivermos o sentimento que produz harmonia, comunhão e companheirismo: o amor mútuo. O nosso comportamento como cidadãos dos céus deve ser conhecido pela identidade do amor (jo 13.35).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
“O Comportamento à Luz da Experiência Cristã
[...] Paulo desafia seus ouvintes a tornarem a sua alegria completa. A ideia que está por trás de fazer algo completo é trazer isto à sua realização ou ao objetivo final. Em Filipenses, Paulo observa que experimentou a alegria no sofrimento, a alegria de ser lembrado pelos filipenses por ocasião de sua necessidade, e a alegria pelo evangelho ser pregado. Para ele, a alegria completa é que a igreja, que é a comunidade redimida, viva a realidade do evangelho.

Depois de rogar aos filipenses que compartilhassem a experiência da salvação, Paulo desafia-os a refletir várias qualidades em suas vidas (vv. 2b-4), todas aquelas que dependam ou aumentem a primeira: ‘sentindo uma mesma coisa' (v.2b). Esta expressão indica muito mais do que compartilhar pensamentos ou opiniões comuns; denota o completo processo de pensamentos e emoções de uma pessoa, que estão intimamente refletidos na maneira de viver, pois ambos estavam ligados como se fossem uma única característica.
Uma característica de boa consciência é que os cristãos deveriam ter ‘o mesmo amor’ uns para com os outros. Paulo estimula os filipenses a amarem-se uns aos outros, porque todos têm recebido este mesmo amor de Deus (2.1)” (ARRINCTON, French L.; STRONS- TAD, Roger (Eds). Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 4. ed. Vol. 2 Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p.486).

AUXILIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Vida Cristã
“PONTO DE VISTA DE UMA BANHEIRA QUENTE
Antes, eu pensava em banheira quente como algo reservado a hedonistas em Hollywood, e sibaritas em San Francisco; agora sei que, sob certas circunstâncias, a banheira quente é o símbolo perfeito da rota moderna da religião. A experiência da banheira quente é voluptuosa, relaxante, lânguida, - não de um modo exigente, seja intelectualmente ou de outra forma, mas muito, muito agradável, a ponto de ser excelente diversão. Muita gente hoje quer que o cristianismo seja assim, trabalham para que o seja. O último passo, claro, seria tirar os assentos da igreja e, em seu lugar, instalar banheiras quentes, então não mais haveria qualquer problema com a frequência. Entrementes, muitas igrejas, evangelistas, e pregadores eletrônicos já estão oferecendo ocasiões que, sentimos, são a coisa mais próxima da banheira quente - a saber: reuniões alegres e livres de cuidados, momentos de real diversão para todos, [...] Esta espécie de religião projeta a felicidade na forma de um bem-vindo caloroso a todos quantos sintonizam ou vêm visitar; um coro aquecido com uma música sentimental balançante; o uso de palavras ardentes e massageadoras em orações e pregações; e um arrebol vespertino cálido e animado (outro toque da banheira quente). À indagação, ‘Onde está Deus5, a resposta que estas ocasiões geralmente projetam, não importa o que seja dito, é: ‘No bolso do pregador’. Calmamente, certamente, mas... isto é fé? Adoração? Culto a Deus? É religiosidade o nome verdadeiro deste jogo? [...]


Os sintomas da religião banheira quente, hoje, incluem um índice fragorosamente crescente de divórcio entre os cristãos; tolerância largamente difundida das aberrações sexuais; um sobrenaturalismo, que busca sinais, maravilhas, visões, profecias e milagres; xaropes calmantes, de pregadores eletrônicos e de púlpitos liberais; sentimentalismo anti-intelectual e ‘picos’ emocionais deliberadamente cultivados, o equivalente cristão da maconha e da cocaína; e uma fácil e irrefletida aceitação da luxúria no viver diário. Esta não é uma tendência saudável. Ela faz a Igreja parecer-se com o mundo, levada peio mesmo apetite desarrazoado pelo prazer temperado com magia. Desta forma, eles minam a credibilidade do evangelho da nova vida. Se esta tendência for revertida, uma nova organização de referência terá de ser estabelecida. Para esta tarefa, portanto, movemo-nos agora para onde as Escrituras nos guiam” (PACKER, J. I. O Plano de Deus Para Você. l. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.54,68,69).


