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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

A LONGA SECA SOBRE ISRAEL - LIÇÃO 03 COM SUBSÍDIOS


Lição 3 - A LONGA SECA SOBRE ISRAEL
20 de Janeiro de 2013
               Texto áureo
“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar mm a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra" (2 Cr 7.14).

VERDADE PRATICA

A longa seca sobre Israel teve como objetivos disciplinar e demonstrar a soberania divina sobre os homens.

LEITURA DIARIA
Segunda - 1 Rs 18.21 - O que motivou a estiagem
Terça - 1 Rs 18.2 - As consequências da estiagem
Quarta - 1 Rs 18.39 - As lições deixadas pela estiagem
Quinta - 17.4; 18.13 - As provisões de Deus durante a estiagem
Sexta - 1 Rs 17.1; 18.1 - O lugar da profecia na estiagem
Sábado -Tg 5.17,18 - A soberania de Deus na estiagem


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 Reis 18.1-8

OBJETIVOS         
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Explicar o porquê da longa estiagem.
Relatar as consequências e lições deixadas pela seca.
Conscientizar-se de que Deus é soberano.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Prezado professor, para iniciar a lição de hoje é importante conceituar o fenômeno da estiagem ou seca. Reproduza na lousa o seguinte esquema:
 (1) conceito; (2) diferença: (1) Explique que a seca ou estiagem é um fenômeno do clima, causado pela insuficiência de chuva por um período bem longo. No entanto (2) há uma diferença entre seca e estiagem. Estiagem é um fenômeno climático que ocorre num intervalo de v tempo, já a seca é permanente.

INTRODUÇÃO

A longa seca predita pelo profeta Elias e que teve seu fiel cumprimento nos dias do rei Acabe (1 Rs 17.1,2; 18.1,2) é citada em o Novo Testamento pelo apóstolo Tiago: “Elias [...] orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra” (Tg 5.17).

A seca é um fenômeno climático e como tal é imprevisível. Todavia, no contexto do reinado de Acabe ela ocorreu não somente como algo previsível, mas também anunciado. Não era um fenômeno simplesmente meteorológico, mas profético. Aqui veremos como se deu esse fato e como ele revela a soberania de Deus não somente sobre a história, mas também sobre os fenômenos naturais.

I - O PORQUÊ DA SECA

1. Disciplinar a nação.
Oculto a Baal financiado pelo estado nortista afastou o povo da adoração verdadeira. O profeta Elias estava consciente disso e quando confrontou os profetas de Baal, logo percebeu que o povo não mantinha mais fidelidade ao Deus de Israel: “Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; e, se Baal, segui-o” (1 Rs 18.21). De fato a palavra hebraica as'iph, traduzida como pensamentos, mantém o sentido de ambivalência ou opinião dividida. A idolatria havia dividido o coração do povo. Para corrigir um coração dividido somente um remédio amargo surtiria efeito (1 Rs 18.37).

2. Revelar a divindade verdadeira.
Quando Jezabel veio para Israel não veio sozinha. Ela trouxe! consigo a sua religião e uma vontade obstinada de fazer de seus deuses o principal objeto de adoração entre os hebreus. De fato observamos que o culto ao Senhor foi substituído pela adoração a Baal e Aserá, principais divindades dos sidônios (1 Rs 16.30-33).

 A consequência desse ato foi uma total decadência moral e espiritual. Baal era o deus do trovão, do raio e da fertilidade, e supostamente possuía poder  sobre os fenômenos naturais.
A longa seca sobre o reino do Norte criou as condições necessárias para que Elias desafiasse os profetas de Baal e provasse que tal., divindade não passava de um deus falso (1 Rs 17.1,2; 18.1,2,21,39).
Deus não precisa provar nada para ser Deus, mas os homens costumam responder favoravelmente  quando suas razões são convencidas pelas evidências.

SINOPSE DO TÓPICO (1)
Havia dois motivos majoritários para o porquê da seca: disciplinar a nação e revelar o Deus verdadeiro.

