3º Trimestre de 2012
Título: Vencendo as aflições da vida —
Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 14: A vida plena nas aflições
Data: 30 de Setembro de 2012
TEXTO ÁUREO
“Sei estar
abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas,
estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância
como a padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece”
(Fp 4.12,13).
VERDADE PRÁTICA
As tribulações
levam-nos a amadurecer, em Cristo, capacitando-nos a desfrutar de uma vida
espiritual plena.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - At 9.5,16 O padecimento do apóstolo
Terça - 2 Tm 4.9-11 A solidão do apóstolo
Quarta
- Mt 7.4; 2 Tm 2.4 O caminho que leva à vida
Quinta
- 2 Co 2.4 Sofrimentos e angústias
Sexta
- Fp 4.12 Instruído na
provação
Sábado - Fp 4.13 Podemos
tudo naquEle que nos fortalece
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Filipenses 4.10-13.
INTERAÇÃO
Professor, chegamos
ao final de mais um trimestre, este foi um pouquinho mais longo devido o fato
do ano ser bissexto e ganharmos mais uma lição. Vivemos tempos onde somos
diuturnamente tentados a trocarmos a essência do verdadeiro Evangelho pela
artificialidade das mensagens que nos são convidativas. Prega-se o fim do
sofrimento em detrimento do sofrimento por Cristo; o antropocentrismo em
detrimento do cristocentrismo; o triunfalismo em detrimento da simplicidade de
Cristo Jesus. Mas, somos convidados, mesmo em tempos difíceis, prezado
professor, a não perdermos de vista a simplicidade e o equilíbrio do Evangelho.
Por isso, tende bom ânimo! Porque Ele, Jesus Cristo, venceu o mundo!
OBJETIVOS
Após esta aula, o
aluno deverá estar apto a:
Descrever
as aflições da vida do apóstolo Paulo.
Explicar
como se contentar em Cristo apesar das necessidades.
Saber
que precisamos amadurecer pela suficiência de Cristo, o nosso Senhor.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Prezado professor,
antes de iniciar a lição de hoje, faça uma revisão dos temas estudados neste
trimestre. A revisão do conteúdo programático das lições é muito importante
para você concluir as lições. O objetivo do trimestre foi demonstrar ao aluno
que, apesar dos percalços da vida, é possível ter uma vida plena da graça de
Deus. Após a revisão das lições, inicie a última aula explicando aos alunos
que, apesar dos sofrimentos cotidianos, como na vida de Paulo, podemos
desfrutar da graça e do amor de Deus respectivamente. Não esqueça de agradecer
a Deus pela conclusão de mais um trimestre.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Aflição: Estado daquele que está aflito;
profundo sofrimento; ânsia, agonia, angústia.
No início desse
trimestre, perguntamos se o crente em Jesus pode sofrer. A resposta reflete
àquilo que já sabemos. O sofrimento na vida do justo é perfeitamente natural,
pois peregrinamos num mundo de aflições. No entanto, é possível ao crente
sofredor viver plenamente em Cristo (Jo 10.10). Por isso, na lição de hoje,
estudaremos acerca da possibilidade de, apesar das angústias e lutas, vivermos
de forma plena. Veremos que o servo de Deus pode desfrutar de uma vida cristã
abundante em meio aos sofrimentos cotidianos. Com nossa mente e coração
firmados no Eterno, Ele nos conduzirá, pelo seu poder e graça, ao deleite das
suas promessas (Is 40.28).
I. VIVENDO AS AFLIÇÕES DA VIDA
1. As aflições de
Paulo. Depois de Jesus,
uma das pessoas mais experimentadas no sofrimento por amor a Deus certamente
foi Paulo. O Meigo Nazareno revelara a Ananias a dolorosa experiência paulina:
“E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome” (At 9.16). Ao longo do
Novo Testamento, o apóstolo dos gentios é provado de várias formas (2 Co
11.23-33). O homem que perseguia os cristãos se torna perseguido; aquele que os
afligia, é afligido; o que consentia na morte dos outros, tem a sua consentida.
Por isso, o Senhor disse a Paulo que duro seria “recalcitrar contra os
aguilhões” (At 9.5).
2. Deixado por seus
filhos na fé.
“Bem sabes isto: que os que estão na Ásia todos se afastaram de mim; entre os
quais foram Fígelo e Hermógenes” (2 Tm 1.15). Após uma prática intensa de
implantação de igrejas locais — discipulado, formação de liderança nativa e
defesa do Evangelho —, comunidades inteiras foram atendidas pelo trabalho de um
verdadeiro apostolado. Não obstante, Paulo sente-se abandonado por seus irmãos
de caminhada. Prisioneiro de Roma, é inimaginável a tristeza do apóstolo nesse
momento de solidão (2 Tm 4.9-11).
