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segunda-feira, 28 de maio de 2012

LIÇÃO 10 - O GOVERNO DO ANTICRISTO - COM SUBSIDIOS

Lições Bíblicas - 2º Trimestre de 2012
Lição 10
3 de Junho de 2012
O Governo do  Anticristo

"Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos; por onde conhecemos que é já a últi­ma hora" 1 Jo 2.18).





LEITURA DIÁRIA

Segunda - 1 Jo 2.18
A vinda do Anticristo
 Terça - Ap 14.8
Babilônia: a sede do governo anticristão
 Quarta - Ap 11.8
Jerusalém: a sede religiosa do Anticristo
 Quinta-Ap 13. 3,4,14,15
Os dois grandes sinais do Anticristo
 Sexta - Ap 20.4
Os mártires do Anticristo
 Sábado - Ap 19.19-21
A destruição do Anticristo



LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Apocalipse 1 3.1-9
1 -E eu pus-me sobre a areia do mar e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e, sobre os chifres, dez diademas, e, sobre as cabeças, um nome de blasfêmia.
2 - E a besta que vi era seme­lhante ao leopardo, e os seus pés, como os de urso, e a sua boca, como a de leão; e o dra­gão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio.
3 - E vi uma de suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta.
4 - E adoraram o dragão que deu à besta o seu poder; e ado­raram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela?
5 - E foi-lhe dada uma boca para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para continuar por quarenta e dois meses
.6 - E abriu a boca em blas­fêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu.
7 - E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda tribo, e língua, e nação.
8 - E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.
9 - Se alguém tem ouvidos, ouça.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Definir o termo Anticristo.
Explicar como se dará o aparecimen­to e o governo do Anticristo.
Saber a plataforma ê o fim do seu governo.

INTRODUÇÃO
Se lermos atentamente os jor­nais, concluiremos que o cenário já está montado para a ascensão de um governo único no mundo. O que era apenas ensaio há três décadas, já começa a ser encena­do no Ocidente com os aplausos do Oriente.
As nações, fustiga­das pela globalização, suspiram por um líder com poderes ilimitados, a fim de reordená-las econômica e politica­mente. É o que se de­preende dos discursos proferidos nos organismos internacionais. O caos parece iminente.
Abramos, agora, a Bíblia. As profecias mostram-nos como fato o que parecia ficção: o guia mun­dial, a quem a Palavra de Deus denomina de Anticristo, está mais próximo do que supomos. Ele aguarda apenas o momento apro­priado, para assumir o controle absoluto da terra sob a proteção de Satanás. Igreja do Senhor, preparemo-nos para a volta de Jesus!

I. QUEM É O ANTICRISTO
A Bíblia apresenta o Anticris­to como um personagem real. Não é lenda nem ficção literária.
1. Definição etimológica.
De origem grega, a palavra Anticristo significa, etimologicamente, aquele que se levanta contra Cristo, colocando-se em seu lugar (1 Jo 2.22).

2. Definição te­ológica.
O Anticristo é o representante máximo de Satanás. É a sua mais perfeita representação (1 Jo 2.1 8). Trata-se de um homem que, aliciado pelo Diabo, colocar-se-à a sua inteira disposição, com o intuito de governar o planeta em seu nome.
Ele é conhecido também como a "besta que sobe do mar" e o "ho­mem da iniqüidade" (Ap 1 3.1; 2 Ts.
2.3). Daniel no-lo mostra como o "assolador" (Dn 9.27).

SINOPSE DO TÓPICO (1)
O Anticristo, segundo as Es­crituras, é um personagem real e não uma ficção.

II. O APARECIMENTO DO ANTICRISTO
1. Tempo. O Anticristo manifestar-se-á logo após o arrebatamento da Igreja. A sua chegada coincidirá com a Septuagésima Semana de Daniel (Dn 9.27). E o seu governo terá a duração de três anos e meio (Ap 13.5). Após esse período, enfrentará a ira do Cordeiro: a Grande Tribulação.

2. Lugar. A sede política de seu governo será a cidade que, no Apocalipse, chama-se Babilônia (Ap 1 4.8). A hermenêutica profé­tica permite-nos identificá-la com a metrópole que, no passado, se-diou o Império Romano. Quando este reedificar-se, o Anticristo ha­verá de tomar a cidade de Roma como sede administrativa.
Sua capital religiosa será Jeru­salém que, espiritualmente, rece­be do Evangelista os cognomes de Sodoma e Egito (Ap 1 1.8). Por oca­sião da Septuagésima Semana de Daniel, o Santo Templo já estará reconstruído. E nele assentar-se-á o Anticristo como se fora Deus,
reivindicando uma adoração que cabe apenas a Deus (Dn 9.27; Mt 24.15; 2 Ts 2.4).
De Roma e de Jerusalém, a Besta que sobe do mar governará o mundo todo por quarenta e dois meses (Ap 1 3.5). Nessa empreitada, será sustentado pelo Dragão e pelo Falso Profeta.

SINOPSE DO TÓPICO (2)
Após o arrebatamento da Igreja, o Anticristo haverá de se manifestar ao mundo. Suas sedes política e religiosa serão a Babilônia (Roma) e Jerusalém, respectivamente.

