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terça-feira, 27 de março de 2012

LIÇÃO 01 - APOCALÍPSE, A REVELAÇÃO DE JESUS CRISTO

Lição 01 - Apocalipse, a Revelação de Jesus Cristo

Texto Áureo: Ap. 1.3 – Leitura Bíblica: Ap. 1.1-8

Prof. José Roberto A. Barbosa
INTRODUÇÃO
Estamos iniciando mais um trimestre na Escola Bíblica Dominical. Desta feita, estudaremos, a partir das Lições Bíblicas – CPAD, As Sete Igrejas do Apocalipse. Trata-se de lições focadas na eclesiologia, ainda que tenha um fundo escatológico. A igreja evangélica se encontra em situação de crise, por esse motivo, o estudo eclesiológico é crucial, tendo por base a Palavra de Deus a fim de reencontramos o caminho perdido. Na lição de hoje estudaremos a respeito do livro da Revelação de Jesus Cristo, o Apocalipse, a fim de contextualizarmos as Sete Igrejas que serão estudadas nas próximas lições.


1. APOCALIPSE: AUTORIA, DATA E PROPÓSITO
Equivocadamente alguns cristãos se referem ao Apocalipse como de João, no entanto, se trata da “Revelação de Jesus Cristo, a qual (‘Deus lhe deu’). Cristo recebeu de Deus essa Revelação e a encaminhou através do Seu anjo (Ap. 22.16) a João, que se encontrava preso na ilha de Patmos (Ap. 1.9), situada a 80 quilômetros sudoeste de Éfeso, para que ele a transmitisse para a Igreja. O autor do livro se apresenta simplesmente como João (Ap. 1.1; 1.4; 21.2; 22.8). As igrejas da Ásia o conheciam a quem chama de irmão, com quem partilha as tribulações do reino e da perseverança (Ap. 1.9). A evidência externa aponta para a autoria de João, o autor do quarto evangelho. Já no ano 150 d.C., Justino Mártir aceitava a autoria joanina, o mesmo fez Irineu, por volta de 200 d. C. Alguns teólogos veem dificuldade para relacionar a autoria do Apocalipse com a do autor do quarto evangelho, isso porque a linguagem do Apocalipse, diferentemente da do Evangelho, é brusca e apresenta irregularidades gramaticais e sintáticas. Os estudiosos ortodoxos reconhecem, no entanto, que o Apocalipse teria sido escrito por um amanuense ou secretário, algo comum naqueles tempos (Rm. 16.22). Sendo assim, João, o discípulo amado que pertencia ao ciclo íntimo de Jesus (Jo. 21.10,24), teria ditado o evangelho a um discípulo, enquanto o Apocalipse está no seu grego comum de hebreu. A tradição eclesiástica atribui a possibilidade desse livro ter sido escrito entre os anos de 81 a 96 d. C, quando Domiciano era imperador de Roma. O gênero do livro é profético, já que o próprio termo “Apocalipse”, vem do grego apokalypsis, cujo significado é revelação, desvelamento e abertura. Essa revelação é dirigida às igrejas do primeiro século em sete cidades da província romana da Ásia (Ap. 1.4,11), que representam todas as igrejas, de todas as épocas (Ap. 2.7,23). Tais igrejas estavam sendo ameaçadas por falsos ensinamentos, tal como o dos nicolaítas (Ap. 2.5,15), pela perseguição (Ap. 2.10,13), pelo comprometimento com o paganismo, idolatria e imoralidade (Ap. 2.14,20,21) e pela complacência espiritual (Ap. 3.1-3,15-17).

