04 DE AGOSTO DE 2013
3º TRIMESTRE DE 2013
AS VIRTUDES DOS SALVOS EM CRISTO
TEXTO ÁUREO
“porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o
efetuar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2.13).
VERDADE PRÁTICA
A salvação é obra da graça de Deus, garantida à humanidade
mediante a morte expiatória de Jesus.
LEITURA BÍBLICA:
Filipenses 2.12-18
12 - De sorte que, meus amados, assim como sempre
obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência,
assim também operai a vossa salvação com temor e tremor;
13 - porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o
efetuar, segundo a sua boa vontade.
14 - Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas;
15 - para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de
Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual
resplandeceis como astros no mundo;
16 - retendo a palavra da vida, para que, no Dia de Cristo,
possa gloriar-me de não ter corrido nem trabalhado em vão.
17 - E, ainda que seja oferecido por libação sobre o
sacrifício e serviço da vossa fé, folgo e me regozijo com todos vós.
18 - E vós também regozijai-vos e alegrai-vos comigo por
isto mesmo.
OBJETIVOS:
Conhecer a dinâmica da salvação;
Analisar a operação da salvação;
PALAVRA-CHAVE:
Virtude – na lição é a disposição firme e constante para a
prática do bem.
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje, aprenderemos que a obediência a Deus é uma
virtude que deve ser buscada por todos aqueles que são salvos em Cristo. O
apostolo Paulo não duvidava da obediência dos irmãos filipenses, contudo, ele
reafirma aos crentes a verdade de que a submissão ao Evangelho de Cristo é uma
das principais virtudes dos salvos. Assim, a intenção do apóstolo é estimular
os cristãos de Filipos a continuar perseverando na obediência ao Santo
Evangelho.
I - A DINÂMICA DA SALVAÇÃO (2.12,13).
1. O caráter dinâmico da salvação.
O primeiro refere-se à obra realizada e consumada de forma
suficiente na cruz do calvário. É a salvação da pena do pecado. Não somos mais
escravos e sim libertos em Cristo (Rm 8.1).
O segundo aspecto diz respeito ao caráter progressivo da
salvação na vida do crente. Mesmo que o nosso corpo ainda não tenha sido
transformado, resistimos ao pecado e este não mais nos domina (Rm 8.9; cf. 1 Jo
2.1,2).
Não obstante o fato de a salvação eterna vir de Deus, Paulo
diz que o Senhor nos chama a zelar e a “desenvolvê-la” em nosso cotidiano.
Por último o texto trata da plenitude da salvação, quando
finalmente o nosso corpo receberá uma redenção gloriosa e não mais teremos dor,
angústia ou lágrimas, pois estaremos para sempre com o Senhor (1 Ts 4.14-17).
2. Deus é a fonte da vida.
Por si só o crente não pode ser salvo (Fp 2.13), pois é o
Espírito Santo que “opera” no homem a salvação (Jo 16.8-11). Sem o Senhor, a
humanidade está cega, morta no pecado e carente da iluminação do Espírito para
o arrependimento. Se na vida dos ímpios Satanás opera instigando à prática das
obras más (2 Ts 2.9), é o Espírito de Deus que opera nos crentes a vida eterna
(Jo 16.7-12; cf. Rm 8.9,14). Dessa forma, o salvo torna-se um instrumento de
justiça num mundo corrompido.
3. A bondade divina.
A idéia que a salvação tem um caráter seletivo não é
bíblico. Todos têm o direito de recebê-la. O querer e o efetuar de Deus não
anula esse direito, pelo contrário, a operação do Eterno habilita qualquer
pessoa à salvação através da iluminação do evangelho ( Jo 1.9), tornando-se
posteriormente útil ao corpo de Cristo ( Ef 4.11-16; 1 Co 12.7).
SINOPSE DO TÓPICO (1):
Por si só o crente não pode ser salvo, pois é o Espírito
Santo que “opera” no homem o desejo da salvação.
II - OPERANDO A SALVAÇÃO COM TEMOR E TREMOR (2.12-16).
1. “fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas”.
O versículo 14, o apóstolo destaca duas posturas nocivas à
predisposição dos filipenses:
A) Murmurações.
O antigo testamento descreve a murmurações dos judeus como
uma atitude de rebelião. Quando os israelitas atravessaram o deserto, sob a
liderança de Moisés, passaram a reclamar da pessoa do líder hebreu. Para eles,
Moisés jamais deveria ter estimulado a saída do povo do Egito (Nm 11.1; 14.1-4;
20.2-5). Esse fato constrangeu o homem mais manso da face da terra e os
israelitas receberam dele a alcunha de “geração perversa e rebelde” (Dt 32.5,20).
Tal “titulação” não se aplica aos filipenses, pois eles não eram rebeldes nem
murmuradores, ainda assim o apóstolo Paulo os exortou a fazer todas e quaisquer
coisas sem murmurações ou queixas, tal como convém aos mansos.
B) Contendas.