II - OS EFEITOS DA SECA

1. Escassez e fome.
A Escritura afirma que “a fome era extrema em Samaria” (1 Rs 18.2). A seca já havia provado que Baal era um deus impotente frente aos fenômenos naturais e a fome demonstrou à nação que somente o Senhor é a fonte de toda provisão. Sem Ele não haveria chuva e consequentemente não haveria alimentos. O texto de 1 Reis 1 8.5 revela que até mesmo os cavalos da montaria real estavam sendo abatidos. O desespero era geral. A propósito, o texto hebraico de 1 Reis 1 8.2 diz que a estiagem foi violenta e severa. A verdade é que o pecado sempre traz consequências amargas!

2. Endurecimento ou arrependimento.
É interessante observarmos que o julgamento de Deus a produziu efeitos diferentes sobre a casa real e o povo. Percebemos que à semelhança de Faraó (Êx 9.7), o rei Acabe e sua esposa, Jezabel, não responderam favoravelmente ao juízo divino. Acabe, por exemplo, durante a estiagem confrontou-se com o profeta Elias e o acusou de ser o perturbador de Israel (1 Rs 1 8.1 7).
Quem resiste a ação divina acaba por ficar endurecido!
Por outro lado, o povo que não havia dado nenhuma resposta ao profeta Elias quando questionado (1 Rs 18.21), respondeu favoravelmente ante a ação soberana do Senhor: “O que vendo todo o povo, caiu sobre os seus rostos e disse: Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus!" (1 Rs 1 8.39). O Novo Testamento alerta: “[...] se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais o vosso coração” (Hb 3.7,8).

 SINOPSE DO TÓPICO (2)
Numa esfera material a seca provocou escassez e fome. Mas, do ponto de vista espiritual, arrependimento para o povo e endurecimento para os nobres.

III - A PROVISÃO DIVINA NA SECA

1. Provisão pessoal. Há sempre uma provisão de Deus para aquele que o serve em tempos de crise. Embora houvesse uma escassez generalizada em Israel, Deus cuidou de Elias de uma forma especial que nada veio lhe faltar (1 Rs 1 7.1 -7). A forma como o Senhor conduz o seu servo é de grande relevância. Primeiramente, Ele o afasta do local onde o julgamento seria executado: “Vai-te daqui” (1 Rs 17.3). Deus julga e não quer que o seu servo experimente as consequências amargas desse juízo! Em segundo lugar, o Senhor o orienta a se esconder: “Esconde-te junto ao ribeiro de Querite” (1 Rs 1 7.3). Deus não estava fazendo espetáculo; era uma ocasião de juízo. Em terceiro lugar, Elias deveria ser suprido com aquilo que o Senhor providenciasse: “Os corvos lhe traziam pão e carne” (1 Rs 1 7.6). Não era uma iguaria, mas era uma provisão divina!

1. Provisão coletiva.
 Ficamos sabendo pelo relato bíblico que além de Elias, o profeta de Tisbe, o Senhor também trouxe a sua provisão para um grande número de pessoas. Primeiramente encontramos o Senhor agindo através de Obadias, mordomo do rei Acabe, provendo livramento e suprimento para os seus servos: “Obadias tomou cem profetas, e de cinquenta em cinquenta os escondeu, numa cova, e os sustentou com pão e água” (1 Rs 18.4). Em segundo lugar, o próprio Senhor falou a Elias que Ele ainda contava com sete mil pessoas que não haviam dobrado os seus joelhos diante de Baal: "Eu fiz ficar em Israel sete mil” (1 Rs 19.18). Deus cuida de seus servos e sempre lhes provê o pão diário.

SINOPSE DO TÓPICO (3)
Deus mandou provisão para os profetas em duas perspectivas: pessoal, ao profeta Elias e coletiva, aos cem outros profetas.

IV - AS LIÇÕES DEIXADAS PELA SECA

1. A majestade divina.
Há alguns fatos que devemos atentar sobre a ação do Deus de Elias, conforme registrado nos versículos do capítulo 1 7 do primeiro livro dos Reis. Antes de mais nada, a sua onipotência. Ele demonstra controle sobre os fenômenos naturais (1 Rs 1 7.1). Em segundo lugar, Deus mostra a sua onipresença durante esses fatos. Elias, ao se referir ao Senhor, reconheceu-o como um Deus sempre presente: “Vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face estou” (1 Rs 17.1). Em terceiro lugar, Ele é onisciente, pois sabe todas as coisas, quer passadas, quer presentes, ou futuras. O profeta disse que não haveria nem orvalho nem chuva, e não houve mesmo! (1 Rs 1 7.1).

