Seguidores

sexta-feira, 9 de março de 2012

LIÇÃO 11 - COMO ALCANÇAR A VERDADEIRA PROSPERIDADE



LIÇÃO 11 - COMO ALCANÇAR A VERDADEIRA PROSPERIDADE
INTRODUÇÃO
Já foi explicado ao longo deste trimestre, que a verdadeira prosperidade não consiste em acumular bens ou dinheiro, nem em depositar o coração nas incertezas das riquezas. Por isso, veremos nesta lição, primeiramente, que a verdadeira prosperidade bíblica, contempla as necessidades supridas com a bênção divina por intermédio do trabalho que foi instituído por Deus como uma benevolência antes da “Queda” do homem. Em segundo lugar, analisaremos que, a verdadeira prosperidade fundamenta-se também, na providência de Deus através da nossa obediência à sua Santa Palavra, e concluiremos observando que devemos fazer uso do nosso dinheiro de modo consciente e sábio.
I - OBEDECENDO A DEUS - O SEGREDO DA VERDADEIRA PROSPERIDADE
Já vimos em lições anteriores que existem diversos termos traduzidos do hebraico para “prosperidade” tais como: hadal, “ser próspero”, shalû “prosperidade”, shalew“ser próspero”, shalwâ “ter prosperidade”, sakal, que significa “prosperar”. Percebe-se claramente que nas Sagradas Escrituras, ser próspero não significa, necessariamente, possuir riquezas e bens materiais (Gn 39.2,3; 39.23; Dn 3.30; 6.28; Lc 19-31).
1.1 Nas páginas do AT - A prosperidade depende, exclusivamente, da obediência a Deus, e à Sua Bendita Palavra. “Mas Moisés disse: Por que transgredis o mandado do Senhor? Pois isso NÃO PROSPERARÁ.” (Nm 14.41; Dt 5.32-33; 17.18-20; Dt 29.9; Js 1.7-8; Js 1.8; I Rs 2.3; II Cr 24.20).
1.2 Nas páginas do NT - Da mesma maneira que no AT a prosperidade depende, exclusivamente, da obediência a Deus, e à Sua Palavra, no NT não é diferente. Tão importante quanto compreender e crer nas bênçãos divinas é saber a quem elas se destinam. Ao lermos a Bíblia, vamos encontrar bênçãos para toda a humanidade. Por isso, faz-se necessário analisar a quem essas promessas de bênçãos estão direcionadas . Vejamos: Aquele que é obediente (2 Cor 2:9; Rm 6:12; 16; Gl 3:1; 2 Ts 3:14; Hb 3:18; 1 Ped 1:4); Aquele que é submisso (Mt 11:29: 2 Cor 9:13; Ef. 4:32; Col 3:12-16); Aquele que é humilde (Mt 11:29; 18:14; Lc 1:52; Rm 12:16; 2Cor 10:1; 1 Ped 5:5; Tg 4:10; ); Aquele que não dá lugar a incredulidade (Rm 4:18-20; Hb 3:12,13, 19; Tg 1:6,7).

II - TRABALHANDO - EXERCENDO UMA BÊNÇÃO ENTREGUE POR DEUS


O trabalho é uma bênção de Deus e necessário aos homens. “Pois comerás do trabalho das tuas mãos, FELIZ SERÁS, e te irá bem” (Sl 128.2). “Em todo trabalho há proveito” (Pv. 14.23-a). No hebraico a palavra “ãmãl” é usada para se referir a “trabalho, labuta” (Gn. 41.51; Sl.105.44). A palavra “ergon” do grego denota “trabalho, emprego, tarefa” (Gn. 41.52; Sl. 73.3; Mc.13.34; Jo. 4.34; 17.4; At. 13.2; Fp. 2.30; 1Ts. 5.13). A palavra “katergazomai” também do grego significa “trabalhar para fora, efetuar por labuta”. Deus honra aqueles que trabalham para se manter. “… se alguém não quiser trabalhar, não coma também” (2Ts. 310-b).
2.1 O trabalho veio antes do pecado do homem. Diferente do que algumas pessoas imaginam, o trabalho não é o julgamento de Deus por causa do pecado de Adão (Gn 3.17-19). Se examinarmos corretamente as Escrituras, veremos que Deus colocou o homem no jardim do Éden para o “lavrar e o guardar”, ou seja, para trabalhar antes mesmo da desobediência ao Senhor (Gn 2.15). Adão já trabalhava antes de pecar, cuidando do jardim. Uma das consequências do pecado, além da morte, foi que o trabalho seria “penoso e suado” (Gn 3.19)e isso não significa que ele seja amaldiçoado por Deus. “Não é, pois, bom para o homem que coma e beba e que faça gozar a sua alma do bem do seu trabalho? Isto também eu vi que vem da mão de Deus” (Ec. 2.24).
2.2 O trabalho não foi o resultado do pecado - Desde a criação de Deus que o homem foi colocado no jardim para “trabalhálo, “cultivá-lo” (Gn 2.15) do hebraico“âbad”. A maldição (Gn. 3.16-17) era apenas “a dor e a fadiga” que haviam de acompanhar o trabalho, não o trabalho em si. Isso é destacado quando Lameque diz, por ocasião do nascimento de Noé, que este “nos consolará dos nossos trabalhos e das fadigas de nossas mãos, nesta terra que o Senhor amaldiçoou” (Gn 5.29).
2.3 O homem “imita” seu criador quando trabalha Ao trabalhar seis dias e descansar ao sétimo, Israel imitava a Deus ao criar o “kosmos” (Gn 2.1-2)O homem deve descansar, imitando assim a Deus, que “descansou de seu trabalho” (Êx 20.11; Dt 5.14-15). O apóstolo Paulo disse: “Em trabalhos e fadigas…” (2Co. 11.27-a).
2.4 Deus honra aquele que trabalha - Temos vários exemplos na Bíblia, de homens que sempre trabalharam para se manterem e não serem “pesados aos seus irmãos”, como por exemplo: Davi era pastor de ovelhas (1Sm 16.19, 2Sm 7.8), Amós ganhava a vida como boieiro (Am 1.1), Jesus era carpinteiro (Mt. 13.55; Mc. 6.3), Paulo era fabricante de tendas (At. 18.1-3). “Vós mesmo sabeis que, para o que me era necessário, a mim e aos que estão comigo, estas mãos me serviram”(At 20.34). “Trabalhando com nossas próprias mãos” (1Co 4.12-b). “Porque bem vos lembreis, irmãos, do nosso trabalho e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós…” (1Ts 2.9). “…nem, de graça, comemos o pão de homem algum, mas com trabalho e fadiga, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós” (2Ts 3.8).