SUBSÍDIOS
FILIPENSES  1.27 NUM MESMO ESPÍRITO.
(1) A verdadeira essência da unidade do Espírito consiste em viver de modo digno (cf. Ef 4.1-3),

(2) permanecendo firme num só espírito e propósito (cf. Ef 4.3),

(3) combatendo lado a lado como guerreiros pela propagação e defesa do evangelho, segundo a revelação apostólica (v. 17; cf. Ef 4.13-15) e

(4) defendendo juntamente a verdade do evangelho contra aqueles que são "inimigos da cruz de Cristo" (3.18).

(5) Observemos que "espírito", aqui, tem o sentido de disposição mental, ânimo, zelo, propósito, dedicação, diligência e não o espírito humano em si.

FILIPENSES  2.3 POR HUMILDADE. 
Devido ao egocentrismo inato do homem caído, o mundo não tem em alta estima a humildade e a modéstia. A Bíblia, no entanto, com seu conceito teocêntrico do homem e da salvação, atribui máxima importância à humildade.
(1) A humildade bíblica subentende a consciência das nossas fraquezas e a decisão de atribuir de imediato todo crédito Deus e ao próximo, por aquilo que realizamos (Jo 3.27; 5.19; 14.10; Tg 4.6).

(2) Devemos ser humildes porque somos simples criaturas (Gn 18.27);
(a) somos pecaminosos à parte de Cristo (Lc 18.9-14) e
(b) não podemos jactar-nos de nada (Rm 7.18; Gl 6.3),
(c) a não ser no Senhor (2 Co 10.17).

Logo, dependemos de Deus para nosso valor e para nossa frutificação, e não podemos realizar nada de valor permanente sem a ajuda de Deus e do próximo (Sl 8.4,5; Jo 15.1-16).

(3) A presença de Deus acompanha aqueles que andam em humildade (Is 57.15; Mq 6.8).
(a) Maior graça é dada aos humildes, mas Deus resiste aos soberbos (Tg 4.6; 1 Pe 5.5).
(b) Os mais zelosos filhos de Deus servem "ao Senhor com toda a humildade" (At 20.19).

(4) Como crentes, devemos viver em humildade uns para com os outros, considerando-os superiores a nós mesmos (cf. Rm 12.3).

(5) O oposto da humildade é a soberba, um senso exagerado da importância e da auto-estima da pessoa que confia no seu próprio mérito, superioridade e realizações. A tendência inevitável da natureza humana e do mundo é sempre à soberba, e não à humildade (1 Jo 2.16; cf. Is 14.13,14; Ez 28.17; 1 Tm 6.17).

O RELACIONAMENTO ENTRE O CRENTE E O MUNDO
1Jo 2.15,16 “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai,  mas do mundo.”

A palavra “mundo” (gr. kosmos) freqüentemente se refere ao vasto sistema de vida desta era, fomentado por Satanás e existente à parte de Deus. Consiste não somente nos prazeres obviamente malignos, imorais e pecaminosos do mundo, mas também se refere ao espírito de rebelião que nele age contra Deus, e de resistência ou indiferença a Ele e à sua revelação. Isso ocorre em todos os empreendimentos humanos que não estão sob o senhorio de Cristo. Na presente era, Satanás emprega as idéias mundanas de moralidade, das filosofias, psicologia, desejos, governos, cultura, educação, ciência, arte, medicina, música, sistemas econômicos, diversões, comunicação de massa, esporte, agricultura, etc, para opor-se a Deus, ao seu povo, à sua Palavra e aos seus padrões de retidão (Mt 16.26; 1Co 2.12; 3.19; Tt 2.12; 1Jo 2.15,16; Tg 4.4; Jo 7.7; 15.18,19; 17.14 ).

Por exemplo, Satanás usa a profissão médica, para defender e promover a matança de seres humanos nascituros; a agricultura para produzir drogas destruidoras da vida, tais como o álcool e os narcóticos; a educação, para promover a filosofia ímpia humanista; e os meios de comunicação em massa, para destruir os padrões divinos de conduta. Os crentes devem estar conscientes de que, por trás de todos os empreendimentos meramente humanos, há um espírito, força ou poder maligno que atua contra Deus e a sua Palavra. Nalguns casos, essa ação maligna é menos intensa; noutros casos, é mais. Finalmente, o “mundo” também inclui todos os sistemas religiosos originados pelo homem, bem como todas as organizações e igrejas mundanas, ou mornas.

