ESPERANÇA EM MEIO À ADVERSIDADE
Lições do 3º trimestre de 2013
Data: 14/07/ 2013.
TEXTO ÁUREO
“Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho”.
VERDADE PRÁTICA
Nenhuma adversidade poderá reter a graça e o poder do
evangelho.
LEITURA DIÁRIA
Segunda- O louvor supera os açoites - Atos 16. 23-25
Terça – Guardados pela fé - 1 Pedro 1. 3-9
Quarta – Guiados pelo Espírito no conflito - Gálatas 5. 16-21
Quinta – O fruto do Espírito garante a vitória - Gálatas 5.
22-26
Sexta – A alegria na defesa do Evangelho - Filipenses 1.12-14.
Sábado – A motivação correta do anúncio - Filipenses
1.15-21.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Filipenses 1.12-21.
12 - E quero, irmãos, que saibais que as coisas que me
aconteceram contribuíram para maior proveito do evangelho.
13 - De maneira que as minhas prisões em Cristo foram
manifestas por toda a guarda pretoriana e por todos os demais lugares;
14 - e muitos dos irmãos no Senhor, tomando ânimo com as
minhas prisões, ousam falar a palavra mais confiadamente, sem temor.
15 - Verdade é que também alguns pregam a Cristo por inveja
e porfia, mas outros de boa mente;
16 - uns por amor, sabendo que fui posto para defesa do
evangelho;
17 - mas outros, na verdade, anunciam a Cristo por
contenção, não puramente, julgando acrescentar aflição às minhas prisões.
18 - Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de
toda a maneira, ou com fingimento, ou em verdade, nisto me regozijo e me
regozijarei ainda.
19 - Porque sei que disto me resultará salvação, pela vossa
oração e pelo socorro do Espírito de Jesus Cristo,
20 - segundo a minha intensa expectação e esperança, de que
em nada serei confundido; antes, com toda a confiança, Cristo será, tanto agora
como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte.
21 - Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho.
INTERAÇÃO
A prisão do apóstolo Paulo em Roma foi crucial para a
propagação do Evangelho na região de Fiiipos. A partir de uma experiência de
sofrimento, Deus usou pessoas para propagar a mensagem das Boas Novas. É
verdade que alguns pregadores usavam o sofrimento do apóstolo para proclamar
Cristo de boa consciência. Outros utilizavam-se do sofrimento alheio para
obterem vantagens pessoais. Cristo não era o centro das suas preleções.
Infelizmente, na atualidade, algumas pessoas perderam o temor de Deus. A
exemplo daqueles pregadores de Fiiipos, elas exploram as tragédias pessoais,
pois veem nelas a oportunidade de se locupletarem com as feridas alheias (elas
sabem que o sofrimento humano pode ser muito rentável). Cristo não se acha mais
no centro de suas vidas.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Saber que as adversidades podem contribuir para a expansão
do Evangelho.
Explicar as motivações de Paulo para a pregação do
Evangelho.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, para concluir a lição sugerimos a
seguinte atividade: (1) Pesquise ao menos três países cujo índice de perseguição
religiosa é grande, (2) identifique missionários que atuam nesses locais (a
pesquisa pode ser feita peias agências missionárias, secretaria de missões de
sua igreja ou internet). (3) Em seguida, pesquise o crescimento de cristãos
nesses países visando identificar como o trabalho missionário tem sido
realizado. Conclua dizendo que, a exemplo do que ocorreu a Paulo, o Evangelho
continua a ser propagado no mundo através do sofrimento de muitas pessoas que
se dispõem a propagá-lo com ousadia.
PALAVRA-CHAVE
Adversidade: Infelicidade, infortúnio, revés. Qualidade ou
caráter de adverso.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos como a paixão pelas almas consumia o
coração de Paulo. Embora preso em Roma, ele não esmorecia na missão de
proclamar o Evangelho. E, tendo como ponto de partida o seu sofrimento, o
apóstolo ensina aos filipenses que nenhuma adversidade será capaz de arrefecer
lhes a fé em Cristo. Ao contrário, ele demonstra o quanto as suas adversidades
foram positivas ao progresso do Reino de Deus.
I - ADVERSIDADE: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A PROCLAMAÇÃO DO
EVANGELHO
1. Paulo na prisão. Paulo estava preso em Roma, aguardando
julgamento. Ele sabia que tanto poderia ser absolvido como executado.
Todavia, não se achava ansioso. O que mais desejava era, com
toda ousadia, anunciar a Cristo ate mesmo no tribunal. Paulo não era um preso
qualquer; sua segurança estava sob os cuidados da guarda pretoriana (1.13).
Constituída de 10 mil soldados, esta guarda encarregava-se de proteger os
representantes do Império Romano em qualquer lugar do mundo. Sua principal
tarefa era a proteção do imperador.
2. Uma porta se abre através da adversidade. Uma das
principais contribuições da prisão de Paulo foi a livre comunicação do
Evangelho na capital do mundo antigo. Os cristãos estavam espalhados por toda a
cidade de Roma e adjacências. Definitivamente a prisão de Paulo não reteve a
força do Evangelho e o promoveu universalmente. Deus usou o sofrimento do
apóstolo para ; que o Evangelho fosse anunciado de Roma para o mundo (v. 13).
SINOPSE DO TÓPICO (1)
A prisão de Paulo foi uma porta aberta para a proclamação do
Evangelho.
II - O TESTEMUNHO DE PAULO NA ADVERSIDADE (1.12,1 3)
1. O poder do Evangelho. De modo objetivo, Paulo diz aos
filipenses que nenhuma cadeia será capaz de impor limites ao Evangelho de
Cristo.
Esse sentimento superava todas as expectativas do apóstolo
concernentes ao crescimento do Reino de Deus. O seu propósito era ver as Boas
Novas prosperando entre os gentios. Portanto, nenhum poder humano conterá a
força do Evangelho, pois este é o poder de Deus para salvação de todo aquele
que crê (Rm 1,16).
2. A preocupação dos filipenses com Paulo. Está implícita a
preocupação dos filipenses com o bem-estar de Paulo. Eles o amavam e sabiam do
seu ardor em proclamar o Evangelho. Todavia, achavam que a sua prisão
prejudicaria a causa cristã.