III - FAZENDO USO DO DINHEIRO DE FORMA SÁBIA
Ser próspero é também saber utilizar de forma sábia o dinheiro. Analizemos alguns pontos importantes:
3.1 Provisão familiar (Alimentação, saúde, moradia, vestes, etc.) - 1Tm 5.8 “Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel.”
3.2 Contribuir com a obra de Deus (Dízimos e ofertas) - Pv 3.9 “Honra ao Senhor com a tua fazenda e com as primícias de toda tua renda” Ml 3.10“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes.”
3.3 Pagar as contas pontualmente (Bom testemunho) - Pv 3.28 “Não digas ao teu próximo: vai, e volta amanhã que to darei, se já o tens contigo.”
3.4 Ajudar ao próximo(Comunhão) - At 2. 44-45 “Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha NECESSIDADE.” Mt 5.42 “Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes”.

IV - FAZENDO MAL USO DO DINHEIRO
Ser próspero, também é saber utilizar os recursos financeiros com sabedoria. Vejamos alguns problemas do mal uso do dinheiro:
4.1 Consumismo - De acordo com o Aurélio, consumismo é o “Sistema que favorece o consumo exagerado” é a “tendência a comprar exageradamente”. A Bíblia adverte: “O que amar o dinheiro nunca se fartará de dinheiro; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda; também isto é vaidade” (Ec 5.10). Alcançar todos os bens que se deseja não confere a ninguém a satisfação plena. O apóstolo Paulo encontrou na pessoa de Cristo, o equilíbrio no que tange às coisas materiais (Fp 4.11): “…aprendi a contentar-me com o que tenho”.
4.2 Avareza - É o amor ao dinheiro, que causa uma verdadeira escravidão e dependência. “Por que o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns de desviaram da fé e se transpassaram a si mesmos com muitas dores” (I Tm 6.9,10). Deus não condena o dinheiro em si, mas, a ambição, cobiça, exploração, e usura. Abraão era homem muito rico; Jó era riquíssimo, antes e depois de sua provação (Jó 1.3,10); Davi, Salomão e outros reis acumularam bens e nenhum deles foi condenado por isto. O que a Bíblia condena é a ambição desenfreada pelos bens (Pv 28.20; Dt 8.11; Pv 11.28; Mc 4.19; Pv 23.4,5; Pv 28.11; Pv 5.10).
4.3 Dívidas - Muitas pessoas estão em situação difícil, por causa do uso irracional de benefícios oferecidos como facilidades pelo comércio, tais como: cartão de crédito, cheque, crediário, empréstimos, etc. As dívidas podem provocar muitos males, tais como: desequilíbrio financeiro, inadimplência, intranquilidade; provocando até certos aparecimentos de doenças, desavenças no lar; perda de autoridade e o mau testemunho perante os ímpios (Pv 6.1-5; 11.15). “O rico domina sobre os pobres, e o que toma emprestado é servo do que empresta” (Pv 22.7).

CONCLUSÃO
Podemos concluir que, para sermos bem-sucedidos, precisamos confiar na suficiência e providência de Deus mediante nossa obediência a sua bendita Palavra (Nm 14.41; Dt 5.32-33; 17.18-20; Dt 29.9; Js 1.7-8; Js 1.8; I Rs 2.3; II Cr 24.20).
Conscientizarmo-nos de que o trabalho foi instituído por Deus antes mesmo da Queda do homem como uma bênção do Senhor (Gn 2.15; 3. 17-19) e que, devemos fazer uso do nosso dinheiro de modo consciente e sábio para glória do nome do nosso Deus.“Portanto, quer comais, quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei para glória de Deus” (1Co. 10.31).


