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domingo, 28 de julho de 2013

AS VIRTUDES DOS SALVOS EM CRISTO - LIÇÃO 05 COM SUBSIDIOS

Lição 05
04 DE AGOSTO DE 2013
3º TRIMESTRE DE 2013

AS VIRTUDES DOS SALVOS EM CRISTO

TEXTO ÁUREO
“porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2.13).

VERDADE PRÁTICA
A salvação é obra da graça de Deus, garantida à humanidade mediante a morte expiatória de Jesus.

LEITURA BÍBLICA:
Filipenses 2.12-18
12 - De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor;
13 - porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.
14 - Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas;
15 - para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo;
16 - retendo a palavra da vida, para que, no Dia de Cristo, possa gloriar-me de não ter corrido nem trabalhado em vão.
17 - E, ainda que seja oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, folgo e me regozijo com todos vós.
18 - E vós também regozijai-vos e alegrai-vos comigo por isto mesmo.


OBJETIVOS:
Conhecer a dinâmica da salvação;
Analisar a operação da salvação;
Saber que a salvação opera alegria e contentamento do crente.

PALAVRA-CHAVE:
Virtude – na lição é a disposição firme e constante para a prática do bem.

INTRODUÇÃO
Na lição de hoje, aprenderemos que a obediência a Deus é uma virtude que deve ser buscada por todos aqueles que são salvos em Cristo. O apostolo Paulo não duvidava da obediência dos irmãos filipenses, contudo, ele reafirma aos crentes a verdade de que a submissão ao Evangelho de Cristo é uma das principais virtudes dos salvos. Assim, a intenção do apóstolo é estimular os cristãos de Filipos a continuar perseverando na obediência ao Santo Evangelho.

I - A DINÂMICA DA SALVAÇÃO (2.12,13).

1. O caráter dinâmico da salvação.
 No texto de Filipenses 2.12, podemos destacar três aspectos da salvação operada em nossa vida pelo Senhor Jesus.
O primeiro refere-se à obra realizada e consumada de forma suficiente na cruz do calvário. É a salvação da pena do pecado. Não somos mais escravos e sim libertos em Cristo (Rm 8.1).
O segundo aspecto diz respeito ao caráter progressivo da salvação na vida do crente. Mesmo que o nosso corpo ainda não tenha sido transformado, resistimos ao pecado e este não mais nos domina (Rm 8.9; cf. 1 Jo 2.1,2).
Não obstante o fato de a salvação eterna vir de Deus, Paulo diz que o Senhor nos chama a zelar e a “desenvolvê-la” em nosso cotidiano.
Por último o texto trata da plenitude da salvação, quando finalmente o nosso corpo receberá uma redenção gloriosa e não mais teremos dor, angústia ou lágrimas, pois estaremos para sempre com o Senhor (1 Ts 4.14-17).

2. Deus é a fonte da vida.
Por si só o crente não pode ser salvo (Fp 2.13), pois é o Espírito Santo que “opera” no homem a salvação (Jo 16.8-11). Sem o Senhor, a humanidade está cega, morta no pecado e carente da iluminação do Espírito para o arrependimento. Se na vida dos ímpios Satanás opera instigando à prática das obras más (2 Ts 2.9), é o Espírito de Deus que opera nos crentes a vida eterna (Jo 16.7-12; cf. Rm 8.9,14). Dessa forma, o salvo torna-se um instrumento de justiça num mundo corrompido.

3. A bondade divina.
A idéia que a salvação tem um caráter seletivo não é bíblico. Todos têm o direito de recebê-la. O querer e o efetuar de Deus não anula esse direito, pelo contrário, a operação do Eterno habilita qualquer pessoa à salvação através da iluminação do evangelho ( Jo 1.9), tornando-se posteriormente útil ao corpo de Cristo ( Ef 4.11-16; 1 Co 12.7).

SINOPSE DO TÓPICO (1):
Por si só o crente não pode ser salvo, pois é o Espírito Santo que “opera” no homem o desejo da salvação.

II - OPERANDO A SALVAÇÃO COM TEMOR E TREMOR (2.12-16).
1. “fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas”.
O versículo 14, o apóstolo destaca duas posturas nocivas à predisposição dos filipenses:

A) Murmurações.
O antigo testamento descreve a murmurações dos judeus como uma atitude de rebelião. Quando os israelitas atravessaram o deserto, sob a liderança de Moisés, passaram a reclamar da pessoa do líder hebreu. Para eles, Moisés jamais deveria ter estimulado a saída do povo do Egito (Nm 11.1; 14.1-4; 20.2-5). Esse fato constrangeu o homem mais manso da face da terra e os israelitas receberam dele a alcunha de “geração perversa e rebelde” (Dt 32.5,20). Tal “titulação” não se aplica aos filipenses, pois eles não eram rebeldes nem murmuradores, ainda assim o apóstolo Paulo os exortou a fazer todas e quaisquer coisas sem murmurações ou queixas, tal como convém aos mansos.

