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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

4º TRIMESTRE 2012 - LIÇÃO 02 COM SUBSIDIOS


Lição 2 - 4º trimestre
14 de Outubro de 2012

Oseias - A Fidelidade no
Relacionamento com Deus

TEXTO ÁUREO
"Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo"
(2 Co 11.2).

VERDADE PRÁTICA
O casamento de Oseias ilustra a infidelidade de Israel e mostra a sublimidade do amor de Deus.

HINOS SUGERIDOS 100, 254, 295

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Is 54.5 Deus se apresenta a Israel como um marido
Terça - Jr 2.2 A união de marido e mulher é uma figura do relacionamento entre Deus e Israel
Quarta - Mt 25.1 O Senhor Jesus compara o cortejo nupcial a sua vinda
Quinta - Sl 45.9-11 O resplendor do casamento real ilustra a beleza e a pureza da Igreja
Sexta - Hb 13.4 O casamento deve ser honrado por todos
Sábado - Ap 19.7 O encontro de Cristo com a Igreja é comparado a um casamento

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Oseias 1.1, 2; 2.14-17, 19, 20


INTERAÇÃO
O casamento de Oseias denota uma diversidade de sentimentos humanos que desabrocham numa história trágica entre Deus e seu povo. Sim! Tristezas e frustrações fazem parte da vida pessoal do profeta. Mas também é verdade que renovadas esperanças estão implícitas na mensagem dramática desse profeta. Como marido, ele esperava a reconciliação plena com sua esposa Gomer. Tal retrato reflete o amor, a beleza e a intimidade que o verdadeiro casamento pode proporcionar. No caso de Israel, o Altíssimo almeja que a nação deixe o caminho do adultério espiritual e retorne ao amor inefável do esposo que, acima de tudo, a ama.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
* Conhecer a estrutura do livro de Oseias.
* Compreender a linguagem simbólica usada no livro.
* Conscientizar-se de que Deus está pronto a nos reconciliar e acolher.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Reproduza o esquema da página abaixo. Utilize-o na introdução do primeiro tópico da lição. O esquema facilitará a compreensão dos alunos a respeito da estrutura do livro de Oseias. Explique que os assuntos principais do livro são: a apostasia de Israel; o grande amor de Deus; o juízo divino e as promessas de restauração. O objetivo do livro é mostrar quão grande e abenegado é o amor de Deus por seu povo.


ESBOÇO DO LIVRO DE OSEIAS
Esposa do profeta Oseias (Os 1 - 3)
O povo de Oseias  (Os 4 - 14)
Mensagem de julgamento (Os 4 - 10)

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
A mensagem de Oseias começa a partir de sua vida pessoal. O seu casamento com Gomer e o difícil relacionamento familiar ocupam os três primeiros capítulos do livro que leva o seu nome. Deus tinha uma mensagem para o povo, pois a esposa e os filhos de Oseias, assim como o abandono e a prostituição dela, e o seu sofrimento e perdão, são sinais e profecias sobre Israel e Judá ao longo dos séculos.

I. O LIVRO DE OSEIAS
1. Contexto histórico. O ministério de Oseias deu-se no período da supremacia política e militar da Assíria. Ele profetizou em Samaria, capital do Reino do Norte, durante os "dias de Uzias, Jotão, Acaz, Ezequias, reis de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel" (1.1). A soma desses anos deve ser reduzida significativamente porque Jotão foi corregente com seu pai, Uzias, e da mesma forma Ezequias reinou com Acabe, seu pai (2 Rs 15.5; 18.1,2, 9, 10, 13).
Esses dados fornecidos pelo profeta nos permitem datar o seu ministério entre 793-753 a.C. Jeroboão II, reinou 41 anos num período de prosperidade econômica, mas também de apostasia generalizada (2 Rs 14.23-29).

2. Estrutura. A revelação foi entregue ao profeta pela palavra "dita a Oseias" (1.1a). A segunda declaração: "O princípio da palavra do Senhor por Oseias" (1.2a), reitera a forma de comunicação do versículo anterior. Também esclarece que a ordem para Oseias se casar com "uma mulher de prostituições" aconteceu no começo do seu ministério, como fica claro na ARA e na TB (1.2b).
O livro pode ser dividido em duas partes principais. A primeira é uma biografia profética escrita em prosa que descreve a crise do relacionamento de Oseias com sua esposa infiel, ao mesmo tempo que compara essa crise conjugal com a infidelidade e a apostasia do seu povo (1-3). A segunda parte é escrita em forma poética e se constitui de profecias proferidas durante um longo intervalo de tempo (4-14).