2. APOCALIPSE: ESTRUTURA E TEMAS ABORDADOS
No livro do Apocalipse os cristãos são chamados à fidelidade em meio a uma guerra cósmica contra Satanás e o pecado, na medida em que aguardam a vinda de Jesus. A estrutura do livro é facilmente identificada, depois de um capítulo introdutório, encontramos quatro séries de sete: sete cartas (Ap. 2,3), sete selos (Ap. 5.1-8.1), sete trombetas (Ap. 8.2-11.19) e sete flagelos (Ap. 15.1-16.21). Essa quatro séries estão intercaladas com diversos interlúdios que interrompem o fluxo da narrativa e que não pertencem à sequência da série de setes. O livro é concluído com o julgamento final da Babilônia, a civilização apóstata, e a vitória final do Reino de Deus, por ocasião da descida da Jerusalém Celestial (Ap. 17-21). A estrutura do livro pode ainda ser demarcada por quatro visões, cada uma delas iniciada com o convite: “Vem e vê” (Ap. 1.9; 4.1; 17.1; 21.9). A primeira visão mostra Cristo, o Revelador Glorificado, em seguida, as sete cartas às sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia. A segunda visão trata a respeito do Trono Celestial, os sete selos, o interlúdio das duas multidões, o sétimo selo, as sete trombetas, as seis trombetas, o interlúdio do anjo e o pequeno livro, a medição do templo e as duas testemunhas, em seguida, a sétima trombeta, com outro interlúdio, revelando o Dragão, a Mulher e seu Descendente, as Duas Bestas, as visões de consolo e os sete flagelos. A terceira visão apresenta o mistério da Babilônia, seu julgamento, o triunfo e a consumação final com as bodas do cordeiro, a vinda gloriosa de Cristo, a batalha entre Cristo e o Anticristo, a prisão final de Satanás e da Morte, e a Nova Criação. A quarta visão se dá com a manifestação da Jerusalém Celestial. O livro termina com um Epílogo, no qual traz um conjunto de exortações e afirmações, relacionadas, que dão credibilidade à profecia, asseguram a certeza da vinda de Cristo e solicita aos leitores para que guardem as palavras proféticas.

3. APOCALIPSE: ESCOLAS DE INTERPRETAÇÃO
A interpretação do livro do Apocalipse difere, dependendo da escola, isto é, dos elementos exegéticos adotas por um determinado grupo de estudiosos. Ao longo da história, destacamos o surgimento de quatro movimentos interpretativos em relação ao Apocalipse: 1) Historicismo – compreende a ordem literária das visões, principalmente as que se encontram entre os capítulos 4 a 20.6 do livro como símbolos da ordem cronológica de eventos históricos sucessivos desde a igreja apostólica até o retorno de Cristo, com a nova terra e céu. Tais capítulos se refeririam, assim, aos períodos patrístico, medieval, da Reforma, e às eras da igreja moderna, anterior ao milênio (Ap. 20.1-6) e a segunda vinda de Cristo (Ap. 20.7-22.5); 2) Futurismo – trata da ordem das visões em referência à ordem particular dos eventos históricos, associando os capítulos 4 a 22 a eventos que acontecerão no futuro, distante dos leitores de João e das Igrejas da Ásia. Para os futuristas, os eventos que acontecerão incluem um período de sete anos de tribulação intensa (Ap. 6-19), seguida de milênio literal (Ap. 20.1-6) no qual a Igreja reinará na terra com Cristo antes da ressureição geral e da inauguração do novo céu e da nova terra (Ap. 20.7-22.5); 3) Preterista  – argumenta que a maioria das visões do Apocalipse já aconteceu em um passado distante, por ocasião dos primeiros anos da igreja cristã. Para eles, Ap. 1 a 3 se referem às igrejas do primeiro século; 4 a 11 à queda de Jerusalém (70 d.C); 12 a 19 à queda de Roma no Século IV; o milênio seria o restante do período patrístico, a igreja medieval, a Reforma e as eras da igreja moderna; e 4) Idealismo – concordam com os historicistas que as visões do Apocalipse simbolizam conflitos entre Cristo e a Sua igreja de um lado, e Satanás e o Mal do outro, da era apostólica até a segunda vinda de Cristo. No entanto, os idealistas afirmam que a ordem dos eventos não se refere a uma sequência temporal (cronológica), antes encontram expressão das lutas da igreja em curso na perseverança da fé no presente. A narrativa de Ap. 4 a 19 diz respeito, para os idealistas, a cada época da igreja, todas elas experimentam os embates contra as forças que se opõem a Cristo, e que, por outro lado, incitam a igreja à perseverança.

CONCLUSÃO
João, o apóstolo autor do quarto evangelho escreveu o Apocalipse enquanto se encontrava preso na ilha de Patmos (Ap. 1.1), antes do ano 96 d. C., que recebeu, de Jesus, a revelação das coisas “que brevemente devem acontecer”. Neste livro temos uma previsão de como tudo termina e como será o futuro da igreja, daqueles que permaneceram fiéis diante das palavras encorajadoras reveladas por Jesus expressas por João ao longo do Apocalipse. Apesar de tudo, há esperança, pois o pecado não mais persistirá, o reino das trevas será vencido, teremos comunhão com Cristo na eternidade, e reinaremos com Ele para sempre (Ap. 22.5), mas todos aqueles que têm essa esperança devem se purificar assim como Ele é puro (I Jo. 3.3).


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Aula 01 - APOCALIPSE, A REVELAÇÃO DE JESUS CRISTO


Texto Básico: Apocalipse 1:1-8

“Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo”.