O versículo 12 traz exatamente essa conotação: E quero,
irmãos, que saibais as coisas que me aconteceram contribuíram para maior
proveito do evangelho”. Para o apóstolo, seu encarceramento contribuiu ainda
mais para o progresso da mensagem evangélica (v.13).
3. Paulo rejeita a auto piedade. Paulo era um missionário
consciente da sua missão. Para ele, o sofrimento no exercício do santo
ministério era circunstancial e estava sob os cuidados de Deus (v.19). Por
isso, não manifestava auto piedade; não precisava disso para conquistar a
compaixão das pessoas. Para o apóstolo, a soberania de Deus faz do sofrimento
algo passageiro, pois os infortúnios servem para encher- nos de esperança,
conduzindo-nos numa bem-aventurada expectativa de “que todas as coisas
contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são
chamados por seu decreto” (Rm 8.28).
SINOPSE DO TÓPICO (2)
O testemunho de Paulo na adversidade pode ser observado pela
sua rejeição a auto piedade e a sua fé no poder do Evangelho,
III - MOTIVAÇÕES PARA A PREGAÇÃO DO EVANGELHO (1.14-18)
Duas motivações predominavam nas igrejas da Ásia Menor onde
o apóstolo Paulo atuava. São elas:
1. A motivação positiva. “E muitos dos irmãos no Senhor,
tomando ânimo com as minhas prisões, ousam falar a palavra mais confiadamente,
sem temor” (v.14). Estava claro para os cristãos romanos, bem como para a
guarda pretoriana, que o processo judicial contra Paulo era injusto, porque ele
não havia cometido crime algum. Além de saberem da inocência do apóstolo, os
pretorianos recebiam diariamente deste a mensagem do Evangelho (v.13). O resultado
não poderia ser outro. Os cristãos filipenses foram estimulados a anunciar o
Evangelho com total destemor e coragem.
2. A motivação negativa. A prisão de Paulo motivou os
cristãos a proclamar o Evangelho de “boa mente” e “por amor”. Mas havia aqueles
que usavam a prisão do apóstolo para garantir vantagens pessoais. Dominados
pela inveja e pela teimosia, agiam por motivos errados. Mas pelo Espírito, o
apóstolo entendeu que o mais importante era anunciar Cristo ao mundo “de toda a
maneira”. Isto não significa que Paulo aprovava quem procedia dessa forma,
porque um dia todo mau obreiro terá de dar contas de seus atos ao Senhor (Mt
7.21-23).
SINOPSE DO TÓPICO (3)
Infelizmente eram duas as motivações que predominavam na
igreja de Filipos: (1) a positiva (pregação com destemor e coragem) e (2) a
negativa (pregação pelo interesse pessoal).
IV - O DILEMA DE PAULO (1.19-22ss.)
1. Viver para Cristo. “Nisto me regozijo e me regozijarei
ainda” (v.18). Estas palavras refletem a alegria de Paulo sobre o avanço do
Evangelho no mundo. Viver, para o apóstolo, só se justifica se a razão for o
ministério cristão: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Mas,
se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei, então, o que deva
escolher" (vv.21,22).
A morte para ele era um evento natural, mas glorioso.
Significava estar imediatamente com Cristo. O Mestre era tudo para Paulo, o
princípio, a essência e o fim da sua vida. Nele, o apóstolo vivia e se movia
para a glória de Deus. Por isso, podia dizer: “E vivo, não mais eu; mas Cristo
vive em mim” (GI 2.20).
2. Paulo supera o dilema. “Estar com Cristo” e “viver na
carne”. Este era o dilema do apóstolo (vv.23,24). Ele desejava estar na
plenitude com o Senhor. Todavia, o amor dele pelos gentios era igualmente
intenso. “Ficar na carne” (v.24), aqui, refere-se à vida física. Isto é: viver
para disseminar o Evangelho pelo mundo. Mais do que escolha pessoal, estar vivo
justifica-se apenas para proclamar o Evangelho e fortalecer a Igreja. Este era
o pensamento paulino. Nos versículos 25 e 26, ele entende que, se fosse posto
em liberdade, poderia rever os irmãos de Filipos, e viver o amor fraterno pela
providência do Espírito Santo.
SINOPSE DO TÓPICO (4)
O dilema de Paulo era, imediatamente, “estar com Cristo” ou
“viver na carne” para edificar os filipenses.
CONCLUSÃO
Pauto resolveu o seu dilema em relação à igreja, declarando
que o seu desejo de estar com Cristo foi superado pela amorosa obrigação de
servir aos irmãos (vv.24-26).
Ele nos ensina que devemos estar prontos a trabalhar na
causa do Senhor, mesmo que isso signifique enfrentar oposição dos falsos
crentes e até privações materiais. O que deve nos importar é o progresso do
Evangelho e o crescimento da Igreja de Cristo (vv.25,26).
AUXILIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Teológico
‘Alguns pregam Cristo por inveja e porfia, mas outros de boa
mente (1.15). Posteriormente Paulo voltará sua atenção aos judaizantes, que
distorcem o evangelho insistindo nas obras como algo essencial para a salvação
(3.2-11). Aqui a tensão é pessoal em vez de doutrinária. Alguns se tornam
evangelistas mais ativos por um espírito competitivo, tendo um prazer perverso
no pensamento de que Paulo está atado e incapaz de tentar alcançámos. Outros se
tornam evangelistas mais ativos por amor, um esforço de aliviar Paulo da
preocupação de que expansão do evangelho retrair-se-á devido à sua inatividade
forçada.
É fascinante ver como Paulo recusa-se a julgar as
motivações, e está encantado com o fato de que, seja pela razão que for, o
evangelho está sendo pregado. Poucos de nós têm essa maturidade. Os críticos de
Paulo poderão ficar amargamente ressentidos com o seu sucesso, mas o apóstolo
não ficará ressentido com eles! Em vez disso ele se regozijará por Cristo estar
sendo pregado, e deixará a questão dos motivos para o Senhor.