2. O pecado tem o seu custo.

Quando o profeta Elias encontra-se com Acabe durante o período da seca, Elias responde ao monarca e o censura por seus pecados: “Eu não tenho perturbado a Israel, mas tu e a casa de teu pai, porque deixastes os mandamentos do Senhor e seguistes os baalins” (1 1 Rs 18.18). Em outras palavras, Elias afirmava que tudo o que estava acontecendo em Israel era resulta-1 do do pecado. O pecado pode ser  atraente e até mesmo desejável,  mas tem um custo muito alto. Não  vale a pena!
           

SINOPSE DO TOPICO (4)
A estiagem em Israel deixou duas grandes lições: a primeira é que Deus é majestoso e soberano. A segunda, de igual forma é bem clara: que o pecado cobra  a sua conta.    

RESPONDA
4. O que o profeta afirma relativo a tudo o que ocorrera em Israel?
5. Quais lições se podem aprender através da seca em Israel?

CONCLUSÃO
A longa seca sobre o reino do Norte agiu como um instrumento de juízo e disciplina. Embora o coração do rei não tenha dado uma resposta favorável ao chamamento divino, os propósitos do Senhor foram alcançados. O povo voltou para Deus e o perigo de uma apostasia  total foi afasto.       A fome revelou como é vão j adorar os deuses falsos e ao mesmo tempo demonstrou que o Senhor é um Deus soberano! Ele age como quer e quando quer. Fica, pois a lição que até mesmo em uma escassez violenta a graça de Deus revela-se de forma maravilhosa.



SUBSÍDIOS

I – INTRODUÇÃO:

- A seca é uma das armas que Jeová se utilizou para punir um povo desviado. A força da natureza voltou-se contra os homens rebeldes. Através do profeta Elias, Deus proclamava que o castigo da seca já estava a caminho, para espalhar fome generalizada, enfermidades e mortes.

- O profeta Elias proclamou: - “... nem orvalho, nem chuva haverá...” – I Rs 17.1

                            II – O ORVALHO:

- É água condensada que se deposita sobre a vegetação nas noites frescas dos meses de verão. Ele é vital no verão, quando não há chuva. Ele cai sobre a terra e logo evapora – II Sm 17.12; Os 6.4; 13.13.

- O orvalho denso pode encharcar uma pessoa e pode ser tão intenso a ponto de encher uma taça de água – Ct 5.2; Dn 4.15; Jz 6.37-38.

- Assim como a chuva, o orvalho é considerado um presente de Deus - Gn 27.28; Os 14.5.

- Produzia boas colheitas e trouxe o maná, quando Israel fugia do Egito – Gn 27.28; Dt 33.13; Ex 16.13-14; Nm 11.9.

- Por isso, o orvalho tornou-se um símbolo de fertilidade e foi associado com:

(A) - A Palavra de Deus – Dt 32.2;

(B) – A ressurreição – Is 26.19; e

(C) – O remanescente do povo de Deus - Mq 6.7; Zc 8.12
                           
 III – A CHUVA:

- A humanidade jamais deve tomar por certo a chuva. ELA VEM DAS MÃOS DE DEUS (Sl 147:7-8; Jó 5:10;36:26-28) em quantidades proporcionais à situação espiritual dos moradores da terra (Dt 11:11, 15).

- Quando os homens amam ao Senhor seu Deus e servem-no de todo o coração e de toda a alma, Ele envia chuva sobre a terra no seu devido tempo (Dt 11:13-14; 28:1, 24).

- Assim que a própria situação da terra prometida era um testemunho acerca da vida espiritual do povo.

- Os profetas apontavam para a chuva como um sinal para o povo acerca da ira ou do favor de Deus (Is 5:5-6; 30:23; Am 4:7-8; Zc 10:1).

- A chuva que caía durante a colheita de trigo era um sinal do juízo divino, pois ela chegava fora de época e no pior momento possível (II Sm 12:17-18).

- Salomão orou para que Deus abrisse os céus, fechados devido ao pecado do povo, depois de este ter suplicado ao Senhor em oração (I Rs 8:36; II Cr 6:27).

- Elias teve um ministério de oração exatamente assim (I Rs 18:1). Aliás, no exato momento da história quando ISRAEL ESCOLHEU ADORAR BAAL, O DEUS DA TEMPESTADE, Elias apareceu com a advertência (I Rs 16:31-32, 17:1).