3. Mensagem. O assunto do livro é a apostasia de Israel e o grande amor de Deus revelado, que compreende advertência, juízo divino e promessas de restauração futura (8.11-14; 11.1-9; 14.4-9). Mesmo num contexto de decadência moral, o oráculo descreve o amor de Deus de maneira bela e surpreendente (2.14-16; 6.1-4; 11.1-4; 14.4-8). Seus oráculos são cheios de metáforas e símbolos dirigidos aos contemporâneos. Sua mensagem denuncia o pecado do povo e a corrupção das instituições sociais, políticas e religiosas das dez tribos do norte (5.1). Oseias é citado no Novo Testamento (1.10; 2.23 cp. Rm 9.25,26; 6.6 cp. Mt 9.13; 12.7; 11.1 cp. Mt 2.15).
SINÓPSE DO TÓPICO (1) O livro do profeta Oseias é repleto de metáforas e símbolos. Sua mensagem denuncia o pecado e a corrupção do povo.

II. O MATRIMÔNIO
1. Etimologia. Os termos "casamento" e "matrimônio" são equivalentes e ambos usados para traduzir o grego gamos, que indica também "bodas" (Jo 2.1,2) e "leito" conjugal (Hb 13.4). Trata-se de uma instituição estabelecida pelo Criador desde a criação, na qual um homem e uma mulher se unem em relação legal, social, espiritual e de caráter indissolúvel (Gn 2.20-24; Mt 19.5,6). É no casamento que acontece o processo legítimo de procriação (Gn 1.27,28), gerando a oportunidade para a felicidade humana e o companheirismo.

2. Simbolismo. A intimidade, o amor, a beleza, o gozo e a reciprocidade que o casamento proporciona fazem dele o símbolo da união e do relacionamento entre Cristo e a sua Igreja (2 Co 11.2; Ef 5.31-33; Ap 19.7). Essa figura é notada desde o Antigo Testamento.
3. A ordem divina para o casamento de Oseias. Considerando a santidade do casamento confirmada em toda a Bíblia, a ordem divina parece contradizer tudo o que as Escrituras falam sobre o matrimônio. Temos dificuldade em aceitá-la, mas qualquer interpretação contra o caráter literal do texto é forçada. Quando Jeová deu a ordem, acrescentou: "porque a terra se prostituiu, desviando-se do SENHOR" (1.2b). Isso era literal. A infidelidade a Deus é em si mesma um adultério espiritual (Jr 3.1,2; Tg 4.4), ainda mais quando se trata do culto a Baal, que envolvia a chamada prostituição sagrada (4.13,14; Jz 8.33).

SINÓPSE DO TÓPICO (2) O matrimônio de Oseias com Gômer simboliza a infidelidade do povo em relação a Deus.

III. A LINGUAGEM DA RECONCILIAÇÃO
1. O casamento restaurado. O amor é o tema central de Oseias. Com ele, Israel será atraído por Jeová (11.4; Jr 31.3). O deserto foi o lugar do julgamento (2.3) e nele Israel achou graça, tal qual a noiva perante o noivo (Êx 5.1; Jr 2.2). A expressão "e lhe falarei ao coração" (2.14) é a linguagem de um esposo falando amorosamente à esposa (4.13,14; Gn 34.3; Jz 19.3). Nós fomos atraídos e alvejados pelo amor de Deus (Rm 5.6-8).

2. O vale de Acor e a porta de esperança. Há aqui uma menção do monumento erguido no vale de Acor, onde Acã pagou pelos seus crimes e foi executado com toda a sua casa (Js 7.2-26). A promessa é que esse vale não será mais lembrado como lugar de castigo. Será transformado em lugar de restauração (Is 65.10), cujas vinhas serão dadas "por porta de esperança" (2.15).

3. A reconciliação. A sentença de divórcio (2.2) será anulada: "desposar-te-ei comigo para sempre" (2.19). O baalismo generalizado (2.13) virá a ser transformado em conversão nacional e genuína. Todo o povo servirá a Jeová em fidelidade, e cada um voltará a ter conhecimento do Deus verdadeiro (2.20).