Porque sei que disto me resultará salvação (1.19). Paulo não
se refere aqui à sua libertação da prisão. O maior perigo que qualquer um de
nós enfrenta é o desânimo que as dificuldades frequentemente criam” (RICHARDS,
Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento, l .ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2007, p,437).
2COR 11.23 OS
SOFRIMENTOS DE PAULO.
ATOS 9.16 PADECER
PELO MEU NOME.
SUBSÍDIOS
O SOFRIMENTO DOS JUSTOS
Jó 2.7,8 “Então, saiu Satanás da presença do SENHOR e feriu
a Jó de uma chaga maligna, desde a planta do pé até ao alto da cabeça. E Jó,
tomando um pedaço de telha para raspar com ele as feridas, assentou-se no meio da cinza.”
A fidelidade a Deus não é garantia de que o crente não
passará por aflições, dores esofrimentos nesta vida (ver At 28.16). Na
realidade, Jesus ensinou que tais coisas poderão acontecer ao crente (Jo
16.1-4,33; ver 2Tm 3.12 ). A Bíblia contém numerosos exemplos de santos que
passaram por grandes sofrimentos, por diversas razões e.g., José, Davi, Jó,
Jeremias e Paulo.
POR QUE OS CRENTES SOFREM?
São diversas as razões por que os crentes sofrem.
(1) O crente experimenta sofrimento como uma decorrência da
queda de Adão e Eva. Quando o pecado entrou no mundo, entrou também a dor, a
tristeza, o conflito e, finalmente, a morte sobre o ser humano (Gn 3.16-19). A
Bíblia afirma o seguinte: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no
mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens,
por isso que todos pecaram” (Rm 5.12; ). Realmente, a totalidade da criação
geme sob os efeitos do pecado, e anseia por um novo céu e nova terra (Rm
8.20-23; 2Pe 3.10-13). É nosso dever sempre recorrermos à graça, fortaleza e
consolo divinos (cf. 1Co 10.13).
(2) Certos crentes sofrem pela mesma razão que os descrentes
sofrem, i.e., conseqüência de seus próprios atos. A lei bíblica “Tudo o que o
homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7) aplica-se a todos de modo geral. Se
guiarmos com imprudência o nosso automóvel, poderemos sofrer graves danos. Se
não formos comedidos em nossos hábitos alimentares, certamente vamos ter graves
problemas de saúde. É nosso dever sempre proceder com sabedoria e de acordo com
a Palavra de Deus e evitar tudo o que nos privaria do cuidado providente de
Deus.
(3) O crente também sofre, pelo menos no seu espírito, por
habitar num mundo pecaminoso e corrompido. Por toda parte ao nosso redor estão
os efeitos do pecado. Sentimos aflição e angústia ao vermos o domínio da
iniqüidade sobre tantas vidas (ver Ez 9.4; At 17.16; 2Pe 2.8). É nosso dever
orar a Deus para que Ele suplante vitoriosamente o poder do pecado.
(4) Os crentes enfrentam ataques do diabo.
(a) As Escrituras claramente mostram que Satanás, como “o
deus deste século” (2Co 4.4), controla o presente século mau (ver 1Jo 5.19; cf.
Gl 1.4; Hb 2.14). Ele recebe permissão para afligir crentes de várias maneiras.
Jó, um homem reto e temente a Deus, foi atormentado por Satanás por permissão
de Deus. Jesus afirmou que uma das mulheres por Ele curada estava presa por
Satanás há dezoito anos (cf. Lc 13.11,16). Paulo reconhecia que o seu espinho
na carne era “um mensageiro de Satanás, para me esbofetear” (2Co 12.7). À
medida em que travamos guerra espiritual contra “os príncipes das trevas deste
século” (Ef 6.12), é inevitável a ocorrência de adversidades. Por isso, Deus
nos proveu de armadura espiritual (Ef 6.10-18; ver 6.11) e armas espirituais
(2Co 10.3-6). É nosso dever revestir-nos de toda armadura de Deus e orar (Ef
6.10-18), decididos a permanecer fiéis ao Senhor, segundo a força que Ele nos
dá.
(b) Satanás e seus seguidores se comprazem em perseguir os
crentes. Os que amam ao Senhor Jesus e seguem os seus princípios de verdade e
retidão serão perseguidos por causa da sua fé. Evidentemente, esse sofrimento
por causa da justiça pode ser uma indicação da nossa fiel devoção a Cristo (ver
Mt 5.10). É nosso dever, uma vez que todos os crentes também são chamados a
sofrer perseguição e desprezo por causa da justiça, continuar firmes, confiando
naquele que julga com justiça (Mt 5.10,11; 1Co 15.58; 1Pe 2.21-23).
(5) De um ponto de vista essencialmente bíblico, o crente
também sofre porque “nós temos a mente de Cristo” (ver 1Co 2.16). Ser cristão
significa estar em Cristo, estar em união com Ele; nisso, compartilhamos dos
seus sofrimentos (ver 1Pe 2.21). Por exemplo, assim como Cristo chorou em
agonia por causa da cidade ímpia de Jerusalém, cujos habitantes se recusavam a
arrepender-se e a aceitar a salvação (ver Lc 19.41), também devemos chorar pela
pecaminosidade e condição perdida da raça humana. Paulo incluiu na lista de
seus sofrimentos por amor a Cristo (2Co 11.23-32; ver 11.23) a sua preocupação
diária pelas igrejas que fundara: “quem enfraquece, que eu também não
enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu não me abrase?” (2Co 11.29). Semelhante
angústia mental por causa daqueles que amamos em Cristo deve ser uma parte
natural da nossa vida: “chorai com os que choram” (Rm 12.15). Realmente,
compartilhar dos sofrimentos de Cristo é uma condição para sermos glorificados
com Cristo (Rm 8.17). É nosso dever dar graças a Deus, pois, assim como os
sofrimentos de Cristo são nossos, assim também nosso é o seu consolo (2Co 1.5).
(6) Deus pode usar o sofrimento como catalizador para o
nosso crescimento ou melhoramento espiritual.