3. A tristeza do
apóstolo. O apóstolo dos
gentios sente a dor do desamparo, da traição e da perda quando pede a Timóteo:
“Procura vir ter comigo depressa. Porque Demas me desamparou amando o presente
século [...] Só Lucas está comigo” (2 Tm 4.9,11). O quadro da vida de Paulo
mostra-nos como podemos ser vítimas do desamparo, da traição e do abandono na
caminhada cristã. Esse fato não acontece apenas com pessoas não crentes. Aconteceu
com Paulo! Pode acontecer com você também! Mas, onde está a sua esperança? Em
quem ela se fundamenta? As respostas a essas perguntas podem, ou não, mudar o
caminho de sua vida cristã (Mt 7.14; 2 Tm 2.4).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A provação do apóstolo
dos gentios é assim sintetizada: o homem que perseguia os cristãos é
perseguido; aquele que afligia, é afligido; o que consentia na morte dos
outros, tem a sua consentida.
II. CONTENTANDO-SE EM CRISTO
1. Apesar da
necessidade não satisfeita.
A prisão gélida onde Paulo foi encerrado expressa o estado da completa falta de
dignidade humana em que ele encontrava-se. Apesar de receber apoio das igrejas
locais, nem sempre o apóstolo dos gentios teve suas necessidades satisfeitas.
Por isso, dizia ele estar escrevendo em meio a muitos sofrimentos, angústias e
com muitas lágrimas (2 Co 2.4).
A experiência
paulina desafia-nos a viver um Evangelho que não prioriza a ilusão de uma vida
de “mar de rosas”. Antes, desafia-nos a viver a realidade dos “espinhos” e
“abrolhos” que não poucas vezes “ferem-nos a carne”. Todavia, a graça de Cristo
é-nos suficiente para que, mesmo não tendo as necessidades satisfeitas, o nosso
coração se acalme e venhamos a nos deleitarmos em Deus (2 Co 12.9).
2. Livre da
opressão da necessidade.
Embora preso e necessitado, o apóstolo envia uma carta aos filipenses,
demonstrando o regozijo do Senhor em seu coração ao saber que os crentes
daquela localidade lembravam-se dele (Fp 4.10). Esse fato denota a maturidade
do apóstolo em Cristo mesmo no sofrimento do cativeiro (v.11). Como Paulo,
devemos regozijar-nos no Senhor em meio às aflições e aos sofrimentos da vida.
Isso é ser maduro e livre da opressão da necessidade! Embora esta nos assole o
coração, ainda assim esperamos em Deus e alegramo-nos nEle, que é a nossa
esperança (Sl 11.1; 35.9; 42.11).
3. Contente e
fundamentado em Cristo.
O apóstolo dos gentios agradece aos filipenses pelas ofertas e generosidade
praticadas em seu favor (Fp 4.14). No entanto, embora carente, a alegria do apóstolo
pela oferta recebida não demonstra o desespero de alguém necessitado por
dinheiro, antes, evidencia a suficiência de Cristo representada através do
socorro da igreja de Filipos (4.18). Outro destaque nesse episódio é o regozijo
de Paulo pela maturidade cristã dos filipenses. Ele atestara que, a seu
exemplo, essa igreja encontrava-se edificada em Cristo (1.3-6). A alegria de
Paulo não estava na oferta recebida, mas no contentamento que desfrutava em
Cristo Jesus, nos momentos de aflições, e em ver a disposição da igreja
filipense.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Apesar de muitas vezes
o apóstolo Paulo não ter suas necessidades satisfeitas, ele se viu livre da
opressão da necessidade, contentando-se em Jesus Cristo.
III. AMADURECENDO PELA SUFICIÊNCIA DE
CRISTO
1. Através das
experiências.
“Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as
coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter
abundância como a padecer necessidade” (Fp 4.12). Em Romanos 5.3-5 o apóstolo
Paulo descreve o processo da maturidade cristã que o Senhor espera de seus
servos: a tribulação produz a paciência; a paciência, a experiência; a
experiência, a esperança; a esperança, a certeza.
A vida de Paulo nos
ensina que a provação na vida do servo de Deus forjará uma pessoa melhor, mais
crente em Jesus e fiel a Deus. O sofrimento faz-nos constatar o quanto
dependemos do Senhor (Sl 118.8,9). Nada melhor do que crescermos em Deus, e
diante dos homens, com as nossas próprias experiências!
2. Não pela
autossuficiência.
Passar pelas experiências angustiosas da vida só revela o quanto somos
dependentes do Altíssimo. Se não fosse por obra e graça de Deus não desfrutaríamos
a sua doce presença. Como explicar a solidez da fé de uma mãe que perdeu seu
filho; da esposa que, de forma trágica, viu a vida do seu cônjuge se esvair; do
pai de família que, da noite para o dia, veio a perder todos os bens materiais;
mas, ao mesmo tempo, podem dizer: O Senhor o deu e o tomou; bendito seja o nome
do Senhor! (Jó 1.21).
Muitos outros
exemplos podem ser lembrados, mas nessa oportunidade, destacamos o quanto somos
finitos, limitados e insuficientes na hora da aflição da vida. Há, porém, um
lugar de abrigo nos dias de tribulação: o esconderijo do Altíssimo. Pelo qual,
podemos dizer: “Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele
confiarei” (Sl 91.2).
3. Tudo posso
naquele que me fortalece.