SINÓPSE DO TÓPICO (3) A linguagem da reconciliação no livro de Oseias é apresentada através do amor, tema principal do oráculo divino neste livro.

IV. O BANIMENTO DA IDOLATRIA EM ISRAEL
1. Meu marido, e não meu Baal. A fórmula "naquele dia" (2.6, 18, 21) é escatológica (Jl 3.18). As expressões "meu marido" e "meu Baal", em hebraico ishi e baali, são um jogo de palavras muito significativo.

a) Significados. A palavra ish significa "homem, marido" (Gn 2.24; 3.6); e baal, ou baalim, no plural, quer dizer "dono, marido" (Êx 21.29; 2 Sm 11.26). O termo também é aplicado metaforicamente a Deus, como marido: "Porque o teu Criador é o teu marido" (Is 54.5). A palavra "baal", como "dono, proprietário", aparece 84 vezes no Antigo Testamento, sendo 15 delas como esposo de uma mulher, portanto "marido".

b) Divindade dos cananeus. Como nome da divindade nacional dos fenícios com a qual Israel e Judá estavam envolvidos naquela época, aparece 58 vezes, sendo 18 delas no plural. Essa palavra se corrompeu por causa da idolatria e por isso Jeová não será mais chamado de "meu Baal", mas de "meu marido" (2.16).

2. O fim do baalismo. Os ídolos desaparecerão da terra (Jr 10.11). Isso inclui os baalins, cuja memória será execrada para sempre, uma vez que a palavra profética anuncia o fim definitivo do baalismo: "os seus nomes não virão mais em memória" (2.17). Apesar de a promessa divina ser escatológica, esses deuses são hoje repulsa nacional em Israel.

SINÓPSE DO TÓPICO (4) O baalismo foi definitivamente extinguido em Israel. Isso pode ser confirmado até hoje.

CONCLUSÃO
O emprego das coisas do dia a dia como ilustração facilita a compreensão da mensagem divina, e a Bíblia está repleta desses recursos literários. O casamento é o símbolo perfeito para compreendermos o relacionamento de Deus com o seu povo, e do Senhor Jesus Cristo com o cristão.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

Subsídio Bibliológico

"Livro de Oseias
[...] Quando Oseias iniciou seu ministério, Israel estava desfrutando o zênite da sua prosperidade e poder sob o reinado de Jeroboão II. Para entender melhor o livro de Oseias, leia 2 Reis 14.23 a 15.31. Oseias distinguia as dez tribos pelo nome de Israel, ou de Samaria, sua capital, ou de Efraim, a tribo principal. Oseias não morreu antes de ver o cumprimento de suas profecias. // O autor: Oseias, 1.1 // A chave: Adultério espiritual, 4.12. A idolatria com toda espécie de vício, permeava todas as classes sociais. Oseias por mais ou menos 60 anos condenava do modo mais veemente o procedimento do povo, qualificando-o de adultério. Continuava seus avisos sem resultados, o que é um tocante exemplo de perseverança no meio dos maiores desânimos. // As divisões: I. Israel, a esposa infiel de Deus, caps. 1 a 3. II. Israel pecaminoso, 4.1. a 13.8 // III. Israel restaurado, 13.9 a 14.9." (BOYER, Orlando. Pequena Enciclopédia Bíblica. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p.394).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

Subsídio Teológico
"Diante de tudo que temos estudado podemos compreender que o homem tem sido ingrato e rebelde e mesmo assim Deus trabalha para a redenção humana. Primeiro levantou um povo na antiguidade para a glória de seu nome: Israel. Esse povo fracassou, mas ainda será restaurado. Quando Israel fracassou, rejeitando o seu Messias, Deus levantou outro povo, a Igreja.
É comum encontrar no livro do profeta Oseias as promessas de bênçãos após as advertências de juízos. Isso revela o grande amor de Deus por seu povo e isso é confirmado no Novo Testamento pela expressão: 'Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo' (2 Tm 2.13).
Depois de anunciar o fim da casa de Israel, 'farei cessar o reino da casa de Israel' (1.4), e de afirmar que Israel não é mais seu povo, 'porque vós não sois meu povo, nem eu serei vosso Deus' (1.9), logo em seguida afirma que os filhos de Israel são povo de Deus e também chama de filhos de Deus. Não há nisso contradição alguma, pois essa promessa é escatológica, vem depois dos juízos anunciados nesse capítulo, em outros lugares do livro de Oseias.
Vemos que no Velho Testamento Jeová se utilizou da experiência de seu povo para se revelar a si mesmo de maneira progressiva, culminando com a manifestação de sua plenitude na Pessoa de seu Filho Jesus Cristo (Cl 2.9). Agora, em Oseias, começa-se a vislumbrar o amor de Jeová pelo seu povo e por toda a humanidade, amor manifestado no calvário (Jo 3.16)" (SOARES, Esequias. Oseias: A restauração dos filhos de Deus. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p.53).