(a) Freqüentemente, Ele emprega o sofrimento a fim de chamar
a si o seu povo desgarrado, para arrependimento dos seus pecados e renovação
espiritual (ver o livro de Juízes). É nosso dever confessar nossos pecados
conhecidos e examinar nossa vida para ver se há alguma coisa que desagrada o
Espírito Santo.
(b) Deus, às vezes, usa o sofrimento para testar a nossa fé,
para ver se permanecemos fiéis a Ele. A Bíblia diz que as provações que
enfrentamos são “a prova da vossa fé” (Tg 1.3; ver 1.2 nota); elas são um meio
de aperfeiçoamento da nossa fé em Cristo (ver Dt 8.3 ; 1Pe 1.7). É nosso dever
reconhecer que uma fé autêntica resultará em “louvor, e honra, e glória na
revelação de Jesus Cristo” (1Pe 1.7).
(c) Deus emprega o sofrimento, não somente para fortalecer a
nossa fé, mas também para nos ajudar no desenvolvimento do caráter cristão e da
retidão. Segundo vemos nas cartas de Paulo e Tiago, Deus quer que aprendamos a
ser pacientes mediante o sofrimento (Rm 5.3-5; Tg 1.3). No sofrimento,
aprendemos a depender menos de nós mesmos e mais de Deus e da sua graça (ver Rm
5.3; 2Co 12.9). É nosso dever estar afinados com aquilo que Deus quer que
aprendamos através do sofrimento.
(d) Deus também pode permitir que soframos dor e aflição
para que possamos melhor consolar e animar outros que estão a sofrer (ver 2Co
1.4). É nosso dever usar nossa experiência advinda do sofrimento para encorajar
e fortalecer outros crentes.
(7) Finalmente, Deus pode usar, e usa mesmo, o sofrimento
dos justos para propagar o seu reino e seu plano redentor. Por exemplo: toda
injustiça por que José passou nas mãos dos seus irmãos e dos egípcios faziam
parte do plano de Deus “para conservar vossa sucessão na terra e para
guardar-vos em vida por um grande livramento” (Gn 45.7). O principal exemplo,
aqui, é o sofrimento de Cristo, “o Santo e o Justo” (At 3.14), que experimentou
perseguição, agonia e morte para que o plano divino da salvação fosse
plenamente cumprido. Isso não exime da iniqüidade aqueles que o crucificaram
(At 2.23), mas indica, sim, como Deus pode usar o sofrimento dos justos pelos
pecadores, para seus próprios propósitos e sua própria glória.
O RELACIONAMENTO DE DEUS COM O SOFRIMENTO DO CRENTE.
(1) O primeiro fato a ser lembrado é este: Deus acompanha o
nosso sofrer. Satanás é o deus deste século, mas ele só pode afligir um filho
de Deus pela vontade permissiva de Deus (cf. 1—2;). Deus promete na sua Palavra
que Ele não permitirá sermos tentados além do que podemos suportar (1Co 10.13).
(2) Temos também de Deus a promessa que Ele converterá em
bem todos os sofrimentos e perseguições daqueles que o amam e obedecem aos seus
mandamentos (ver Rm 8.28). José verificou esta verdade na sua própria vida de
sofrimento (cf. Gn 50.20), e o autor de Hebreus demonstra como Deus usa os
tempos de apertos da nossa vida para nosso próprio crescimento e benefício (ver
Hb 12.5).
(3) Além disso, Deus promete que ficará conosco na hora da
dor; que andará conosco “pelo vale da sombra da morte” (Sl 23.4; cf. Is 43.2).
VITÓRIA SOBRE O SOFRIMENTO PESSOAL.
Se você está sob provações e aflições, que deve fazer para
triunfar sobre tal situação?
(1) Primeiro: examinar as várias razões por que o ser humano
sofre e ver em que sentido o sofrimento
concerne a você. Uma vez identificada a razão específica, você deve proceder
conforme o contido em “É nosso dever”.
(2) Creia que Deus se importa sobremaneira com você, independente
da severidade das suas circunstâncias (ver Rm 8.36; 2Co 1.8-10 nota; Tg 5.11;
1Pe 5.7). O sofrimento nunca deve fazer você concluir que Deus não lhe ama, nem
rejeitá-lo como seu Senhor e Salvador.
(3) Recorra a Deus em oração sincera e busque a sua face.
Espere nEle até que liberte você da sua aflição (ver Sl 27.8-14; 40.1-3; 130).
(4) Confie que Deus lhe dará a graça para suportar a aflição
até chegar o livramento (1Co 10.13; 2Co 12.7-10). Convém lembrar de que sempre
“somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou” (Rm 8.37; Jo 16.33). A
fé cristã não consiste na remoção de fraquezas e sofrimento, mas na manifestação
do poder divino através da fraqueza humana (ver 2Co 4.7).
(5) Leia a Palavra de Deus, principalmente os salmos de
conforto em tempos de lutas (e.g., Sl 11; 16; 23; 27; 40; 46; 61; 91; 121; 125;
138).
(6) Busque revelação e discernimento da parte de Deus
referente à sua situação específica — mediante a oração, as Escrituras, a
iluminação do Espírito Santo ou o conselho de um santo e experiente irmão.
(7) No sofrimento,
lembre-se da predição de Cristo, de que você terá aflições na sua vida como crente
(Jo 16.33). Aguarde com alegria aquele ditoso tempo quando “Deus limpará de
seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor” (Ap
21.4).
SOBRE ADVERSIDADES:
ADVERSIDADES NA VIDA DE JÓ.
JÓ 1.1 SINCERO, RETO
E TEMENTE A DEUS; E DESVIAVA-SE DO MAL.
(1) O temor de Deus e o desviar-se do
mal são o fundamento da vida irrepreensível e da retidão de Jó (cf. Pv 1.7).
"Sincero" refere-se à integridade moral de Jó e à sua sincera
dedicação a Deus; "reto" denota retidão nas palavras, nos pensamentos
e atos.
