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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

LIÇÃO 12 COM SUBSIDIOS - ZACARIAS - O REINO MESSIÂNICO





Lição 12: Zacarias — O Reinado MessiânicData: 23 de Dezembro de 2012
Lição 12: Zacarias — O Reinado Messiânico
Data: 23 de Dezembro de 2012
TEXTO ÁUREO
“Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo justo; sendo rei, reinará, e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23.5).


VERDADE PRÁTICA
Jesus é tanto o Salvador do mundo, como Rei do Universo.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Zacarias 1.1; 8.1-3,20-23.

Zacarias 1
1 - No oitavo mês do segundo ano de Dario, veio a palavra do SENHOR ao profeta Zacarias, filho de Baraquias, filho de Ido, dizendo:

Zacarias 8
1 - Depois, veio a mim a palavra do SENHOR dos Exércitos, dizendo:
2 - Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Zelei por Sião com grande zelo e com grande indignação zelei por ela.
3 - Assim diz o SENHOR: Voltarei para Sião e habitarei no meio de Jerusalém; e Jerusalém chamar-se-á a cidade de verdade, e o monte do SENHOR dos Exércitos, monte de santidade.
20 - Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Ainda sucederá que virão povos e habitantes de muitas cidades;
21 - e os habitantes de uma cidade irão à outra, dizendo: Vamos depressa suplicar o favor do SENHOR e buscar o SENHOR dos Exércitos; eu também irei.
22 - Assim, virão muitos povos e poderosas nações buscar, em Jerusalém, o SENHOR dos Exércitos e suplicar a bênção do SENHOR.
23 - Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Naquele dia, sucederá que pegarão dez homens, de todas as línguas das nações, pegarão, sim, na orla da veste de um judeu, dizendo: Iremos convosco, porque temos ouvido que Deus está convosco.

INTRODUÇÃO 
Nessa lição, veremos que o livro de Zacarias apresenta os eventos do porvir como o epílogo da história. O oráculo do profeta não fala a respeito de acontecimentos enigmáticos, mas de fatos reais e compreensíveis. Qualquer observador atento à época atual verificará que as demandas do nosso tempo apontam para um desfecho divinamente escatológico.

I. O LIVRO DE ZACARIAS

1. Contexto histórico (1.1).
Zacarias e Ageu receberam os oráculos divinos no segundo ano do reinado de Dario, rei da Pérsia, em 520 a.C. Conforme estudado anteriormente, a situação espiritual de Judá é a mesma descrita no livro de Ageu. A indiferença religiosa e o avanço do secularismo colocavam Deus em último plano. Por isso, tal como a história dos antepassados dos judeus, o Senhor estava desgostoso daquela geração (1.2,3).

2. Vida pessoal.
Zacarias era de uma família sacerdotal, assim como Jeremias (Jr 1.1) e Ezequiel (Ez 1.3). Seu avô, Ido (1.1), era sacerdote e veio do exílio à Jerusalém no grupo liderado por Zorobabel, filho de Sealtiel, e Josué, filho de Jozadaque (Ne 12.1-4). Parece que “Baraquias”, seu pai, faleceu quando o profeta ainda era criança. Assim, Zacarias fora então criado por seu avô. Isso pode justificar a omissão do seu nome em Esdras, que o chama apenas de “filho de Ido” (Ed 5.1). O ministério profético de Zacarias foi mais extenso que o de Ageu, pois ele menciona os oráculos entregues dois anos após o seu chamado (7.1).

3. Estrutura e mensagem.
Os oráculos de Zacarias são apocalípticos. Eles foram entregues por visão (capítulos 1-6) e palavra (7-14). O assunto do livro é o Messias de Israel. Mas Jerusalém também ocupa espaço significativo na profecia. Há diversas referências diretas e indiretas a Zacarias em o Novo Testamento (Zc 9.9 cf. Mt 21.5; Zc 11.13 cf. Mt 27.9,10; Zc 12.10; Ap 1.7). A vinda do Messias e os demais eventos escatológicos predominam os capítulos 9-14.

4. Unidade literária.
A respeito da unidade literária de Zacarias, as opiniões mais populares estão divididas em três grupos principais: os que defendem a unidade literária; os que consideram os capítulos 9-14 provenientes do período pré-exílio babilônico; e os que apontam para o período pós-exílio (os liberais). Esta última ideia é descartada pelos críticos conservadores.
A diferença de estilo literário é natural. Um autor pode mudar seu estilo com o tempo e com o assunto a ser tratado. Em relação à passagem de Zacarias 11.13 — onde o evangelista Mateus atribui autoria do seu conteúdo ao profeta Jeremias (cf. Mt 27.9) — há pelos menos duas explicações:
a) Combinação profética. Jeremias comprou um campo (Jr 32.6-9) e visitou a casa do oleiro (Jr 18.2). O Antigo Testamento é rico em detalhes para narrar a obra redentora. Ele não se restringe apenas às profecias diretas. Os escritores do Novo Testamento reconhecem a presença de Cristo e sua obra na história da redenção (Jr 31.15 cf. Mt 2.16,17; Os 11.1 cf. Mt 2.15). Nesse caso, a citação de Zacarias 11.13 seria dos dois profetas. Entretanto, somente Jeremias é mencionado, porque ele é o profeta mais antigo e importante. Desse modo, temos a unidade literária.

b) Coletânea de profecias. A outra explicação é apenas hipotética. Seria uma coleção de oráculos entregues a Jeremias após a conclusão de seu livro. Eles teriam sido preservados pelo povo e, mais tarde, incluídos por Zacarias na segunda parte dos seus oráculos.

II. PROMESSA DE RESTAURAÇÃO

1. Sião.
Zacarias introduz o oráculo com a usual fórmula profética (8.1). O discurso começa com a chancela de autoridade divina: “Assim diz o SENHOR dos Exércitos” (8.2-4,6,7). Sião era originalmente a fortaleza que Davi conquistara dos Jebuseus, tornando-se, a partir daí, a sua cidade (2 Sm 5.6-9). Com o passar do tempo, veio a ser um nome alternativo de Jerusalém semelhante à descrição de Zacarias 8.3.

2. O zelo do Senhor (8.2).
Jeová declara a si mesmo como Deus “zeloso” (Êx 20.5), e este é um dos seus nomes (Êx 34.14). Tal zelo diz respeito à sua santidade, cuja violação não pode ficar impune (Js 24.19). O zelo do Senhor ainda é manifestado como indignação quando o seu povo é trucidado por estrangeiros. Aos opressores, Deus há de açoitar (1.14,15).

3. Restauração de Jerusalém.
A palavra profética anuncia: “Voltarei para Sião e habitarei no meio de Jerusalém” (8.3b). Após a lição dos 70 anos de cativeiro, o Senhor se volta com zelo ao seu povo. Mas a promessa é para o futuro, quando Jerusalém tornar-se uma “cidade de verdade [...] monte de santidade” (8.3b). Temos aqui, uma reiteração do que disseram Zacarias (1.16; 2.10) e os demais profetas antes dos cativeiros assírio e babilônico (Is 1.16; Ez 36.35-38; Sf 3.13-17).

III. O REINO MESSIÂNICO

1. A pergunta pela paz.
Quando de um atentado terrorista no Iraque, que matou um diplomata brasileiro, o então secretário geral das Nações Unidas, Koff Annam, declarou: “Já não existe mais lugar seguro no mundo”. Diante disso, podemos perguntar: “É possível viver num mundo de justiça, paz e segurança?”. A Bíblia assevera que sim! O profeta Zacarias, mostrando a trajetória da humanidade, descreve a história espiritual de Israel e o futuro glorioso de Jerusalém no Milênio (14.11,16,17).