III. O SUSTENTO DO GOVERNO DO ANTICRISTO
O Anticristo  contará com o suporte de dois tenebrosos perso­nagens: um espiritual: o Dragão; e o outro humano: o Falso Profeta.
I, O Dragão. O Dragão é identificado no Apocalipse como a Antiga Serpente (Ap 12.9). Conhecido também como o Diabo e Satanás, foi o responsável pela primeira apostasia da humanidade, ao induzir Adão e Eva ao pecado (Cn 3.1-7). Nos últimos dias, se­duzirá a raça humana a cometer a segunda grande apostasia da história: adorá-lo como deus na pessoa do Anticristo. Os historiadores futuros cer­tamente verão essa última rebelião da família adâmica como a Queda das quedas e a Apostasia das apostasias.

2. O Falso Profeta. Embora não passe de um embuste, o Falso Profeta será convincente e irresis­tível. Seus milagres e prodígios serão de tal forma grandiosos que até fogo fará descer do céu (2 Ts 2.9; Ap 13.13). O apóstolo Paulo chama seus milagres de menti­rosos. Ele realizará dois grandes sinais. O primeiro será uma falsa ressurreição: fará com que o An­ticristo, dado como morto num possível atentado, volte à vida {Ap I 3.3). Diante do acontecido, a humanidade exclamará: "Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela?" (Ap 1 3.4).
Se o primeiro sinal causou admiração e espanto, o que não diremos do segundo? Ele ordena­rá aos que habitam na terra que ergam uma imagem à besta que sobrevivera à ferida mortal. Em seguida, dará vida à estátua, que se porá a falar (Ap 13.14,15). Com esses prodígios, convencerá todos a aceitarem a plataforma de governo do Anticristo.

SINOPSE DO TÓPICO (3)
O Dragão e o Falso Profeta sus­tentarão o governo do Anticristo.

IV. A PLATAFORMA DE GOVERNO DO ANTICRISTO
O Anticristo usará de todos os artifícios, quer naturais quer sobrenaturais, visando:

1. A promoção da mentira. Representante do pai da mentira, o Anticristo terá por objetivo apagar toda a verdade que Deus imprimiu na Bíblia, na consciência humana e na história. Somente assim, con­seguirá aprisionar a humanidade (2 Ts 2.11). Ele já começou o seu trabalho relativizando a verdade, inclusive a teológica.

2. A promoção do pecado. O Anticristo é conhecido também como o "homem do pecado" (2 Ts 2.3). Hoje ele promove o homosse-xualismo, o aborto e a eutanásia, como se tais pecados e iniquidades fossem virtudes teológicas. Ama­nhã, quando assumir o governo do mundo, promoverá o genocí­dio dos que não lhe aceitarem o sinal, e não haverá ninguém para levantar a voz contra esse crime (Ap 20.4).

3. A promoção do culto a Satanás. Durante o seu governo, constrangerá a humanidade a ado­rar o Dragão e seus demônios (Ap 9.20). A fim de que a idolatria, em seu mais alto grau, espalhe-se por toda a terra, o Anticristo levantar-se-á contra Deus e contra os que o adoram (2 Ts 2.4).

4. A promoção de uma eco­nomia única. O Anticristo sabe que, somente controlando a econo­mia do mundo, conseguirá subjugar a política internacional. Por isso, instituirá um código, conhecido como a marca da besta, para que sem o seu número ninguém possa comprar ou vender (Ap 1 3.16-18). Com a globalização da economia, os governos caminham nesse sentido, não pressentindo o que os espera num futuro bem próximo.

SINOPSE DO TÓPICO (4)
As características do gover­no do Anticristo serão: a mentira, o pecado, a idolatria e a econo­mia única.

CPNCLUSÃO
Quando o Anticristo procla­mar já ter alcançado todos os seus objetivos, o Dia do Senhor virá e ele sofrerá repentina destruição (1 Ts 5.3). Isso acontecerá após o seu quadragésimo segundo mês de governo (Ap 1 3.5).
O que a Bíblia chama de Grande Tribulação abater-se-á sobre o reinado do Anticristo, levando-o à completa ruína. É a ira do Cordeiro sobre o império do mal (Ap 6.16).
Jesus Cristo destruirá o impé­rio do Anticristo, para implantar o Reino de Deus em sua plenitude: "Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre" (Ap 11.15).


  SUBSIDIOS   

 O PERIODO DO ANTICRISTO    

2Ts 2.3,4 “Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.”

Segundo a Bíblia, está para vir o Anticristo (cf. 1Jo 2.18);
aquele que trama o derradeiro ataque furioso de Satanás contra Cristo e os santos, pouco antes do tempo em que nosso Senhor Jesus Cristo estabelecerá o seu reino na terra. As expressões que a Bíblia usa para o Anticristo são “o homem de pecado” e “o filho da perdição” (2.3).

Outras expressões usadas na Bíblia são “a besta que sobe do mar” (Ap 13.1-10), a “besta de cor escarlate” (Ap 17.3) e “a besta” (Ap 17.8, 16; 19.19,20; 20.10).

SINAIS DA VINDA DO ANTICRISTO.
Diferente do arrebatamento da igreja (ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA), a vinda do Anticristo não ocorrerá sem sinais precursores. Pelo menos três eventos deverão ocorrer antes dele surgir na terra:
(1) o “mistério da injustiça” que já opera no mundo, deverá intensificar-se (2.7);
(2) virá a “apostasia” (2.3);
(3) “um que, agora, resiste”, deve ser afastado (2.7).