LIÇAO  11 - COMO ALCANÇAR A VERDADEIRA PROSPERIDADE

Texto Básico: 1Crônicas 29:10-18
 “E riqueza e glória vêm de diante de ti, e tu dominas sobre tudo, e na tua mão há força e poder; e na tua mão está o engrandecer e dar força a tudo”(1Cr 29:12). INTRODUÇÃO
Já dissemos durante este trimestre que a verdadeira prosperidade não consiste em se acumular bens ou dinheiro, nem em depositar o coração nas incertezas das riquezas(ler 1Tm 6:17). Não consiste em conseguirmos tudo o que queremos, mas em estar onde Deus quer que estejamos, fazendo e conquistando tudo o que ele tem para nós. Quando Ló se separou de Abraão, escolheu as campinas do Jordão. Quem assistisse aquela cena, pensaria que Ló tinha ficado com a melhor parte, a melhor terra e, portanto, seria mais próspero. Sabemos o que lhe aconteceu depois e como sua família foi destruída quando Deus fez chover fogo e enxofre sobre Sodoma e Gomorra. Abraão, porém, que foi para lugar inóspito, teve sua descendência preservada e prosperou. Os caminhos de Deus para nós passam por lugares perigosos e às vezes desconfortáveis, mas o seu fim é o mais próspero possível. Certamente passaremos pelo vale da sombra da morte; andaremos por caminhos apertados e entraremos por portas estreitas, mas chegaremos a um lugar aprazível. Para alguns, esse estado de plenitude não se dará nesta vida. I. CONFIANDO NA SUFICIÊNCIA DE DEUS
Aprendemos a confiar na suficiência de Deus lançando sobre Ele todas as nossas ansiedades e preocupações. Está escrito: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graça. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus”(Fp 4:6,7). “Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós” (1Pe 5:7). Lançar nossas ansiedades sobre Deus exige ação, não passividade. Não devemos nos submeter às circunstancias, mas ao Senhor que controla as circunstancias.
1. Confie nas promessas de Deus. Deus cumpre os compromissos que assume. Todos os pactos constantes na Bíblia que foram firmados entre Deus e o homem sempre tiveram, da parte de Deus, seu cabal cumprimento. Menciono alguns: A Abraão, homem sem filhos e já idoso, prometeu uma descendência como a areia do mar e que dele sairiam povos e reis. Deus tem cumprido este compromisso, como podem testemunhar os milhões de judeus e árabes que hoje existem. A Israel, Deus prometeu que seria sua propriedade peculiar, seu reino sacerdotal e tem cumprido até aqui a sua parte no pacto, preservando a nação israelita, apesar da incredulidade dela, ao longo dos séculos, de forma evidentemente miraculosa, como foi a restauração do Estado de Israel na Palestina, como prova de mais um compromisso que Deus tem cumprido, a de entregar a Terra de Canaã a Israel. A Davi, prometeu que sua descendência governaria eternamente sobre Israel e sabemos que a vinda de Cristo, que é descendente de Davi e vivo está, é a demonstração do cumprimento desta promessa, pois para sempre o Senhor reinará sobre Israel. Aos homens, prometeu perdão dos pecados aos que crerem em Jesus Cristo e tem cumprido este compromisso, como nós mesmos somos testemunhas, pois fomos alcançados por este amor e por este perdão e hoje desfrutamos da comunhão com o Senhor. À Igreja, prometeu o perdão dos pecados(Hb 8:12), a adoção(2Co 6:18), a vida eterna(1João 2:25), que voltaria novamente para levar a sua Igreja(João 14:3), uma cidade celestial(João 14:1-2) e um novo Céu e uma nova Terra(2Pe 3:13). Existem, porventura, promessas melhores do que estas para a Igreja? Certamente, não! Essas promessas revelam a suficiência de Deus em nos prover o melhor.
2. Não andeis ansiosos - “Não andeis ansiosos de coisa alguma…”. Esta exortação de Deus não é um conselho amoroso, um desejo ou um pedido, mas uma ordem! Nela somos chamados a assumir a tarefa mais pesada e difícil do cristão: não andar ansioso por nada. De fato existem muitas coisas que podem nos preocupar - Problemas familiares: “o que será dos nossos filhos? O que acontecerá se eu perder o emprego - o dinheiro ainda será suficiente para todos?”; Nos negócios: “no último ano as coisas correram bem, mas neste novo ano será que venceremos todos os obstáculos?”; Outras preocupações: “medo de assalto, medo de câncer, medo de infarto, de qualquer outra doença ou de um acidente. Medo de alimentos que prejudicam a saúde, da morte repentina, da guerra, da inflação… “. Talvez sobre a prancheta com a lista das preocupações até existam coisas das quais poderíamos dizer: “Nesse caso, tenho razão em me preocupar”. Todavia, simplesmente devemos concordar que esse procedimento é totalmente contrário à ordem de Deus: “Não andeis ansiosos de cousa alguma“. Devemos levar tudo a Deus em oração - “em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graça”. “Tudo”, significa tudo mesmo. Não há nada que seja pequeno demais ou grande demais para o amoroso cuidado de Deus. Talvez a palavra “oração” nesse versículo signifique a atitude total de nossa vida, enquanto súplica são as petições especificas que apresentamos ao Senhor. Devemos fazer acompanhar nossas “petições com ações de graças”. Alguém fez o seguinte resumo desse versículo: “Ansioso por nada, orando por tudo e agradecendo por qualquer coisa”.
3. Não andeis preocupados. É uma honra para Deus assumir todas as nossas preocupações. Por isso Pedro diz: “lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós” (1Pe 5:7). Somente quando lançamos todas as nossas ansiedades sobre Deus Ele cuida de nós. Mas se arrastamos as nossas ansiedades junto conosco, então nós mesmos criamos muita aflição, muito sofrimento e muita inquietação. Além disso, toda preocupação não adianta nada, pois o próprio Senhor Jesus diz: “Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida… vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas” (Mt 6:27 e 32b). Quem assim mesmo tenta resolver sozinho seus próprios problemas mostra que não reconhece a grandeza de Deus, ou seja, torna o Senhor pequeno e rouba-lhe a sua honra! Responda as seguintes perguntas: Ø       Você crê que o Senhor Jesus ouve as orações?
  • Você crê que Deus cuida de nós?
  • Você crê que Deus zela pelos nossos interesses?
  • Você crê que Deus consegue resolver mesmo as nossas maiores dificuldades?
  • Você crê que nada em nossa vida passa despercebido para o Senhor Jesus?
  • Você crê que Deus é Todo-Poderoso?
  • Você crê que Deus nos dirige e faz com que tudo contribua para o nosso bem? Se você pode responder a todas estas perguntas afirmativamente, então por que ainda se preocupa? Racionalmente nos preocupamos de fato, mas o cuidado de Deus está acima do nosso entendimento.
Está escrito a esse respeito: “Não andeis ansiosos… E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Fp 4:6-7). A Paz que Deus dá excede e vence qualquer dúvida da nossa mente e supera todas as ansiedades, pois está enraizada na pura confiança em Deus. Em todas as lutas da vida, quando Ele enche nosso coração com paz celestial, guarda-nos na comunhão com Cristo Jesus. Essa Paz “excede todo o entendimento“. Os não-cristãos não a compreendem de forma alguma, e até os cristãos que a desfrutam encontram nela um elemento misterioso: ficam surpresos pela falta de ansiedade em face da tragédia ou de circunstancias adversas. Essa Paz protege o coração e o pensar - “guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus“. Que tônico maravilhoso para estes dias de neuroses, crises nervosas, tranqüilizantes e aflições mentais!