(1) Satanás (ver Mt 4.10,) é o deus do presente sistema mundano (ver Jo 12.31; 14.30; 16.11; 2Co 4.4; 5.19). Ele o controla juntamente com uma hoste de espíritos malignos, seus subordinados (Dn 10.13; Lc 4.5-7; Ef 6.12,13;).

(2) Satanás tem o mundo organizado em sistemas políticos, culturais, econômicos e religiosos que são inatamente hostis a Deus e ao seu povo (Jo 7.7; 15.18,19; 17.14; Tg 4.4; 2.16) e que se recusam a submeter-se à sua verdade, a qual revela a iniqüidade do mundo (Jo 7.7).

(3) O mundo e a igreja verdadeira são dois grupos distintos de povo. O mundo está sob o domínio de Satanás (ver Jo 12.31); a igreja pertence exclusivamente a Deus (Ef 5.23,24; Ap 21.2;). Por isso, o crente deve separar-se do mundo.

(4) No mundo, os crentes são forasteiros e peregrinos (Hb 11.13; 1Pe 2.11).
(a) Não devem pertencer ao mundo (Jo 15.19),
(b) não se conformar com o mundo (ver Rm 12.2),
(c ) não amar o mundo (2.15),
(d) vencer o mundo (5.4),
(e) odiar a iniqüidade do mundo (ver Hb 1.9),
(f) morrer para o mundo (Gl 6.14) e
(g) ser libertos do mundo (Cl 1.13; Gl 1.4).
(h) Amar o mundo (cf. 2.15) corrompe nossa comunhão com Deus e leva à destruição espiritual. É impossível amar o mundo e ao Pai ao mesmo tempo (Mt 6.24; Lc 16.13; ver Tg 4.4 ).
(i) Amar o mundo significa estar em estreita comunhão com ele e dedicar-se aos seus valores, interesses, caminhos e prazeres. Significa ter prazer e satisfação naquilo que ofende a Deus e que se opõe a Ele (ver Lc 23.35). Note, é claro, que os termos “mundo” e “terra” não são sinônimos; Deus não proíbe o amor à terra criada, i.e., à natureza, às montanhas, às florestas, etc.

(5) De acordo com 2.16, três aspectos do mundo pecaminoso são abertamente hostis a Deus: (a) “A concupiscência da carne”, que inclui os desejos impuros e a busca de prazeres pecaminosos e a gratificação sensual (1Co 6.18; Fp 3.19; Tg 1.14).
(b) “A concupiscência dos olhos”, que se refere à cobiça ou desejo descontrolado por coisas atraentes aos olhos, mas proibidas por Deus, inclusive o desejo de olhar para o que dá prazer pecaminoso (Êx 20.17; Rm 7.7). Nesta era moderna, isso inclui o desejo de divertir-se contemplando pornografia, violência, impiedade e imoralidade no teatro, na televisão, no cinema, ou em periódicos (Gn 3.6; Js 7.21; 2 Sm 11.2; Mt 5.28).
(c) “A soberba da vida”, que significa o espírito de arrogância, orgulho e independência auto-suficiente, que não reconhece Deus como Senhor, nem a sua Palavra como autoridade suprema. Tal pessoa procura exaltar, glorificar e promover a si mesma, julgando não depender de ninguém (Tg 4.16).

(6) O crente não deve ter comunhão espiritual com aqueles que vivem o sistema iníquo do mundo (ver Mt 9.11; 2Co 6.14),
(a) deve reprovar abertamente o pecado deles (Jo 7.7; Ef 5.11),
(b) deve ser sal e luz do mundo para eles (Mt 5.13,14),
(c ) deve amá-los (Jo 3.16), e
(d) deve procurar ganhá-los para Cristo (Mc 16.15; Jd 22,23).

(7) Da parte do mundo, o verdadeiro cristão terá:
(a)  tribulação (Jo 16.33),
(b) ódio (Jo 15.19),
(c) perseguição (Mt 5.10-12) e
(d) sofrimento em geral (Rm 8.22,23; 1Pe 2.19-21).
Satanás, usando as atrações do mundo, faz um esforço incessante para destruir a vida de Deus dentro do cristão (2Co 11.3; 1Pe 5.8).