INTRODUÇÃO

Esta é a primeira Aula, das treze que estudaremos ao longo deste 2º trimestre/2012, sob o tema: "As Sete Cartas do Apocalipse - A mensagem final de Cristo à Igreja”. O livro do Apocalipse será a base temática para os nossos estudos. Veremos que este livro profético mostra-nos o Jesus triunfante, exaltado e poderoso. Ele descreve a vitória absoluta de Cristo sobre todos os Seus inimigos: a Meretriz, a besta, o falso profeta, o dragão, os incrédulos, a morte. O Apocalipse mostra que o último capítulo da história não será o triunfo do mal, mas a retumbante vitória do Cordeiro de Deus, o Rei dos reis e Senhor dos senhores.
O livro de Apocalipse foi enviado às sete igrejas da Ásia Menor. O número sete é um número importante neste livro. Ele aparece cinquenta e quatro vezes. O livro fala de sete candeeiros, sete estrelas, sete selos, sete trombetas, sete taças, sete espíritos, sete cabeças, sete chifres, sete montanhas. O número sete significa completude. Havia mais de sete igrejas na Ásia Menor, mas quando Jesus envia carta às sete igrejas, significa que Ele envia Sua mensagem para toda a igreja, em todos os lugares, em todos os tempos.
É bom enfatizar que nem todos os cristãos interpretam Apocalipse de forma unissonante. Alguns acreditam que o livro se cumpriu inteiramente na história das igrejas primitivas. Outros ensinam que apresenta um retrato contínuo da era da igreja desde o tempo de João até o fim. Para os incrédulos, o livro de Apocalipse é uma advertência séria sobre o terrível destino reservado para quem rejeita o Salvador Jesus. Entretanto, para todos os filhos de Deus, o livro de Apocalipse ensina a insensatez de viver em função das coisas que logo passarão. Incentiva-nos a testemunhar àqueles que estão perecendo e a esperar com paciência a volta do Senhor Jesus.
De todos os livros da Bíblia, Apocalipse tem a maior visão panorâmica da história e do controle máximo que Deus tem sobre ela. As coisas podem ficar difíceis, mas Deus sabe o que está fazendo e está nos guiando a uma Nova Jerusalém onde enxugará nossas lágrimas e onde habitaremos com Ele para sempre. Aleluia!