- A CHUVA também é empregada em símiles (comparações de coisas semelhantes):

(A) - O Messias descerá como chuva sobre a erva ceifada (Sl 72:6).

(B) - Ele alvorecerá sobre eles como a relva depois da chuva (II Sm 23:4).

(C) - Naquele dia um tabernáculo será refúgio contra tempestade e a chuva (Is 4:6)

- Durante as pragas, chuva acompanhada de trovões foi enviada contra os egípcios como sinal de poder sobrenatural - Ex 9:33-34 cf Dt 11:10 comparar com Sl 135:5-7; Jr 10:12-13; 51:15-16.

- A chuva é ocasionada pela condensação das nuvens (Jó 36:27-28; Sl 77:17; Ec 11:3)

- Deus fez um decreto ou lei a respeito da chuva - Jó 28:26

- Deus prepara a chuva - Sl 147:8

- Deus dá chuva aos homens - Jó 5:10

- Deus faz a chuva descer - J 2:23

- Deus exibe Sua bondade ao dar a chuva - At 14:17

- Deus exibe Sua grandeza ao dar a chuva - Jó 36:26-27

- Deus manda a chuva sobre os bons e os maus - Mt 5:45

- Deus deve ser louvado por causa da chuva - Sl 147:7-8

- Deus deve ser temido por causa da chuva - Jr 5:24

- A impotência dos ídolos é exibida por não poderem dar a chuva - Jr 14:22

- Raramente a chuva caía sobre o Egito - Dt 11:10; Zc 14:18

- Canaã tinha chuvas abundantes - Dt 11:11

- A CHUVA FOI DESIGNADA PARA...:

(A) - Refrescar a terra - Sl 68:9; 72:6

(B) - Tornar frutífera a terra - Hb 6:7

(C) - Alimentar as fontes e os poços da terra - Sl 104:8

- A chuva foi prometida no tempo próprio aos obedientes - Lv 26:4; Dt 11:14; Ez 34:26-27

- A chuva frequentemente era sustada por causa do pecado - Dt 11:17; Jr 3:3; 5:25; Am 4:7

- A falta da chuva faz a terra rachar-se - Jó 29:23; Jr 14:4

- A falta da chuva seca as fontes de águas - I Rs 17:7

- A falta da chuva ocasiona a fome - I Rs 18:1-2

- A falta da chuva é removida pela oração - I Rs 8:35-36; Tg 5:18

- A chuva foi sustada por 3 anos e meio, nos dias de Elias - I Rs 17:1; Tg 5:17.


- A CHUVA É DIVIDIDA EM:

(A) - Grande - Ed 10:9

(B) - Abundante - Sl 68:9

(C) - Transbordante - Ez 38:22

(D) - Inundante - Pv 28:3

(E) - Pequena - Jó 37:6

- O aparecimento de uma nuvem do ocidente, indica chuva - I Rs 18:44; Lc 12:54

- O vento norte afasta a chuva - Pv 25:23

- A chuva é incomum ao tempo da colheita - Pv 26:1

- Trovões e relâmpagos, com frequência, acompanham a chuva - Sl 135:7

- Tempestades e tufões acompanhavam a chuva, frequentemente - Mt 7:25-27

- EXEMPLOS DE CHUVAS EXTRAORDINÁRIAS:

(A) – Tempo do dilúvio (Gn 7:4, 12);

(B) - Praga de chuva de pedras sobre o Egito (Ex 9:18, 23);

(C) - Durante a colheita de trigo (I Sm 12:17-18);

(D) - Após longa seca (I Rs 18:45);

(E) - Após o cativeiro (Ed 10:9, 13)

- A chuva frequentemente impedia viagens no oriente - I Rs 18:44 cf Is 4:6

- Com frequência a chuva destruía casas - Ez 13:13-15; Mt 7:27.

- A CHUVA ILUSTRA:

(A) - A palavra de Deus (Is 55:10-11);

(B) - A doutrina dos ministros fiéis (Dt 32:1-2);

(C) - Cristo a comunicar Sua graça (Sl 72:6; Os 6:3);

(D) - Bênçãos espirituais (Sl 68:9; 84:6; Ez 34:26);

(E) - Os justos (Os 10:12);

- AS CHUVAS DESTRUIDORAS SIMBOLIZAM OS JUÍZOS DE DEUS (Jó 20:23; Sl 11:6; Ez 38:22), bem como SIMBOLIZAM O POBRE A OPRIMIR O POBRE (Pv 28:3).