(2) Esta declaração da retidão de Jó é reafirmada pelo
próprio Deus no versículo 8 e em 2.3 onde, claramente, se vê que Deus, pela sua
graça, pode redimir os seres humanos caídos, e torná-los genuinamente bons,
retos e vitoriosos sobre o pecado. Esta declaração envergonha e expõe os erros
do ensino evangélico modernista, o qual afirma que:
(a) nenhum crente em Cristo, mesmo com toda assistência do
Espírito Santo, pode ter a mínima esperança de ser irrepreensível e reto nesta
vida; e
(b) os crentes podem estar certos de que pecarão todos os
dias, por palavras, pensamentos e obras, sem nenhuma esperança de vencer a
carne nesta vida.
JÓ 1.8 OBSERVASTE TU
A MEU SERVO JÓ?
A essa altura, o livro apresenta o conflito entre Deus e o
seu grande adversário, Satanás. Deus aqui repta Satanás a observar em Jó o
triunfo da graça e salvação divinas. Na vida deste seu servo fiel, Deus
demonstrou que seu plano de redimir a raça humana, do pecado e do mal, é
exeqüível.
JÓ 1.9 PORVENTURA,
TEME JÓ A DEUS DEBALDE?
Satanás reagiu ante a declaração de Deus, de ser Jó um homem
piedoso, e passou a acusar tanto a Jó quanto a Deus.
(1) Satanás questionou os motivos de Jó e, portanto, a
veracidade da sua retidão, afirmando que o amor que Jó tinha a Deus era
realmente egoísta e que ele adorava a Deus somente porque tirava proveito
disso. Satanás deixou claro que o amor que Jó tinha a Deus não era sincero.
(2) Satanás insinuou, ainda, que Deus era ingênuo, que se
deixara enganar, e que obtivera a devoção de Jó mediante a concessão de bênçãos
e suborno (vv. 10,11). Satanás concluiu que Deus tinha falhado no seu propósito
de reconciliar a raça humana consigo mesmo. Se Deus deixasse de proteger Jó, e
de lhe conceder riquezas, saúde e felicidade, ele (Jó) blasfemaria dEle na sua
face! (v. 11).
JÓ 1.10 CERCASTE.
(1) Posto que Satanás vem para roubar, matar e destruir (cf.
Jo 10.10), Deus coloca uma cerca de proteção em volta dos seus, para abrigá-los
dos ataques de Satanás. Essa "cerca" é qual "muro de fogo"
espiritual, de proteção para os fiéis de Deus, de modo que Satanás não possa
atingi-los. "E eu, diz o SENHOR, serei para ela [Jerusalém] um muro de
fogo em redor" (Zc 2.5).
(2) Todos os crentes que fielmente procuram amar a Deus e
seguir a direção do Espírito Santo têm o direito de pedir e de esperar que Deus
mantenha esse muro de proteção ao seu redor e de suas respectivas famílias.
JÓ 1.11 TOCA-LHE EM
TUDO QUANTO TEM, E VERÁS SE NÃO BLASFEMA DE TI NA TUA FACE! Nos versísulos 6-12
estão propostas as perguntas principais do livro. É possível o povo de Deus
amá-lo e servi-lo por causa daquilo que Ele é, e não apenas por causa das suas
dádivas? O justo pode manter sua fé em Deus e seu amor por Ele em meio a
tragédias incompreensíveis e sofrimentos imerecidos?
JÓ 1.12 SOMENTE
CONTRA ELE NÃO ESTENDAS A TUA MÃO.
Deus permitiu a Satanás destruir os bens e a família de Jó;
porém, Ele fixou um limite até onde Satanás podia ir e não lhe concedeu o poder
de morte sobre Jó. Satanás lançou tempestades e pessoas violentas contra Jó
(vv. 13-19).
JÓ 1.20 E SE LANÇOU
EM TERRA, E ADOROU.
Jó reagiu às fatalidades que lhe aconteceram, com intensa
aflição; mas também, com humildade, submeteu-se a Deus e continuou a adorá-lo
em meio à mais severa adversidade (v. 21; 2.10).
(1) Posteriormente, Jó reagiu à calamidade ininterrupta,
revelando dúvida, ira e sentimento de isolamento de Deus (7.11). Mesmo nesse
período de trevas e de fé vacilante, Jó não se voltou contra Deus, todavia
expressou francamente diante dEle suas queixas e sentimentos.
(2) O livro de Jó demonstra como o crente fiel deve
enfrentar os contratempos da vida. Embora possamos enfrentar sofrimentos
severos e aflições inexplicáveis, devemos orar, pedindo graça para aceitar o
que Deus permitir que soframos, pedindo-lhe também a revelação e compreensão do
seu significado. Deus cuidará dos nossos confusos sentimentos e lamentos, se os
levarmos a Ele - não com rebeldia, mas com sincera confiança nEle como um Deus
amoroso.
(3) O livro revela que Deus aceitou bem as indagações de Jó
(38-41) e que, no final, declarou que Jó falara "o que era reto"
(42.7).
ADVERSIDADES NA VIDA DE JOSÉ.
GENESIS 39.1 JOSÉ FOI
LEVADO AO EGITO.
José foi levado ao Egito aproximadamente em 1900 a.C. Isso
deve ter ocorrido cerca de duzentos anos depois da chamada de Abraão (12.1-3).
José enfrentou três grandes provas no Egito:
(1) a prova da pureza pessoal, prova essa que os jovens
freqüentemente enfrentam quando estão longe de casa;
(2) a prova da oportunidade de vingança, uma prova por que
freqüentemente passam as pessoas que sofreram injustiças e
(3) a prova de encarar a morte (quando José esteve
injustamente na prisão). Em cada caso, José triunfou na prova mediante sua
confiança em Deus e suas promessas.
GENESIS 39.2 O SENHOR
ESTAVA COM JOSÉ.
As Escrituras deixam claro que a separação entre José e o
seu povo estava sob o controle de Deus. Deus estava operando através de José e
das circunstâncias deste, a fim de preservar a família de Israel e reuni-la
segundo a sua promessa (45.5-15; 50.17-20,24; Sl 105.17-23).
GENESIS 39.9 COMO...
EU... PECARIA CONTRA DEUS?
Todo o pecado, inclusive o pecado contra a integridade do
casamento (i.e., o adultério), é sobretudo um pecado contra Deus (Sl 51.4). O
rei Davi, tempos depois, aprendeu essa lição em amarga experiência, ao longo de
um contínuo julgamento divino em sua vida e na de sua família (ver Êx 20.14).