II. DEDICANDO-SE AO TRABALHO

A verdadeira prosperidade, isto é, a prosperidade bíblica, contempla necessidades supridas com a bênção de Deus, por intermédio do trabalho. A Bíblia afirma que o trabalho é uma das principais características humana que o fazem imagem e semelhança de Deus. A Bíblia inicia a história do universo pela narrativa da ação criativa de Deus, mostrando-nos um Deus Criador, um Deus que trabalha, trabalho este que persiste até hoje, segundo nos revelou o Senhor Jesus (João 5:17).
1. A necessidade do trabalho. A Bíblia nos mostra que a aquisição de bens materiais é uma necessidade para o homem depois da sua queda, pois deverá, do seu trabalho, obter o seu sustento(Gn 3:19). Deste modo, a obtenção dos meios necessários para a nossa sobrevivência deve vir do trabalho. É por isso que Paulo, numa afirmação dura, mas que é a verdade nua e crua, disse que “se alguém não quiser trabalhar, não coma também”(2Ts 3:10), máxima que foi, inclusive, incorporada em várias Constituições de países comunistas no século XX, mas que traduz um princípio bíblico. Portanto, a primeira fonte de aquisição de bens materiais deve ser o trabalho, devendo, pois, o cristão valorizar o trabalho e buscá-lo como forma de sustento seu e de sua família. O apóstolo Paulo, ao chegar a Tessalônica, tratou de trabalhar com as próprias mãos para obter seu sustento(1Ts 2:9), passando, então, a fazer tendas, que era o seu ofício (At 18:3), a fim de que pudesse dar o exemplo de que o trabalho é digno e que deve ser apreciado pelos servos de Deus. Assim, ainda em Tessalônica, enquanto trabalhava dia e noite, produzindo o seu próprio sustento, o apóstolo pôde ter autoridade moral para ensinar àqueles crentes o valor e a dignidade do trabalho, desfazendo os falsos conceitos da cultura greco-romana a respeito do assunto(os gregos tratavam o trabalho manual com desprezo). Por esta razão, Paulo admoestou os tessalonicenses a trabalharem arduamente e a viverem tranquilamente.
2. O trabalho torna o homem semelhante ao seu Criador. Quando Deus formou o primeiro casal, determinou que cuidasse do jardim do Éden bem como de toda a criação que estava sobre a face da Terra(Gn 1:26; 2:15). Assim, ao contrário do que muitos pensam e até ensinam, o trabalho não é consequência do pecado do homem, mas, sim, um fator que faz o homem semelhante a Deus, tanto que o homem, antes de pecar, já trabalhava. É por isso que se diz que o trabalho faz parte da dignidade da pessoa humana, pois é ele um dos elementos que ressalta a qualidade do homem de ser imagem e semelhança de Deus. Não é à toa, pois, que, no mundo em que vivemos, o trabalho seja tão aviltado e menosprezado no sistema maligno que nos governa, pois se trata de um elemento que o adversário de nossas almas se esforça por denegrir, dentro de seu propósito de destruição do plano divino para o homem.
3. O Trabalho produz riqueza - “O preguiçoso deseja e nada tem, mas a alma dos diligentes se farta”(Pv 13:4). Diz o rev. Hernandes Dias Lopes que “o preguiçoso deseja muitas coisas, mas nada tem. Anseia pelos frutos do trabalho, mas não ama o trabalho. Prefere o sono e o conforto à fadiga da luta. O trabalho é uma bênção. Foi Deus quem o instituiu, e isso antes mesmo de o pecado entrar no mundo. O trabalho continuará na eternidade, mesmo depois que o pecado for banido da criação. O trabalho não apenas tonifica os músculos do nosso corpo, mas também fortalece a musculatura da nossa alma. O trabalho farta a alma dos diligentes, produz riquezas, promove progresso, multiplica os recursos naturais. Torna a vida mais deleitosa, a família mais segura e a sociedade mais justa. O trabalho engrandece a nação e traz glória ao nome de Deus. Fomos criados por Deus para o trabalho. Aquele que nos criou é nosso maior exemplo, pois ele trabalha até agora. Não se renda à preguiça; trabalhe com diligência!”.
4. Deus não chama ociosos para realizar a Sua Obra. Deus não chama ocioso, ou seja, pessoa que nada faz, que não tem qualquer atividade. Na Bíblia não encontramos uma só vez sequer que Deus tenha chamado alguém para uma tarefa que não fosse uma pessoa trabalhadora. Menciono alguns: Moisés foi chamado por Deus quando pastoreava o rebanho de seu sogro; Gedeão, quando malhava o trigo de seu pai no lagar; Samuel, quando cuidava zelosamente dos serviços do tabernáculo;Saul, quando procurava as jumentas de seu pai; Davi, quando estava pastoreando o rebanho de seu pai; Eliseu, quando lavrara as terras de seu pai com doze juntas de bois. Jesus, apesar de ser o Filho de Deus, de ter vindo ao mundo para salvar a humanidade, jamais foi uma pessoa ociosa. Ele mesmo se tornou semelhante a nós em tudo, passando a maior parte dos anos da vida sobre a terra junto de um banco de carpinteiro, dedicando-se ao trabalho manual, na oficina de José (cf Mt 13:55; Mc 6:3), a quem estava submisso (cf. Lc 2:51). Ele descreve a Sua própria missão como um trabalho: “Meu Pai trabalha até agora e eu trabalho também” (João 5:17).