2. A paz universal.
As Escrituras Sagradas falam de um período conhecido como Reino Messiânico (ou Milênio), em que o próprio Senhor Jesus Cristo reinará por mil anos. Tribos, cidades, povos e nações achegar-se-ão a Deus pelo anúncio do evangelho. O contexto bíblico permite-nos dizer que essa profecia (8.20-22) é escatológica e aponta para a restauração de Jerusalém no Milênio (2.11; 3.10; Is 2.2-4; Mq 4.1-4). Nessa época, Israel estará plenamente restaurado tanto nacional quanto espiritualmente.

3. A orla da veste de um judeu (8.23).
A expressão “naquele dia” é escatológica (2.11; Os 2.16; Jl 3.18). Aqui, ela refere-se ao Milênio. O número dez indica quantidade indefinida (Nm 14.22; 1 Sm 1.8; Ne 4.12). O termo “judeu” no Antigo Testamento aparece frequentemente nos livros de Esdras e Neemias. Fora deles, só aparece em Ester e também em Jeremias. A vestimenta do judeu era de fácil identificação (Nm 15.38; Dt 22.12). E “agarrar-se à orla de sua veste” indica o desejo e o anseio do mundo gentio em desfrutaras bênçãos e os privilégios de Israel. Portanto, se a queda de Israel representou a riqueza do mundo, qual não será a glória dos gentios na sua plenitude? (Rm 11.11-14).

CONCLUSÃO
Diante do exposto, podemos concluir: se todas as profecias sobre os impérios passados e acerca da primeira vinda do Messias cumpriram-se fielmente, as profecias escatológicas igualmente se cumprirão. Os acontecimentos atuais por si só começam a confirmar essa realidade.


O REINO MILENAR DE JESUS CRISTO
Este pequeno estudo não pretende cobrir tudo que é tratado na Palavra de Deus sobre o milênio. Visa, tão-somente, dar instrução clara e objetiva de alguns pormenores deste maravilhoso tema.

Infelizmente, os cristãos de hoje, em nossas Igrejas, sabem pouco sobre o Reino Milenar de Cristo nesta terra. Uma era futura, onde se cumprirá as promessas de Deus referente as alianças firmadas por Ele no decorrer da história bíblica.

Vamos analisar os aspectos mais essenciais da doutrina:



O Reino Milenar é o cumprimento das Alianças Divinas

O estabelecimento do reino milenar de Cristo se torna indispensável, porque somente assim, haverá o cumprimento de todas as alianças feitas por Deus com Israel. Uma aliança é um pacto, um acordo. E Deus fez vários pactos, acordos com a nação de Israel, nas quais, Ele próprio Se obrigou a cumpri-los, independente do homem obedecer a Deus ou não.

Quatro são as alianças incondicionais de Deus para com a nação de Israel:
Aliança Abraâmica (Gênesis 12.1-3) – nesta aliança Deus promete fazer de Abraão uma grande nação; esta nação teria a posse da terra; receberiam as bênçãos universais de Deus e através deles, se estenderiam a toda a nação esta mesma bênção por intermédio de Jesus Cristo.
Aliança Palestiniana (Deuteronômio 30.3-10) – uma extensão da Aliança Abraâmica, onde Deus cita mais detalhes sobre a ocupação da Terra Prometida e as bênçãos concernentes a esta ocupação. Através desta aliança a restauração final e a conversão de Israel são garantidas.
Aliança Davídica (2Samuel 7.4-17; 1Crônicas 173-15) – nesta Aliança, Deus prometeu que Israel sempre teria um rei da linhagem de Davi, portanto, o trono seria de possessão perpétua da família Davídica, descendentes da tribo de Judá, sendo que este rei reinaria sobre a nação como um todo.
Nova Aliança (Jeremias 31.27-40; Hebreus 8.7-13) – estabelece um novo coração para Israel, uma conversão genuína e autêntica. É estabelecida sobre o sacrifício vicário de Cristo e, por causa disso, garante bênção eterna para todo aquele que crê.

Nota-se que o devido cumprimento total destas alianças de Deus com Israel será plenamente estabelecido no Reino Milenar.



Três escolas principais de interpretação:

1) Pré-Milenistas: entendem a base da interpretação literal das profecias, a Vinda de Jesus Cristo precederá o Seu reinado de mil anos em companhia de Seus remidos.
2) Pós-Milenistas: acreditam que a Segunda Vinda de Jesus Cristo será precedida da vitória final do Evangelho no período do milênio.
3) Amilenistas: entendem que a descrição de Apocalipse 20 é puramente simbólica.



Para quem será o Milênio?

1) Jesus Cristo, como Rei Supremo (Zacarias 14.9);
2) Para os Salvos (1Tessalonicenses 4.16-17);
3) Para o remanescente (nações) da Grande Tribulação (Mateus 25.31-46);
4) Para os judeus sobreviventes (Deuteronômio 28.13; Isaías 60.10-15; Zacarias 8.20,23).

O Lugar do Reino: será na Terra, refletindo não somente o aspecto espiritual, mas também o terreal (Isaías 65.21; Mateus 5.25-26; Apocalipse 5.9-10).

A Capital do Reino: será Jerusalém (Salmo 48.1-3). Biblicamente, a Palestina é o centro geográfico da Terra. Será o centro de adoração para todos os povos.

A Universalidade do Reino: o reino do Messias será universal abrangendo o mundo inteiro (Ezequiel 43.1-7; Mateus 25.31; Zacarias 14.9; Salmo 72).

Israel no Reino: tendo Cristo como Seu Messias e Cabeça, Israel se tornará a nação líder do mundo, não mais a “cauda” (Deuteronômio 28.13-44; Isaías 60.10-15; Zacarias 8.20-23).

A Igreja no Reino: a posição da Igreja será de esposa ao lado do Esposo, e a Rainha ao lado do Rei. A Igreja reinará com Jesus Cristo (Apocalipse 19 e 20).

A Hierarquia no Reino
Encontraremos um sistema hierárquico sólido no reino milenar. Jesus Cristo será o Rei. Abaixo dEle estará o grande Rei Davi, como sendo o regente, o príncipe. Depois outros reinarão sob suas autoridades.

Provas de que Davi é o regente no milênio (Oséias 3.5; Ezequiel 37.24-25; 34.23-24; Isaías 55.3-4; Jeremias 30.9; 33.15-21).

Muitos são contra a idéia de que o Davi histórico reinará literalmente no milênio. Alegam que este Davi é o Senhor Jesus Cristo. A estes quero deixar três importantes versos da Palavra de Deus que demonstram que realmente é o Davi histórico, o segundo rei de Israel.
1) Ezequiel 45.22 – O príncipe nesta passagem oferece a si mesmo oferta pelo pecado. Cristo não pode oferecer sacrifício por seu próprio pecado, pois Ele nunca cometeu pecado.
2) Ezequiel 46.2 – O príncipe está comprometido em atos de adoração. O Senhor Jesus Cristo recebe adoração no milênio, mas não está envolvido com atos de adoração, ou seja, Cristo não se envolve com adoração.
3) Ezequiel 46.16 – O príncipe tem filhos e divide sua herança com eles. Isso nunca poderia acontecer com Jesus Cristo.
Portanto, para aqueles que argumentam que o príncipe citado em Ezequiel é o próprio Jesus Cristo, estas passagens se tornam um grande embaraço em suas doutrinas.

Por que devemos afirmar que realmente será o próprio Davi histórico que irá reinar?
1) Porque é muito mais coerente com a interpretação literal das Escrituras.
2) Somente Davi poderia ser regente no milênio sem violar as profecias concernentes ao reinado de Cristo.
3) Os santos ressurretos terão posições de responsabilidade no milênio como recompensa (Mateus 19.28; Lucas 19.12-27). Davi pode ser designado para assumir tal responsabilidade já que era ‘homem segundo o coração de Deus’.
4) Davi será nomeado regente sobre a Palestina e governará a terra como príncipe, ministrando sob a autoridade de Jesus Cristo, o Rei.