                              IV - A SECA:

- A seca é um dos piores distúrbios ecológicos da natureza.

- A despeito de todo o seu avanço científico, o homem continua muito dependente das condições atmosféricas, porquanto a água é a origem de toda a vida biológica.

- Quando a seca persiste por tempo suficiente, seguem-se a escassez e a fome.

- A Bíblia refere-se à seca como uma das maneiras pelas quais Deus castiga os homens por seus pecados.


(1) - Vejamos alguns usos figurados sobre a seca:

(A) – O homem que está sofrendo de má consciência acerca do pecado, ou que é julgado por causa do pecado, é como um homem cuja força se ressecou por causa da seca, no calor do verão – Sl 32.4.

(B) – Algo similar é implícito no ensino de Cristo como a Água da Vida, pois sem a Sua provisão, a alma resseca-se e definha – Jo 4.14 e ss.

(C) – O Espírito Santo também é a Água da Vida espiritual – Jo 7.37-39.

(2) - O QUE É UM RIBEIRO SECO?:

(A) - É um quadro  desolador;

(B) - Sem vida;

(C) - Infrutífero – Não há nenhuma produção.

(3) – POR QUE O RIBEIRO SECA?:

(A) - Por falta de chuva;

(B) - Pela ação predatória do homem.

(C) - Por juízo de Deus – Sobre os deuses de Acabe e Jezabel (idolatria);

(D) - Para nos indicar nova direção(1Rs 17.8,9)

(4) - QUE FAZER QUANDO O RIBEIRO SECA?:

(A) - Manter a calma e dignidade de filho de Deus:

(A.1) - Diante da aflição ou tribulação - (Jo 16.33);

(A.2) - Diante da zombaria dos céticos - (Sl 42.3, 10);

(A.3) - Diante das ofertas alternativas - (Jr 2.13);

(B) - Manter um profundo e sincero anelo pelas “correntes das águas vivas” - (Sl 42.1,2);

(C) - Ficar sensível à voz de Deus:

(C.1) - Para saber o que fazer;

(C.2) - Para receber direção;

(C.3) - Para estar disposto a mudar de endereço (sair do Ribeiro quando este secar);

(C.4) - Não ficar insistindo em morar na ravina (leito seco);

-  Se a ordem clara de Deus é de mudar não adianta orar para “ressuscitar” o rio, nem ficar ordenando que haja água.

(5) - QUE FAZER PARA A ÁGUA VOLTAR A ENCHER  O RIBEIRO?:

(A) - Ir a Jesus –A fonte da água (Jo 7.37-38);

(B) - Beber da fonte;

(C) - Crer em Jesus;

- O resultado será “Rios de água viva fluirão do seu interior”;

- Nossa confiança fará o vale árido transformar-se em Manancial (Sl 84.6)

- O segredo da vitória é que todas as fontes do crente devem estar no Senhor (Sl 87.7);

             V – CONSIDERAÇÕES FINAIS:

- Leiamos o Sl 126.4 – O povo de Israel está alegre por ter sido liberto do cativeiro, por meio do decreto do rei Ciro. Então, eles se lembraram de Jerusalém: Muros caídos e templo em escombros, por isso clamaram: - “Faze-nos regressar outra vez do cativeiro, Senhor...”.

- A imagem que eles tinham era a da região do Neguebe, que todo ano ficava em sequidão. Mas, pelo menos uma vez por ano, havia chuvas torrenciais e a região enchia-se de águas. Logo após, o rio Neguebe baixavam e flores começavam a brotar. O deserto tornava-se pastos verdejantes...

- Então, o povo pede em canção: - “... Restaura-nos como as correntes do Neguebe...” (ARA).

- Sem água não há vida. Ao contrário dessa afirmativa, sempre há alegria próximo a rio:

(A) - A dos banhistas brincando;

(B) - Dos pescadores tirando o seu sustento;

(C) - Dos habitantes das margens (pela bela paisagem; pela fonte de sustento; pelo meio de transporte proporcionado pelo mesmo; pela produção agrícola, fertilizada por sua influência) - Sl 1.3.
      