I. O LIVRO DO APOCALIPSE

1. Apocalipse, o único livro profético do Novo Testamento – “Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou e as notificou a João, seu servo. Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo”(Ap 1:1,3). O livro de Apocalipse é uma profecia (Ap 1:3;22:7,10,18-19) que assegura a vitória de Cristo e da igreja sobre todos os seus adversários.
Embora haja profecias em quase todos os livros do Novo Testamento, somente o Apocalipse pode ser considerado um documento rigorosamente profético. Aliás, até o seu título é profético. Segundo estudiosos, a palavra "Apocalipses" é composta de duas partes: Apo significa "desde dentro para fora" e kalupsis cobertura ou véu. Apocalupsis, portanto, significa tirar o véu ou descobrir o que estava oculto. A ordem de Deus é: "Não seles as palavras da profecia deste livro, porque o tempo está próximo" (Ap 22:10). Quando João diz “o tempo está próximo”, está insistindo com seus leitores para que estejam prontos para o Juízo Final e o estabelecimento do Reino de Deus em sua forma plena. Não sabemos quando esses eventos ocorrerão, mas devemos estar sempre preparados. Eles acontecerão rapidamente, e não nos será dada outra oportunidade para mudar de lado.
As típicas notícias que recebemos das reportagens – cheias de violência, escândalos e disputas políticas – são deprimentes e até nos levam a imaginar para onde o mundo está caminhando. Mas, o livro de Apocalipse mostra que a história não caminha para o caos nem está dando voltas cíclicas, mas avança para um fim glorioso: a vitória completa de Cristo e da Sua igreja. O plano de Deus para o futuro, portanto, nos traz inspiração e encorajamento porque sabemos de antemão que Ele intervirá na história para derrotar o mal.
O povo de Deus precisa confiar que o seu Cristo vive e reina eternamente. Ele é quem governa o mundo a favor da sua igreja. Ele voltará para buscar a sua igreja, para morar com Ele para sempre em um universo novo(Ap 21:1). Ao meditar sobre o futuro, caminhe confiante porque Cristo, o Vencedor, caminha conosco, e, certamente, com Ele triunfaremos.
2. Um livro de advertências e consolações. O Apocalipse é um livro de esperança. O apóstolo João, testemunha ocular de Jesus, proclamou que o Senhor vitorioso iria, com toda certeza, retornar para defender os justos e julgar os pecadores. Mas o Apocalipse também é um livro de advertências e consolações. O seu estudo incentiva-nos à santidade, encoraja-nos no sofrimento e nos leva a adorar Àquele que está no trono (2Pe 3:12).
Há muitos males que atacam a igreja: esfriamento, perseguição, heresia, imoralidade, presunção e apatia. Mas Cristo se apresenta para cada igreja como o remédio para o seu mal. Segundo o rev. Hernandes Dias Lopes, Cristo não apenas está no meio da igreja (Ap 1:13), mas Ele está andando, em ação investigatória no meio da igreja (Ap 2:1). Ele sonda a igreja, pois Seus olhos são como chama de fogo (Ap 2:18).
A situação nas igrejas não era ideal. Então, Cristo convocou seus membros para que se comprometessem a viver de modo justo.
Para a igreja de Éfeso, que havia perdido o seu primeiro amor, Jesus se apresenta como aquele que anda no meio da igreja, segurando a liderança na mão, como o Seu pastor superior. Ele está dizendo, "eu vejo tudo e conheço tudo".
Para a igreja de Esmirna, que estava passando pelo sofrimento, perseguição e morte, enfrentando o martírio, Jesus se apresenta como aquele que esteve morto e tornou a viver. O Jesus que venceu a morte é o remédio para alguém que está enfrentando a perseguição e a morte.
Para a igreja de Pérgamo, que estava se misturando com o mundo e perdendo o senso da verdade, Jesus se apresenta como aquele que tem a espada afiada de dois gumes, que exerce juízo e separa a verdade do engano. Pérgamo estava em conflito entre a verdade e o engano (Ap 2:14).
Para a igreja de Tiatira, que estava tolerando a impureza e caindo em imoralidade, Jesus se apresenta como aquele que tem os olhos como chama de fogo, que tudo sonda e conhece e tem os pés semelhantes ao bronze polido e que é poderoso para julgar e vencer os inimigos.
Para a igreja de Sardes, que tinha a fama de ser uma igreja viva, mas estava morta, Jesus se revela como aquele que tem os sete espíritos de Deus, a plenitude do Espírito, o único que pode dar vida a uma igreja morta. A igreja tinha fama, mas não realidade; tinha aparência de vida, mas estava morta.