Essa expressão revela o contentamento de Paulo e a sua verdadeira fonte: Jesus
Cristo. Infelizmente, a expressão paulina tem sido mal interpretada. O texto
não mostra nada além da maturidade que o apóstolo adquiriu. Após, e durante
todo o sofrimento por amor a Cristo, o apóstolo pôde regozijar-se, não pela
autossuficiência, mas pela confiança em Cristo, nosso Senhor. Diante de toda a
provação e sofrimento, o Pai Celestial pode nos dar a sua graça para suportar
as aflições do mundo. Pois, verdadeiramente podemos dizer: “Posso todas as coisas
naquele que me fortalece” (Fp 4.13).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Através das
experiências obtidas na vida cristã, não nos tornamos autossuficientes, mas amadurecemos
pela suficiência de Cristo.
CONCLUSÃO
Querido irmão e
prezada irmã, jamais foi nossa intenção, nesse trimestre, desenhar para você um
quadro ilusório da vida, dizendo: “Você não mais sofrerá, nem ficará doente ou
muito menos morrerá”. Não! Tais falácias não são promessas bíblicas. Jesus
nunca usou desses subterfúgios para lidar com os problemas existenciais dos
seus discípulos. Nós, segundo o seu exemplo, temos a obrigação de dizer ao povo
de Deus que no mundo teremos aflições (Jo 16.33). Mas Ele venceu o mundo e, por
isso, devemos ter bom ânimo. É perfeitamente possível desfrutar a paz do Senhor
no momento de provação e sofrimento. Por isso, tenha a paz em Deus, que excede
todo entendimento, e bom ânimo em Cristo! Ele está conosco todos os dias até a
consumação dos séculos (Mt 28.20). Amém!
SUBSIDIOS:
introduçãO
Palavra
Chave: Aflição:
Estado daquele que está aflito;
profundo sofrimento; ânsia, agonia, angústia.
Genesis
16.11 Disse-lhe também o Anjo do SENHOR:
Eis que concebeste, e terás um filho, e chamarás o seu nome Ismael, porquanto o
SENHOR ouviu a tua aflição.
SALMO 34.19 MUITAS SÃO AS AFLIÇÕES DO JUSTO. No AT Deus promete bênçãos e
prosperidade a quem obedece à sua Lei. Mesmo assim, de par com esta promessa
está a realidade que Muitas são as aflições do justo (ver Hb 11.33-38; 12.5-10;).
(1) Crer em
Deus e viver em retidão não nos isenta de problemas e sofrimentos nesta vida.
Pelo contrário, a dedicação a Deus amiúde nos traz provações e sofrimentos (ver
Mt 5.10).
(2) Está dito da parte
de Deus que por muitas tribulações devemos entrar no seu Reino (At 14.22; cf. 1
Co 15.19; 2 Tm 3.12).
(3) O sofrimento dos justos é atenuado pela revelação que o
Senhor quer nos livrar de toda as nossas aflições. Uma vez cumprido o seu
propósito ao permitir a aflição, Ele passa a nos livrar dela, ou pela intervenção
sobrenatural direta nesta vida (cf. Hb 11.33-35) ou pela morte triunfante e o
ingresso na vida futura (cf. Hb 11.35-37)
Jesus disse:
“No mundo tereis aflições”. E nós sabemos que elas são muitas. Mas uma coisa é
certa: O Senhor está atento a todas elas. E Ele nos livra de todas. Veremos que
o servo de Deus pode desfrutar de uma vida cristã abundante em meio aos
sofrimentos cotidianos. Com nossa mente e coração firmados no Eterno, Ele nos
conduzirá, pelo seu poder e graça, ao deleite das suas promessas (Is 40.28). Veremos um belo exemplo: E disse o SENHOR:
Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho
ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores.
Êxodo 3:7.
EXODO 3.7 TENHO VISTO... A AFLIÇÃO DO MEU POVO. Assim como Deus estava atento ao
sofrimento do seu povo no Egito, Ele também conhece as aflições de todos os
outros seus servos.
1 - Ele ouve
o clamor dos aflitos e dos oprimidos.
2 - Em tais
ocasiões, os santos precisam clamar a Deus para que Ele intervenha com
misericórdia em seu favor.
3 - Quer
nossa opressão provenha das circunstâncias, das pessoas, de Satanás, do pecado,
ou do mundo o consolo, graça e ajuda de Deus são plenamente suficientes para
satisfazer todas as nossas necessidades (Rm 8.32).
4 - No tempo
certo, Deus nos livrará (Gn 15.13).
I. VIVENDO AS AFLIÇÕES DA VIDA.
ATOS 9.16 PADECER PELO MEU NOME. Nem sempre aceitar a Cristo
representa viver em paz e sem enfrentar aflições e perseguições. Vejamos:
1 - A
conversão de Paulo incluiu não somente uma ordem para pregar o evangelho, mas
também uma chamada para sofrer por amor a Cristo.
2 - Paulo foi
informado desde o início que ele sofreria muito pela causa de Cristo.
3 - No reino
de Cristo, sofrer por amor a Ele é um sinal do mais alto favor de Deus (14.22;
Mt 5.11,12; Rm 8.17; 2 Tm 2.3) e o meio de ter um ministério frutífero (Jo
12.24; 2 Co 1.3-6); resulta em recompensas abundantes no céu (Mt 5.12; 2 Tm
2.12).
4 - A morte
precisa atuar no crente para que a vida de Deus flua dele para os outros (Rm
8.17,18,36,37; 2 Co 4.10-12).