(8) O sistema deste mundo é temporário e será destruído por Deus (Dn 2.34,35, 44; 2Ts 1.7-10; 1Co 7.31; 2Pe 3.10; Ap 18.2).

A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE
2Co 6.17,18 “Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso”.
O conceito de separação do mal é fundamental para o relacionamento entre Deus e o seu povo. Segundo a Bíblia, a separação abrange duas dimensões, sendo uma negativa e outra positiva:

(a) a separação moral e espiritual do pecado e de tudo quanto é contrário a Jesus Cristo, à justiça e à Palavra de Deus;

(b) acercar-se de Deus em estreita e íntima comunhão, mediante a dedicação, a adoração e o serviço a Ele.

(1) No AT, a separação era uma exigência contínua de Deus para o seu povo (Lv 11.44; Dt 7.3 nota; Ed 9.2). O povo de Deus deve ser santo, diferente e separado de todos os outros povos, a fim de pertencer exclusivamente a Deus. Uma principal razão por que Deus castigou o seu povo com o desterro na Assíria e Babilônia foi seu obstinado apego à idolatria e ao modo pecaminoso de vida dos povos vizinhos (ver 2Rs 17.7,8; 24.3; 2Cr 36.14; Jr 2.5, 13; Ez 23.2; Os 7.8).

(2) No NT, Deus ordenou a separação entre o crente e: 
(a) o sistema mundial corrupto e a transigência ímpia (Jo 17.15,16; 2Tm 3.1-5; Tg 1.27; 4.4); (b) aqueles que na igreja pecam e não se arrependem de seus pecados (Mt 18.15-17; 1Co 5.9-11; 2Ts 3.6-15); e 
(c) os mestres, igrejas ou seitas falsas que aceitam erros teológicos e negam as verdades bíblicas (ver Mt 7.15; Rm 16.17; Gl 1.9 ; Tt 3.9-11; 2Pe 2.17-22; 1Jo 4.1; 2Jo 10,11; Jd vv.12,13).

(3) Nossa atitude nessa separação do mal, deve ser de; 
(a) ódio ao pecado, à impiedade e à conduta de vida corrupta do mundo (Rm 12.9; Hb 1.9; 1Jo 2.15), 
(b) oposição à falsa doutrina (Gl 1.9), 
(c) amor genuíno para com aqueles de quem devemos nos separar (Jo 3.16; 1Co 5.5; Gl 6.1; cf. Rm 9.1-3; 2Co 2.1-8; 11.28,29; Jd v. 22) e 
(d) temor de Deus ao nos aperfeiçoarmos na santificação (7.1).

(4) Nosso propósito na separação do mal, é que nós, como o povo de Deus, 
(a) perseveremos na salvação (1Tm 4.16; Ap 2.14-17), 
(b) na fé (1Tm 1.19; 6.10, 20,21) e
(c ) na santidade (Jo 17.14-21; 2Co 7.1); 
(d) vivamos inteiramente para Deus como nosso Senhor e Pai (Mt 22.37; 2Co 6.16-18) e 
(e) convençamos o mundo incrédulo da verdade e das bênçãos do evangelho (Jo 17.21; Fp 2.15). 

(5) Quando corretamente nos separarmos do mal, o próprio Deus nos recompensará, acercando-se de nós com sua proteção, sua bênção e seu cuidado paternal. Ele promete ser tudo o que um bom Pai deve ser. Ele será nosso Conselheiro e Guia; Ele nos amará e de nós cuidará como seus próprios filhos (6.16-18).

(6) O crente que deixa de separar-se da prática do mal, do erro, da impureza, o resultado inevitável será a perda da sua comunhão com Deus (6.16), da sua aceitação pelo Pai (6.17), e de seus direitos de filho (6.18; cf. Rm 8).



O COMPORTAMENTO DO POVO DE DEUS NO VELHO TESTAMENTO
JEREMIAS 2.5 PARA SE AFASTAREM DE MIM?
(1) Israel virou as costas para Deus, mas Deus permaneceu fiel ao seu povo.
(2) Todo crente enfrenta a mesma tentação de se esquecer da bondade de Deus e sua salvação, quando andam segundo sua vontade, e nos prazeres pecaminosos do mundo.