III. USANDO O DINHEIRO CONSCIENTEMENTE

A questão do dinheiro é muito importante na vida do crente e revela seu caráter. O dinheiro é a pedra de toque que nos permite descobrir o quilate do cristão. A maneira de agirmos com respeito a ele, revela de modo saliente os traços essenciais da nossa personalidade.  O dinheiro não é um mal em si(1Tm 6:10). Diz o rev. Hernandes Dias Lopes que “Ele é necessário. É um meio e não um fim. É um instrumento por intermédio do qual podemos fazer o bem. O dinheiro é um bom servo, mas um péssimo patrão. O problema não é ter dinheiro, mas o dinheiro nos ter. O problema não é carregar dinheiro no bolso, mas entesourá-lo no coração. O dinheiro deve ser granjeado com honestidade, investido com sabedoria e distribuído com generosidade. Deus nos dá mais do que necessitamos, não para o retermos em nossas mãos, mas para socorrermos os necessitados”. “Não somos dono do dinheiro. Nada trouxemos ao mundo nem nada dele levaremos. Somos apenas mordomos. Devemos ser fiéis nessa administração. Se formos fiéis no pouco, Deus nos confiará os verdadeiros tesouros. Nosso coração deve estar em Deus e não no dinheiro. Nossa confiança deve estar no provedor e não na provisão. Nosso deleite deve estar nas coisas lá do alto e não nas coisas que o dinheiro nos proporciona”. Devemos, sempre, buscar servir a Deus e lhe agradar. Esta deve ser a intenção do cristão. Se Deus nos conceder riqueza, que nós a usemos para agradar a Deus. Se nos der a pobreza, que nós a usemos para agradar a Deus. O importante é que não façamos do dinheiro o objetivo e a intenção de nossas vidas. Quem passa a viver em função do dinheiro, quem passa a pôr o seu coração nos tesouros desta vida, passa a ser um avarento, um ganancioso e, como tal, será um idólatra (Cl 3:5) e, assim, está fora do reino dos céus(Ap 22:15).
1. Rejeite o consumismoA prática desenfreada de aquisição de bens tem sido uma das marcas de nossa era materialista. Isso tem trazido diversos problemas, inclusive para os servos de Deus, que não conseguem resistir a determinadas “promoções imperdíveis” oferecidas pelo comércio e adentram por endividamentos e financiamentos, sem mesmo avaliar se sua situação financeira comportará tais compromissos. Estes cederam lugar ao consumismo. É bom ter a capacidade de adquirir bens necessários à existência e, na medida do possível, ter também condição financeira para realizar objetivos planejados a médio e longo prazos. Mas quando esquecemos de planejar nossas finanças e cedemos às pressões “urgentes”, para adquirir coisas supérfluas, corremos o risco de manchar o nome do Senhor e o nosso diante dos homens. O consumismo nos faz comprar coisa que não precisamos, com um dinheiro que não temos, para impressionar pessoas de que não gostamos. Isso é perigoso. Portanto, evite o consumismo!
2. Use o Dinheiro com Responsabilidade. Não é fácil ganhar dinheiro de forma honesta. Creio, porém, que é ainda mais difícil usar com sabedoria aquilo que ganhamos. Paulo manda que Timóteo exorte aos ricos, da seguinte forma: “Não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos; que façam bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente, e sejam comunicáveis “(1Tm 6:17-19). Timóteo deveria exortar aos ricos a não serem orgulhosos. Essa é a tentação dos ricos. Eles são propensos a menosprezar os que não têm tanto dinheiro como rudes, sem cultura e não muito inteligente. É claro que isso não é necessariamente verdade. Grande riqueza não é sinal de bênção de Deus no Novo Testamento como era no Antigo Testamento. O dinheiro tem o dom de soltar asas e voar. Embora a fortuna dê aparência de segurança, o fato é que a única certeza neste mundo é a Palavra de Deus. Assim, os ricos são exortados a confiar em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas usufruirmos. Uma das grandes ciladas da riqueza é que é difícil tê-la sem se confiar nela. E isso é uma forma de idolatria. É negar a verdade de que Deus é quem abundantemente nos dá todas as coisas para nossa satisfação. Também, o cristão é lembrado de que o dinheiro que ele possui não é dele. Ele o recebe para ser administrado. Ele é responsável pelo uso do dinheiro para a glória de Deus e para o bem-estar de seu próximo. Ele deve usá-lo para as boas obras e ser generoso com os necessitados. A regra de vida de John Wesley era: “Faça todo o bem que puder, por todos os meios que puder, de todas as formas que puder, em todos os lugares que puder, em todas as ocasiões que puder, para todas as pessoas que puder, por mais tempo que puder“. Portanto, o cristão deve estar pronto para usar o dinheiro em qualquer lugar que Deus indicar. Deve saber administrá-lo, atribuindo-lhe o seu real valor.
3. Evite o desperdício e o supérfluo. É nossa tendência pensar que só entre os que têm muitos bens materiais há desperdiço de recursos. A verdade, porém, é que entre a classe pobre há tantos ou mais pessoas que desperdiçam seus recursos de forma dissoluta. Na parábola de Jesus, aquele que menos tinha, foi quem não soube administrar sua porção. Na experiência diária vemos que crentes sem recursos, que vivem do seu ordenado somente, são muitas vezes aqueles que não sabem distribuir o seu dinheiro. Os pobres podem, nesse caso, ser tão esbanjadores como os ricos, levando-se em conta as devidas proporções.  Em João 6:12 Jesus ordenou que seus discípulos recolhessem os alimentos que sobrara para que nada se perdesse. Algumas vezes o orçamento acaba porque gastamos com insensatez, onde não se deve ou não se pode (Is 55:2; Lc 15:13,14).
4. Economize, poupe e fuja das dívidas. Se os membros das nossas igrejas fossem mais econômicos, seu dinheiro iria mais longe. O mal de muitos é não saberem distribuir, é não terem método no gastar. Se tem muito, gastam tudo; quando não tem bastante, tomam emprestado. Por isso a vida financeira de muitos evangélicos é uma pedra de tropeço diante dos incrédulos. Sejamos cuidadosos na maneira de gastar o nosso dinheiro, busquemos a direção do Senhor de nossas vidas, para que ele nos ensine a usar o pouco que nos foi entregue.  Economize comprando no estabelecimento que é mais em conta. Racionalize os gastos com água, luz, telefone, etc. (ler Gn 41:35,36; Pv 21:20). Abra uma conta-poupança e guarde um pouco de dinheiro, por menor que seja a quantia. Fuja das dívidas!
5. Seja equilibrado. Um bom hábito na vida financeira é ter um orçamento para as despesas mensais. Os jovens, pensando em estabelecer o seu lar, aprendam desde já a fazê-lo. Vivam dentro daquele orçamento e, se for possível, reservem um pouco para imprevistos, que sempre aparecem.
6. Enfim, fuja do consumismo. Para fugir do consumismo é necessário: evitar o desperdício e o supérfluo, economizar, poupar e fugir das dívidas e, acima de tudo, investir no Reino de Deus. Não compre fiado! Não seja fiador! Não peça emprestado! Gaste somente o necessário, dentro da sua capacidade financeira! Liberte-se do consumo irresponsável! Jesus quer libertá-lo das garras do consumismo - “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8:32,36).