B) Contendas.
Em o novo testamento, a expressão grega para contendas é dialogismos. Essa expressão descreve as disputas e os debates inúteis que geram dúvidas e separações na igreja local. É o mesmo que discussões, litígio e dissensões. Infelizmente, muitos hoje as promovem levando, inclusive, seus irmãos aos tribunais (1 Co 6.1-8). Esta, difinitivamente, não é a vontade de Deus para sua Igreja.

2. “sejais irrepreensíveis e sinceros”.
 O apóstolo apela aos filipenses para que se achem irrepreensíveis e sinceros. Ser irrepreensível significa conduzir-se de forma correta e moralmente pura, não necessitando de repreensão. É alguém que dominou a carne, pois anda no Espírito (Gl 5.16,17). A sinceridade é outra virtude que se opõe ao mal, ao dolo, ao engano e à má fé. A pessoa sincera pauta-se pela lealdade, a lisura e a boa fé. Nada menos que isso é o que o eterno espera do seu povo.

3. “retendo a palavra da vida”.
 Para o apóstolo, reter a palavra de Deus não é apenas assimilá-la, mas, sobretudo praticá-la, pois o poder da palavra gera Vida (Hb 4.12). por isso, Paulo encoraja os filipenses a guardarem a Palavra, pois alem de promover a vida no presente, ela ainda nos garante, esperança e vida eterna para o futuro próximo.

 SINOPSE TÓPICO (2):
De acordo com o ensino do apóstolo Paulo, quem guarda a Palavra, não murmura, não cria contendas e vive em sinceridade.

 III - A SALVAÇÃO OPERA O CONTENTAMENTO E A ALEGRIA
(2.17,18).

1. O contentamento da salvação operada (v.17).
 O apóstolo Paulo reporta-se ao Antigo Testamento para mostrar aos filipenses como, a fim de servi-los, ele entregou sua vida: “ainda que seja oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé” (v.17). O apóstolo está ciente das privações que impôs a si mesmo para edificar o Corpo de Cristo em Filipos. Ele, porém, se regozija e alegra-se pelo privilégio se servir aos filipenses. Em outras palavras, a essa altura, o sacrifício e os desgastes do apóstolo são superados pela alegria de contemplar, naquela comunidade, o fruto da sua vocação dada por Cristo Jesus: a salvação operada em sua vida também operada na dos filipenses.

2. A alegria do povo de Deus (v.18).
 O apóstolo estimula os filipenses a celebrarem juntamente com ele esta tão grande salvação (Hb 2.3). O apelo de Paulo é contagiante: “regozijai-vos e alegrai-vos comigo por isto mesmo” (v.18). A alegria de Paulo é proveniente do fato de que uma vez que Jesus nos salvou mediante o seu sacrifício no Calvário, agora o Mestre nos chama para testemunharmos a verdade desta mesma salvação operada me nós (v.13). Portanto, alegremo-nos e regozijemo-nos nisto.

 SINOPSE DO TÓPICO (3)
A salvação opera no povo de Deus a alegria e o contentamento.

 CONCLUSÃO

O Evangelho nos convoca a desenvolvermos a salvação recebida por Deus através de Cristo Jesus. Devemos ser santos, como santo é o Senhor nosso Deus. Para isso, precisamos nos afastar de todas as murmurações e contendas e abrigarmo-nos no Senhor, vivendo uma vida irrepreensível, sincera e que retenha a palavra da vida (2.16). Somente assim a alegria inundará a nossa alma e testemunharemos do seu poder salvador para toda a humanidade.


SUBSIDIOS

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE.
FILIPENSES  2.12 OPERAI A VOSSA SALVAÇÃO.
Como crentes salvos pela graça, devemos concretizar a nossa salvação até o fim. Se deixarmos de fazê-lo, nós a perderemos.

(1) Não desenvolvemos a nossa salvação por meros esforços humanos, mas por meio da graça de Deus e do poder do Espírito Santo que nos foram outorgados.
(2) A fim de desenvolvermos a nossa salvação, devemos resistir ao pecado e atender os desejos do Espírito Santo em nosso íntimo. Isso envolve um esforço contínuo e ininterrupto, de usar todos os meios determinados por Deus para derrotarmos o mal e manifestarmos a vida de Cristo. Sendo assim, concretizar a nossa salvação é concentrar-nos na importância da santificação (ver Gl 5.17).
(3) Operamos a nossa salvação, chegando cada vez mais perto de Cristo (ver Hb 7.25 nota) e recebendo seu poder para querer e efetuar a boa vontade de Deus (ver v. 13). Deste modo, somos "cooperadores de Deus" (1 Co 3.9) para a nossa completa salvação no céu.
(4) Desenvolver a nossa salvação é tão vital que deve ser feito "com temor e tremor" (ver a próxima nota)

FILIPENSES  2.12 TEMOR E TREMOR.
Na salvação efetuada por Cristo, Paulo vê lugar para "temor e tremor" da nossa parte. Todo filho de Deus deve possuir um santo temor que o faça tremer diante da Palavra de Deus (Is 66.2) e o leve a desviar-se de todo mal (Pv 3.7; 8.13). O temor (gr. phobos) do Senhor não é de conformidade com a definição freqüentemente usada, a mera "confiança reverente", mas inclui o santo temor do poder de Deus, da sua santidade e da sua justa retribuição, e um pavor de pecar contra Ele e das conseqüências desse pecado (cf. Êx 3.6; Sl 119.120; Lc 12.4,5). Não é um temor destrutivo, mas um temor que controla e que redime e que aproxima o crente de Deus, de suas bênçãos, da pureza moral, da vida e da salvação (cf. Sl 5.7; 85.9; Pv 14.27; 16.6).