JEREMIAS  2.13 FEZ DUAS MALDADES.
O povo de Deus do antigo concerto cometeu dois pecados principais:
(1) abandonaram o Senhor (cf. 17.13; Sl 36.9; Jo 10.10), e
(2) buscaram vida e prazer nas coisas do mundo. Ao agirem assim, abdicaram do seu propósito e destino como povo redimido (v. 11). A verdadeira água viva (cf. Jo 4.10-14; 7.37-39) está na comunhão pessoal com Deus, por meio de Cristo.

OSEIAS  7.8 COM OS POVOS SE MISTURA.
(1) Os israelitas haviam entrado em estreita comunhão com os incrédulos, e adotado muitos de seus costumes.
(2) Como resultado, passaram a ser tão inúteis quanto um pão queimado de um lado, e cru do outro. É verdade que Deus chama os crentes a testemunharem aos perdidos e ajudá-los no que possam.
(3) No entanto, não devem manter comunhão com o mundo, pois correm o risco de adotar os seus costumes e atitudes, voltando ao pecado e distanciando-se de Deus (cf. Jd 23;)

DEUTERONOMIO  7.3 NEM TE APARENTARÁS COM ELAS.
(1) Qualquer convívio íntimo ou afinidade do crente com o descrente acabará destruindo a separação e a santidade do povo de Deus.
(2) É o caso do casamento misto, do crente com o incrédulo, ou amizade íntima com incrédulos, que podem desviar o crente de seguir a Deus (v. 4).

ESDRAS  9.2 TOMARAM DAS SUAS FILHAS PARA SI.
(1) Quando Esdras chegou a Jerusalém, descobriu que muitos dos israelitas, inclusive sacerdotes, levitas e governantes, tinham se casado com mulheres idólatras e praticavam as abominações e impurezas dos pagãos (vv. 1,2,11).
(2) O casamento com ímpios foi terminantemente proibido na lei de Moisés (Êx 34.11-16; Dt 7.1-4; cf. Sl 106.35). O NT, da mesma forma, proíbe o povo de Deus da nova aliança, casar-se com incrédulos (1 Co 7.39; cf. 2 Co 6.14).

OSEIAS  7.13-16 FUGIRAM DE MIM.
(1) Os israelitas rebelaram-se contra Deus, ao se recusarem a confiar nEle como o único que os podia ajudar. Criam que o Egito e a Assíria ofereciam mais segurança do que o Senhor Deus (v. 11).
(2) Hoje, as pessoas cometem o mesmo pecado, quando procuram a realização pessoal através dos bens  materiais, da profissão e dos prazeres mundanos. A plenitude da vida somente pode ser encontrada na vontade e Palavra de Deus.

2REIS  17.7 OS FILHOS DE ISRAEL PECAREM CONTRA O SENHOR, SEU DEUS.
Nos versículos 7-41, o Espírito Santo cita as razões teológicas e morais por que Deus levou a efeito a ruína do seu povo redimido segundo o concerto e o removeu de diante da sua face (v. 18).
(1) Os israelitas esqueceram-se do amor e da graça de Deus, manifestos na sua redenção do Egito (v. 7).
(2) Serviam aos deuses dos povos pagãos em derre-dor, imaginando que obteriam sucesso, bem-estar e orientação (vv. 7,12,17; ver Cl 3.5).
(3) Adotaram os costumes e modos de vida do mundo ímpio (vv. 8-11,15-17).
(4) Rejeitaram os profetas de Deus com sua mensagem de retidão (vv. 13-15; cf. At 7.51).
(5) Rebelaram-se abertamente contra a revelação escrita de Deus e seu concerto (vv. 13-16).
(6) Entregaram-se ao espiritismo e a todos os tipos de imoralidade (vv. 9.15-17). Essa mensagem adverte a todo o povo de Deus do novo concerto (1 Co 10.1-12).
(7) Deus removerá do seu reino todos aqueles (tanto indivíduos como igrejas) que deixarem de permanecer fielmente na sua Palavra e no seu amor.
(8) Os resultados de abandonar a Deus são o castigo, a ruína, o sofrimento e a rejeição final (cf. Ap 2.5; 3.15,16).