2CORINTIOS 11.23 OS SOFRIMENTOS DE PAULO. O Espírito Santo, através das
palavras de Paulo, revela-nos a angústia e o sofrimento de uma pessoa
totalmente dedicada a Cristo, à sua Palavra e à causa em prol da qual Ele
morreu. Paulo comungava com os sentimentos de Deus e vivia em sintonia com o
coração e os sofrimentos de Cristo. Seguem-se vinte formas da participação de
Paulo nos sofrimentos de Cristo. Ele fala em:
(1)
"muitas tribulações" enfrentadas ao servir a Deus (At 14.22);
(2) sua
aflição no "espírito", por causa do pecado dominante na sociedade (At
17.16);
(3) servir ao
Senhor com "lágrimas" ( 2.4);
(4) advertir a igreja "noite e dia com
lágrimas", durante um período de três anos, por causa da perdição das
almas, pela distorção do evangelho por falsos mestres, contrários à fé bíblica
apostólica (At 20.31);
(5) sua
grande tristeza ao separar-se dos crentes amados (At 20.17-38), e seu pesar
diante da tristeza deles (At 21.13);
(6) a
"grande tristeza e contínua dor" no seu coração, por causa da recusa
dos seus "patrícios" em aceitarem o evangelho de Cristo (Rm 9.2,3;
10.1);
(7) as muitas
provações e aflições que lhe advieram por causa do seu trabalho para Cristo
(4.8-12; 11.23-29; 1 Co 4.11-13);
(8) seu pesar
e angústia de espírito, por causa do pecado tolerado dentro da igreja (2.1-3;
12.21; 1 Co 5.1,2; 6,8-10);
(9) sua
"muita tribulação e angústia do coração", ao escrever àqueles que
abandonavam a Cristo e ao evangelho verdadeiro (2.4);
(10) seus
gemidos, por causa do desejo de estar com Cristo e livre do pecado e das
preocupações deste mundo (5.1-4; cf. Fp 1.23);
(11) suas
tribulações "por fora e por dentro", por causa de seu compromisso com
a pureza moral e doutrinária da igreja (7.5; 11.3,4);
(12) o
"cuidado" que o oprimia cada dia, por causa do seu zelo por
"todas as igrejas" (v.28);
(13) o desgosto consumidor que sentia quando
um cristão passava a viver em pecado (v.29);
(14) o desgosto de proferir um
"anátema" sobre aqueles que pregavam outro evangelho, diferente
daquele revelado no NT (Gl 1.6-9);
(15) suas
"dores de parto" para restaurar os que caíam da graça (Gl 4.19; 5.4);
(16) seu
choro por causa dos inimigos da cruz de Cristo (Fp 3.18);
(17) sua
"aflição e necessidade", pensando naqueles que podiam decair da fé (1
Ts 3.5-8);
(18) suas
perseguições por causa da sua paixão pela justiça e pela piedade (2 Tm 3.12);
(19) sua
lastimável condição ao ser abandonado pelos crentes da Ásia (2 Tm 1.15); e
(20) seu
apelo angustiado a Timóteo para que este guarde fielmente a fé genuína, ante a
apostasia vindoura (1 Tm 4.1; 6.20; 2 Tm 1.14).
OS
SOFRIMENTOS DE CRISTO:
MATEUS 26.57 PRENDERAM JESUS. Um estudo dos acontecimentos que vão
da prisão de Cristo à sua crucificação é de grande proveito. A ordem dos
eventos é a seguinte:
(1) a prisão (26.47-56, Mc 14.43-52; Lc
22.47-53; Jo 18.2-12);
(2) o
julgamento religioso perante Anás (Jo 18.12-14, 19-24) e perante Caifás
(26.57,59-68; Mc 14.53, 55-65; Lc 22.54, 63-65; Jo 18.24);
(3) a negação
de Pedro (26.58, 69-75; Mc 14.54, 67-72; Lc 22.54-62; Jo 18.15-18, 25-27);
(4) a
condenação pelo sinédrio (27.1; Mc 15.1; Lc 22.66-71);
(5) o
suicídio de Judas (27.3-10);
(6) o
julgamento civil perante Pilatos (27.2, 11-14; Mc 15.2-5; Lc 23.1-5; Jo 18.28
38);
(7) o
julgamento perante Herodes (Lc 23.27-30), que o devolveu a Pilatos (27.11-26;
Mc 15.6-15; Lc 23.11-25; Jo 18.28 19.1, 4-16);
(8) o
escárnio no palácio do governador (27.27-30; Mc 15.16-19; Jo 19.2,3), depois
disso Ele foi açoitado e a seguir conduzido para ser crucificado (27.31);
(9) a
caminhada até o Gólgota (27.32-34; Mc 15.20-23; Lc 23.26-33;
(10) a
crucificação.
MATEUS
26.37 COMEÇOU A ENTRISTECER-SE. Os sofrimentos de Cristo, primeira fase. Os sofrimentos físicos e
espirituais de Cristo começaram em Getsêmani. Seu suor tornou-se em grandes
gotas de sangue (Lc 22.44). Sob grande pressão, os pequenos vasos capilares das
glândulas sudoríparas podem romper-se e dar-se a mistura de sangue com suor.