SUBSIDIOS

INTRODUÇÃO

OSEIAS  1.2 VAI, TOMA UMA MULHER DE PROSTITUIÇÕES. O relacionamento entre Deus e Israel é freqüentemente comparado a um contrato matrimonial (e.g., Is 54.5; Jr 3.14; cf. Ef 5.22-32). "Desviando-se do Senhor", a fim de adorar aos ídolos, Israel foi considerado por Deus como um caso de infidelidade ou prostituição espiritual. O casamento de Oséias deveria ser, portanto, uma lição prática para o infiel Reino do Norte. Há forte probabilidade de que Gomer não fosse prostituta por ocasião do seu matrimônio, tendo posteriormente se voltado ao adultério e à imoralidade, talvez como prostituta no templo de Baal. Ao abandonar o Senhor, ela não somente foi levada à adoração falsa, mas também ao rebaixamento dos padrões morais. Hoje se pode ver o mesmo padrão de vida imoral sempre que o povo de Deus se desvia da genuína dedicação ao Todo-poderoso (ver Pv 5.3).

OSEIAS  2.20 E DESPOSAR-TE-EI COMIGO EM FIDELIDADE. Nos tempos bíblicos, o noivado era um compromisso contratual ao nível de matrimônio. Aqui, Deus promete restaurar o relacionamento pactual entre Ele e Israel mediante o seu amor redentor, a fim de que os israelitas viessem a conhecê-lo de modo genuíno e pessoal. Em contrapartida, Deus estava a exigir justiça, retidão, amor constante, bondade e fidelidade de seu povo. De igual modo, Ele quer que os crentes, hoje, manifestem-lhe fidelidade, sincero amor e compaixão ao próximo.

 I - A INFIDELIDADE DE ISRAEL PARA COM DEUS.

JUIZES  2.17 DEPRESSA SE DESVIARAM DO CAMINHO POR ONDE ANDARAM SEUS PAIS. A razão principal do desvio espiritual de Israel acha-se nos vv. 10-17.
(1) No período dos juízes, a nova geração de israelitas desviou-se dos caminhos e ensinos de seus pais. Abandonaram seu relacionamento pactual com Deus (v. 10) e se desviaram para a iniqüidade (vv. 11-13). Começaram a contestar as normas e leis da geração que se estabelecera na terra (v. 17).
(2) Deixaram de obedecer à Palavra de Deus (vv. 2,17) e passaram a viver segundo seus desejos (17.6; 21.25).
(3) Os israelitas não se separaram totalmente da cultura maligna dos cananeus (vv. 11-13; 1.28). Pelo contrário, preferiram os benefícios materialistas e os prazeres imorais dos cananeus. Aceitaram o casamento misto com os cananeus (3.5,6) e também o culto idólatra a Baal e a Astorete (v. 13). Surgiu daí, inevitavelmente, o sincretismo entre as duas culturas e suas maneiras de viver.
(4) Esse fato histórico de Israel revela que a inclinação natural do ser humano, desde a queda, é para o mal; a vitalidade espiritual de um crente, ou grupo de crentes decresce, a não ser que haja renovação espiritual periódica, pela graça de Deus, mediante arrependimento, oração e reconsagração (2 Cr 7.14; Is 57.15; Mt 5.6; Jd 20)