- Espiritualmente, um ribeiro proporciona: Alegria, abundância, conforto, vida, paz e o mais glorioso sentido figurado que é – o Espírito Santo!

- Devemos orar a Deus para que tenhamos chuvas espirituais - Dt 32:2; Sl 72:6; Ez 34:26; Os 6:3; 10:12.

- Povo de Deus: JEOVÁ, O SENHOR E NOSSO DEUS, PODE MUDAR A NOSSA SORTE E TRANSFORMAR O NOSSO “DESERTO” EM JARDIM FLORIDO.


                                                             FONTES DE CONSULTA:

1) Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento - Edições Vida Nova - R. Laird Harris, Gleason L. Archer e Bruce K. Waltke

2) Bíblia Vida Nova

3) Dicionário Ilustrado da Bíblia – Vida Nova – Ronald F. Youngblood e F. F. Bruce & R. K. Harrison

4) O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo – Hagnos – R. N. Champlim




SUBSÍDIO LIÇÃO 3: A LONGA SECA SOBRE ISRAEL.
INTRODUÇÃO

A seca é um fenômeno climático e como tal é imprevisível a sua ocorrência. Todavia, no contexto do reinado de Acabe, ela ocorreu não somente como algo previsível, mas também anunciado. Não era um fenômeno simplesmente meteorológico, mas profético. Veremos como se deu esse fato e como ele revela a soberania de Deus não somente sobre a história, mas também sobre os fenômenos naturais e como eles podem atender aos seus propósitos. A vida do profeta Elias girou em torno do conflito entre a adoração do Senhor de Israel e a de Baal. Sua missão era levar os israelitas a reconhecerem sua apostasia e reconduzi-los à fidelidade ao Deus verdadeiro. A historicidade dessa longa seca é atestada no NT (Tg 5.17).


I – CONTEXTO POLÍTICO E RELIGIOSO DO TEMPO DE ELIAS

É em meio a uma crise social, moral e espiritual que Deus levanta o profeta Elias para combater o pecado, proclamar o juízo e chamar o povo ao arrependimento. Elias foi sem dúvida alguma, um dos maiores profetas que o Senhor Deus levantou em sua época. Sua vida constitui-se de um notável exemplo para nós, de como Deus opera na vida daqueles que se colocam em suas mãos.

Vejamos qual era a situação de Israel nesta época:

1.1 Era um período de sucessão de reis ímpios. Nos dias de Elias, Israel estava sendo governado por reis maus e idólatras. A Bíblia diz que Onri “… fez o que era mau aos olhos do Senhor; e fez pior do que todos quantos foram antes dele” (I Rs 16.25,26). Quando Onri morreu, em seu lugar reinou seu filho Acabe (I Rs 16.28), que teve a capacidade de fazer pior do que todos os reis que lhe antecederam. A Bíblia diz acerca de Acabe: “E fez Acabe, filho de Onri, o que era mau aos olhos do SENHOR, mais do que todos os que foram antes dele…” (I Rs 16.30,31).

1.2 Era um período de idolatria. O rei Acabe destaca-se nas Escrituras como um rei idólatra, pois ele andou nos caminhos de Jeroboão (I Rs 16.31); serviu a Baal e o adorou (I Rs 16.31); conduzindo toda a nação à idolatria. Como se não bastasse, Acabe casouse

com Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; casamento este, jamais aprovado por Deus. Tudo isto fez Israel mergulhar no mais profundo paganismo, sem nenhuma pretensão de preservar o culto a Jeová, tornando-se uma nação idólatra, como as demais nações.

1.3 Era um período de crise. Quando Acabe, influenciado por sua esposa Jezabel, substituiu o culto à Jeová pela adoração à Baal (IRs 16.31-33), Elias apareceu repentinamente perante o rei para anunciar a ausência de chuva e orvalho sobre a terra (I Rs 17.1). Como a chuva é um dos principais elementos de sustentação da natureza, a falta dela provocou seca, fome e miséria. As Escrituras dizem que “… a fome era extrema em Samaria” (I Rs 18.2). Isto fez com que Acabe se irasse ainda mais com Elias, pois achava que ele era o culpado daquela calamidade.