(1) O “mistério da injustiça”, i.e., a atividade secreta dos poderes do mal, ora evidente no mundo inteiro (ver 2.7 nota), aumentará até alcançar seu ponto máximo na total zombaria e desprezo a qualquer padrão ou preceito bíblicos. Por causa do predomínio da iniqüidade, o amor de muitos esfriará (Mt 24.10-12; Lc 18.8). Mesmo assim, um remanescente fiel permanecerá leal à fé apostólica conforme revelada no NT (Mt 24.13; 25.10; Lc 18.7; ver Ap 2.7 nota). Por meio desses fiéis, a igreja permanecerá batalhando e manejando a espada do Espírito até ser arrebatada (ver Ef 6.11 nota).

(2) Ocorrerá a “apostasia” (gr. apostasia), que literalmente significa “desvio’’, “afastamento’’, “abandono’’ (2.3). Nos últimos dias, um grande número de pessoas da igreja apartar-se-á da verdade bíblica.

(a) Tanto o apóstolo Paulo quanto Cristo revelam um quadro difícil da condição de grande parte da igreja — moral, espiritual e doutrinariamente — à medida que a era presente chega ao seu fim (cf. Mt 24.5, 10-13, 24; 1Tm 4.1; 2Tm 4.3,4). Paulo, principalmente, ressalta que nos últimos dias elementos ímpios ingressarão nas igrejas em geral.

(b) Essa “apostasia” dentro da igreja terá duas dimensões:

(1) A apostasia teológica, que é o desvio de parte ou totalidade dos ensinos de Cristo e dos apóstolos, ou a rejeição deles (1Tm 4.1; 2 Tm 4.3). Os falsos dirigentes apresentarão uma salvação fácil e uma graça divina sem valor, desprezando as exigências de Cristo quanto ao arrependimento, à separação da imoralidade, e à lealdade a Deus e seus padrões (2Pe 2.1-3,12-19). Os falsos evangelhos, voltados a interesses humanos, necessidades e alvos egoístas, gozarão de popularidade nota).

(2) A apostasia moral, que é o abandono da comunhão salvífica com Cristo e o envolvimento com o pecado e a imoralidade. Esses apóstatas poderão até anunciar a sã doutrina bíblica, e mesmo assim nada terem com os padrões morais de Deus (Is 29.13; Mt 23.25-28; ver o estudo A APOSTASIA PESSOAL). Muitas igrejas permitirão quase tudo  para terem muitos membros, dinheiro, sucesso e prestígio (ver 1Tm 4.1 nota). O evangelho da cruz, com o desafio de sofrer por Cristo (Fp 1.29), de renunciar todo pecado (Rm 8.13), de sacrificar-se pelo reino de Deus e de renunciar a si mesmo será algo raro (Mt 24.12; 2Tm 3.1-5; 4.3).

(c) Tanto a história da igreja, como a apostasia predita para os últimos dias, advertem a todo crente a não pressupor que o progresso do reino de Deus é infalível na sua continuidade, no decurso de todas as épocas e até o fim. Em determinado momento da história da igreja, a rebelião contra Deus e sua Palavra assumirá proporções espantosas. No dia do Senhor, cairá a ira de Deus contra os que rejeitarem a sua verdade (1Ts 5.2-9).(d) O triunfo final do reino de Deus e sua justiça no mundo, portanto, depende não do aumento gradual da igreja professa, mas da intervenção final de Deus, quando Ele se manifestará ao mundo com justo juízo (Ap 19—22; ver  2Ts 2.7,8; 1Tm 4.1 nota; 2Pe 3.10-13; Jd).

(3) Um evento determinante deverá ocorrer antes do aparecimento do “homem do pecado” e do Dia do Senhor começar (2.2,3), que é a saída de alguém (2.7) ou de algo, que “detém”, resiste, ou refreia o “mistério da injustiça” e o “homem do pecado” (2.3-7). Quando o restringidor do “homem do pecado’’ for retirado, então poderá começar o Dia do Senhor (2.6,7).

(a) O que agora o detém é, sem dúvida, uma referência ao Espírito Santo, pois somente Ele tem poder de deter a iniqüidade, o homem do pecado e Satanás (2.6). Esse que agora o detém ou resiste (2.7), leva no grego o artigo definido masculino e ao mesmo tempo o artigo definido neutro, em 2.6 (“o que o detém”). De modo semelhante, a palavra “Espírito” na língua grega pode levar pronome masculino ou neutro (ver Gn 6.3; Jo 16.8 nota; Rm 8.13; ver Gl 5.17, sobre a obra do Espírito Santo a restringir o pecado).

(b) No começo dos sete anos de tribulação, o Espírito Santo será “afastado” (v. 7). Isso não significa ser Ele tirado do mundo, mas que cessará sua influência restritiva à iniqüidade e ao surgimento do Anticristo. Todas as restrições contra o pecado serão removidas, e começará a rebelião inspirada por Satanás. O Espírito Santo, todavia, agirá na terra durante a tribulação, convencendo pessoas dos seus pecados, convertendo-as a Cristo e dando-lhes poder (Ap 7.9, 14; 11.1-11; 14.6,7).

(c) Retirando-se o Espírito Santo, cessará a inibição à aparição do “homem do pecado”, no cenário terreno (2.3,4). Deus então liberará uma influência poderosa enganadora sobre todos os que se recusam a amar a verdade de Deus (ver 2.11 nota); os tais aceitarão as imposturas do homem do pecado, e a sociedade humana descerá a uma depravação jamais vista.