JUIZES  2.19 NADA DEIXAVAM... DO SEU DURO CAMINHO. O fracasso espiritual de muitos dos escolhidos de Deus, que não permaneceram fiéis a Ele e à sua palavra é um assunto repetido em toda a história bíblica.
(1) O AT mostra o povo de Deus desviando-se repetidas vezes do seu amor, justiça, perdão e revelação. Exemplos disso são:
(a) a rejeição por Adão, da vontade de Deus (Gn 3.1-7),
(b) pelos descendentes de Adão (Gn 6.1-7),
(c) pelos descendentes de Noé (Gn 11.1-9)
(d) e pelos filhos de Israel (Êx 32; Juízes; 1 e 2 Reis; At 7.34-53).
(2) Semelhantemente no NT, Cristo e os apóstolos revelam que, perto do fim dos tempos, muitos da igreja se afastarão da verdadeira fé em Cristo e da sua revelação na Bíblia (Mt 24.10-12,24; 2 Tm 1.15; 4.1-4; Ap 2;3).
(3) As Escrituras enfatizam, no entanto, que um remanescente justo permanecerá fiel a Deus e à sua revelação nos tempos de desvio espiritual. Entre os muitos exemplos bíblicos de homens e mulheres fiéis, temos:
(a)  Enoque (Gn 5.21-24); Noé (Gn 6.9-12);
(b) Abraão (Gn 12-24; 18.19);
(c) José (Gn 37-50);
(d) Moisés (Êx 33.11-14; Dt 34);
(e) Josué e Calebe (Nm 14.1-10);
(f) Rute (Rt 2.12); Samuel (1 Sm 2.26; 3.19);
(g) Elias (1 Rs 18.20-22; 19.9-18; Rm 11.2-5);
(h) os profetas (At 7.52);
(i) João Batista (Lc 1.15-17);
(j) Simeão e Ana (Lc 2.25-38);
(l) os discípulos (At 5.27-42);
(m) Paulo (2 Tm 4.6-8);
(n) os vencedores (Ap 2;3);
(o) e os irrepreensíveis (Ap 4.1-5,12), que chegarão a ser uma grande multidão dentre todas as nações, os quais lavaram suas vestes e as embranqueceram no sangue do Cordeiro (Ap 7.9-17).

II - O FIM DA UNIÃO(CASAMENTO) COM DEUS
OSEIAS  2.2-7 CONTENDEI COM VOSSA MÃE. Oséias volta às advertências de juízo. "Contender" é um termo jurídico empregado para pleitear uma causa contra alguém envolvendo demandas, repreensões e censuras. A nação é a esposa e mãe; os israelitas são os filhos que se voltaram à idolatria. Eles precisam, pois, arrepender-se e abandonar seus amantes (2.5), i.e., os vários deuses cananeus.
OSEIAS  2.6 PORTANTO... CERCAREI O TEU CAMINHO. O Senhor prometeu colocar obstáculos no caminho dos israelitas, não para destruí-los, mas para torná-los conscientes de que lhes seria melhor voltarem a Deus. É sempre apropriado orar, rogando a Deus que introduza dificuldades na vida dos entes queridos não salvos, ou afastados dos caminhos do Senhor, a fim de que aprendam que o melhor mesmo é voltarem a Deus e à sua misericórdia do que permanecer nas agruras do pecado.
OSEIAS  2.8 ELA, POIS, NÃO RECONHECE. Israel atribuía suas boas colheitas aos baalins (deuses cananeus) quando, na realidade, eram a misericórdia e graça de Deus que lhe proporcionavam as boas coisas da vida. Os crentes devem reconhecer sempre a graça de Deus e as bênçãos dEle provenientes, rendendo-lhe contínua gratidão. Deixar de fazê-lo significa estar afastando-se de Deus.