FILIPENSES  2.13 DEUS É O QUE OPERA EM VÓS.
A graça de Deus opera nos seus filhos, para produzir neles tanto o desejo quanto o poder para cumprir a sua vontade. Mesmo assim, a obra de Deus dentro de nós não é de compulsão, nem de graça irresistível. A obra da graça dentro de nós (1.6; 1 Ts 5.24; 2 Tm 4.18; Tt 3.5-7) sempre depende da nossa fidelidade e cooperação (vv. 12,14-16)

FILIPENSES  2.15 GERAÇÃO CORROMPIDA E PERVERSA.
Jesus e os apóstolos enfatizaram que o mundo em que vivemos é uma "geração incrédula e perversa" (Mt 17.17; cf. 12.39; At 2.40). O povo deste mundo tem mentalidade errada, valores distorcidos, critérios imorais de vida e rejeitam as normas e padrões da Palavra de Deus. Os filhos de Deus devem separar-se do mundo e ser inculpáveis, puros de coração e irrepreensíveis, a fim de proclamarem ao mundo perdido a gloriosa redenção em Cristo (Cf. 1 Jo 2.15).

FILIPENSES  2.17 E, AINDA QUE SEJA OFERECIDO... SOBRE O SACRIFÍCIO.
O amor e a solicitude de Paulo pelos filipenses era tão grande, que ele estava disposto a dar a sua vida por eles, como se fosse uma oferenda a Deus.
(1) Paulo não lastimaria; antes se regozijaria como a vítima do sacrifício, se assim os filipenses passassem a ter mais fé em Cristo e mais amor a Ele (cf. 2 Tm 4.6).
(2) Já que Paulo tinha tamanho amor sacrificial pelos seus filhos espirituais na fé, que sacrifícios e sofrimentos devemos estar dispostos a enfrentar em prol da fé dos nossos próprios filhos? Para que nossos filhos tenham uma vida inteiramente dedicada ao Senhor, se necessário for, devemos dar até a nossa vida como oferta ao Senhor.


ALGUMAS VIRTUDES INDISPENSÁVEIS AO CRENTE NO SERMÃO DE JESUS.

MATEUS  5.1 O SERMÃO DO MONTE.
Nos capítulos 5 7, temos o que é comumente chamado de o Sermão do Monte. Contém a revelação dos princípios divinos da justiça, segundo os quais todos os cristãos devem viver pela fé no Filho de Deus (Gl 2.20), e mediante o poder do Espírito que neles habita (cf. Rm 8.2-14; Gl 5.16-25). Todos nós, que pertencemos ao reino de Deus, devemos ter uma intensa fome e sede da justiça de que trata este sermão de Cristo (ver 5.6).

MATEUS  5.3 BEM-AVENTURADOS OS POBRES DE ESPÍRITO.
A palavra bem-aventurados refere-se ao estado abençoado daqueles que, por seu relacionamento com Cristo e a sua Palavra, receberam de Deus o amor, o cuidado, a salvação e sua presença diária (ver 14.19 nota; Lc 24.50). Há certas condições necessárias para recebermos as bênçãos do reino de Deus. Para recebê-las, devemos viver segundo os padrões revelados por Deus nas Escrituras, e nunca pelos do mundo. A primeira destas condições é ser pobre de espírito , o que significa reconhecermos que não temos qualquer auto-suficiência espiritual; que dependemos da vida do Espírito; do poder e graça divinos para podermos herdar o reino de Deus.

MATEUS  5.4 OS QUE CHORAM.
Aqui, chorar é contristar-se profundamente por causa das nossas próprias fraquezas quando nos medimos com o padrão divino de justiça (v. 6; 6.33). É também sentirmos pesar por aquilo que entristece a Deus. É ter nossos sentimentos em sintonia com os sentimentos de Deus. É sentir aflição em nosso espírito por causa do pecado, da imoralidade e da crueldade prevalecentes no mundo (ver Lc 19.41; At 20.19; 2 Pe 2.8).

MATEUS  5.5 OS MANSOS. 
Os mansos são os humildes e submissos diante de Deus. Acham nEle o seu refúgio e lhe consagram todo o seu ser. Preocupam-se mais com a obra de Deus e o povo de Deus do que com aquilo que lhes possa acontecer pessoalmente (cf. Sl 37.11). Os mansos, e não os violentos, herdarão por fim a terra.

MATEUS  5.6 FOME E SEDE DE JUSTIÇA.
Este é um dos versículos mais importantes do Sermão do Monte.