(d) A ação do Espírito Santo restringindo o pecado é levada a efeito em grande parte através da igreja, que é o templo do Espírito Santo (1Co 3.16; 6.19). Por isso, muitos expositores da Bíblia acreditam que a saída do Espírito Santo é uma clara indicação de que o arrebatamento dos santos ocorrerá nessa ocasião (1Ts 4.17). Noutras palavras, a volta de Cristo, para levar a igreja e livrá-la da ira vindoura (1Ts 1.10), ocorrerá antes do início do Dia do Senhor e da manifestação do “homem do pecado” (ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA).

(e) Entende-se, nos meios eruditos da Bíblia, que o restringente em 2.6 (no gênero neutro) refere-se ao Espírito Santo e seu ministério de conter a iniqüidade, ao passo que em 2.7, “um que, agora” (no gênero masculino) refere-se aos crentes reunidos a Cristo e tirados daqui, i.e., arrebatados ao encontro do Senhor nos ares, a fim de estarem sempre com Ele (1Ts 4.17).

AS ATIVIDADES DO ANTICRISTO.
Ao começar o Dia do Senhor, “o iníquo” aparecerá neste mundo. Trata-se, no meios eruditos da Bíblia, de um governante mundial que fará aliança com Israel por sete anos, antes do fim da presente era (ver Dn 9.27).

(1) A verdadeira identificação do Anticristo será conhecida três anos e meio mais tarde, quando ele romper sua aliança com Israel, tornar-se governante mundial, declarar ser Deus, profanar o templo de Jerusalém (ver o estudo A GRANDE TRIBULAÇÃO), proibir a adoração a Deus (ver 2.4, 8,9) e assolar a terra de Israel (ver Dn 9.27 nota; 11.36-45 nota).

(2) O Anticristo declarará ser Deus, e perseguirá severamente quem permanecer leal a Cristo (Ap 11.6,7; 13.7, 15-18; ver Dn 7.8, 24,25 notas). Exigirá adoração, certamente sediada num grande templo que será usado como centro de seus pronunciamentos (cf. Dn 7.8, 25; 8.4; 11.31, 36). O homem aspira tornar-se divino desde a criação (ver 2.8 nota; Ap 13.8,12 notas; ver também o estudo A GRANDE TRIBULAÇÃO).

(3) O “homem do pecado’’ fará mediante poder satânico, grandes sinais, maravilhas e milagres a fim de propagar o engano (2.9). “Prodígios de mentira” significa que seus milagres são sobrenaturais, parecendo autênticos, para enganar as pessoas e levá-los a crer na mentira. (a) Tais demostrações possivelmente serão vistas no mundo inteiro, pela televisão. Milhões de pessoas ficarão impressionadas, enganadas por esse líder altamente convincente, por não darem a devida importância à Palavra de Deus nem ter amor às suas verdades (2.9-12). (b) Tanto as palavras de Paulo (2.9), quanto as de Jesus (Mt 24.24) devem despertar os crentes para o fato de que nem todo milagre provém de Deus. Aparentes “manifestações do Espírito” (1Co 12.7-10) ou fênomenos supostamente vindos da parte de Deus devem ser provados à base da obediência a Cristo e às Escrituras, por parte da pessoa atuante.

A DERROTA DO ANTICRISTO.
No fim da tribulação, Satanás congregará muitas nações no Armagedom, sob o comando do Anticristo, e guerrearão contra Deus e o seu povo numa batalha que envolverá o mundo inteiro (ver Dn 11.45 nota; Ap 16.16 nota). Quando isso ocorrer, Cristo voltará e intervirá de modo sobrenatural, destruindo o Anticristo, seus exércitos e todos os que não obedecem ao evangelho (ver Ap 19.15-21 notas). A seguir, Cristo prenderá Satanás e estabelecerá seu reino na terra (20.1-6).






Quem é o anticristo?
Ele é chamado de “o príncipe que há de vir” (Dn 9.26);
“o homem do pecado, o filho da perdição” (2 Ts 2.3-4);
“o iníquo” (2 Ts 2.8);
“o mentiroso” (1 Jo 2.22);
 “o enganador” (2 Jo v7);
“a ponta pequena” (Dn 7.8);
 “a besta que subiu do mar” (Ap 13.1-5);
“a besta escarlate” (Ap 17.3); “a besta” (Ap 17.8,16).

O Anticristo será um homem como outro qualquer, nascido de mulher, porém a serviço de Satanás.
Veja a lista abaixo de características do Anticristo, tais quais estão relacionadas nas Escrituras:

1. Intelectualmente poderoso (Dn 7.20).
2. Orador impressivo (Dn 7.20).
3. Mestre político (Dn 11.21).
4. Possuidor de grandes habilidades comerciais (Dn 8.25).
5. Gênio militar (Dn 8.24).
6. Perito administrador (Ap 13.1,2).
7. Experto em religião (2 Ts 2.4). * Veja o contraste entre Jesus e o anticristo:


JESUS
Ele é justo e santo (1 Jo 2.1)
Nasceu sob a lei e a cumpriu (Gl 4.4)
Veio para fazer a vontade de DEUS (Hb 10.9)
Não foi recebido pelos judeus (Jo 1.11)
Amava o povo de Israel (Mt 23.37)
Recebeu a glória do Pai (Jo. 17.24)
Glorifica a DEUS (Jo 17.4,26)
Seu reino será eterno (Dn 8.27)
Reinará eternamente (Dn 7.27; Ap 19.6)




SUBSIDIOS - ANTICRISTO
Ele é o “iníquo” e profano (2 Ts 2.3,8)
Opor-se-á a toda lei (2 Ts 2.4; Dn 7.25)
Vem para fazer a sua própria vontade (Dn 8.24)
Será aceito pelos judeus (Dn 9.27)
Fará guerra contra Israel (Dn 7.21,25; 8.24; Ap13.7)
Recebeu a glória do Diabo (Ap 13.2-4)
Glorifica ao Dragão (Ap 13.2-4; Dn 7.25)
Seu reino será destruído (Dn 7.26; Ap 19.19-21)
Será lançado no lago de fogo (Ap 20.10)*


Profecias a respeito de sua chegada.
“Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição” (2 Ts 2.3,4,8; veja também: Dn 8.23; 9.26; 1 Jo 2.18; Ap 13.1-8).