CONCLUSÃO

A verdadeira prosperidade faz parte dos desígnios de Deus para nós. Contudo, ela não é sinônimo de riqueza material. Não podemos ter em mente uma interpretação errada das Escrituras e do evangelho, como se a mensagem do Senhor Jesus tivesse como objetivo o nosso enriquecimento material e a satisfação dos nossos caprichos. Podemos ter pedidos negados. Podemos sofrer. Podemos passar por muitas tribulações e aflições, conforme o próprio Jesus nos advertiu (João 16:33). Essa ideia de um “cristianismo 5 estrelas”, onde não existem adversidades, é uma perigosa heresia. Sabemos, pois, que Deus é um Pai amoroso e que a verdadeira prosperidade está fundamentada na sua providencia e graça. Se quisermos ter uma vida bem sucedida precisamos aprender a depender de Deus e nos submeter à sua vontade. Amém?

http://www.ebdweb.com.br/2012/03/06/como-alcancar-a-verdadeira-prosperidade-luciano-de-paula-lourenco/

LIÇAO 11 - CONO ALCANÇAR A VERDADEIRA PROSPERIDADE

I – INTRODUÇÃO:
Muitos são os livros de autoajuda que prometem revelar o segredo do sucesso financeiro e da felicidade. Tal “fórmula” deve funcionar somente para os autores! Na verdade, não há nenhum segredo, pois sabemos que Deus é um Pai amoroso e que a verdadeira prosperidade está fundamentada na Sua providencia e graça. Se quisermos ter uma vida bem-sucedida, precisamos aprender a depender de Deus e nos submeter a Sua santa e soberana vontade.


II – A FIDELIDADE E A SOBERANIA DE DEUS:
Deus é fiel. Ele é absolutamente digno de confiança; as Suas promessas não falharão. Porém, o Senhor conta Seus negócios àqueles que ama. Seus oferecimentos e promessas são tão grandes que rimos de incredulidade. Mas a pergunta de Gn 18:14 é respondida em Jr 32:17-27. Portanto, podemos descansar em Suas fiéis promessas (Dt 4:31; Is 25:1; Dn 9:4; Rm 3:3-4; II Tm 2:11-13; Hb 10:23; Apc 15:3). Contemos com a fidelidade de Deus; Ele não pode falhar para com os que nEle confiam.
Vejamos algumas características da fidelidade do Senhor:
1) Faz parte do Seu caráter - Is 49:7; I Cor 1:9; I Ts 5:24;
2) É grande - Lm 3:21-23;
3) É incomparável - Sl 89:8;
4) Infalível - Sl 89:33;
5) Infinita - Sl 36:5;
6) Eterna - Sl 119:90; 146:6
7) Não pode ser anulada por nossa infidelidade (II Tm 2:13)
8) Deus é fiel na preservação de seu povo para a salvação (I Co 1:8,9)
9) Deus é fiel em guardar o seu povo (II Tm 1:12)
10) Deus é fiel em suas promessas: Promessa de manutenção da vida (Gn 8:22); Promessa de vida eterna (Lm 3:21-23)
A soberania de Deus é a soma de alguns dos Seus atributos naturais, como: onipotência, onisciência e onipresença, apresentadas na Escritura com um tom muito enfático.
Deus sustém todas as coisas com a Sua onipotência, conhece todos os mistérios por Sua onisciência, enche todas as coisas com Sua onipresença, e determina a finalidade para cada coisa existente pela Sua soberania. Assim, a soberania de Deus submete a Ele todos os Seus exércitos dos céus e dos habitantes da terra.(Dt 10:14, 17; I Cr 29:11-12; II Cr 20:6; Is 33:22)


III – TRABALHAR É PRECISO:
Ansiedade e fé são duas coisas que se contrastam. A primeira, é desejo veemente e impaciente, é aflição, agonia, é falta de tranqüilidade, é receio. A segunda, “…é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem”.
Antes do homem pecar, Deus já lhe tinha dado encargos de natureza trabalhista (Gn 2:8-9, 16-17 - Deus não entregou o homem à ociosidade! Não era só comer, e dormir!) – Jó 5:7
Deus impôs ao homem obrigações de trabalho – Gn 1:28; 2:15, 19-20; - Tudo isto, antes da queda, antes do pecado. É claro, no entanto, que o seu trabalho não seria desgastante, ou cansativo, pois, ele estava num corpo dotado de vida eterna, sendo, pois, incorruptível. Enganam-se, assim, aqueles que afirmam que o trabalho é uma consequencia do pecado.
Ao contrário: O TRABALHO TORNOU-SE PENOSO APÓS O PECADO - Gn 3:17-19 - Assim, por causa do pecado, o trabalho que já existia, tornou-se cansativo, difícil, motivo, muitas vezes, de ansiedade.
Desta forma, o trabalho foi instituído por Deus antes da queda do homem. O trabalho originou-se no próprio Deus. Ele é O Trabalhador Número Um, de todo o Universo.