Note também que nobres e governadores reinarão sob Davi (Jeremias 30.21; Isaías 32.1; Ezequiel 45.8-9; Mateus 19.28). Da mesma forma, muitas outras autoridades menores também reinarão (Lucas 19.12-27). E os juízes serão novamente levantados (Zacarias 3.7; Isaías 1.26).



Propósito do Templo Milenar

Na era milenar haverá um novo templo, onde os judeus estabelecerão como centro da adoração no milênio. Este Novo Templo será diferente dos demais, já destruídos, com dimensões diferentes, móveis diferentes dos templos anteriores (Ezequiel 40 a 47).
1) Servirá para demonstrar a santidade de Deus.
2) Servirá para prover uma habitação para a glória de Deus.
3) Servirá para perpetuar o memorial do sacrifício.
4) Servirá para prover o centro do governo divino.
5) Servirá para prover a vitória sobre a maldição.

Sacrifícios serão novamente estabelecidos, no entanto, não serão meritórios, ou seja, para perdoar os pecados. Estes sacrifícios serão estabelecidos em caráter memorial. Assim como a ceia é para nós hoje uma lembrança de que Cristo morreu e ressuscitou, os sacrifícios no milênio mostrarão ou apontarão para tal fato.



A Atuação do Espírito Santo no Milênio:

O Espírito Santo será derramado sobre toda carne para habitar, encher e ensinar (Jeremias 31.33-34; Joel 2.28-32; Ezequiel 36.25-31). Notamos que a profecia de Joel será finalmente cumprida literalmente, pois apenas uma parte fora cumprida no Dia de Pentecostes.

A obra do Espírito Santo será mais abundante e terá uma manifestação muito maior na era milenar do que em qualquer outra época. Portanto a plenitude do Espírito Santo será comum nesta era (Isaías 32.15; 44.3; Ezequiel 39.29; Joel 2.28-29).

O cristão será, portanto, habitado pelo Espírito Santo da mesma forma como este é hoje (Ezequiel 36.27; 37.14; Jeremias 31.33).



Características gerais do Milênio:

1) Um reino material com duração de mil anos, tendo Jesus Cristo como Rei (Apocalipse 20.5-6);
2) Satanás será preso (Apocalipse 20.1-3);
3) Jesus Cristo reinará com cetro de ferro (Salmo 2.8-9; Apocalipse 12.5; 19.15; Gênesis 49.10; Números 24.17);
4) Vida longa (Isaías 65.19-20);
5) Real, concreto e visível (Apocalipse 20);
6) Paz universal entre os povos e as nações (Isaías 9.6; Miquéias 4.3-4; Lucas 2.13-14);
7) A terra da Palestina será aumentada (Isaías 26.15);
8) A topografia será alterada (Zacarias 14.4);
9) As chuvas cairão trazendo bênçãos (Isaías 41.18; Ezequiel 34.26; Joel 2.23);
10) As fontes e mananciais de águas serão abundantes (Ezequiel 47.1-11; Zacarias 14.8);
11) A terra produzirá abundantemente (Isaías 32.15; 35.1; Ezequiel 47.12; Amós 9.13);
12) Haverá paz e justiça em plenitude (Isaías 32.16-17);
13) Haverá paz até na criação de modo geral (Isaías 11.6-9; 65.25; Romanos 8.19-21);
14) O Evangelho será pregado em todo o mundo (Isaías 11.6-9; 14.1-2; 49.22-23; 60.14; Zacarias 8.20-23);
15) Ainda haverá pecado (Isaías 65.18-20; Lucas 19.11-27);
16) Novo Templo e sacrifícios memoriais (Isaías 56.6-7; Ezequiel 40.1 a 44.31);
17) Os salvos estarão em glória com Seu Salvador (Colossenses 3.4);
18) Trabalho. O período do milênio não será caracterizado por inatividade, mas haverá um sistema econômico perfeito, no qual as necessidades do homem serão abundantemente providas por seu trabalho nesse sistema. Haverá uma sociedade plenamente produtiva, suprindo as necessidades dos súditos do Rei (Isaías 62.8-9; 65.21-23; Jeremias 31.5; Ezequiel 48.18-19). A agricultura, bem como a manufatura proverá empregos.
19) Haverá um aumento da luz solar e lunar, isto será a causa do aumento da produtividade na terra (Isaías 4.5; 30.26; 60.19-20; Zacarias 2.5).
20) A língua será unificada, as barreiras lingüísticas serão desfeitas (Sofonias 3.9).
21) Haverá uma transformação no corpo das pessoas que tem deformidades físicas (Isaías 29.17-19; 35.3-6; 61.1-2; Miquéias 4.6-7; Sofonias 3.19).
22) As águas do Mar morto ficarão saudáveis e peixes serão encontrados ali (Ezequiel 47.8).



Como será o fim do Milênio?

1) Satanás será solto (Apocalipse 20.7);
2) Enganará multidões (Apocalipse 20.8);
3) Promoverá uma rebelião (Apocalipse 20.9);
4) Os rebeldes serão mortos queimados (Apocalipse 20.9);
5) Satanás será destruído com um assopro da boca de Cristo (2Tessalonicenses 2.8);
6) Satanás será lançado no Lago de Fogo e Enxofre (Apocalipse 20.10);
7) O último inimigo – a morte – é derrotado (Apocalipse 20.14; 1Coríntios 14.26);
8) O Reino é entregue ao Pai (1Coríntios 15.24-25,28; Apocalipse 22.1).



OBRAS CONSULTADAS:

Bíblia Anotada – Charles Caldwell Ryrie – Editora Mundo Cristão
Bíblia Scofield – C. I. Scofield – Imprensa Batista Regular do Brasil
Exposição das Grandes Doutrinas da Bíblia – William Evans – Editora Batista Regular
Manual de Escatologia – J. Dwight Pentecost – Editora Vida.
Todas as Profecias da Bíblia – John F. Walvoord – Editora Vida
Um Estudo Sistemático de Doutrina Bíblica – Thomas Paul Simmons – Challenge Press

Pr. Cleverson de Abreu Faria
Igreja Batista Salém
Pinhais - Curitiba - PR
Ministério com Jovens
1º tesoureiro da MBBF (Missão Batista Brasileira Fundamentalista)



Autor: Zacarias
Tema: A Conclusão do Templo e as Promessas Messiânicas 
Data: 520—470 a.C.

Considerações Preliminares
O primeiro versículo identifica o profeta Zacarias, filho de Baraquias e neto de Ido (1.1), como o autor do livro. Neemias informa ainda que Zacarias era cabeça da família sacerdotal de Ido (Ne 12.16). Por esta passagem, ficamos sabendo que ele era da tribo de Levi, e que passou a servir em Jerusalém, depois do exílio, tanto como sacerdote quanto profeta.Zacarias era um contemporâneo mais jovem do profeta Ageu. Esdras 5.1 declara que ambos animaram os judeus, em Judá e Jerusalém, a persistirem na reedificação do templo nos dias de Zorobabel (o governador) e de Josua (o sumo sacerdote). O contexto histórico para os capítulos 1—8, datados entre 520—518 a.C., é idêntico ao de Ageu (ver a introdução de Ageu). Como resultado do ministério profético de Zacarias e Ageu, o templo foi completado e dedicado em 516—515 a.C.
Em sua juventude, Zacarias havia trabalhado lado a lado com Ageu, mas ao escrever os capítulos 9—14 (que a maioria dos estudiosos data entre 480—470 a.C.), já se achava idoso. A totalidade das profecias de Zacarias foi enunciada em Jerusalém diante dos 50.000 judeus que haviam voltado a Judá na primeira etapa da restauração. O NT indica que Zacarias, filho de Baraquias, foi assassinado “entre o santuário e o altar” (i.e., no lugar da intercessão) por oficiais do templo (Mt 23.25). Algo semelhante ocorrera a outro homem de DEUS que tinha o mesmo nome (ver 2 Cr 24.20,21).