Quando ele surgirá?
O apóstolo Paulo nos ensina: “…somente há um que, agora, resiste até que do meio seja tirado” (2Ts 2.7b), esse “um” refere-se à presença do Espírito Santo atuante na Igreja, isso é “o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado” (v.6). Enquanto a Igreja estiver aqui na terra, o anticristo não se manifestará, todavia, quando o Senhor Jesus retirar o seu povo daqui, o desaparecimento de milhões de crentes causará uma grande caos no mundo: aviões em pleno vôo ficarão sem seus pilotos e causarão muitos acidentes aéreos, muitas batidas e mortes nas estradas causarão engarrafamentos nos centros urbanos, muitas empresas ficarão com o número de empregados reduzidos, os serviços públicos sem bombeiros, limpeza e comunicação, afetando grandemente a população mundial. Imagine quantos presos fugirão dos presídios e quantas famílias lamentarão! Apenas os desviados e os duvidosos na fé saberão o que aconteceu, quando parentes, amigos e irmãos desaparecerem. É nesse cenário que aparecerá um homem com soluções para os problemas, pois diz a profecia: “e, então, será revelado o iníquo […] esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira, e com todo engano da injustiça para os que perecem” (2Ts 2.8-10); “Ele firmará um concerto com muitos por uma semana” (Dn 9.27).


Como será a sua atuação?
Na verdade o espírito do anticristo já atua desde os tempos apostólicos, mas ele é o ator principal do período da grande tribulação (trataremos deste assunto logo abaixo). Alguns comentaristas defendem que a obra de Satanás, no futuro, tem algo a ver com o reavivamento do império romano. Em Dn 7.2,3, lemos que os ventos agitaram o grande mar, e, como resultado, apareceram as quatro bestas; Ap 13.1 nos diz que ele, o dragão, se pôs de pé sobre a areia do mar, e que uma besta saiu do mar. Ela está por trás de todo este movimento em favor de uma federação mundial, da qual o propósito anônimo é banir a fé do mundo. Vemos ainda que ele dá seu poder, trono, e grande autoridade à besta (Ap 13.2,4). Assim, este monarca (o anticristo) será energizado e capacitado por Satanás, e ninguém poderá guerrear contra ele. Sabendo que seu tempo é breve, ele odiará e perseguirá ferozmente a Israel (Ap 12.12-17). Lemos que ele usará o método do engano. Sinais, falsas maravilhas, fogo do céu (2Ts 2.9-11; Ap 13.13-15), tudo isso será usado em seu programa. Chegará até a instituir adoração ao diabo e ao demônio (Ap 13.4; 9.20). Depois Satanás incitará os reis de toda a terra a se ajuntarem para a batalha de Armagedom (Ap 16.12-16; 19.11-21). A tribulação será, em um sentido bem real, a hora e poder das trevas.


O PERÍODO ENTRE O ARREBATAMENTO DA IGREJA E A REVELAÇÃO DE CRISTO

Antes de adentrarmos ao assunto em si, gostaríamos de atentar para o fato de que o arrebatamento da Igreja acontecerá antes do período da grande tribulação, assunto este que está totalmente envolvido com a presença do anticristo, vejamos alguns pontos importantes:


- A vinda de Cristo se dará em duas fases
Sabemos que Cristo voltará para os seus, e que todo o mundo O verá; que Ele virá para julgar as obras dos crentes e que virá para julgar os homens de maneira geral, etc., mas como se dará? Vemos que Ele virá no ar, e que algumas coisas acontecerão no ar; e vemos que Ele virá à terra, e que outras coisas se darão na terra, vejamos:


a) Sua vinda no ar - A declaração mais clara disto encontra-se em 1Ts 4.16,17, onde lemos que Cristo descerá do céu e que os crentes serão arrebatados para um encontro com Ele no ar. 2Ts 2.1 fala de nos reunirmos a Ele. Isso se harmoniza com Jo 14.3. Leia também: Mt 25.6 (as virgens saíram “ao seu encontro”); Lc 19.15 (o homem nobre chamou primeiro os Seus servos quando voltou, e só depois foi tratar dos seus adversários, e somente depois disso estabeleceu Seu Reino). Vemos, pois, que o primeiro aspecto da Sua vinda é com vistas aos seus.
OBS.: Sua vinda nos ares tem os seguintes propósitos: (1) para receber os seus (Jo 14.3), tanto os que morreram em Cristo serão ressuscitados quanto os que ficarem vivos serão arrebatados e transformados (1Ts 4.16-17; 1Co 15.51-52); (2) para julgar e galardoar os crentes; (3) para remover o que detém, ou seja, a manifestação do anticristo só se dará depois que a Igreja for retirada da terra. O que detém o anticristo é a presença do Espírito Santo na Igreja.