MATEUS 26.67 CUSPIRAM-LHE... DAVAM MURROS.... Os sofrimentos de Cristo, segunda
fase. Depois da sua prisão a noite e do abandono pelos discípulos(VV 55-57),
Jesus é conduzido perante Caifás e ao Sinédrio judaico. Vedam seus olhos,
zombam seguidamente dele, cospem e batem na sua face.
MATEUS 27.2 O ENTREGARAM A PILATOS. Os sofrimentos de Cristo, terceira
fase. De manhã, Jesus, açoitado e exausto, é conduzido através de Jerusalém
para ser interrogado por Pilatos. Soltam a Barrabás (v. 20). Jesus é novamente
açoitado e entregue para ser crucificado (v. 26).
MATEUS
27.26 E TENDO MANDADO AÇOITAR A JESUS. Os sofrimentos de Cristo, quarta fase.
(1) No
açoitamento romano, a vítima era despida e presa a uma coluna, ou então ela
curvava-se sobre um tronco, com as mãos atadas nele. O instrumento de tortura
consistia num curto cabo de madeira no qual estavam presas várias tiras de
couro com pequenos pedaços de ferro ou osso, presos nas pontas. Os golpes eram
aplicados às costas da vítima por dois algozes, um de cada lado da vítima. Os
cortes eram tão profundos que apareciam as veias, as artérias, e, às vezes, até
certos órgãos internos. Muitas vezes, a vítima morria durante o açoitamento ou
flagelação.
(2) A
flagelação era uma tortura pavorosa. O fato de Jesus não poder levar a cruz
deve ter sido por causa do seu horrível sofrimento, resultante desse castigo
(v. 32; Lc 23.26; Is 52.14). Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e
moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele,
e, pelas suas pisaduras fomos sarados (Is 53.5; 1 Pe 2.24).
MATEUS 27.28,29 UMA CAPA DE ESCARLATE... UMA COROA
DE ESPINHOS. Os
sofrimentos de Cristo, quinta fase. Desamarraram as mãos de Jesus e o puseram
em meio à tropa romana (v. 27). Os soldados colocam uma capa sobre Ele, põem um
caniço em sua mão e uma coroa de espinhos na sua cabeça (v. 29). Os soldados
escarnecem dEle e batem no seu rosto e na cabeça, fazendo penetrar
profundamente os espinhos no couro cabeludo (v. 30).
MATEUS 27.31 O LEVARAM PARA SER CRUCIFICADO. Os sofrimentos de Cristo, sexta
fase. Levando a pesada cruz no ombro, Cristo lentamente inicia a caminhada para
o Gólgota. O peso da cruz somado ao seu esgotamento físico o faz cair.
Esforça-se para levantar-se, porém não consegue. Obrigam a Simão de Cirene a
levar a cruz.
MATEUS 27.35 HAVENDO-O CRUCIFICADO. Os sofrimentos de Cristo, sétima
fase. No Gólgota, põem a cruz no solo e deitam Jesus sobre ela. Estendem seus
braços ao longo dos braços da cruz e pregam um cravo de ferro, quadrado e
pesado, que atravessa sua mão (ou punho), primeiro a mão direita, e, em
seguida, a esquerda. Os cravos penetram também na madeira. A seguir, estendem
seus pés e os cravam na cruz, com cravos maiores do que os das mãos.
MATEUS 27.39 BLASFEMAVAM DELE. Os sofrimentos de Cristo, oitava
fase. Agora, Jesus, cheio de ferimentos e coberto de sangue, é um espetáculo
patético para o povo que assiste ao ato. As dores são atrozes em todo o seu
corpo, ficando naquela posição horrível, por várias horas; os braços estão
afadigados; sente grandes cãimbras nos músculos e rasga-se a pele das suas
costas. Começa outra agonia uma dor insuportável no peito, causada pela
compressão dos fluidos no coração. Sente uma sede abrasadora (Jo 19.28) e está
consciente do sofrimento e do escárnio dos que passam junto à cruz (vv. 39-44).
MATEUS 27.46 POR QUE ME DESAMPARASTE? Os sofrimentos de Cristo, nona fase.
Este brado de Cristo assinala o ponto culminante dos seus sofrimentos pelo
mundo perdido. Seu brado em aramaico ( Deus meu, Deus meu, por que me
desamparaste? ) testemunha que Ele experimentou a separação de Deus Pai, ao
tornar-se substituto do pecador. Esta é a pior tristeza, angústia e dor que Ele
sente. Está ferido pelas transgressões dos seres humanos (Is 53.5) e se dá em
resgate de muitos (20.28; 1 Tm 2.6). Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez
pecado pela humanidade inteira (2 Co 5.21). Ele morre abandonado, para que
nunca sejamos abandonados (cf. Sl 22). Assim, mediante seus sofrimentos, Cristo
redime a raça humana (1 Pe 1.19).
MATEUS 27.50 JESUS, CLAMANDO OUTRA VEZ. Os sofrimentos de Cristo, décima
fase. Cristo profere suas últimas palavras, bradando alto: Está consumado (Jo
19.30). Este brado significa o fim dos seus sofrimentos e a consumação da obra
da redenção. Foi paga a dívida do pecado humano, e o plano da salvação
cumprido. Feito isto, Ele faz uma oração final: Pai, nas tuas mãos entrego o
meu espírito (Lc 23.46).