Propósito
Os dois propósitos que Zacarias tinha em mente ao escrever seu livro correspondem às duas divisões principais da obra. (1) Os capítulos 1—8 foram escritos a fim de encorajar o remanescente judeu, em Judá, a persistir na construção do templo. (2) Os capítulos 9—14 foram escritos para fortalecer os judeus que, tendo concluído o templo, ficaram desanimados por não ter aparecido imediatamente o Messias. Nesta passagem, é revelado também em que importará a vinda do Messias.

Visão Panorâmica
O livro divide-se em duas partes principais. (1) A primeira parte (1—8) começa com uma exortação aos judeus para que voltem ao Senhor, para que também o Senhor se volte a eles (1.1-6). Enquanto encorajava o povo a terminar a reedificação do templo, o profeta Zacarias recebeu uma série de oito visões (1.7—6.8), garantindo à comunidade judaica em Judá e Jerusalém, que DEUS cuida de seu povo, governando-lhe o destino. As cinco primeiras visões transmitiam esperança e consolação; as últimas três envolviam juízo. A quarta visão contém uma importante profecia messiânica (3.8,9). A cena da coroação em 6.9-15 é uma profecia messiânica clássica do AT. Duas mensagens (7;8) fornecem perspectivas presentes e futuras aos leitores originais do livro. (2) A segunda parte (9—14) contém dois blocos de profecias apocalípticas. Cada um deles é introduzido pela expressão: “Peso da palavra do Senhor” (9.1;12.1). O primeiro “peso” (9.1—11.17) inclui promessa de salvação messiânica para Israel, e revela que o Pastor-Messias, que levaria a efeito tal salvação, seria primeiramente rejeitado e ferido (11.4-17; cf. 13.7). O “peso” (12.1—14.21) focaliza a restauração e conversão de Israel. DEUS prediz que Israel pranteará por causa do próprio DEUS “a quem traspassaram” (12.10). Naquele dia, uma fonte será aberta à casa de Davi para a purificação do pecado (13.1); então Israel dirá: “O Senhor é meu DEUS” (13.9). E o Messias reinará como Rei sobre Jerusalém (cap. 14).

Características Especiais
Seis aspectos básicos caracterizam o livro de Zacarias. (1) É o mais messiânico dos livros do AT, em virtude de suas muitas referências ao Messias, que ocorrem em seus catorze capítulos. Somente Isaías, com seus sessenta e seis capítulos, contém mais profecias a respeito do Messias do que Zacarias. (2) Entre os profetas menores, possui ele as profecias mais específicas e compreensíveis a respeito dos eventos que marcarão o final dos tempos. (3) Representa a harmonização mais bem sucedida entre os ofícios sacerdotal e profético em toda a história de Israel. (4) Mais do que qualquer outro livro do AT, suas visões e linguagem altamente simbólicas assemelham-se aos livros apocalípticos de Daniel e Apocalipse. (5) Revela um exemplo notável de ironia divina ao prever a traição do Messias por trinta moedas de prata, tratando-as como “esse belo preço em que fui avaliado por eles” (11.13). (6) A profecia de Zacarias a respeito do Messias no capítulo 14, como o grande Rei-guerreiro reinando sobre Jerusalém, é uma das que mais inspiram reverente temor em todo o AT.

O Livro de Zacarias ante o NT
Há uma aplicação profunda de Zacarias no NT. A harmonização da vida pessoal de Zacarias, entre os aspectos sacerdotal e profético pode ter contribuído para o ensino do NT de que CRISTO é tanto sacerdote quanto profeta. Além disso, Zacarias profetizou a respeito da morte expiatória de CRISTO pelas mãos dos judeus, que, no fim dos tempos, leva-los-á a prantearem-no, arrependerem-se e serem salvos (12.10—13.9; Rm 11.25-27). Mas a contribuição mais importante de Zacarias diz respeito a suas numerosas profecias concernentes a CRISTO. Os escritores do NT citam-nas, declarando que foram cumpridas em JESUS CRISTO. Entre elas estão: (1) Ele virá de modo humilde e modesto (9.9; 13.7; Mt 21.5; 26.31, 56); (2) Ele restaurará Israel pelo sangue do seu concerto (9.11; Mc 14.24); (3) será Pastor das ovelhas de DEUS que ficaram dispersas e desgarradas (10.2; Mt 9.36); (4) será traído e rejeitado (11.12,13; Mt 26.15; 27.9,10); (5) será traspassado e abatido (12.10; 13.7; Mt 24.30; 26.31, 56); (6) voltará em glória para livrar Israel de seus inimigos (14.1-6; Mt 25.31; Ap 19.15); (7) reinará como Rei em paz e retidão (9.9,10; 14.9,16; Rm 14.17; Ap 11.15); e (8) estabelecerá seu reino glorioso para sempre sobre todas as nações (14.6-19; Ap 11.15; 21.24-26; 22.1-5).
 

1.1 NO OITAVO MÊS... VEIO A PALAVRA DO SENHOR AO PROFETA ZACARIAS. Em novembro de 520 a.C., cerca de um mês depois da segunda profecia de Ageu (ver Ag 2.1), DEUS suscita Zacarias, um profeta mais jovem, para ajudar Ageu a encorajar o povo a concluir a reedificação do templo. Os seis primeiros capítulos incluem uma série de oito visões noturnas concedidas ao profeta Zacarias durante os dois primeiros anos da obra. As visões incitam o povo a examinar suas ações à luz do plano divino, que consistia em trazer-lhe a restauração espiritual no futuro. Tanto a primeira quanto a segunda vinda de CRISTO são focalizadas nestas profecias.

1.3 TORNAI PARA MIM... E EU TORNAREI PARA VÓS. A mensagem divina, anunciada através de Zacarias, começa com um chamado ao povo para que se volte a DEUS. Isto significa arrependimento. DEUS espera a obediência dos seus. E, Ele, por sua vez, promete abençoá-los e protegê-los de todos os males.

1.4 NÃO SEJAIS COMO VOSSOS PAIS. DEUS recorda ao povo de como fizera a mesma chamada aos seus pais, através dos profetas anteriores. Mas eles não se arrependeram. (1) Por haverem persistido em seus maus caminhos, os pais acabaram por desperdiçar sua oportunidade, sofrendo com isto as conseqüências do que se acha registrado em Dt 28. (2) Semelhantemente, se vivermos para os prazeres pecaminosos do presente sistema mundial, jamais alcançaremos o plano de DEUS à nossa vida. Por conseguinte, ser-nos-ão negadas, para sempre, as supremas bênçãos e bens que DEUS nos havia preparado.

1.8-11 OLHEI DE NOITE. Em fevereiro de 519 a.C., DEUS concede a Zacarias a visão de um homem montado num cavalo vermelho entre as murtas, tendo vários outros cavalos atrás dele. Acredita-se que o tal homem fosse uma manifestação de CRISTO como o anjo do Senhor (cf. v. 12; ver o estudo OS ANJOS, E O ANJO DO SENHOR). Um anjo intérprete explica que os cavalos tinham patrulhado toda a terra, e que esta achava-se em paz e em descanso (v. 11). Não obstante, o povo de DEUS, em Judá, encontrava-se oprimido e inseguro. Mas o Senhor transformaria a situação mundial ao restaurar e abençoar Jerusalém e as demais cidades de Judá.

1.9 O ANJO QUE FALAVA COMIGO. O anjo intérprete continua a explicar as visões a Zacarias (vv. 3-14,19; 2.3; 4.1,4,5; 5.5,10; 6.4,5). Este anjo não pode ser confundido com o anjo do Senhor.