b) Sua vinda à Terra - Em Zc 14.4,5, lemos que “estarão os seus pés sobre o Monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente”. Em Atos 1.11, os “varões vestidos de branco” declaram que cristo vai voltar “do modo como O viste subir”. Ele partiu de forma visível do Monte Olival, e voltará de forma visível ao Monte Olival. Mt 24.29-31 insinua que Ele vai descer à terra. Veja também: Mt 25.31-46. Zc 12.10-13 mostra os habitantes de Jerusalém lamentando-se ao verem aquele “a quem transpassaram”. Ap 1.7 diz: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele”. Quando ele voltar à terra virá com os seus (Jo 3.11; 1Ts 3.13; Jd 14). Esses argumentos por si só já demonstram os dois aspectos da sua vinda: um, no qual os seus são arrebatados até Ele, e outro, no qual os Seus retornam com Ele.


OBS.: Sua vinda à terra tem os seguintes propósitos: (1) para revelar-se aos seus (Zc 14.5,1; Jl 3.11; Mt 16.27; 24.29-31; 25.31-32; Cl 3.4; 1Ts 3.13; Jd 14.15; 1Jo 3.2);
(2) para julgar a Besta, o Falso Profeta e seus exércitos (Ap 19.19-21; 2Ts 2.8);
(3) para prender Satanás (Ap 20.1-2; Rm 16.20);
(4) para salvar Israel (Rm 11.2,5,25,26; Zc 14.1-4; Jr 30.7);
(5) para julgar as nações (2Ts 1.7-10; Mt 25.31-46; Jl 3.11-17; At 17.31);
(6) para livrar e abençoar a criação (Is 11.1-9; Zc 14.4-8; Ez 47.1-12; Is 2.2); (7) para estabelecer o Seu Reino (Lc 19.12; 2Sm 7.8-17; Jr 33.19-22; Lc 1.31-33; Dn 7.13-14; Ap 11.15).

O que acontecerá então durante o arrebatamento da Igreja e a Revelação de Cristo?
A Bíblia chama esse período de “tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até aquele tempo” (Dn 12.1),
 “grande tribulação” (Mt 24.21-29),
 “tempo de angústia para Jacó” (Jr 30.4-7).


Quanto tempo isso vai durar? A Bíblia não especifica isto em lugar nenhum, mas é dito que, por causa dos eleitos, os dias serão abreviados (Mt 24.22). Temos uma compreensão das 70 semanas em Daniel 9.24-27, elas começam com a volta de Neemias e a reconstrução dos muros e da cidade de Jerusalém (Dn 9.25; Ne 2.1-8); a sexagésima nona semana terminou com a crucificação do Messias (Dn 9.26), existindo então uma quebra na sucessão das semanas. Para a maioria dos teólogos e comentaristas, a septuagésima semana está ainda no futuro e que é o período da tribulação. Se, portanto, a septuagésima semana representar o período da Tribulação, então temos a informação de que durará sete anos. Harmonizando-se com isto, a segunda metade do período é mencionada em outros lugares como “um tempo, tempos, e metade de um tempo” (Dn 7.25; 12.7; Ap 12.14), como “quarenta e dois meses” (Ap 11.2; 13.5) e como 1.260 dias (Ap 11.3; 12.6; cf. Dn 12.11,12). Talvez isso seja tudo que pode ser dito a respeito da duração do período.


Qual o propósito da Tribulação?
Sabemos que a “hora da provação” virá para “experimentar os que habitam sobre a terra” (Ap 3.10). Vejamos o que diz Is 26.20,21: “Vai, pois, povo meu, entra nos teus quartos e fecha as tuas portas sobre ti; esconde-te só por um momento, até que passe a ira. Porque eis que o SENHOR sairá do seu lugar para castigar os moradores da terra, por causa da sua iniqüidade; e a terra descobrirá o seu sangue e não encobrirá mais aqueles que foram mortos”. Isto é, a Tribulação é o período no qual Deus sairá a punir um mundo que rejeitou a Deus e a Cristo. Interpretes futuristas de Apocalipse geralmente afirmam que os capítulos 6 a 19 do livro, tratam do período da Tribulação. As principais características desses capítulos são os Selos, as Trombetas e as Taças de Cólera. Cada um deles é um juízo que emana do Céu. Deus está visitando sua cólera sobre este mundo amaldiçoado pelo pecado. Entretanto, Ele não vai destruir o “justo com o ímpio” (Gn 18.23). Pedro usa isto para mostrar que “o Senhor sabe livrar da provação os piedosos, e reservar sob castigos, os injustos para o dia do juízo” (2Pe 2.9).