LUCAS 19.41 VENDO A CIDADE, CHOROU. Vemos aqui nesse versículo, a
aflição de Jesus ao contemplar a cidade de Jerusalém. Jesus, sabendo que os
judeus e seus líderes aguardavam um Messias político e que por fim o
rejeitariam como o Messias prometido por Deus, chora por eles, que em breve
sofreriam um terrível juízo. A palavra chorou (gr. eklausen), aqui, significa
mais do que derramar lágrimas. É lamentação, pranto, soluço e clamor de uma
alma em agonia. Jesus, em sua deidade, não somente revela aqui seu sentimento,
como também o coração partido do próprio Deus, por causa da condição do homem
perdido e da sua recusa em arrepender-se e aceitar a salvação (ver Mc 11.9).
II. CONTENTANDO-SE EM CRISTO.
A experiência
paulina desafia-nos a viver um Evangelho que não prioriza a ilusão de uma vida
de “mar de rosas”. Antes, desafia-nos a viver a realidade dos “espinhos” e
“abrolhos” que não poucas vezes “ferem-nos a carne”. Todavia, a graça de Cristo
é-nos suficiente para que, mesmo não tendo as necessidades satisfeitas, o nosso
coração se acalme e venhamos a nos deleitarmos em Deus (2 Co 12.9).
2CORINTIOS 12.9 A MINHA GRAÇA TE BASTA. A graça é a presença, o favor e o
poder de Deus em nossa vida. É uma força, um poder celestial outorgado àqueles
que invocam a Deus. Essa graça descerá sobre o crente fiel que suportar suas
fraquezas e dificuldades, por amor ao evangelho (Fp 4.13).
(1) Quanto
maior a nossa fraqueza e provações ao servirmos a Cristo, tanto mais graça Deus
nos dará para cumprir a sua vontade. Aquilo que Ele nos outorga é sempre
suficiente para vivermos nossa vida diária, para trabalharmos por Ele e para
suportarmos nossos sofrimentos e "espinhos" na carne (cf. 1 Co
10.13). Enquanto estivermos perto de Cristo, Ele nos outorgará a sua força
celestial.
(2) Devemos gloriar-nos em nossas fraquezas e
ver nelas valor eterno, porque elas fazem com que o poder de Cristo desça sobre
nós e habite em nós, à medida que avançamos nesta vida em direção ao nosso lar
celestial.
FILIPENSES 4.11 APRENDI A CONTENTAR-ME. O segredo do contentamento, da
satisfação, é reconhecermos que Deus nos concede, em cada circunstância, tudo
quanto necessitamos para uma vida vitoriosa em Cristo (1 Co 15.57; 2 Co 2.14; 1
Jo 5.4). Nossa capacidade de viver vitoriosamente acima das situações instáveis
da vida provém do poder de Cristo que flui em nós e através de nós (v. 13; ver
1 Tm 6.8). Isso não ocorre de modo natural; precisamos aprender na dependência
de Cristo.
FILIPENSES 1.4 ALEGRIA. A alegria é parte integrante da nossa salvação em
Cristo. É paz e prazer interiores em Deus Pai, Filho e Espírito Santo, e na
bênção que flui de nosso relacionamento com Eles (cf. 2 Co 13.14). Os ensinos
bíblicos a respeito da alegria incluem:
(1) A alegria
está associada à salvação que Deus concede em Cristo (1 Pe 1.3-6; cf. Sl 5.11;
9.2; Is 35.10) e com a Palavra de Deus (Jr 15.16; cf. Sl 119.14).
(2) A alegria
flui de Deus como um dos aspectos do fruto do Espírito (Sl 16.11; Rm 15.13; Gl
5.22). Logo, ela não nos vem automaticamente. Nós a experimentamos somente à
medida que permanecemos em Cristo (Jo 15.1-11). Nossa alegria se torna maior
quando o Espírito Santo nos transmite um profundo senso da presença e do
contato com Deus em nossa vida (cf. Jo 14.15-21; ver 16.14). Jesus ensinou que
a plenitude da alegria está intimamente ligada à nossa permanência na sua
Palavra, à obediência aos seus mandamentos (Jo 15.7,10,11) e à separação do
mundo (Jo 17.13-17).
(3) A
alegria, como deleite na presença de Deus e nas bênçãos da redenção, não pode
ser destruída pela dor, pelo sofrimento, pela fraqueza nem por circunstâncias
difíceis (Mt 5.12; At 16.23-25; 2 Co 12.9).
2CORINTIOS 1.4 NOS CONSOLA EM TODA A NOSSA TRIBULAÇÃO. Esse é o motivo de contentarmos-nos em Cristo.
Por que por maior que seja a aflição. Por mais dura que seja a peleja, nós
temos um consolo, que refrigera nossa alma e ameniza nossa dor. Jesus nos
consola em todas as nossas tribulações.
(1) A palavra
"consolar", aqui, (gr. paraklesis), significa colocar-se ao lado de
uma pessoa, encorajando-a e ajudando-a em tempos de aflição.
(2) Deus
desempenha incomparavelmente esse papel, pois Ele envia aos seus filhos o
Espírito Santo, que é chamado "O Consolador" (gr. Parakletos; ver Jo
14.16).