Em o novo testamento, a expressão grega para contendas é
dialogismos. Essa expressão descreve as disputas e os debates inúteis que geram
dúvidas e separações na igreja local. É o mesmo que discussões, litígio e
dissensões. Infelizmente, muitos hoje as promovem levando, inclusive, seus
irmãos aos tribunais (1 Co 6.1-8). Esta, difinitivamente, não é a vontade de
Deus para sua Igreja.
2. “sejais irrepreensíveis e sinceros”.
3. “retendo a palavra da vida”.
De acordo com o ensino do apóstolo Paulo, quem guarda a
Palavra, não murmura, não cria contendas e vive em sinceridade.
(2.17,18).
1. O contentamento da salvação operada (v.17).
2. A alegria do povo de Deus (v.18).
A salvação opera no povo de Deus a alegria e o
contentamento.
O Evangelho nos convoca a desenvolvermos a salvação recebida
por Deus através de Cristo Jesus. Devemos ser santos, como santo é o Senhor
nosso Deus. Para isso, precisamos nos afastar de todas as murmurações e
contendas e abrigarmo-nos no Senhor, vivendo uma vida irrepreensível, sincera e
que retenha a palavra da vida (2.16). Somente assim a alegria inundará a nossa
alma e testemunharemos do seu poder salvador para toda a humanidade.
SUBSIDIOS
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE.
FILIPENSES 2.12 OPERAI A VOSSA SALVAÇÃO.
Como crentes
salvos pela graça, devemos concretizar a nossa salvação até o fim. Se deixarmos
de fazê-lo, nós a perderemos.
(1) Não
desenvolvemos a nossa salvação por meros esforços humanos, mas por meio da
graça de Deus e do poder do Espírito Santo que nos foram outorgados.
(2) A fim de
desenvolvermos a nossa salvação, devemos resistir ao pecado e atender os
desejos do Espírito Santo em nosso íntimo. Isso envolve um esforço contínuo e
ininterrupto, de usar todos os meios determinados por Deus para derrotarmos o
mal e manifestarmos a vida de Cristo. Sendo assim, concretizar a nossa salvação
é concentrar-nos na importância da santificação (ver Gl 5.17).
(3) Operamos
a nossa salvação, chegando cada vez mais perto de Cristo (ver Hb 7.25 nota) e
recebendo seu poder para querer e efetuar a boa vontade de Deus (ver v. 13).
Deste modo, somos "cooperadores de Deus" (1 Co 3.9) para a nossa
completa salvação no céu.
(4)
Desenvolver a nossa salvação é tão vital que deve ser feito "com temor e
tremor" (ver a próxima nota)
FILIPENSES 2.12 TEMOR E TREMOR.
Na salvação
efetuada por Cristo, Paulo vê lugar para "temor e tremor" da nossa
parte. Todo filho de Deus deve possuir um santo temor que o faça tremer diante
da Palavra de Deus (Is 66.2) e o leve a desviar-se de todo mal (Pv 3.7; 8.13).
O temor (gr. phobos) do Senhor não é de conformidade com a definição
freqüentemente usada, a mera "confiança reverente", mas inclui o
santo temor do poder de Deus, da sua santidade e da sua justa retribuição, e um
pavor de pecar contra Ele e das conseqüências desse pecado (cf. Êx 3.6; Sl
119.120; Lc 12.4,5). Não é um temor destrutivo, mas um temor que controla e que
redime e que aproxima o crente de Deus, de suas bênçãos, da pureza moral, da
vida e da salvação (cf. Sl 5.7; 85.9; Pv 14.27; 16.6).
FILIPENSES 2.13 DEUS É O QUE OPERA EM VÓS.
A graça de
Deus opera nos seus filhos, para produzir neles tanto o desejo quanto o poder
para cumprir a sua vontade. Mesmo assim, a obra de Deus dentro de nós não é de
compulsão, nem de graça irresistível. A obra da graça dentro de nós (1.6; 1 Ts
5.24; 2 Tm 4.18; Tt 3.5-7) sempre depende da nossa fidelidade e cooperação (vv.
12,14-16)
FILIPENSES 2.15 GERAÇÃO CORROMPIDA E PERVERSA.
Jesus e os
apóstolos enfatizaram que o mundo em que vivemos é uma "geração incrédula
e perversa" (Mt 17.17; cf. 12.39; At 2.40). O povo deste mundo tem
mentalidade errada, valores distorcidos, critérios imorais de vida e rejeitam
as normas e padrões da Palavra de Deus. Os filhos de Deus devem separar-se do
mundo e ser inculpáveis, puros de coração e irrepreensíveis, a fim de
proclamarem ao mundo perdido a gloriosa redenção em Cristo (Cf. 1 Jo 2.15).
FILIPENSES 2.17 E, AINDA QUE SEJA OFERECIDO... SOBRE O
SACRIFÍCIO.
O amor e a
solicitude de Paulo pelos filipenses era tão grande, que ele estava disposto a
dar a sua vida por eles, como se fosse uma oferenda a Deus.