(1) A condição fundamental para uma vida santa em todos os aspectos é ter fome e sede de justiça (cf. 6.33). Tal fome é vista em Moisés (Êx 33.13, 18), em Davi (Sl 42.1,2; 63.1,2) e no apóstolo Paulo (Fp 3.8-10). O estado espiritual do cristão durante toda sua vida dependerá da sua fome e sede da presença de Deus (Dt 4.29), da Palavra de Deus (Sl 119), da comunhão com Cristo (Fp 3.8-10), da justiça (5.6) e da volta do Senhor (2 Tm 4.8).

(2) A fome que o cristão tem das coisas de Deus pode ser destruída pelas preocupações deste mundo, pelo engano das riquezas (13.22), pela ambição pelas coisas materiais (Mc 4.19), pelos prazeres do mundo (Lc 8.14) e por deixar de permanecer em Cristo (ver Jo 15.4). Quando a fome de Deus cessa no crente, este morre espiritualmente (ver Rm 5.21 nota). É então indispensável que sejamos sensíveis ao Espírito Santo ao convencer-nos do pecado (ver Jo 16.8-13; Rm 8.5-16). Aqueles que sinceramente têm fome e sede de justiça serão fartos .

MATEUS  5.7 OS MISERICORDIOSOS.
Os misericordiosos estão cheios de compaixão e dó para com os que sofrem por causa do pecado ou de aflições. Os misericordiosos desejam minorar os sofrimentos, conduzindo os sofredores à graça de Deus por meio de Jesus Cristo (cf. 18.33-35; Lc 10.30-37; Hb 2.17). Sendo misericordiosos para com os outros, eles alcançarão misericórdia

MATEUS  5.8 OS LIMPOS DE CORAÇÃO.
Os limpos de coração são os que foram libertos do poder do pecado mediante a graça de Deus, e que agora se esforçam sem dolo para agradar e glorificar a
Deus e serem parecidos com Ele. 

(1) Procuram ter a mesma atitude interior que Deus tem amor à justiça e ódio ao mal (ver Hb 1.9 nota). Seu coração (que inclui a mente, a vontade e as emoções) está em harmonia com o coração de Deus (1 Sm 13.14; Mt 22.37; 1 Tm 1.5). 

(2) Somente os limpos de coração verão a Deus . Ver a Deus significa ser seu filho e habitar na sua presença, tanto agora como no seu reino futuro (Êx 33.11; Ap 21.7; 22.4)

MATEUS  5.9 OS PACIFICADORES.
Os pacificadores são aqueles que se reconciliaram com Deus. Têm paz com Ele mediante a cruz (Rm 5.1; Ef 2.14-16). E agora se esforçam, mediante seu testemunho e sua vida, para levarem outras pessoas, inclusive seus inimigos, à paz com Deus.

MATEUS  5.10 PERSEGUIDOS POR CAUSA DA JUSTIÇA.
Todos que procuram viver de acordo com a Palavra de Deus, por amor à justiça sofrerão perseguição.

(1) Aqueles que conservam os padrões divinos da verdade, da justiça e da pureza e que, ao mesmo tempo, se recusam a transigir com a presente sociedade pecaminosa e com o modo de vida dos crentes mornos (Ap 2; 3.1-4,14-22) sofrerão impopularidade, rejeição e críticas. O mundo lhes moverá perseguição e oposição (10.22; 24.9; Jo 15.19) e, às vezes, da parte de membros da igreja professa (At 20.28-31; 2 Co 11.3-15; 2 Tm 1.15; 3.8-14; 4.16). Ao experimentar tal sofrimento, o cristão deve regozijar-se (5.12), porque Deus outorga a maior bênção àqueles que sofrem mais (2 Co 1.5; 2 Tm 2.12; 1 Pe 1.7; 4.13).

(2) O cristão deve precaver-se da tentação de transigir quanto à vontade de Deus, a fim de evitar a vergonha, a ridicularização, o constrangimento, ou algum prejuízo (10.33; Mc 8.38; Lc 9.26; 2 Tm 2.12). Os princípios do reino de Deus nunca mudam: Todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições (2 Tm 3.12). A promessa aos que enfrentam e suportam perseguições por causa da justiça é que dos tais é o reino dos céus.

MATEUS  5.13 SAL DA TERRA.
Os cristãos são o sal da terra . Dois dos valores do sal são: o sabor e o poder de preservar da corrupção. O cristão e a igreja, portanto, devem ser exemplos para o mundo e, ao mesmo tempo, militarem contra o mal e a corrupção na sociedade.
 (1) As igrejas mornas apagam o poder do Espírito Santo e deixam de resistir ao espírito predominante no mundo. Elas serão lançadas fora por Deus (ver Ap 3.16).
(2) Tais igrejas serão destruídas, pisoteadas pelos homens (v.13); i.e., os mornos serão destruídos pelos maus costumes e pelos baixos valores da sociedade ímpia (cf. Dt 28.13,43,48; Jz 2.20-22).


VIRTUDES QUE NÃO PODEM FALTAR NA VIDA DO VERDADEIRO CRISTÃO.