(3) O
apóstolo aprendeu, nas suas muitas aflições, que nenhum sofrimento, por severo
que seja, poderá separar o crente dos cuidados e da compaixão do seu Pai
celeste (Rm 8.35-39).
(4)Deus, às
vezes, permite que haja aflições em nossa vida, a fim de que, tendo
experimentado seu consolo, possamos também consolar outros nas suas aflições.
2CORINTIOS
1.5 AFLIÇÕES... CONSOLAÇÃO. Do começo ao fim desta epístola, Paulo ressalta que a vida
cristã envolve sofrimento (que deve ser considerado como uma participação ou
comunhão com Cristo no sofrimento) e a consolação de Cristo. Nesta era,
portanto, Cristo sofre com seu povo e em favor do seu povo, devido à tragédia
do pecado no mundo (cf. Mt 25.42-45; Rm 8.22-26). Nosso sofrimento não é
primeiramente motivado por desobediência, mas constantemente causado por
Satanás, pelo mundo e pelos falsos crentes, à medida que participamos da causa
de Cristo.
III. AMADURECENDO PELA SUFICIÊNCIA
DE CRISTO.
Em Romanos
5.3-5 o apóstolo Paulo descreve o processo da maturidade cristã que o Senhor
espera de seus servos: ”a tribulação produz a paciência; a paciência, a
experiência; a experiência, a esperança; a esperança, a certeza”. A vida de
Paulo nos ensina que a provação na vida do servo de Deus forjará uma pessoa
melhor, mais crente em Jesus e fiel a Deus. O sofrimento faz-nos constatar o
quanto dependemos do Senhor (Sl 118.8,9). Nada melhor do que crescermos em
Deus, e diante dos homens, com as nossas próprias experiências!
2CORINTIOS 1.8-10 ATÉ DA VIDA DESESPERAMOS. O crente fiel, vivendo em obediência
e comunhão com Cristo e amado por Ele, ainda assim pode passar por experiências
envolvendo perigo, medo, ansiedade, desespero e desesperança; circunstâncias
estas que nos oprimem além da nossa capacidade humana de resistir. No entanto,
são essas experiências que nos levam ao amadurecimento espiritual. Quantas experiências
amargas o apóstolo Paulo não enfrentara!
Porém se transformara num homem completamente amadurecido
espiritualmente.
(1) Quando
aflições severas ocorrem em nossa vida, não devemos pensar que Deus nos
abandonou ou deixou de nos amar.
(2) Ao invés
disso, devemos lembrar-nos de que essas mesmíssimas coisas aconteceram aos
fiéis servos de Deus, nos tempos do NT.
(3) Deus permite essas provações
desalentadoras a fim de que Cristo se aproxime de nós e, à medida que olhamos
para Ele com fé, leve-nos à vitória completa (2.14; 12.7-10; 13.4).
2CORINTIOS 4.8 ATRIBULADOS, MAS NÃO ANGUSTIADOS. Se experimentamos a presença de
Cristo e o seu poder em nossa vida, absolutamente nenhuma aflição, perturbação,
enfermidade ou tragédia provocará nossa derrota espiritual. Quando as
circunstâncias exteriores se tornam insuportáveis e nossos recursos humanos se
esgotam, os recursos divinos nos são dados, para aumentar e desenvolver nossa
fé, esperança e força. Deus não abandonará seus filhos fiéis, em nenhuma
circunstância (Rm 8.35-39; Hb 13.5).
2TIMOTEO 4.7 COMBATI O BOM COMBATE. Vemos aqui na vida do apóstolo Paulo,
um homem amadurecido, que tinha Cristo em primeiro lugar na sua vida. Um homem
dependente cem por cento do Senhor e que fez dEle toda sua suficiência. Cristo
era tudo que ele tinha na vida. Agora estava chegando ao final da jornada. Ele
tinha “COMBATIDO O BOM COMBATE”. Ao passar em revista a sua vida dedicada a
Deus, Paulo reconhece agora que a sua morte é iminente (v. 6), e descreve sua
vida cristã nos seguintes termos.
(1) Considera a vida cristã como um "bom
combate"; ela é a única luta que vale a pena.
(a) Lutou
contra Satanás (Ef 6.12);
(b) contra os
erros religiosos dos judeus e dos pagãos (3.1-5; Rm 1.21-32; Gl 5.19-21);
(c) contra o
judaísmo (At 14.19; 20.19; Gl 5.1-6);
(d) contra o
antinomismo e a imoralidade na igreja (3.5; 4.3; Rm 6; 1 Co 5.1; 6.9,10; 2 Co
12.20,21);
(e) contra os
falsos mestres (vv.3-5; At 20.28-31; Rm 16.17,18);
(f) contra a
deturpação do evangelho (Gl 1.6-12);
(g) contra o
mundanismo (Rm 12.2); e
(h) contra o
pecado (Rm 6; 8.13; 1 Co 9.24-27).
(2) Completou
a sua carreira em meio a provações, dificuldades e tentações, e permaneceu fiel
ao seu Senhor e Salvador durante toda a sua vida (cf. 2.12; Hb 12.1,2; 10.23;
11).