1.4 Era um período de inversão de valores. Em meio a crise e à miséria, o rei Acabe parece estar mais preocupado com os cavalos e as mulas do que com os súditos do seu reino; pois ele chama Obadias, e ambos saem à procura de água para “preservar a vida dos animais” (I Rs 18.5,6).

1.5 Era um período de idolatria e perseguição aos profetas. Jezabel, esposa do rei Acabe, ocupa o lugar de esposa mais ímpia da Bíblia. Além de controlar o seu esposo (I Rs 21.25), ela levou a nação de Israel a adorar seus deuses (I Rs 18.19,20). Como se não

bastasse, intentou matar a todos os profetas do Senhor (I Rs 18.4). Foi nessa ocasião que Obadias, um homem temente a Deus e servo do rei Acabe (possivelmente um mordomo ou camareiro do palácio), conseguiu esconder cem profetas do Senhor e os sustentou com pão e água, pondo em risco a sua própria vida, pois, caso fosse descoberto, tanto ele como os cem profetas, seriam mortos à mando de Jezabel.

II - O QUE MOTIVOU DEUS ENVIAR A SECA EM ISRAEL

O Senhor nosso Deus tem diversas maneiras de disciplinar os seus filhos. No AT, uma delas era provocando longos períodos de seca sobre seu povo. As advertências sobre este método disciplinar podem ser lidas em alguns textos bíblicos (Dt 28.15,23-24; 2 Cr

7.13-14). Elias afirmava que tudo o que estava acontecendo em Israel era resultado do pecado do povo. A longa seca sobre o Reino do Norte agiu como um instrumento de juízo e disciplina. O culto a Baal financiado pelo Reino do Norte (Israel-Samaria) afastou o povo da adoração ao Senhor de Abraão, Isaque e Jacó. O profeta Elias estava consciente disso e quando confrontou os profetas de Baal, logo percebeu que o povo não mantinha mais fidelidade ao Deus de Israel (1 Rs 18.21). Vejamos o que motivou a grande seca:

• Disciplina e correção para o povo desobediente. A idolatria havia dividido o coração do povo. Para corrigir um coração dividido somente um remédio amargo surtiria efeito (Lv 26.18-26; 1 Rs 18.37). Do mesmo modo como um pai castiga seu filho a quem ama, Deus castiga a Israel (Pv 3. 11-12; Hb 12.5-11);

• Mostrar que só o Senhor Deus de Israel é verdadeiro. O culto ao Senhor foi substituído pela adoração a Baal e Aserá, principais divindades dos sidônios (1 Rs 16.30-33). A consequência desse ato foi uma total decadência moral e espiritual.

Baal era o deus do trovão, do raio e da fertilidade, e supostamente possuía poder sobre os fenômenos naturais. A longa seca sobre o Reino do Norte criou as condições necessárias para que Elias desafiasse os profetas de Baal e provasse que o mesmo não passava de um deus falso (1 Rs 17.1,2; 2 Rs 18.1,2; 21.39);

• Mostrar a impotência de Baal em sua “própria pátria”. Essa foi uma maneira de dizer que os deuses das nações pagãs são uma ilusão, que eles não têm poder e que, na verdade, nada podem fazer (Sl 115.1-8), pois o Deus de Israel, também reinava na pátria do pai de Jezabel.

III - OS EFEITOS E AS REAÇÕES FRENTE A SECA

A Escritura afirma que “a fome era extrema em Samaria” (1 Rs 18.2). A seca já havia provado que Baal era um deus impotente frente aos fenômenos naturais e a fome demonstrou à nação que somente o Senhor é a fonte de toda provisão. Sem Ele não haveria chuva e consequentemente não haveria alimentos (Dt 28.23-24). Podemos ver que até mesmo os cavalos da montaria real estavam sendo dizimados (1 Reis 18.5) e o desespero era geral. Vejamos:

• Os efeitos - Seca, fome e miséria. Elias entra no cenário profético quando o reinado de Acabe e sua esposa Jezabel, experimentava relativa prosperidade (1 Rs 17.1; 1Reis 18.1-8). Não haveria chuva e consequentemente não haveria alimentos;

• As reações - Endurecimento do coração. É interessante observarmos que o julgamento de Deus produziu efeitos diferentes sobre à casa real e o povo. Percebemos que à semelhança de Faraó (Êx 9.7), o rei Acabe e sua esposa, Jezabel, não responderam favoravelmente ao juízo divino (1 Rs 18.17-21).