GENESIS 39.12 ELE...
FUGIU.
José, por lealdade e fidelidade a seu Deus, bem como por
lealdade a Potifar, continuou resistindo ao pecado (Pv 7.6-27).
(1) Ele triunfou sobre a tentação, porque de antemão já estava
firmemente decidido a permanecer obediente ao seu Senhor e a de não pecar (v.
9).
(2) O crente do novo concerto vence a tentação da mesma
maneira. Ele precisa tomar uma decisão firme e resoluta de não pecar contra
Deus. Havendo esse propósito, não poderá haver lugar para desculpas, exceções
ou concessões.
GENESIS 39.20 E O
ENTREGOU NA CASA DO CÁRCERE. A vida de vitória sobre a tentação e a fidelidade
a Deus nem sempre resultam em recompensa imediata.
(1) José sofreu por causa da sua retidão.
(2) Cristo declara que seus seguidores são também
perseguidos por causa da justiça (Mt 5.10) e nos afirma que tais pessoas são
bem-aventuradas e que receberão um grande galardão no céu (Mt 5.11,12).
GENESIS 39.21 O
SENHOR... ESTAVA COM JOSÉ.
Quatro vezes no capítulo 39 está escrito que o Senhor estava
com José (vv. 2,3,21,23).
(1) Porque José honrava a Deus, Deus honrava a ele.
(2) Aqueles que temem a Deus e o reconhecem em todos os seus
caminhos têm a promessa de que Deus dirigirá todos os seus passos (Pv 3.5,6).
GENESIS 40.1 E
ACONTECEU, DEPOIS.
José mantinha a sua fé em Deus, mesmo quando estava
confinado no cárcere, sem motivo, durante pelo menos dois anos.
(1) Suas interpretações dos sonhos de Faraó, por revelação
do Espírito de Deus, resultou na oportunidade para sua libertação imediata e
ato contínuo, na sua ascendência à posição de autoridade.
(2) Essa narrativa salienta que, embora Deus não seja a
causa de tudo que acontece (39.7-23), Ele pode usar até circunstâncias adversas
para fazer cumprir a sua vontade, visando ao nosso bem, segundo os seus
propósitos (ver Rm 8.28).
ADVERSIDADES NA VIDA DE PAULO.
ATOS 16.6 IMPEDIDOS
PELO ESPÍRITO SANTO.
(1) Toda a iniciativa no evangelismo e na atividade
missionária, especialmente no caso das viagens missionárias registradas em Atos,
deve ser orientada pelo Espírito Santo, como vemos em 1.8; 2.14-41; 4.8-12,31;
8.26-29,39,40; 10.19,20; 13.2; 16.6-10; 20.22.
(2) A orientação aqui, pode ter ocorrido em forma de uma
revelação profética, de um impulso interior, de circunstâncias externas, ou
visões (vv. 6-9). Pelo impulso do Espírito, avançavam para levar o evangelho
aos não salvos.
(3) Quando o Espírito os impedia de ir numa direção, iam
noutra, confiando nEle para aprovar ou desaprovar seus planos de viagem.
ATOS 16.16 ESPÍRITO
DE ADIVINHAÇÃO.
As expressões vocais demoníacas da jovem escrava eram
consideradas a voz de um deus; por isso, os serviços dela como adivinha eram
muito procurados, dando grande lucro aos seus donos. Através de Paulo, Cristo
demonstrou aqui, mais uma vez, seu poder sobre o império do mal.
ATOS 16.23
HAVENDO-LHES DADO MUITOS AÇOITES.
A lei judaica sobre castigo por açoites prescrevia até
quarenta açoites para o culpado, dependendo do juiz (Dt 25.2,3).
(1) O costume judaico era usar o chicote com três a cinco
tiras de couro presas a um cabo curto. Aqui trata-se do costume romano (v.21)
que usava a vara.
(2) Os açoites eram aplicados ao corpo desnudo do preso (vv.
22,23).
(3) Dependendo do juiz romano, este castigo podia ser
terrivelmente cruel, por não estar fixado em lei o número de açoites por
castigo. Muitas vezes o preso morria em consequência dos açoites.
(4) Os açoites de Paulo em 2 Co 11.24,25 abrangem tanto o
açoitamento judaico (v. 24 recebi dos judeus ), como o romano (v. 25 fui açoitado
com varas ).
(5) Em 2 Co 11.24 vemos a crueldade dos judeus contra Paulo
neste tipo de castigo. Davam-lhe 39 açoites para que pudessem depois
aplicar-lhe idêntico castigo, uma vez que a lei mosaica limitava a 40 o total
de açoites (Dt 25.3).
(6) Certamente foi nas sinagogas que Paulo mais sofreu o
açoitamento dos judeus, pois ele costumava freqüentá-las para pregar a Cristo.
Os judeus não tinham autoridade para decretar pena de morte por estarem sob
domínio romano, mas podiam castigar.
ATOS 16.25 ORAVAM E
CANTAVAM HINOS.
Paulo e Silas estavam sofrendo a humilhação do
encarceramento, tendo seus pés presos ao tronco e as costas laceradas por
açoites. No meio desse sofrimento, no entanto, oravam e cantavam hinos de
louvor a Deus (cf. Mt 5.10-12). Aprendemos da experiência missionária deles:
(1) que a alegria do crente vem do interior e independe das
circunstâncias externas; a perseguição não pode destruir nossa paz e nossa
alegria (Tg 1.2-4);
(2) que os inimigos de Cristo não poderão destruir a fé em
Deus e o amor por Ele que o crente tem (Rm 8.35-39);
(3) que mesmo no meio das piores circunstâncias, Deus dá
graça suficiente àqueles que estão na sua vontade e que sofrem por amor ao seu
nome (Mt 5.10-12; 2 Co 12.9,10);
(4) que sobre aqueles que sofrem por amor ao nome de Cristo,
repousa o Espírito da glória de Deus (1 Pe 4.14).