III - A SITUAÇÃO DO POVO DE DEUS
OSEIAS  7.8 COM OS POVOS SE MISTURA. Os israelitas haviam entrado em estreita comunhão com os incrédulos, e adotado muitos de seus costumes. Como resultado, passaram a ser tão inúteis quanto um pão queimado de um lado, e cru do outro. É verdade que Deus chama os crentes a testemunharem aos perdidos e ajudá-los no que possam. No entanto, não devem manter comunhão com o mundo, pois correm o risco de adotar os seus costumes e atitudes, voltando ao pecado e distanciando-se de Deus.
OSEIAS  7.13-16 FUGIRAM DE MIM. Os israelitas rebelaram-se contra Deus, ao se recusarem a confiar nEle como o único que os podia ajudar. Criam que o Egito e a Assíria ofereciam mais segurança do que o Senhor Deus (v. 11). Hoje, as pessoas cometem o mesmo pecado, quando procuram a realização pessoal através dos bens -materi-ais, da profissão e dos prazeres mundanos. A plenitude da vida somente pode ser encontrada na vontade e Palavra de Deus.
OSEIAS  8.4 ELES FIZERAM REIS, MAS NÃO POR MIM. O povo escolhia líderes que não mereciam a aprovação de Deus. O apóstolo Paulo adverte acerca dos tempos em que as igrejas escolherão pastores não-qualificados, segundo os justos padrões de Deus (ver 2 Tm 4.3,4).
OSEIAS  8.11 ALTARES PARA PECAR. A construção de altares, no norte de Israel, não fora ordem de Deus. Os sacrifícios ali oferecidos expressavam ambições e desejos egoístas dos israelitas. A adoração ao Senhor deve basear-se nos ensinos bíblicos, e seguir as práticas da igreja neotestamentária. A falsa adoração talvez pareça bela aos sentidos, e sirva de entretenimento, mas não deixa de ser pecaminosa, pois substitui a genuína adoração por métodos mundanos.
OSEIAS  4.15 VIVE O SENHOR. Os sacerdotes empregavam linguagem piedosa para enganar o povo, e desviá-lo da genuína adoração. Os falsos mestres sabem como empregar a linguagem bíblica para comunicar ensinos antibíblicos. Os crentes devem ouvir cuidadosamente o que se prega para que tenham condições de avaliar se os conceitos enunciados expressam realmente a verdade da Palavra de Deus.
OSEIAS  5.1 FOSTES UM LAÇO. Os guias religiosos e políticos, que deveriam ter conduzido o povo ao Senhor, levaram-no a cair no laço da idolatria.
OSEIAS  5.6 ELE SE RETIROU DELES. Os israelitas compareceriam com seus rebanhos e gados a fim de oferecer sacrifícios e buscar ao Senhor, mas não o haveriam de achar. Ele se retirara deles, por serem iníquas as suas ações. Não havia amor, fé, nem verdadeiro arrependimento. Seus corações haviam sido entregues aos prazeres mundanos. O crente, às vezes, busca ajuda de Deus, e não a encontra, porque se mantém atraído pelas paixões mundanas (cf. Tg 4.1-4).

IV - O RESULTADO DA REBELIÃO
OSEIAS  5.12 COMO A TRAÇA... COMO A PODRIDÃO. Por causa da rebelião do povo, Deus lhe enviaria doenças e enfermidades. Efraim (o Reino do Norte) e Judá entrariam em decadência. O pecado atrai o juízo divino. Há apenas um remédio para o pecado: o sangue de Jesus.
OSEIAS  5.15 IREI E VOLTAREI PARA O MEU LUGAR. Deus não atenderia à oração de Israel, até que este reconhecesse sua culpa, aceitasse o castigo e buscasse com sinceridade a ajuda divina. O capítulo seguinte registra as palavras que uma geração futura, arrependida, proferiria em oração (6.1-3).
OSEIAS  7.2 TODA A SUA MALDADE... DIANTE DA MINHA FACE. Deus observa todos os nossos pensamentos e ações, e registra-os em seu livro. A consciência de sua presença afastar-nos-á do mal. O propósito de Satanás, por outro lado, é levar-nos a esquecer de que Deus sempre está presente, a observar-nos.
OSEIAS  8.2-3 A MIM CLAMARÃO. Os israelitas continuariam a invocar a Deus, e a alegar que o serviam, mas tal confissão de nada lhes adiantaria. Sua adoração achava-se corrompida pelo viver pecaminoso. Louvavam a Deus e, ao mesmo tempo, rejeitavam seus justos caminhos.
OSEIAS  8.7 SEMEARAM VENTOS E SEGARÃO TORMENTAS. Israel havia semeado o vento do pecado e idolatria; agora, ceifaria as tormentas das investidas assírias. Os crentes devem lembrar-se de que atitudes pecaminosas são sementes que hão de lhes produzir frutos malignos (ver Jó 4.8; Gl 6.7; cf. Sl 126.5,6; Pv 11.18; 2 Co 9.6).
OSEIAS  9.15 NÃO OS AMAREI MAIS. O amor de Deus não é incondicional para com os que lhe rejeitam continuamente a graça e a Palavra. A idéia de que Deus amará para sempre o ser humano, mesmo que este viva na prática da iniqüidade, não tem apoio na revelação bíblica.
OSEIAS  9.17 DESOCUPADOS ANDARÃO. Em cumprimento a Dt 28.65,66, Israel tornar-se-ia uma nação de forasteiros e peregrinos, por não ter atendido às advertências dos profetas.