AS OBRAS DA CARNE E O FRUTO DO ESPÍRITO
Gl 5.19-23 “Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus. Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade,  bondade, fé, mansidão, temperança. Contra essas coisas não há lei.”
Nenhum trecho da Bíblia apresenta um mais nítido contraste entre o modo de vida do crente cheio do Espírito e aquele controlado pela natureza humana pecaminosa do que 5.16-26. Paulo não somente examina a diferença geral do modo de vida desses dois tipos de crentes, ao enfatizar que o Espírito e a carne estão em conflito entre si, mas também inclui uma lista específica tanto das obras da carne, como do fruto do Espírito.

OBRAS DA CARNE. “Carne” (gr. sarx) é a natureza pecaminosa com seus desejos corruptos, a qual continua no cristão após a sua conversão, sendo seu inimigo mortal (Rm 8.6-8,13; Gl 5.17,21). Aqueles que praticam as obras da carne não poderão herdar o reino de Deus (5.21). Por isso, essa natureza carnal pecaminosa precisa ser resistida e mortificada numa guerra espiritual contínua, que o crente trava através do poder do Espírito Santo (Rm 8.4-14; ver Gl 5.17 nota). As obras da carne (5.19-21) incluem:

(1) “Prostituição” (gr. pornéia), i.e., imoralidade sexual de todas as formas. Isto inclui, também, gostar de quadros, filmes ou publicações pornográficos (cf. Mt 5.32; 19.9; At 15.20,29; 21.25; 1Co 5.1). Os termos moichéia e pornéia são traduzidos por um só em português: prostituição.

(2) “Impureza” (gr. akatharsia), i.e., pecados sexuais, atos pecaminosos e vícios, inclusive maus pensamentos e desejos do coração (Ef 5.3; Cl 3.5).

(3) “Lascívia” (gr. aselgeia), i.e., sensualidade. É a pessoa seguir suas próprias paixões e maus desejos a ponto de perder a vergonha e a decência (2Co 12.21).

(4) “Idolatria” (gr. eidololatria), i.e., a adoração de espíritos, pessoas ou ídolos, e também a confiança numa pessoa, instituição ou objeto como se tivesse autoridade igual ou maior que Deus e sua Palavra (Cl 3.5).

(5) “Feitiçarias” (gr. pharmakeia), i.e., espiritismo, magia negra, adoração de demônios e o uso de drogas e outros materiais, na prática da feitiçaria (Êx 7.11,22; 8.18; Ap 9.21; 18.23).

(6) “Inimizades” (gr. echthra), i.e., intenções e ações fortemente hostis; antipatia e inimizade extremas.

(7) “Porfias” (gr. eris), i.e., brigas, oposição, luta por superioridade (Rm 1.29; 1Co 1.11; 3.3).

(8) “Emulações” (gr. zelos), i.e., ressentimento, inveja amarga do sucesso dos outros (Rm 13.13; 1Co 3.3).

(9) “Iras” (gr. thumos), i.e., ira ou fúria explosiva que irrompe através de palavras e ações violentas (Cl 3.8).

(10) “Pelejas” (gr. eritheia), i.e., ambição egoísta e a cobiça do poder (2Co 12.20; Fp 1.16,17).

(11) “Dissensões” (gr. dichostasia), i.e., introduzir ensinos cismáticos na congregação sem qualquer respaldo na Palavra de Deus (Rm 16.17).

(12) “Heresias” (gr. hairesis), i.e., grupos divididos dentro da congregação, formando conluios egoístas que destroem a unidade da igreja (1Co 11.19).

(13) “Invejas” (gr. fthonos), i.e., antipatia ressentida contra outra pessoa que possui algo que não temos e queremos.

(14) “Homicídios” (gr. phonos), i.e., matar o próximo por perversidade. A tradução do termo phonos na Bíblia de Almeida está embutida na tradução de methe, a seguir, por tratar-se de práticas conexas.

(15) “Bebedices” (gr. methe), i.e., descontrole das faculdades físicas e mentais por meio de bebida embriagante. (16) “Glutonarias” (gr. komos), i.e., diversões, festas com comida e bebida de modo extravagante e desenfreado, envolvendo drogas, sexo e coisas semelhantes. As palavras finais de Paulo sobre as obras da carne são severas e enérgicas: quem se diz crente em Jesus e participa dessas atividades iníquas exclui-se do reino de Deus, i.e., não terá salvação (5.21; ver 1Co 6.9).

O FRUTO DO ESPÍRITO. Em contraste com as obras da carne, temos o modo de viver íntegro e honesto que a Bíblia chama “o fruto do Espírito”. Esta maneira de viver se realiza no crente à medida que ele permite que o Espírito dirija e influencie sua vida de tal maneira que ele (o crente) subjugue o poder do pecado, especialmente as obras da carne, e ande em comunhão com Deus (ver Rm 8.5-14 nota; 8.14 nota; cf. 2Co 6.6; Ef 4.2,3; 5.9; Cl 3.12-15; 2Pe 1.4-9). O fruto do Espírito inclui:

(1) “Caridade” (gr. agape), i.e., o interesse e a busca do bem maior de outra pessoa sem nada querer em troca (Rm 5.5; 1Co 13; Ef 5.2; Cl 3.14).

(2) “Gozo” (gr. chara), i.e., a sensação de alegria baseada no amor, na graça, nas bênçãos, nas promessas e na presença de Deus, bênçãos estas que pertencem àqueles que crêem em Cristo (Sl 119.16; 2Co 6.10; 12.9; 1Pe 1.8; ver Fp 1.14).