Para a igreja de Filadélfia, uma igreja que tinha pouca força, mas era fiel, Jesus vê muitas oportunidades à sua frente e diz a ela que Ele tem a chave de Davi, que abre, e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá.
Para a igreja de Laodicéia, uma igreja sem fervor espiritual, morna, rica financeiramente, mas pobre espiritualmente, Jesus se apresenta como aquele que é constante fidedigno no meio de tantas mudanças.
II. AUTORIA, DATA E LOCAL.
1. Autoria. O próprio livro nos diz que o autor é João(Ap 1:1,49;22:8) e que escreveu por ordem de seu Senhor, Jesus Cristo. Evidências externas antigas, fortes e abrangentes confirmam a identificação do autor com o apóstolo João, filho de Zebedeu, que trabalhou durante muitos anos em Éfeso (na Ásia Menor, região onde ficavam as sete igrejas mencionadas nos capítulos 2 a 3). Foi exilado pelo imperador Domiciano em Patmos, onde escreveu as visões que o Senhor lhe concedeu. Posteriormente, voltou a Éfeso, onde morreu em idade bastante avançada. Justino Mártir, Irineu, Tertuliano, Hipólito, Clemente de Alexandria e Orígenes atribuem o livro de Apocalipse a João. Mais recentemente, foi encontrado no Egito um livro chamado Apócrifo de João(c.150 d.C) que também atribui Apocalipse a João, irmão de Tiago.
2. Data e Ocasião. Apocalipse foi escrito durante uma época de perseguição, provavelmente durante o reinado de Domiciano (81-96 d.C). Os pais da Igreja indicam especificamente o final do reinado de Domiciano por volta de 95 - 96 d.C como o período da estada de João em Patmos, onde recebeu a revelação. Uma vez que se trata de uma proposição antiga, fundamentada e amplamente difundida entre os cristãos ortodoxos, temos bons motivos para esta data.
O livro é dirigido a sete igrejas da Ásia Menor (Ap 1:4,11), uma área que, atualmente, é parte da Turquia ocidental. Cada igreja recebe repreensões e encorajamentos de acordo com a sua condição(Ap 2:1-3:22). Houve muita perseguição sobre alguns cristãos (Ap 1:9; 2:9,13) e haveria mais pela frente(Ap 2:10; 13:7-10). Oficiais romanos tentariam forçar os cristãos a adorar ao imperador. Ensinamentos heréticos e fervor decrescente tentariam os cristãos para que se envolvessem com a sociedade pagã (Ap 2:2,4, 14-15, 20-24; 3:1-2,15,17).
O livro de Apocalipse assegura aos cristãos que Cristo conhece as suas condições e que ele os chama para permanecerem firmes contra todas as tentações. A vitória dos cristãos já foi assegurada pelo sangue do Cordeiro (Ap 5:9,10; 12:11). Cristo virá em breve para derrotar Satanás e todos os seus agentes (Ap 19:11-20:10), e o povo de Cristo desfrutará da paz eterna em sua presença (Ap 7:15-17; 21:3,4). Amém!
3. Lugar. João escreveu o Apocalipse em Patmos (Ap 1:9). Trata-se de uma pequena ilha da Grécia a 55 km da costa sudoeste da Turquia, no mar Egeu. É uma das ilhas do Dodecaneso (arquipélago composto de 12 ilhas) e possui uma área total de 34,6 km² e uma população de, aproximadamente, três mil habitantes.
A ilha é dividida em duas partes quase iguais, uma do norte e outra do sul, unidas por um estreito istmo. A vegetação é limitada, e o relevo, formado de montes relativamente baixos, cujo pico mais alto é o Profitis Ilias com 269 metros.
Conhecida por ser o local para onde o apóstolo João foi exilado — conforme consta na introdução do livro bíblico de Apocalipse —, a ilha de Patmos foi usada como um lugar de banimento durante os tempos romanos. Segundo uma tradição preservada por Irineu, Eusébio, Jerônimo e outros, o exílio de João aconteceu em 95 ou 96 d.C., no ano décimo quarto do reinado de Domiciano. Desde 1522, a ilha foi diversas vezes controlada pelos turcos, sendo capturada pelos italianos em 1912. Em 1948 passou definitivamente ao controle grego.
O imperador Domiciano, que arrogou para si o título de Senhor e Deus, baniu João para a Ilha de Patmos. Mas ao mesmo tempo em que se achava fisicamente em Patmos, achou-se também em espírito e Deus abriu-lhe o céu e revelou-lhe as coisas que em breve devem acontecer.
Num tempo em que a igreja estava sendo massacrada e pisada, perseguida e torturada, João recebe a revelação de que o Noivo da Igreja, o Senhor absoluto dos céus e da terra, está no total controle da igreja e da história (Ap 1:13; 5:5). Roma pôde banir João para uma ilha solitária, mas não pôde impedir que ele veja o céu aberto. Roma pôde impedir que João se relacione com as pessoas, mas não pôde impedir que ele entre na sala do trono do universo para estar na presença do Deus Todo-Poderoso. Deus usa seus instrumentos de forma incomum. Ele transforma tragédias em triunfo.