Os israelitas achavam que podiam adorar o Deus verdadeiro e ao mesmo tempo adorar a Baal. Eles tinham o coração dividido e por esta razão queriam servir a dois senhores. Jesus, no seu ministério terreno advertiu contra essa atitude fatal: “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro” (Mt 6.24).

IV – ATRIBUTOS DE DEUS NA PREDIÇÃO DA GRANDE SECA SOBRE ISRAEL

O Deus de Israel, é quem envia a chuva sobre justos e injustos (Mt 5.45); ele também poderia facilmente retê-la. Se prestarmos atenção aos detalhes dessa passagem (1 Rs 17), descobriremos que três dos principais atributos de Deus são revelados na narrativa da predição da grande seca sobre Israel. Analisemos:

• O Deus Onipotente. A crença cananeia dizia que Baal era o deus que controlava a natureza, inclusive as estações e as plantações. Baal e Aserá eram deidades da natureza, suspeitos de controlar as chuvas e a fertilidade da terra. Ao anunciar uma estiagem no nome do Senhor, Elias demonstrou conclusivamente que Yahweh, e não Baal, é Supremo. O Senhor demonstrou total controle sobre os fenômenos naturais (1 Rs 17.1; Mc 14.36);

• O Deus Onisciente. A profecia de Elias demonstra essa visão sobre Deus, pois o profeta previu que por um espaço de três anos e meio não choveria sobre Israel (1 Rs 17.1; Tg 5.17). Como o profeta saberia que a chuva voltaria somente após três anos e meio? Deus o havia revelado porque somente Ele conhece o futuro. Vimos Deus Onisciente, quando demonstrou a sua capacidade para conhecer o futuro;

• O Deus Onipresente. Deus pode estar ao mesmo tempo em todos os lugares. Para a teologia cristã isso é confortador, pois jamais estaremos a sós. Deus mostrou a sua Onipresença durante esses fatos. “Tão certo como vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face estou” (1 Rs 17.1).

V – DEUS E A SUA PROVISÃO NA SECA

Enquanto a nação começava sentir os efeitos da seca, Elias recebia as bênçãos de água e alimentos que Deus havia prometido para a nação obediente (Lv 26.3-5). Aprendemos que Deus é um Deus provedor. Durante o longo período de estiagem de três anos e meio Reino do Norte (Tg 5.17), observamos o cuidado pessoal do Senhor com o profeta. Há sempre uma provisão de Deus para aquele que o serve obedientemente em tempos de crise. Embora houvesse uma escassez generalizada em Israel, Deus cuidou de Elias de uma forma especial que nada lhe faltou. Reflitamos no cuidado do Senhor para com seu servo:

• Primeiramente Deus o afasta do local onde o julgamento seria executado: “Retira-te daqui” (1 Rs 17.3);

• Em segundo lugar, o Senhor o orienta a se esconder: “Esconde-te junto a torrente de Querite” (1 Rs 17.3);

• Em terceiro lugar, Elias deveria ser suprido com aquilo que o Senhor providenciasse: “Os corvos lhe traziam pão e carne” (1 Rs 17.6).

• Em quarto lugar, Deus não abandonou seu servo, antes, forneceu o necessário, da mesma forma como fez com israel no deserto na época de Moisés (Êx 17; Nm 11.20).

CONCLUSÃO

Observamos que a longa seca sobre o Reino do Norte agiu como um instrumento de juízo e disciplina. Embora o coração do rei não tenha dado uma resposta favorável ao chamamento divino, os propósitos do Senhor foram alcançados. A fome revelou como é

vão adorar os deuses falsos e ao mesmo tempo demonstrou que o Senhor é Soberano! Ele age como quer e quando quer. Fica, pois a lição que até mesmo em uma escassez violenta a graça de Deus se revela de forma maravilhosa.

REFERÊNCIAS

• DILLARD, Raymond B. Fé em face da apostasia: o evangelho segundo Elias e Eliseu. CULTURA CRISTÃ.

• GONÇALVES, José. Porção dobrada: uma análise bíblica, teológica e devocional sobre os ministérios proféticos de Elias e Eliseu.

CPAD.

• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.




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