1.12 O ANJO DO SENHOR... DISSE. O homem montado no cavalo vermelho é identificado como o anjo do Senhor, cuja missão é interceder em favor de Israel e de Jerusalém, para que se completem os setenta anos do castigo divino contra a cidade santa e o templo, destruídos em 586 a.C. A reedificação do templo, por exemplo, terminou em 516 a.C. precisamente setenta anos mais tarde. O anjo do Senhor é provavelmente CRISTO (ver vv. 8-11; cf. Êx 23.20,21; Is 63.9), que continua como nosso "Advogado para com o Pai" (1 Jo 2.1).

1.14 ESTOU ZELANDO POR JERUSALÉM. O amor de DEUS estava por trás da escolha de Jerusalém e da nação de Israel como sua possessão particular. Este amor, no entanto, não era para ser desfrutado somente pelos israelitas; teria de alcançar todas as nações. DEUS quer abençoar todas as famílias da terra através de Abraão e seus descendentes (ver Gn 12.3).

1.15 AS NAÇÕES... AUXILIARAM NO MAL. DEUS empregara nações pagãs para executar seus juízos contra Jerusalém (Is 10.5,6; Hc 1.6). Tais nações, porém, na sua cobiça por riquezas e poder, tinham ido longe demais. Mas, agora, seriam julgadas por DEUS em conseqüência de sua orgulhosa auto-suficiência.

1.18,19 ESTES SÃO OS PODERES QUE DISPERSARAM JUDÁ, ISRAEL E JERUSALÉM. Os chifres dos animais representam a Assíria, o Egito, a Babilônia, e a Medo-Pérsia.

1.20,21 QUATRO FERREIROS. Os ferreiros são provavelmente quatro impérios que executaram os juízos divinos contra os chifres (v. 18). Todos os opressores do povo de DEUS devem, finalmente, estar sujeitos ao seu juízo (cf. Sl 2.5,9).

2.1 UM HOMEM... UM CORDEL DE MEDIR. Jerusalém achava-se ainda numa condição lastimável por ocasião do término do exílio babilônico. O número dos repatriados era comparativamente pequeno em relação aos que haviam preferido ficar em Babilônia. Mas DEUS os encoraja, dizendo-lhes não ter ainda terminado seu trato com Jerusalém. A cidade santa, pois, tornar-se-ia o lugar mais glorioso da terra. A terceira visão focaliza, no futuro distante, o reino milenar, quando a cidade não mais terá muros. Ela transbordará com multidões de pessoas.

2.5 SEREI PARA ELA UM MURO DE FOGO EM REDOR... NO MEIO DELA, A SUA GLÓRIA. No reino milenar, Jerusalém não precisará de muros, pois o próprio Senhor ser-lhe-á um muro de fogo em derredor (cf. Is 4.5). Ainda mais importante: a glória divina, no meio do povo, transformará toda a cidade num templo cheio da presença de DEUS (cf. Ez 43.1-7). A presença e a glória de DEUS, no meio do seu povo, é algo que a igreja precisa desejar e buscar acima de todas as demais coisas.

2.6 FUGI, AGORA, DA TERRA DO NORTE. A ordem transmitida por Zacarias pode ser interpretada de diferentes formas. (1) A reedificação do templo era um sinal para os demais judeus exilados voltarem de Babilônia (v. 7). (2) Os profetas do AT também vislumbravam um retorno futuro que terá seu ponto culminante no reino milenar (vv. 7-9). (3) Podemos aplicar tais palavras aos nossos dias como se fora uma chamada para fugirmos da idolatria, imoralidade, iniqüidade, ocultismo e das demais modalidades pecaminosas do sistema mundial da atualidade.

2.8 AQUELE QUE TOCAR EM VÓS TOCA NA MENINA DO SEU OLHO. Sião (v. 7) representa o remanescente piedoso de Israel. Estes fiéis são a menina do olho de DEUS; são-lhe mui preciosos (ver Sl 17.8). Os crentes são tão importantes e amados como o era o povo de DEUS no AT. Encontramo-nos, pois, debaixo de seus cuidados e solicitudes.

2.10-12 NAQUELE DIA, MUITAS NAÇÕES SE AJUNTARÃO AO SENHOR. "Aquele dia" refere-se ao período em que JESUS CRISTO estiver reinando na -terra. Então, o remanescente piedoso de Israel, bem como os gentios, formarão um só povo de DEUS. Eles hão de receber a bênção da presença divina, bem como as bênçãos da escolha de Jerusalém como a cidade santa do DEUS de Israel.

3.1 JOSUÉ... E SATANÁS ESTAVA À SUA MÃO DIREITA, PARA SE LHE OPOR. Josué estava representando a nação de Israel diante de DEUS. Satanás, "o adversário" (ver Mt 4.10), encontrava-se em pé, à sua mão direita, para se lhe opor. Isto significa que os impedimentos e as oposições contra a reconstrução do templo realmente provinham do diabo. Ele continua como nosso adversário; é "o acusador de nossos irmãos" (Ap 12.10); o que procura tirar proveito de nós contra a obra de DEUS.

3.2 O SENHOR TE REPREENDE, Ó SATANÁS. Josué, como representante de Israel, não podia resistir a Satanás. Na qualidade de sumo sacerdote, trajava ele vestes malcheirosas e imundas, símbolos do pecado. (1) Por isso, o próprio DEUS resistiu a Satanás, e o repreendeu, pois escolhera a Israel para cumprir os seus propósitos. (2) Israel era "um tição tirado do fogo". O fogo representa os sofrimentos dos judeus no exílio babilônico. DEUS os acompanhara no meio dos sofrimentos, não para destruí-los, mas para discipliná-los e prepará-los para coisas melhores.

3.4 E TE VESTIREI DE VESTES NOVAS. DEUS ordena que as roupas imundas de Josué sejam removidas, simbolizando a remoção dos pecados do próprio sacerdote e de Israel. Em seguida, Josué é vestido de vestes festivas e dispendiosas. É-lhe posta uma mitra limpa na cabeça, indicando sua plena restauração ao cargo sacerdotal. O pecado de Israel é purificado; e o povo, revestido da justiça divina. A mesma purificação acha-se à nossa disposição por meio de CRISTO (Ef 1.7; Rm 1.16,17; 3.22,25,26).

3.7 SE ANDARES NOS MEUS CAMINHOS. A palavra que DEUS dirigiu pessoalmente a Josué, encorajou-o fortemente a segui-lo e a guardar a sua palavra. Se Josué assim o fizesse, governaria o templo como encarregado dos átrios de DEUS na terra, e teria acesso à sala do trono divino no céu, onde ministram os anjos. Também, temos livre acesso aos átrios celestiais, mediante a oração, se andarmos nos caminhos de DEUS.

3.8 O MEU SERVO, O RENOVO. Josué e os demais sacerdotes eram tipos proféticos, que prenunciavam a obra do Servo do Senhor, o Renovo (ver Is 4.2; 11.1; Jr 23.5). O anjo do Senhor (i.e., CRISTO), que se achava presente durante a purificação e restauração de Josué (v. 5), agora é identificado com o Renovo, o rebento que, como oferta pelo pecado, carregou com os nossos pecados, e levou a efeito a nossa redenção (cf. Is 53.1-6). Ele derrotou Satanás tomando sobre si as roupas dos pecados do mundo, e morrendo em nosso lugar.

3.9 SOBRE ESTA PEDRA ÚNICA ESTÃO SETE OLHOS. A pedra é outra prefiguração do Messias (cf. Is 28.16; 1 Pe 2.6). Os sete olhos representam a plenitude de entendimento, onisciência e inteligência divinas (cf. Ap 5.6). CRISTO removeria o pecado num único dia, i.e., no dia em que fez a expiação na cruz por nossos pecados.