(1) Paulo
não lastimaria; antes se regozijaria como a vítima do sacrifício, se assim os
filipenses passassem a ter mais fé em Cristo e mais amor a Ele (cf. 2 Tm 4.6).
(2) Já que Paulo tinha tamanho amor sacrificial
pelos seus filhos espirituais na fé, que sacrifícios e sofrimentos devemos
estar dispostos a enfrentar em prol da fé dos nossos próprios filhos? Para que
nossos filhos tenham uma vida inteiramente dedicada ao Senhor, se necessário
for, devemos dar até a nossa vida como oferta ao Senhor.
ALGUMAS VIRTUDES INDISPENSÁVEIS AO CRENTE NO SERMÃO DE JESUS.
MATEUS 5.1 O SERMÃO
DO MONTE.
Nos capítulos 5 7, temos o que é comumente chamado de o
Sermão do Monte. Contém a revelação dos princípios divinos da justiça, segundo
os quais todos os cristãos devem viver pela fé no Filho de Deus (Gl 2.20), e
mediante o poder do Espírito que neles habita (cf. Rm 8.2-14; Gl 5.16-25).
Todos nós, que pertencemos ao reino de Deus, devemos ter uma intensa fome e
sede da justiça de que trata este sermão de Cristo (ver 5.6).
MATEUS 5.3
BEM-AVENTURADOS OS POBRES DE ESPÍRITO.
A palavra bem-aventurados refere-se ao estado abençoado
daqueles que, por seu relacionamento com Cristo e a sua Palavra, receberam de
Deus o amor, o cuidado, a salvação e sua presença diária (ver 14.19 nota; Lc
24.50). Há certas condições necessárias para recebermos as bênçãos do reino de
Deus. Para recebê-las, devemos viver segundo os padrões revelados por Deus nas
Escrituras, e nunca pelos do mundo. A primeira destas condições é ser pobre de
espírito , o que significa reconhecermos que não temos qualquer
auto-suficiência espiritual; que dependemos da vida do Espírito; do poder e
graça divinos para podermos herdar o reino de Deus.
MATEUS 5.4 OS QUE
CHORAM.
Aqui, chorar é contristar-se profundamente por causa das
nossas próprias fraquezas quando nos medimos com o padrão divino de justiça (v.
6; 6.33). É também sentirmos pesar por aquilo que entristece a Deus. É ter
nossos sentimentos em sintonia com os sentimentos de Deus. É sentir aflição em
nosso espírito por causa do pecado, da imoralidade e da crueldade prevalecentes
no mundo (ver Lc 19.41; At 20.19; 2 Pe 2.8).
MATEUS 5.5 OS MANSOS.
Os mansos são os humildes e submissos diante de Deus. Acham nEle o seu refúgio
e lhe consagram todo o seu ser. Preocupam-se mais com a obra de Deus e o povo
de Deus do que com aquilo que lhes possa acontecer pessoalmente (cf. Sl 37.11).
Os mansos, e não os violentos, herdarão por fim a terra.
MATEUS 5.6 FOME E
SEDE DE JUSTIÇA.
Este é um dos versículos mais importantes do Sermão do
Monte.
(1) A condição fundamental para uma vida santa em todos os
aspectos é ter fome e sede de justiça (cf. 6.33). Tal fome é vista em Moisés
(Êx 33.13, 18), em Davi (Sl 42.1,2; 63.1,2) e no apóstolo Paulo (Fp 3.8-10). O
estado espiritual do cristão durante toda sua vida dependerá da sua fome e sede
da presença de Deus (Dt 4.29), da Palavra de Deus (Sl 119), da comunhão com
Cristo (Fp 3.8-10), da justiça (5.6) e da volta do Senhor (2 Tm 4.8).
(2) A fome que o cristão tem das coisas de Deus pode ser
destruída pelas preocupações deste mundo, pelo engano das riquezas (13.22),
pela ambição pelas coisas materiais (Mc 4.19), pelos prazeres do mundo (Lc
8.14) e por deixar de permanecer em Cristo (ver Jo 15.4). Quando a fome de Deus
cessa no crente, este morre espiritualmente (ver Rm 5.21 nota). É então
indispensável que sejamos sensíveis ao Espírito Santo ao convencer-nos do
pecado (ver Jo 16.8-13; Rm 8.5-16). Aqueles que sinceramente têm fome e sede de
justiça serão fartos .
MATEUS 5.7 OS
MISERICORDIOSOS.
Os misericordiosos estão cheios de compaixão e dó para com
os que sofrem por causa do pecado ou de aflições. Os misericordiosos desejam
minorar os sofrimentos, conduzindo os sofredores à graça de Deus por meio de
Jesus Cristo (cf. 18.33-35; Lc 10.30-37; Hb 2.17). Sendo misericordiosos para com
os outros, eles alcançarão misericórdia
MATEUS 5.8 OS LIMPOS
DE CORAÇÃO.