O Espírito Santo, através das palavras de Paulo, revela-nos
a angústia e o sofrimento de uma pessoa totalmente dedicada a Cristo, à sua
Palavra e à causa em prol da qual Ele morreu. Paulo comungava com os
sentimentos de Deus e vivia em sintonia com o coração e os sofrimentos de
Cristo. Seguem-se vinte formas da participação de Paulo nos sofrimentos de
Cristo. Ele fala em:
(1) "muitas tribulações" enfrentadas ao servir a
Deus (At 14.22);
(2) sua aflição no "espírito", por causa do pecado
dominante na sociedade (At 17.16);
(3) servir ao Senhor com "lágrimas" ( 2.4);
(4) advertir a igreja "noite e dia com lágrimas",
durante um período de três anos, por causa da perdição das almas, pela
distorção do evangelho por falsos mestres, contrários à fé bíblica apostólica
(At 20.31;).
(5) sua grande tristeza ao separar-se dos crentes amados (At
20.17-38), e seu pesar diante da tristeza deles (At 21.13);
(6) a "grande tristeza e contínua dor" no seu
coração, por causa da recusa dos seus "patrícios" em aceitarem o
evangelho de Cristo (Rm 9.2,3; 10.1);
(7) as muitas provações e aflições que lhe advieram por
causa do seu trabalho para Cristo (4.8-12; 11.23-29; 1 Co 4.11-13);
(8) seu pesar e angústia de espírito, por causa do pecado
tolerado dentro da igreja (2.1-3; 12.21; 1 Co 5.1,2; 6,8-10);
(9) sua "muita tribulação e angústia do coração",
ao escrever àqueles que abandonavam a Cristo e ao evangelho verdadeiro (2.4);
(10) seus gemidos, por causa do desejo de estar com Cristo e
livre do pecado e das preocupações deste mundo (5.1-4; cf. Fp 1.23);
(11) suas tribulações "por fora e por dentro", por
causa de seu compromisso com a pureza moral e doutrinária da igreja (7.5;
11.3,4);
(12) o "cuidado" que o oprimia cada dia, por causa
do seu zelo por "todas as igrejas" (v.28);
(13) o desgosto consumidor que sentia quando um cristão
passava a viver em pecado (v.29);
(14) o desgosto de proferir um "anátema" sobre
aqueles que pregavam outro evangelho, diferente daquele revelado no NT (Gl
1.6-9);
(15) suas "dores de parto" para restaurar os que
caíam da graça (Gl 4.19; 5.4);
(16) seu choro por causa dos inimigos da cruz de Cristo (Fp
3.18);
(17) sua "aflição e necessidade", pensando
naqueles que podiam decair da fé (1 Ts 3.5-8);
(18) suas perseguições por causa da sua paixão pela justiça
e pela piedade (2 Tm 3.12);
(19) sua lastimável condição ao ser abandonado pelos crentes
da Ásia (2 Tm 1.15); e
(20) seu apelo angustiado a Timóteo para que este guarde
fielmente a fé genuína, ante a apostasia vindoura (1 Tm 4.1; 6.20; 2 Tm 1.14)
REFERENCIAS GERAIS SOBRE ADVERSIDADES
ROMANOS8.36 COMO OVELHAS PARA O MATADOURO.
As adversidades alistadas pelo apóstolo nos versículos 35,36
têm sido experimentadas pelo povo de Deus através dos tempos (At 14.22; 2
Co11.23-29; Hb 11.35-38).
(1) Nenhum crente deve estranhar o fato de experimentar
adversidades, perseguição, fome, pobreza ou perigo.
(2) Aflições e calamidades não significam, decerto, que Deus
nos abandonou, nem que Ele deixou de nos amar (v. 35). Pelo contrário, nosso
sofrimento como crentes, abrir-nos-á o caminho pelo qual experimentaremos mais
do amor e consolo de Deus (2 Co 1.4,5).
(3) Paulo nos garante que venceremos em todas essas
adversidades e que seremos mais que vencedores por meio de Cristo (vv. 37-39;
cf. Mt 5.10-12; Fp 1.29).
ROMANOS 8.39 O AMOR
DE DEUS... EM CRISTO JESUS NOSSO SENHOR.
(1) Se alguém fracassar na sua vida espiritual, não será por
falta da graça e amor divinos (vv. 31-34), nem por causa de poderes do mal ou
adversidades demais (vv. 35-39), mas porque tal pessoa foi negligente na sua
comunhão com Cristo (ver Jo 15.6).
(2) Somente "em Cristo Jesus" é que o amor de Deus
foi manifestado e somente nEle o desfrutamos.
(3) Somente à medida em que permanecemos em Cristo Jesus
como "nosso Senhor" é que poderemos ter a certeza de que nunca
seremos separados do amor de Deus.
1PEDRO 4.12 A ARDENTE
PROVA.
O NT salienta o fato de que o crente fiel experimenta
tribulações e aflições neste mundo ímpio, controlado por Satanás e hostil ao
evangelho.
(1) Aqueles que se dedicam a Jesus Cristo com uma fé firme e
leal, que andam segundo o Espírito e que amam a verdade do evangelho,
experimentarão problemas e tristezas.
(2) Na realidade, sofrer por amor à justiça é evidência de
que nossa devoção a Cristo é genuína (cf. Mt 5.10-12; At 14.22; Rm 8.17,18; 2
Tm 2.12). Por essa razão, problemas na vida do crente podem ser um sinal de que
ele está agradando a Deus e sendo-lhe fiel.
(3) As aflições freqüentemente acompanham o crente na sua
luta espiritual contra o pecado, o mundo ímpio e Satanás (1.6-9; Ef 6.12).
(4) Através de severas provas, o Senhor permite que o crente
compartilhe do seu sofrimento e assim forma nele a excelência de caráter que
Ele deseja (Rm 5.3-5; 2 Co 1.3-7; Tg 1.2-4).
(5) Quando você sofre e permanece fiel a Cristo, é
considerado bem-aven-turado, porque sobre você "repousa o Espírito da
glória de Deus" (ver v.14 nota; cf. 2.21)
1PEDRO 4.13
ALEGRAI-VOS... DE SERDES PARTICIPANTES DAS AFLIÇÕES DE CRISTO.