4.2 UM CASTIÇAL TODO DE OURO. O castiçal é um lampadário de azeite. (1) Servia de apoio às sete lâmpadas, que se achavam sob o vaso que continha azeite, e estavam dispostas em derredor do receptáculo. O azeite fluía do vaso para manter cheias as lâmpadas. O vaso de azeite representa o poder inexaurível e abundante de DEUS através do ESPÍRITO SANTO. (2) Cada lâmpada possuía sete canudos, ou rebordos, cada um com um pavio, resultando em quarenta e nove chamas ao todo. As lâmpadas representam o povo de DEUS, que outorga a plenitude da luz ao mundo, por causa do fluxo abundante que emana do ESPÍRITO SANTO.

4.3 DUAS OLIVEIRAS. As duas oliveiras representam os ministérios real e sacerdotal de Zorobabel e de Josué (ver Ag 1.1). (1) As árvores simbolizam um manancial contínuo de óleo. Os dois líderes, pois, deviam guiar o povo a uma vida fortalecida pelo poder do ESPÍRITO (v. 12). (2) As árvores representam também os ministérios real e sacerdotal do próprio JESUS CRISTO. É Ele quem batiza no ESPÍRITO SANTO. Todas as plenitudes adicionais provêm dEle.

4.6 NÃO POR FORÇA, NEM POR VIOLÊNCIA, MAS PELO MEU ESPÍRITO. Embora esta mensagem tenha sido entregue a Zorobabel, é aplicável a todos os crentes (cf. 2 Tm 3.16). Nem o oderio militar, nem o político, nem as forças humanas poderão efetivar a obra de DEUS. Só conseguiremos fazer a sua obra se formos capacitados pelo ESPÍRITO SANTO (cf. Jz 6.34; Is 31.3). JESUS iniciou o seu ministério no poder do ESPÍRITO (Lc 4.1,18). E a igreja foi revestida pelo poder do ESPÍRITO SANTO no dia de Pentecoste para cumprir a grande comissão (At 1.8; 2.4; ver o estudo O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO). Somente se o ESPÍRITO governar e capacitar a nossa vida, é que poderemos cumprir a vontade de DEUS. É por isso que JESUS batiza seus seguidores no ESPÍRITO SANTO (ver Lc 3.16)

4.7 Ó MONTE GRANDE. As dificuldades, que parecem tão grandes como a montanha, serão vencidas pelo poder do ESPÍRITO que opera através de nós. Mas se as manifestações do ESPÍRITO não se fizerem presentes, o povo de DEUS será esmagado pela oposição e pelos problemas espirituais.

4.10 QUEM DESPREZA O DIA DAS COISAS PEQUENAS? Para alguns, a obra que o povo realizava parecia sem importância. No entanto, nenhuma obra feita sob o poder do ESPÍRITO de DEUS, e com a sua bênção, deve ser considerada insignificante. Pelo contrário: tem valor e importância eternos.

5.1-4 UM ROLO VOANTE. O rolo voante representa a maldição, ou castigo divino, contra os pecadores na terra de Israel. Embora DEUS seja misericordioso e longânimo (ver 2 Pe 3.9), apressa-se o julgamento que consumirá os ímpios. A era da graça chegará ao fim. A derradeira realização do juízo dar-se-á durante a grande tribulação.

5.5-11 UM EFA. O efa, ou cesta de medir, representa o pecado e a imoralidade do povo de Israel. (1) A mulher tipifica a idolatria e todos os tipos de iniqüidade. Ela é presa na cesta por uma tampa de chumbo, e levada a Sinear (i.e., Babilônia), que representa o sistema mundial dominado por Satanás (ver Ap 17.1). Os ímpios entre o povo de DEUS não somente precisavam ser castigados, como também removidos da terra. (2) O pecado e a iniqüidade têm de ser removidos de nossas igrejas; caso contrário, DEUS removerá o seu ESPÍRITO de nosso meio (ver Ap 2;3). Nos tempos do fim, DEUS extirpará o pecado da terra, e JESUS CRISTO reinará em glória com o seu povo (Ap 19-22).

6.1-5 ESTES SÃO OS QUATRO VENTOS DO CÉU. Zacarias, na oitava visão, vê quatro carros de guerra entre duas montanhas de cobre ou de bronze. (1) As cores dos cavalos que puxavam os carros eram vermelho (que significa a guerra), preto (que significa a pestilência e a morte), branco (que significa a vitória), e grisalho (malhado ou pintado, que significa a pestilência; cf. Ap 6.2-8). Acredita-se que os cavalos brancos representem a vitória gloriosa dos agentes do juízo divino. (2) Os quatro ventos são realmente seres angelicais (cf. Sl 104.4; Ap 7.1-3). (3) Tanto os carros de guerra quanto as montanhas de bronze falam do juízo contra os inimigos de DEUS. Os cavaleiros e os carros vão para o Norte e para o Sul, i.e., em direção a Babilônia e ao Egito. Estas nações também representam as potências do Norte e do Sul que se levantarão no final dos tempos, e hão de ser destruídas.

6.8 AQUELES... FIZERAM REPOUSAR O MEU ESPÍRITO. Os seres angelicais, ao executarem o juízo de DEUS, satisfazem-lhe a justiça, e aplacam-lhe a ira. DEUS zela para que os seus propósitos sejam realizados no devido tempo.

6.13 SERÁ SACERDOTE NO SEU TRONO. O Senhor ordena a Zacarias que faça coroas de prata e de ouro, e que as coloque na cabeça de Josué, o sumo sacerdote. (1) A coroação de Josué prenuncia a coroação e o reino de JESUS, que é o "Renovo", o Messias (Is 11.1; Jr 33.15; cf. Is 53.2; ver Zc 3.8). JESUS é tanto Sacerdote quanto Rei. Ele realizou primeiramente a sua obra sacerdotal, para então reinar (cf. Is 53.10; Lc 24.26). (2) No tempo presente, JESUS é a nossa paz (Ef 2.14,15), e nEle achamos o reino de DEUS, que subsiste em justiça, paz e alegria no ESPÍRITO SANTO (Rm 14.17). A realização ulterior do reino de CRISTO começará no Milênio, quando Ele exercerá na terra um reino de paz (cf. Is 9.6).

6.15 AQUELES QUE ESTÃO LONGE. A expressão refere-se aos gentios (cf. Ef 2.11-13).

7.1-5 JEJUASTES VÓS PARA MIM? A Lei de DEUS exigia um só dia de jejum por ano por ocasião do Dia da Expiação no sétimo mês. Os judeus, porém, haviam acrescentado um jejum, no quinto mês, como memorial da destruição do templo pelos exércitos de Nabucodonosor (2 Rs 25.8,9). Agora que o templo estava sendo reconstruído (518 a.C.), queriam saber se deveriam continuar observando aquele dia de jejum. (1) A palavra vinda do Senhor mostra-lhes que não estavam jejuando de maneira correta (ver Mt 6.16). Seu jejum não passava de mera formalidade. Estava destituído da verdadeira fome e sede de DEUS e de sua justiça. (2) Os fiéis teriam de prestar atenção aos profetas tais como Isaías (cf. Is 58.3-5), e, por meio de jejum e oração, pedir graça para viverem vidas santas e justas diante de DEUS e do próximo (vv. 8-10).

7.12 FIZERAM SEU CORAÇÃO DURO COMO DIAMANTE. O diamante (cf. Jr 17.1) é a substância mais dura que se conhece na natureza. (1) A chamada de DEUS, mediante o seu ESPÍRITO, através dos profetas anteriores, havia exigido justiça, misericórdia e compaixão, mas o povo porfiava em sua teimosia. Chegando o castigo devido, não houve mais tempo para o arrependimento. (2) O que DEUS espera do seu povo não mudou. Ele deseja que mostremos amor e compaixão aos que sofrem necessidades espirituais e materiais.