Os limpos de coração são os que foram libertos do poder do
pecado mediante a graça de Deus, e que agora se esforçam sem dolo para agradar
e glorificar a
Deus e serem parecidos com Ele.
(1) Procuram ter a mesma
atitude interior que Deus tem amor à justiça e ódio ao mal (ver Hb 1.9 nota).
Seu coração (que inclui a mente, a vontade e as emoções) está em harmonia com o
coração de Deus (1 Sm 13.14; Mt 22.37; 1 Tm 1.5).
(2)
Somente os limpos de coração verão a Deus . Ver a Deus significa ser seu filho
e habitar na sua presença, tanto agora como no seu reino futuro (Êx 33.11; Ap
21.7; 22.4)
MATEUS 5.9 OS
PACIFICADORES.
Os pacificadores são aqueles que se reconciliaram com Deus.
Têm paz com Ele mediante a cruz (Rm 5.1; Ef 2.14-16). E agora se esforçam,
mediante seu testemunho e sua vida, para levarem outras pessoas, inclusive seus
inimigos, à paz com Deus.
MATEUS 5.10
PERSEGUIDOS POR CAUSA DA JUSTIÇA.
Todos que procuram viver de acordo com a Palavra de Deus,
por amor à justiça sofrerão perseguição.
(1) Aqueles que conservam os padrões divinos da verdade, da
justiça e da pureza e que, ao mesmo tempo, se recusam a transigir com a
presente sociedade pecaminosa e com o modo de vida dos crentes mornos (Ap 2;
3.1-4,14-22) sofrerão impopularidade, rejeição e críticas. O mundo lhes moverá
perseguição e oposição (10.22; 24.9; Jo 15.19) e, às vezes, da parte de membros
da igreja professa (At 20.28-31; 2 Co 11.3-15; 2 Tm 1.15; 3.8-14; 4.16). Ao
experimentar tal sofrimento, o cristão deve regozijar-se (5.12), porque Deus
outorga a maior bênção àqueles que sofrem mais (2 Co 1.5; 2 Tm 2.12; 1 Pe 1.7;
4.13).
(2) O cristão deve precaver-se da tentação de transigir
quanto à vontade de Deus, a fim de evitar a vergonha, a ridicularização, o
constrangimento, ou algum prejuízo (10.33; Mc 8.38; Lc 9.26; 2 Tm 2.12). Os
princípios do reino de Deus nunca mudam: Todos os que piamente querem viver em
Cristo Jesus padecerão perseguições (2 Tm 3.12). A promessa aos que enfrentam e
suportam perseguições por causa da justiça é que dos tais é o reino dos céus.
MATEUS 5.13 SAL DA
TERRA.
Os cristãos são o sal da terra . Dois dos valores do sal
são: o sabor e o poder de preservar da corrupção. O cristão e a igreja,
portanto, devem ser exemplos para o mundo e, ao mesmo tempo, militarem contra o
mal e a corrupção na sociedade.
(1) As igrejas mornas
apagam o poder do Espírito Santo e deixam de resistir ao espírito predominante
no mundo. Elas serão lançadas fora por Deus (ver Ap 3.16).
(2) Tais igrejas serão destruídas, pisoteadas pelos homens
(v.13); i.e., os mornos serão destruídos pelos maus costumes e pelos baixos
valores da sociedade ímpia (cf. Dt 28.13,43,48; Jz 2.20-22).
VIRTUDES QUE NÃO PODEM FALTAR NA VIDA DO VERDADEIRO CRISTÃO.
AS OBRAS DA
CARNE E O FRUTO DO ESPÍRITO
Gl 5.19-23
“Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza,
lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras,
pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e
coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos
disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus. Mas o fruto
do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra
essas coisas não há lei.”
Nenhum
trecho da Bíblia apresenta um mais nítido contraste entre o modo de vida do
crente cheio do Espírito e aquele controlado pela natureza humana pecaminosa do
que 5.16-26. Paulo não somente examina a diferença geral do modo de vida desses
dois tipos de crentes, ao enfatizar que o Espírito e a carne estão em conflito
entre si, mas também inclui uma lista específica tanto das obras da carne, como
do fruto do Espírito.
OBRAS DA
CARNE. “Carne” (gr. sarx) é a natureza pecaminosa com seus desejos corruptos, a
qual continua no cristão após a sua conversão, sendo seu inimigo mortal (Rm
8.6-8,13; Gl 5.17,21). Aqueles que praticam as obras da carne não poderão
herdar o reino de Deus (5.21). Por isso, essa natureza carnal pecaminosa
precisa ser resistida e mortificada numa guerra espiritual contínua, que o
crente trava através do poder do Espírito Santo (Rm 8.4-14; ver Gl 5.17 nota).
As obras da carne (5.19-21) incluem:
(1)
“Prostituição” (gr. pornéia), i.e., imoralidade sexual de todas as formas. Isto
inclui, também, gostar de quadros, filmes ou publicações pornográficos (cf. Mt
5.32; 19.9; At 15.20,29; 21.25; 1Co 5.1). Os termos moichéia e pornéia são
traduzidos por um só em português: prostituição.