V -  O CHAMADO AO ARREPENDIMENTO
OSEIAS  6.1 E NOS SARARÁ. No chamado ao arrependimento, Oséias garante que Deus, embora julgue o pecado, deseja curar e restaurar o seu povo.
OSEIAS  6.2,3 DEPOIS DE DOIS DIAS, NOS DARÁ A VIDA. O genuíno arrependimento do povo de Deus trar-lhe-ia renovada vida espiritual. Então, à medida que os fiéis chegassem a conhecer melhor ao Senhor, Ele viria como a chuva, trazendo-lhe mais vida e bênçãos espirituais. A água é freqüentemente mencionada como símbolo, ou tipo do Espírito Santo (ver Jo 7.37-39; Sl 1.3). A chuva temporã é a que cai na época de arar e semear a terra; simboliza a obra do Espírito Santo no AT. A serôdia é a que cai na época da colheita; simboliza a obra do Espírito Santo no período da igreja.
OSEIAS  12.6 CONVERTE-TE A TEU DEUS. Embora Israel fosse infiel, Deus continuava a lembrar-lhe de que o seu povo precisava voltar-se a Ele em amor e justiça. Voltar ao Senhor, e arrepender-se de todos os pecados, não significa meramente sentir tristeza pelo pecado. Significa seguir ao Senhor com sinceridade, amor e retidão, segundo as Escrituras; e, persistentemente, buscar sua face em oração.
OSEIAS  14.1 CONVERTE-TE... AO SENHOR. Embora seus pecados fossem a causa de sua ruína, os israelitas ainda tinham a oportunidade de se arrependerem e voltar ao Senhor. Deus, porém, queria mais do que sacrifícios sem sentido. Queria que os israelitas oferecessem palavras provenientes do coração palavras de submissão e louvor, que demonstrassem uma nova atitude; palavras de absoluta confiança no Senhor. Tais palavras levariam a ações que agradariam a Deus.

VI -  OS IDOLOS DESAPARECERÃO – SOMENTE O VERDADEIRO DEUS PERMANECERÁ
OSEIAS  10.8 DIRÃO AOS MONTES: COBRI-NOS! Os que haviam confiado nos falsos deuses, e adotado o estilo de vida sensual e pagão, clamariam aos montes e outeiros para que caíssem sobre eles, e os ocultassem da ira de Deus no dia do juízo. Os apóstatas, os inimigos de Deus e os adversários de seu povo farão o mesmo quando for derrubado o atual sistema mundano, e virem a ira divina derramada sobre a terra (cf. Lc 23.30; Ap 6.16).

CONCLUSÃO
OSEIAS  2.14 PORTANTO... EU A ATRAIREI. Oséias alterna as advertências de juízo com as promessas de esperança e restauração. Os dois "portanto" (hb. laken) anteriores (vv. 6,9) referiam-se ao juízo. Agora, começando com outro laken, Deus revela um maravilhoso contraste. Em sua graça, ainda conclamaria Israel a que retornasse a Ele. Assim como no Êxodo, quando tirou seu povo do Egito e o conduziu ao deserto para dar-lhe a sua Lei e introduzi-lo na terra prometida, voltaria a tirá-lo do Egito, e do pecado ali representado, para um novo deserto, onde o guiaria e o restauraria plenamente.
OSEIAS  3.1 VAI OUTRA VEZ, AMA UMA MULHER... ADÚLTERA. Agora Oséias ilustra de maneira nova o amor de Deus por Israel. Ao que parece, Gomer havia abandonado o marido a fim de continuar prestando sua imoral adoração a Baal. Oséias, no entanto, jamais desistira de seu amor por ela, embora estivesse com o coração partido. Ele devia procurá-la para expressar-lhe novamente seu amor e cuidado, assim como Deus o faria em relação aos israelitas. Estes também haviam partido o coração do Altíssimo ao se voltarem a outros deuses, e se deliciarem com os "bolos de uvas" das festas pagãs.
OSEIAS  3.2 E A COMPREI PARA MIM. É muito provável que, agora, Gomer estivesse endividada, prestes a ser vendida como escrava, conforme previam as leis. Oséias, no entanto, resgata-a por um alto preço. Tal atitude ilustra o amor redentivo de Deus pelos pecadores, que não têm como redimir-se ou salvar-se a si mesmos; sua única esperança é a graça divina.
OSEIAS  11.4 CORDAS DE AMOR. Percebe-se a solicitude de Deus pelo modo como Ele atrai os seus com cordas de bondade e laços de amor e compaixão. Como Pai e Médico, cuida de seus filhos, curando-lhes as enfermidades, e guiando-os em todo o caminho. Os israelitas, porém, não reconheciam o seu amor, e desprezavam suas bênçãos. Devemos ser continuamente gratos pelo amor de Deus. Esforcemo-nos por cultivar corações agradecidos, que amem realmente a Deus..
OSEIAS  14.4-7 EU VOLUNTARIAMENTE OS AMAREI. Depois de os israelitas terem suportado o castigo, Deus os curaria e os restauraria plenamente, cuidando deles assim como um pai cuida de seus filhos. Seriam caracterizados por um novo modo de vida, belo e puro como o lírio; tal como os cedros do Líbano, o povo seria forte, altamente estimado e profundamente arraigado na Palavra de Deus. Todas as figuras de linguagem nestes versículos demonstram quão precioso será para Deus o povo restaurado.