(3) “Paz” (gr. eirene), i.e., a quietude de coração e mente, baseada na convicção de que tudo vai bem entre o crente e seu Pai celestial (Rm 15.33; Fp 4.7; 1Ts 5.23; Hb 13.20).

(4) “Longanimidade” (gr. makrothumia), i.e., perseverança, paciência, ser tardio para irar-se ou para o desespero (Ef 4.2; 2Tm 3.10; Hb 12.1).

(5) “Benignidade” (gr. chrestotes), i.e., não querer magoar ninguém, nem lhe provocar dor (Ef 4.32; Cl 3.12; 1Pe 2.3).

(6) “Bondade” (gr. agathosune), i.e., zelo pela verdade e pela retidão, e repulsa ao mal; pode ser expressa em atos de bondade (Lc 7.37-50) ou na repreensão e na correção do mal (Mt 21.12,13).

(7) “Fé” (gr. pistis), i.e., lealdade constante e inabalável a alguém com quem estamos unidos por promessa, compromisso, fidedignidade e honestidade (Mt 23.23; Rm 3.3; 1Tm 6.12; 2Tm 2.2; 4.7; Tt 2.10).

(8) “Mansidão” (gr. prautes), i.e., moderação, associada à força e à coragem; descreve alguém que pode irar-se com eqüidade quando for necessário, e também humildemente submeter-se quando for preciso (2Tm 2.25; 1Pe 3.15; para a mansidão de Jesus, cf. Mt 11.29 com 23; Mc 3.5; a de Paulo, cf. 2Co 10.1 com 10.4-6; Gl 1.9; a de Moisés, cf. Nm 12.3 com Êx 32.19,20).

(9) “Temperança” (gr. egkrateia), i.e., o controle ou domínio sobre nossos próprios desejos e paixões, inclusive a fidelidade aos votos conjugais; também a pureza (1Co 7.9; Tt 1.8; 2.5).
O ensino final de Paulo sobre o fruto do Espírito é que não há qualquer restrição quanto ao modo de viver aqui indicado. O crente pode — e realmente deve — praticar essas virtudes continuamente. Nunca haverá uma lei que lhes impeça de viver segundo os princípios aqui descritos.


RECOMENDAÇÕES BÍBLICASS PARA A VIDA CRISTÃ.

GALATAS  6.2 LEVAI AS CARGAS UNS DOS OUTROS.
Levar as cargas uns dos outros inclui ajudar os necessitados em tempos de enfermidade, tribulação e aperto financeiros. É possível que Paulo tivesse em mente o sustento de missionários e mestres (ver v. 6; cf. Rm 15.1; 1 Co 9.14). Carregar o fardo doutra pessoa é um trabalho de ordem divina (Sl 55.22; 1 Pe 5.7).

GALATAS  6.6-10 REPARTA COM AQUELE.
É dever de todos que recebem o ensino da Palavra de Deus ajudar a sustentar materialmente àqueles que lhes ensinam a Palavra (1 Co 9.14; 1 Tm 5.18). Dentre os que são dignos desse sus-tento estão os fiéis pastores, obreiros, mestres, evangelistas e missionários (1 Co 9.14; 3 Jo 6-8). Deixar de prover seu sustento, quando há recursos disponíveis, é semear egoísmo na carne e ceifar a corrupção (vv. 7-9). Dar àqueles que ministram a Palavra faz parte do cumprimento desta ordem: "fazei bem aos domésticos da fé" (v. 10); "porque a seu tempo ceifaremos" (v. 9), tanto o galardão (Mt 10.41,42) como a vida eterna (v. 8).

GALATAS  6.14 O MUNDO ESTÁ CRUCIFICADO PARA MIM.
A cruz de Cristo, que representa a morte horrível que o Salvador sofreu em prol da nossa salvação eterna, passa agora a ser a barreira mediante a qual o mundo está isolado de nós, e nós, do mundo. O "mundo" significa tudo quanto se opõe a Deus, ao seu reino e à sua justiça (cf. 4.3; 1 Co 2.12; 3.19; 1 Jo 2.15-17).

(1) Os que fazem da cruz de Cristo a sua vida, a sua glória e o seu triunfo, já não estimam nem amam o mundo com todos os padrões, valores, opiniões, honrarias e modos de vida por ele aceitos.

(2) Sermos crucificados com Cristo (2.20) inclui sermos crucificados para o mundo. Não há maneira de compartilharmos da salvação e da glória da sua cruz, senão virar as costas a todos os prazeres mundanos, pois estes desviam nosso coração de Cristo e da sua presença conosco.

ROMANOS  12.2 NÃO VOS CONFORMEIS COM ESTE MUNDO, MAS TRANSFORMAI-VOS.
Paulo deixa subentender várias coisas neste versículo.
(1) Devemos reconhecer que o presente sistema mundano é mau (At 2.40; Gl 1.4), e que está sob o controle de Satanás (Jo 12.31; 1 Jo 5.19).