8.3 VOLTAREI PARA SIÃO. A chave para a plena restauração de Israel é a volta de DEUS a Sião. Pois indica a ocasião em que CRISTO voltará, em glória, para implantar o seu reino sobre as nações. Nesta ocasião, a presença divina fará de Jerusalém a cidade da verdade e da fidelidade. E o monte do Senhor será santo, i.e., separado à sua adoração. Este capítulo cita dez bênçãos que hão de acompanhar o reino de DEUS na terra. Cada descrição começa com a expressão: "Assim diz o Senhor".

8.4,5 VELHOS E VELHAS... MENINOS E MENINAS. Estes versículos retratam a paz, a prosperidade e a felicidade na Jerusalém milenial.

8.7,8 SALVAREI O MEU POVO. A restauração do exílio babilônico viria somente do Leste. Este trecho, portanto, refere-se à restauração futura, proveniente do Leste e do Oeste, i.e., de toda a terra (cf. Is 43.5,6). DEUS tornar-se-á verdadeiramente o DEUS do seu povo, e este participará da sua justiça através de CRISTO.

8.16,17 EIS AS COISAS QUE DEVEIS FAZER. Tendo em vista a volta de DEUS ao seu povo, e da esperança contida nestas profecias milenares, o povo dos dias de Zacarias devia mostrar uma conduta digna do Senhor a quem serviam (cf. 7.9,10). As profecias jamais foram dadas para satisfazer nossa mera curiosidade. DEUS espera que a nossa esperança quanto ao futuro leve-nos a buscar ao seu reino com maior intensidade e dedicação (cf. Tg 1.22; 1 Jo 3.2,3).

8.22 VIRÃO MUITOS POVOS... BUSCAR... O SENHOR. Haverá alegria incomparável quando os gentios reunirem-se aos judeus na busca ao Senhor em Jerusalém, pois Ele estará ali (ver Ez 48.35). Retrata-se, neste ponto, o cumprimento final da promessa concernente à aliança com Abraão, no sentido de que os gentios -seriam trazidos ao Senhor (Gn 12.3; Gl 3.8,26-29).

9.1 O OLHAR DO HOMEM E... DE ISRAEL SE VOLTA PARA O SENHOR. Por causa das promessas divinas, Israel se voltaria ao Senhor, pedindo-lhe livramento. Muitos outros também o fariam. O resultado seria o castigo das nações em derredor de Israel, que haviam causado tanto sofrimento ao povo de DEUS. Alexandre Magno cumpriu parcialmente esta profecia em 332 a.C.

9.8 PARA QUE NÃO PASSE MAIS SOBRE ELES O EXATOR. A paz final virá à Jerusalém terrestre durante o reino milenial de CRISTO. DEUS não permitirá que o seu povo seja totalmente destruído. A mesma garantia é dada à igreja, pois as portas do inferno jamais hão de prevalecer contra ela (ver Mt 16.18).

9.9 EIS QUE O TEU REI VIRÁ... SALVADOR, POBRE. Um motivo ainda maior para o regozijo é a vinda do Rei, não em esplendor, mas em humildade (cf. Fp 2.5-8), montado sobre um jumento. A profecia de Zacarias prevê a entrada triunfal de JESUS em Jerusalém (Mt 21.1-5). Ao entrar dessa maneira na cidade santa, JESUS declarou ser Ele o Messias e o Salvador, pronto a submeter-se à cruz.

9.10 E ELE ANUNCIARÁ PAZ... E O SEU DOMÍNIO... ATÉ ÀS EXTREMIDADES DA TERRA. Sem se referir ao período entre a ressurreição e a segunda vinda de CRISTO, Zacarias dá um passo adiante. Vai até à sua segunda vinda no final dos tempos. Depois do triunfo de CRISTO sobre o anticristo e seus exércitos, não haverá mais necessidade de carros de guerra, cavalos de batalha, nem de instrumentos bélicos. Os domínios do Senhor JESUS abrangerão toda a terra.

9.12 VOLTAI À FORTALEZA, Ó PRESOS DE ESPERANÇA. O futuro dos israelitas dispersos não é desesperador. DEUS promete que os restaurará com uma bênção dupla por causa de tudo quanto já tinham sofrido.

9.13 GRÉCIA. A Grécia passou a destacar-se por volta de 480-479 a.C., quando seus exércitos derrotaram a Xerxes. O cumprimento da profecia, neste versículo, veio com a derrota de Antíoco Epifânio em 168 a.C.
9.16,17 SEU DEUS... OS SALVARÁ. A salvação chegará ao ponto culminante quando DEUS fizer de Israel o seu rebanho. A salvação será uma obra suprema e exaltada. Todo o mundo a presenciará. O resultado será garantido pela bondade e beleza do Senhor. Tudo o que Ele faz em prol do seu povo, reflete a bondade e beleza da sua santidade.

10.1 PEDI AO SENHOR CHUVA NO TEMPO DA CHUVA SERÔDIA. A chuva serôdia, que caía na primavera, era essencial para amadurecer a colheita. Em certo sentido, a obra do ESPÍRITO, no AT, era como a chuva temporã um período de preparo e de plantio (ver Os 6.2,3). A chuva serôdia começou no Pentecoste e, com ela, teve início a colheita de almas. Confiemos, pois o derramamento do ESPÍRITO SANTO continuará como "chuva serôdia" até o fim da presente era.

10.2 OS ADIVINHOS TÊM VISTO MENTIRA. Por não terem os israelitas nenhum pastor para guiá-los nos caminhos retos, i.e., nos caminhos da confiança em DEUS, passaram a depender dos ídolos, adivinhos e outras práticas ocultistas. Os pastores e mestres que destroem a fé e a confiança na Bíblia, negando-lhe a inspiração divina e a infalibilidade, induzem as pessoas a apelar a tais práticas.

10.4 DELE A PEDRA DE ESQUINA. Da tribo de Judá surgiu a pedra de esquina (Sl 118.22; Is 28.16) JESUS, o Messias. Ele seria a estaca que simboliza a segurança (cf. Is 22.22,23). Ele é o Rei vitorioso (cf. Ap 19. 11-16).

10.6-8 JUDÁ... JOSÉ. O propósito de DEUS era redimir e salvar as doze tribos de Israel. Judá representa as duas tribos do Sul; e, José, as dez tribos do Norte.

10.11 ASSÍRIA... EGITO. A Assíria representava os inimigos de Israel, no Norte; ao passo que o Egito, os inimigos do Sul. DEUS prometeu que removeria toda a oposição que se levantasse contra a restauração de Israel.

11.4-17 APASCENTA AS OVELHAS DA MATANÇA. Zacarias fora instruído a representar o pastor de Israel que DEUS havia nomeado: o Messias (vv. 4-14). Em seguida, é-lhe ordenado que representasse o pastor iníquo de Israel (vv. 15-17), que pode prefigurar o anticristo no final dos tempos.

11.4 AS OVELHAS DA MATANÇA. O rebanho de ovelhas é Israel, marcado para o castigo por ter rejeitado o Messias. A matança foi levada a efeito pelos romanos em 70 d.C.

11.7 DUAS VARAS. Zacarias, representando o -Messias, usa duas varas para proteger o rebanho. As varas simbolizam o favor de DEUS para com a semente de Abraão, e seu plano de unir Israel e Judá numa única nação. Tais bênçãos tornar-se-iam realidade se o povo seguisse o Messias.

11.9 NÃO VOS APASCENTAREI MAIS. Como o rebanho odiava o Pastor-Messias, este deixaria o seu papel de pastor para que a nação de Israel fosse entregue à perdição.