É um princípio do reino de Deus que o sofrimento pela causa
de Cristo faz aumentar a medida da alegria que o crente desfruta no Senhor (ver
Mt 5.10-12; At 5.41; 16.25; Rm 5.3; Cl 1.24; Hb 10.34). Daí, não se deve
invejar os que sofrem pouco ou nada pelo Senhor.
1PEDRO 4.14 O
ESPÍRITO DA GLÓRIA E DE DEUS.
(1) Aqueles que sofrem por causa da sua lealdade a Cristo
são bem-aventurados (cf. Mt 5.11,12; 1 Pe 3.14; 4.13), porque o Espírito Santo
estará com eles de modo especial.
(2) Suas vidas estarão cheias da presença do Espírito Santo
para neles operar, abençoá-los, ajudá-los e proporcionar-lhes um antegozo da
glória do céu (cf. Is 11.2; Jo 1.29-34; 16.15; At 6.15).
MATEUS 5.10 PERSEGUIDOS
POR CAUSA DA JUSTIÇA.
Todos que procuram viver de acordo com a Palavra de Deus,
por amor à justiça sofrerão perseguição.
(1) Aqueles que conservam os padrões divinos da verdade, da
justiça e da pureza e que, ao mesmo tempo, se recusam a transigir com a
presente sociedade pecaminosa e com o modo de vida dos crentes mornos (Ap 2;
3.1-4,14-22) sofrerão impopularidade, rejeição e críticas.
(2) O mundo lhes moverá perseguição e oposição (10.22; 24.9;
Jo 15.19) e, às vezes, da parte de membros da igreja professa (At 20.28-31; 2
Co 11.3-15; 2 Tm 1.15; 3.8-14; 4.16).
(3) Ao experimentar tal sofrimento, o cristão deve
regozijar-se (5.12), porque Deus outorga a maior bênção àqueles que sofrem mais
(2 Co 1.5; 2 Tm 2.12; 1 Pe 1.7; 4.13).
(4) O cristão deve precaver-se da tentação de transigir
quanto à vontade de Deus, a fim de evitar a vergonha, a ridicularização, o
constrangimento, ou algum prejuízo (10.33; Mc 8.38; Lc 9.26; 2 Tm 2.12).
(5) Os princípios do reino de Deus nunca mudam: Todos os que
piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições (2 Tm 3.12).
(6) A promessa aos que enfrentam e suportam perseguições por
causa da justiça é que dos tais é o reino dos céus.
1PEDRO 2.21 TAMBÉM
CRISTO PADECEU... PARA QUE SIGAIS AS SUAS PISADAS.
A maior glória e privilégio para qualquer crente é sofrer
por Cristo e pelo evangelho (ver Mt 5.10). Sofrendo assim, o crente segue o
exemplo de Cristo e dos apóstolos (Is 53; Mt 16.21; 20.28; At 9.16; Hb 5.8).
(1) O cristão deve estar disposto a sofrer (4.1; 2 Co 11.23),
i.e., participar dos sofrimentos de Cristo (4.13; 2 Co 1.5; Fp 3.10), e deve
saber de antemão que o sofrimento fará parte do seu ministério (2 Co 4.10-12;
cf. 1 Co 11.1).
(2) O sofrimento por Cristo é chamado sofrimento
"segundo a vontade de Deus" (4.19), por amor do seu nome (At 9.16),
pelo "evangelho" (2 Tm 1.8), "por amor da justiça" (3.14) e
pelo "Reino de Deus" (2 Ts 1.5).
(3) Sofrer por Cristo é uma maneira de chegar à maturidade
espiritual (Hb 2.10), de obter a bênção de Deus (4.14) e de ministrar vida ao
próximo (2 Co 4.10-12).
(4) Compartilhar dos sofrimentos de Cristo é uma condição
prévia para ser glorificado com Cristo (Rm 8.17) e de alcançar a
"glória" eterna (Rm 8.18).
(5) Nesse sentido, o sofrimento pode ser considerado um dom
precioso de Deus (Fp 1.29).
(6) O crente, ao viver por Cristo e pelo evangelho, não deve
motivar o sofrimento, mas deve estar disposto a suportá-lo por devoção a
Cristo.
1PEDRO 4.1 AQUELE QUE
PADECEU.
Aqueles que voluntariamente sofrem em prol da causa de
Cristo, acham mais fácil resistir ao pecado e fazer a vontade de Deus.
(1) Estão unidos a Cristo e compartilham da sua cruz.
(2) Como resultado, a atração do pecado torna-se algo
insignificante, ao passo que a vontade de Deus torna-se algo supremo (v. 2).
(3) Esse princípio espiritual é válido na vida de qualquer
crente.
(4) Obedecer a Deus, mesmo que isso importe em sofrimento,
zombaria, ou rejeição fortalecerá moral e espiritualmente o crente, que
receberá da parte de Deus graça ainda maior (v. 14).
A conversão de Paulo incluiu não somente uma ordem para
pregar o evangelho, mas também uma chamada para sofrer por amor a Cristo.
(1) Paulo foi informado desde o início que ele sofreria
muito pela causa de Cristo.
(2) No reino de Cristo, sofrer por amor a Ele é um sinal do
mais alto favor de Deus (14.22; Mt 5.11,12; Rm 8.17; 2 Tm 2.3) e o meio de ter
um ministério frutífero (Jo 12.24; 2 Co 1.3-6);
(3)Resulta em recompensas abundantes no céu (Mt 5.12; 2 Tm
2.12).
(4) A morte precisa atuar no crente para que a vida de Deus
flua dele para os outros (Rm 8.17,18,36,37; 2 Co 4.10-12).
(5) Para outros textos sobre os sofrimentos de Paulo, ver
20.23; 2 Co 4.8-18; 6.3-10; 11.23-27; Gl 6.17; 2 Tm 1.11,12; ver também 2 Co
1.4; 11.23).
ELABORADO PELO EV. NATALINO DOS ANJOS
PROFESSOR DA E.B.D. e PESQUISADOR.
PASTOR NA IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS DE TESOURO.
CAMPO DE GUIRATINGA - MATO GROSSO.
FONTE DE PESQUISA:
BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL.
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