IV – UM HOMEM NORMAL NÃO PODE VIVER SEM TRABALHO:
Deus não criou o homem para viver em ociosidade. Quem, decididamente, se entrega ao ócio e se deixa dominar pela preguiça, acaba doente. São estas pessoas as frequentadoras contumazes dos divãs dos psicanalistas e dos Consultórios dos Psicólogos.
Tendo nascido no campo, um trabalhador da área agro-pastoril dificilmente é acometido de determinadas doenças que são muito comuns entre aqueles que não se dedicam a uma atividade útil, com ou sem fins lucrativos.
Pv 14:23 - Aqui deve-se encaixar também aquele que, embora desempregado, só quer trabalhar quando encontrar o emprego do seu sonho. Quem necessita prover sua subsistencia não pode esperar pelo emprego ideal (Sl 128:1-2). O ideal é trabalhar fazendo aquilo que gosta, porém, nem sempre o ideal é o possível. Mesmo que, temporariamente, as vezes temos que contrariar a nossa vontade.
A BÍBLIA CONDENA A PREGUIÇA - Pv 6:6-11; 13:4; 19:15;; Ec 10:18 - Aquele que é participante da natureza de Deus não pode se deixar dominar pela preguiça. Trabalhar é preciso!


V – A NECESSIDADE DO TRABALHO FOI CONFIRMADA NO NOVO TESTAMENTO
O Trabalho não foi imposto apenas ao primeiro homem. A Bíblia nos mostra a posteridade de Adão dedicaram-se ao trabalho – Gn 4:1-2; 20-22;
Esta necessidade de Trabalhar foi confirmada no Novo Testamento, sendo que o Senhor Jesus nos deixou o exemplo maior.
Como homem ele aprendeu uma Profissão e a exerceu como fonte de subsistencia de sua Família, antes e depois da morte de José.
Não foi sem razão que, enquanto José era vivo, ele foi conhecido como “o Filho do Carpinteiro”, e depois da morte de José então era chamado de “o Carpinteiro”- Mc 6:1-3
Talvez tenhamos motivos para envergonhar ao saber quantas horas Ele trabalhava nos seis dias da semana, mas que, no sétimo dia, como carpinteiro que era, e não como Rabino, passava o dia na Sinagoga, ouvindo a Palavra de Deus, enquanto que nós nem mesmo frequentamos com assiduidade nossa Escola Dominical.
Talvez, tenhamos motivos para nos envergonhar ao descobrirmos que começamos trabalhar muito mais velho do que Jesus, pois, Ele trabalhou desde pequeno. No entanto, já acumulamos, mais, mas muito mais do que Ele em bens materiais de todas as espécies.
Ele, Jesus, após trabalhar até os trinta anos como Carpinteiro, e, depois, mais três anos no exercício de Seu Ministério, em sua última semana de vida, aqui na terra, ao fazer o seu “inventário” para ver o que tinha para deixar aos seus fiéis discípulos, verificou que a única coisa que tinha de Seu - era a Paz.
Esta, portanto, foi a herança que Ele deixou aos Seus; nada mais – “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou…”- João 14:27.
Bens materiais, aos trinta e três anos, Jesus não tinha nenhum, nada!


VI - PAULO - EXEMPLO A SER SEGUIDO:
I Ts 2:9; At 20:34-35; II Cor 11:1, 27-29 - Paulo podia ensinar sobre a obrigatoriedade do Trabalho. Para Paulo não querer trabalhar, embora podendo, é claro, significava andar de forma desordenada, ou contrariando a ordem estabelecida por Deus (II Ts 3:10-11 cf Gn 3:18). Trabalhar é preciso!
Deus, na Pessoa do Pai, do Filho, e do Espírito Santo, nunca cessou de trabalhar. Todo filho de Deus precisa trabalhar. VOCÊ É FILHO DE DEUS?
É certo que todos precisam trabalhar, mas, podendo realizar um trabalho que nos proporcione prazer – certamente que estaremos livres das ansiedades.
VII – O USO CONSCIENTE DO DINHEIRO:
JESUS ENSINOU A ECONOMIZAR: - Vivemos numa sociedade consumista em que somos pressionados a nos equipararmos a um padrão de vida que, na maioria das vezes, não temos condições de acompanharmos.
1) Jo 6:1-13 – Podemos ver o cuidado de Jesus com os que O seguem. O fato de Jesus se preocupar com a multidão faminta, revela o Seu cuidado para conosco quanto às necessidades materiais. Ao ensinar aos discípulos a orar, Jesus mencionou os cuidados da vida (Mt 6:11).
2) Filipe olhou o orçamento; achou que somente com duzentos denários poderia solucionar aquele problema.
3) André, por sua vez, olhou para a despensa, ridicularizando os pãezinhos e os peixinhos.
4) Mas Jesus olhou para cima e o milagre aconteceu!
5) Após o milagre da multiplicação Jesus mandou que se recolhessem as sobras para que nada fosse desperdiçado (Pv 21:20). Do que sobejou recolheram doze cestos, um para cada apóstolo, ensinando que economia não é sinônimo de mesquinhez, assim como estragar não é sinal de fartura. Jesus demonstrou aos discípulos que deviam dar continuidade ao programa divino de assistência às multidões (At 20:35; Gl 2:10).