11.10 DESFAZER O MEU CONCERTO. DEUS havia firmado um concerto para impedir que as nações atacassem Israel. Zacarias descreve como DEUS removeu tal proteção, e como Israel foi destruído e disperso. Assim aconteceu em 70 d.C., quando os romanos destruíram Jerusalém.

11.12 MEU SALÁRIO, TRINTA MOEDAS DE PRATA. Zacarias, ainda representando o Messias, pediu aos líderes que lhe pagassem a soma que, segundo a opinião corrente, mereciam seus serviços proféticos. Mas eles o ofenderam ao lhe oferecerem o preço de um escravo (Êx 21.32). Trinta moedas de prata foi também o preço pago a Judas para trair a JESUS (Mt 27.3-10).
11.14 PARA ROMPER A IRMANDADE ENTRE JUDÁ E ISRAEL. Parte do castigo divino constituiu-se na destruição da união de Israel. A nação do concerto seria desfeita em facções.

11.15,16 UM PASTOR INSENSATO. Zacarias seria obrigado a pegar agora os apetrechos de pastor a fim de representar o pastor iníquo que usava tais instrumentos para ferir ao invés de ajudar as ovelhas (ver vv. 4-17). A profecia do "pastor insensato" terá seu cumprimento final no anticristo (cf. Ez 34.2-4; Dn 11.36-39; Jo 5.43; 2 Ts 2.3-10; Ap 13.1-8).

12.3-9 AJUNTAR-SE-ÃO CONTRA ELA TODAS AS NAÇÕES DA TERRA. No fim dos tempos, as nações reunir-se-ão contra Jerusalém e Israel. DEUS, porém, intervirá, destruindo os inimigos de seu povo. As potências mundiais serão derrotadas na batalha do Armagedom (ver Ap 16.16; 19.19).

12.10-14 O ESPÍRITO DE GRAÇA. Estes versículos falam da conversão pessoal dos judeus. Em virtude da iminência de serem derrotados por seus inimigos, passarão a crer em JESUS como o verdadeiro Messias.

12.10 E O PRANTEARÃO. Em meio aos perigos daquele dia de batalha, os israelitas clamarão a DEUS por socorro. Então o Senhor derramará do seu ESPÍRITO SANTO para transmitir-lhes a sua graça, e atender-lhes à oração. (1) Os arrependidos reconhecerão serem culpados pela espada romana ter traspassado a JESUS, o Messias, causando-lhe a morte (cf. Sl 22.16; Is 53.5; Jo 19.34).
(2) O pranto dos israelitas será amargo. Cada família pranteará à parte. Os maridos também prantearão separadamente das respectivas mulheres. Por conseguinte, cada indivíduo terá de arrepender-se pessoalmente de seus pecados, e por haver rejeitado a JESUS CRISTO (cf. Rm 3.23; 6.23; At 16.31; 1 Pe 2.24).

13.1 UMA FONTE ABERTA PARA A CASA DE DAVI. A fonte retrata a purificação dos pecados levada a efeito pela morte de CRISTO na cruz. O povo judaico será purificado de suas iniqüidades da mesma maneira que o são os demais crentes em CRISTO (cf. 1 Jo 1.7,9).

13.4 OS PROFETAS SE ENVERGONHARÃO. Naqueles dias, DEUS desmascarará os falsos profetas. Eles ficarão tão amedrontados e envergonhados que, cada um dirá: "Não sou profeta, mas simples lavrador de terra." Enquanto isto, precisamos detectar os muitos falsos profetas que há nas igrejas. É por isto que DEUS nos conclama a testar os espíritos (1 Jo 4.1)

13.6 FERIDAS... NAS TUAS MÃOS. Tais feridas eram, provavelmente, provenientes da autoflagelação asso-ciada à idolatria (vv. 2-5).

13.7 ESPADA... FERE O PASTOR. Nesta perspectiva profética do livro, o Pastor é o Messias. (1) DEUS chama pastor a um varão que é "o meu companheiro" (i.e., meu igual, meu colega).
Portanto, um Messias divino. (2) O Pastor-Messias seria ferido, i.e., crucificado. Seus discípulos, diante disso, espalhar-se-iam como ovelhas (ver Mt 26.31,56; Mc 14.27). A profecia também pode ter prenunciado a dispersão da nação judaica em 70 d.C.

13.8,9 E FAREI PASSAR ESSA TERCEIRA PARTE PELO FOGO. Estes versículos provavelmente referem-se ao período da tribulação no final dos tempos. Os judeus incrédulos (dois terços) serão mortos (v. 8); somente um terço restará. São estes judeus que "olharão para... quem traspassaram" (12.10-14). Portanto, apenas um remanescente de Israel será salvo (Ap 11-18)

14.1 VEM O DIA DO SENHOR. "O dia do Senhor" é uma ocasião tanto de juízo quanto de restauração. Temos aqui uma referência ao tempo em que CRISTO voltará para julgar as nações, e estabelecer seu reino terrestre.

14.2 AJUNTAREI TODAS AS NAÇÕES... CONTRA JERUSALÉM. As nações darão a entender terem ganho uma vitória militar, mas acabarão por serem destruídas (ver 12.3-9).

14.3 E O SENHOR SAIRÁ. O Senhor intervirá na batalha, e derrotará as nações.

14.4 NAQUELE DIA, ESTARÃO OS SEUS PÉS SOBRE O MONTE DAS OLIVEIRAS. Esta profecia será cumprida quando JESUS CRISTO, na sua segunda vinda, voltar ao lugar de onde partira (Lc 24.50,51; At 1.9-12). A topografia da área será mudada dramaticamente. O monte fender-se-á: uma metade avançará para o Norte, a outra, para o Sul, deixando um vale entre ambas as metades.

14.8 CORRERÃO DE JERUSALÉM ÁGUAS VIVAS. Águas vivas (em contraste com as águas estagnadas) fluirão de Jerusalém (cf. Sl 46.4; Ez 47.1-12; Jl 3.18). Ao invés de ficar seca no verão (conforme acontece com a maioria dos ribeiros na Palestina), esta fonte fluirá ininterruptamente para os mares Mediterrâneo e Morto. Este trecho prevê que bênçãos divinas fluirão da Jerusalém milenial (Ap 22.1).

14.9 O SENHOR SERÁ REI SOBRE TODA A TERRA. Depois da volta de CRISTO e da destruição do anticristo e dos seus exércitos (cf. Ap 19), os sobreviventes das nações virão anualmente a Jerusalém por ocasião da Festa dos Tabernáculos a fim de adorar o Rei Messias, o Senhor JESUS. Os sobreviventes serão provavelmente, em sua maioria, civis que permanecerão na sua pátria e aceitarão a CRISTO como Senhor.

14.12-15 O SENHOR FERIRÁ. Estes versículos fornecem outros pormenores a respeito do julgamento das nações (ver v. 3).

14.17 NÃO VIRÁ SOBRE ELA A CHUVA. A total ausência de chuva será o castigo das nações que não subirem a Jerusalém para adorar o Senhor, e observar a Festa das Cabanas. Como o Egito sofre permanentemente com a falta de chuva, uma praga adicional lhe está reservada. (v. 18).

14.20 SANTIDADE AO SENHOR. Já não haverá separação entre o sagrado e o profano. Todas as coisas e pessoas serão santas, consagradas e dedicadas ao serviço e adoração do Senhor.

14.21 NÃO HAVERÁ MAIS CANANEU NA CASA DO SENHOR. O termo "cananeu" era sinônimo de imoralidade e impiedade. Mas DEUS estabelecerá a santidade e a retidão como as características universais e permanentes do seu reino.

ELABORADO PELO EV. NATALINO DOS ANJOS
PROFESSOR DA E.B.D. E PESQUISADOR.
FONTE DE PESQUISA; BIBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL
 







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