(2) Devemos resistir às formas prevalecentes e populares do proceder deste mundo e em lugar disso proclamar as verdades eternas e os padrões justos da Palavra de Deus, por amor a Cristo (1 Co 1.17-24).

(3) Devemos desprezar e aborrecer aquilo que é mau, amar aquilo que é justo (v. 9; 1 Jo 2.15-17; ver Hb 1.9) e não ceder aos vários tipos de mundanismo que rodeiam a igreja, tais como cobiça, egoísmo, oportunismo, conceitos humanistas, artifícios políticos visando ao poder, inveja, ódio, vingança, impureza, linguagem imunda, diversões ímpias, vestes imodestas e provocantes, imoralidade, drogas, bebidas alcoólicas e companhias mundanas.

(4) Devemos conformar nossa mente à maneira de Deus pensar (1 Co 2.16; Fp 2.5), mediante a leitura da Palavra de Deus e sua meditação (Sl 119.11,148; Jo 8.31,32; 15.7). Devemos permitir que nossos planos, alvos e aspirações sejam determinados pelas verdades celestiais e eternas e não por este presente século mau, profano e passageiro.

1PEDRO  2.9 A NAÇÃO SANTA.
Os crentes são separados do mundo a fim de pertencerem totalmente a Deus (Cf. At 20.28; Tt 2.14) e de proclamarem o evangelho da salvação para a glória e louvor de Deus (cf. Êx 19.6; Is 43.20,21).

2PEDRO  1.4 PARTICIPANTES DA NATUREZA DIVINA.
Nossa participação na natureza divina é mais uma descrição do novo nascimento, mediante o qual recebemos vida divina (ver o estudo A REGENERAÇÃO). Participamos da natureza de Deus, para nos conformarmos com Ele e com a sua santidade (cf. 1 Co 6.19; Ef 4.24).

EFÉSIOS  3.16-19 FORTALECIDOS COM PODER... NO HOMEM INTERIOR.
Ter nosso "homem interior" fortalecido, "fortalecido com poder" pelo Espírito, é ter nossos sentimentos, pensamentos e propósitos colocados cada vez mais sob sua influência e orientação, de tal maneira que o Espírito possa manifestar seu poder através de nós, em medida cada vez maior. O propósito desse fortalecimento pelo Espírito é quádruplo:

(1) que Cristo estabeleça a sua presença em nossos corações (vv. 16,17; cf. Rm 8.9,10);

(2) que sejamos fundamentados em amor sincero a Deus, a Cristo e ao próximo;

(3) que compreendamos e experimentemos em nossa vida o amor de Cristo (vv. 18,19); (4) que sejamos "cheios de toda a plenitude de Deus" (v. 19), i.e., que a presença de Deus nos encha de tal modo que reflitamos e manifestemos, desde o íntimo do nosso ser, o caráter e a estatura do Senhor Jesus Cristo (cf. 4.13,15,22-24).

EFÉSIOS  5.11 OBRAS... DAS TREVAS.
Aquele que é em tudo leal a Cristo, não pode ser neutro, nem manter silêncio quanto às "obras infrutuosas das trevas" (v. 11) e à imoralidade (vv. 3-6). Deve sempre estar pronto a desmascarar, repreender e denunciar o mal em todas as suas formas. Bradar sinceramente contra toda a iniqüidade é odiar o pecado (Hb 1.9), tomar posição com Deus, contra o mal (Sl 94.16) e permanecer fiel a Cristo, o qual também denunciava as obras das trevas (Jo 7.7; Is 15.18-20; cf. Lc 22.28).

JOÃO  13.34 AMEIS UNS AOS OUTROS.
O cristão é exortado a amar de um modo especial a todos os outros cristãos verdadeiros, quer sejam membros da sua igreja e da sua persuasão teológica, quer não.

(1) Isso significa que o crente deve saber distinguir os cristãos verdadeiros daqueles cuja confissão de fé é falsa, observando a sua obediência a Jesus Cristo e sua lealdade às Sagradas Escrituras (5.24; 8.31; 10.27; Mt 7.21; Gl 1.9).

(2) Isso significa que quem possui uma fé viva em Jesus Cristo e é leal à Palavra inspirada e inerrante de Deus, conforme tal pessoa a compreende, e que resiste ao espírito modernista e mundano predominante em nossos tempos, é meu irmão em Cristo e merece meu amor, consideração e apoio especiais.

(3) Amar a todos os cristãos verdadeiros, inclusive os que não pertencem à minha igreja, não significa transigir ou acomodar minhas crenças bíblicas específicas nos casos de diferenças doutrinárias. Também não significa querer promover união denominacional.

(4) O cristão nunca deverá transigir quanto à santidade de Deus. É essencial que o amor a Deus e à sua vontade, conforme revelados na sua Palavra, controlem e orientem nosso amor ao próximo. O amor a Deus deve sempre ocupar o primeiro lugar em nossa vida( Mt 22.37,39).