(2)
“Impureza” (gr. akatharsia), i.e., pecados sexuais, atos pecaminosos e vícios,
inclusive maus pensamentos e desejos do coração (Ef 5.3; Cl 3.5).
(3)
“Lascívia” (gr. aselgeia), i.e., sensualidade. É a pessoa seguir suas próprias
paixões e maus desejos a ponto de perder a vergonha e a decência (2Co 12.21).
(4)
“Idolatria” (gr. eidololatria), i.e., a adoração de espíritos, pessoas ou
ídolos, e também a confiança numa pessoa, instituição ou objeto como se tivesse
autoridade igual ou maior que Deus e sua Palavra (Cl 3.5).
(5)
“Feitiçarias” (gr. pharmakeia), i.e., espiritismo, magia negra, adoração de
demônios e o uso de drogas e outros materiais, na prática da feitiçaria (Êx
7.11,22; 8.18; Ap 9.21; 18.23).
(6)
“Inimizades” (gr. echthra), i.e., intenções e ações fortemente hostis;
antipatia e inimizade extremas.
(7)
“Porfias” (gr. eris), i.e., brigas, oposição, luta por superioridade (Rm 1.29;
1Co 1.11; 3.3).
(8)
“Emulações” (gr. zelos), i.e., ressentimento, inveja amarga do sucesso dos
outros (Rm 13.13; 1Co 3.3).
(9) “Iras”
(gr. thumos), i.e., ira ou fúria explosiva que irrompe através de palavras e
ações violentas (Cl 3.8).
(10)
“Pelejas” (gr. eritheia), i.e., ambição egoísta e a cobiça do poder (2Co 12.20;
Fp 1.16,17).
(11)
“Dissensões” (gr. dichostasia), i.e., introduzir ensinos cismáticos na
congregação sem qualquer respaldo na Palavra de Deus (Rm 16.17).
(12)
“Heresias” (gr. hairesis), i.e., grupos divididos dentro da congregação,
formando conluios egoístas que destroem a unidade da igreja (1Co 11.19).
(13) “Invejas”
(gr. fthonos), i.e., antipatia ressentida contra outra pessoa que possui algo
que não temos e queremos.
(14)
“Homicídios” (gr. phonos), i.e., matar o próximo por perversidade. A tradução
do termo phonos na Bíblia de Almeida está embutida na tradução de methe, a
seguir, por tratar-se de práticas conexas.
(15)
“Bebedices” (gr. methe), i.e., descontrole das faculdades físicas e mentais por
meio de bebida embriagante. (16) “Glutonarias” (gr. komos), i.e., diversões,
festas com comida e bebida de modo extravagante e desenfreado, envolvendo
drogas, sexo e coisas semelhantes. As palavras finais de Paulo sobre as obras
da carne são severas e enérgicas: quem se diz crente em Jesus e participa
dessas atividades iníquas exclui-se do reino de Deus, i.e., não terá salvação
(5.21; ver 1Co 6.9).
O FRUTO DO
ESPÍRITO. Em contraste com as obras da carne, temos o modo de viver íntegro e
honesto que a Bíblia chama “o fruto do Espírito”. Esta maneira de viver se
realiza no crente à medida que ele permite que o Espírito dirija e influencie
sua vida de tal maneira que ele (o crente) subjugue o poder do pecado,
especialmente as obras da carne, e ande em comunhão com Deus (ver Rm 8.5-14
nota; 8.14 nota; cf. 2Co 6.6; Ef 4.2,3; 5.9; Cl 3.12-15; 2Pe 1.4-9). O fruto do
Espírito inclui:
(1)
“Caridade” (gr. agape), i.e., o interesse e a busca do bem maior de outra
pessoa sem nada querer em troca (Rm 5.5; 1Co 13; Ef 5.2; Cl 3.14).
(2) “Gozo”
(gr. chara), i.e., a sensação de alegria baseada no amor, na graça, nas
bênçãos, nas promessas e na presença de Deus, bênçãos estas que pertencem
àqueles que crêem em Cristo (Sl 119.16; 2Co 6.10; 12.9; 1Pe 1.8; ver Fp 1.14).
(3) “Paz”
(gr. eirene), i.e., a quietude de coração e mente, baseada na convicção de que
tudo vai bem entre o crente e seu Pai celestial (Rm 15.33; Fp 4.7; 1Ts 5.23; Hb
13.20).
(4)
“Longanimidade” (gr. makrothumia), i.e., perseverança, paciência, ser tardio
para irar-se ou para o desespero (Ef 4.2; 2Tm 3.10; Hb 12.1).
(5)
“Benignidade” (gr. chrestotes), i.e., não querer magoar ninguém, nem lhe
provocar dor (Ef 4.32; Cl 3.12; 1Pe 2.3).