O JULGAMENTO DO ANTICRISTO, DO FALSO PROFETA E SEUS EXÉRCITOS
Podemos encontrar isto em 2 Ts 2.8; Ap 19.19-21, e outras passagens. Os maus espíritos emanados do dragão, da besta e do falso profeta, sairão a reunir as nações da terra para a peleja do grande dia do Deus Todo-Poderoso (Ap 16.12-16). Eles se ajuntarão para capturar Jerusalém e os Judeus na Palestina (Zc 12.1-9; 13.8-14;2); mas no momento em que a vitória parecer certa, Cristo desce do céu com Seus exércitos (Ap 19.11-16), e intervém a favor de Israel. Então, aquelas nações voltam-se para lutar contra o Filho de Deus. Mas o conflito é breve e decisivo. A besta e o falso profeta são levados e laçados vivos no lago de fogo (Ap 19.19-20), e seus exércitos são mortos com a espada que procede da boca de Cristo (2Ts 1.7-10; Ap 19.21). Assim, a oposição política será quebrada e o caminho estará preparado para a chegada do reino de Cristo. Vale salientar que esse julgamento ocorrerá quando Cristo voltar à terra.
OBS.: Durante a tribulação, Satanás será lançado à terra (Ap 12.7-9,13-17). Quando Cristo vier à terra, ele será aprisionado e lançado no abismo por mil anos (Ap 20.1-3). Depois dos mil anos, ele será solto por algum tempo. Novamente, ele sairá a seduzir as nações da terra, e sucederá em reunir uma grande multidão para guerrear contra o acampamento dos santos e a cidade querida (Ap 20.7-9). Mas descerá fogo dos céus e a todos devorará. Isto é, quanto a seus corpos. Sem dúvida comparecerão ao julgamento do Grande Trono Branco um pouco mais tarde, e serão lançados no lago de foto, juntamente com o restante dos não salvos. Depois disso, o próprio Satanás será julgado e lançado no lago de fogo (Ap 20.9-10)


UM SÓ CONTROLE
Sabemos que a globalização já é uma realidade. A Comunidade Européia e Mercosul, por exemplo, são acordos com objetivos comerciais que ampliam e tornam o processo de globalização irreversível. Está sendo discutida, entre a Europa e América Latina, a implantação do livre comércio entre as nações. Têm por objetivo quebrar a supremacia econômica e bélica dos Estados Unidos.
Temos, também, o exemplo do comando da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), um poderoso exército formado a partir de acordos com as nações mais ricas da terra; possui um só comando e enorme capacidade de destruição, o que trás a idéia de uma força militar única, comandada por um só homem.
Essas mudanças apontam em direção de um único governante, um ditador mundial, carismático, inteligente, capaz de impressionar com seu discurso e de comandar um poderoso exército.
Tudo indica que esse homem que surgirá no cenário mundial será o anticristo. O mundo se prepara para recebê-lo.
HENRY, Matthew. Comentário Novo Testamento, CPAD.
THIESSEN, Henry Clarence. Palestra em Teologia Sistemática, Ed. Batista Regular. São Paulo, 1997.Algumas partes do texto do: Pastor Airton Evangelista da Costa - Assembléia de Deus Palavra da Verdade - Aquiraz - Ceará - Em 



SUBSIDIOS  



I. O espírito do Anticristo no mundo
II. A pessoa do Anticristo
III. Os Anticristos no mundo
Introdução
Percebemos que, os leitores de 1 João, do primeiro século, viveram nos últimos dias, e nós também. Durante este período, os anticristos aparecerão. Finalmente, pouco antes do fim, um grande anticristo surgirá (Ap 13.19,20). Porém, não precisamos temer estas pessoas perversas. O Espírito Santo nos mostrará seus erros, e assim não seremos enganados. Contudo devemos ensinar a Palavra de Deus, clara e cuidadosamente, aos membros da Igreja do Senhor, especialmente aos mais fracos, de forma que não venham a ser presas para esses ensinadores que “vem”… vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores” (Mt 7.15).


I. O espírito do Anticristo no mundo
• Professor, inicie o tópico explicando que o termo “anticristo” pode ser aplicado tanto ao indivíduo como ao sistema que ele representa.
• Curiosamente, a palavra “anticristo” (gr. antichristos) aparece apenas em 1 João 2. 18-22; 4.3 e 2 João 7. O apóstolo João usou-a no singular (“o Anticristo”) e no plural (“muitos anticristos”). João dá a entender que seus leitores haviam ouvido que o Anticristo viria no futuro. Então, ele os surpreende dizendo que muitos anticristos já tinham vindo. João descreve estes anticristos menores como mentirosos que negam que Jesus é o Cristo (2.22). Neste sentido, anticristo é qualquer falso mestre que nega a Pessoa e a obra de Jesus Cristo. Tais mestres são verdadeiramente anti (contrários a) Cristo.
Em 1 Jo 4.1-3, João nos alerta para provar os espíritos e para nos certificarmos de que estes realmente provêm de Deus. Ele nos adverte de que muitos falsos profetas (Gr. pseudo-profeta) “tem saído pelo mundo afora”. São pessoas que não reconhecem que Jesus vem de Deus. Dentro deste contexto, João anuncia que “o espírito do anticristo [...] já está no mundo”.


O Espírito do Anticristo
podemos afirmar, sem medo de errar, que o espírito do Anticristo está em ação. Este espírito anticristão faz todo o possível para rejeitar, negar e questionar a verdade acerca de Jesus Cristo. Ele tem estado em atividade desde o século I d.C., opondo-se ferozmente contra a obra de Jesus na terra.
Os escritores da Bíblia certamente criam que o espírito do Anticristo estava vivo e ativo no primeiro século. Por esse motivo, não lhes causou surpresa a rejeição ao cristianismo, acompanhada de perseguição e até mesmo martírio. Eles estavam convencidos de que a guerra espiritual entre Cristo e o Anticristo já havia começado.
Muitas e remotas referências cristãs ao Anticristo estão presentes no Apocalipse de Pedro, no Didaqué, na Ascensão de Isaías e na epístola de Pseudo-Tito. Também vemos tais referências nos escritos de diversos pais da igreja, como Irineu, Jerônimo e Hipólito. Irineu, que estudou com Policarpo — que, por sua vez, fora discípulo do apóstolo João — , disse que o Anticristo viria como “um apóstata”, personificando a “apostasia satânica”.
Desde o início da era cristã, os crentes sempre estiveram convictos de que um governante mundial, a encarnação de Satanás, em algum momento surgiria. Apocalipse 12,13 apresenta uma “trindade profana” que reúne Satanás (corresponde ao Pai), o Anticristo (corresponde ao Filho) e o Falso Profeta (corresponde ao Espírito Santo). O verdadeiro poder por trás do Anticristo é, portanto, Satanás. O “pai da mentira” é a origem do engodo que condenará multidões ao juízo de Deus (2 Ts 2.11).