(3) Conservou
lealmente a fé, em tempos de severas provações, de grande desalento e de muitas
aflições, não somente quando era abandonado pelos amigos, mas também quando
teve de enfrentar a oposição dos falsos mestres. Nunca cedeu terreno no tocante
à verdade original do evangelho (1.13,14; 2.2; 3.14-16; 1 Tm 6.12).
CONCLUSÃO.
Querido irmão
e prezada irmã, a Biblia sagrada, jamais
nos dá respaldo para desenhar para você
um quadro ilusório da vida, dizendo: “Você não mais sofrerá, nem ficará doente
ou muito menos morrerá”. Não! Tais falácias não são promessas bíblicas.
Vejamos:
2TIMOTEO
3.12 TODOS OS QUE PIAMENTE QUEREM VIVER... PADECERÃO PERSEGUIÇÕES. A perseguição, de uma ou de outra
forma, é inevitável para quem deseja viver uma vida piedosa em Cristo (Mt
5.10-12; 10.22; At 14.22; Fp 1.29; 1 Pe 4.12; Mt 5.10 ).
(1) A lealdade a Cristo, à sua verdade e aos seus padrões
justos de vida, envolve uma resolução constante de não deturpar a nossa fé, nem
ceder às inúmeras vozes que apelam ao crente a conformar-se com o mundo e
deixar de lado a verdade bíblica.
(2) Por causa dos seus padrões religiosos, os fiéis serão
privados de privilégios e vantagens, e serão ridicularizados; terão grande
tristeza ao verem o cristianismo bíblico rejeitado pela maioria. Devemos todos
perguntar a nós mesmos: já sofri perseguição por causa da minha firme resolução
de viver segundo a vontade de Deus? Ou minha falta de sofrimento é um sinal de
que não tenho posição firme pela justiça, pela qual Cristo morreu?
MATEUS 5.10 PERSEGUIDOS POR CAUSA DA JUSTIÇA. Todos que procuram viver de acordo
com a Palavra de Deus, por amor à justiça sofrerão perseguição.
(1) Aqueles
que conservam os padrões divinos da verdade, da justiça e da pureza e que, ao
mesmo tempo, se recusam a transigir com a presente sociedade pecaminosa e com o
modo de vida dos crentes mornos (Ap 2; 3.1-4,14-22) sofrerão impopularidade,
rejeição e críticas. O mundo lhes moverá perseguição e oposição (10.22; 24.9;
Jo 15.19) e, às vezes, da parte de membros da igreja professa (At 20.28-31; 2
Co 11.3-15; 2 Tm 1.15; 3.8-14; 4.16). Ao experimentar tal sofrimento, o cristão
deve regozijar-se (5.12), porque Deus outorga a maior bênção àqueles que sofrem
mais (2 Co 1.5; 2 Tm 2.12; 1 Pe 1.7; 4.13).
(2) O cristão
deve precaver-se da tentação de transigir quanto à vontade de Deus, a fim de
evitar a vergonha, a ridicularização, o constrangimento, ou algum prejuízo
(10.33; Mc 8.38; Lc 9.26; 2 Tm 2.12). Os princípios do reino de Deus nunca
mudam: Todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão
perseguições (2 Tm 3.12). A promessa aos que enfrentam e suportam perseguições
por causa da justiça é que dos tais é o reino dos céus.
2TIMOTEO 2.3 SOFRE... AFLIÇÕES. O ministro do evangelho que
permanecer leal a Cristo e ao evangelho, será conclamado a suportar
adversidades (cf. 1.8; 2.9; 2 Co 11.23-29). Como o soldado, o crente precisa
estar disposto a enfrentar dificuldades e sofrimentos, e a lutar
espiritualmente com total dedicação ao seu Senhor (Ef 6.10-18). Como faz o
atleta, o crente precisa estar disposto à renúncia, e a viver uma vida cristã
de rígida disciplina (v. 5). Como o agricultor, deve assumir o compromisso de
trabalhar arduamente, e isso em horários prolongados (v. 6).
Temos aqui
uma Palavra alentadora para todos nós. Mesmo quando nos sentimos sós,
abandonados e despresados, temos certeza de que a companhia do Senhor Jesus é
real, ele jamais desampara ou abandona aqueles que lhes são fiéis. Vejamos:
2TIMOTEO 4.17 O SENHOR ASSISTIU-ME. Por causa da perseguição severa
contra os cristãos em Roma, ninguém ousa-va identificar-se com o apóstolo, que
com valor defendia o evangelho (v. 16). Paulo ficou profundamente decepcionado
e sentiu-se abandonado. Em tais ocasiões, no entanto, sentia a presença muito
real do Senhor, que estava a seu lado e o fortalecia (cf. At 23.11; 27.23; Rm
4.20; 2 Co 1.3-5; Ef 6.10; Fp 4.13).
Prezado
irmão(a), não importa a situação que está enfrentando. Não importa a natureza
do problema. Saiba que em tudo, Cristo é suficiente em nossa vida. Ele não
despresa nem abandona. Ele nos assiste nos momentos mais críticos de nossa
vida. Jesus está contigo. “No mundo tereis aflições, mas tende bom animo, eu
venci o mundo”. Jesus já venceu. E nEle,
também venceremos.
ELABORADO
PELO EV. NATALINO DOS ANJOS
PROFESSOR DA
E. B. D. e PESQUISADOR
FONTE DE
PESQUISA: BIBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL
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