(6)
“Bondade” (gr. agathosune), i.e., zelo pela verdade e pela retidão, e repulsa
ao mal; pode ser expressa em atos de bondade (Lc 7.37-50) ou na repreensão e na
correção do mal (Mt 21.12,13).
(7) “Fé”
(gr. pistis), i.e., lealdade constante e inabalável a alguém com quem estamos
unidos por promessa, compromisso, fidedignidade e honestidade (Mt 23.23; Rm
3.3; 1Tm 6.12; 2Tm 2.2; 4.7; Tt 2.10).
(8)
“Mansidão” (gr. prautes), i.e., moderação, associada à força e à coragem;
descreve alguém que pode irar-se com eqüidade quando for necessário, e também
humildemente submeter-se quando for preciso (2Tm 2.25; 1Pe 3.15; para a
mansidão de Jesus, cf. Mt 11.29 com 23; Mc 3.5; a de Paulo, cf. 2Co 10.1 com
10.4-6; Gl 1.9; a de Moisés, cf. Nm 12.3 com Êx 32.19,20).
(9)
“Temperança” (gr. egkrateia), i.e., o controle ou domínio sobre nossos próprios
desejos e paixões, inclusive a fidelidade aos votos conjugais; também a pureza
(1Co 7.9; Tt 1.8; 2.5).
O ensino final
de Paulo sobre o fruto do Espírito é que não há qualquer restrição quanto ao
modo de viver aqui indicado. O crente pode — e realmente deve — praticar essas
virtudes continuamente. Nunca haverá uma lei que lhes impeça de viver segundo
os princípios aqui descritos.
RECOMENDAÇÕES BÍBLICASS PARA A VIDA CRISTÃ.
GALATAS 6.2 LEVAI AS
CARGAS UNS DOS OUTROS.
Levar as cargas uns dos outros inclui ajudar os necessitados
em tempos de enfermidade, tribulação e aperto financeiros. É possível que Paulo
tivesse em mente o sustento de missionários e mestres (ver v. 6; cf. Rm 15.1; 1
Co 9.14). Carregar o fardo doutra pessoa é um trabalho de ordem divina (Sl
55.22; 1 Pe 5.7).
GALATAS 6.6-10
REPARTA COM AQUELE.
É dever de todos que recebem o ensino da Palavra de Deus
ajudar a sustentar materialmente àqueles que lhes ensinam a Palavra (1 Co 9.14;
1 Tm 5.18). Dentre os que são dignos desse sus-tento estão os fiéis pastores,
obreiros, mestres, evangelistas e missionários (1 Co 9.14; 3 Jo 6-8). Deixar de
prover seu sustento, quando há recursos disponíveis, é semear egoísmo na carne
e ceifar a corrupção (vv. 7-9). Dar àqueles que ministram a Palavra faz parte
do cumprimento desta ordem: "fazei bem aos domésticos da fé" (v. 10);
"porque a seu tempo ceifaremos" (v. 9), tanto o galardão (Mt
10.41,42) como a vida eterna (v. 8).
GALATAS 6.14 O MUNDO
ESTÁ CRUCIFICADO PARA MIM.
A cruz de Cristo, que representa a morte horrível que o
Salvador sofreu em prol da nossa salvação eterna, passa agora a ser a barreira
mediante a qual o mundo está isolado de nós, e nós, do mundo. O
"mundo" significa tudo quanto se opõe a Deus, ao seu reino e à sua
justiça (cf. 4.3; 1 Co 2.12; 3.19; 1 Jo 2.15-17).
(1) Os que fazem da cruz de Cristo a sua vida, a sua glória
e o seu triunfo, já não estimam nem amam o mundo com todos os padrões, valores,
opiniões, honrarias e modos de vida por ele aceitos.
(2) Sermos crucificados com Cristo (2.20) inclui sermos
crucificados para o mundo. Não há maneira de compartilharmos da salvação e da
glória da sua cruz, senão virar as costas a todos os prazeres mundanos, pois
estes desviam nosso coração de Cristo e da sua presença conosco.
ROMANOS 12.2 NÃO VOS
CONFORMEIS COM ESTE MUNDO, MAS TRANSFORMAI-VOS.
Paulo deixa subentender várias coisas neste versículo.
(1) Devemos reconhecer que o presente sistema mundano é mau
(At 2.40; Gl 1.4), e que está sob o controle de Satanás (Jo 12.31; 1 Jo 5.19).
(2) Devemos resistir às formas prevalecentes e populares do
proceder deste mundo e em lugar disso proclamar as verdades eternas e os
padrões justos da Palavra de Deus, por amor a Cristo (1 Co 1.17-24).
(3) Devemos desprezar e aborrecer aquilo que é mau, amar
aquilo que é justo (v. 9; 1 Jo 2.15-17; ver Hb 1.9) e não ceder aos vários
tipos de mundanismo que rodeiam a igreja, tais como cobiça, egoísmo,
oportunismo, conceitos humanistas, artifícios políticos visando ao poder,
inveja, ódio, vingança, impureza, linguagem imunda, diversões ímpias, vestes
imodestas e provocantes, imoralidade, drogas, bebidas alcoólicas e companhias
mundanas.