III. APOCALIPSE, O LIVRO PROFÉTICO DO NOVO TESTAMENTO

1. Tema do Apocalipse. O tema do livro de Apocalipse é a vitória de Cristo e de sua Igreja sobre Satanás e seus seguidores (Ap 17:14). A intenção do livro é mostrar que as coisas não são como parecem ser. O diabo, o mundo, o anticristo, o falso profeta e todos os ímpios perecerão, mas a Igreja, a Noiva do Cordeiro, triunfará. Cristo é sempre apresentado como vencedor e conquistador (Ap 1:18; 5:9-14; 6:2; 11:15; 19:9-11; 14:1,14; 15:2-4; 19:16; 20:4; 22:3). Jesus triunfa sobre a morte, o inferno, o dragão, a besta, o falso profeta, a Babilônia e os ímpios.
A igreja perseguida ao longo dos séculos, mesmo suportando martírio, é vencedora (Ap 7:14; 22:14; 15:2). Os juízos de Deus mandados para a terra são uma resposta dEle às orações dos santos (Ap 8:3-5).
2. Divisões do Apocalipse. O livro de Apocalipse é dirigido às sete igrejas da Ásia (Ap 1:4) e está dividido em três partes principais, contemplando passado, presente e futuro (Ap 1:19):
a) As coisas que João viu - “escreve as coisas que tens visto”: A visão na qual Cristo aparece como Juiz das Igrejas (Ap 1:9-20).
b) As coisas que são – “e as que são”: Um esboço do período da Igreja desde a morte dos apóstolos até o dia em que Cristo levará seus santos para o Céu (caps. 2 a 3).
c) As coisas que hão de acontecer depois destas – “e as que depois destas hão de acontecer”: Um esboço dos acontecimentos que ocorrerão depois do arrebatamento dos santos para o estado eterno(caps. 4 a 22).
A seguir, uma forma simples de memorizar o conteúdo da terceira parte do livro:
c.1) Os capítulos 4 a 19 descrevem a grande tribulação, um período de sete anos durante o qual Deus julgará a nação incrédula de Israel, bem como os gentios incrédulos. Esses julgamentos são representados pelas imagens de:
Ø       sete selos;
Ø       sete trombetas;
Ø       sete taças.
c.2) Os capítulos 20 a 22 tratam da segunda fase da segunda vinda de Cristo, de seu reino na Terra, do julgamento diante do Grande Trono Branco e do Estado Eterno.
No período da Grande Tribulação, o sétimo selo contém as sete trombetas. A sétima trombeta contém as sete taças de julgamento. À medida que a narrativa se desdobra, porém, ocorrem interrupções frequentes que nos apresentam várias personalidades e acontecimentos relevantes do período da Grande Tribulação. Alguns autores chamam essas interrupções de parênteses ou inserções. Os parênteses mais importantes são:
·         Os cento e quarenta e quatro mil santos judeus selados (Ao 7:1-8).
·         Os cristãos desse período (At 7:9-17).
·         O anjo forte com o livrinho (Ap 10).
·         As duas testemunhas (Ap 11:312).
·         Israel e o dragão (Ap 12).
·         As duas bestas (Ap 13).
·         Os cento e quarenta e quatro mil com Cristo no monte Sião(Ap 14:1-5).
·         O anjo com o evangelho eterno (Ap 14:6,7).
·         Anúncio preliminar da queda da Babilônia (Ap 14:8).
·         Advertência aos adoradores da besta (Ap 14:9-12).
·         A ceifa e a vindima (Ap 14:14-20).
·         A destruição da Babilônia (Ap 17:1-19:3).
Ao estudarmos Apocalipse, precisamos ter sempre em mente a distinção entre a Igreja e Israel. A Igreja é um povo celestial, abençoado com bênçãos espirituais e chamado a participar da glória de Cristo como sua noiva. Israel é o povo antigo e terreno de Deus, ao qual ele prometeu a terra de Israel e um reino terreno literal sob o governo do Messias. A Igreja verdadeira é mencionada nos três primeiros capítulos, mas só volta a aparecer nas Bodas do Cordeiro em Ap 19:6-10. O período da Grande Tribulação (Ap 4:1-19:5) é, primordialmente, de caráter judaico.
3. Objetivos do Apocalipse. Vários são os objetivos. Dentre eles destacamos:
a) Revelar o Noivo glorioso da igreja, o supremo conquistador. Durante a sua primeira vinda a glória de Cristo estava encoberta. Ele viveu se esvaziando da Sua glória. Cristo veio ao mundo para revelar o Pai(João 17:6). No Apocalipse é o Pai quem revela a Jesus (Ap 1:1). E como O revela? Como o servo lavando os pés dos discípulos? Como uma ovelha muda que vai para o matadouro? Como aquele de quem os homens escondem o rosto? Como aquele que está pregado na cruz, com o rosto cheio de sangue? Como aquele que tem as mãos atadas e os pés pregados na cruz? Absolutamente não! A revelação de Jesus Cristo pelo Pai é de um Ser glorioso: Seus cabelos não estão cheios de sangue, mas são alvos como a neve. Seus olhos não estão inchados, mas são como chama de fogo. Seus pés não estão pregados na cruz, mas soa semelhantes ao bronze polido. Sua voz não está rouca por causa da língua que está colada ao céu da boca, por atordoante sede, mas é voz como voz de muitas águas. Suas mãos não estão cheias de pregos, mas Ele segura a Igreja e a história em Suas onipotentes mãos. Seu rosto não está desfigurado, mas brilha como o sol. No Apocalipse, a glória de Cristo é auto-evidente (Mc 14:61-62; Ap 1:7). Glórias para sempre sejam dadas a Ele, único e verdadeiro Senhor e Deus!
b) Confortar a igreja militante em seu conflito contra as forças do mal. O livro de Apocalipse está cheio de consolações para os crentes afligidos. A eles é dito: Que Deus vê suas lágrimas (7:17; 21:4); suas orações produzem verdadeiras revoluções no mundo (8:3-4); sua morte é preciosa aos olhos de Deus (14:13); sua vitória é assegurada (15:2); seu sangue será vingado (6:9; 8:3); seu Cristo governa o mundo em seu favor (5:7-8) e seu Cristo voltará em breve (22:17).
c) corrigir as distorções doutrinárias e desvios de conduta das igrejas da Ásia Menor. Antes de Jesus manifestar seu juízo ao mundo, ele manifestou-o à sua igreja (1Pe 4:17); por isso, Jesus mostrou seu julgamento às sete igrejas (Ap 1-3) antes de mostrá-lo ao mundo (Ap 4-22). Todas as cartas enviadas às sete igrejas têm basicamente a mesma estrutura: apresentação, apreciação, reprovação e promessas.
A igreja ainda hoje tem as mesmas distorções e desvios de condutas, talvez até pior. Dentro de uma mesma congregação, há crentes firmes na fé e outros que coxeiam na fé. Há aqueles que combatem a heresia e não suportam os falsos mestres, mas perdem o amor; e também há aqueles que, em nome do amor, toleram a falsa doutrina e desviam-se da verdade. Há igrejas cuja aparência é bela e cujo desempenho aos olhos humanos é formidável, mas elas não passam no crivo de Jesus. Precisamos nos acautelar, pois nem tudo que é belo aos olhos dos homens é aceitável diante de Deus. Nem tudo que impressiona os homens é agradável a Deus. O homem vê a aparência; e Deus, o coração. O homem se contenta com o exterior, Deus requer a verdade no íntimo.
d) Mostrar aos santos o que haveria de acontecer nos últimos dias.
e) Alertar-nos quanto à brevidade e urgência da vinda do Senhor.