2REIS  17.8 ANDARAM NOS ESTATUTOS DAS NAÇÕES.
(1) Israel aceitou, com facilidade, os modos e padrões de vida dos povos que não conheciam a Deus.
(2) Embora a separação entre Israel e as demais nações fosse uma das exigências fundamentais de Deus para o seu povo (Lv 18.3,30; Dt 12.29-31; 18.9-14), Israel, muito pelo contrário, foi adotando os costumes pagãos daquelas nações em derredor.
(3) Conformar-se com o modo mundano de viver é um dos grandes perigos que o povo de Deus enfrenta em cada geração e cultura (Rm 12.2).

2CRONICAS  36.14 AUMENTAVAM DE MAIS EM MAIS AS TRANSGRESSÕES, SEGUNDO TODAS AS ABOMINAÇÕES DOS GENTIOS.
(1) O pecado mais comum do povo de Deus, no decurso da história da redenção, tem sido o de deixar de manter-se separado do povo ímpio ao seu redor; da sociedade ímpia em geral.
(2) Ao invés de recusar os costumes e modos de vida imorais dos ímpios, quase sempre o povo de Deus deixa-se atrair e conformar-se à cultura no meio da qual ele habita. Os que assim fazem, revelam sua infidelidade a Deus e daí, profanam a Casa do Senhor (ver 2 Rs 24.3).
(3) A triste conseqüência disso é a destruição do povo de Deus e das suas famílias, por se conformarem com os modos ímpios do mundo (vv. 5-21; ver Rm 12.2)

LEVITICO  11.44 SEREIS SANTOS. As instruções no tocante ao alimento puro e impuro (i.e., apropriado e impróprio) (cap. 11) foram dadas, segundo parece, por motivos de saúde; mas também são padrões para ajudar Israel a permanecer como um povo separado da sociedade ímpia ao seu derredor (cf. Dt 14.1,2). Essas instruções sobre alimentos já não são obrigatórias para o crente do NT, posto que Cristo cumpriu o significado e o propósito delas (cf. Mt 5.17; 15.1-20; At 10.14,15; Cl 2.16; 1 Tm 4.3). Contudo, os princípios inerentes nessas instruções continuam válidos hoje.
(1) O cristão hodierno deve diferir da sociedade em derredor quanto a comer, beber e vestir-se, de tal modo que glorifiquem a Deus no seu corpo (cf. 1 Co 6.20; 10.31) e pela rejeição de todos os costumes pecaminosos sociais dos ímpios. O crente precisa ser "santo em toda a vossa maneira de viver" (1 Pe 1.15).
(2) A ênfase nos detalhes à pureza cerimonial ressaltava a necessidade da separação moral do povo de Deus, em pensamento e obras, em relação ao mundo ao seu redor (Êx 19.6; 2 Co 7.1). Todos os aspectos da nossa vida devem ser regulados pela vontade de Deus (1 Co 10.31)




 O COMPORTAMENTO DO CRISTÃO NO NOVO TESTAMENTO
 FILIPENSES 1.10 SINCEROS E SEM ESCÂNDALO ALGUM.
(1) "Sincero" significa "sem nenhuma mistura do mal"; "sem escândalo algum" significa "inculpável" diante de Deus e dos homens. Tal santidade deve ser o alvo supremo de todo crente, tendo em vista a iminente volta de Cristo.
(2) Somente com um amor abundante, derramado em nosso coração pelo Espírito Santo (Rm 5.5; cf. Tt 3.5,6) e com fidelidade total à Palavra de Deus, é que seremos "sinceros e sem escândalo algum até ao Dia de Cristo".

1PEDRO 2.11 PEREGRINOS E FORASTEIROS.
(1) Nossa nova condição de possessão peculiar de Deus nos separa do povo deste mundo e nos faz peregrinos aqui. Vivemos numa terra à qual não pertencemos. Nossa verdadeira cidadania está no céu com Cristo (cf. Fp 3.20; Hb 11.9-16).
(2) Por sermos estrangeiros nesta terra, devemos abster-nos dos prazeres malignos deste mundo, que procuram destruir nossa alma.