II. Os Anticristos no mundo
O espírito do Anticristo está vivo e em ação. Trata-se da expressão está vivo e em ação. Trata-se da expressão, inspirada por Satanás, de desrespeito e rebeldia contra Deus, contra as coisas de Deus e contra o povo de Deus. Tal espírito está vivo desde que Satanás rondou o jardim do Éden. Ele tem sido a força motriz por trás de toda terrível história da raça humana: guerras, assassinatos, assaltos, estupros, etc. Estas são as repugnantes expressões da natureza destrutiva do próprio grande enganador.
Os autores do Novo Testamento nos asseguram que o espírito do Anticristo já agia em sua época, isto há quase vinte séculos. Ele continuou ativo ao longo de toda a história da Igreja, expressando-se em perseguições, heresias, enganos espirituais, falsos profetas e falsas religiões. Satanás vem combatendo a Igreja a cada passo, esperando pelo momento certo para habitar a pessoa certa — o Anticristo — em sua derradeira obra-prima.
Entretanto, conjecturar-se se certas figuras da atualidade seriam ou não o Anticristo não leva a lugar nenhum. Apenas no século XX, vimos algumas especulações fantásticas e incorretas. Todas são visualizações do futuro a partir do presente. Cada um padece da mesma deficiência: são sempre tentativas incertas baseadas em uma perspectiva limitada. Tragicamente, tais pessoas que propõem datas e apontam possíveis Anticristos afirmam saber mais do que os próprios autores das Escrituras.
O apóstolo Paulo comenta a respeito disso em 2 Tessalonicenses 2.1-12, quando nos diz que o “Dia de Cristo” não virá “sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado”. Em seguida, ele declarará: “vós sabeis o que detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado” (v.6). Somente após o arrebatamento da Igreja, será revelada a identidade do Anticristo. Em outras palavras, você não quer saber quem ele é. Se algum dia você descobrir quem ele é, significa que foi deixado para trás!
A cada geração, Satanás precisa preparar um homem para ser sua maior realização. Não se surpreenda, portanto, com diversos candidatos aparecendo no horizonte da história humana apenas para desaparecerem logo adiante. Satanás precisa esperar o momento definido por Deus, de forma que ele está derrotado antes mesmo de iniciar seu ataque final. Ele continuará impelido de agir até que Deus retire o poder que o detém; a saber, o Espírito Santo que habita a Igreja. O Espírito, portanto, é o agente; a Igreja, o meio. Dessa forma, Deus retém o plano diabólico de Satanás até que o Pai nos chame para estar com Ele nos céus.
Nesse meio tempo, Satanás aguarda sua oportunidade de arruinar o mundo inteiro e o plano supremo de Deus. Ele pode ser um adversário derrotado, mas está decidido a lutar até o fim. Mesmo agora, segue em frenética atividade, buscando o homem correto para ser o Anticristo.
• O anticristo será o mais notável líder político que o mundo já conheceu. Ele aparentará ser o epítome da inteligência e do poder humano. Artuhur W. Pink escreve: “Satanás teve todas as oportunidades de estudar a natureza decaída do homem [...] O diabo sabe muito bem como deslumbrar as pessoas com a sedução do seu poder [...] sabe como satisfazer a sede de conhecimento [...] Podemos nos deleitar com músicas e deliciar nossos olhos com belezas arrebatadoras [...] sabe como exaltar as pessoas ao píncaro da glória e da fama, para, em seguida, usar esta fama contra Deus e seu povo” (Pink, p.77).


Veja a lista abaixo de características do Anticristo, tais quais estão relacionadas nas Escrituras:
1. Intelectualmente poderoso (Dn 7.20).
2. Orador impressivo (Dn 7.20).
3. Mestre político (Dn 11.21).
4. Possuidor de grandes habilidades comerciais (Dn 8.25).
5. Gênio militar (Dn 8.24).
6. Perito administrador (Ap 13.1,2).
7. Experto em religião (2 Ts 2.4).


Conclusão
Aquele que é chamado de antichristos (“anticristo”) se opõe a Cristo, enquanto que o pseudochristos (“falso Cristo”) afirma ser o próprio Cristo. A descrição bíblica mostra que ele é ambos. Inicialmente, ele se apresenta como o “salvador” da nação de Israel, firmando uma aliança para protegê-la (Dn 9.27). Dessa maneira, ele aparece ser o messias há muito aguardado. Na verdade, porém, ele se opõe a todas as profecias acerca do verdadeiro Messias.

Fonte: CPAD

ELABORADO PELO EVANGELISTA
NATALINO DOS ANJOS.
PROFESSOR DA E. B. D. E PESQUISADOR.
FONTES; BIBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL
E BIOGRAFIAS CITADAS.










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