CONCLUSÃO

Ao ler o livro de Apocalipse, você irá se maravilhar, como João, com o deslumbrante panorama do plano que foi revelado por Deus. Ouça as advertências feitas por Cristo às Igrejas e arranque de si todo pecado que possa bloquear seu relacionamento com Ele. Encha-se de esperança sabendo que Deus está no controle de tudo e que a vitória de Cristo está assegurada. Você já leu o Apocalipse? Abra a sua Bíblia, e ponha-se a ler, agora mesmo, este maravilhoso e fascinante livro de Deus.
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ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 01 - DATA: 01/04/2012
TÍTULO: “APOCALIPSE, A REVELAÇÃO DE JESUS CRISTO”
TEXTO ÁUREO – Apc 1.3
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Apc 1.1-8
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/


I – INTRODUÇÃO:

• O Apocalipse é a mensagem de Deus aos Seus filhos nas trevas mais densas de todos os séculos, quando parecia certo o fracasso completo e irremediável da Igreja de Cristo.


II – GÊNESIS E APOCALIPSE, ALGUMAS OBSERVAÇÕES:

• Apocalipse - O último livro do Novo Testamento; o livro que encerra o cânon das Sagradas Escrituras, Apc 22.18.

• Ao passo que o Gênesis é o livro de origens, o Apocalipse é o livro de consumações.

• Gênesis trata da origem dos céus e da terra, do mar, da noite, do sol e a da lua, da morte, da dor, da maldição.

• Apocalipse revela que haverá novos céus e nova terra; que não haverá mais mar, nem noite; que não haverá necessidade de sol nem de lua; que não haverá mais morte nem dor e nem maldição.

• Inicia-se o Gênesis com as palavras: - "No princípio... Deus"; finda-se com: "num caixão no Egito".

• Mas o Apocalipse é a grande consumação das profecias do Antigo Testamento, o grande final da história divina, o maravilhoso e pleno triunfo de Cristo.

• Há bênçãos extraordinárias para aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras deste livro, Apc 1.3.

• Notemos que "apocalipse", vocábulo grego, quer dizer "revelação", ou ato de fazer conhecido.

• Todos os livros da Bíblia são uma revelação, mas especialmente esse, o derradeiro de todos.

• Logo, o Apocalipse não é "uma obra muito escura" como muitos crentes declaram. Essa ideia é tão geral que a palavra "apocalíptico" adquiriu este sentido: - "De difícil compreensão, obscuro".

• Certamente o Apocalipse não é um enigma, sem solução, para a Igreja desprezar, mas é a Revelação de Jesus Cristo, em que Ele nos revela muitas coisas práticas e indispensáveis.


III – QUEM ESCREVEU E QUANDO FOI ESCRITO O APOCALIPSE:

• Quatro vezes o autor se apresenta como João (Apc 1.1, 4, 9; 22.8), desterrado para a rochosa e solitária ilha de Patmos. Foi no tempo em que o apóstolo Pedro foi crucificado e o apóstolo Paulo decapitado.

• Várias datas já foram cogitadas para posicionar-se acerca de quando o livro do Apocalipse foi escrito. A mais aceita é de 90 a 96 d.C., ou seja, no final do reinado do imperador romano Domiciano, quando começou a sua perseguição contra a Igreja.