OBS: "O Livro de Oseias ante o Novo Testamento - Diversos versículos de Oseias são citados no NT:
 (1) o Filho de Deus é chamado do Egito (11.1; cf. Mt.2.15);
(2) a vitória de Cristo sobre a morte (13.14; cf. 1 Co.15.55);
 (3) Deus deseja a misericórdia, e não o sacrifício (6.6; cf. Mt.9.13; 12.7; e
(4) os gentios que não eram o povo de Deus, passam a ser Seu povo (1.6,9-10; 2.23; cf. Rm.9.25,26; 1 Pe.1.10).

Além dos trechos específicos, o NT expande o tema do livro - Deus como o marido do Seu povo - e diz que Cristo é o marido de Sua noiva redimida, a Igreja ( ver 1 Co.11.2; Ef. 5.22-32; Ap.19.6-9; 21.1,2,9,10). Oseias enfatiza a mensagem do NT a respeito de se conhecer a Deus para se entrar na vida (2.20; 4.6; 5.15; 6.3,6; cf. Jo.17.1-3). Juntamente com esta mensagem, Oseias demonstra claramente o relacionamento entre o pecado persistente e o juízo inexorável de Deus. Ambas as ênfases são resumidas por Paulo em Rm.6.23: 'Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor."

" Cristo Revelado - Os escritores do NT descrevem Oseias como o responsável por ensinar a vida e o ministério de Cristo. Mateus vê, em 11.1, uma profecia que foi cumprida quando Jesus, quando bebê, foi literalmente levado e trazido do Egito, um paralelo com a longa estada de Israel no Egito e o êxodo (Mt.2.15). O escritor da Epístola aos Hebreus acha em Jesus Aquele que capacita os crentes a oferecerem sacrifícios aceitáveis de louvor pelos quais nós nos tornamos recipientes do perdão misericordioso de Deus (14.2; Hb.13.15). A Pedro, Jesus provê a base pela qual aqueles que estavam fora da família de Deus agora são admitidos a um relacionamento com Ele (1.6,9; 1 Pe.2.10). A Paulo, Jesus cumpre a promessa de Oseias de que Alguém quebraria o poder da morte e da sepultura e traria a vitória da ressurreição (13.14; 1 Co.15.55). Os ensinamentos de Paulo acerca de Cristo como o Noivo e a Igreja como a noiva correspondem à cerimônia de casamento e os votos pelos quais Deus entra num permanente relacionamento com Israel (2.19-20; Ef.5.25-32). Jesus, também, em pelo menos dois de Seus sermões aos fariseus, tira Seu texto de Oseias. Quando questionado acerca da Sua permanência no lar dos pecadores e cobradores de impostos, Jesus cita Oseias para mostrar que Deus não deseja apenas palavras vazias ou rituais desumanos, mas um cuidado genuíno e preocupação com as pessoas (6.6; Mt.9.13). E, quando os fariseus acusam os discípulos de Jesus de violar o sábado, Jesus os defende com o mesmo lembrete de que o coração de Deus coloca o interesse pelas necessidades humanas acima de formalidades religiosas (Mt.12.7)."

ELABORADO PELO EV. NATALINO DOS ANJOS
PROFESSOR DA E.B.D e PESQUISADOR
FONTE DE PESQUISA: BIBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL







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