(4) Devemos conformar nossa mente à maneira de Deus pensar
(1 Co 2.16; Fp 2.5), mediante a leitura da Palavra de Deus e sua meditação (Sl
119.11,148; Jo 8.31,32; 15.7). Devemos permitir que nossos planos, alvos e
aspirações sejam determinados pelas verdades celestiais e eternas e não por
este presente século mau, profano e passageiro.
1PEDRO 2.9 A NAÇÃO
SANTA.
Os crentes são separados do mundo a fim de pertencerem
totalmente a Deus (Cf. At 20.28; Tt 2.14) e de proclamarem o evangelho da salvação
para a glória e louvor de Deus (cf. Êx 19.6; Is 43.20,21).
2PEDRO 1.4
PARTICIPANTES DA NATUREZA DIVINA.
Nossa participação na natureza divina é mais uma descrição
do novo nascimento, mediante o qual recebemos vida divina (ver o estudo A REGENERAÇÃO).
Participamos da natureza de Deus, para nos conformarmos com Ele e com a sua
santidade (cf. 1 Co 6.19; Ef 4.24).
EFÉSIOS 3.16-19
FORTALECIDOS COM PODER... NO HOMEM INTERIOR.
Ter nosso "homem interior" fortalecido,
"fortalecido com poder" pelo Espírito, é ter nossos sentimentos,
pensamentos e propósitos colocados cada vez mais sob sua influência e
orientação, de tal maneira que o Espírito possa manifestar seu poder através de
nós, em medida cada vez maior. O propósito desse fortalecimento pelo Espírito é
quádruplo:
(1) que Cristo estabeleça a sua presença em nossos corações
(vv. 16,17; cf. Rm 8.9,10);
(2) que sejamos fundamentados em amor sincero a Deus, a Cristo
e ao próximo;
(3) que compreendamos e experimentemos em nossa vida o amor
de Cristo (vv. 18,19); (4) que sejamos "cheios de toda a plenitude de
Deus" (v. 19), i.e., que a presença de Deus nos encha de tal modo que
reflitamos e manifestemos, desde o íntimo do nosso ser, o caráter e a estatura
do Senhor Jesus Cristo (cf. 4.13,15,22-24).
EFÉSIOS 5.11 OBRAS...
DAS TREVAS.
Aquele que é em tudo leal a Cristo, não pode ser neutro, nem
manter silêncio quanto às "obras infrutuosas das trevas" (v. 11) e à
imoralidade (vv. 3-6). Deve sempre estar pronto a desmascarar, repreender e
denunciar o mal em todas as suas formas. Bradar sinceramente contra toda a
iniqüidade é odiar o pecado (Hb 1.9), tomar posição com Deus, contra o mal (Sl
94.16) e permanecer fiel a Cristo, o qual também denunciava as obras das trevas
(Jo 7.7; Is 15.18-20; cf. Lc 22.28).
JOÃO 13.34 AMEIS UNS
AOS OUTROS.
O cristão é exortado a amar de um modo especial a todos os
outros cristãos verdadeiros, quer sejam membros da sua igreja e da sua
persuasão teológica, quer não.
(1) Isso significa que o crente deve saber distinguir os
cristãos verdadeiros daqueles cuja confissão de fé é falsa, observando a sua
obediência a Jesus Cristo e sua lealdade às Sagradas Escrituras (5.24; 8.31;
10.27; Mt 7.21; Gl 1.9).
(2) Isso significa que quem possui uma fé viva em Jesus
Cristo e é leal à Palavra inspirada e inerrante de Deus, conforme tal pessoa a compreende,
e que resiste ao espírito modernista e mundano predominante em nossos tempos, é
meu irmão em Cristo e merece meu amor, consideração e apoio especiais.
(3) Amar a todos os cristãos verdadeiros, inclusive os que
não pertencem à minha igreja, não significa transigir ou acomodar minhas
crenças bíblicas específicas nos casos de diferenças doutrinárias. Também não significa
querer promover união denominacional.
(4) O cristão nunca deverá transigir quanto à santidade de
Deus. É essencial que o amor a Deus e à sua vontade, conforme revelados na sua Palavra,
controlem e orientem nosso amor ao próximo. O amor a Deus deve sempre ocupar o
primeiro lugar em nossa vida( Mt 22.37,39).
JOÃO 13.35 CONHECERÃO
QUE SOIS MEUS DISCÍPULOS.
O amor (gr. agape) deve ser a marca distintiva dos
seguidores de Cristo (1 Jo 3.23; 4.7-21). Este amor é, em suma, um amor
abnegado e sacrificial, que visa ao bem do próximo (1 Jo 4.9,10). Por isso, o
relacionamento entre os crentes deve ser caracterizado por uma solicitude
dedicada e firme, que vise altruisticamente a promover o sumo bem uns dos
outros. Os cristãos devem ajudar uns aos outros nas provações, evitar ferir os
sentimentos e a reputação uns dos outros e negar-se a si mesmos para promover o
mútuo bem-estar (cf 1 Jo 3.23; 1 Co 13; 1 Ts 4.9; 1 Pe 1.22; 2 Ts 1.3; Gl 6.2;
2 Pe 1.7).
JOAO 15.1 EU SOU A
VIDEIRA VERDADEIRA.