ROMANOS  12.2 NÃO VOS CONFORMEIS COM ESTE MUNDO, MAS TRANSFORMAI-VOS.
Paulo deixa subentender várias coisas neste versículo.
(1) Devemos reconhecer que o presente sistema mundano é mau (At 2.40; Gl 1.4), e que está sob o controle de Satanás (Jo 12.31; 1 Jo 5.19).
(2) Devemos resistir às formas prevalecentes e populares do proceder deste mundo e em lugar disso proclamar as verdades eternas e os padrões justos da Palavra de Deus, por amor a Cristo (1 Co 1.17-24).
(3) Devemos desprezar e aborrecer aquilo que é mau, amar aquilo que é justo (v. 9; 1 Jo 2.15-17; ver Hb 1.9) e não ceder aos vários tipos de mundanismo que rodeiam a igreja, tais como cobiça, egoísmo, oportunismo, conceitos humanistas, artifícios políticos visando ao poder, inveja, ódio, vingança, impureza, linguagem imunda, diversões ímpias, vestes imodestas e provocantes, imoralidade, drogas, bebidas alcoólicas e companhias mundanas.
 (4) Devemos conformar nossa mente à maneira de Deus pensar (1 Co 2.16; Fp 2.5), mediante a leitura da Palavra de Deus e sua meditação (Sl 119.11,148; Jo 8.31,32; 15.7).
(5) Devemos permitir que nossos planos, alvos e aspirações sejam determinados pelas verdades celestiais e eternas e não por este presente século mau, profano e passageiro.

TIAGO  1.27 A RELIGIÃO PURA E IMACULADA.
Tiago fala de dois princípios que definem o conteúdo do verdadeiro cristianismo.
(1) O amor genuíno pelos necessitados. Nos dias do NT, os órfãos e as viúvas tinham poucos meios de auto-sustento; em muitos casos, não tinham ninguém para cuidar deles. Esperava-se da parte dos crentes que lhes demonstrassem o mesmo cuidado e amor que Deus revela aos órfãos e às viúvas (ver Dt 10.18; Sl 146.9; Mt 6.32; Dt 24.17; Sl 68.5). Hoje, entre nossos irmãos e irmãs em Cristo, há os que precisam de ajuda e cuidados. Devemos procurar aliviar suas aflições e sofrimentos e, dessa maneira, mostrar-lhes que Deus tem cuidado deles (ver Lc 7.13 nota; cf. Gl 6.10).
(2) Conserva-se santo diante de Deus. Tiago diz que o amor ao próximo deve estar acompanhado do amor a Deus, expresso na separação das práticas pecaminosas do mundo. O amor ao próximo deve estar acompanhado da santidade diante de Deus; doutra forma, não é amor cristão

TIAGO  4.4 AMIZADE DO MUNDO É INIMIZADE CONTRA DEUS? "
(1) A amizade do mundo" é adultério espiritual, i.e., infidelidade a Deus e ao nosso compromisso de dedicação a Ele (1 Jo 2.15-17; cf. Is 54.5; Jr 3.20). Significa acatar os pecados, os valores e os prazeres malignos do mundo.
(2) Deus não aceitará semelhante amizade (Mt 6.24), porque é um Deus zeloso (Êx 20.5; Dt 5.9).
(3) Um exemplo de amizade desse tipo é a participação do crente em sociedades secretas (i.e., a filiação a lojas maçônicas) que exigem juramentos, ritos e práticas religiosas antibíblicos e comunhão com incrédulos, coisas essas que estão proibidas na Palavra de Deus (Mt 5.33-37; 2 Co 6.14).
(4) O crente não pode pertencer a tais sociedades sem transigir com a doutrina cristã (2 Pe 3.16), com os padrões divinos, com o princípio bíblico da separação do mundo (2 Co 6.17,18) e com sua lealdade a Cristo (Mt 6.24)

JOAO  17.17 SANTIFICA-OS NA VERDADE.
(1) Santificar significa tornar santo, separar. Jesus ora na noite da véspera da sua crucificação, para que seus discípulos sejam um povo santo, separados do mundo e do pecado, para adorar a Deus e servi-lo.
(2)  Devem separar-se para estarem perto de Deus, para viverem para Ele e para serem semelhantes a Ele. Essa santificação vem pela dedicação à verdade revelada pelo Espírito da verdade (cf. 14.17; 16.13).
(3) A verdade é tanto a Palavra viva de Deus (ver 1.1), como a revelação da Palavra escrita de Deus (ver o estudo A SANTIFICAÇÃO).