IV – A QUEM FOI ESCRITO E POR QUE:

• Foi enviado a sete Igrejas da província romana da Ásia (atual Turquia), a fim de adverti-las para que não abandonassem a fé em Cristo. Também proclamou a certeza da vitória definitiva para os que permanecem ao lado de Deus.


V - AS INTERPRETAÇÕES DO APOCALIPSE:

• Há quatro interpretações deste Livro:

• (1ª) – A PRETERISTA – Todas as suas profecias já se cumpriram, uma grande parte nos tempos das perseguições do Império Romano. Deste ponto de vista, as profecias do livro não são mais profecias.

• (2ª) – A HISTÓRICA – As profecias do livro serão todas cumpridas no passar dos tempos, desde os dias de João, na Ilha de Patmos, até a consumação dos séculos.

• (3ª) – A SIMBÓLICA ou ESPIRITUAL ou IDEALISTA - As visões são consideradas como figuradas de certas verdades; consideram-no um conjunto de quadros simbólicos de verdades perpétuas, como a vitória do bem sobre o mal.

• (4ª) – A FUTURISTA - A maior parte da série de profecias pertence aos últimos dias; situam o livro sobretudo nos tempos do fim.

• Vemos, ainda, em Apc 1.19 que o próprio Espírito Santo divide o Livro em três:

• (A) – “AS COISAS QUE VISTES” = As que João presenciou antes de escrever o primeiro capítulo.

• (B) – “AS QUE SÃO” = As coisas nas sete Igrejas no tempo em que João escrevia o livro, Caps. 2 e 3.

• (C) – “AS QUE HÃO DE ACONTECER DEPOIS DESTAS” = Os eventos ainda futuros, para o tempo em que João as relatou, Caps. 4 a 22.

• DIVIDE-SE, TAMBÉM, A MATÉRIA EM SETE PARTES:

• (1) – As sete cartas às sete Igrejas – Caps 1 – 3;

• (2) - Os sete selos – Caps 4.1 – 8.1;

• (3) – As sete trombetas – Caps 8.2 – 11;

• (4) – As sete figuras místicas: a mulher vestida de sol; o dragão vermelho; o Filho da mulher; a primeira besta que emerge do mar; a segunda besta, que se levanta da terra; o Cordeiro no monte Sião; o Filho do Homem sobre a nuvem – Caps 12 – 14;

• (5) - O derramamento das sete taças – Caps 15 – 16;

• (6) – A aniquilação dos inimigos da Igreja – Caps 17 – 20;

• (7) – As glórias da Nova Jerusalém – Caps 21 – 22.

• O VERSÍCULO CHAVE é Apc 1.7:

- "Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim! Amém!”


VI – POR QUE LER ESSE LIVRO?:

• Se alguma vez nos pareceu que existe mais mal no mundo do que bem e que os vilões sempre ganham, o Apocalipse é para nós. Esse é um livro de esperança – a mensagem central é que Deus e o bem vencerão o mal, não importa quão ruins as coisas possam parecer agora. O Apocalipse ensina que devemos levar uma vida santa e comprometida, se quisermos participar do reino vitorioso de Deus.


VI – O QUE SE DEVE BUSCAR EM APOCALIPSE:

• Busquemos uma combinação de advertências e incentivos – uma alternância de desafio e esperança. Estejamos atentos às descrições do futuro, quando o reino de Deus definitivamente vencer o mal no final dos tempos. Também observemos a imagem do Cristo soberano, Seus atributos divinos e Sua glória celestial.


VII – CONSIDERAÇÕES FINAIS:

• O livro do Apocalipse trata dos trementos eventos no tempo do apocalipse de Cristo, isto é, ao manifestar-se nas nuvens, ao voltar à terra, na segunda vida.

• O livro não é mais um mistério inexplicável, mas uma obra clara e certa. É enfaticamente um livro fecundo, de lições compreensíveis e práticas, de bênçãos incalculáveis e eternas, para os que aguardam a vinda novamente de Cristo à terra.

2 comentários:

  1. Eu DETERMINO em nome do Senhor Jesus Cristo a CREMAÇÃO da Rede Satan
    de Televisão; por estar destruindo os valores morais da família Brasileira.
    Jornalista Izaltino Medina - MG 08405 JP - izaltinom@yahoo.com.br

    Se você concordar comigo; apenas diga 3 vezes:
    AMÉM! - AMÉM! - AMÉM!
    " Elias era homem sujeito as mesmas paixões que nós e,
    orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis
    meses não choveu sobre a terra." ( Tiago: 5-17)
    SATAN - BESTA - GLOBO - DIABO - MORTE

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