Nesta parábola ou alegoria, Jesus se descreve como "a
videira verdadeira" e aqueles que se tornaram seus discípulos, como
"os ramos". Ao permanecerem ligados nEle como a fonte da vida,
frutificam. Deus é o lavrador que cuida dos ramos, para que dêem fruto (vv.
2,8). Deus espera que todo crente dê fruto.
JOAO 15.2 TODA VARA.
Jesus fala de duas categorias de varas: infrutíferas e
frutíferas.
(1) As varas que cessam de dar fruto são as que já não têm
em si a vida que provém da fé perseverante em Cristo e do amor a Ele. A essas
varas o Pai tira, i.e., Ele as separa da união vital com Cristo (cf. Mt 3.10).
Quando cessam de permanecer em Cristo, Deus passa a julgá-las e a rejeitá-las
(v. 6).
(2) As varas que dão fruto são as que têm vida em si por
causa da sua perseverante fé e amor para com Cristo. A essas varas o Pai
"limpa", poda, a fim de ficarem mais frutíferas. Isso quer dizer que
Ele remove de suas vidas qualquer coisa que desvia ou impede o fluxo vital de
Cristo. O fruto é o caráter cristão, como qualidades, que no crente glorifica a
Deus, mediante sua vida e seu testemunho (ver Mt 3.8; 7.20; Rm 6.22; Gl
5.22,23; Ef 5.9; Fp 1.11)
JOAO 15.4 ESTAI EM MIM.
Quando uma pessoa crê em Cristo e recebe o seu perdão,
recebe a vida eterna e o poder de estar ou permanecer nEle. Tendo esse poder, o
crente precisa aceitar sua responsabilidade quanto à salvação e permanecer em
Cristo. Assim como a vara só tem vida enquanto a vida da videira flui na vara,
o crente tem a vida de Cristo somente enquanto esta vida flui nele pela sua
permanência em Cristo. A palavra grega aqui é meno, que significa
"continuar", "permanecer", "ficar",
"habitar". As condições mediante as quais permanecemos em Cristo são:
(1) conservar a Palavra de Deus continuamente em nosso
coração e mente, tendo-a como o guia das nossas ações (v. 7);
(2) cultivar o hábito da comunhão constante e profunda com
Cristo, a fim de obtermos dEle forças e graça (v. 7);
(3) obedecer aos seus mandamentos e permanecer no seu amor
(v. 10) e amar uns aos outros (vv. 12,17);
(4) conservar nossa vida limpa, mediante a Palavra, resistindo
a todo pecado, ao mesmo tempo submetendo-nos à orientação do Espírito Santo (v.
3; 17.17; Rm 8.14; Gl 5.16-18; Ef 5.26; 1 Pe 1.22)
15.6 SERÁ LANÇADO FORA, COMO A VARA.
A alegoria da videira e das varas deixa plenamente claro que
Cristo não admitia que "uma vez na videira, sempre na videira". Pelo
contrário, Jesus nessa alegoria faz aos seus discípulos uma advertência séria,
porém amorosa, mostrando que é possível um verdadeiro crente abandonar a fé,
deixar Jesus, não permanecer mais nEle e por fim ser lançado no fogo eterno do
inferno (v. 6).
(1) Temos aqui o princípio fundamental que rege o
relacionamento salvífico entre Cristo e o crente, a saber: que nunca é um
relacionamento estático, baseado exclusivamente numa decisão ou experiência
passada. Trata-se, pelo contrário, de um relacionamento progressivo, à medida
que Cristo habita no crente e comunica-lhe sua vida divina (ver 17.3; Cl 3.4; 1
Jo 5.11-13).
(2) Três verdades importantes são ensinadas nesta passagem.
(a) A responsabilidade de permanecer em Cristo recai sobre o
discípulo (ver v. 4). É esta a nossa maneira de corresponder ao dom da vida e
ao poder divinos concedidos no momento da conversão.
(b) Permanecer em Cristo resulta em Jesus continuar a
habitar em nós (v. 4a); frutificação do discípulo (v. 5); sucesso na oração (v.
7); plenitude de alegria (v. 11).
(c) As conseqüências do crente deixar de permanecer em
Cristo são a ausência de fruto (vv. 4,5), a separação de Cristo e a perdição (vv.
2a,6).
ELABORADO PELO EV. NATALINO DOS ANJOS
PROFESSOR DA E.B.D e PESQUISADOR
PASTOR NA IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS DE TESOURO
CAMPO DE GUIRATINGA - MATO GROSSO
FONTE DE PESQUISA:
BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL
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