HEBREUS  1.9 AMASTE A JUSTIÇA E ABORRECESTE A INIQÜIDADE.
Não basta o crente amar a justiça; ele deve, também, aborrecer o mal. Vemos esse fato claramente na devoção de Cristo à justiça (Is 11.5) e, na sua aversão à iniqüidade; na sua vida, no seu ministério e na sua morte (ver Jo 3.19; 11.33).
(1) A fidelidade de Cristo ao seu Pai, enquanto Ele estava na terra, conforme Ele demonstrou pelo seu amor à justiça e sua aversão à iniquidade, é a base para Deus ungir o seu Filho (v. 9). Da mesma maneira, a unção do cristão virá somente à medida que ele se identificar com a atitude do seu Mestre para com a justiça e a iniquidade (Sl 45.7).
(2) O amor do crente à justiça e seu ódio ao mal crescerá por dois meios:
(a) crescimento em sincero amor e compaixão por aqueles, cujas vidas estão sendo destruídas pelo pecado, e
(b) por uma sempre crescente união com o nosso Deus e Salvador, do qual está dito: "O temor do SENHOR é aborrecer o mal?? (ver Pv 8.13; Sl 94.16; 97.10; Am 5.15; Rm 12.9; 1 Jo 2.15; Ap 2.6).

 LUCAS23.35 E O POVO ESTAVA OLHANDO.
Uma das provas mais seguras da depravação do coração humano é o homem sentir prazer na violência, sangue derramado e morte.
(1) Era o que acontecia nas arenas romanas e gregas, onde os espectadores sentiam prazer em ver os homens lutarem e morrerem. Foi isso que também aconteceu com os espectadores que passavam e olhavam vendo Cristo morrer de maneira horrível (vv. 35-37). O mesmo aconteceu nas perseguições aos fiéis.
(2) Vemos esse fato repetido em nossa sociedade moderna, onde milhões de adultos e crianças comprazem-se e divertem-se no vídeo, no cinema, nas revistas e noutros meios de entretenimento, olhando a morte, a violência, o sangue e o sofrimento humano, quando os homens matam uns aos outros (ver Rm 1.32).
(3) Jesus morreu para mudar essa situação, trazendo o amor e a solicitude. Ele quer que vejamos com compaixão os terríveis efeitos provocados pelo pecado e que ouçamos os gemidos da humanidade sofredora (ver 13.16).
(4) Pesa sobre os pais a responsabilidade e o dever de se protegerem e às suas famílias das investidas e influências desses meios maléficos de passatempo no lar e fora dele, que leva o ser humano à insensibilidade ante a dor e a tragédia humanas (ver Mt 18.6)

MATEUS  9.11 JESUS COMENDO COM PECADORES.
Temos nos versículos 11,12, a regra para nos orientar em nosso contato com os incrédulos. Esse contato não deve ser para busca de prazer, nem para estreita comunhão, mas para mostrar-lhes o caminho da salvação (v. 12; Sl 1.1). Em nenhuma hipótese o crente deve namorar ou casar com um não-crente (ver 1 Co 7.39).

EFESIOS  5.11 OBRAS... DAS TREVAS.
(1) Aquele que é em tudo leal a Cristo, não pode ser neutro, nem manter silêncio quanto às "obras infrutuosas das trevas" (v. 11) e à imoralidade (vv. 3-6).
(2) Deve sempre estar pronto a desmascarar, repreender e denunciar o mal em todas as suas formas.
(3) Bradar sinceramente contra toda a iniqüidade é odiar o pecado (Hb 1.9), tomar posição com Deus, contra o mal (Sl 94.16) e permanecer fiel a Cristo, o qual também denunciava as obras das trevas (Jo 7.7; Is 15.18-20; cf. Lc 22.28).

ELABORADO PELO EV. NATALINO DOS ANJOS
PROFESSOR DA E.B.D. e PESQUISADOR
PASTOR NA IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS DE TESOURO
CAMPO DE GUIRATINGA - MATO GROSSO

FONTE DE PESQUISA.
BIBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL.











Nenhum comentário:

Postar um comentário