JOÃO  13.35 CONHECERÃO QUE SOIS MEUS DISCÍPULOS.
O amor (gr. agape) deve ser a marca distintiva dos seguidores de Cristo (1 Jo 3.23; 4.7-21). Este amor é, em suma, um amor abnegado e sacrificial, que visa ao bem do próximo (1 Jo 4.9,10). Por isso, o relacionamento entre os crentes deve ser caracterizado por uma solicitude dedicada e firme, que vise altruisticamente a promover o sumo bem uns dos outros. Os cristãos devem ajudar uns aos outros nas provações, evitar ferir os sentimentos e a reputação uns dos outros e negar-se a si mesmos para promover o mútuo bem-estar (cf 1 Jo 3.23; 1 Co 13; 1 Ts 4.9; 1 Pe 1.22; 2 Ts 1.3; Gl 6.2; 2 Pe 1.7).

JOAO  15.1 EU SOU A VIDEIRA VERDADEIRA.
Nesta parábola ou alegoria, Jesus se descreve como "a videira verdadeira" e aqueles que se tornaram seus discípulos, como "os ramos". Ao permanecerem ligados nEle como a fonte da vida, frutificam. Deus é o lavrador que cuida dos ramos, para que dêem fruto (vv. 2,8). Deus espera que todo crente dê fruto.

JOAO  15.2 TODA VARA.
Jesus fala de duas categorias de varas: infrutíferas e frutíferas.

(1) As varas que cessam de dar fruto são as que já não têm em si a vida que provém da fé perseverante em Cristo e do amor a Ele. A essas varas o Pai tira, i.e., Ele as separa da união vital com Cristo (cf. Mt 3.10). Quando cessam de permanecer em Cristo, Deus passa a julgá-las e a rejeitá-las (v. 6).

(2) As varas que dão fruto são as que têm vida em si por causa da sua perseverante fé e amor para com Cristo. A essas varas o Pai "limpa", poda, a fim de ficarem mais frutíferas. Isso quer dizer que Ele remove de suas vidas qualquer coisa que desvia ou impede o fluxo vital de Cristo. O fruto é o caráter cristão, como qualidades, que no crente glorifica a Deus, mediante sua vida e seu testemunho (ver Mt 3.8; 7.20; Rm 6.22; Gl 5.22,23; Ef 5.9; Fp 1.11)

JOAO  15.4 ESTAI EM MIM.
Quando uma pessoa crê em Cristo e recebe o seu perdão, recebe a vida eterna e o poder de estar ou permanecer nEle. Tendo esse poder, o crente precisa aceitar sua responsabilidade quanto à salvação e permanecer em Cristo. Assim como a vara só tem vida enquanto a vida da videira flui na vara, o crente tem a vida de Cristo somente enquanto esta vida flui nele pela sua permanência em Cristo. A palavra grega aqui é meno, que significa "continuar", "permanecer", "ficar", "habitar". As condições mediante as quais permanecemos em Cristo são:

(1) conservar a Palavra de Deus continuamente em nosso coração e mente, tendo-a como o guia das nossas ações (v. 7);

(2) cultivar o hábito da comunhão constante e profunda com Cristo, a fim de obtermos dEle forças e graça (v. 7);

(3) obedecer aos seus mandamentos e permanecer no seu amor (v. 10) e amar uns aos outros (vv. 12,17);
(4) conservar nossa vida limpa, mediante a Palavra, resistindo a todo pecado, ao mesmo tempo submetendo-nos à orientação do Espírito Santo (v. 3; 17.17; Rm 8.14; Gl 5.16-18; Ef 5.26; 1 Pe 1.22)

15.6 SERÁ LANÇADO FORA, COMO A VARA.
A alegoria da videira e das varas deixa plenamente claro que Cristo não admitia que "uma vez na videira, sempre na videira". Pelo contrário, Jesus nessa alegoria faz aos seus discípulos uma advertência séria, porém amorosa, mostrando que é possível um verdadeiro crente abandonar a fé, deixar Jesus, não permanecer mais nEle e por fim ser lançado no fogo eterno do inferno (v. 6).

(1) Temos aqui o princípio fundamental que rege o relacionamento salvífico entre Cristo e o crente, a saber: que nunca é um relacionamento estático, baseado exclusivamente numa decisão ou experiência passada. Trata-se, pelo contrário, de um relacionamento progressivo, à medida que Cristo habita no crente e comunica-lhe sua vida divina (ver 17.3; Cl 3.4; 1 Jo 5.11-13).

(2) Três verdades importantes são ensinadas nesta passagem.
(a) A responsabilidade de permanecer em Cristo recai sobre o discípulo (ver v. 4). É esta a nossa maneira de corresponder ao dom da vida e ao poder divinos concedidos no momento da conversão.
(b) Permanecer em Cristo resulta em Jesus continuar a habitar em nós (v. 4a); frutificação do discípulo (v. 5); sucesso na oração (v. 7); plenitude de alegria (v. 11).
(c) As conseqüências do crente deixar de permanecer em Cristo são a ausência de fruto (vv. 4,5), a separação de Cristo e a perdição (vv. 2a,6).

ELABORADO PELO EV. NATALINO DOS ANJOS
PROFESSOR DA E.B.D e PESQUISADOR
PASTOR NA IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS DE TESOURO
CAMPO DE GUIRATINGA - MATO GROSSO

FONTE DE PESQUISA:
BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL
















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