LEIAMOS E REFLITAMOS:
1) Gn 22:1-3, 9-14 - Podemos não ter provisão nenhuma, mas ainda temos o Provedor: Pode ser que estejamos a ponto de perder nosso “ISAQUE”, mas quando nossas forças chegarem ao fim, as do céu começarão a operar e nos surpreenderemos com um milagre preso em um desses arbustos da santa ironia divina!!!
2) Gn 41:25-38, 46-49, 53-57 - Imaginemos se José não economizasse no tempo das vacas gordas: seus irmãos pereceriam e os judeus, deixando de existir, Jesus não teria vindo ao mundo. Como é bom economizar!
3) II Rs 4:1-7 - Quando a viúva estava para perder os filhos por causa de dívida, Eliseu a fez olhar para o que ela tinha e não a ficar se lamentando pelo que não tinha: “O que você tem em casa?”
4) Fp 4:11-13, 19 - Ao escrever, Paulo não estava em um gabinete pastoral com ar condicionado e uma equipe de redatores trabalhando por ele; estava em uma masmorra romana, a viver bem, quer seja na prosperidade, quer seja na adversidade.
5) Lc 12:27-30 cf Mt 25:14-30; Pv 6:6-11 – Poucas são as famílias que têm um orçamento familiar; que planejam como, onde e quando investir; que se preocupam em ter alguma reserva; que ao iniciar uma obra medem os recursos, verificam a extensão do serviço e a capacidade para enfrentá-lo. Por falta de planejamento, de um orçamento – simples que seja – muitos entram em financiamentos, cartões de crédito, nas mãos de agiotas, e, quando percebem, já afundaram tanto, que é quase impossível sair de tal situação. A Bíblia ensina que é muito importante o planejamento em qualquer situação da vida. Planejar as economias domésticas é algo muito necessário. Geralmente nossas receitas são fixas durante o mês. As despesas também são fixas, inadiáveis e imprevistas. Façamos, pois, um planejamento financeiro e evitemos, assim, sofrimentos sem fim. Na adversidade coloquemos nas mãos de DEUS o que temos, e na prosperidade administremos o que DEUS colocou em nossas mãos!!


VIII – CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Alguns princípios para se viver na adversidade ou na prosperidade:
(1) - Na ADVERSIDADE, OLHEMOS PARA AQUELE QUE TUDO TEM;
(1.1) - Na PROSPERIDADE, OLHEMOS PARA AQUELES QUE NADA TEM.
- Devemos saber que para cada necessidade na terra, há um milagre no céu!!!
(2) - Na ADVERSIDADE, NÃO DESPREZEMOS O QUE TEMOS;
(2.1) - Na PROSPERIDADE, NÃO DESPERDICEMOS O QUE TEMOS.
- Há pessoas que quando estão com dinheiro, começam a confundir desejo com necessidade: compram coisas que nunca vão usar, tornam-se consumistas, jogam fora aquilo que está novo para comprar outro, vendem o carro que têm para comprarem um outro que só mudou a cor da maçaneta!!!
(3) - Na ADVERSIDADE, NÃO FIQUEMOS ANSIOSOS;
(3.1) - Na PROSPERIDADE, CUIDEMOS PARA NÃO FICARMOS AMBICIOSOS
- O ansioso é aquele que teme que nunca terá o suficiente; o ambicioso acha que o que tem não é suficiente. PORÉM, não confundamos preocupação com previsão; nem fé com irresponsabilidade. São coisas totalmente diferentes!
(4) - Na ADVERSIDADE, NÃO INVEJEMOS QUEM TEM O QUE NÃO TEMOS;
(4.1) - Na PROSPERIDADE, NÃO NOS ORGULHEMOS PELO QUE TEMOS.
- Quando estamos indo mal, temos a tendência de olharmos para aqueles que estão indo bem, principalmente para os ímpios. Mas se estamos gozando de uma condição financeira privilegiada, tomemos cuidado com o orgulho, pois ele foi capaz de transformar um anjo de luz no príncipe das trevas e transformar um rei em jumento.
(5) - Na ADVERSIDADE, TENHAMOS FÉ PARA ALCANÇARMOS TUDO O QUE NÃO TEMOS;
(5.1) - Na PROSPERIDADE, TENHAMOS FÉ PARA DEIXARMOS TUDO O QUE TEMOS.
– Lc 5:1-11 - Pedro estava decepcionado com uma noite cansativa e nada proveitosa em sua empresa de pesca, tentaram, trabalharam, se esforçaram e nada de peixe. No outro dia, o milagre aconteceu porque Jesus entrou no barco!!!
Devemos deixar Jesus entrar na nossa empresa para administrar as coisas lá: tudo vai começar a melhorar! Não façamos dEle apenas o sócio, mas o dono!!! Ao chegarem na praia e puxarem as redes repletas de peixes, Jesus os chama para o ministério. Logo agora que as coisas estavam indo tão bem!!! Mas eles demonstraram que a maior fé não é aquela capaz de realizar tudo, mas aquela capaz de deixar tudo!!!
Então, lancemos as redes: Mande seu currículo, seu cartão, suas ofertas etc para as mãos do nosso Provedor Jesus e Ele fará o milagre!!!
(6) - Na ADVERSIDADE, NÃO QUEIRAMOS VIVER COMO SE TIVÉSSEMOS MAIS DO QUE TEMOS;
(6.1) - Na PROSPERIDADE, NÃO VIVAMOS COMO SE TIVÉSSEMOS MENOS DO QUE TEMOS.
- Aqui chegamos a crise da realidade. Muitos quando saem de uma situação confortável para uma condição de desconforto, não conseguem se ajustar: passam a querer viver como se ainda ganhassem a fortuna de antes e acabam por se atolar em dívidas; comprometem o Evangelho com um mau testemunho diante dos credores. Se estivermos ganhando R$ 300,00, vivamos com os trezentos e não como se ganhássemos R$3.000,00; encaremos nossa realidade! Se não dá para comprarmos um tênis da Nike, compremos uma conga; se não dá para pagarmos um colégio particular, coloquemos os filhos no colégio público!!!
Agora temos o avesso disso: é quando a pessoa ganha R$ 3.000,00 e vive como se ganhasse R$ 300,00! Isso é um absurdo: pode-se comprar um vestido bom para esposa, mas compra-se um trapo, um saco de farinha de trigo para fazer um vestido; pode-se andar com um carro zero, mas anda-se com uma máquina de poluição ambulante; pode-se viajar pelo país nas férias, mas prefere ficar na garagem da casa consertando o carro velho!!! Isso também é um absurdo!!





Nenhum comentário:

Postar um comentário